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Apresentação morte e luto

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Todo mundo quer ir para céu, mas ninguém quer morrer
A morte é um acontecimento singular e deve ser vista e entendida como tal, o que pode ser evidenciado nas seguintes falas: Sendo a morte uma dimensão integrante da vida, o viver plenamente implica a aceitação e o convívio com ela, muito embora o ser humano crie dispositivos de segurança, negando, assim, essa realidade. 
Os mecanismos de defesa apresentados pelos indivíduos possibilitam que se ignore a morte e se dificulte a percepção da finitude do ser no mundo (LUNARDI, 2004). O homem admite a morte como um fato, porém apresenta grande dificuldade em assumi-la como um modo de ser da natureza humana. Adotar uma postura de autodefesa diante da morte garante ao ser o simples ato de pensar e agir, dissimulando seu verdadeiro significado .
O processo de envelhecimento tem sido alvo do interesse de estudiosos e pesquisadores. No entanto, é possível perceber a dificuldade em discorrer a respeito da finitude, em especial com os idosos, mesmo compreendendo que a cada dia que passa o ser humano está continuamente envelhecendo e morrendo. A morte traz consigo diferentes repercussões psicológicas associadas com a visão de transcendência .
Segundo KOVACS (1992), a noção da morte pode ser vista de formas diferenciadas de acordo com as diversas fases da vida. Na infância, a morte é vista como algo que pode ser mudado e a cultura apresentada hoje traz também a ideia que escondê-la é a melhor opção a se fazer.
Nos adolescentes a morte é entendida como sendo uma contradição, o jovem está voltado para a construção da sua identidade e sente muitas vezes como alguém inabalável, tornando, assim, a morte bem distante.
No adulto a morte passa a dividir espaço com seus compromissos e responsabilidades profissionais e afetivas. É nessa fase que surge a morte como possibilidade. Na vida adulta, abandona-se a ideia de um ser invencível e abraça-se  a causa de que a morte sempre vence.
A velhice além da morte do corpo que está sendo percebido, o idoso tem que lidar com a morte da sua profissão com a morte de suas funções corporais e intelectuais, com a morte de parentes e amigos dentre outras.
Com a terceira idade, etapa do ciclo vital na qual há um número maior de perdas, colaborando para que o idoso pense mais sobre sua finitude. A perda de amigos e familiares, perda da sua ocupação, de parte de sua força física, redução do aparelho sensório e, em alguns casos, perda do funcionamento cerebral são comuns nesta idade. 
Nessa fase constituída por perdas, a morte pode ser vista como natural e aceitável. Diante disso, é possível perceber que o tema morte é algo que acompanha frequentemente os indivíduos idoso, pode-se pensar que a possibilidade eminente de morte que acompanha em alguns casos sendo geradora de angustia. 
Perceber se que os idosos encaram a morte como uma certeza, sendo que tal forma de encarar o assunto parece estar alicerçada em crenças e valores espirituais, que trazem para o idoso a confiança de uma vida após a morte. Sendo assim, é notável a importância de alguns aspectos, tais como a espiritualidade para uma vivência menos temerosa acerca da morte.
Medo da separação que a morte traz dos familiares
Observa-se que as relações sociais e familiares são importantes para lidar com o aspecto da não existência, essas mesmas relações que os fazem se sentirem melhor, são as que geram sentimento de angustia diante da separação que a morte trás dão a entender que a sua permanência é muito importante para que os outros estejam bem.
Podendo ser alguma demonstração de que há medo da sua própria finitude, porém sendo mascarado pelo receio de como irão ficar os familiares quando a sua própria morte chegar.
A avaliação da existência citada por Erikson (1964) não traz nas falas dos participantes algum remorso de uma vida mal vivida, ou de algo que tenha a necessidade de mudar para sentir que teve uma boa existência. O que se percebe é um sentimento de dever cumprido.
“Tenho medo de morrer por causa dos meus filhos, não quero deixa-los. Eles precisam de mim.
 “Eu fico pensando no dia da minha separação, fico pensando o que será do senhor José (marido)! O que será dele!
Crenças e valores espirituais
A espiritualidade surge como outro fator importante na vida aparece como uma forma de conseguir dar respostas aos aspectos da existência e o da finitude, sendo uma ferramenta de ajuda para a compreensão e talvez a aceitação da própria morte, como um consolo para lidar com as fragilidades da vida, olhando para a existência como se tivesse alguma missão. 
Talvez a espiritualidade possa ser uma forma de negação da morte, onde transferi a responsabilidade de viver ou morrer para algo que esta acima de cada um dos participantes, para Kierkegaard a angústia humana, é sentida quando o homem percebe que é um ser finito, buscando sempre estágios superiores do estético e ético da sua existência, onde apenas no estagio religioso vai encontrar sentindo para sua existência, fazendo com que consiga lidar melhor com a sua própria finitude.
Morte é para mim a passagem desta vida para a presença eterna com Deus [...]. Não é o fim de tudo, é apenas o nascer para uma nova maneira de estar com Deus.
O luto é um processo necessário e fundamental para preencher o vazio deixado por qualquer perda significativa não apenas alguém, mas também de algo muito importante, como um objeto, uma viagem, um emprego, uma ideia, etc.
 Aqueles que amamos nunca morrem, apenas partem antes de nós.
O processo de luto dá-se tanto em humanos como animais. Nos humanos o processo de luto é acompanhado por um conjunto de sentimentos, entre os quais: tristeza, raiva, culpa, ansiedade, solidão, fadiga, desamparo, choque, anseio, torpor, alívio e emancipação. Refletindo-se em sintomas físicos de vazio no estômago, aperto no peito, nó na garganta, falta de ar, falta de energia, boca seca entre outros.
O luto/perda normalmente passa por 5 fases:
A negação - Surge a primeira fase do luto, é no momento que nos parece impossível a perda, em que não somos capazes de acreditar. A dor da perda seria tão grande, que não pode ser possível, não poderia ser real.
A raiva – A raiva surge depois da negação. Mas mesmo assim, apesar da perda já consumada negamo-nos a acreditar. Pensamento de “ porque a mim?” surgem nesta fase, como também sentimentos de inveja e raiva. Nesta fase, qualquer palavra de conforto, parece-nos falsa, custando acreditar na sua veracidade
A negociação - A negociação, surge quando o individuo começa a por a hipótese da perda, e perante isso tenta negociar, a maioria das vezes com Deus, para que esta não seja verdade. As negociações com Deus, são sempre sob forma de promessas ou sacrifícios.
A depressão – A depressão surge quando o individuo toma consciência que a perda é inevitável e incontornável. Não há como escapar à perda, este sente o “espaço” vazio da pessoa (ou coisa) que perdeu. Toma consciência que nunca mais irá ver aquela pessoa (ou coisa), e com o desaparecimento dela, vão com ela todos os sonhos, projetos e todas as lembranças associadas a essa pessoa ganham um novo valor.
A aceitação – Última fase do luto. Esta fase é quando a pessoa aceita a perda com paz e serenidade, sem desespero nem negação. Nesta fase o espaço vazio deixado pela perda é preenchido. Esta fase depende muito da capacidade da pessoa mudar a perspectiva e preencher o vazio.
Luto para os idosos
Para os idosos um cônjuge costuma ser um importante aliado, portanto a morte de um deles é sem dúvida o luto mais difícil de ser vivido, principalmente se for inesperada ou repentina. Já quando há um processo de adoecimento, a ideia da possibilidade de perda se torna mais evidente, e a realidade se impõe mostrando a necessidade de se preparar para o fim. Ambos, no casal, precisam se preparar e é comum viverem a ideia de luto em vida como despedida. 
É também, comum esperar por certos desejos de que sua morte cheguelogo, para se livrar do sofrimento ou para poder ter a chance de reencontrar aquela pessoa querida e necessária em uma pós-vida. Este desejo de morrer, quando se está de luto, aparece mais claramente nos idosos do que em outras fases de vida, visto que eles normalmente já convivem com esta ideia de aproximação do fim, mais que nas outras idades. 
Os homens costumam sofrer mais com a morte da esposa, pois normalmente se apoiam com o passar dos anos em suas mulheres para cuidados, rotinas, passatempos e família. Portanto é mais comum uma reação depressiva intensa nos idosos homens, podendo até mesmo adoecerem. As mulheres também sofrem com a perda de seu parceiro, porém desde muito antes do envelhecer a mulher tende a ter outras fontes de relacionamentos com significados fortes, além do marido, como: seus filhos, netos e amigos e familiares.

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