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LÍNGUA PORTUGUESA Professora: Valéria Teodoro SUMÁRIO ➢ Acordo Ortográfico ➢ Acentuação Gráfica ➢ A crase ➢ Linguagem, língua e fala ➢ Concordância verbal ➢ Concordância nominal ➢ Sinais de pontuação ➢ Homônimos, parônimos e polissemia ➢ A palavra Por Que ➢ Tipos de textos ➢ Texto argumentativo ➢ Exercícios ➢ Bibliografia ACORDO ORTOGRÁFICO A partir do dia 1º de janeiro de 2009 entrou em vigor o Novo Acordo Ortográfico, e este trouxe algumas alterações significativas quanto à acentuação, acréscimo de algumas letras que vieram compor o nosso alfabeto, extinção total do trema, entre outras. Do ponto de vista da ortografia, existem diferenças bastantes relevantes na língua portuguesa. Esse acordo a partir de tal data passa a vigorar nas nações que falam e escrevem o português: Portugal, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor- Leste. Como toda mudança implica em adequação, é normal sentirmos algumas dificuldades diante da mesma. Todavia, é essencial buscarmos suporte bibliográfico, seja no dicionário ou em livros didáticos, para o quanto antes nos adequarmos às novas exigências. O objetivo é estabelecermos uma familiaridade maior sobre estas mudanças, observaremos a seguir algumas pontuações: - O nosso alfabeto, que antes era composto por 23 letras, atualmente possui 26,pois as letras K, W e Y passaram a incorporá-lo.Sua utilização se faz presente na grafia de nomes próprios, tais como Yara, Kátia, entre outros, como também para especificarmos unidades de medida como Kg, Km, Watts. “A existência de duas grafias oficiais acarreta problemas na redação de documentos em tratados internacionais e na publicação de obras de interesse público”, defendia o filólogo Antônio Houaiss, o principal responsável pelo processo de unificação aqui no Brasil. “Que o espírito das novas regras é deixar que o contexto explique aquilo que a ortografia não alcança”, Evanildo Bechara. ACENTUAÇÃO GRÁFICA Classificação das palavras quanto à silaba tônica: Oxítona: quando a última sílaba é tônica. Ex: caju Serão acentuadas todas as oxítonas terminadas em: A (s) : Ca – já E (s) :ca – fé O (s) : Ji – ló Em: po – rém Ens: pa – ra – béns Paroxítona: quando a penúltima sílaba é tônica. Ex: mu –ra – lha Serão acentuadas todas as paroxítonas terminadas em: R : Ca- rá – ter I (s) : Jú – ri N: Pó – len , pró- ton L: Pos – sí – vel U (s): Bô – nus X: Tó – rax Ôo (s): en – jô – o *(após a nova ortografia: enjoo) ã\ ão (s): ór- fã um \ uns: Ál – buns PS: bí – ceps Ditongo: Á – gua Obs.: polens\ semens\ hifens = palavras que no plural não tem acento gráfico, porém as paroxítonas prótons, nêutrons, elétrons, íons continuam com acento mesmo no plural. Proparoxítonas: quando a antepenúltima sílaba é tônica. E todas são acentuadas. Ex: pú- bli- co Os verbos crer, ler, dar, ver e seus derivados, antes da nova ortografia: Singular - Plural Ele crê – eles crêem Ele lê – eles lêem Ele vê – eles vêem Que ele dê – que eles dêem Após a reforma ortográfica, os verbos e seus derivados não serão acentuados no plural. Singular – Plural Ele lê – eles leem - releem Ele vê – eles veem – reveem Ele crê – eles creem - descreem Que ele dê – que eles deem Os verbos ter e vir Ele tem – eles têm Ele vem - eles vêm Os verbos + infinitivo + pronome O, A, OS, AS Os pronomes oblíquos a, o, as, os, - assumem a forma la, lo, las, los quando colocados após um verbo no infinitivo de acordo com a regra da oxítona: Matar + o = matá-lo Merecer + a = merecê-la Partir + lo (sem acento) ACORDO ORTOGRÁFICO – USO DO HÍFEN 1º ELEMENTO LETRA INICIAL DO 2º ELEMENTO EXEMPLOS QUALQUER PREFIXO H SUPER-HOMEM TERMINADO COM VOGAL H OU VOGAL IGUAL ANTI-INFECÇÃO CIRCUM, PAN H, VOGAL,M,N PAN-AMERICANO SUPER,HIPER,INTER H,R SUPER-REATIVO AB,OB,SOB,SUB,AD H,R,B SUB-ROGAR, AD- DIGITAL BEM,MAL H, VOGAL BEM-AVENTURADO PRÉ,PRÓ,PÓS,VICE,VIZO EX QUALQUER UMA PRÉ-HISTÓRIA, EX- DIRETOR,VIZO-REI PALAVRAS SEM O HÍFEN TERMINADA EM VOGAL VOGAL IGUAL AUTOESCOLA TERMINADA EM VOGAL R,S DOBRAM AUTORRETRATO TERMINADA EM VOGAL CONSOANTE AUTOCONTROLE PRE,PRO, POS QUALQUER UMA PROPOR,PREVER,POSPOR COM TOPÔNIMOS – NOME DE LUGARES GRÃ, GRÃO GRÃO-PARÁ Acentuam-se as formas verbais relativas à terceira pessoa do plural do presente do indicativo (todas elas recebem acento circunflexo) para se diferenciar da terceira pessoa do singular, a qual recebe acento agudo. Seguem alguns verbos: MANTER, CONTER, DETER, RETER, OBTER, CONVIR, INTERVIR, entre outros. Ex.: Ele obtém – eles obtêm / Ele retém – eles retêm Ex.: Ele convém – eles convêm / Ele contém – eles contêm Ex.: Ele intervém – eles intervêm / Ele mantém – eles mantêm As formas verbais pôde e pode Pôde, grafada com acento circunflexo e representando a terceira pessoa do pretérito perfeito do modo indicativo, permanece acentuada para se diferenciar da terceira pessoa do presente do modo indicativo – pode: Ex.: Ele pôde chegar mais cedo ontem. Ex.: Ele pode chegar tarde hoje. A preposição por e o verbo pôr O verbo pôr permanece acentuado justamente para se distinguir da preposição por: Ex.: Eu vou por aí. Ex.: A garota vai pôr o material escolar sobre a carteira. A CRASE A crase é a contração da preposição A com o artigo feminino A. Na escrita indicamos a crase pelo acento grave à, às. Usa-se obrigatoriamente o acento da crase: Antes de substantivos femininos que exijam o artigo A (s) e o verbo ou o nome pedirem preposição. Ex.: vou a + a cidade – igual vou para + a cidade = vou à cidade. Antes de numeral, quando indica horas (mesmo se for zero e meia) Ex.: o sino badalava à zero hora em ponto. Antes de expressões adverbiais femininas que indicam modo, lugar e tempo. Ex.: Às tantas, Às vezes, à direita, à esquerda, à esquina, à noitinha, à tarde. Antes de substantivo masculino ou feminino, quando a palavra moda (maneira) estiver subentendida. Ex.: Adoro bife à cubana! Antes dos demonstrativos: aquelas(s), aquele (s), aquilo, quando precedidos de preposição. Ex.: O motorista se dirigiu àquele posto. Não se usa o acento da crase: Antes de substantivos masculinos: fogão a gás, venda a prazo, graças a Deus, etc. Antes de verbos: puseram-me a discutir no bar. Antes de substantivos femininos usados em sentido genérico ou indeterminados, isto é, não precedido de artigo: não vai a recepções, a festas, nem a reuniões escolares. Diante de pronomes que não admitem artigo (a maioria deles): oferecemos tudo a esta criatura. Antes da palavra casa, quando se trata da residência própria de quem fala ou de quem se fala: Ex.:Voltei a casa assim que terminei o trabalho. Ele voltou a casa para trocar a roupa. Obs.: quando a palavra casa admite artigo, usa-se a crase: Ex.: Iremos à casa de Ana. Antes do artigo indefinido uma: Ex.: Entreguei o livro a uma aluna do segundo ano. Antes de substantivos repetidos, nas locuções adverbiais: Cara a cara, frente a frente, ponta a ponta, gota a gota. Antes de nomes próprios de lugares que não admitem artigo: EX.: De Curitiba fomos a Santa Catarina. Obs.: quando o lugar admitir artigo, usa-se a crase: Ex.: De Fortaleza fomos à Bahia. Quando o lugar vier especificado (mesmo que ele não admita artigo): Ex.: Iremos à bela Santa Catarina. Usa-se opcionalmente a crase: Antes de pronome possessivo: Ex.: Dei um presente a sua mãe \ Dei um presente à sua mãe Com locução até a, antes de palavra feminina: Ex.: Irei até a cidade \ Irei até à cidade. Antes de nome próprio de mulher Ex.: Refere-se a Sônia \ Refere-se à Sônia. Antes de pronome adjetivo possessivo feminino singular: Ex.: Referia-se a minha irmã, ou à minha irmã. LINGUAGEM, LINGUA E FALA Linguagem: é qualquer sistema de sinais de que o ser humano se serve para expressarsuas ideias, sentimentos e experiências. A linguagem mais utilizada é a linguagem verbal: fala ou escrita, mas temos a linguagem não verbal (gestos, figuras, sons, entre outros). Língua: é a linguagem verbal utilizada por um povo ou por um grupo menos, como no caso de tribos ou de comunidades que falam dialetos. Fala: é a linguagem verbal própria de cada indivíduo. Estilo: é a maneira própria de cada um falar ou escrever. É aquela marca que distingue um escritor de outro, pelo que ele tem de especial no modo de se expressar. As modalidades da língua portuguesa A comunicação existente entre o emissor e o receptor é chamada mensagem. Esta é codificada num ambiente (físico e cultural) empregada de sua marca e seu vocabulário próprio. São sete as modalidades (ou níveis) da língua portuguesa: 1 – língua culta – forma linguística que todo povo civilizado possui,é a que assegura a unidade da língua nacional. Ela caracteriza-se pela correção da linguagem em diversos aspectos, entre elas a ortografia, a concordância, a regência, pontuação, períodos, relações entre estes termos e os parágrafos. Esta língua está ligada mais a escrita, é mais planejada e elaborada. 2 – língua padrão – é uma linguagem, comum utilizada pelos órgãos oficiais. É a língua que prima pela objetividade. Ex.: procuração, requerimento, declaração, ofícios, etc. 3 – língua coloquial – é a linguagem que tem por objetivo ser nítida, tanto para as pessoas cultas como para as pessoas incultas. Usa-se expressões populares. Como se caracteriza de uma liberdade maior de expressão, esse padrão aceita gíria ou palavras dicionarizadas, construções repetidas pela gramática normativa, mais eficazes no ato comunicativo, palavras e frases truncadas, períodos curtos, entre outros. Está ligada à fala, não é planejada nem elaborada. Ex.: Tô legal! 4 – língua vulgar – é a falada pelo povo em geral e se caracteriza pela tendência que todos temos em significar o sistema linguístico. O dinamismo desta modalidade de linguagem mostra por meio de gírias, jargões, palavra inventada para simplificar o dizer do falante, esta linguagem pode constranger ou intimidar o ouvinte ou o leitor quando do uso de expressões de baixo calão. Ex.: Ela é uma naja! 5 – Língua grupal – é utilizada por determinados grupos ou indivíduos como forma de diferenciá-lo da massa, guardando uma certa identidade entre os membros. Utilizando-se também de gíria e outras marcas expressivas, dela não participa a população em geral. ✓ A linguagem cientifica dos profissionais - enfermeiros, advogados. ✓ A linguagem dos surfistas, pagodeiros. 6 – Língua regional – é falada pelos habitantes de uma determinada região. Difere-se das demais modalidades porque os falantes da mesma se deixaram influenciar pelos seus colonizadores ou classe dominante. Nesta dimensão, incluem-se também, as diferenças linguísticas observadas entre pessoas de regiões distintas, onde se fala a mesma língua. O exemplo claro desta variação linguística é encontrado entre os diversos países que falam ou escrevem a língua portuguesa: Brasil, Portugal, Angola. 7 – Língua literária – é a língua que se sustenta na subjetividade. Caracteriza-se pelo plurissigno, o signo de muitas valências com função de sugerir e sensibilizar. Busca a beleza de expressão. É a realização do belo através da palavra. Ex.: Pedro tomou as dores do negrinho e rolaram na luta mais sensacional a que as areias do cais jamais assistiram (capitães de Areia, p.26) Jorge Amado. CONCORDÂNCIA VERBAL Regra geral: o verbo concorda com o sujeito em pessoa e em número Sujeito coletivo: quando o sujeito é um coletivo, o verbo fica no singular. Ex. A multidão aplaudiu com o entusiasmo a linda jogada. Porém, se o coletivo vier especificado, o verbo pode ficar no singular (conforme a regra), ou ir para o plural. Ex. A multidão de fanáticos torcedores aplaudiu (ou aplaudiram) a linda jogada. Isso se aplica, inclusive, aos coletivos partitivos. Ex. Grande parte dos torcedores aplaudiu ou aplaudiram a linda jogada. Concordância de nomes que só se usa no plural: Quando o sujeito é um nome que só se usa no plural e não vem precedido de artigo, o verbo fica no singular. Caso venha antecipado de artigo, o verbo concordará com o artigo. Ex. Minas Gerais produz muito leite ou As minas Gerais produzem muito leite. OBS.:Para o nome de obras literárias, admite-se também a concordância ideológica com a palavra obra, implícita. Ex. “As primaveras” é poesia romântica. Ex.: Os sertões conta/contam a história do povo nordestino. Concordância com pronome de tratamento: Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o verbo fica sempre na 3° pessoa. Ex. Vossa Alteza sabe o lugar onde iremos? Vossas Altezas sabem o lugar onde iremos: Sujeito constituído pelo pronome relativo QUE: Quando o sujeito é o pronome relativo, o verbo concordará com o antecedente do pronome relativo. Ex. Fui eu que falei/ fomos nós que falamos. OBS.: com as expressões um dos que ou uma das que, o verbo deve ir para o plural, embora alguns escritores usem o singular. Ex. Valdir foi um dos que saíram /ela foi uma das que saiu. Sujeito constituído pelo pronome relativo QUEM: Quando o sujeito é o pronome relativo quem, o verbo deve ficar na terceira pessoa do singular, concordando com ele. Ex. Fui eu quem falou. OBS.: são, porém, frequentes os exemplos em que o verbo concorda com o antecedente do pronome relativo quem. Ex. Fui eu quem falei. Mais de um/ mais de dois/ menos de: a)Quando o sujeito é formado pelas expressões mais de um/ mais de dois, o verbo deve concordar com o numeral de tais expressões. Ex.: Mais de uma aluna faltou à aula Ex.: Mais de duas alunas faltaram à aula. b)Quando a expressão vier repetida o verbo deve ficar no plural: Ex. Mais de um aluno, mais de um professor faltaram. c)Quando o verbo indicar reciprocidade: Ex.: Mais de um atleta agrediram-se/ se agrediram. Com as expressões cerca de/ perto de, o verbo concorda com o numeral: Ex: Cerca de cinco alunos faltaram. Com sujeito simples: O verbo concorda com o núcleo do sujeito. Ex: Os pássaros destruíram a horta. Verbo + se: quando o SE é pronome apassivador, o verbo concorda com o sujeito (que está na frase) Ex.: Alugaram-se alguns caminhões Ex.: Alguns caminhões foram alugados. Quando o SE é índice de indeterminação do sujeito (ISS), o verbo ficará na 3° pessoa do singular: Ex.: Precisa-se de bons reforços em matemática. Com sujeito composto antes do verbo = verbo no plural Ex.: O navio e a lancha voltaram. Depois do verbo: verbo no plural ou concordando com o núcleo mais próximo. Ex.: Voltaram\voltou o navio e a lancha Pessoas gramaticais diferentes: Com a 1° pessoa (eu/nós) = verbo na 1° pessoa do plural Ex: Ela, tu e eu partiremos amanhã. Sem a 1° pessoa (eu/nós) verbo na 2° pessoa ou 3° pessoa do plural. Ex: Ela e tu partirão/partireis. Verbo SER a) Quando o sujeito e o predicativo são números diferentes (um singular e outro plural), o verbo ser pode ficar tanto no singular como no plural, embora o plural seja mais usual. Ex: A vida é/são projetos sem fim b) Quando o sujeito ou o predicativo referem-se a pessoa, o verbo ser só pode concordar com essa pessoa. Ex.: O velhinho doente é as angústias da família. Ex.: Nossa maior alegria são os amigos. Verbos impessoais a) HAVER, no sentido de existir ou acontecer – é impessoal; fica no singular (tanto sozinho quanto em locução verbal) e no sentido de tempo decorrido. Ex: Não haverá outros interessados? Ex.: Não poderá haver outros interessados? Ex.: Havia muitos meses que ele esteve aqui! b)FAZER, indicando tempo transcorrido ou a transcorrer – é impessoal e ficará no singular (tanto sozinho quanto em locução verbal) Ex.: Ontem fez dois meses que ele morreu. Ex.: Amanhã vai fazer um ano que eu a conheci. CONCORDÂNCIA NOMINAL Adjetivos após vários substantivos:a) Se os substantivos são do mesmo gênero – o adjetivo pode concordar com o último substantivo ou ir para o plural. Ex: Casa e igreja antiga/ antigas. b) Se os substantivos são de gêneros diferentes – o adjetivo pode concordar com o último substantivo ou ir para o masculino plural. Ex: Prédio e casa antiga/antigos. MESMO – na função de pronome, concorda com a palavra a que se refere. Ex: Ela mesma irá à festa. MESMO – na função de advérbio (mesmo = realmente) é invariável Ex: Os alunos resolveram mesmo o problema de física. BASTANTE - quando é advérbio é invariável (equivale a muito). Ex: Eles estavam bastante preocupados. BASTANTES - Quando pronome é variável. Ex: Ele comprou bastantes livros. MEIO - quando é numeral (meio=metade) concorda com a palavra a que se refere. Ex: ele tomou duas meias garrafas de cerveja. Ex.:É meio dia e meia MEIO - quando o advérbio (meio=um pouco) é invariável: Ex: Ela ficou meio envergonhada. SÓ - vai para o plural quando significa sozinhos ou sozinhas. Ex: As mulheres queriam ficar a sós/sozinhas na sala de reunião SÓ - é invariável quando significa apenas/somente: Ex: A mulher ficou a sós/somente no quarto. Ex.: As mulheres ficaram a sós/somente no quarto. Palavras invariáveis: pseudo/ em anexo/ alerta/ menos: Ex: Ela é uma pseudoamiga. Ex.:As fotos vão em anexo. Ex.: Eles estão alerta. Ex.: Quero menos maçãs na sacola. Palavras variáveis: grato, agradecido, obrigado, próprio, quite, anexo, incluso, apenso(=anexo): Ex:Ela estava agradecida/grata. Ex.: Ela própria disse: obrigada. Ex.: Eles estavam quites com o serviço militar. Ex.: As receitas vão anexas ao processo. Ex.: Os documentos estão inclusos ao envelope. HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS Homonímia – é a situação em que uma só palavra assume duas ou mais significações completamente diferentes, mas cuja origem admite vocábulos heterogêneos. Com relação à homonímia, os dicionários, via de regra, apresentam mais de uma entrada (verbete). São (la(m=sanus) São/Santo (la(m=sanctus) São/verbo ser (la(m=sunt) acender = atear fogo ascender = elevar-se acento= sinal gráfico assento = banco acerto= precisão asserto = afirmação apreçar = marcar o preço apressar = adiantar área = superfície ária = cantiga arrear= pôr arreios arriar = baixar arrochar = apertar arroxar = tornar roxo ás = carta de jogo az = esquadrão, pessoa notável caçar = apanhar,perseguir cassar = invalidar cegar = privar de visão segar = ceifar cela = cubículo sela = arreio censo = recenseamento senso = juízo cerrar = fechar serrar = cortar cessão = ato de ceder seção = parte/setor cheque = ordem de pagamento xeque = lance de xadrez espectador = assistente esperto expectador = quem está na estrato = tipo de nuvem era = época extrato = perfume, resumo (conta bancária incerto = duvidoso principalmente laço inserto = introduzido insipiente paço = palácio passo = ato de avançar vós = pronome pessoal voz = som da laringe Homônimas perfeitas = som igual e grafia igual. Venda (substantivo) Venda (verbo vender) Sentença (frase) Sentença (condenação) Homônimas homógrafos = grafia igual e som diferente POLISSEMIA É a situação em que uma palavra assume significados variáveis de acordo com o contexto, mas cuja origem é única. Com relação a polissemia, os dicionários, via de regra, apresentam uma entrada (verbete): Ex.: Ponto – sinal gráfico Ex.: Ponto – lugar determinado Ex.: Ponto – livro em que se marcam as faltas. Ex.: Ponto – cirúrgico. Acordo = substantivo Acordo = verbo acordar Erro = substantivo Erro = verbo errar OBS: há palavras que são homônimas em relação à outra e polissêmicas se as compararmos com terceiras. Ex.: Cravo, do francês (clavecin = instrumento musical) Ex.:Cravo, do latim (clavu = prego, afecção da pele, flor ou codimento) são homônimos. Ex.:Cravo (prego), cravo (afecção da pele), cravo(flor), e cravo (codimento) são polissêmicos (há uma analogia quanto à forma, e a origem vocabular é a mesma (clavus). PARÔNIMOS São palavras semelhantes na grafia e na pronúncia. Acidente= desastre. Incidente = acontecimento inesperado. Adereço = enfeite. Endereço = residência. SINAIS DE PONTUAÇÃO Na língua escrita, essas pausas e entonações são representadas pelos sinais de pontuação: vírgula, ponto e vírgula, dois pontos, reticências. Vírgula 1 – No período simples: é usada para separar termos coordenados. Ex: Nós precisamos de carinho, amor, compreensão. Separar o aposto. Ex: Rio de Janeiro, Cidade Maravilhosa, é um grande pólo turístico. Separar vocativo Ex: Não se preocupe, meu amigo, estamos com você. Separar o adjunto adverbial deslocado. Ex: A cidade, no fim da tarde, é mais triste. Indicar elipse do verbo: Ex: Vocês vão ao teatro; nós, ao jogo de futebol. 2- No período composto por coordenação ou subordinação, a vírgula e é usada para: Separar orações coordenadas não ligadas por E. Ex: Ele é velho, mas é dinâmico. Separar orações subordinadas adverbiais (principalmente as que aparecem antes da oração principal) Ex: Se não fizer frio, iremos ao clube. Oração sub. adverbial condicional / oração principal Separar orações subornadas adjetivas explicativas. Ex: Florianópolis, que fica numa ilha, é a capital de Santa Catarina. Principais casos em que a vírgula é proibida. 1 – No período simples, não se usa a vírgula: a) entre o sujeito e o predicado. Ex: As pessoas aplaudiram a passeata dos professores. Sujeito predicado b) entre o verbo e o objeto Ex: Na confusão, ninguém se lembrou da saída de emergência. c) Entre o nome e seus adjuntos adnominais e complemento nominal: Ex: Todos os jogos do campeonato foram cancelados. d) Entre os dois termos ligados por nem/ou/e: Ex: Você não comprou o carro nem a casa. 2 – No período composto, não se usa a vírgula entre duas orações coordenadas ligadas por e: Ex: Ele foi à cidade e vendeu a colheita. a) Entre a oração principal e a oração subordinada substantiva: Ex: Ele nos garantiu que conhecia o caminho. Oração principal Oração subordinada substantiva objetiva direta b) Entre oração principal e oração subordinada adjetiva restritiva: Ex: As críticas que recebemos foram construtivas Ponto e vírgula Esse sinal de pontuação, na escrita, indica uma pausa um pouco mais longa que a vírgula e um pouco mais breve que o ponto, ele depende, na maioria das vezes, do contexto em que ele aparece das características de estilo da pessoa que o utiliza. Ex: “... começa a esboçar, com os pontos soltos de alguns sons, a curva de uma frase musical; mas logo se detém, e volta, e se perde numa incoerência monótona” (R. Braga). Dois pontos: Esse sinal de pontuação serve para: a)Iniciar uma enumeração: Ex: Tudo foi verificado: os freios, os faróis, os pneus. b)Para introduzir a fala de uma pessoa: Ex: Estava sentada na sala e ouviu alguém que passou na rua e disse: “-Estamos sendo explorados, não podemos admitir isso”. c)Para esclarecer ou concluir algo que já foi dito: Ex: “ O vereador Freitas propôs também a declaração de que, em nenhum caso, fossem os vereadores recolhidos ao asilo dos alienados: Cláusula que foi aceita, votada e incluída na postura...” (Machado de Assis). Reticências: Indicam uma interrupção na sequência norma da frase. São empregadas, principalmente: a)Para indicar uma certa indecisão, surpresa ou dúvida na fala da pessoa: Ex: “Teodorico” você... Escreveu um livro?” ( Carlos D. de Andrade) b)Para indicar que, num diálogo, a fala de uma pessoa foi interrompida pela fala de outra. Ex: “ – Você morou muito tempo em São José do Rio Branco, não morou? - Estive lá quase dois anos. Trabalhava com meu tio. Um lugarzinho parado... Bem. Lá havia um prefeito, um velho prefeito, o Coronel Barbirato” ( Rubem Braga) c)Para sugerir ao leitor que complete o raciocínio contido na frase: Ex: Quem vencerá a partida: Ora, nosso timeé melhor, o jogo será em nosso campo, os adversários estão sem o menor prestígio portanto... FIGURAS DE SINTAXE (ou de construção frasal) 1. Elipse - Consiste na omissão de um termo que, no entanto, pode ser facilmente identificado. Ex: Sobre a mesa, garrafas vazias (elipse do verbo haver) 2. Zeugma - É um tipo de elipse que consiste na omissão de um ou mais termos anteriormente enunciados. Ex: O dia estava frio; o vento, cortante. (omitiu-se a forma verbal “estava”) Pode ocorrer, ainda, que a palavra omitida seja um verbo anteriormente citado mas sob outra flexão. Ex: Nós viemos de Jundiaí; eles, de Campinas. (omitiu-se o verbo “vir” mas sob a forma verbal “vieram”) 3. Silepse - Ocorre a silepse quando a concordância (de gênero, número ou pessoa) é feita com termos ou ideias subentendidos na frase e não claramente expressos. Exs: Vossa Excelência parece extremamente cansado. (silepse de gênero) 4. Pleonasmo - Ocorre o pleonasmo quando, para reforçar uma ideia, utilizamos palavras redundantes. Ex: Ele vive uma vida bem difícil. 5 . P o l i s s í n d e t o - C o n s i s t e n a r e p e t i ç ã o e n f á t i c a d o conectivo( geralmente, o e). Ex: A pobre chorava, e gritava, e lamentava, e se desesperava... 6. Assíndeto - Ocorre o assíndeto quando certas orações ou palavras, que poderiam vir ligadas pelo conectivo, aparecem apenas justapostas Ex: Vim, vi, venci. 7. Inversão - Consiste na alteração da ordem normal dos elementos da frase. O processo da inversão costuma ser subdividido em: a) hipérbato — ocorre o hipérbato quando, por meio da intercalação, alteramos a posição de alguns termos da frase para realçá-los. Ex: Esqueça dos homens o desprezo e siga em frente. b) anástrofe — ocorre a anástrofe quando alteramos a posição usual do sujeito, do verbo ou dos complementos. Ex: “Foi por ti que num sonho de ventura / A flor da mocidade consumi.” c) sínquise — é a inversão violenta dos termos, que provoca, inclusive, certa dificuldade na compreensão do sentido da frase. Ex: “Enquanto manda as ninfas amorosas grinaldas nas cabeças pôr de rosas.” (Camões) A ordem direta seria: Enquanto manda as ninfas amorosas pôr grinalda de rosas nas cabeças. 8. Anacoluto - O anacoluto (ou frase quebrada) ocorre quando a um elemento (palavra ou expressão), apresentado no início, segue-se uma oração em que esse elemento não se integra. O tipo de anacoluto mais comum é aquele em que o elemento parece que vai ser sujeito da oração, mas acaba sem função sintática. Essa figura é usada geralmente para pôr em, relevo a ideia que consideramos mais importante, destacando-a do resto. Ex.: Eu parece-me que ainda não agradei a todos. Ex.: Minha amiga, ela não seguiu meus conselhos, arrependeu-se depois. 9. Anáfora - Ocorre a Anáfora quando se repete uma palavra ou segmento do texto com o objetivo de enfatizar uma ideia. É uma figura de construção muito usada em poesia. Ex.: Ex.: “Tua beleza incendiará os navios do mar./ Tua beleza incendiará as florestas. Tua beleza tem um gosto de morte. /Tua beleza tem uma tristeza de aurora. Tua beleza é uma beleza de escrava.”(Augusto F. Schimidt) 10. Aliteração- É uma construção em que se repetem fonemas consonantais idênticos ou semelhantes, com a intenção de se obter maior expressividade. Observe estes versos do poeta Cruz e Sousa, em que a ideia de vozes e musicalidade é reforçada pela própria escolha das palavras usadas: “Vozes veladas , veludosas vozes, /volúpias de violões, vozes veladas, FIGURAS DE PALAVRAS (OU TROPOS) 1. Metáfora Consiste em associar a uma palavra característica de outra, em função de uma analogia estabelecida de forma subjetiva. Ex.: “Meu verso é sangue” (Manuel Bandeira) O clichê é a metáfora estereotipada, que perdeu sua força expressiva tornando-se banal e pobre, devendo, por isso, ser evitada. É o que ocorre quando dizemos as páginas da vida, a flor dos anos etc. A sinestesia ocorre quando atribuímos a alguma coisa uma qualidade que pertence a outra área de percepção sensorial. Ex: “Tem cheiro a luz, a manhã nasce...” (A. de Guimaraens)(Observe que luz é fruto de percepção visual enquanto cheiro resulta de percepção olfativa.) 2. Catacrese Como ocorre com a metáfora, a catacrese consiste em transferir a uma palavra o sentido próprio de outra. Ex: Ele embarcou no avião das sete. (Observe que “embarcar” pressupõe “barco” e não “avião”. O braço da cadeira quebrou. 3. Metonímia Ocorre a metonímia quando, em vista de uma relação de contiguidade ou de afinidade, uma palavra é empregada em lugar de outra. Temos a metonímia quando empregamos: a) O autor (ou criador) pela obra. Ex: Ele gosta de ler Jorge Amado.(O nome do autor está sendo usado no lugar de suas obras.) b) O continente pelo conteúdo. Ex: Ele comeu uma caixa de doces. (É evidente que ele comeu o que estava dentro e não a caixa... O elemento que contém está sendo usado no lugar do conteúdo.) c) O abstrato pelo concreto (e vice-versa). Ex: A velhice deve ser respeitada.(O abstrato “velhice” está sendo usado no lugar de concreto, ou seja, “pessoas velhas”.) d) O efeito pela causa (e vice-versa). Ex: Vencer na vida com o suor do próprio rosto. (“Suor” é o efeito ou resultado e está sendo usado no lugar da causa, ou seja, o “trabalho”.) e) O instrumento pela pessoa que o utiliza. Ex: Ele é um bom garfo! (Isto é, um indivíduo que come muito.) f) O lugar pelo produto Ex: “Beijarias até uma caveira / se espumante o Madeira ali corresse.” (Á;vares de Azevedo) O produto “vinho” foi substituído pelo nome do lugar em que é feito, ou seja, “Ilha da Madeira”.) g) O símbolo pela coisa ou ideia simbolizada. Ex: O trono foi disputado pelos revolucionários. (O trono simboliza o império.) 4. Sinédoque Consiste no alargamento ou diminuição de sentido de uma palavra. Ocorre a sinédoque quando empregamos: a) a parte pelo todo. Ex: Não há teto para todos os necessitados. (A parte “teto” está sendo usada no lugar do todo “casa”.) b) O indivíduo pela classe ou espécie. Ex: Ele era o Judas da classe.(O nome próprio passou a designar a classe dos homens traidores.) Sinédoque c) o singular pelo plural. Ex: O homem é um animal racional. d) o gênero pela espécie. Ex: Os mortais são imperfeitos. e) a matéria pelo objeto (artefato). Ex: Ele não tem um níquel. (A matéria “níquel”está sendo usada no lugar da coisa fabricada, que é “moeda”.) 5. Antonomásia Ocorre a antonomásia quando substituímos um nome próprio pela qualidade ou atributo que o distingue. Ex: O Poeta dos Escravos é um autor do Romantismo. (A expressão “Poeta dos Escravos” está sendo usada no lugar do nome próprio Castro Alves.) FIGURAS DE PENSAMENTO 1. Antítese (ou Contraste) Consiste em realçar uma ideia, aproximando-se palavras de sentidos opostos. Ex: “Residem juntamente no teu peito Um demônio que ruge e um deus que chora.” (Olavo Bilac) Obs: Quando o vigor da antítese resulta numa contradição ou paradoxo, temos o oxímoro. Ex: “Amor é um fogo que arde sem se ver; É ferida que dói e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer.” (Camões) 2. Hipérbole Ocorre a hipérbole quando, para realçar uma ideia, exageramos na sua representação. Ex: Estou morrendo de sede! 3. Apóstrofe Consiste em interromper o texto para interpelar ou chamar a atenção de alguém ou as coisas personificadas. Sintaticamente, corresponde ao vocativo. Ex: “Tende piedade, Senhor, de todas as mulheres Que ninguém mais merece tanto amor e amizade” (Vinícius de Moraes) 4. Prosopopeia Consiste em atribuir características humanas ou em dar vida e ação a seres inanimados ou irracionais. Ex: “Debalde o rio docemente / canta a monótona canção.” (Manuel Bandeira) Ex.: As árvores nos abraçam com seus longos dedos e nos protegem do sol. 5. GradaçãoOcorre quando organizamos uma sequencia de palavras ou frases que exprimem a intensificação progressiva de uma ideia; se a sequencia é ascendente, temos o clímax; caso contrário, o anticlímax. Ex: “Eu era pobre. Era subalterno. Era nada.” (Monteiro Lobato) 6. Perífrase Consiste em substituir uma palavra por uma expressão ou frase. O uso da perífrase pode ser motivado pela intenção de destacar uma qualidade que a palavra sozinha não evoca; mas deve ser usada com propriedade para não tornar o estilo afetado. Ex: A Cidade Maravilhosa prepara-se para o Carnaval. (Cidade Maravilhosa = Rio de Janeiro) 7. Eufemismo Ocorre o eufemismo quando, no lugar do termo próprio, empregamos outro que atenue ou evite a expressão direta de uma ideia desagradável ou grosseira. A perífrase, muitas vezes, é usada com essa finalidade. Ex: Depois de alguns momentos de delírio, entregou a alma a Deus. 8. Ironia (ou Antífrase) Ocorre essa figura quando empregamos uma palavra ou expressão com o sentido oposto ao que queremos dizer, geralmente com intenção sarcástica. Ex: Que belo comportamento o seu!! (Referindo-se a alguém que agiu mal) A PALAVRA POR QUE POR QUE Por + advérbio interrogativo Que = usado em perguntas diretas e indiretas, fica subentendida a palavra motivo. Ex: Por que a biblioteca está fechada? Por + pronome relativo Que = equivale a pelo qual (e suas variações) Ex: O sucesso por que lutamos está próximo. Por + conjunção subordinativa integrante que = inicia oração subordinada substantiva. Ex: Ele estava aflito por que as aulas terminassem oração subordinada substantiva completiva nominal Porque : usado em respostas (frases declarativas) pode ser trocado por POIS = funcionando como conjunção subordinativa causal ou coordenativa explicativa. Ex: A festa foi cancelada porque choveu muito. Por quê: usado somente no final de frases, quando empregada fica subentendida a palavra motivo\razão. Ex: a festa foi cancelada, mas ninguém sabe por quê. O porquê funciona como substantivo. Em geral, aparece precedido de artigo ou pronome. Ex: Eu desconheço o porquê de sua atitude. TIPOS DE TEXTOS A maioria dos autores identifica três tipos textuais: narração, descrição e argumentação. Seguindo o que propõe a Gramática Houaiss, acrescentamos um quarto modo - a injunção. Vale lembrar que um único texto pode conter trechos com diferentes modos de organização. Narração O modo narrativo consiste na enunciação de fatos que envolvem ações de personagens, encadeadas no tempo. Nesse modo, que se caracteriza pela organização temporal, predominam os verbos de ação, em geral no passado. Descrição O modo descritivo consiste na apresentação de traços ou características de um ser vivo, um objeto, um ambiente, uma cena. Predominam neste tipo textual os verbos de situação, em geral no presente ou no pretérito imperfeito do indicativo, bem como as expressões qualificativas. Na descrição objetiva ou subjetiva, as características ocorrem simultaneamente e têm organização espacial. Argumentação O modo argumentativo consiste no encadeamento das ideias com a finalidade de defender uma opinião e convencer o interlocutor. Na argumentação, que se organiza essencialmente pela lógica, manifestam-se relações de causa, condição, concessão, contraste, conclusão, etc. Instrucional ou injuntivo O modo injuntivo consiste no encadeamento de ideias com a finalidade de persuadir o destinatário a praticar atos ou ter atitudes. Uma de suas características é o emprego do imperativo. Tal texto está pautado na explicação e no método para a concretização de uma ação, ou seja, indicam o procedimento para realizar algo, por exemplo, uma receita de bolo, bula de remédio, manual de instruções, editais de concursos e propagandas. TEXTO ARGUMENTATIVO Dissertar é defender um ponto de vista, uma ideia, uma tese utilizando de argumentos para consolidar tal tese. Esses argumentos devem obedecer ao critério de coerência. Assim, não deverá utilizar argumentos que contradigam a tese dissertada. Por exemplo, se o Brasil é um país democrático, não poderá afirmar que proibirá as eleições diretas, ou mesmo, que o Congresso Nacional será fechado. Argumentação: quando se afirma algo que se comprova com argumentos. Contra-argumentação: quando se contradiz sobre algo que foi mencionado. Nesse caso, usa-se conjunções ou expressões que indiquem essa situação de contraste, oposição. Conjunções opositivas, adversativas: mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto. Atenção ao requisito para a técnica dissertativa: Seu texto deve apresentar a tese (ideia), desenvolvimento (exposição do argumentos), e conclusão. ❖ Não cite fatos de sua vida particular e religiosa. ❖ Redija de preferência na 3° pessoa do singular ou na 3° do plural. ❖ Evite expressões: “certo, errado, justiça, liberdade”. ❖ Evite gírias, rimas e vícios de linguagem (vi ela), (amo ela). ❖ Evite palavras estrangeiras: “ Dark, Funk, hippie”. Verifique se seus argumentos são convincentes: fatos notórios, acontecimentos geográficos, pesquisas, dados estatísticos. Se a redação exigir entre 20 e 25 linhas, você pode desenvolvê-la com parágrafos de 3 a 5 linhas para a introdução, o desenvolvimento deve apresentar pelo menos de 3 a 4 parágrafos (dependendo do n° de linhas) e a conclusão com 4 a 5 linhas. Os elementos de coesão devem estar presentes no seu texto dissertativo. Eles são responsáveis pela arrumação (pela estética do texto). São eles: preposição, vírgula, conjunções, pronomes, etc. Introdução: pontuar sobre a tese de maneira objetiva (breve). Objetivo que se pretender alcançar com a tese. Desenvolvimento: argumentos comprobatórios. Conclusão: objetivo que se alcançou ou se quis alcançar através de argumentos. Pode-se ainda criticar ou sugerir ideias. Convém utilizar conjunções que expressem tal opinião, como por exemplo: logo, portanto, por isso, pois (colocada após o verbo), pois (entre vírgulas). Ex: Ele está confuso, precisa, pois, de nossa apoio. Exercícios – Nova Ortografia I –Complete com os verbos: mantém / mantêm / contém / contêm convém/ convêm: a) Ele _____________ a calma, mas os outros não ____________ b) Essa proposta ______________ para nós, mas as outras não ___________. c) O envelope ___________10 comprimidos e as caixas __________ 5 comprimidos. d) O homem _________a pose, mas as mulheres não___________ a mesma postura. II- Complete com o singular ou o plural dos verbos CRER, LER, DAR, VER e seus derivados: a) Ele _________________o erro, mas os outros não _________________(prever) b) O homem ____________o livro e os outros não o _________________(ler) c) Ele __________________o documento e os outros não o ___________(reler) d) Ele __________________do fato, mas os outros não ________________(descrer) e) Que ele ______________ chances para candidato. (dar) f) Que eles ______________ oportunidades de trabalho a quem precisar (dar) III- Complete com ‘por’ ou ‘pôr’ : Resolveu ________ tudo em ordem. Começou ____ não aceitar opiniões _____ razões indiscutíveis. ______ isso não ______ em dúvida a competência deles. IV – Complete com ‘pode’ ou ‘pôde’: a)Você não ______viajar ontem, mas hoje, ___________ b)Ele ___________ errar e você, ontem, não _________ V- Usando o pára / para – APÓS A REFORMA ORTOGRÁFICA NÃO HÁ ACENTO NO VERBO (PARAR) FLEXIONADO: *Você não __________de me ofender, por isso irei ______casa, ______que nossos ânimos se acalmem. VI – A opção incorreta de acordo com a Nova ortografia é: a) sub-humano b) des-humano c) extra-humano d) circum-hospitalar e) anti-higiênico VII- Marque a opção que contraria a Acordo Ortográfico: a) anti-inflamatório b) micro-onda c) contra-almirante d) auto-observação e) contra-indicado VIII- Está incorreta a opção: a)semi-internatob)semi-círculo c)semifavor d)semivisão e)semi-infantil Exercícios de Crase 1- Acentue, se necessário, com acento grave: a) Algumas pessoas foram a igreja. b) Esta avenida é paralela a igreja. c) Ninguém encontrou a saída. d) Eles encontraram a solução do problema matemático. e) Nas férias, iremos a Bélgica, a Suécia e a Portugal. f) Nas férias, irei a bela Portugal. g) Nas férias, irei a Argentina h) Algumas alunas se referiram aquele filme. i) As vezes, prefiro não dizer nada a você. j) Ninguém falou nada a Vossa Majestade. l) Fomos a Paraíba, a Pernambuco e a Goiás. m) A mulher fez elogios as filhas. n) Não gosto de molho a bolonhesa. o) A decoração era a Luis XV. p) O clube ficava a esquerda do estádio. q) Chegou a casa (sua própria casa). r) O filme é igual a história real. s) Sairemos as 8 horas da manhã simplesmente porque o navio partirá as dez horas. t) Muitas pessoas visitaram a cidade. u) Alguns viajantes chegaram a cidade hoje. Questões de crase 1- “Ele não chegará ______ tempo porque estará trabalhando e só sairá ______ 10 horas da noite. Ele nunca chegou ______ compreensão dos mais simples problemas que tivemos aqui e que atingem______ todos”. De acordo com a norma vigente da crase, a alternativa que preenche corretamente as lacunas é: a) à – às – à – à b) há – as – à – a c) à – às – há – à d) a – às – à – a e) a – às – a – a 2 - “Referindo-se ________ questões controvertidas, o diretor manifestou________ pessoas presentes seu desejo de que o assunto fosse tratado mais_________ claras”. De acordo com a norma culta, a opção correta é: a) a – às –às b) à – as – as c) a – às – as d) à – as – às e) a – as – às 3) Assinale o item que completa adequadamente a frase. “Ele chegará ________ 9 horas da manhã para assistir ______ operação, já que é um estudante de medicina, coisas que impressiona ______ todos. a) às – a – à b) há – a – à c) as – à – à d) as – à – a e) às – à – a 4- Eles irão ______ Praça da Bandeira, ________ 11 horas da manhã e logo depois, _______ Biblioteca Nacional”. Analise a frase, e marque a opção correta quanto ao uso da crase. a) a – às – a b) à – às – à c) a – às – à d) à – às – a 5- “ ________ noite assistimos _______ peça teatral e _______ seguir fomos _______ estação rodoviária, onde ficamos______ espera dos nossos amigos que iam chegar de viagem”. a) à – à – a – à – a b) a – à – a – à – a c) à- à – à – à – à d) à – à – a – à – à e) a – a – à – a – à 6- “Começou_______ chorar quando o trem que saia ______ dez horas partiu, mas mostrou _______ todos, sua revolta”. a) a – as – à b) à – as – à c) a – às – a d) à – às – a e) à – às – à 7 - Marque a opção correta quando ao uso da crase: “Eles conversara animadamente, _____ recordar ______ inúmeras aventuras ______ quais haviam renunciado”. a) a –às – as b) à – às – às c) a – as – às d) à – às – as e) à – as – às Concordância Verbal 1- Assinale a opção em que a concordância ficaria incorreta se o verbo destacado fosse colocado no plural: a) Uma porção de animais escapou da jaulas. b) Os Sertões reconstitui a trágica história de Canudos. c) Não foram eles que decidiu a data do jogo. d) A maioria das questões apresentava dificuldades. e) O aluno, o professor, o funcionário, ninguém viu o diretor. 2- Complete com a forma verbal adequada: a) O velho relógio da igreja ___________ dez horas. (batia/batiam) b) No velho relógio da igreja _____________ dez horas. (batia/ batiam) c) Quando _____________ seis horas, partiremos. (for/forem) d) A confusão começou quando _______________ dez horas. (deu/ deram) e) O jornal e o revista ______________ outra tempestade. (anunciou/ anunciaram) f) __________________ outra tempestade o jornal e a revista. (anunciou/ anunciaram) g) ___________________ outra tempestade o jornal e a revista. (anunciou/anunciaram) h) A chuva, o frio, a desorganização, tudo _____________________ para o fracasso da festa. ( colaborou/colaboraram) i) A crítica ao projeto _________________ sua maior preocupação. ( foi/foram) j) As criticas ao projeto _________________ sua maior preocupação. (foi/foram) k) Isso não__________________ desculpas.(é/são) 3- Substitua os verbos existir e acontecer pelo haver: a) Atualmente não existem lugares calmos neste município. _________________________________________ b) Naquele país aconteceram vários golpes militares. _______________________________________________ c) Talvez ainda existam ingressos para o jogo de hoje. ______________________________________________ 4- Assinale a única forma verbal que não é adequada para completar a lacuna da seguinte frase: “Na cidade _____________ haver muitas festas”. a) deve b) pode c)vai d) ia e) vão Concordância Nominal 1- Flexione o adjetivo de acordo com o substantivo que se refere, conforme a concordância: a) Os cantores e a cantora ____________________ se apresentavam hoje na TV. (premiado) b) As cantoras e os cantores __________________ se apresentavam hoje na televisão. (premiado) c) Acendemos o fogo com folhas e galhos _______________________. (seco) d) Acedemos o fogo com galhos e folha _________________________. (seco) e) Nuvens e ventos ___________________________ afugentaram a torcida. (ameaçador) f) Ventos e nuvens ____________________________ afugentaram a torcida. (ameaçador) g) A receita segue __________________________ ao documento. (anexo) h) As receitas seguem __________________________ ao documento. (anexo) i) O s documentos seguem em _____________________________ ao envelope. ( anexo) j) Fomos recebidos com cuidado e atenção _____________________________. (especial) l) Fomos recebidos com atenção e cuidado _____________________________. (especial) m) A moça estava ___________ ansiosa. (meio) n) Nesta sala de aula há ________________ alunas. (bastante) o) Eles são _______________________ simpáticos. (bastante) p) Os envelopes vão ____________________ ao processo. (incluso) q) A menina disse: __________________. (obrigado) r) As alunas estavam _______________________ pelo conhecimento do curso. (agradecido) s)Eles estavam _________________________ com o serviço militar. (quite) t) Ela pediu _________________________ maçãs na salada de frutas. (menos) u) Todas elas eram ___________________ amigas. (pseudo) v) Elas estavam _______________ zangadas. (mesmo) x) Ele tem atitude e opinião _____________ (próprio) 2- Assinale a sequência que completa corretamente esses períodos: - Ela ____________disse que não iria a festa a) mesmo – anexos- meia – necessário - Vão ____________ os livros. b) mesma – anexos – meio – necessária - A moça estava ______________ aborrecida. c) mesmo – anexo – meio – necessário - É ____________ a atenção às aulas. d) mesma – anexos – meio – necessário Exercícios – homônimos, parônimos 1- Preencha os espaços com sessão, seção/secção, cessão: ❖ “Durante a ____________ parlamentar, uma __________________ do partido do Governo manifestou contrária à ___________________ de terras a imigrantes do Japão”. 2- (Unimep- SP) “Se você não arrumar o fogão, além de não poder cozinhar as batatas, há o perigo próximo de uma explosão”. a) concertar – coser – iminente b) consertar – cozer – eminente c) consertar – cozer – iminente d) concertar – cozer – eminente 3- ( Univ. Fed. Santa Maria – RS) “ O guarda _________________, em _____________________, o motorista que ___________________ as normas de transito”. a) atuou – fragrante – infrigiu b) autuou – fragrante – infrigiu c) atuou – flagrante – infligiu d) autuou – flagrante – infrigiu 4- (Univ. Fed. São Carlos – SP) Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas na frase: “No Brasil, acontece um fenômeno típico da inquietação ou necessidade do homem:_____________________nordestinos para a região Sudeste; __________________ mineiros para os Estados Unidos; ___________________ europeus e japoneses, principalmente, para o Sudeste e o Sul”. a) migram – emigram – imigram b) imigram – migram – emigram c) migram – imigram – emigram d) imigram – emigram – migram 5- (Fuvest – SP) “ No ultimo _____________ da orquestra municipal houve ____________________ entre os convidados, apesar de ser uma festa _______________________.” a) concerto – fragantes discriminações – beneficiente b) conserto – flagrantes descriminações – beneficiente. c) concerto – fragrantes discriminações – beneficente. d) concerto – flagrantes discriminações , beneficente. 6- Levando em conta o sentido da frase, escolha uma das palavras e complete adequadamente as lacunas: a) Faltava-lhe bom _______________ para resolver os problemas. (censo/senso) b) Meu amigo é vendedor na ______________ de brinquedos. (sessão, seção, cessão) c) O professor foi_________________ de louco. (tachado/taxado) d) Ele foi ao banco buscar o _______________ de sua conta. (extrato / estrato) 7- Reescreva as frases utilizando a palavra correta, e fazendo suas adaptações: a) O juiz cometeu um erro que todo mundo notou. ( fragrante/ flagrante) b) O deputado pretende confirmar as denúncias que fez. ( ratificar / retificar) c) O deputado pretende corrigir seu discurso. ( ratificar / retificar) d) A ordem judicial já foi expedida. (mandato/ mandado) e) O ilustre cientista virá ao Brasil. ( eminente/ iminente) O amor é cego - literalmente Quem está apaixonado fica em estado de graça: meio aéreo, sem prestar muita atenção no que está se passando a sua volta. Isso todo mundo já sabe. Mas cientistas da Universidade da Flórida acabam de descobrir que a coisa pode ir muito além: o amor torna o cérebro humano literalmente incapaz de prestar atenção em rostos muito bonitos. Os pesquisadores fizeram um estudo para medir a atenção de 113 homens e mulheres, que foram expostos a fotos de pessoas lindas (e outras não tão bonitas). Metade dos voluntários teve de escrever, antes da experiência, um pequeno texto falando sobre o amor que tinha por seu parceiro. A outra metade fez uma redação genérica, sobre felicidade. Em seguida, as fotos foram exibidas – com os olhos dos voluntários monitorados por um computador. Quem tinha escrito (e pensado) em amor passou a ignorar as imagens de pessoas bonitas – seus olhos simplesmente não se fixavam sobre as fotos. E essa rejeição só acontecia com as fotos de gente linda; com as imagens de pessoas comuns, não havia diferença. Segundo os cientistas, isso acontece porque, quando as pessoas pensam em amor, seu neocórtex passa a repelir pessoas muito atraentes – que são tentadoras e têm mais chances de levar alguém a praticar adultério. O mais impressionante é que, entre os homens, esse mecanismo antitraição é 4 vezes mais forte do que nas mulheres. Os cientistas especulam que ele teria se desenvolvido, ao longo da evolução, para ajudar os machos a se manterem monogâmicos. “Há muitos benefícios evolutivos em uma relação monogâmica, e o organismo leva isso em conta”, diz o psicólogo Jon Maner. Camilla Costa - Revista Superinteressante. 1- Na progressão textual, o trecho “Isso todo mundo já sabe” contribui para vincular: a) uma afirmação duvidosa a um argumento negativo. b) um relato de experiência a uma afirmação hipotética. c) um conhecimento do senso comum a uma conclusão d) uma incoerência científica a um devaneio construído no mundo romântico. 2- A experiência dos cientistas a respeito das reações cerebrais dos apaixonados favorece que conclusão? a) Os apaixonados possuem um mecanismo neurológico de prevenção ao adultério. b) As reações cerebrais dos apaixonados são equivalentes em ambos os sexos. c) As reações cerebrais dos apaixonados decorrem da evolução humana. d) Os impulsos cerebrais dos apaixonados reforçam a poligamia. 3- No trecho “Metade dos voluntários teve de escrever, antes de experiência, um pequeno texto falando sobre o amor que tinha por seu parceiro”, que termo licencia a concordância no singular? a) Parceiro c) Amor b) Metade d) Voluntários 4- Alguns pronomes recuperam referentes previamente instaurados nos textos. No ultimo parágrafo, “ele” refere-se a) homem b) neocórtex c) organismo d) mecanismos Analise a imagem a seguir para responder a questão 5: 5- A imagem reproduz uma obra de René Magritte,um dos principais artistas surrealistas belgas. Entre a pintura e o texto “O amor é cego-literalmente” há uma aproximação quanto a) à temática abordada b) ao estilo poético c) ao gênero textual d) à modalidade da língua Palavra "Deve-se escrever da mesma maneira como as lavadeiras lá de Alagoas fazem seu ofício. Elas começam com uma primeira lavada, molham a roupa suja na beira da lagoa ou do riacho, torcem o pano, molham-no novamente, voltam a torcer. Colocam o anil, ensaboam e torcem uma, duas vezes. Depois enxaguam, dão mais uma molhada, agora jogando a água com a mão. Batem o pano na laje ou na pedra limpa, e dão mais uma torcida e mais outra, torcem até não pingar do pano uma só gota. Somente depois de feito tudo isso é que elas dependuram a roupa lavada na corda ou no varal, para secar. Pois quem se mete a escrever devia fazer a mesma coisa. A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer." (Graciliano Ramos) Sobre o texto, responda: 1- A palavra ofício são funções próprias de uma profissão. De que ofício o autor está falando? 2- O texto faz uma comparação entre duas realidades completamente diferentes. Quais são? 3- O que está sendo comparado? 4- O que o autor quer nos ensinar? BIBLIOGRAFIA: ➢ ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS www.academia.org.br. http://www.academia.org.br ➢ AZEREDO, J. C. Gramática Houaiss da língua portuguesa. São Paulo: Publifolha, 2008. ➢ BECHARA, Evanildo. O que muda com o novo Acordo Ortográfico.Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008 (Lucerna). ➢ BECHARA, Evanildo.Lições de Português pela Análise Sintática. 19ª edição revista e ampliada, com exercícios resolvidos. Rio de Janeiro. Editora Nova Fronteira / Editora Lucerna, 2014. ➢ BECHARA, Evanildo.Gramática Fácil – 1ª edição. Rio de Janeiro. Editora Nova Fronteira, 2014. ➢ PROFESSOR SERGIO NOGUEIRA: - Pontuação - https://www.youtube.com/watch? v=88RahapC9lY. - Acordo Ortográfico- https://www.youtube.com/watch? v=3lMdeRfU1p0
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