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Introdução
Nesse capitulo de Joel Dor ele fala sobre a as perversões, a histeria e a neurose obsessiva e explica como podemos entender essas estruturas para diagnosticar.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL ENTRE AS PERVERSÕES, A HISTERIA E A NEUROSE OBSESSIVA
JOËL DOR, Estruturas e clínica psicanalítica, Livrarias Taurus-Timbre Editores, Rio de Janeiro, 1991
Na neurose obsessiva
O desafio está manifestamente presente em certos comportamentos sintomáticos dos obsessivos. Lembremos desde logo, a este respeito, a propícia compulsão dos obsessivos ao engajamento em todas as formas de competição ou de ordem de domínio. O conjunto destas situações permanece subtendido pela problemática de uma adversidade (real ou imaginária) a desafiar. 
No entanto, mesmo esta dimensão do desafio estando ativamente presente no obsessivo, percebe-se que por isso mesmo qualquer possibilidade de transgressão é quase impossível. Nesta mobilização geral em que o obsessivo desafia a adversidade, ele não parece poder fazê-lo senão na perspectiva de um combate regular. De fato, um obsessivo é bastante preocupado com as regras do combate e com a menor desobediência à regra. Isto nos leva a observar que o obsessivo faz esforços desesperados para tentar (à sua revelia) ser perverso sem jamais consegui-lo.
Na histeria
Sobre a vertente estrutural da histeria, podemos igualmente colocar em evidência esta dimensão do desafio. 
Na histeria, a transgressão é sustentada por um questionamento agudo concernindo à dimensão da identificação, ela mesmo atraída pelo risco da lógica fálica e seu corolário concernindo à identidade sexual.
De fato, não há histeria, sem que advenha, a um dado momento ou outro, esta disposição que consiste em fazer advir idealmente a verdade, mesmo ao preço de desvelar, ante um terceiro, o jogo do desejo do outro.
Mas ainda aí, na histeria, a dimensão da transgressão está contaminada pelo que faz dela a mola nas perversões. Além disso, mesmo existindo, incontestavelmente, um desafio histérico, permanece ele sempre um desafio à toa, já que nunca é sustentado pela colocação em causa, fundamental, da lei paterna que relaciona a lógica fálica ao significante da castração.
Na histeria, o significante da castração é simbolizado. O preço a se pagar por esta simbolização manifesta-se essencialmente no registro da nostalgia fálica.
Um outro registro do desafio histérico feminino vê-se facilmente posto à prova na contestação fálica que frequentemente governa a relação com um parceiro masculino. Trata-se, no caso, de todas estas situações em que a histérica desafia seu parceiro masculino, significando-lhe: "sem mim, você nada seria". Outra maneira de dizer: "Eu te coloco no desafio de me provar que você tem realmente o que é suposto ter". Por menos que o parceiro aceite imprudentemente esta demonstração, a histérica logo aumenta a aposta do desafio.
Na vertente da histeria masculina, o desafio está igualmente alojado sob o símbolo da atribuição fálica. Tudo se passa como se o sujeito não investisse na dimensão do desafio senão na condição de ser convocado pelo desejo do outro. E nesta dialética particular do desejo que o homem histérico se lança, a si próprio, num desafio insustentável. Este desafio resulta de uma conversão inconsciente entre desejo e virilidade. Ser desejável implica necessariamente, no histérico masculino, a aptidão para administrar a prova de sua virilidade, junto a uma mulher. Neste sentido, o homem histérico se entrega, a si próprio, neste impiedoso desafio de só poder desejar uma mulher através do fantasma onde ela sucumbirá, com a demonstração de sua virilidade. Em um tal dispositivo, é portanto o gozo da mulher que se torna o indício mesmo de sua capitulação diante da superpotência fálica. Não é espantoso que o homem histérico se deixe levar por tal desafio insustentável. Com a carga, para ele, de responder através de comportamentos sintomáticos que bem conhecemos: a ejaculação precoce e a impotência.
COMENTÁRIO CRITICO
Nesse capitulo explica como podemos diagnosticar um estrutura neurótica e histérica, esse capitulo faz um link com o que aprendemos em sala de aula com os relatos das sessões dos colegas de turma.
BIBLIOGRAFIA
JOËL DOR, Estruturas e clínica psicanalítica, Livrarias Taurus-Timbre Editores, Rio de Janeiro, 1991

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