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Auditiva Genética Perda UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE FARMÁCIA DEPARTAMENTO I - BIOLOGIA GERAL DISCIPLINA: BIO A79 GENÉTICA PARA ÁREA DE SAÚDE PROFESSORA: Acácia F. L. Carvalho Equipe: Laís Duarte Nádia Coutinho Tópicos Introdução Classificação Aconselhamento Genético Considerações Finais Referências Introdução O que é perda auditiva(PA)? Deficiência sensorial que resulta em restrição na habilidade de se comunicar pela linguagem falada. Uma em cada mil crianças nascem surdas, ou se tornarão portadoras de surdez profunda ou severa antes que a linguagem seja adquirida. 2 ou 4 crianças, em cada 1000, se tornarão surdas ou portadoras de deficiência auditiva antes da vida adulta. Em países desenvolvidos, mais de 50% da surdez, na infância, é atribuída a causas genéticas. 1992 – Descoberta do primeiro gene responsável pelo DFNA1 (perda auditiva não sindrômica autossômica dominante), mapeado no cromossomo 5. Foram identificados mais de 20 genes envolvidos em perdas auditivas não sindrômicas.Maior número relacionados as perdas auditivas sindrômicas foram identificados. Assim, a perda auditiva genética é classificada como heterogeneidade genética. Mais de 400 síndromes genéticas associadas a perda auditiva e mais de 100 loci envolvidos em perdas auditivas então listados na literatura. Nota: Perda auditiva não Sindrômica (PANS) – Ocorre como um sintoma isolado. Perda auditiva Sindrômica (PAS)– Quando está associada a outros sintomas. Classificação Perda Auditiva Genética Sindrômica (PAN) Perda Auditiva Genética não Sindrômica (PANS) Autossômica Dominante DFNA Autossômica Recessiva DFNB Perda Auditiva de Origem Relacionada ao Sexo Perda Auditiva de Origem Mitocondrial Perda Auditiva Genética não Sindrômica Autossômica Dominante - DFNA Representa, em média, 15% das perdas auditivas congênitas; Se inicia na segunda ou terceiras décadas de vida, permitindo o desenvolvimento normal da linguagem, logo o fenótipo é caracterizado por perda auditiva pós-lingual e progressiva. Diferentes tipos de genes relacionados a PA podem ser descritos: HDIA1, GJB3 e COCH. Exemplos de genes: HDIA1 - Membro da família das forminas e está envolvido na citocinese e na polaridade celular, relacionado a DFNA-1; GJB3 - Codifica a coexina 31 e está alterado na DFNA-2; COCH - Expresso no tecido coclear e vestibular, relacionada com a DFNA-9 (possível papel na doença de Meniére). Perda Auditiva Genética não Sindrômica Autossômica Recessiva - DFNB Representa, em média, 80% das perdas auditivas congênitas; O fenótipo é caracterizado por perda auditiva pré-lingual severa ou profunda; Exemplos de genes envolvidos: GJB2 (DFNB-1) e MYO7A (DFNB-2). GJB2 – Localizado no Cromossomo 13, codifica a proteína Cx26, que é uma proteína responsável pela conexão intracelular, relacionada com o transporte de potássio. - Mutação específica: Deleção de uma base na posição 35delG; - Responsável por mais de 50% dos casos de PANS e por 20% de todas as perdas auditivas pré-linguais em países desenvolvidos. - Exame encontra- se disponível comercialmente no Brasil. Perda Auditiva Genética Sindrômica Cerca de 30% das perdas auditivas ocorrem relacionadas á síndromes. A PA neurossensorial resulta de danos às estruturas do ouvido interno. Algumas formas de PA, envolvem mudanças tanto no ouvido interno como no ouvido médio, neste caso será a perda auditiva mista. A síndrome de Pendred (SP), autossômica recessiva, caracterizada por surdez neurossensorial e disfunção tireoideana.O gene responsável é o PDS e codifica uma proteína carreadora de potássio. A síndrome de Usher, autossômica recessiva, relacionada com mutações em 11 diferentes loci.Apresenta três formas clínicas: Tipo I-PA profunda e alterações vestibulares; Tipo II-PA sem alterações vestibulares; Tipo III PA progressiva e vestibulopatia variável. Altamente heterogênea, causadora de surdez e cegueira.Mais severa causadora de déficit sensorial. A síndrome de Waardenburg, Apresenta quatro formas clínicas.PA , alterações no tegumento, má-formações dos membros superiores.Causada por 3 genes diferentes. Perda Auditiva de Origem relacionada ao Sexo Conhecida como DFN.Representa, cerca de 2% das perdas auditivas congênitas devido a mutações no cromossomo X. Pode ser sindrômica ou não.Representa 85% dos casos da Sindrome de Alport, caracterizada por PA neurossensorial progressiva, além de problemas oftalmológicos. Não sindrômicas DFN2 e 4, PA profunda. Exemplo de gene envolvido: POU3F4, locis da DFN3, causa PA mista: neurossensorial progressiva e condutiva Perda Auditiva de Origem Mitocondrial Mitocôndria: - Contém DNA próprrio (mtDNA), em forma circular; - É responsável pela codificação de 37 genes; - Esses genes são envolvidos no processo de fosforilação oxidativa e produção de ATP; - O DNA mitocondrial é herdado exclusivamente da mãe e tem índice de mutação 10 vezes maior que o DNA genômico. Acometimento da audição: órgãos e tecidos que necessitam elevado suprimento energético, são os mais afetados pelas mutações do DNA mitocondrial. Associação entre diabetes mellitus e Perda auditiva: a PA não se manifesta até que a pessoa desenvolva diabetes. Relação com presbiacusia :diminuição auditiva relacionada ao envelhecimento , com um número elevado de mutações do mtDNA. Aplicação clínica: prevenção da PA causada por aminoglicosídeos (antimicrobianos usados principalmente no tratamento de pacientes com infecções graves causadas por bactérias Gram negativas aeróbias) - mutação A1555G do gene 12SrRNA. Essa mutação torna o mtDNA mais semelhante ao DNA bacteriano, e portanto , mais susceptível a ação dos antibióticos. Aconselhamento Genético As informações e suporte são dados ao paciente com PA e à família, onde há membros com anomalias congênitas ou doenças genéticas, além de pessoas com alto risco de doenças genéticas, através do aconselhamento genético. 95% das crianças surdas nascem de pais sem problemas auditivos.Os testes genéticos proporcionam informações como:status do portador, chances de recorrência, diagnóstico de mutações, etc. Considerações Finais Sabemos da importância da comunicação na vida de todos.A audição é parte fundamental deste processo.O indivíduo com PA pode se tornar isolado. A genética propicia, através do diagnóstico, o correto tratamento, consequentemente melhores resultados obtidos. No Brasil o teste genético encontra-se disponível para um número limitado de genes.Futuramente, com o desenvolvimento das pesquisas nesta área, maior numero deverá ser disponibilizado. Referências Disponível em: http://scholar.google.com.br/scholar_url?hl=pt-BR&q=http://www.scielo.br/pdf/rboto/v69n1/a16v69n1.pdf&sa=X&scisig=AAGBfm2MpPXnnKgeZEtUKdc-LW_dKjTs1g&oi=scholarr&ei=2GzsUbSbN5Pm9gTfsYD4AQ&ved=0CC0QgAMoADAA, acessado em 15/07/2013. Disponível em: http://www.laboratoriogene.com.br/exames.php?tit=surdez_-_testes_para_conexina_26,_30_ou_31&id=665, acessado em 19/07/2013. Disponível em:http://www.forl.org.br/pdf/seminarios/seminario_52.pdf, acessado em 19/07/2013. Disponível em:http://perdadeaudicao.com.br/causas/causas-geneticas-de-perda-de-audicao-sindrome-de-stickler/, acessado em 19/07/2013. Disponível em:http://perdadeaudicao.com.br/noticias/a-surdez-congenita-pode-ser-revertida-por-terapia-genetica/, acessado em 19/07/2013.
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