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PORTUGUÊS INSTRUMENTAL I – RESUMO AV1 Desvios mais comuns ONDE x AONDE Utiliza-se “aonde” quando o verbo expressar movimento, como em: “Aonde você vai?”; já quando indica permanência em um lugar, o correto é usar “onde”, como em: “Onde você está?”. HÁ x A a) usa-se “há” quando se flexiona o verbo “haver” no presente do indicativo, para expressar “existência”, como em: “Há muitas pessoas nesse show.”. b) usa-se “há” quando se flexiona o verbo “haver” no presente do indicativo, para expressar “tempo já passado”, como em: “Há alguns anos, visitei esta cidade.”. Atenção: Muitas pessoas usam a expressão “há anos atrás”, que é considerado pleonasmo vicioso, pois o haver já indicaria passado, sendo desnecessário usar “atrás”... MAU x MAL MAL é o oposto de BEM MAU é o oposto de BOM. AO ENCONTRO DE x DE ENCONTRO A Ao encontro de: significado “estar de acordo com”, “em direção a”, “favorável a”, “para junto de”. (está de acordo) . Exemplo: Meu texto está ao encontro do que o professor solicitou. De encontro a: tem significado de “contra”, “em oposição a”, “para chocar-se com”. Exemplo: Meu texto está do encontro ao que o professor solicitou. (está em desacordo). Transitividade Verbal Quanto à transitividade, os verbos são classificados em: a) Intransitivos: VI -> sem a necessidade de qualquer complemento, basta apenas a presença do sujeito, como em: “Marcos caiu”; “A bomba explodiu”; “O bebê dormiu”. b) Transitivos diretos: VTD -> são aqueles que necessitam de um complemento sem preposição obrigatória, como amar, pegar, ver, derrubar, olhar, etc. c) Transitivos indiretos: VTI -> são aqueles que necessitam de um complemento com preposição obrigatória, como: gostar (de); pensar (em); necessitar (de); consistir (em); obedecer (a); responder (a); simpatizar/antipatizar (com) d) Bitransitivos: VTDI -> transitam duas vezes e por isso, têm um objeto direto e um indireto, como em: paguei a divida ao credor. Regência Verbal Chamamos de regência verbal a relação que se estabelece entre os verbos e os termos que os complementam (objetos diretos e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos adverbiais). Exemplos: - Aspirei o aroma das flores (VTD: sorver, absorver)./ Aspirei ao sacerdócio (VTI: desejar, pretender). - Ele assistiu ao jogo (VTD: presenciar, ver)./ O médico assistiu o enfermo (VTI: prestar assistência, ajudar). - Olhe para ele (VTI: fixar o olhar). /Olhe por ele (VTI: cuidar, interessar-se). - Ele não precisou a quantia (VTD: informar com exatidão). / Ele não precisou da quantia (VTI: necessitar). - Queria as férias logo (VTD: desejar)./ A mãe quer aos filhos igualmente (VTI: ter afeto). - O atirador visou o alvo (VTD- apontar). / O professor visou meu caderno (VTD: pôr visto). / Muitos visam aos cargos melhores (VTI: desejar, ter em vista). Regência nominal Chamamos de regência nominal o nome da relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse nome. Essa relação é sempre intermediada por uma preposição. Substantivos: Admiração a/por Devoção a/ para/ com/ por Medo de Respeito a/ com/ para com/ por Adjetivos: Necessário a Acostumado a/com Nocivo a Agradável a Equivalente a Advérbios: Longe de/ Perto de Verbo haver e fazer O verbo haver, quando indica existência ou acontecimento, é impessoal, devendo permanecer sempre na terceira pessoa do singular. Haver e fazer são impessoais quando indicam ideia de tempo, nesse caso, devem também permanecer na terceira pessoa do singular. Verbo e a partícula se Quando o “se” indica indeterminação do sujeito, o verbo fica na terceira pessoa do singular. Quando o “se” é pronome apassivador, o verbo concorda com o sujeito da oração. Sujeitos formados por expressões partitivas Quando o sujeito é constituído por “a maioria de”, “grande parte de”, “a maior parte de” ou “grande número de” mais o nome no plural, teremos a possibilidade de colocar o verbo no singular ou plural. Expressão mais de um O verbo deve ficar no singular. A ordem direta no português brasileiro S + V + C Sujeito + Verbo + Complemento - A estrutura SVC não pode ser fragmentada por vírgula; a vírgula é usada apenas para assinalar elementos encaixados nessa estrutura central. Usos da Vírgula Para separar palavras ou orações justapostas assindéticas: Ex.: Os bebês, as crianças, os jovens, os adultos, todos sofrerão com a falta de água. Para separar vocativos: Ex.: João, traga o livro aqui! Para separar apostos e certos predicativos: Ex.: O curso de Letras, licenciatura em Português, forma professores do Ensino Fundamental e Médio. (aposto) Audacioso e corajoso, o homem desbravou o mundo. (predicativo) Para separar orações intercaladas e outras de caráter explicativo Ex.: O vocativo, conforme entendem hoje, é um termo que serve para chamar, interpelar, invocar alguém. O aposto, orienta a professora, explica ou especifica uma expressão. Para separar certas expressões explicativas ou retificativas, como: isto é, a saber, por exemplo, ou melhor, ou antes, etc. Ex.: O verdadeiro amor, isto é, o sentimento mais lindo e puro do ser humano, é um excelente remédio. Para separar orações adjetivas explicativas Ex.: Pelas 11h da noite, que foi de muito vento, o soldado não aguentava mais caminhar e caiu! Para separar orações adverbiais desenvolvidas Ex.: Enquanto o marido trabalhava fora, a mulher ficava cuidando dos filhos e da casa. Para separar orações adverbiais reduzidas Ex.: Ali eu entendi, sem receber explicação, aquela dura lição. Para separar adjuntos adverbiais Ex.: No meio da noite, ouviram-se muitos gritos. Observação: é comum não usar a vírgula quando os adjuntos adverbiais são curtos: À noite ouviram-se muitos gritos. Para indicar elipse de um termo Ex.: Uns afirmam que deve existir vida além da terra, outros, que a vida termina aqui. Para separar conjunções pospositivas, como: porém, contudo, pois, entretanto, portanto etc. Ex.: Vens, entretanto, querer exigir minhas coisas! Para separar elementos paralelos de um provérbio Ex.: Mocidade ociosa, velhice vergonhosa. Para separar termos que se quer realçar Ex.: O dinheiro, o homem coloca em primeiro lugar. Para separar o nome do lugar nas datas Ex.: Rio de Janeiro, 10 de janeiro de 1500. Usos do Ponto e Vírgula a) Separar orações coordenadas de certa extensão: “Depois Iracema quebrou a flecha homicida; deu haste ao desconhecido, guardando consigo a ponta farpada.”. b) Em enumerações, como: “Destacaram-se, na Conjuração Mineira, Joaquim José da Silva Xavier, alcunhado Tiradentes; o poeta Claudio Manuel da Costa, autor do poema épico Vila Rica; o poeta Tomás António Gonzaga, autor de Marília de Dirceu; o desembargador Inácio Avarenga Peixoto e o padre Luís Vieira da Silva em cuja biblioteca se reuniam os conjurados.” c) Para separar os considerandos de um decreto, de uma sentença, de uma petição, etc. d) Para separar os itens de um artigo de lei, de um regulamento. Regras de acentuação Sílaba tônica de uma palavra, na língua portuguesa, pode estar em três diferentes posições. Cada posição corresponde a uma classificação. Quando a sílaba tônica é a última, a palavra é oxítona. Se a sílaba tônica é a penúltima, a palavra é paroxítona. Quando a sílaba tônica é a antepenúltima, a palavra é proparoxítona. 1- OXÍTONAS (última sílaba tônica): Acentuam-se as oxítonas: terminadas em “A”, “E”, “O”, “ÊM”, “ÉM”, “ÊNS”, seguidas ou não de “S”. terminadas em ditongos abertos, como “ÉI”, “ÉU”, “ÓI”, seguidos ou não “S”. formas verbais oxítonas terminadas em “A”, “E”, “O”, (com ou sem “S”) quando seguidas de “LO(s)” o u “LA(s)”: 2- PAROXÍTONAS (penúltima sílaba tônica): Acentuam as paroxitonas terminadas em L, N, R, X, PS, Ã(S), ÃO(S), I(S), ON(S), UM(S), US. Acentuam-se as paroxítonas terminadas em: em ditongos crescentes (semivogal+vogal): Névoa, infância, tênue, calvície, série, polícia, residência, férias, lírio. Antes do acordo ortográfico,acentuavam-se também as paroxítonas terminadas em ditongo aberto, como: ideia, Coreia, que, após o acordo, deixaram de ser acentuadas. 3- PROPAROXÍTONAS (antepenúltima sílaba tônica): Todas as proparoxítonas são acentuadas. 4- MONOSSÍLABOS TÔNICOS (uma sílaba tônica): Acentuam-se os monossílabos terminados em: “A”, “E”, “O”, seguidos ou não de “S”. Crase Regra Geral: Haverá crase sempre que: I. o termo antecedente exija a preposição a; II. o termo seguinte aceite o artigo a. Nunca ocorre crase: - Antes de masculino. - Antes de verbo. - Antes de pronomes em geral. - Antes de pronomes de tratamento. - Com as expressões formadas de palavras repetidas. - Antes dos nomes de cidade. - Quando um a (sem o s de plural) vem antes de um nome plural. Observações: - Há três pronomes de tratamento que aceitam o artigo e, obviamente, a crase: senhora, senhorita e dona. - Haverá crase antes dos pronomes que aceitarem o artigo, tais como: mesma, própria... - Se o nome da cidade vier determinado por algum adjunto adnominal, ocorrerá a crase.
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