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RESUMO: DURKHEIM - O SUICÍDIO

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SUICÍDIO/FORMAS ELEMENTARES - RESUMÃO
“Chama-se suicídio todo caso de morte que resulta direta ou indiretamente de um ato positivo ou negativo realizado pela própria vítima, e que ela sabia que produziria esse resultado. A tentativa é o ato assim definido, mas interrompido antes de resultar em morte” (pág. 16)
- Suicídio é um fato social, sui generis,tem unidade, individualidade e natureza própria. Os dados sobre o suicídio revelam uma constância, ondas de movimento e mudanças crônicas se analisados períodos de tempo mais longos, portanto, cada sociedade tem uma predisposição ao suicídio. A taxa de suicídios de uma sociedade é constante durante longos períodos de tempo.
- “ A taxa de suicídios constitui, portanto, uma ordem de fatos uma e determinada; é o que demonstram, a um só tempo, sua permanência e sua variabilidade [...] Em suma, o que tais dados estatísticos exprimem é a tendência ao suicídio pela qual cada sociedade é coletivamente afligida [...] o caso é que essa tendência existe por uma razão ou oura. Cada sociedade está predisposta a fornecer um contingente determinado de mortes voluntárias. Essa predisposição pode, pois, ser objeto de um estudo especial e que concerne à sociologia[...] Nossa intenção não, portanto, fazer um inventário tão completo quanto possível de todas as condições que podem entrar na gênese dos suicídios particulares, mas apenas procurar aquelas de que depende o fato definido que denominamos taxa social de suicídios.” (pág, 24)
- Objetivos da obra: 1) identificar as causas sociais e extrassociais e sua importância
2) determinar a natureza das causas sociais e como produzem seus efeitos
3) especificar o elemento social do suicídio.
- Método: observar o maior número possível de casos e classificá-los segundo as causas que os produzem.
Tipos de suicídio:
Suicídio Egoísta:
- isolar a variável nível intelectual comparando religiões na mesma sociedade.
- PROTESTANTES>CATÓLICOS>JUDEUS
- a causa está na natureza desses sistemas religiosos. Apesar de ambas as religiões punirem o suicídio com igual severidade e acreditarem na vida após a morte, a diferença crucial do protestantismo é que este permite o livre exame do texto sagrado, enquanto no catolicismo a fé é hierarquizada e verticalizada
- SOLTEIROS >VIÚVOS>CASADOS
- coeficiente de preservação: o número que indica quantas vezes, dentro de um grupo, as pessoas se matam menos do que num outro considerado na mesma idade.
- não é influência da seleção matrimonial motivo: se este fosse o caso deveríamos ver ela se manifestar desde o momento do casamento, mas na verdade a taxa de suicídio nos primeiros anos de casamento é maior que a dos não casados.
- imunidade matrimonial se deve aos filhos ou a relação conjugal? R: Filhos
- “Deste capítulo extraem-se duas conclusões importantes. Em primeiro lugar, vemos por que, em geral, o suicídio progride com a ciência. Não é ela que determina esse progresso [...] Mas esses dois fatos são produtos simultâneos de uma mesma situação geral, que eles traduzem sob formas diferentes. O homem procura se instruir e se mata por que a sociedade religiosa de que ele faz parte perdeu sua coesão; mas ele não se mata por se instruir.Também não é a instrução que ele adquire que desorganiza a religião; mas é porque a religião se desorganiza que surge a necessidade de instrução.” (pág. 201)
- “Em segundo lugar, vemos pó que, de maneira geral, a religião exerce uma ação profilática sobre o suicídio. Não é, como às vezes se disse, porque ela o condene com menos hesitação do que a moral laica, nem porque a ideia de Deus transmita a seus preceitos uma autoridade excepcional e que faz as vontades se dobrarem [...]Se ela protege o homem contra o desejo de se destruir [...] é por ela ser uma sociedade.” (pág. 203) O mesmo se aplica a família
Suicídio altruísta:
- Causado pela integração excessiva em relação a sociedade, o indivíduo não se reconhece mais como tal e a vida fora do grupo lhe parece insuportável. Ex. homens que chegaram ao limiar da velhice, mulheres quando morrem os maridos, clientes e servidores quando morrem seus chefes.
- O homem não se suicida porque quer, mas porque deve. Caso não o faça é punido com a desonra e castigos religiosos.
- “Decerto ela (sociedade) também intervém no suicídio egoísta, mas sua intervenção não se faz do mesmo modo nos dois casos. Em um, ela se contenta em falar com o homem de uma forma que o afaste da existência; no outro, prescreve-lhe formalmente que saia dela. Ali, no máximo sugere ou aconselha; aqui, obriga e determina as condições e as circunstâncias que tornam essa obrigação exigível.”
“Para que a sociedade possa, assim, forçar alguns de seus membros a se matar, é preciso que a personalidade individual não tenha quase nenhuma importância. Pois, assim que ela começa a se constituir, o direito de viver é o primeiro a lhe ser reconhecido[...] Para que o indivíduo tenha tão pouco espaço na vida coletiva, é preciso que ele seja quase totalmente absorvido no grupo, e, por conseguinte, que esse seja profundamente integrado.” (pág. 212)
- Pode ser obrigatório, facultativo e agudo
- Nas sociedades modernas é comum no meio militar. As taxas não podem ser explicadas pelo alcoolismo ou aversão ao serviço militar. > explicado pelo pouco espaço deixado aos indivíduos dentro da sociedade militar.
Suicídio Anômico:
- Choques econômicos bruscos positivos ou negativos “Se, portanto, as crises industriais ou financeiras aumentam os suicídios, não é por empobrecerem, uma vez que crises de prosperidade têm o mesmo resultado; é por serem crises, ou seja, perturbações da ordem coletiva. Toda ruptura de equilíbrio, mesmo que resulte em maior abastança e aumento da vitalidade geral, impele à morte voluntária.Todas as vezes que se produzem graves rearranjos no corpo social, sejam eles devidos a um súbito movimento de crescimento ou a um cataclismo inesperado o homem se mata mais facilmente.” (pág. 311)
- O homem precisa de normas para reprimir seus desejos e é a sociedade que desempenha esse papel moderador. Para que isso ocorra é necessário que os indivíduos estejam satisfeitos com sua condição.
- anomia: “suas próprias exigências tornam impossíveis satisfazê-las. As ambições superexcitadas vão sempre além dos resultados obtidos, sejam eles quais forem, pois elas não são advertidas de que não devem avançar mais. Nada as contenta, portanto, e toda essa agitação alimenta a si mesma, perpetuamente, sem conseguir saciar-se.”
- Se difere dos outros por não ser referente a maneira como o indivíduo se liga a sociedade, mas pela maneira pela qual ela os regulamenta.
- Também é o suicídio que prevalece nos casos de divórcio
Suicídio Forçado:
 - causado pelo excesso de regulamentação, quando as paixões são implacavelmente barradas. Homens casados muito jovens e mulheres casadas sem filhos, suicídio de escravos.
Imitação:
- pode ser de três tipos: 
1) Nivelamento das consciências dentro de um determinado grupo (fato social)
2)Necessidade que nos impele a estar em harmonia com a sociedade (Fato social)
3) Reflexos fisiológicos (imitação)
FORMAS ELEMENTARES DA VIDA RELIGIOSA
- Estudar a religião mais simples: aquela que não tenha elementos tomados de religiões anteriores. OBJETIVO: Compreender a realidade atual através do pensamento religioso.
- Não há religiões falsas, todas correspondem a condições da existência humana.
- Escolha metodológica da religião primitiva, para encontrar mais facilmente os elementos básicos comuns a todas as religiões. Nas sociedades primitivas todos os comportamentos são comuns aos elementos do grupo, tudo é homogêneo e simples. Tudo é reduzido ao indispensável. Relações entre os fatos são mais evidentes.
- a religião contribui para a formação do espírito humano
- aprioristas VS empiristas – solução intermediária de Durkheim: existem as características constitutivas do pensamento humano, mas não são inatas, provém da religião (sociedade), são produto do pensamento religioso.
“A conclusão geral do livro que se iráler é que a religião é uma coisa eminentemente social. As representações religiosas são representações coletivas que exprimem realidades coletivas; os ritos são maneiras de agir que só surgem no inerior de grupos coordenados e se destinam a suscitar, manter ou refazer alguns estados mentais desses grupos. Mas,então, se as categorias são de origem religiosa, elas devem participar da natureza comum a todos os fatos religiosos: também elas devem ser coisas sociais, produtos do pensamento coletivo.”
- autoridade social impõe as categorias
- Importância do culto: fazer sentir e reforçar através do ato o papel da sociedade. Todas as instituições sociais nasceram da religião. O papel dos ritos é atingir as consciências e discipliná-las. Os deuses bons e maus das religiões refletem os valores da sociedade.

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