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1/2 ORIGEM DA CONTABILIDADE A noção de conta, portanto de Contabilidade, é, talvez, tão antiga quanto à origem do Homo sapiens. Alguns historiadores fazem remontar os primeiros sinais objetivos da existência de contas aproximadamente a 4.000 anos a. C. Entretanto, antes disto, o homem primitivo, ao inventariar o número de instrumentos de caça e pesca disponíveis, ao contar seus rebanhos, ao contar suas ânforas de bebidas, já estava praticando uma forma rudimentar de Contabilidade. A Contabilidade assumiu formas sistemáticas de registro, no século XIII, quando apareceu a Partida Dobrada (técnica usada para controle das contas) . Com a invenção da escrita, a representação da quantidade passou a ser notada como importante, sendo então possível localizar os primeiros exemplos de Contabilidade, a partir do segundo milênio antes de Cristo, na civilização da Sumária e da Babilônia (atual Iraque), também no Egito e na China. Mas ainda assim, é possível que algumas formas rudimentares de contagem de bens tenham sido realizadas bem antes, talvez por volta do quarto milênio a.C. Observa-se, entretanto, que a Contabilidade teve evolução lenta até o aparecimento da moeda. Existem fatos históricos que comprovam o aparecimento das primeiras moedas, a partir de 600 a.C., na Grécia. Como o surgimento da moeda a contabilidade recebeu contribuição fundamental, para a organização das contas com os respectivos valores representativos dos elementos do patrimônio. A Contabilidade assumiu formas sistemáticas de registro, quando apareceu a Partida Dobrada, na Itália, provavelmente no século XIII ou XIV e sua divulgação no século XV (obra de Frei Luca Pacioli), com disseminação da “escola italiana” por toda a Europa. CONTABILIDADE DO MUNDO CIENTÍFICO - período que se inicia em 1840 até os dias atuais. Nesta fase que surgiu Fábio Bésta, seguidor de Francesco Villa, que superou seu mestre em seus ensinamentos. Esclareceu o elemento fundamental da conta, o valor, e chegou próximo de definir patrimônio como objeto da Contabilidade. No entanto Vicenzo Mazi, seguidor de Fábio Bésta, foi quem assim o definiu pela primeira vez, em 1923. Enfocou a contabilidade como uma ferramenta básica para uma gestão equilibrada. O INÍCIO DO PENSAMENTO CIENTÍFICO DA CONTABILIDADE De acordo com Schimidt e Santos (2008), os principais eventos a seguir marcam o surgimento das partidas dobradas: Revolução Industrial (1200); Primeiro livro sobre o comércio, obra de Fibonacci (1202); Primeiro balanço patrimonial, em uma empresa companhia de Florença. O pensamento contábil, que consiste em formulações mentais consolidadas nas opiniões dos pensadores da contabilidade em relação a todos os aspectos da ciência contábil, ao longo dos tempos, tem início com o trabalho de Frei Luca Pacioli e evolui com o surgimento de várias escolas e teorias. 2/2 De acordo com Schimite (2002) e Schimidt e Santos (2008), 10 escolas do pensamento contábil contribuíram para o arcabouço evolutivo da Contabilidade: Contista, Administrativa ou Lombardia, Personalista, Controlista ou Veneziana, Norte-americana, Matemática, Neocontista ou Moderna Escola Francesa, Alemã, Moderna Escola Italiana e Patrimonialista. Dentre as escolas do pensamento, vamos enfatizar a Escola Européia e a Norte- Americana, (objeto de estudo na aula 2) pelas suas influências na Contabilidade dos dias atuais. Os Estados Unidos, todavia, herdaram da Inglaterra uma excelente tradição no campo da auditoria, criando, lá sólidas raízes. Enquanto os pensadores da escola européia, tinham como preocupação principal defender a contabilidade como uma ciência, os pensadores da escola norte- americana tinha preocupação dominante quanto aos usuários da informação contábil e buscavam enfatizar a utilização da contabilidade como suporte à tomada de decisão. A Contabilidade no Brasil A partir de 1964, houve modificação substancial no ensino de Contabilidade na FEA-USP. Na disciplina Contabilidade Geral, na regência de cátedra do Prof. José da Costa Boucinhas, adota-se pela primeira vez, o método didático norte- americano, baseado no livro de Finney & Miller, Introductory accounting, com importantes adaptações à realidade brasileira, consubstanciadas pela abordagem do problema da Contabilidade em face da inflação. O resultado deste trabalho surge em 1971 o livro Contabilidade Introdutória, da equipe de professores da USP, adotado com grande aceitação nas faculdades do país. Em termos de perspectivas de mercado, as oportunidades no Brasil são excelentes para os profissionais da área. Há grande escassez de profissionais qualificados para atender as necessidades do mercado nas funções de controladores, diretores financeiros
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