Tópicos Especiais em Serviço Social Aula 07 PPT

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Tópicos Especiais em Serviço Social
Prof. Eliane Assis
Aula 07: Diversidade Sexual e Questão de Gênero
TÓPICOS ESPECIAIS EM SERVIÇO SOCIAL
Aula 07: Diversidade Sexual e Questão de Gênero
Conteúdo programático
Compreender o debate da questão de gênero como uma parte expressiva das relações sociais;
Discutir o papel da mulher e do homem na sociedade contemporânea;
Discutir os conceitos relacionados ao tema - Diversidade Sexual;
Entender a importância desse debate para o Serviço Social.
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Nesta aula, discutiremos a diversidade na composição e nas demandas da Diversidade Sexual. O nosso ponto de partida evidencia que as múltiplas manifestações desse movimento exigem atendimentos diferenciados às suas reivindicações. Abordaremos também a questão de gênero como parte expressiva das relações sociais e o papel da mulher na sociedade capitalista contemporânea.
 
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	Conforme já foi abordado na aula anterior, o Serviço Social tem em seu Código de Ética, que rege a profissão, princípios norteadores da prática profissional contra todo e qualquer preconceito, inclusive incentivando o respeito às diversidades e assim, lutando por uma sociedade livre de preconceitos, dominação e exploração de classe, etnia e gênero. Entendo que a desigualdade promovida pelo sistema capitalista rebate de forma mais feroz e assoladora nas “minorias”, como a população negra, mulheres, homossexuais, índios. Nessa aula, iremos trazer o enfoque para as questões de gênero e diversidade sexual.
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Teorias sobre gênero e Movimento de mulheres e feminismos 
Desde a década de 80, o conceito de gênero vem sendo disseminado rapidamente. Consiste, principalmente em oferecer um novo olhar sobre a realidade no que diz respeito às características consideradas femininas e masculinas no cerne das hierarquias presentes no social, ou seja, das RELAÇÕES DE PODER entre homens e mulheres, mulheres e mulheres, homens e homens.
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Feminismos 
Começaremos falando da luta e do movimento de mulheres. É importante ressaltar que o pensamento feminista não é um pensamento unificado, há diferentes idéias no seio dos feminismos, porém todos compartilham de idéias centrais, como a subordinação da mulher em relação ao mundo masculino, tida como universal, por ocorrer em todas as partes e em todos os períodos históricos. 
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	O conceito de gênero se inicia em um momento específico da história das teorias sociais sobre diferença sexual. No continente Europeu e na América do Norte, uma mobilização feminina importante começa a ser impulsionada pela busca de direitos iguais timidamente nas décadas de 20 e 30, onde mulheres conseguem romper com expressões agudas da desigualdade sexual, como o direito ao voto e o acesso à educação. Na década de 60, se consolida mais fortemente e no Brasil, os anos 70 que marcam o movimento de mulheres com características parecidas com os movimentos iniciados na Europa e nos Estados Unidos.
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Gênero
Segundo Scott (1990) gênero é uma organização social, construída sobre a percepção das diferenças sexuais imbricadas a relações desiguais de poder. Por esse ponto de vista, os corpos não podem mais ser tomados fora da cultura, do discurso ou das construções de significado. É como se tivéssemos uma caixa na qual podemos colocar papéis, lápis, canetas. Cada um coloca o que for de preferência dentro de sua caixa. Imaginemos toda a humanidade, teremos diversos objetos nas caixas, entendendo que a cultura são esses objetos, absolutamente variáveis no tempo e no espaço. Já a caixa representa o nosso corpo, isto é, invariável, atemporal e a-histórico.
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Sexualidade e Diversidade Sexual
Assim como gênero, sexualidade também é uma dimensão da experiência humana na qual se estabelecem relações de poder. Implica preconceitos, discriminações, preconceitos, bem como a perspectivas de superação de desigualdades. Por ser vivida, socialmente, o modo como a sexualidade é sentida e pensada passa por variações determinadas pela época, cultura e grupo social a que cada indivíduo pertence.
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Com o advento dos métodos contraceptivos, emergência da epidemia do vírus HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis, surgimento dos movimentos feministas e movimentos que lutam pelos direitos da população LGBT ou LGBTTs (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros, sendo que o 's' refere-se aos simpatizantes), o desenvolvimento de tecnologia de reprodução assistida promoveram mudanças significativas no modo com a sexualidade é pensada e vivida.
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Nos é colocado que quem tem pênis é homem e por isso deve se sentir masculino e comportar-se como tal. Assim como, quem tem vagina é mulher e deve se sentir feminina e comportar-se como tal. Somente o homem e a mulher devem se desejar sexualmente um ao outro, e se unir oficialmente em casamento e formar uma família. Isso é o que é estabelecido, pelo senso comum, como “normal”, “certo”. No entanto, acontece (com mais frequência do que imaginamos) que desejos, sentimentos e práticas não sejam convergentes com as expectativas do que é tido como “natural”.
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Uma mulher pode se sentir feminina e desejar outra mulher, um homem pode ter comportamentos e gestualidades considerados femininos e, ainda assim, desejar e relacionar-se com mulheres. Nem todo casal formado por homem e mulher com gestuais e comportamentos considerados “normais”, precisa ter como objetivo, a reprodução.
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As relações sexuais podem ter por finalidade a celebração, o afeto ou o prazer. Segundo Rubyn (1998), é difícil analisarmos socialmente questões ligadas a gênero, raça, sexualidade se as pensarmos apenas como fenômenos biológicos. A sexualidade envolve um processo contínuo e não linear de aprendizado e reflexão
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Importante: orientação sexual é o termo usado para se referir à capacidade que tem cada pessoa de experimentar profunda atração emocional, afetiva e sexual por indivíduos do mesmo sexo, do sexo oposto ou ambos, alternada ou simultaneamente. Atualmente existem três tipo de orientação sexual, a heterossexual (atração emocional afetiva e sexual por indivíduos do mesmo sexo), a homossexual (atração emocional afetiva e sexual por indivíduos do sexo oposto) e a bissexual (atração emocional afetiva e sexual tanto por indivíduos do mesmo sexo, tanto por indivíduos do sexo oposto).
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HOMOSSEXUALIDADE X HOMOSSEXUALISMO
Em 1973, os Estados Unidos retirou a palavra “homossexualismo” da lista dos distúrbios mentais da American Psychology Association, passando a usar o termo Homossexualidade. No Brasil, em 1985, o Conselho Federal de Medicina aprovou a retirada da homossexualidade do código referente aos desvios e transtornos sexuais na Classificação Internacionalde Doenças. Em 1999, o Conselho Federal de Psicologia reformulou a resolução 001/99, considerando que a homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão. Assim, tanto no Brasil como em outros países, cientificamente, homossexualidade não é considerada doença. Por isso, o sufixo ismo (terminologia que se refere à doença) foi substituído por dade (que remete a modo de ser).
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Serviço Social, Gênero, Sexualidade e Diversidade Sexual
Cotidianamente, o/a profissional do serviço social se confronta com um leque de situações que caracterizam exclusão, discriminação, exploração, opressão, desigualdade social, relações de poder, de violência, entre outras. No entanto, sabemos que o projeto ético-político profissional tem em seu escopo o compromisso em lutar por uma ordem social onde não haja mais opressões ou explorações.
No recorte de gênero e da sexualidade, o Serviço Social reconhece que todas as pessoas devem possuir a liberdade de expressão da orientação sexual e da identidade de gênero e é na contemporaneidade que esse comprometimento é assumido mais fortemente na medida em que a homossexualidade e transgeneralidade ganham maior visibilidade.
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Há uma Resolução do Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) nº 489/2006 que veda, com amparo no Código de Ética Profissional e na campanha nacional pela livre orientação e expressão sexual, qualquer conduta discriminatória ou preconceituosa, no exercício profissional, por questões de orientação e expressão sexual, reconhecendo a sexualidade como dimensão da constituição dos seres humanos e afirmando a “necessidade de contribuir para a reflexão e o debate ético sobre o sentido da liberdade e a necessidade histórica que têm os indivíduos de decidir sobre a sua afetividade e sexualidade” (CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL, 2006, P 1.).
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Minha vida em cor de Rosa
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