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Organização Político-Administrativa da República Federativa do Brasil. 
Artigo 1 da CF/88. 
Artigo 18 a 32 da CF/88
A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende: a UNIÃO, os ESTADOS, o DISTRITO FEDERAL e os MUNICÍPIOS. Isso significa, em outras palavras, que o Estado Brasileiro possui 4 entidades que no âmbito interno NÃO são soberanas, mas SÃO AUTÔNOMAS. A SOBERANIA é da República Federativa do Brasil. A União não é soberana, Ela é AUTÔNOMA. A AUTONOMIA de cada uma das unidades integrantes da nossa FEDERAÇÃO (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) garante a estas Pessoas Jurídicas de Direito Público Interno o poder de auto-organização (regem-se pelas Constituições ou Leis Orgânicas que editarem), auto legislação (editam suas próprias leis) autogoverno (possuem governo próprio – elegem seus respectivos chefes do Executivo e membros do Legislativo), autoadministração (possuem administração própria). A FEDERAÇÃO é a forma de Estado adotada pelo Brasil. E a nota fundamental de uma Federação é o reconhecimento da AUTONOMIA a cada Entidade integrante dessa Federação. Porém, existem limites a essa autonomia! Assim, embora autônomos, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios devem respeitar o estabelecido na Constituição Federal. 
Um ponto que merece ser lembrado é a divisão de competências previstas na CF/88. Ora, se cada Unidade da Federação é autônoma, é lógico, então, que cada qual tenha uma parcela de competência prevista e resguardada pela própria Constituição Federal. Assim, todo Estado Federado possui em sua Constituição um capítulo destinado à divisão de competências. Com a República Federativa do Brasil isso não é diferente. (vide artigos 21, 22, 23, 24, 25 e 30 da CF/88.
A Constituição do ESTADO (SP, MG, RJ, PA, PR, SC, RS, BA, etc.) NÃO PODE condicionar a nomeação, a exoneração e a destituição dos Secretários de Estado à prévia aprovação da Assembleia Legislativa (Poder Legislativo Estadual). A CF/88, no artigo 84, inciso I estabelece que compete privativamente ao Presidente da República nomear e exonerar os Ministros de Estado. A CF/88 não estabeleceu a participação do Congresso Nacional na nomeação ou exoneração de Ministro de Estado. E como esse cargo de Ministro é um cargo de confiança, cabe ao Presidente da República, privativamente, nomear e/ ou exonerar seus auxiliares, sem que haja interferência do Poder Legislativo. Logo, se a CF/88 não autorizou participação do Congresso Nacional na nomeação e/ou exoneração de Ministro de Estado, não pode a Constituição do Estado estabelecer a participação da Assembleia Legislativa na nomeação, exoneração ou destituição, pelo Governador, de secretário estadual. Arrematando, nesse caso, a mesma regra que se aplica à União, se estende aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios. Aplica-se, pois, o princípio da simetria, respeitando-se, ainda, o princípio da separação de poderes. 
A Constituição do ESTADO NÃO PODE fixar a maior ou a menor o quórum para aprovação de emendas à Constituição do Estado. O artigo 60, § 2o da CF/88 preceitua que a proposta de emenda à Constituição Federal será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros. Esse quórum de 3/5 deve ser observado pelas Constituições Estaduais. Não pode o Poder Constituinte Derivado Decorrente (esse é o Poder que elabora a Constituição Estadual) estabelecer outro quórum, seja maior ou menor, para se modificar a Constituição Estadual. Em outras palavras, se a CF/88 estabeleceu um quórum de 3/5 para que pudesse ser reformada. Esse mesmo quórum de 3/5 será observado pelas Constituições Estaduais, pois essa norma é de observância obrigatória nos Estados da Federação. 
A Constituição do ESTADO NÃO PODE tratar de matérias de iniciativa privativa do Chefe do Executivo. A CF/88 reservou determinadas matérias à iniciativa privativa do Presidente da República. Ou seja, só o Presidente da República poderá desencadear o processo legislativo apresentando projeto de lei sobre aquela matéria que é de sua iniciativa. Pelo princípio da simetria, essa mesma regra também se estende aos Estados. Esse entendimento ocorreu, pois alguns Estados começaram a tratar dessas matérias no próprio texto da Constituição do Estado, numa clara intenção de burlar a regra da iniciativa privativa do Chefe do Executivo Estadual. O STF então se posicionou afirmando que aquelas matérias que são de iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo Estadual não podem ser disciplinadas na Constituição do Estado. Essa mesma regra se aplica às Leis Orgânicas dos Municípios e do DF. Assim, não podem os Deputados Estaduais, por iniciativa própria, tratar dessas matérias de iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo nas respectivas Constituições Estaduais. 
A Constituição do ESTADO não pode subordinar a nomeação do Procurador Geral de Justiça do Estado à prévia aprovação de seu nome pela Assembleia Legislativa. A CF/88 estabelece que a nomeação do Procurador-Geral da República dependerá de prévia aprovação de seu nome pelo Senado Federal, por maioria absoluta. Tal regra não se estendeu aos Procuradores-Gerais de Justiça dos Estados. O artigo 128, § 3o da CF/88 preceitua: “Os Ministérios Públicos dos Estados e do Distrito Federal e Territórios formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma recondução.” Observem agora a redação do art. 128 § 1o da CF/88. “O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da careira, maiores de tinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução”. Dessa forma, a CF/88 já trouxe regra própria para a nomeação do Procurador-Geral da República, submetendo-a a aprovação do Senado Federal por maioria absoluta e trouxe também regra própria para a nomeação do Procurador-Geral de Justiça dos Estados, porém não submeteu essa nomeação à aprovação da Assembleia Legislativa. Logo a Constituições dos Estados não podem subordinar a nomeação do Procurador-Geral de Justiça dos Estados e Distrito Federal e Territórios à aprovação do Poder Legislativo Estadual. 
A Constituição do ESTADO não pode outorgar ao Governador do Estado imunidade à prisão em flagrante, à prisão preventiva e à prisão temporária. Tampouco pode estabelecer a irresponsabilidade, na vigência do mandato, pelos atos estranhos ao exercício de suas funções. 
A Constituição do ESTADO não pode condicionar a eficácia de convênio celebrado pelo Poder Executivo à prévia aprovação do Poder Legislativo. 
A Constituição do ESTADO não pode estabelecer prazo para que os detentores de iniciativa privativa apresentem projeto de lei ao Poder Legislativo. 
A Constituição do ESTADO não pode outorgar competência para que a Assembleia Legislativa julgue as próprias contas e as dos administradores dos Poderes Executivo e Judiciário. Essa competência já foi outorgada aos Tribunais de Constas dos Estados pela CF/88. 
A Constituição do ESTADO não pode estabelecer a Monarquia como Forma de Governo, nem o Parlamentarismo como Sistema de Governo. 
A Constituição do ESTADO não pode estabelecer os casos em que as disponibilidades de caixa dos Estados poderão ser depositados em instituições financeiras não oficiais. Vide art. 164, §3o da CF/88. 
A Constituição do ESTADO não pode definir os crimes de responsabilidade do governador, tampouco cominar as respectivas penas. (súmula 722). Nos termos do artigo 22, inciso I, compete privativamente à União legislar sobre direito penal.
A Constituição do ESTADO não pode estabelecer que a perda do mandato de parlamentar será decidida em votação aberta, em desrespeito ao modelo federal, previsto no artigo 55,§ 2o da CF/88. Nesse caso, estabelece a CF/88 que as disponibilidades de caixa dos Estados, do DF e dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele controladas serão depositadas em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei. Assim, somente Lei Ordinária Federal pode prever casos em que as disponibilidades de caixa dos Estados, DF e Municípios serão depositados em instituições não-oficiais.
5 - Referências
CF/88, Art 1º e arts 18º a 32º.

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