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Guia de Estudos da Unidade 1 Segurança e Higiene do Trabalho

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Segurança e Higiene 
do Trabalho
UNIDADE 1
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SEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO
UNIDADE I
PARA INícIO DE cONvERSA
Olá estudante! Seja bem-vindo a nossa disciplina Segurança e Higiene do Trabalho. 
Será uma experiência gratificante colaborar para seu aprendizado através do estudo do 
nosso guia. Conto com sua total atenção nesta nova jornada de estudos!
ORIENTAÇõES DA DIScIPLINA
Caro(a) aluno(a) iniciaremos nossa primeira unidade de estudos, realizando um breve 
histórico sobre a evolução do trabalho, os efeitos positivos e negativos da Revolução 
Industrial, a relação do trabalho versus produtividade e acidentes do trabalho. Iremos 
trabalhar ainda nesta unidade sobre os Riscos Ambientais, a classificação dos tipos 
de acidentes do trabalho. O custo de um Acidente do trabalho e suas consequências 
para o trabalhador, empregador e a sociedade de uma forma geral. O que é uma CAT-
Comunicado de Acidente do Trabalho, em que situação, quem e como devem ser 
emitidas.
As diferenças entre Ato inseguro e Condição Insegura, que tipos de acidentes podemos 
denominar como “acidente do trabalho”. Discutiremos também alguns conceitos como: 
riscos, perigos, quais situações podemos encontrar no ambiente laboral conhecido 
como Riscos ambientais.
Prezado estudante, antes de iniciar a leitura deste guia faça a leitura de seu livro-texto, 
pois ele irá nortear seus estudos. Você terá ao longo do nosso estudo vários recursos 
para facilitar seu aprendizado. Assista a nossa videoaula e caso queria fazer novas 
pesquisas não perca tempo, acesse nossa biblioteca virtual ao final da nossa unidade. 
Acesse o ambiente virtual e responda as atividades e em caso de dúvidas envie uma 
mensagem para seu tutor, pois ele está apto para quaisquer tipos de esclarecimentos.
Vamos começar!
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EvOLUÇÃO DO TRABALHO
PALAvRAS DO PROfESSOR
 
Querido(a) aluno(a), antes de iniciarmos nosso passeio pela evolução do trabalho vou lhe fazer uma 
pergunta: você conhece o significado, a origem da palavra “trabalho”? Achei interessante lhe perguntar 
isto, tendo em vista que daqui para frente utilizaremos bastante está palavra.
Pois bem, “trabalho” vem do Latim TRIPALIUM, que designava um instrumento de tortura, mas que 
era formado por três estacas agudas (tri + palum). Esta palavra passou ao Francês como TRAVAILLER, 
significando “sofrer, sentir dor”, evoluindo depois para “trabalhar duro”.
Ao longo de sua história, o homem vem passando por diversas transformações nas suas atividades 
laborais. Na Idade Média o homem criava seus utensílios e produzia seu alimento apenas para consumo 
próprio de forma artesanal. Com o tempo foi percebendo que se ele produzisse mais que o necessário para 
consumo poderia comercializar seu excedente, e com isso adquirir novos produtos.
 Cada artesão comercializava aquilo que conseguia produzir, ou seja, todo seu trabalho dependia 
exclusivamente do seu esforço físico e do tempo que ele levava para produzir manualmente peça por 
peça. Com o tempo, aqueles artesãos que tinham um poder aquisitivo melhor começaram a pagar pelo 
trabalho de artesões menores, sendo assim, foi aumentando sua produtividade e consequentemente 
foram sendo criadas as primeiras relações de trabalho.
Um divisor de águas na história foi com certeza a Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra em meados 
do século XVIII, expandiu-se para o mundo a partir do século XIX, alterando profundamente as relações 
sociais e econômicas no meio urbano e as condições de vida dos trabalhadores. A partir daí, o trabalho 
que antes era totalmente manufaturado, ou seja, manualmente passou a ser fabricado de forma mecânica 
com a presença das máquinas.
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A Revolução Industrial trouxe consigo menos custos para produzir, maior velocidade na fabricação, 
consequentemente, maior produtividade e lucratividade. A grande responsável por isso foi a tecnologia de 
grandes máquinas automatizadas, com motor movidas a vapor. Infelizmente, não só foram ganhos, com a 
Revolução Industrial, houve pontos positivos como já citados, mas também nos deparamos com situações 
nada agradáveis. Vou pontuar alguns pontos negativos:
	 Jornadas excessivas de trabalho, em algumas fábricas chegando a ser 15h por dia;
	 Exploração do trabalhador com baixa remuneração;
	 Más condições de trabalho, causando doenças e acidentes do trabalho;
	 Elevado índice de desemprego;
	 Além dos impactos causados ao meio ambiente;
Diante de tal situação os trabalhadores passaram a se organizar e pleitear melhores condições de trabalho 
e salários dignos, devida à inexistência de normas, os conflitos só se resolviam quando uma das partes 
cedesse. 
LEITURA cOmPLEmENTAR
Para um melhor entendimento da história da segurança no trabalho, sugiro ler as 
páginas 03 á 06 do livro-texto, sugiro também acessar os links abaixo para melhor 
compreensão da Revolução Industrial e seus impactos para o mundo do trabalho.
LINK
LINK 2
Boa leitura!
História e evolução da segurança do trabalho
Caro(a) aluno(a) depois de conversarmos um pouco sobre a evolução do trabalho, chega à hora de tratarmos 
da evolução da Segurança no trabalho. Na verdade, vamos pontuar alguns acontecimentos que podemos 
considerar como de grande relevância para a história da Segurança no Trabalho:
	 1700 - Publicação do livro De Morbis Artificum Diatriba (Doenças do Trabalho) do médico italiano 
Bernardino Ramazzini. Seu trabalho relacionava os riscos à saúde ocasionados por produtos químicos, 
poeira, metais e outros agentes encontrados por trabalhadores em 52 ocupações. Ramazzini percebeu 
que os sintomas que os seus pacientes sentiam tinham relação com o ofício que eles desenvolviam, por 
isso em sua anamnese pergutava sempre a ocupação do paciente;
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	 1802 -  O parlamento inglês através de uma comissão de inquérito aprovou a 1° lei de proteção 
aos trabalhadores: Lei de saúde e moral dos aprendizes, estabelecendo limite de 12 horas de trabalho/
dia, proibindo o trabalho noturno. Está Lei obrigava os empregadores a lavarem as paredes das fábricas 
2 vezes ao ano e tornava obrigatória a ventilação desses locais;
	 1919 -  A Criação da OIT (Organização Internacional do Trabalho). O Brasil é membro fundador;
	 1943 -  Nesse ano foi aprovada pelo Decreto-Lei n°5452, em 01/05/43 (entrou em vigor em 
10/11/43) a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT. Foi o instrumento jurídico que viria a ser prática 
efetiva da prevenção no Brasil;
	 1966 – Criação da Fundação Jorge Duprat Figueiredo, de Segurança e Medicina do Trabalho – 
FUNDACENTRO foi instituída na forma da Lei n o 5.161, de 21 de outubro de 1966, com sede e foro na 
cidade de São Paulo, vinculada ao Ministério do Trabalho e Emprego;
	 1978 – A partir da lei N° 6.514 de 1977, foram aprovadas pela Portaria N.° 3.214, em 08 de junho 
de 1978 as Normas Regulamentadoras expedidas pelo Ministério do Trabalho.
cENÁRIO DOS AcIDENTES E DOENÇAS PROfISSIONAIS
Prezado(a) aluno(a), a forma que encontrei para justificar a importância dos assuntos discutidos em nossa 
disciplina é mostrando um pouco o cenário mundial e Brasileiro em relação aos acidentes do trabalho e 
as doenças profissionais que são acometidos os trabalhadores todos os dias.
De acordo com a Organização Mundial do Trabalho – OIT, em um relatório divulgado por ocasião do Dia 
Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho ocorrido no dia 23 de Abril de 2013, foi citado o número 
alarmante de 2,34 milhões de trabalhadores que morrem todos os anos em consequência de acidentes e 
doenças relacionados com o trabalho. Chegamos ao número de aproximadamente 6.300 mortes por dia 
relacionadas ao trabalho, deste valor estima-se que 5.500 são causadas por diversos tipos de doenças 
profissionais ainda segundo a OIT.
Infelizmente no Brasil os acidentes do trabalho ainda fazem parte de forma bem expressiva da rotina dos 
nossos trabalhadores.Para uma melhor compreensão da dimensão do problema em relação aos acidentes 
que ocorrem todos os dias no ambiente de trabalho é importante analisar os números desses acidentes.
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Como pode ser observado na figura 1 a seguir, de acordo com os dados do Anuário Estatístico dos Acidentes 
do Trabalho, publicados pela Previdência Social os números dos acidentes do trabalho são alarmantes e 
em 2013 foi registrado o total de 717.991 acidentes que ocorreram no ambiente de trabalho. 
Figura 1 – Parte da Tabela Estatística dos Acidentes do Trabalho no Brasil 2011/2013.
Fonte: LINK
Note que esse número representa os acidentes que foram registrados, ou seja, houve a emissão da 
Comunicação do Acidente do Trabalho – CAT, como também os que não tiveram comunicação tendo o valor 
de 158.830 acidentes. Os números se dividem em acidentes típicos, que são os acidentes específicos da 
função do trabalhador, os de Trajeto que ocorrem no percurso entre a residência do trabalhador e o local 
do trabalho e vice versa e as Doenças do Trabalho.
Após analisarmos estes números, fica evidente que precisamos melhorar muito as condições de trabalho 
que são dadas aos nossos empregados. É necessário priorizar a Gestão de Segurança do Trabalho e Saúde 
Ocupacional das Organizações propiciando melhores condições de trabalho que tenham como premissa 
resguardar a integridade física e a saúde do trabalhador.
LEITURA cOmPLEmENTAR
Como forma de aprofundar mais sobre o cenário atual dos acidentes e doenças 
Profissionais, sugiro acessar os links abaixo para melhor compreensão do tema 
discutido.
LINK
LINK 2
Boa leitura!
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LEGISLAÇÃO APLIcADA À SEGURANÇA NO TRABALHO
PALAvRAS DO PROfESSOR 
Bem caro(a) estudante, imaginem como seria nossa sociedade se não existissem 
regras, leis e órgãos de fiscalização que criassem um padrão a ser cumprido para 
que mantivéssemos a ordem e uma boa convivência com o próximo. Pois bem, no que 
diz respeito à segurança no trabalho existe uma legislação conhecida como Normas 
Regulamentadoras e um órgão fiscalizador, que é o Ministério do Trabalho e Emprego 
– MTE.
GUARDE ESSA IDEIA!
Temos atualmente 36 Normas Regulamentadoras, também chamadas de NR que foram 
publicadas pelo Ministério do Trabalho através da Portaria 3.214/78 para estabelecer 
os requisitos técnicos e legais sobre os aspectos mínimos de Segurança e Saúde 
Ocupacional (SSO).
As NR’s são elaboradas e modificadas por uma comissão tripartite composta por 
representantes do governo, empregadores e empregados. As NR são elaboradas e 
modificadas por meio de Portarias expedidas pelo MTE.
As NR’s, relativas à segurança e saúde ocupacional, são de observância obrigatória para 
qualquer empresa ou instituição que tenham empregados regidos pela Consolidação 
das Leis do Trabalho – CLT, incluindo empresas privadas e públicas, órgãos públicos 
da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e 
Judiciário.
Como foi dito anteriormente, atualmente temos em vigor 36 NR’s vamos conhecer de forma sucinta do 
que trata cada uma: 
NR 01 - Disposições Gerais- Trata de uma apresentação geral das Normas Regulamentadoras;
NR 02 – Inspeção Prévia- Trata da obrigatoriedade que todos os estabelecimentos novos precisam solici-
tar aprovação de suas Instalações ao Órgão Regional do MTb antes de iniciar suas atividades.
NR 03 – Embargo ou Interdição- Esta norma estabelece medidas para o Embargo ou a Interdição em 
situações de trabalho que caracterizem risco grave e iminente ao trabalhador.
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NR 04 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho – SESMT, esta 
norma trata do dimensionamento, da organização e das atribuições dos profissionais que fazem parte do 
SESMT em uma instituição.
NR 05 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA, esta norma irá abordar o dimensionamento, 
a organização e as atribuições dos trabalhadores que fazem parta da CIPA.
NR 06 – Equipamento de Proteção Individual – EPI, esta NR trata das responsabilidades que o emprega-
dor e o empregado possuem em se tratando dos EPI’s.
NR 07 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO, esta NR estabelece a obrigato-
riedade da elaboração e implementação por parte de todos os empregadores e instituições que admitam 
trabalhadores como empregados do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO.
NR 08 – Edificações, esta norma estabelece os requisitos técnicos mínimos que devem ser observados 
nas edificações, para garantir segurança e conforto aos que nelas trabalhem.
NR 09 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA, esta norma determina a obrigatoriedade 
da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam traba-
lhadores como empregados do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA.
NR 10 – Segurança em Instalações e serviços em Eletricidade- Esta norma estabelece os requisitos e 
condições mínimas e implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir 
a segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em instalações elétricas 
e serviços com eletricidade.
NR 11 – Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais- Esta norma estabelece 
requisitos e medidas de segurança para operação de elevadores, guindastes, transportadores industriais 
e máquinas transportadoras.
NR 12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e equipamentos- Esta norma estabelece referencias téc-
nicas e medidas de proteção para assegurar a saúde e a integridade física dos trabalhadores no que diz 
respeito a máquinas e equipamentos.
NR 13 – Caldeiras e Vasos de Pressão- Esta norma estabelece requisitos técnicos e medidas de preven-
ção nos estabelecimentos que apresentam caldeiras e Vasos de Pressão. 
NR 14 – Fornos- Esta norma estabelece requisitos mínimos para a construção, instalação e utilização de 
fornos industriais, visando à segurança e ao conforto dos trabalhadores.
NR 15 – Atividades e Operações Insalubres- Esta norma trata das atividades e operações que por conta 
da exposição a algum agente que não se tenha o controle do tipo, intensidade e tempo de exposição pos-
sam adoecer o trabalhador. Esta norma vai trabalhar o que chamamos de “Limite de Tolerância”.
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NR 16 – Atividades e Operações Perigosas- Esta norma estabelece os requisito técnicos e legais para as 
atividades e operações perigosas com explosivos, com inflamáveis atividades profissionais de segurança 
pessoal e patrimonial com exposição a roubos ou outras espécies de violência física e atividades e ope-
rações com radiação ionizante ou substâncias radioativas.
NR 17 – Ergonomia- Esta norma estabelece parâmetros que permitam a adaptação das condições de 
trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de 
conforto, segurança e desempenho eficiente. 
NR 18 – Condições e Meio Ambiente na Indústria da Construção- Esta norma estabelece diretrizes técni-
cas voltadas para a segurança e medicina do trabalho na Indústria da Construção Civil.
NR 19 – Explosivos- Esta norma fixa critérios para o depósito, o manuseio e a armazenagem de explosivos.
NR 20 – Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis- Esta norma determina requisi-
tos mínimos para a gestão da segurança e saúde no trabalho contra os fatores de risco de acidentes pro-
venientes das atividades de extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e manipulação 
de inflamáveis e líquidos combustíveis.
NR 21 – Trabalho a Céu Aberto- Esta norma estabelece exigências para as atividades onde o trabalhador 
desenvolva seu trabalho em local a céu aberto de maneira que os mesmos fiquem protegidos.
NR 22 – Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração- Esta norma estabelece os requisitos técnicos 
para as atividades desenvolvidasna mineração buscando permanentemente a segurança e saúde dos 
trabalhadores.
NR 23 – Proteção Contra Incêndios- Esta norma estabelece que todas as empresas devam adotar medidas 
de prevenção de incêndios, em conformidade com a legislação estadual e as normas técnicas aplicáveis.
NR 24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho- Estabelece as exigências necessárias 
para as condições sanitárias de banheiros, vestiários, alojamentos, cozinhas, refeitórios, entre outros 
locais de trabalho.
NR 25 – Resíduos Industriais- Esta norma determina que os resíduos resultantes de processos industriais 
tenham uma destinação adequada, até mesmo no atendimento à legislação vigente.
NR 26 – Sinalização de Segurança- Esta norma estabelece que as empresas devam adotar cores de segu-
rança em seus locais de trabalho com a finalidade de indicar os riscos existentes. 
NR 27 – Registro Profissional do Técnico em Segurança do Trabalho no Ministério do Trabalho- Esta NR foi 
revogada pela portaria GM n. 262, de 29 de maio de 2008, ela trata do registro dos técnicos de segurança 
do trabalho. 
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NR 28 – Fiscalização e Penalidades- Esta NR determina que fiscalização, embargo, interdição e penalida-
des serão efetuadas para as empresas que não atenderem a legislação vigente de Segurança e Medicina 
do trabalho.
NR 29 – Segurança e Saúde no Trabalho Portuário- Esta norma regula a proteção obrigatória contra 
acidentes e doenças profissionais, facilitar os primeiros socorros a acidentados e alcançar as melhores 
condições possíveis de segurança e saúde aos trabalhadores portuários.
NR 30 – Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário- Esta NR estabelece a proteção e a regulamentação 
das condições de segurança e saúde dos trabalhadores aquaviários.
NR 31 - Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração Florestal e 
Aquicultura- Estabelecer os preceitos a serem observados na organização e no ambiente de trabalho, de 
forma a tornar compatível o planejamento e o desenvolvimento das atividades da agricultura, pecuária, 
silvicultura, exploração florestal e aquicultura com a segurança e saúde e meio ambiente do trabalho.
NR 32 – Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde- Esta norma estabelece diretrizes básicas 
para a adoção de medidas de proteção a segurança e saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde.
NR 33 – Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados- Esta NR estabelece os requisitos mí-
nimos para identificação de espaços confinados o reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle 
dos riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores que 
interagem direta ou indiretamente nestes espaços.
NR 34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval- Esta nor-
ma estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção à segurança, à saúde e ao meio ambiente 
de trabalho nas atividades da indústria de construção e reparação naval.
NR 35 – Trabalho em Altura- Esta Norma estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para 
o trabalho em altura, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou 
indiretamente com esta atividade.
NR 36 - Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de Carnes e Derivados- 
Esta norma define requisitos mínimos para o controle de riscos em atividades de abate e processamento 
de carnes e derivados, visando a preservação da saúde e integridade física dos trabalhadores. 
LEITURA cOmPLEmENTAR
 
Caro(a) aluno(a), para uma melhor compreensão do tema acima abordado, indico que 
faça uma leitura do livro-texto das páginas 19 à 27. Sugiro também, uma leitura das 
NR’s na integra no link abaixo:
LINK
Boa Leitura!
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custos dos acidentes do Trabalho
Olá querido(a) aluno(a) nesta aula iremos conversar sobre os custos e consequências dos acidentes do 
Trabalho, porém, será necessário primeiro trabalharmos alguns conceitos.
O acidente do trabalho é um evento indesejável que pode gerar diversos prejuízos para uma organização. 
O gestor de Segurança no Trabalho é um profissional prevencionista, que deverá adotar medidas que se 
antecipem aos riscos tentando de todas as formas eliminá-lo ou pelo menos minimizá-lo.
É interessante conhecermos dois conceitos fundamentais de Acidente do Trabalho, o 
primeiro é o conceito prevencionista que diz:
“Acidente de trabalho é qualquer ocorrência não programada, inesperada, que interfere ou interrompe o 
processo normal de uma atividade, trazendo como consequência isolada ou simultaneamente perda de 
tempo, dano material ou lesões ao homem.”
O segundo conceito é o considerado legal, de acordo com o Art. 19 da Lei 8213 de 24 de Julho 
de 1991, temos:
“Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício 
do trabalho dos segurados, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a 
perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.”
Os acidentes do trabalho podem ser divididos em quatro tipos:
Acidente Típico – são os acidentes decorrentes da característica da atividade profissional 
desempenhada pelo acidentado.
ExEmPLO
Um trabalhador que tem como função, soldador, ao desempenhar sua atividade levou 
uma queimadura causada pelos pingos da solda, ou seja, foi uma situação típica de 
quem trabalha com solda.
Acidente de Trajeto – são os acidentes ocorridos no trajeto entre a residência e o 
local de trabalho do segurado e vice-versa.
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ExEmPLO
O trabalhador saiu de sua casa em direção ao seu local de trabalho, porém ao 
atravessar a rua como de costume torceu o pé.
Essa situação pode ser equiparada a um acidente do trabalho, levando em consideração 
que o trabalhador estava fazendo o percurso até o seu local de trabalho. É importante 
salientar, que em caso de acidentes de trajeto independe o tempo que ele o empregado 
levou e o meio de locomoção (ônibus, carro próprio, etc.) que o trabalhador usou, porém 
é determinante a trajetória, ou seja, o itinerário que ele relatou que fazia de sua casa 
para o trabalho ou vice versa ao ser admitido e que consta no seu cadastro pessoal.
Doença do Trabalho – Assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de 
condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente.
ExEmPLO
O Trabalhador realiza sua atividade em um galpão onde o ruído é excessivo ocasionando 
uma PAIR- Perda Auditiva Induzida pelo Ruído. Essa situação ocorre devido às condições 
em que a atividade é realizada, ou seja, sem nenhum tipo de proteção.
Doença Profissional – Assim entendida e produzida ou desencadeada pelo exercício 
do trabalho peculiar, a determinada atividade e constante da respectiva relação 
elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social; A doença apresenta um 
nexo de causalidade diretamente com a profissão do trabalhador.
ExEmPLO
Um Empregado que trabalha na fabricação e aplicação de pinturas, lacas, vernizes ou tintas à base de 
compostos de chumbo foi diagnosticado com Saturnismo (doença desencadeada pela intoxicação a 
chumbo), ou seja, a doença tem o nexo de causalidade com sua profissão, onde ele se expõe a compostos 
de chumbo.
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Ainda se tratando na Lei 8213 de 24 de Julho de 1991, em seu artigo 20 ela determina situações que não 
são consideradas como doenças do trabalho. Assim, temos:
a) A doença degenerativa;
b) A inerente a grupo etário;
c) A que não produza incapacidade laborativa;
d) A doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, 
salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do 
trabalho.
cONSEQUÊNcIAS DOS AcIDENTES DO TRABALHO
Quando ocorre um acidente com um empregadodentro de uma empresa, este evento indesejado traz 
consigo inúmeras consequências que se refletem na empresa, no empregado e na sociedade como um 
todo. Vamos conhecer um pouco dessas consequências para cada lado.
Consequências para a Empresa:
- Salário dos quinze primeiros dias após o acidente; De acordo com a Legislação Previdenciária, 
somente a partir do 16º dia é que o empregado tem direito a dar entrada no beneficio por parte da 
Previdência Social, até o décimo quinto dia a empresa terá que arcar com o salário do funcionário 
acidentado, não podendo descontar os dias em que o funcionário estiver de atestado médico.
- Transporte e assistência médica de urgência; A empresa irá arcar financeiramente com os custos 
da assistência médica de urgência do funcionário acidentado.
- Interrupção da produção, paralisação de setor, máquinas e equipamentos; O acidente do 
trabalho causa prejuízo desde o momento em que ocorre a parada do setor, da máquina ou do equipamento 
por conta do evento indesejado, pois neste momento a empresa para a produtividade causa assim, perda 
financeira.
- Comoção coletiva ou do grupo de trabalho; O fato é que o trabalhador consegue continuar a 
desempenhar suas atividades normalmente após presenciar ou mesmo ficar sabendo que um colega 
acabou de se acidentar? Por um determinado período a empresa terá dificuldades em motivar seus 
funcionários a voltar a produzir como antes, o que irá causar também prejuízos financeiros.
- Prejuízos ao conceito e à imagem da empresa; A organização tem a sua imagem comprometida, 
uma vez que nenhuma empresa quer ser vista como uma instituição que acidenta ou adoece os seus 
trabalhadores. A própria sociedade de certa forma evita adquirir produtos ou serviços dessas empresas.
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- Embargo ou interdição fiscal, entre outros; O acidente do trabalho ainda traz consigo penalidades 
legais como a interdição ou embargo fiscal, além de multas e pagamento de indenizações.
Consequências para o Trabalhador acidentado:
O trabalhador acidentado passa pelo sofrimento físico e mental, os transtornos decorrentes de 
procedimentos cirúrgicos em algumas situações há dependência de terceiros para acompanhamento e 
locomoção e diminuição do poder aquisitivo, uma vez que ele ao entrar em benefício não receberá o valor 
correspondente a cem por cento (%) do seu salário habitual. 
Consequências para a Empresa:
O Pagamento pelo INSS dos benefícios devido a acidentes e doenças do trabalho somado ao pagamento 
das aposentadorias especiais decorrentes das condições ambientais do trabalho em 2008 encontrará um 
valor da ordem de R$ 11,60 bilhões/ ano. Diante desta informação concluímos que se as empresas se 
preocupassem em prevenir os acidentes e as doenças, esses valores poderiam estar sendo investidos na 
melhoria da saúde ou na educação da população, ao invés de estar sendo utilizado para remediar uma 
situação que poderia ser evitada, como é o caso dos acidentes no ambiente laboral.
LEITURA cOmPLEmENTAR
Querido(a) aluno(a), como complemento ao assunto abordado acima é importante 
realizar a leitura do tópico (Custos dos Acidentes) no livro-texto página 37. Sugiro 
também que, se quiser aprofundar um pouco mais na Lei 8213 de 24 de Julho de 1991 
da Previdência Social, acessar o link abaixo com a lei na íntegra. LINK
cAT- cOmUNIcADO DE AcIDENTE DO TRABALHO
Após o acidente do trabalho alguns procedimentos devem ser adotados. Um deles é a emissão da 
CAT- Comunicado de Acidente do trabalho que tem como objetivo comunicar o acidente ou doença do 
trabalho ao INSS e é a principal ferramenta de estatísticas de acidente de trabalho da Previdência Social. 
Atualmente, o preenchimento deste documento é online através do site da Previdência Social.
A empresa deverá emitir a CAT até o 1ºdia útil após o acidente, ou seja, as primeiras 24horas, em caso de 
acidente com óbito a emissão deverá ocorrer imediatamente. É obrigação do empregador (empresa) emitir 
a CAT, porém se ele não o fizer o próprio acidentado, seus dependentes, o sindicato ao qual o trabalhador 
é filiado, Médico que o atendeu, ou qualquer autoridade pública poderá emitir. Nesses casos o prazo para 
emissão não precisará ser respeitado.
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Tipos de CAT:
	 CAT inicial: acidente do trabalho típico, trajeto, doença profissional, do trabalho ou óbito imediato;
	 CAT de reabertura: afastamento por agravamento de lesão de acidente do trabalho ou de doença 
profissional ou do trabalho; ou
	 CAT de comunicação de óbito: falecimento decorrente de acidente ou doença profissional ou do 
trabalho, após o registro da CAT inicial.
vISITE A PÁGINA
Prezados, para melhor compreensão fica a sugestão de acessar o link abaixo e visualizar 
um modelo da CAT e seu manual de preenchimento de acordo com a previdência social. 
LINK
RIScOS AmBIENTAIS
Olá prezado(a) aluno(a), dentro do ambiente de trabalho estamos expostos a diversos riscos, alguns 
passam a ser despercebidos por nós, mas que podem vir a causar um dano a nossa saúde. Estes riscos 
são chamados de riscos ambientais. São considerados riscos ambientais os agentes físicos, químicos, 
biológicos, ergonômicos e de acidentes/mecânicos que possam trazer ou ocasionar danos à saúde do 
trabalhador nos ambientes de trabalho, em função de sua natureza, concentração, intensidade e tempo 
de exposição ao agente. 
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Observe a tabela abaixo com a divisão dos grupos e cores dos riscos ambientais.
Fonte da Figura: Autora, 2016.
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LEITURA cOmPLEmENTAR
Para uma meLhor compreensão do assunto acima, é importante leitura do livro-texto 
nas páginas 10 a 18. 
Boa leitura!
POGRAmAS DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO (PSST) 
PALAvRAS DO PROfESSOR 
Olá aluno(a) vamos agora conversar um pouco sobre a Gestão de Segurança que cada 
empresa deve entender e colocar em prática através da implementação dos Programas 
de Segurança e Saúde do Trabalho.
Vou iniciar citando dois programas que todos os empregadores e instituições que 
admitem trabalhadores como empregados, apresentam obrigatoriedade da elaboração 
e implementação:
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA
De acordo com a Norma Regulamentadora 09, Portaria SSST n.º 25, 29 de dezembro de 1994, o PPRA, 
visa à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, 
avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir 
no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.
As ações do PPRA devem ser desenvolvidas no âmbito de cada estabelecimento da empresa, sob a 
responsabilidade do empregador, com a participação dos trabalhadores. Este programa deve ser atualizado 
sempre que necessário ou pelo menos uma vez ao ano. Devendo o empregador guardar esse documento 
por no mínimo vinte anos.
Programa de controle médico de Saúde Ocupacional – PcmSO
De acordo com a Norma Regulamentadora 07, Portaria SSST n.º 24, de 29 de dezembro de 1994, o PCMSO 
tem como objetivo a promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores, ele deverá ter 
caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho, 
inclusive de natureza subclínica, além da constatação da existência de casos de doenças profissionais ou 
danos irreversíveis à saúde dos trabalhadores.
Assim como o PPRA, o PCMSO deverá ser realizado anualmente.
18
GUARDE ESSA IDEIA!
Não podemos deixar de fora outro programa de extrema importância na área da 
Construção Civil, o Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria 
da Construção – PCMAT.
Este programa tem a sua base legal na NR-18 que trata das Condições e Meio Ambiente 
de Trabalho na Indústria da Construção, onde cita a obrigatoriedade da implementação 
nos estabelecimentos com 20 (vinte) trabalhadores oumais.
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Fica como sugestão entrar no link citado abaixo, para realizar uma leitura das NR’s 07, 
09 e 18 para uma melhor compreensão dos programas citados acima.
LINK
ATO INSEGURO E cONDIÇÃO INSEGURA
Os acidentes do trabalho são ainda um grande problema para as empresas de diversas áreas. Os atos 
e as condições inseguras são apontados como os grandes responsáveis pela maioria dos acidentes no 
ambiente laboral. Vamos agora conhecer um pouco sobre as diferenças entre estas situações.
Ato Inseguro
São atitudes ou comportamentos emitidos pelo trabalhador que podem levá-lo a sofrer um acidente. Os 
atos inseguros são praticados por trabalhadores que desrespeitam regras de segurança e assim o fazem 
porque não as conhecem devidamente, ou ainda, que têm um comportamento contrário à prevenção, ou 
seja, sabem como deveriam agir mais preferem descumprir os procedimentos seguros. Alguns exemplos 
de comportamentos inseguros:
•	 Operar máquinas sem habilitação ou permissão;
•	 Dar manutenção e realizar limpeza de maquina em movimento;
•	 Inutilizar dispositivos de segurança;
•	 Não utilizar os equipamentos de proteção individual;
•	 Fumar em local proibido, etc.
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No ano de 2009 o termo “Ato inseguro” foi retirado da legislação através da PORTARIA N.º 84, DE 04 
DE MARÇO DE 2009, onde o Ministério do Trabalho corrigiu um antigo erro. A expressão “ato inseguro”, 
contida na alínea “b” do item 1.7 da Norma Regulamentadora 01- Disposições Gerais- foi retirada da 
regulamentação, assim como os demais subitens que atribuíam ao trabalhador a culpa pelo acidente de 
trabalho.
A retirada deste termo da legislação veio a reforçar a responsabilidade por parte do empregador 
(empresa) em cumprir e fazer cumprir a legislação do trabalho, pois até a data de alteração da NR-01 
pela portaria 84 as empresas como forma de justificar e esquivar-se da responsabilidade, atribuíam a 
culpa do acidente ao trabalhador.
condição Insegura
São deficiências, defeitos ou irregularidades técnicas na empresa que constituem riscos para a 
integridade física do trabalhador, para sua saúde e para os bens materiais da empresa.
Exemplos de condições inseguras:
•	 Defeitos de instalações ou de equipamentos;
•	 A falta de proteção em máquinas;
•	 Má iluminação;
•	 Excesso de calor ou frio, umidade;
•	 Gases, vapores e poeiras nocivos à saúde;
•	 E muitas outras condições insatisfatórias do próprio ambiente de trabalho;
PALAvRAS DO PROfESSOR 
Prezado(a) aluno(a) chegamos ao final da nossa primeira unidade e espero que você 
tenha compreendido os assuntos abordados neste guia. Caso tenha ficado alguma 
dúvida faça uma nova leitura do seu livro-texto. 
Agora chegou o momento de colocar em prática seu aprendizado! Acesse o ambiente 
virtual e responda as atividades. Caso tenha alguma dúvida não perca tempo pergunte 
logo ao seu tutor.
Bons estudos e até breve!
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REfERÊNcIAS BIBLIOGRÁfIcAS
BRASIL. Segurança e medicina do trabalho. 73.ed. São Paulo: Atlas, 2014.
CAMISASSA, Mara Queiroga. Segurança e Saúde no Trabalho: NRs 1 a 36 comentadas 
e descomplicadas. São Paulo: Método, 2015. 
SITES:
<http://www.brasilescola.com/historiag/revolucao-industrial.htm> Acesso em 
16/07/15
<http://www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2011/04/evolucao-das-relacoes-
trabalhistas> 
Acesso em 16/07/15
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Bernardino_Ramazzini> 
<http://segurancadotrabalhonwn.com/o-que-e-nr/> 
<http://www.fundacentro.gov.br/institucional/historia> 
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