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A Federação Brasileira

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8
A FEDERAÇÃO BRASILEIRA
1) ORGANIZAÇÃO DO ESTADO:
2) O ESTADO FEDERAL:
2.1. ORIGEM
2.2. ESPÉCIES DE FEDERAÇÃO:
a) Federalismo por agregação ou federação centrípeta – São Estados independentes que se reúnem para a formação de um Estado Federal. Foi o que aconteceu com as treze colônias norte-americanas acima mencionadas, que após a independência, agregam-se e formaram os EUA. É um movimento de defora para dentro, dai a denominação centrípeto.
b) Federalismo por desagregação ou federação centrífuga – è aquela formada a partir de um Estado unitário já constituído, mas que passa a ser um Estado Federal. Foi o que aconteceu no Brasil passou a ser Federação, com a transformação de antigas províncias em Estados – Membros dotados de autonomia política e administrativa e com constituições próprias.
2.3. CARACTERÍSTICAS DO ESTADO FEDERAL: Embora cada Estaddo federal apresente características distintas entre si, existem algumas características comuns a todos eles: a União faz nascer um novo Estado (esse não foi o caso brasileiro, mas o norte-americano, modelo clássico de federação); a base jurídica da federação é uma constituição e não um tratado, sendo este a base jurídica de uma confederação; não existe o direito de secessão; só o Estado Federal tem soberania, as unidades federadas preservam apenas uma parcela de autonomia; existe uma repartição de competências entre a união e as outras entidades federativas fixadas pela própria constituição; renda própria para cada esfera de competência; poder político compartilhado pela união e pelas demais entidades; o indivíduo é cidadão do Estado Federal e não da unidade que nasceu.
2.4. MUNICÍPIO COMO ENTIDADE FEDERATIVA: Os Municípios foram elevados a condição de entes da federação, ao lado da União, Estados e DF pela CF/88, como expõe em seus artigos de 1º e 18º. Antes, porém, entendia-se que só a união e os Estado poderiam ser integrantes da federação, dotados de autonomia, como no caso da federação norte-americana e de outras espalhadas pelo mundo. No federalismo atual, chamado de modelo tricotômico, o poder se divide entre a união (Poder Central), Estado (Poder Regional) e Município (Poder Local).
Para José Afonso da Silva, Os municípios não poderiam ser parte integrantes de uma Federação, já que a impossibilidade de secessão é uma das marcas federativas, mas a sanção correspondente a tal hipótese é a intervenção federal, segundo o art.34 da CF/88, ela não existe em relação aos municípios.
2.5. REPARTIÇÃO CONSTITUCIONAL DE COMPETÊNCIAS E RENDAS: Uma das características do Estado Federal é a autonomia de suas entidades federativas, possuindo competências próprias que estabelecem suas atribuições específicas. 
Assim, numa Federação, suas entidades se relacionam dentro de uma repartição constitucional de competências, e só a constituição Federal pode estabelece-las.
A repartição de competências entre as entidades de uma Federação exige também uma repartição de rendas. Não há como se estabelecer competências sem dar condições para efetiva-las.
Assim, não basta possuírem os entes uma repartição constitucional de competências, de atribuições, sem o devido suporte financeiro para executa-las. Tais rendas se dão por via de arrecadação de seus próprios tributos e outras fontes de renda, ou repasse de verbas, como, por exemplo, os repasses tributários de uma entidade à outra. Esse, portanto, é um dos requisitos essências á existência de uma Federação: a repartição de competências e rendas.
2.6. POSSIBILIDADE DE AUTO-ORGANIZAÇÃO POR UMA CONSTITUIÇÃO PRÓPRIA: Outro requisito essencial à existência da Federação é a possibilidade de cada esfera federativa poder se organizar através de uma “Constituição” própria. Constituição propriamente dita no caso dos Estados-Membros, sendo a possibilidade de os Estados elaborarem suas respectivas constituições, produto do poder constituinte derivado decorrente, e de os Municípios elaborarem suas Leis orgânicas que, mesmo não sendo tecnicamente uma constituição, são consideradas como tal, já que se referem à lei de mais alta hierarquia no âmbito municipal. Mas todas elas sempre respeitando os limites impostos pela constituição Federal.
2.7. PRINCÍPIO DA INDISSOLUBIDADE DO VÍNCULO FEDERATIVO:
Outra importante característica do Estado Federal é a sua indissolubilidade (art.1º da CF/88), que foi consagrada em todas as constituições republicanas brasileiras desde 1891. Esse princípio sustenta a inexistência do direito de secessão, não permitindo a saída de qualquer ente federado uma vez estabelecido o pacto federativo.
2.8. PODER LEGISLATIVO BICAMERAL
Em uma Federação, a participação das vontades parciais (dos Estados-Membros) na formação da vontade nacional (da União) é essencial, assim há a necessidade de representatividade própria das demais entidades federativas no poder legislativo da união que, no caso brasileiro, se dá através do Senado Federal. Mas essa necessidade de representação das unidades parciais faz com que seja ressaltado problema que envolve os municípios como entidade federativa, que é o fato de eles não possuírem tal representatividade, que se restringe aos Estados e ao Distrito Federal com seus senadores.
Dessa forma, é necessário que o poder legislativoda união seja bicameral, possuindo uma casa formada pela vontade popular, representado o povo dos estados, através da câmara dos Deputados, e pela vontade das unidades federadas, representando os próprios Estados-Membros e o DF através do Senado.
2.9. EXISTÊNCIA DE UM TRIBUNAL CONSTITUCIONAL
Faz-se necessário, também, a existência de um órgão de controle de constitucionalidade da repartição das competências, para a manutenção do pacto federativo. Esse órgão é, normalmente, integrante do poder judiciário e se encarrega de dizer quem tem razão no caso de dúvidas sobre a repartição e exercício das competências estabelecidas pela constituição federal aos entes federativos.
Esse órgão constitucional estabelecido pela CF/88 é o Supremo Tribunal Federal – STF, que têm a incumbência de guardar a constituição e zelar pela repartição das competências.
2.10. A CAPITAL FEDERAL
Brasília é a Capital Federal, segundo o art. 18º, 1, da CF/88. Faz-se necessário mencionar que, desde 1988, a sede da federação brasileira não é mais o distrito federal, que adquiriu a natureza de ente federativo, inclusive ganhando seus habitantes o direito de eleger os representantes dos poderes legislativo e executivo, e sim Brasília.
O DF é o ente federativo, impossibilitando de se dividir em municípios, que engloba a Capital Federal (Brasília) e as Cidades-satélites.
2.11. A LÍNGUA E SÍMBOLOS OFICIAIS
A língua Portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil, como estabelece o art.13º da CF/88, tendo, ainda, a bandeira, o hino, as armas e selo nacionais como seus símbolos. É permitido, também, aos Estados, DF e município terem seus símbolos próprios.
2.12. INTEVENÇÃO FEDERAL NOS ESTADOS
O Estado Federal deve conter um dispositivo de segurança que garanta a preservação do pacto federativo. Isso ocorre através da Intervenção Federal (art.34ºCF/88), que é um instituto que a União, em nome de outras entidades federativas, intervém em alguns Estados ou DF, caso esteja ocorrendo grave violação aos princípios federativos em qualquer um deles, e dela própria.
Para a decretação de Intervenção é necessário o cumprimento de certas formalidades estabelecidas no (art.36º CF/88). Com o fim dos motivos que geraram a intervenção, ela é suspensa automaticamente.
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
        I -  manter a integridade nacional;
        II -  repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;
        III -  pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
        IV -  garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação;
        V -  reorganizar as finanças da unidade da Federação que:
            a)  suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivode força maior;
            b)  deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição dentro dos prazos estabelecidos em lei;
        VI -  prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
        VII -  assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
            a)  forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
            b)  direitos da pessoa humana;
            c)  autonomia municipal;
            d)  prestação de contas da administração pública, direta e indireta;
            e)  aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
Art. 36. A decretação da intervenção dependerá:
        I -  no caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impedido, ou de requisição do Supremo Tribunal Federal, se a coação for exercida contra o Poder Judiciário;
        II -  no caso de desobediência a ordem ou decisão judiciária, de requisição do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral;
        III -  de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da República, na hipótese do art. 34, VII, e no caso de recusa à execução de lei federal.
        IV -  (Revogado).
    § 1º O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução e que, se couber, nomeará o interventor, será submetido à apreciação do Congresso Nacional ou da Assembléia Legislativa do Estado, no prazo de vinte e quatro horas.
    § 2º Se não estiver funcionando o Congresso Nacional ou a Assembléia Legislativa, far-se-á convocação extraordinária, no mesmo prazo de vinte e quatro horas.
    § 3º Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV, dispensada a apreciação pelo Congresso Nacional ou pela Assembléia Legislativa, o decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade.
    § 4º Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos a estes voltarão, salvo impedimento legal.
· DEFESA DE ESTADO - (art.34, I E II) : manter a integridade nacional e repelir invasão estrangeira;
· DEFESA DO PRINCÍPIO FEDERATIVO – (art.34, II, III e IV): repelir invasão de uma unidade Federativa em outra; por termo de comprometimento da ordem pública; e garantir o livre exercício de qualquer dos poderes nas unidades da Federação.
· DEFESA DAS FINANÇAS ESTADUAIS – (art.34º, V): reorganizar as finanças da unidade da Federação que : A. Suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos.
B. Deixar de entregar aos municípios receitas tributárias fixadas na constituição dentro dos prazos estabelecidos na lei.
 DEFESA DA ORDEM CONSTITUCIONAL – (ART.34º, VI E VII): promover a execução da lei Federal, ordem ou decisão judicial; assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
A. Forma Republicana, sistema representativo e regime democrático;
B. Direitos da pessoa Humana;
C. Autonomia Municipal;
D. Prestação de Contas da administração direta e indireta;
E. Aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, a manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
2.13. INTERVENÇÃO MUNICIPAL
De acordo com o art.35º da CF/88, nem os Estados intervirão nos seus Municípios, nem a União intervirá nos Municípios localizados nos territórios federais, salvo nas hipóteses dos incisos I e IV. A regra, portanto, é a preservação de autonomia das entidades, mas excepcionalmente poderão os Estados intervir nos seus Municípios ou mesmo a União nos Municípios dos territórios Federais, embora estes não mais existam na estrutura brasileira atual.
Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território Federal, exceto quando:
        I -  deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada;
        II -  não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;
        III -  não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde;
        IV -  o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial.
3) REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
3.1. INTRODUÇÃO
Entende-se “competência”, nesse assunto especificamente, como a esfera delimitada de atribuições de uma entidade componente de uma Federação. Mas em termos mais amplos, “competência” é a faculdade juridicamente atribuída a uma entidade, a um órgão ou a um agente do poder público para emitir decisões.
3.2. PRINCÍPIO DA REPARTIÇÃO
O princípio geral que direciona e fundamenta a repartição de competências entre os entes federativos é o da PREDOMINÂNCIA DE INTERRESSES.
Interesse Central, geral ou nacional, já o interesse regional cabe aos Estados-Membros e o interesse local recai aos Municípios.
	ENTIDADE
	INTERESSE
	União
	Geral
	Estados
	Regional
	Municípios
	Local
	DF
	Regional +Local
3.3. CRITÉRIOS ADOTADOS NA REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
3.4. CLASSIFICAÇÃO DAS COMPETÊNCIAS
Conceito. E a esfera delimitada de atribuições de uma entidade componente de uma federação.
Princípio da predominância de interesses.
Critérios adotados repartição de competências.
1.Enumeraxao das competências da união, ficando as remanescentes para os Estados (Estados Unidos e suíça)
2.Enumeracao das competências dos estados, ficando as remanescentes para união (Canadá)
3.Enumeracao de todas as competências (Índia e Venezuela).
I) Quanto à natureza ou ao conteúdo:
a) Competência Material ou Administrativa
É a prática de atos de gestão. Determina um campo de atuação político-administrativa e não legiferante. As competências materiais da União estão no art.21 (exclusiva). As dos municípios (art.30º, partes no inc. III e dos incs. IV ao IX (exclusiva). Certas competências materiais são atribuídas a todas as entidades federativas, como estabelece no art.23º (comuns)
b) Competência Legislativa
É a faculdade para elaboração de leis. A competência legislativa da união foi a mais ampla de todas e está nos art.22º (Privativa), e 24º (concorrente), além do art.154, inc I (residual). Os municípios legislam sobre assuntos de interesse local e suplementar a legislação federal e estadual no que couber, conforme o art.30º, incs. I e II e parte III. Os Estados têm competência legislativa atribuída pelo art.24º (concorrente), art 24, 2 (suplementar) e 3 (supletiva), e pelo art. 25, 1(remanescente).
II) Quanto à forma:
a) Competências enumeradas ou expressas
São aquelas destinadas especificamente a para uma entidade federativa ( 21,22e30).
b) Competências reservadas ou remanescentes.
São aquelas que restam, as que não foram atribuídas de formas específicas a nenhum ente da federação (ART 25,1)
 C) Competência residual
Competência residual
E a que trata exclusivamente de matéria tributária, quando somente a união poderá instituir outros impostos diferentes daqueles já estabelecidos pela constituição federal a união, aos Estados e aos municípios (ART. 154,1).
D) Competências implícitas, resultantes, inerentes ou decorrentes
São as que decorrem da própria natureza do ente federativo, embora não expressamente a previstas, no texto constitucional, não são escritas.
III) Quanto à extensão:
a) Competências exclusivas
São as atribuídas a único ente federativo, sem a possibilidade de delegação (ART 21 e parte do 30)
b) Competências privativas
 São as atribuídas a um único ente federativo, mAs podendo ser delegado em questões específicas. (ART. 22)
c) Competências comuns, cumulativas ou paralelas
São as atribuidas a todas entidades sobre determinadamatéria, de forma que todas estejam no mesmo nível hierárquica.
d) Competências concorrentes
São as atribuidas a união para o estabelecimento de normas gerais sobre determinados assuntos, ficando para os Estados e distrito federal a implementações de normas específicas de acordo as suas particularidades. 
e) Competências suplementares.
Se o estado legislar depois que a união tem lSao as atribuídas aos Estados e ao Distrito federal para especificação das normas gerais estabelecidas pela união dentro da competência legislativa concorrente.
f) Competência supletiva
 E a que recai aos Estados e ao distrito federal, em matéria de competência concorrente, o existindo legislação federal sobre normas gerais.
IV) Quanto à origem:
a) Competências originárias
São as atribuições dadas pela constituição federal a desde logo a uma entidade federativa
b) Competências delegadas
São atribuições recebidas em razão de um repasse de uma competência originária de uma entidade federativa a outra.
4) INTERVENÇÃO
4.1. INTRODUÇÃO
a) Conceito
E a interferência de uma entidade federativa em outra da esfera de competência s constitucional, atribuídas aos Estados membros ou aos municípios.
Conceito Joaquim
Consiste em medida excepcional de supressão temporária a autonomia de determinado ente federativo, fundada em Hipótese taxativamente prevista no texto constitucional e que visa a unidade preservação da soberania do Estado federal. E das autonomias, da união, dos Estados, do Distrito federal e dos Municípios
Art.34 intervenção da união
ART 35 Intervenção dos municípios.
São princípios sensíveis pois caso aja desrespeito sofrerá intervenção. 6 e 7
4.2. ESPÉCIES DE INTERVENÇÃO:
I) Intervenção Federal
a) Hipóteses de intervenção federal: 
· DEFESA DE ESTADO - (art.34, I E II) : manter a integridade nacional e repelir invasão estrangeira;
· DEFESA DO PRINCÍPIO FEDERATIVO – (art.34, II, III e IV): repelir invasão de uma unidade Federativa em outra; por termo de comprometimento da ordem pública; e garantir o livre exercício de qualquer dos poderes nas unidades da Federação.
· DEFESA DAS FINANÇAS ESTADUAIS – (art.34º, V): reorganizar as finanças da unidade da Federação que : A. Suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos.
B. Deixar de entregar aos municípios receitas tributárias fixadas na constituição dentro dos prazos estabelecidos na lei.
 DEFESA DA ORDEM CONSTITUCIONAL – (ART.34º, VI E VII): promover a execução da lei Federal, ordem ou decisão judicial; assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
F. Forma Republicana, sistema representativo e regime democrático;
G. Direitos da pessoa Humana;
H. Autonomia Municipal;
I. Prestação de Contas da administração direta e indireta;
J. Aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, a manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde
b) Procedimentos de intervenção federal:
· INICIATIVA – A iniciativa se refere a quem ou quê, pessoa ou entidade, pode iniciar oficialmente o processo interventivo. 
Se as hipóteses forem os os incisos, I, II, III e V, a inciativa se dá pelo Presidente da República, de ofício, por critério discricionário, ou seja quem analisa e decide se cabe intervenção ou não e ele.
Caso a hipótese seja o inciso IV, a inicitiva ocorrerá por solicitação dos Poderes locais, (legislativo e Executivo), coatoctos, ou seja, que estão sofrendo coações, através dos seus chefes do poder Legislativo ou Chefe do poder Executivo Regional ao Presidente da República, qué analisará sua solicitação (que significa mero pedido), e decidirá se decreta ou não a intervenção. Já no caso do poder judiciário local sofrendo a coação, ainda em relação ao inciso IV, o seu chefe, o Presidente do Tribunal de Justiça do Estado ou DF, solicitará ao STF que, entendendo caber a intervenção, requisitará (que significa ordem ao Presidente da República que, caso não cumpra o que for determinando pelo STF que, incorrerá em crime de responsabilidade.
Quando a hipótese for a da primeira parte do inciso VI, a iniciativa recairá ao Procurador Geral da República, que impetrará uma Ação de executoriedade de lei federal, perante ao STF que, decidindo que houve de fato desrespeito a qualquer lei Federal pelo Estado ou DF, oficiará a respectiva entidade desrespeitosa para cumprir a decisão judicial que, se não cumpri-la, o STF requisitará ao Presidente da República a intervenção. Já no caso da segunda parte do inciso VI, a requisição ao Presidente da República partirá do STF, do STJ ou do TSE, conforme ao artigo 36 CF/88,, quando houver desobediência a qualquer decisão ou ordem judicial proferida por qualquer desses tribunais, encaminhando tal requisição ao Presidente da República, que terá que decretar a intervenção.
Quando a hipótese for o inciso VII, que se refere aos Princípios Sensíveis da constituição, caberá a impetração pelo Procurador-Geral da República de Ação Direta de Inconstitucionalidade Interventiva (ADIN Interventiva), endereçada ao STF, que a julgará e entendendo que houve desrespeito a qualquer um dos Princípios Sensíveis estabelecidos nas alíneas do inciso VII, oficiará quem o desrespeitou para tornar o ato nulo, senão requisitará a intervenção ao Presidente da República.
· A FASE JUDICIAL – Essa fase só se apresenta nas hipóteses dos incisos VI E VII do artigo 34º CF/88, nesse caso, o STF, em julgados procedentes às ações que lhe couberem, e o STJ e o TSE da mesma forma, encaminhará ao Presidente da República requisição para decretar a intervenção.
· DECRETO INTERVENTIVO – A formalização da intervenção se dá através de um decreto Presidencial (art.84º, X), o chamado decreto interventivo, que, quando publicado, tornar-se-á eficaz imediatamente, legitimado a prática dos atos referentes a intervenção. Sua duração e temporária, e só é cabível em hipóteses taxativamente prevista, como já dito. O decreto trará além da duração, como já exposto, a amplitude e as condições da execução. Quando cessado o motivo da intervenção, as autoridades afastadas serão reconduzidas aos seus cargos, salvo impedimentos legais.
Com o afastamento das autoridades locais, se necessário, haverá a nomeação de um interventor, que é uma autoridade nomeada pelo chefe do Executivo para resolver a questão que gerou a intervenção. Essa nomeação é submetida à apreciação do congresso nacional no prazo de 24 horas.
· O CONTROLE POLÍTICO – Haverá a necessidade do controle político do ato interventivo, realizado pelos representantes do povo, dos Deputados Federais, e dos representandtes dos próprios Estados-Membros, os Senadores, submetendo ao decreto interventivo eleborado pelo Presidente da República à apreciação do Congresso Nacional, no prazo de 24 horas, que deverá rejeita-lo ou, mediante decreto legislativo, aprova-ló.
Se a intervenção já tiver sido iniciada, caso o Congresso Nacional a rejeite, ela será suspensa, mas, se a intervenção ainda não foi iniciada e o congresso nacional não a aceitar, ela nem iniciará.
Nas hipóteses dos incisos VI e VII do artigo 34, o controle político será dispensado, sendo necessário nas hipóteses dos incisos I a V.
Assim quando houver fase judicial não haverá controle político, e quando houver controle político não haverá fase judicial.
II) Intervenção Estadual
É a intervenção dos Estados em seus Municípios, já que a União não pode intervir em Municípios situados em Estados-Membros, por não haver previsão expressa sobre isso. Só é possível a intervenção da união em Municípios localizados em Territórios Federais, que não mais existem atualmente.
Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território Federal, exceto quando:
        I -  deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada;
        II -  não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;
        III -  não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipalna manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde;
        IV -  o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial.
Para entender o procedimento dessa intervenção basta associar as hipóteses do art. 35 que sejam semelhantes ao art.34 e espelhar os seus órgãos.
Assim, quando se falar de Presidente da República, em Procurado-Geral da República e STF ou outro tribunal superior no art. 34, falar-se-á em Governador, Procurador-Geral de Justiça e Tribunal de Justiça do Estado art.35.

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