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ISOLAMENTO ACÚSTICO, CONTROLE DE RUÍDO E DO SOM Um projeto de isolamento ou controle de som/ruído inicia-se no planejamento, considerando: Localização e classificação do som: objetiva e física; Níveis sonoros adequados às diferentes situações, horários e locais; Custo: opções técnicas reduzem a utilização de materiais isolantes (caros): 1. Determinar o nível de ruído produzido por fontes e dependências, classificando-os conforme o nível aceitável; 2. A locação: edificações, fontes e cômodos, segundo a função e silêncio necessários - ruidosos e silenciosos o mais distante possível; 3. A locação de fontes e máquinas que transmitam seus ruídos através da estrutura e diretamente acima das fundações (DE MARCO, 1982); 4. Adequar aberturas (portas e janelas) aos interesses do isolamento. Os itens 1, 2 e 3 são medidas de controle na fonte; o item 4 na trajetória e no homem ocorre com a utilização de equipamentos de proteção individual –EPI’s. A resistividade acústica - velocidade do som no material multiplicado por sua densidade - define o material acusticamente duro (resistividade alta) e mole (resistividade baixa). Devem ser o mais diferente possível da substância em cuja propagação do som se deseja isolar (Lei de Berger). A absorção ajuda a reduzir o som reverberante, mas seu efeito é pequeno frente ao isolamento. Assim, técnicas de isolamento barateiam o projeto. Figura 1- Tabela com valores de A1/A2 em função de R. Tipos de isolamento Isolamento aéreo Trata-se da propagação do som/ruído no ar. Por isso, devemos usar materiais pesados e densos, sendo que a quantidade de isolamento depende: - Da freqüência do som incidente - Das características construtivas da parede: quanto mais densa, maior o isolamento (rigidez). Com isso, o peso de uma parede isolante pode se tornar excessivo e custoso. Então, novas técnicas devem ser utilizadas, como a seqüência de materiais com resistividade diferente. Ex.: paredes duplas (colchões de ar)- isolam de 5 a 10dB. Sua espessura tem o limite ótimo a partir do qual devemos utilizar outros materiais e técnicas. INTERAÇÃO COM CONFORTO TÉRMICO: colchões de ar são excelentes isolantes térmicos. Painéis espessos e aberturas “fechadas” contribuem para a manutenção do calor no ambiente e/ou falta de ventilação adequada. Isolamento de Impacto Trata do ruído que se propaga nos sólidos (preocupação nos prédios de apartamentos) e neste caso, os materiais utilizados são elásticos e duráveis. Figura 2- Ruído de impacto sobre piso, entre pavimentos de edifícios. São utilizados colchões de ar “mole” e outros materiais, tais como: concreto celular, tecidos, feltros, linóleo, lã-de-vidro, Eucatex, estruturas independentes ou pisos flutuantes (laje para piso de concreto ou madeira), apoiada em capa flexível (lã, vidro, isopor, borracha, etc), que o separam totalmente da laje estrutural. INTERFERÊNCIA – CONFORTO FUNCIONAL: tecidos e materiais podem ser combustíveis. INTERFERÊNCIA – CONFORTO VISUAL: possui alto coeficiente de reflexão e bastante leve. IMPORTANTE: peso das máquinas deve ser considerado para que não compacte o material isolante, ocorrendo a perda das características isolantes. Figura 3- Exemplo de isolamento entre paredes “sanduiche”. Barreiras e materiais Figura 4– Barreira acrílica em rodovia O sucesso efetivo na escolha e implantação de uma barreira deve-se a: - A aceitação da população afetada; - A integração da barreira com outros fatores ambientais: paisagem, iluminação, clima, acesso, fauna, cultura, história, segurança, etc; - Aspectos técnicos: criatividade, materiais, cor, tipo, eficiência, tamanho, forma, ângulo de incidência, aberturas na superfície (fissuras/frestas muito largas não atenuam o som, e estreitas podem amplificá-lo), custos, integração com planejamento urbano e vegetação local. Figura 5- Soluções para minimizar o ruído ambiental. O principal efeito da barreira: redução do raio sonoro direto, formação de zona de sombra e difração do raio sonoro. O bom desempenho da barreira depende da geometria do anteparo, das distâncias fonte/barreira/receptor, das condições atmosféricas, da influência do piso, do material do anteparo, da influência da vegetação e da psicoacústica. Figura 6- Efeito dos raios sonoros na barreira. Fonte: Bernardi, 2002. O desempenho é avaliado de forma objetiva - níveis de pressão sonora, parcelas transmitidas, refletidas, absorvidas e difratadas - ou subjetivamente – percepção - antes e depois da instalação da barreira. Tipos de barreiras: A - Barreiras reflexivas Sólidos homogêneos, opacos ou transparentes. Ex.: madeira e concreto. Interação com conforto visual: permite visão total ou parcial e obstrução parcial da iluminação B - Barreiras absortivas Porosos, geralmente opacos. Ex.: fibra de madeira, concreto granulado e lã mineral revestidos por materiais mais robustos. C - Barreiras reativas Geralmente material opaco, com cavidades ou ressonadores atenuando freqüências específicas - som penetra por pequenas aberturas na superfície. Figura 7- Tabela Atenuação de fons para vários materiais.
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