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APOSTILA DE PORTUGUÊS ATUALIZADA VAL 26-06-2020

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LÍNGUA PORTUGUESA 
Professora: Valéria Teodoro 
 
SUMÁRIO 
➢ Acordo Ortográfico 
➢ Acentuação Gráfica 
➢ A crase 
➢ Linguagem, língua e fala 
➢ Concordância verbal 
➢ Concordância nominal 
➢ Sinais de pontuação 
➢ Homônimos, parônimos e polissemia 
➢ A palavra Por Que 
➢ Tipos de textos 
➢ Texto argumentativo 
➢ Exercícios 
➢ Bibliografia 
 
ACORDO ORTOGRÁFICO 
A partir do dia 1º de janeiro de 2009 entrou em vigor o Novo 
Acordo Ortográfico, e este trouxe algumas alterações significativas 
quanto à acentuação, acréscimo de algumas letras que vieram compor o 
nosso alfabeto, extinção total do trema, entre outras. 
Do ponto de vista da ortografia, existem diferenças bastantes 
relevantes na língua portuguesa. Esse acordo a partir de tal data passa a 
vigorar nas nações que falam e escrevem o português: Portugal, Angola, 
Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-
Leste. 
Como toda mudança implica em adequação, é normal sentirmos 
algumas dificuldades diante da mesma. Todavia, é essencial buscarmos 
suporte bibliográfico, seja no dicionário ou em livros didáticos, para o 
quanto antes nos adequarmos às novas exigências. 
 
O objetivo é estabelecermos uma familiaridade maior sobre estas 
mudanças, observaremos a seguir algumas pontuações: 
 
- O nosso alfabeto, que antes era composto por 23 letras, atualmente 
possui 26,pois as letras K, W e Y passaram a incorporá-lo.Sua utilização 
se faz presente na grafia de nomes próprios, tais como Yara, Kátia, entre 
outros, como também para especificarmos unidades de medida como Kg, 
Km, Watts. 
“A existência de duas grafias oficiais acarreta problemas na 
redação de documentos em tratados internacionais e na publicação de 
obras de interesse público”, defendia o filólogo Antônio Houaiss, o 
principal responsável pelo processo de unificação aqui no Brasil. 
 “Que o espírito das novas regras é deixar que o contexto 
explique aquilo que a ortografia não alcança”, Evanildo Bechara. 
ACENTUAÇÃO GRÁFICA 
Classificação das palavras quanto à silaba tônica: 
Oxítona: quando a última sílaba é tônica. Ex: caju 
Serão acentuadas todas as oxítonas terminadas em: 
A (s) : Ca – já 
E (s) :ca – fé 
O (s) : Ji – ló 
Em: po – rém 
Ens: pa – ra – béns 
Paroxítona: quando a penúltima sílaba é tônica. Ex: mu –ra – lha 
Serão acentuadas todas as paroxítonas terminadas em: 
R : Ca- rá – ter 
I (s) : Jú – ri 
N: Pó – len , pró- ton 
L: Pos – sí – vel 
U (s): Bô – nus 
X: Tó – rax 
Ôo (s): en – jô – o *(após a nova ortografia: enjoo) 
ã\ ão (s): ór- fã 
um \ uns: Ál – buns 
PS: bí – ceps 
 Ditongo: Á – gua 
Obs.: polens\ semens\ hifens = palavras que no plural não tem acento 
gráfico, porém as paroxítonas prótons, nêutrons, elétrons, íons 
continuam com acento mesmo no plural. 
Proparoxítonas: quando a antepenúltima sílaba é tônica. E todas são 
acentuadas. Ex: pú- bli- co 
Os verbos crer, ler, dar, ver e seus derivados, antes da nova ortografia: 
Singular - Plural 
Ele crê – eles crêem 
Ele lê – eles lêem 
Ele vê – eles vêem 
Que ele dê – que eles dêem 
Após a reforma ortográfica, os verbos e seus derivados não serão 
acentuados no plural. 
Singular – Plural 
Ele lê – eles leem - releem 
Ele vê – eles veem – reveem 
Ele crê – eles creem - descreem 
Que ele dê – que eles deem 
Os verbos ter e vir 
Ele tem – eles têm 
Ele vem - eles vêm 
Os verbos + infinitivo + pronome O, A, OS, AS 
Os pronomes oblíquos a, o, as, os, - assumem a forma la, lo, las, los 
quando colocados após um verbo no infinitivo de acordo com a regra da 
oxítona: 
Matar + o = matá-lo 
Merecer + a = merecê-la 
Partir + lo (sem acento) 
ACORDO ORTOGRÁFICO – USO DO HÍFEN 
 
1º ELEMENTO
LETRA INICIAL 
DO 2º ELEMENTO
 
EXEMPLOS
QUALQUER PREFIXO H SUPER-HOMEM
TERMINADO COM 
VOGAL
H OU VOGAL 
IGUAL
ANTI-INFECÇÃO
CIRCUM, PAN H, VOGAL,M,N PAN-AMERICANO
SUPER,HIPER,INTER H,R SUPER-REATIVO
AB,OB,SOB,SUB,AD H,R,B SUB-ROGAR, AD-
DIGITAL
BEM,MAL H, VOGAL BEM-AVENTURADO
PRÉ,PRÓ,PÓS,VICE,VIZO 
EX
QUALQUER UMA PRÉ-HISTÓRIA, EX-
DIRETOR,VIZO-REI
PALAVRAS SEM O HÍFEN
TERMINADA EM 
VOGAL
VOGAL IGUAL AUTOESCOLA
TERMINADA EM 
VOGAL
R,S DOBRAM AUTORRETRATO
TERMINADA EM 
VOGAL
CONSOANTE AUTOCONTROLE
PRE,PRO, POS QUALQUER UMA PROPOR,PREVER,POSPOR
COM TOPÔNIMOS – NOME DE LUGARES
GRÃ, GRÃO GRÃO-PARÁ
Acentuam-se as formas verbais relativas à terceira pessoa do 
plural do presente do indicativo (todas elas recebem acento 
circunflexo) para se diferenciar da terceira pessoa do singular, a qual 
recebe acento agudo. 
Seguem alguns verbos: 
MANTER, CONTER, DETER, RETER, OBTER, CONVIR, INTERVIR, entre 
outros. 
Ex.: Ele obtém – eles obtêm / Ele retém – eles retêm 
Ex.: Ele convém – eles convêm / Ele contém – eles contêm 
Ex.: Ele intervém – eles intervêm / Ele mantém – eles mantêm 
As formas verbais pôde e pode 
Pôde, grafada com acento circunflexo e representando a terceira pessoa 
do pretérito perfeito do modo indicativo, permanece acentuada para se 
diferenciar da terceira pessoa do presente do modo indicativo – pode: 
Ex.: Ele pôde chegar mais cedo ontem. 
Ex.: Ele pode chegar tarde hoje. 
A preposição por e o verbo pôr 
O verbo pôr permanece acentuado justamente para se distinguir da 
preposição por: 
 Ex.: Eu vou por aí. 
 Ex.: A garota vai pôr o material escolar sobre a carteira. 
 
A CRASE 
A crase é a contração da preposição A com o artigo feminino A. Na 
escrita indicamos a crase pelo acento grave à, às. 
Usa-se obrigatoriamente o acento da crase: 
Antes de substantivos femininos que exijam o artigo A (s) e o verbo ou 
o nome pedirem preposição. 
Ex.: vou a + a cidade – igual vou para + a cidade = vou à cidade. 
Antes de numeral, quando indica horas (mesmo se for zero e meia) 
Ex.: o sino badalava à zero hora em ponto. 
Antes de expressões adverbiais femininas que indicam modo, lugar e 
tempo. 
Ex.: Às tantas, Às vezes, à direita, à esquerda, à esquina, à noitinha, à 
tarde. 
Antes de substantivo masculino ou feminino, quando a palavra moda 
(maneira) estiver subentendida. 
Ex.: Adoro bife à cubana! 
Antes dos demonstrativos: aquelas(s), aquele (s), aquilo, quando 
precedidos de preposição. 
Ex.: O motorista se dirigiu àquele posto. 
Não se usa o acento da crase: 
 Antes de substantivos masculinos: fogão a gás, venda a prazo, 
graças a Deus, etc. 
 Antes de verbos: puseram-me a discutir no bar. 
 Antes de substantivos femininos usados em sentido genérico ou 
indeterminados, isto é, não precedido de artigo: não vai a recepções, a 
festas, nem a reuniões escolares. 
Diante de pronomes que não admitem artigo (a maioria deles): 
oferecemos tudo a esta criatura. 
Antes da palavra casa, quando se trata da residência própria de quem 
fala ou de quem se fala: 
Ex.:Voltei a casa assim que terminei o trabalho. Ele voltou a casa para 
trocar a roupa. 
Obs.: quando a palavra casa admite artigo, usa-se a crase: 
Ex.: Iremos à casa de Ana. 
Antes do artigo indefinido uma: 
Ex.: Entreguei o livro a uma aluna do segundo ano. 
Antes de substantivos repetidos, nas locuções adverbiais: Cara a cara, 
frente a frente, ponta a ponta, gota a gota. 
Antes de nomes próprios de lugares que não admitem artigo: 
EX.: De Curitiba fomos a Santa Catarina. 
Obs.: quando o lugar admitir artigo, usa-se a crase: 
Ex.: De Fortaleza fomos à Bahia. 
Quando o lugar vier especificado (mesmo que ele não admita artigo): 
Ex.: Iremos à bela Santa Catarina. 
Usa-se opcionalmente a crase: 
Antes de pronome possessivo: 
Ex.: Dei um presente a sua mãe \ Dei um presente à sua mãe 
Com locução até a, antes de palavra feminina: 
Ex.: Irei até a cidade \ Irei até à cidade. 
Antes de nome próprio de mulher 
Ex.: Refere-se a Sônia \ Refere-se à Sônia. 
Antes de pronome adjetivo possessivo feminino singular: 
Ex.: Referia-se a minha irmã, ou à minha irmã. 
LINGUAGEM, LINGUA E FALA 
Linguagem: é qualquer sistema de sinais de que o ser humano se 
serve para expressarsuas ideias, sentimentos e experiências. A 
linguagem mais utilizada é a linguagem verbal: fala ou escrita, mas 
temos a linguagem não verbal (gestos, figuras, sons, entre outros). 
Língua: é a linguagem verbal utilizada por um povo ou por um grupo 
menos, como no caso de tribos ou de comunidades que falam dialetos. 
Fala: é a linguagem verbal própria de cada indivíduo. 
Estilo: é a maneira própria de cada um falar ou escrever. É aquela 
marca que distingue um escritor de outro, pelo que ele tem de especial 
no modo de se expressar. 
As modalidades da língua portuguesa 
A comunicação existente entre o emissor e o receptor é chamada 
mensagem. Esta é codificada num ambiente (físico e cultural) 
empregada de sua marca e seu vocabulário próprio. 
São sete as modalidades (ou níveis) da língua portuguesa: 
1 – língua culta – forma linguística que todo povo civilizado possui,é 
a que assegura a unidade da língua nacional. Ela caracteriza-se pela 
correção da linguagem em diversos aspectos, entre elas a ortografia, a 
concordância, a regência, pontuação, períodos, relações entre estes 
termos e os parágrafos. Esta língua está ligada mais a escrita, é mais 
planejada e elaborada. 
2 – língua padrão – é uma linguagem, comum utilizada pelos órgãos 
oficiais. É a língua que prima pela objetividade. 
Ex.: procuração, requerimento, declaração, ofícios, etc. 
3 – língua coloquial – é a linguagem que tem por objetivo ser nítida, 
tanto para as pessoas cultas como para as pessoas incultas. Usa-se 
expressões populares. Como se caracteriza de uma liberdade maior de 
expressão, esse padrão aceita gíria ou palavras dicionarizadas, 
construções repetidas pela gramática normativa, mais eficazes no ato 
comunicativo, palavras e frases truncadas, períodos curtos, entre 
outros. Está ligada à fala, não é planejada nem elaborada. 
Ex.: Tô legal! 
4 – língua vulgar – é a falada pelo povo em geral e se caracteriza pela 
tendência que todos temos em significar o sistema linguístico. O 
dinamismo desta modalidade de linguagem mostra por meio de gírias, 
jargões, palavra inventada para simplificar o dizer do falante, esta 
linguagem pode constranger ou intimidar o ouvinte ou o leitor quando 
do uso de expressões de baixo calão. 
Ex.: Ela é uma naja! 
5 – Língua grupal – é utilizada por determinados grupos ou 
indivíduos como forma de diferenciá-lo da massa, guardando uma 
certa identidade entre os membros. Utilizando-se também de gíria e 
outras marcas expressivas, dela não participa a população em geral. 
✓ A linguagem cientifica dos profissionais - enfermeiros, 
advogados. 
✓ A linguagem dos surfistas, pagodeiros. 
6 – Língua regional – é falada pelos habitantes de uma determinada 
região. Difere-se das demais modalidades porque os falantes da mesma 
se deixaram influenciar pelos seus colonizadores ou classe dominante. 
Nesta dimensão, incluem-se também, as diferenças linguísticas 
observadas entre pessoas de regiões distintas, onde se fala a mesma 
língua. O exemplo claro desta variação linguística é encontrado entre 
os diversos países que falam ou escrevem a língua portuguesa: Brasil, 
Portugal, Angola. 
7 – Língua literária – é a língua que se sustenta na subjetividade. 
Caracteriza-se pelo plurissigno, o signo de muitas valências com 
função de sugerir e sensibilizar. Busca a beleza de expressão. É a 
realização do belo através da palavra. 
Ex.: Pedro tomou as dores do negrinho e rolaram na luta mais 
sensacional a que as areias do cais jamais assistiram (capitães de Areia, 
p.26) Jorge Amado. 
CONCORDÂNCIA VERBAL 
Regra geral: o verbo concorda com o sujeito em pessoa e em número 
Sujeito coletivo: quando o sujeito é um coletivo, o verbo fica no 
singular. 
Ex. A multidão aplaudiu com o entusiasmo a linda jogada. 
Porém, se o coletivo vier especificado, o verbo pode ficar no singular 
(conforme a regra), ou ir para o plural. 
Ex. A multidão de fanáticos torcedores aplaudiu (ou aplaudiram) a 
linda jogada. 
Isso se aplica, inclusive, aos coletivos partitivos. 
Ex. Grande parte dos torcedores aplaudiu ou aplaudiram a linda 
jogada. 
Concordância de nomes que só se usa no plural: 
Quando o sujeito é um nome que só se usa no plural e não vem 
precedido de artigo, o verbo fica no singular. Caso venha antecipado 
de artigo, o verbo concordará com o artigo. 
Ex. Minas Gerais produz muito leite ou As minas Gerais produzem 
muito leite. 
OBS.:Para o nome de obras literárias, admite-se também a 
concordância ideológica com a palavra obra, implícita. 
Ex. “As primaveras” é poesia romântica. 
Ex.: Os sertões conta/contam a história do povo nordestino. 
 
Concordância com pronome de tratamento: 
Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o verbo fica sempre na 
3° pessoa. 
Ex. Vossa Alteza sabe o lugar onde iremos? Vossas Altezas sabem o 
lugar onde iremos: 
Sujeito constituído pelo pronome relativo QUE: 
Quando o sujeito é o pronome relativo, o verbo concordará com o 
antecedente do pronome relativo. 
Ex. Fui eu que falei/ fomos nós que falamos. 
OBS.: com as expressões um dos que ou uma das que, o verbo deve 
ir para o plural, embora alguns escritores usem o singular. 
Ex. Valdir foi um dos que saíram /ela foi uma das que saiu. 
Sujeito constituído pelo pronome relativo QUEM: 
Quando o sujeito é o pronome relativo quem, o verbo deve ficar na 
terceira pessoa do singular, concordando com ele. 
Ex. Fui eu quem falou. 
OBS.: são, porém, frequentes os exemplos em que o verbo concorda 
com o antecedente do pronome relativo quem. 
Ex. Fui eu quem falei. 
Mais de um/ mais de dois/ menos de: 
a)Quando o sujeito é formado pelas expressões mais de um/ mais de 
dois, o verbo deve concordar com o numeral de tais expressões. 
Ex.: Mais de uma aluna faltou à aula 
Ex.: Mais de duas alunas faltaram à aula. 
b)Quando a expressão vier repetida o verbo deve ficar no plural: 
Ex. Mais de um aluno, mais de um professor faltaram. 
c)Quando o verbo indicar reciprocidade: 
Ex.: Mais de um atleta agrediram-se/ se agrediram. 
Com as expressões cerca de/ perto de, o verbo concorda com o 
numeral: 
Ex: Cerca de cinco alunos faltaram. 
Com sujeito simples: 
O verbo concorda com o núcleo do sujeito. 
Ex: Os pássaros destruíram a horta. 
Verbo + se: quando o SE é pronome apassivador, o verbo concorda 
com o sujeito (que está na frase) 
Ex.: Alugaram-se alguns caminhões 
Ex.: Alguns caminhões foram alugados. 
Quando o SE é índice de indeterminação do sujeito (ISS), o verbo 
ficará na 3° pessoa do singular: 
Ex.: Precisa-se de bons reforços em matemática. 
Com sujeito composto antes do verbo = verbo no plural 
Ex.: O navio e a lancha voltaram. 
Depois do verbo: verbo no plural ou concordando com o núcleo mais 
próximo. 
Ex.: Voltaram\voltou o navio e a lancha 
Pessoas gramaticais diferentes: 
Com a 1° pessoa (eu/nós) = verbo na 1° pessoa do plural 
Ex: Ela, tu e eu partiremos amanhã. 
Sem a 1° pessoa (eu/nós) verbo na 2° pessoa ou 3° pessoa do plural. 
Ex: Ela e tu partirão/partireis. 
Verbo SER 
a) Quando o sujeito e o predicativo são números diferentes (um 
singular e outro plural), o verbo ser pode ficar tanto no singular como 
no plural, embora o plural seja mais usual. 
Ex: A vida é/são projetos sem fim 
b) Quando o sujeito ou o predicativo referem-se a pessoa, o verbo ser 
só pode concordar com essa pessoa. 
Ex.: O velhinho doente é as angústias da família. 
Ex.: Nossa maior alegria são os amigos. 
Verbos impessoais 
a) HAVER, no sentido de existir ou acontecer – é impessoal; fica no 
singular (tanto sozinho quanto em locução verbal) e no sentido de 
tempo decorrido. 
Ex: Não haverá outros interessados? 
Ex.: Não poderá haver outros interessados? 
Ex.: Havia muitos meses que ele esteve aqui! 
b)FAZER, indicando tempo transcorrido ou a transcorrer – é 
impessoal e ficará no singular (tanto sozinho quanto em locução 
verbal) 
Ex.: Ontem fez dois meses que ele morreu. 
Ex.: Amanhã vai fazer um ano que eu a conheci. 
CONCORDÂNCIA NOMINAL 
Adjetivos após vários substantivos:a) Se os substantivos são do mesmo gênero – o adjetivo pode 
concordar com o último substantivo ou ir para o plural. 
Ex: Casa e igreja antiga/ antigas. 
b) Se os substantivos são de gêneros diferentes – o adjetivo pode 
concordar com o último substantivo ou ir para o masculino plural. 
Ex: Prédio e casa antiga/antigos. 
MESMO – na função de pronome, concorda com a palavra a que se 
refere. 
Ex: Ela mesma irá à festa. 
MESMO – na função de advérbio (mesmo = realmente) é invariável 
Ex: Os alunos resolveram mesmo o problema de física. 
BASTANTE - quando é advérbio é invariável (equivale a muito). 
Ex: Eles estavam bastante preocupados. 
BASTANTES - Quando pronome é variável. 
Ex: Ele comprou bastantes livros. 
MEIO - quando é numeral (meio=metade) concorda com a palavra a 
que se refere. 
Ex: ele tomou duas meias garrafas de cerveja. 
Ex.:É meio dia e meia 
MEIO - quando o advérbio (meio=um pouco) é invariável: 
Ex: Ela ficou meio envergonhada. 
SÓ - vai para o plural quando significa sozinhos ou sozinhas. 
Ex: As mulheres queriam ficar a sós/sozinhas na sala de reunião 
SÓ - é invariável quando significa apenas/somente: 
Ex: A mulher ficou a sós/somente no quarto. 
Ex.: As mulheres ficaram a sós/somente no quarto. 
Palavras invariáveis: pseudo/ em anexo/ alerta/ menos: 
Ex: Ela é uma pseudoamiga. 
Ex.:As fotos vão em anexo. 
Ex.: Eles estão alerta. 
Ex.: Quero menos maçãs na sacola. 
Palavras variáveis: grato, agradecido, obrigado, próprio, quite, 
anexo, incluso, apenso(=anexo): 
Ex:Ela estava agradecida/grata. 
Ex.: Ela própria disse: obrigada. 
Ex.: Eles estavam quites com o serviço militar. 
Ex.: As receitas vão anexas ao processo. 
Ex.: Os documentos estão inclusos ao envelope. 
HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS 
Homonímia – é a situação em que uma só palavra assume duas ou 
mais significações completamente diferentes, mas cuja origem admite 
vocábulos heterogêneos. Com relação à homonímia, os dicionários, 
via de regra, apresentam mais de uma entrada (verbete). 
São (la(m=sanus) 
São/Santo (la(m=sanctus) 
São/verbo ser (la(m=sunt) 
acender = atear fogo ascender = elevar-se
acento= sinal gráfico assento = banco
acerto= precisão asserto = afirmação
apreçar = marcar o preço apressar = adiantar
área = superfície ária = cantiga
arrear= pôr arreios arriar = baixar
arrochar = apertar arroxar = tornar roxo
ás = carta de jogo
az = esquadrão, pessoa 
notável
caçar = 
apanhar,perseguir cassar = invalidar
cegar = privar de visão segar = ceifar
cela = cubículo sela = arreio
censo = recenseamento senso = juízo
cerrar = fechar serrar = cortar
cessão = ato de ceder seção = parte/setor 
cheque = ordem de 
pagamento
xeque = lance de xadrez
espectador = assistente 
esperto
expectador = quem está na
estrato = tipo de 
nuvem era = época
extrato = perfume, resumo 
(conta bancária
incerto = duvidoso 
principalmente laço
inserto = introduzido 
insipiente
paço = palácio passo = ato de avançar 
vós = pronome pessoal voz = som da laringe 
Homônimas perfeitas = som igual e grafia igual. 
Venda (substantivo) 
Venda (verbo vender) 
Sentença (frase) 
Sentença (condenação) 
Homônimas homógrafos = grafia igual e som diferente 
POLISSEMIA 
 É a situação em que uma palavra assume significados variáveis de 
acordo com o contexto, mas cuja origem é única. Com relação a 
polissemia, os dicionários, via de regra, apresentam uma entrada 
(verbete): 
Ex.: Ponto – sinal gráfico 
Ex.: Ponto – lugar determinado 
Ex.: Ponto – livro em que se marcam as faltas. 
Ex.: Ponto – cirúrgico. 
Acordo = substantivo 
Acordo = verbo acordar
Erro = substantivo 
Erro = verbo errar
OBS: há palavras que são homônimas em relação à outra e polissêmicas 
se as compararmos com terceiras. 
Ex.: Cravo, do francês (clavecin = instrumento musical) 
Ex.:Cravo, do latim (clavu = prego, afecção da pele, flor ou codimento) 
são homônimos. 
Ex.:Cravo (prego), cravo (afecção da pele), cravo(flor), e cravo 
(codimento) são polissêmicos (há uma analogia quanto à forma, e a 
origem vocabular é a mesma (clavus). 
PARÔNIMOS 
São palavras semelhantes na grafia e na pronúncia. 
Acidente= desastre. 
Incidente = acontecimento inesperado. 
Adereço = enfeite. 
Endereço = residência. 
SINAIS DE PONTUAÇÃO 
Na língua escrita, essas pausas e entonações são representadas 
pelos sinais de pontuação: vírgula, ponto e vírgula, dois pontos, 
reticências. 
Vírgula 
1 – No período simples: é usada para separar termos coordenados. 
Ex: Nós precisamos de carinho, amor, compreensão. 
Separar o aposto. 
Ex: Rio de Janeiro, Cidade Maravilhosa, é um grande pólo turístico. 
Separar vocativo 
Ex: Não se preocupe, meu amigo, estamos com você. 
Separar o adjunto adverbial deslocado. 
Ex: A cidade, no fim da tarde, é mais triste. 
Indicar elipse do verbo: 
Ex: Vocês vão ao teatro; nós, ao jogo de futebol. 
2- No período composto por coordenação ou subordinação, a 
vírgula e é usada para: 
Separar orações coordenadas não ligadas por E. 
Ex: Ele é velho, mas é dinâmico. 
Separar orações subordinadas adverbiais (principalmente as que 
aparecem antes da oração principal) 
Ex: Se não fizer frio, iremos ao clube. 
Oração sub. adverbial condicional / oração principal 
Separar orações subornadas adjetivas explicativas. 
Ex: Florianópolis, que fica numa ilha, é a capital de Santa Catarina. 
Principais casos em que a vírgula é proibida. 
1 – No período simples, não se usa a vírgula: 
a) entre o sujeito e o predicado. 
Ex: As pessoas aplaudiram a passeata dos professores. 
Sujeito predicado 
b) entre o verbo e o objeto 
Ex: Na confusão, ninguém se lembrou da saída de emergência. 
c) Entre o nome e seus adjuntos adnominais e complemento 
nominal: 
Ex: Todos os jogos do campeonato foram cancelados. 
d) Entre os dois termos ligados por nem/ou/e: 
Ex: Você não comprou o carro nem a casa. 
2 – No período composto, não se usa a vírgula entre duas orações 
coordenadas ligadas por e: 
Ex: Ele foi à cidade e vendeu a colheita. 
a) Entre a oração principal e a oração subordinada substantiva: 
Ex: Ele nos garantiu que conhecia o caminho. 
 Oração principal Oração subordinada substantiva objetiva direta 
b) Entre oração principal e oração subordinada adjetiva restritiva: 
Ex: As críticas que recebemos foram construtivas 
Ponto e vírgula 
Esse sinal de pontuação, na escrita, indica uma pausa um pouco mais 
longa que a vírgula e um pouco mais breve que o ponto, ele depende, na 
maioria das vezes, do contexto em que ele aparece das características de 
estilo da pessoa que o utiliza. 
Ex: “... começa a esboçar, com os pontos soltos de alguns sons, a curva 
de uma frase musical; mas logo se detém, e volta, e se perde numa 
incoerência monótona” (R. Braga). 
Dois pontos: 
Esse sinal de pontuação serve para: 
a)Iniciar uma enumeração: 
Ex: Tudo foi verificado: os freios, os faróis, os pneus. 
b)Para introduzir a fala de uma pessoa: 
Ex: Estava sentada na sala e ouviu alguém que passou na rua e disse: 
 “-Estamos sendo explorados, não podemos admitir isso”. 
c)Para esclarecer ou concluir algo que já foi dito: 
Ex: “ O vereador Freitas propôs também a declaração de que, em 
nenhum caso, fossem os vereadores recolhidos ao asilo dos alienados: 
Cláusula que foi aceita, votada e incluída na postura...” (Machado de 
Assis). 
Reticências: 
Indicam uma interrupção na sequência norma da frase. São 
empregadas, principalmente: 
a)Para indicar uma certa indecisão, surpresa ou dúvida na fala da 
pessoa: 
Ex: “Teodorico” você... Escreveu um livro?” ( Carlos D. de Andrade) 
b)Para indicar que, num diálogo, a fala de uma pessoa foi 
interrompida pela fala de outra. 
Ex: “ – Você morou muito tempo em São José do Rio Branco, não 
morou? 
- Estive lá quase dois anos. Trabalhava com meu tio. Um lugarzinho 
parado... 
Bem. Lá havia um prefeito, um velho prefeito, o Coronel Barbirato” 
( Rubem Braga) 
c)Para sugerir ao leitor que complete o raciocínio contido na frase: 
Ex: Quem vencerá a partida: Ora, nosso timeé melhor, o jogo será em 
nosso campo, os adversários estão sem o menor prestígio portanto... 
FIGURAS DE SINTAXE (ou de construção frasal) 
1. Elipse - Consiste na omissão de um termo que, no entanto, pode ser 
facilmente identificado. 
Ex: Sobre a mesa, garrafas vazias (elipse do verbo haver) 
2. Zeugma - É um tipo de elipse que consiste na omissão de um ou 
mais termos anteriormente enunciados. 
Ex: O dia estava frio; o vento, cortante. (omitiu-se a forma verbal 
“estava”) 
 Pode ocorrer, ainda, que a palavra omitida seja um verbo 
anteriormente citado mas sob outra flexão. 
Ex: Nós viemos de Jundiaí; eles, de Campinas. (omitiu-se o verbo 
“vir” mas sob a forma verbal “vieram”) 
3. Silepse - Ocorre a silepse quando a concordância (de gênero, 
número ou pessoa) é feita com termos ou ideias subentendidos na frase 
e não claramente expressos. 
Exs: Vossa Excelência parece extremamente cansado. 
(silepse de gênero) 
 
4. Pleonasmo - Ocorre o pleonasmo quando, para reforçar uma ideia, 
utilizamos palavras redundantes. 
Ex: Ele vive uma vida bem difícil. 
5 . P o l i s s í n d e t o - C o n s i s t e n a r e p e t i ç ã o e n f á t i c a d o 
conectivo( geralmente, o e). 
Ex: A pobre chorava, e gritava, e lamentava, e se desesperava... 
6. Assíndeto - Ocorre o assíndeto quando certas orações ou palavras, 
que poderiam vir ligadas pelo conectivo, aparecem apenas justapostas 
Ex: Vim, vi, venci. 
7. Inversão - Consiste na alteração da ordem normal dos elementos da 
frase. O processo da inversão costuma ser subdividido em: 
a) hipérbato — ocorre o hipérbato quando, por meio da intercalação, 
alteramos a posição de alguns termos da frase para realçá-los. 
Ex: Esqueça dos homens o desprezo e siga em frente. 
b) anástrofe — ocorre a anástrofe quando alteramos a posição usual do 
sujeito, do verbo ou dos complementos. 
Ex: “Foi por ti que num sonho de ventura / A flor da mocidade 
consumi.” 
 
c) sínquise — é a inversão violenta dos termos, que provoca, inclusive, 
certa dificuldade na compreensão do sentido da frase. 
Ex: “Enquanto manda as ninfas amorosas grinaldas nas cabeças pôr de 
rosas.” (Camões) A ordem direta seria: Enquanto manda as ninfas 
amorosas pôr grinalda de rosas nas cabeças. 
8. Anacoluto - O anacoluto (ou frase quebrada) ocorre quando a um 
elemento (palavra ou expressão), apresentado no início, segue-se uma 
oração em que esse elemento não se integra. O tipo de anacoluto mais 
comum é aquele em que o elemento parece que vai ser sujeito da 
oração, mas acaba sem função sintática. Essa figura é usada geralmente 
para pôr em, relevo a ideia que consideramos mais importante, 
destacando-a do resto. 
Ex.: Eu parece-me que ainda não agradei a todos. 
Ex.: Minha amiga, ela não seguiu meus conselhos, arrependeu-se 
depois. 
9. Anáfora - Ocorre a Anáfora quando se repete uma palavra ou 
segmento do texto com o objetivo de enfatizar uma ideia. É uma figura 
de construção muito usada em poesia. Ex.: 
Ex.: “Tua beleza incendiará os navios do mar./ Tua beleza incendiará 
as florestas. 
 Tua beleza tem um gosto de morte. /Tua beleza tem uma tristeza 
de aurora. 
 Tua beleza é uma beleza de escrava.”(Augusto F. Schimidt) 
10. Aliteração- É uma construção em que se repetem fonemas 
consonantais idênticos ou semelhantes, com a intenção de se obter 
maior expressividade. Observe estes versos do poeta Cruz e Sousa, em 
que a ideia de vozes e musicalidade é reforçada pela própria escolha 
das palavras usadas: 
“Vozes veladas , veludosas vozes, /volúpias de violões, vozes veladas, 
FIGURAS DE PALAVRAS (OU TROPOS) 
1. Metáfora 
 Consiste em associar a uma palavra característica de outra, em 
função de uma analogia estabelecida de forma subjetiva. 
Ex.: “Meu verso é sangue” (Manuel Bandeira) 
 O clichê é a metáfora estereotipada, que perdeu sua força 
expressiva tornando-se banal e pobre, devendo, por isso, ser evitada. É 
o que ocorre quando dizemos as páginas da vida, a flor dos anos etc. 
 A sinestesia ocorre quando atribuímos a alguma coisa uma 
qualidade que pertence a outra área de percepção sensorial. 
Ex: “Tem cheiro a luz, a manhã nasce...” (A. de Guimaraens)(Observe 
que luz é fruto de percepção visual enquanto cheiro resulta de 
percepção olfativa.) 
2. Catacrese 
 Como ocorre com a metáfora, a catacrese consiste em 
transferir a uma palavra o sentido próprio de outra. Ex: Ele embarcou 
no avião das sete. 
(Observe que “embarcar” pressupõe “barco” e não “avião”. O braço da 
cadeira quebrou. 
3. Metonímia 
 Ocorre a metonímia quando, em vista de uma relação de 
contiguidade ou de afinidade, uma palavra é empregada em lugar de 
outra. 
Temos a metonímia quando empregamos: 
a) O autor (ou criador) pela obra. 
Ex: Ele gosta de ler Jorge Amado.(O nome do autor está sendo usado 
no lugar de suas obras.) 
b) O continente pelo conteúdo. 
Ex: Ele comeu uma caixa de doces. (É evidente que ele comeu o que 
estava dentro e não a caixa... O elemento que contém está sendo usado 
no lugar do conteúdo.) 
c) O abstrato pelo concreto (e vice-versa). 
Ex: A velhice deve ser respeitada.(O abstrato “velhice” está sendo 
usado no lugar de concreto, ou seja, “pessoas velhas”.) 
d) O efeito pela causa (e vice-versa). 
Ex: Vencer na vida com o suor do próprio rosto. 
(“Suor” é o efeito ou resultado e está sendo usado no lugar da causa, ou 
seja, o “trabalho”.) 
e) O instrumento pela pessoa que o utiliza. 
Ex: Ele é um bom garfo! (Isto é, um indivíduo que come muito.) 
f) O lugar pelo produto 
Ex: “Beijarias até uma caveira / se espumante o Madeira ali corresse.” 
(Á;vares de Azevedo) 
O produto “vinho” foi substituído pelo nome do lugar em que é feito, 
ou seja, “Ilha da Madeira”.) 
g) O símbolo pela coisa ou ideia simbolizada. Ex: O trono foi 
disputado pelos revolucionários. 
 (O trono simboliza o império.) 
4. Sinédoque 
 Consiste no alargamento ou diminuição de sentido de uma 
palavra. Ocorre a sinédoque quando empregamos: 
a) a parte pelo todo. Ex: Não há teto para todos os necessitados. 
(A parte “teto” está sendo usada no lugar do todo “casa”.) 
b) O indivíduo pela classe ou espécie. 
Ex: Ele era o Judas da classe.(O nome próprio passou a designar a 
classe dos homens traidores.) 
Sinédoque 
c) o singular pelo plural. 
Ex: O homem é um animal racional. 
d) o gênero pela espécie. 
Ex: Os mortais são imperfeitos. 
e) a matéria pelo objeto (artefato). 
Ex: Ele não tem um níquel. (A matéria “níquel”está sendo usada no 
lugar da coisa fabricada, que é “moeda”.) 
5. Antonomásia 
 
 Ocorre a antonomásia quando substituímos um nome próprio 
pela qualidade ou atributo que o distingue. Ex: O Poeta dos Escravos é 
um autor do Romantismo. 
(A expressão “Poeta dos Escravos” está sendo usada no lugar do nome 
próprio Castro Alves.) 
FIGURAS DE PENSAMENTO 
1. Antítese (ou Contraste) 
 Consiste em realçar uma ideia, aproximando-se palavras de 
sentidos opostos. 
Ex: “Residem juntamente no teu peito 
 Um demônio que ruge e um deus que chora.” (Olavo Bilac) 
Obs: Quando o vigor da antítese resulta numa contradição ou 
paradoxo, temos o oxímoro. 
Ex: “Amor é um fogo que arde sem se ver; 
 É ferida que dói e não se sente; 
 É um contentamento descontente; 
 É dor que desatina sem doer.” (Camões) 
2. Hipérbole 
 Ocorre a hipérbole quando, para realçar uma ideia, exageramos 
na sua representação. 
Ex: Estou morrendo de sede! 
3. Apóstrofe 
 Consiste em interromper o texto para interpelar ou chamar a 
atenção de alguém ou as coisas personificadas. Sintaticamente, 
corresponde ao vocativo. 
Ex: “Tende piedade, Senhor, de todas as mulheres 
 Que ninguém mais merece tanto amor e amizade” (Vinícius de 
Moraes) 
4. Prosopopeia 
 Consiste em atribuir características humanas ou em dar vida e 
ação a seres inanimados ou irracionais. 
Ex: “Debalde o rio docemente / canta a monótona canção.” (Manuel 
Bandeira) 
Ex.: As árvores nos abraçam com seus longos dedos e nos protegem 
do sol. 
5. GradaçãoOcorre quando organizamos uma sequencia de palavras ou 
frases que exprimem a intensificação progressiva de uma ideia; se a 
sequencia é ascendente, temos o clímax; caso contrário, o anticlímax. 
Ex: “Eu era pobre. Era subalterno. Era nada.” (Monteiro Lobato) 
6. Perífrase 
 Consiste em substituir uma palavra por uma expressão ou 
frase. O uso da perífrase pode ser motivado pela intenção de destacar 
uma qualidade que a palavra sozinha não evoca; mas deve ser usada 
com propriedade para não tornar o estilo afetado. 
Ex: A Cidade Maravilhosa prepara-se para o Carnaval. (Cidade 
Maravilhosa = Rio de Janeiro) 
7. Eufemismo 
 Ocorre o eufemismo quando, no lugar do termo próprio, 
empregamos outro que atenue ou evite a expressão direta de uma ideia 
desagradável ou grosseira. A perífrase, muitas vezes, é usada com essa 
finalidade. 
Ex: Depois de alguns momentos de delírio, entregou a alma a Deus. 
8. Ironia (ou Antífrase) 
 Ocorre essa figura quando empregamos uma palavra ou 
expressão com o sentido oposto ao que queremos dizer, geralmente 
com intenção sarcástica. 
Ex: Que belo comportamento o seu!! (Referindo-se a alguém que agiu 
mal) 
A PALAVRA POR QUE 
POR QUE 
Por + advérbio interrogativo Que = usado em perguntas diretas e 
indiretas, fica subentendida a palavra motivo. 
Ex: Por que a biblioteca está fechada? 
Por + pronome relativo Que = equivale a pelo qual (e suas variações) 
Ex: O sucesso por que lutamos está próximo. 
Por + conjunção subordinativa integrante que = inicia oração 
subordinada substantiva. 
Ex: Ele estava aflito por que as aulas terminassem 
 oração subordinada substantiva completiva nominal 
Porque : usado em respostas (frases declarativas) pode ser trocado por 
POIS = funcionando como conjunção subordinativa causal ou 
coordenativa explicativa. 
Ex: A festa foi cancelada porque choveu muito. 
Por quê: usado somente no final de frases, quando empregada fica 
subentendida a palavra motivo\razão. 
Ex: a festa foi cancelada, mas ninguém sabe por quê. 
O porquê funciona como substantivo. Em geral, aparece precedido de 
artigo ou pronome. 
Ex: Eu desconheço o porquê de sua atitude. 
TIPOS DE TEXTOS 
A maioria dos autores identifica três tipos textuais: narração, 
descrição e argumentação. 
Seguindo o que propõe a Gramática Houaiss, acrescentamos 
um quarto modo - a injunção. Vale lembrar que um único texto pode 
conter trechos com diferentes modos de organização. 
Narração 
O modo narrativo consiste na enunciação de fatos que envolvem ações 
de personagens, encadeadas no tempo. Nesse modo, que se caracteriza 
pela organização temporal, predominam os verbos de ação, em geral no 
passado. 
Descrição 
O modo descritivo consiste na apresentação de traços ou características de 
um ser vivo, um objeto, um ambiente, uma cena. Predominam neste tipo 
textual os verbos de situação, em geral no presente ou no pretérito 
imperfeito do indicativo, bem como as expressões qualificativas. Na 
descrição objetiva ou subjetiva, as características ocorrem 
simultaneamente e têm organização espacial. 
Argumentação 
O modo argumentativo consiste no encadeamento das ideias com a 
finalidade de defender uma opinião e convencer o interlocutor. Na 
argumentação, que se organiza essencialmente pela lógica, 
manifestam-se relações de causa, condição, concessão, contraste, 
conclusão, etc. 
Instrucional ou injuntivo 
O modo injuntivo consiste no encadeamento de ideias com a finalidade 
de persuadir o destinatário a praticar atos ou ter atitudes. Uma de suas 
características é o emprego do imperativo. Tal texto está pautado na 
explicação e no método para a concretização de uma ação, ou seja, 
indicam o procedimento para realizar algo, por exemplo, uma receita 
de bolo, bula de remédio, manual de instruções, editais de concursos e 
propagandas. 
TEXTO ARGUMENTATIVO 
Dissertar é defender um ponto de vista, uma ideia, uma tese 
utilizando de argumentos para consolidar tal tese. Esses argumentos 
devem obedecer ao critério de coerência. Assim, não deverá utilizar 
argumentos que contradigam a tese dissertada. Por exemplo, se o 
Brasil é um país democrático, não poderá afirmar que proibirá as 
eleições diretas, ou mesmo, que o Congresso Nacional será fechado. 
Argumentação: quando se afirma algo que se comprova com 
argumentos. 
Contra-argumentação: quando se contradiz sobre algo que foi 
mencionado. Nesse caso, usa-se conjunções ou expressões que 
indiquem essa situação de contraste, oposição. 
Conjunções opositivas, adversativas: mas, porém, todavia, 
contudo, no entanto, entretanto. 
Atenção ao requisito para a técnica dissertativa: 
Seu texto deve apresentar a tese (ideia), desenvolvimento (exposição 
do argumentos), e conclusão. 
❖ Não cite fatos de sua vida particular e religiosa. 
❖ Redija de preferência na 3° pessoa do singular ou na 3° do plural. 
❖ Evite expressões: “certo, errado, justiça, liberdade”. 
❖ Evite gírias, rimas e vícios de linguagem (vi ela), (amo ela). 
❖ Evite palavras estrangeiras: “ Dark, Funk, hippie”. 
Verifique se seus argumentos são convincentes: fatos notórios, 
acontecimentos geográficos, pesquisas, dados estatísticos. 
Se a redação exigir entre 20 e 25 linhas, você pode desenvolvê-la com 
parágrafos de 3 a 5 linhas para a introdução, o desenvolvimento deve 
apresentar pelo menos de 3 a 4 parágrafos (dependendo do n° de 
linhas) e a conclusão com 4 a 5 linhas. 
Os elementos de coesão devem estar presentes no seu texto 
dissertativo. Eles são responsáveis pela arrumação (pela estética do 
texto). São eles: preposição, vírgula, conjunções, pronomes, etc. 
Introdução: pontuar sobre a tese de maneira objetiva (breve). Objetivo 
que se pretender alcançar com a tese. 
Desenvolvimento: argumentos comprobatórios. 
Conclusão: objetivo que se alcançou ou se quis alcançar através de 
argumentos. Pode-se ainda criticar ou sugerir ideias. Convém utilizar 
conjunções que expressem tal opinião, como por exemplo: logo, 
portanto, por isso, pois (colocada após o verbo), pois (entre vírgulas). 
Ex: Ele está confuso, precisa, pois, de nossa apoio. 
Exercícios – Nova Ortografia 
I –Complete com os verbos: mantém / mantêm / contém / 
contêm convém/ convêm: 
a) Ele _____________ a calma, mas os outros não 
____________ 
b) Essa proposta ______________ para nós, mas as outras 
não ___________. 
c) O envelope ___________10 comprimidos e as caixas 
__________ 5 comprimidos. 
d) O homem _________a pose, mas as mulheres 
não___________ a mesma postura. 
II- Complete com o singular ou o plural dos verbos CRER, 
LER, DAR, VER e seus derivados: 
a) Ele _________________o erro, mas os outros não 
_________________(prever) 
b) O homem ____________o livro e os outros não o 
_________________(ler) 
c) Ele __________________o documento e os outros não o 
___________(reler) 
d) Ele __________________do fato, mas os outros não 
________________(descrer) 
e) Que ele ______________ chances para candidato. (dar) 
f) Que eles ______________ oportunidades de trabalho a 
quem precisar (dar) 
III- Complete com ‘por’ ou ‘pôr’ : 
Resolveu ________ tudo em ordem. Começou ____ não 
aceitar opiniões _____ 
razões indiscutíveis. ______ isso não ______ em dúvida a 
competência deles. 
IV – Complete com ‘pode’ ou ‘pôde’: 
a)Você não ______viajar ontem, mas hoje, ___________ 
b)Ele ___________ errar e você, ontem, não _________ 
V- Usando o pára / para – APÓS A REFORMA 
ORTOGRÁFICA NÃO HÁ ACENTO NO VERBO 
(PARAR) FLEXIONADO: 
*Você não __________de me ofender, por isso irei 
______casa, 
______que nossos ânimos se acalmem. 
VI – A opção incorreta de acordo com a Nova ortografia é: 
a) sub-humano 
b) des-humano 
c) extra-humano 
d) circum-hospitalar 
e) anti-higiênico 
VII- Marque a opção que contraria a Acordo Ortográfico: 
a) anti-inflamatório 
b) micro-onda 
c) contra-almirante 
d) auto-observação 
e) contra-indicado 
VIII- Está incorreta a opção: 
a)semi-internatob)semi-círculo 
c)semifavor 
d)semivisão 
e)semi-infantil 
Exercícios de Crase 
 
1- Acentue, se necessário, com acento grave: 
a) Algumas pessoas foram a igreja. 
b) Esta avenida é paralela a igreja. 
c) Ninguém encontrou a saída. 
d) Eles encontraram a solução do problema matemático. 
e) Nas férias, iremos a Bélgica, a Suécia e a Portugal. 
f) Nas férias, irei a bela Portugal. 
g) Nas férias, irei a Argentina 
h) Algumas alunas se referiram aquele filme. 
i) As vezes, prefiro não dizer nada a você. 
j) Ninguém falou nada a Vossa Majestade. 
l) Fomos a Paraíba, a Pernambuco e a Goiás. 
m) A mulher fez elogios as filhas. 
n) Não gosto de molho a bolonhesa. 
o) A decoração era a Luis XV. 
p) O clube ficava a esquerda do estádio. 
q) Chegou a casa (sua própria casa). 
r) O filme é igual a história real. 
s) Sairemos as 8 horas da manhã simplesmente porque o 
navio partirá as dez horas. 
t) Muitas pessoas visitaram a cidade. 
u) Alguns viajantes chegaram a cidade hoje. 
Questões de crase 
1- “Ele não chegará ______ tempo porque estará trabalhando e só sairá 
______ 10 horas da noite. Ele nunca chegou ______ compreensão dos 
mais simples problemas que tivemos aqui e que atingem______ 
todos”. De acordo com a norma vigente da crase, a alternativa que 
preenche corretamente as lacunas é: 
a) à – às – à – à 
b) há – as – à – a 
c) à – às – há – à 
d) a – às – à – a 
e) a – às – a – a 
 
2 - “Referindo-se ________ questões controvertidas, o diretor 
manifestou________ pessoas presentes seu desejo de que o assunto 
fosse tratado mais_________ claras”. De acordo com a norma culta, a 
opção correta é: 
a) a – às –às 
b) à – as – as 
c) a – às – as 
d) à – as – às 
e) a – as – às 
 
 
3) Assinale o item que completa adequadamente a frase. “Ele chegará 
________ 9 horas da manhã para assistir ______ operação, já que é um 
estudante de medicina, coisas que impressiona ______ todos. 
a) às – a – à 
b) há – a – à 
c) as – à – à 
d) as – à – a 
e) às – à – a 
4- Eles irão ______ Praça da Bandeira, ________ 11 horas da manhã e 
logo depois, _______ Biblioteca Nacional”. Analise a frase, e marque a 
opção correta quanto ao uso da crase. 
a) a – às – a 
b) à – às – à 
c) a – às – à 
d) à – às – a 
5- “ ________ noite assistimos _______ peça teatral e _______ seguir 
fomos _______ estação rodoviária, onde ficamos______ espera dos 
nossos amigos que iam chegar de viagem”. 
a) à – à – a – à – a 
b) a – à – a – à – a 
c) à- à – à – à – à 
d) à – à – a – à – à 
e) a – a – à – a – à 
6- “Começou_______ chorar quando o trem que saia ______ dez 
horas partiu, mas mostrou _______ todos, sua revolta”. 
a) a – as – à 
b) à – as – à 
c) a – às – a 
d) à – às – a 
e) à – às – à 
 
 
7 - Marque a opção correta quando ao uso da crase: “Eles conversara 
animadamente, _____ recordar ______ inúmeras aventuras ______ 
quais haviam renunciado”. 
a) a –às – as 
b) à – às – às 
c) a – as – às 
d) à – às – as 
e) à – as – às 
Concordância Verbal 
1- Assinale a opção em que a concordância ficaria incorreta se o 
verbo destacado fosse colocado no plural: 
 
a) Uma porção de animais escapou da jaulas. 
b) Os Sertões reconstitui a trágica história de Canudos. 
c) Não foram eles que decidiu a data do jogo. 
d) A maioria das questões apresentava dificuldades. 
e) O aluno, o professor, o funcionário, ninguém viu o diretor. 
2- Complete com a forma verbal adequada: 
 
a) O velho relógio da igreja ___________ dez horas. (batia/batiam) 
b) No velho relógio da igreja _____________ dez horas. (batia/
batiam) 
c) Quando _____________ seis horas, partiremos. (for/forem) 
d) A confusão começou quando _______________ dez horas. (deu/
deram) 
e) O jornal e o revista ______________ outra tempestade. 
(anunciou/ anunciaram) 
f) __________________ outra tempestade o jornal e a revista. 
(anunciou/ anunciaram) 
g) ___________________ outra tempestade o jornal e a revista. 
(anunciou/anunciaram) 
h) A chuva, o frio, a desorganização, tudo 
_____________________ para o fracasso da festa. 
( colaborou/colaboraram) 
i) A crítica ao projeto _________________ sua maior preocupação. 
( foi/foram) 
j) As criticas ao projeto _________________ sua maior 
preocupação. (foi/foram) 
k) Isso não__________________ desculpas.(é/são) 
3- Substitua os verbos existir e acontecer pelo haver: 
a) Atualmente não existem lugares calmos neste município. 
_________________________________________ 
b) Naquele país aconteceram vários golpes militares. 
_______________________________________________ 
c) Talvez ainda existam ingressos para o jogo de hoje. 
______________________________________________ 
4- Assinale a única forma verbal que não é adequada para completar 
a lacuna da seguinte frase: 
“Na cidade _____________ haver muitas festas”. 
a) deve b) pode c)vai d) ia 
e) vão 
Concordância Nominal 
1- Flexione o adjetivo de acordo com o substantivo que se refere, 
conforme a concordância: 
a) Os cantores e a cantora ____________________ se 
apresentavam hoje na TV. (premiado) 
b) As cantoras e os cantores __________________ se apresentavam 
hoje na televisão. (premiado) 
c) Acendemos o fogo com folhas e galhos 
_______________________. (seco) 
d) Acedemos o fogo com galhos e folha 
_________________________. (seco) 
e) Nuvens e ventos ___________________________ afugentaram 
a torcida. (ameaçador) 
f) Ventos e nuvens ____________________________ afugentaram 
a torcida. (ameaçador) 
g) A receita segue __________________________ ao documento. 
(anexo) 
h) As receitas seguem __________________________ ao 
documento. (anexo) 
i) O s documentos seguem em _____________________________ 
ao envelope. ( anexo) 
j) Fomos recebidos com cuidado e atenção 
_____________________________. (especial) 
l) Fomos recebidos com atenção e cuidado 
_____________________________. (especial) 
m) A moça estava ___________ ansiosa. (meio) 
n) Nesta sala de aula há ________________ alunas. (bastante) 
o) Eles são _______________________ simpáticos. (bastante) 
p) Os envelopes vão ____________________ ao processo. 
(incluso) 
q) A menina disse: __________________. (obrigado) 
r) As alunas estavam _______________________ pelo 
conhecimento do curso. (agradecido) 
s)Eles estavam _________________________ com o serviço 
militar. (quite) 
t) Ela pediu _________________________ maçãs na salada de 
frutas. (menos) 
u) Todas elas eram ___________________ amigas. (pseudo) 
v) Elas estavam _______________ zangadas. (mesmo) 
x) Ele tem atitude e opinião _____________ (próprio) 
2- Assinale a sequência que completa corretamente esses períodos: 
- Ela ____________disse que não iria a festa a) mesmo 
– anexos- meia – necessário 
- Vão ____________ os livros. b) mesma 
– anexos – meio – necessária 
- A moça estava ______________ aborrecida. c) mesmo 
– anexo – meio – necessário 
- É ____________ a atenção às aulas. d) mesma 
– anexos – meio – necessário 
Exercícios – homônimos, parônimos 
1- Preencha os espaços com sessão, seção/secção, cessão: 
❖ “Durante a ____________ parlamentar, uma 
__________________ do partido do Governo manifestou 
contrária à ___________________ de terras a imigrantes do 
Japão”. 
2- (Unimep- SP) “Se você não arrumar o fogão, além de não poder 
cozinhar as batatas, há o perigo próximo de uma explosão”. 
a) concertar – coser – iminente 
b) consertar – cozer – eminente 
c) consertar – cozer – iminente 
d) concertar – cozer – eminente 
3- ( Univ. Fed. Santa Maria – RS) “ O guarda _________________, 
em _____________________, o motorista que 
___________________ as normas de transito”. 
a) atuou – fragrante – infrigiu 
b) autuou – fragrante – infrigiu 
c) atuou – flagrante – infligiu 
d) autuou – flagrante – infrigiu 
4- (Univ. Fed. São Carlos – SP) Assinale a alternativa que completa 
corretamente as lacunas na frase: “No Brasil, acontece um 
fenômeno típico da inquietação ou necessidade do homem:_____________________nordestinos para a região Sudeste; 
__________________ mineiros para os Estados Unidos; 
___________________ europeus e japoneses, principalmente, para 
o Sudeste e o Sul”. 
a) migram – emigram – imigram 
b) imigram – migram – emigram 
c) migram – imigram – emigram 
d) imigram – emigram – migram 
5- (Fuvest – SP) “ No ultimo _____________ da orquestra 
municipal houve ____________________ entre os convidados, 
apesar de ser uma festa _______________________.” 
a) concerto – fragantes discriminações – beneficiente 
b) conserto – flagrantes descriminações – beneficiente. 
c) concerto – fragrantes discriminações – beneficente. 
d) concerto – flagrantes discriminações , beneficente. 
6- Levando em conta o sentido da frase, escolha uma das palavras e 
complete adequadamente as lacunas: 
a) Faltava-lhe bom _______________ para resolver os problemas. 
(censo/senso) 
b) Meu amigo é vendedor na ______________ de brinquedos. 
(sessão, seção, cessão) 
c) O professor foi_________________ de louco. (tachado/taxado) 
d) Ele foi ao banco buscar o _______________ de sua conta. 
(extrato / estrato) 
7- Reescreva as frases utilizando a palavra correta, e fazendo suas 
adaptações: 
a) O juiz cometeu um erro que todo mundo notou. ( fragrante/
flagrante) 
b) O deputado pretende confirmar as denúncias que fez. ( ratificar / 
retificar) 
c) O deputado pretende corrigir seu discurso. ( ratificar / retificar) 
d) A ordem judicial já foi expedida. (mandato/ mandado) 
e) O ilustre cientista virá ao Brasil. ( eminente/ iminente) 
O amor é cego - literalmente 
Quem está apaixonado fica em estado de graça: meio aéreo, 
sem prestar muita atenção no que está se passando a sua volta. Isso 
todo mundo já sabe. Mas cientistas da Universidade da Flórida 
acabam de descobrir que a coisa pode ir muito além: o amor torna o 
cérebro humano literalmente incapaz de prestar atenção em rostos 
muito bonitos. 
Os pesquisadores fizeram um estudo para medir a atenção 
de 113 homens e mulheres, que foram expostos a fotos de pessoas 
lindas (e outras não tão bonitas). Metade dos voluntários teve de 
escrever, antes da experiência, um pequeno texto falando sobre o 
amor que tinha por seu parceiro. A outra metade fez uma redação 
genérica, sobre felicidade. Em seguida, as fotos foram exibidas – 
com os olhos dos voluntários monitorados por um computador. 
Quem tinha escrito (e pensado) em amor passou a ignorar as 
imagens de pessoas bonitas – seus olhos simplesmente não se 
fixavam sobre as fotos. E essa rejeição só acontecia com as fotos de 
gente linda; com as imagens de pessoas comuns, não havia 
diferença. 
Segundo os cientistas, isso acontece porque, quando as pessoas 
pensam em amor, seu neocórtex passa a repelir pessoas muito 
atraentes – que são tentadoras e têm mais chances de levar alguém a 
praticar adultério. O mais impressionante é que, entre os homens, 
esse mecanismo antitraição é 4 vezes mais forte do que nas 
mulheres. 
Os cientistas especulam que ele teria se desenvolvido, ao 
longo da evolução, para ajudar os machos a se manterem 
monogâmicos. “Há muitos benefícios evolutivos em uma relação 
monogâmica, e o organismo leva isso em conta”, diz o psicólogo 
Jon Maner. 
Camilla Costa - Revista Superinteressante. 
1- Na progressão textual, o trecho “Isso todo mundo já sabe” 
contribui para vincular: 
a) uma afirmação duvidosa a um argumento negativo. 
b) um relato de experiência a uma afirmação hipotética. 
c) um conhecimento do senso comum a uma conclusão 
d) uma incoerência científica a um devaneio construído no mundo 
romântico. 
2- A experiência dos cientistas a respeito das reações cerebrais dos 
apaixonados favorece que conclusão? 
a) Os apaixonados possuem um mecanismo neurológico de 
prevenção ao adultério. 
b) As reações cerebrais dos apaixonados são equivalentes em ambos 
os sexos. 
c) As reações cerebrais dos apaixonados decorrem da evolução 
humana. 
d) Os impulsos cerebrais dos apaixonados reforçam a poligamia. 
3- No trecho “Metade dos voluntários teve de escrever, antes de 
experiência, um pequeno texto falando sobre o amor que tinha por 
seu parceiro”, que termo licencia a concordância no singular? 
a) Parceiro c) Amor 
b) Metade d) Voluntários 
4- Alguns pronomes recuperam referentes previamente 
instaurados nos textos. No ultimo parágrafo, “ele” refere-se 
a) homem 
b) neocórtex 
c) organismo 
d) mecanismos 
Analise a imagem a seguir para responder a questão 5: 
 
5- A imagem reproduz uma obra de René Magritte,um dos 
principais artistas surrealistas belgas. Entre a pintura e o texto 
“O amor é cego-literalmente” há uma aproximação quanto 
a) à temática abordada 
b) ao estilo poético 
c) ao gênero textual 
d) à modalidade da língua 
 
 
 
 
 
 
Palavra 
"Deve-se escrever da mesma maneira como as lavadeiras lá de 
Alagoas fazem seu ofício. Elas começam com uma primeira 
lavada, molham a roupa suja na beira da lagoa ou do riacho, 
torcem o pano, molham-no novamente, voltam a torcer. 
Colocam o anil, ensaboam e torcem uma, duas vezes. 
Depois enxaguam, dão mais uma molhada, agora jogando a água 
com a mão. Batem o pano na laje ou na pedra limpa, e dão mais 
uma torcida e mais outra, torcem até não pingar do pano uma só 
gota. 
Somente depois de feito tudo isso é que elas dependuram a 
roupa lavada na corda ou no varal, para secar. Pois quem se mete 
a escrever devia fazer a mesma coisa. A palavra não foi feita 
para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para 
dizer." (Graciliano Ramos) 
Sobre o texto, responda: 
1- A palavra ofício são funções próprias de uma profissão. De 
que ofício o autor está falando? 
2- O texto faz uma comparação entre duas realidades 
completamente diferentes. Quais são? 
3- O que está sendo comparado? 
4- O que o autor quer nos ensinar? 
BIBLIOGRAFIA: 
➢ ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS 
www.academia.org.br. 
http://www.academia.org.br
➢ AZEREDO, J. C. Gramática Houaiss da língua portuguesa. São 
Paulo: Publifolha, 2008. 
➢ BECHARA, Evanildo. O que muda com o novo Acordo 
Ortográfico.Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008 (Lucerna). 
➢ BECHARA, Evanildo.Lições de Português pela Análise 
Sintática. 19ª edição revista e ampliada, com exercícios 
resolvidos. Rio de Janeiro. Editora Nova Fronteira / Editora 
Lucerna, 2014. 
➢ BECHARA, Evanildo.Gramática Fácil – 1ª edição. Rio de 
Janeiro. Editora Nova Fronteira, 2014. 
➢ PROFESSOR SERGIO NOGUEIRA: 
- Pontuação - https://www.youtube.com/watch?
v=88RahapC9lY. 
- Acordo Ortográfico- https://www.youtube.com/watch?
v=3lMdeRfU1p0

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