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Construções Rurais

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Projeto
 
	
	O projeto é o conjunto de instruções necessárias à execução de uma obra. É composto de desenhos, placas e até, em alguns casos, de especificações. O importante é que defina o local onde será feita a obra, todas as suas dimensões, os maeriais a serem utilizados e as suas qunatidades. Quando bem elaborado o projeto pode reduzir o custo da obra, pois evita desperdícios e aumenta a qualidade e a durabilidade da construção.
Ao executar o projeto de uma benfeitoria, é preciso pensar sempre em como ela ficará depois de construída, mesmo que seja executada em etapas ou ampliada aos poucos. Isso evita desperdícios em demolições, geralmente necessárias quando se dá continuidade à obra. Sempre que houver necessidade de fazer modificações na benfeitoria, é recomendável consultar primeiro o autor do projeto, sobretudo nas obras de maior responsabilidade. Ele ajudará a encontrar a melhor solução.
 
	Localização
Todas as obras rurais começam pela escolha do terreno. Ele deve ser pouco inclinado, firme e seco.
Também é muito importante a posição do terreno dentro da propriedade. Para isso vários fatores devem ser observados:
- Proximidade de estradas, facilitando o acesso de veículos;
- Facilidade de captação de água;
- Facilidade de acesso à rede elétrica.
	
	É importante saber de que lado nasce o sol em relação ao terreno. Várias benfeitorias (estábulos, pocilgas, etc) necessitam de uma proteção contra o sol, ventos ou frio. Essa proteção pode ser feita mediante a localização correta das benfeitorias na área.
  
	Fundações
As fundações são as partes da obra que ficarão em contato com o solo e transmitirão à ele todo o peso da construção. Por isso, as fundações têm que ser resistentes e dimensionadas para as condições do local.
Há vários tipos de fundações, dependendo do tipo de solo e das condições do local onde a benfeitoria será construída. Os principais tipos usados no meio rural são:
- Blocos e sapatas, usadas para apoio dos pilares das benfeitorias;
- Baldrame, usado para apoio das paredes das benfeitorias;
- Broca ou estaca, usada para apoio dos blocos, sapatas ou baldrames das benfeitorias, quando o terreno não é firme nem seco;
- Radier, usado alternativamente para apoio das paredes e dos pilares das benfeitorias, quando o terreno é muito mole, como no caso dos alagadiços.
O dimensionamento das fundações deve ser feito por um profissional habilitado ( engenheiro agrícola ou civil, arquiteto ), caso a caso, sobretudo nas construções de maior responsabilidade.
  Estude as possibilidades de construir com Eucalípto, Bambus, Adobe, Taipa, Cob, Solocimento, etc.. utilizando os recursos disponíveis no local.
 
  
	Cercas para delimitação de áreas
 
As cercas destinadas à delimitação de áreas de propriedades, de culturas, de pastos ou de faixas de estradas utilizam: mourões comuns e mourões esticadores.
Nessas cercas, em geral, é usado o arame farpado.
Tanto os mourões comuns como os esticadores devem ter ranhuras, para facilitar a amarração do arame farpado.
 Os mourões comuns são colocados a cada 3,5m, no máximo. Já os mourões esticadores são colocados a cada 50m, no máximo.
Além disso, devem ser usados sempre que a direção das cercas ou a inclinação do terreno mudar, e nas extremidades das cercas.
A construção da cerca sempre começa pela colocação dos mourões esticadores, enterrados a uma profundidade de 1m e bem aprumados.
Os mourões esticadores devem ser escorados antes do esticamento dos fios. O escoramento pode ser retirado à medida que o arame vai sendo esticado, menos nos mourões esticadores das extremidades da cerca, onde o escoramento deve ser mantido.
Os mourões comuns s'são colocados nos respectivos locais após o esticamento do arame. E devem ficar enterrados a uma profundidade de 75cm. Os fios esticados devem ser amarrados nos mourões comuns com arame liso galvanizado.
  
	Cercas para currais
 
	
	As cercas para currais, estábulos ou piquetes de contenção de animais de grande porte devem ser construídas com mourões mais robustos, dotados de furos. Essas cercas utilizam: mourões intermediários e mourões de canto (ou mourões de cruzamento).
Essas cercas são executadas com cordoalhas ou arame liso avalado.
Em geral, tanto os mourões intermediários como os de canto têm seção quadrada.
Os mourões intermediários são colocados a cada 3m, no máximo. Os mourões de canto (ou de cruzamento), utilizados nas esquinas e cruzamentos, como o nome indica, devem ser mais reforçados.
A construção dessas cercas começa com a colocação dos mourões de canto, enterrados a uma profundidade de 1m.
Depois de aprumados, é preciso lançar solo em torno deles, em camadas sucessivas, compactadas uma a uma, até atingir 90cm. Os 10cm restantes devem ser preenchidos com concreto magro. 
A seguir, os mourões de canto devem ser escorados. Depois são colocados os mourões intermediários, no mesmo alinhamento.
Para aumentar a resistência da cerca é recomendado travar os mourões entre si, no sentido do comprimento.
Isso pode ser feito com peças de madeira.
  
	Cercas para pátios, pomares, jardins ou moradias
 
	
	   A cerca para delimitação de pátios, pomares, jardinas ou moradias utilizam um único tipo de      mourão.
   Em geral, essas cercas são feitas com telas (alambrados). 
 
	
	Os mourões mais usados nessas cercas são os de seção quadrada e em forma de "T".
Esses mourões devem ser colocados a cada 3,5m. Eles devem ser escorados a cada 50m, no máximo, nas extremidaddes da cerca e sempre que a direção da cerca ou a inclinação do terreno mudar.
As cercas com esse tipo de mourão são feitas do mesmo modo que as outras duas já explicadas anteriormente. Se for usada tela para fechamento, ela deve ser desenrrolada aos poucos, esticadas a cada lance e firmemente amarradas aos mourões.
	   MORADIAS
 
	CUIDADOS PRELIMINARES
O primeiro passo para construção de moradias numa propriedade rural é dispor de um projeto bem elaborado. Isso garante o atendimento de todas as necessidade do futuros usuários da benfeitoria e a qualidade e durabilidade da obra. Também evita disperdícios durante a construção e reduz enormemente o custo da benfeitoria.
O projeto deve incluir a especificação e a quantidade de todos os materiais a serem usados, inclusive as instalações hidráulicas e elétricas. Esses dados são importantes porque, sem eles, é impossível fazer um orçamento do custo total da obra.
O projeto deve ser feito  por um profissional habilitado ( engenheiro agrícola ou civil, arquiteto, agrônomo ou técnico em edificações) que também assuma a responsabilidade técnica pelo projeto e pela execução da obra, uma exigência legal das prefeituras municipais e do CREA.
Outros aspectos que também devem ser analisados antes do início da construção: 
- Escolha do terreno onde a benfeitoria vai se localizar, levando em conta, inclusive, a resistência do solo, para aguentar o peso da construção;
- Proteção contra enchentes, assoreamentos e mau cheiro;
- Posição em relação ao sol aos ventos dominates, para garantir iluminação e temperatura adequadas;
- Proximidade de fontes de abastecimento de água e de energia elétrica;
- Facilidade de acesso;
- Nivelando do local onde a moradia vai ser construída.
Considere as opções sustentáveis: Adobe, Cob, Taipa, Bambu, Solocimento, etc. Há inúmeros recursos disponíveis no local, que minimizam o impacto ambiental.
 
	Fundações
A primeira etapa efetiva da construção das fundações. O tipo de fundação a ser utilizado depende da resistência do terreno sobre o qual vai ser erguida a casa.
Na maioria dos casos, é usado o baldrame, com 20cm de largura e 40cm de altura. Para facilitar, a fundação pode ser feita com blocos-canaletas.
Quando o terreno não tem resistência para aguentar o peso da construção (terrenos moles, algados, brejos, etc.) são necessárias brocas (estacas) para escorar o baldrame.
Outra solução para terrenos fracos é o radier.
Instalação
Nesta etapa da obra, é preciso contar com a participação de um profissional qualificado (encanador, bombeiro). Ele vai ajudar na elaboração do projeto, especificação dos materiais e no cálculo da suas quantidades.
Algunas fabricantes produzem um "kit" (conjunto complemento com os canos cortados na medida certa e todos os acessórios necessários, muito prático para instalações mais simples. Folhetos com informações detalhadas para instalações residenciais de água fria podem ser encontrado em algumas lojas de material de construção que vendem material hidráulico .
	Esgoto
Neste caso, o ideal também é contar com a ajuda de um pofissional do ramo.
Algumas lojas de material de construção que vendem material hidráulico dispõem de folhetos com informações úteis para a instalação da rede de esgoto.
Um cuidado é fundamenta: não despeje o esgoto da moradia em valetas abertas, nem em córregos ou riachos. Isso os transforma em focos de poluição e doenças.
	Instalação elétrica
O primeiro passo é consultar a companhia de eletricidade da região, sobre o local adequado para colocação dos postes e do relógio de luz.
A intalação elétrica deve ser feita por um profissional habilitado. Ele vai especificar os materiais (caixas de luz, disjuntores, fusíveis, fiação, tomadas, interruptores, bocais e luminárias) e calcular as quantidades necessárias. Também nesse caso, algumas lojas de material de construção que vendem materiais elétricos dispõem de folhetos com informações muito úteis a respeito.
	Pisos
O piso só deve ser feito quando a rede de esgoto já estiver colocada.
Os pisos são construídos sobre uma base de concreto magro denominada contrapiso. Em geral, o contrapiso tem 8cm de espessura e é aplicado sobre o chão da casa, que deve ser bem nivelado e compactado.
O piso mais simples e econômico é o solocimento. Ele nada mais é que um contrapiso de superfície alisada, muito usado também em calçadas.
Os pisos de acabamento mais sofisticados, como cerâmicas, ladrilhos, tacos ou outros materiais, são assentados com uma argamassa aplicada sobre o contrapiso.
 
	FOSSAS SÉPTICAS
 	Considere a opção de biofiltro, usando estágios de tratamento com o aproveitamento da carga orgânica em adubação ou biodigestores.
As fossas sépticas, uma benfeitoria complementar às moradias . São fundamentais no combate à doenças, verminoses e endemias (como a cólera, por exemplo), pois evitam o lançamento dos dejetos humanos diretamente em rios, lagos ou mesmo na superfície do solo. O seu uso é essencial para a melhoria das condições de higiêne das populações rurais.
Esse tipo de fossa nada mais é do que um tanque enterrado, que recebe os esgotos (dejetos e águas servidas), retém  a parte sólida e inicia o processo biológico de purificação da parte líquida (efluente). Mas é preciso que esses efluentes sejam infiltrados no solo para completar o processo biológico de purificação e eliminar os riscos de contaminação.
As fossa sépticas não devem ficar muito perto das moradias (par evitar mau cheiro) nem muito longe (para evitar tubulações muito longas, que são mais caras e exigem fossa mais profundas, devido ao caimento da tubulação). A distância recomendada é 6m.
Elas devem ser construídas do lado do banheiro, para evitar curvas nas canalizações. Também devem ficar num nível mais baixo do terreno e longe de poços ou de qualquer outra fonte de captação de água (no mínimo, a 30m de distância), para evitar contaminações, no caso de um eventual vazamento.
O tamanho da fossa séptica depende do número de pessoas da moradia. Ela é dimensionada em função de um consumo médio de 200 litros de água por pessoa, por dia. Sua capacidade, entretanto, nunca deve ser inferior a 1.000  litros.
As fossa sépticas podem ser de dois tipos: 
- Pré-moldadas;
- Feitas no local.
 
	 Fossas sépticas feitas no local
 As fossas sépticas feitas no local têm formato retangular. Para funcionar bem, elas devem ter as seguintes dimensões:
	FÓSSAS SÉPTICAS RETANGULARES
	Número de pessoas
	Dimensões internas
	Capacidades (litros)
	
	Comprimento
	Largura
	Altura
	
	até 7
	2
	0,9
	1,5
	2160
	até 10
	2,3
	0,9
	1,5
	2480
	até 14
	2,5
	0,9
	1,5
	2700
	até 21
	2,7
	1,2
	1,5
	3890
	até 24
	3,2
	1,2
	1,5
	4600
A execução desse tipo de fossa também começa pela escavação do buraco, onde a fossa vai ficar enterrada no terreno.
O fundo do buraco deve ser compactado, nivelado e coberto com uma camada de de 5cm de concreto magro, é feita uma laje de ferrocimento armado de 7cm de espessura.
 As paredes feitas com blocos de concreto de 15cm ou de 20cm de largura. Durante a execução da alvenaria, já devem ser colocados os tubos de limpeza (esgotamento), de entrada e de saída da fossa e deixadas ranhuras para encaixe das placas    de separação das câmaras.
As paredes internas da fossa devem ser revestidas com argamassas à base de cimento e cal.
As paredes internas das câmara (chicanas)  e a tampa da fossa são feitas com placas pré-moldadas de ferrocimento. Para a separação  das câmaras são necessárias cinco placas: duas de entrada e três de saída. Essas placas têm 4cm de espessura e a armadura em forma de tela.
A tampa é subdividida em duas ou mais placas, dependendo do tamanho da foossa para facilitar sua execução e até a sua remoção, em caso de necesidade. Essas placas têm 5cm de espessura e a sua armadura também é feita em forma de tela.
 As placas prontas das chicanas são encaixadas nas ranhuras deixadas nas paredes da fossa. As da tampa são simplesmente apoiadas sobre as paredes da fossa.
   
	LIGAÇÃO DA REDE DE ESGOTO À FOSSA
 
A rede de esgoto da moradia deve passar inicialmente por uma caixa de inspeção, que serve para fazer a manutenção periódica da tubulação, facilitando o desentupimento, em caso de necessidade. Essa caixa deve ter 60cm X 60cm  e profundidade de 50cm. Deve ser construída a cerca de 2m de distância da casa, num buraco de 1m X 1m, com profundidade de 0,5m a 1m.
	
	O fundo desse buraco deve ser bem compactado e receber uma camada de concreto magro.
As paredes da caixa podem ser feitas com blocos de concreto de 10cm de largura.
O fundo  e as paredes dessa caixa devem ser revestidos com uma argamassa à base de cimento.
A caixa de inspeção é coberta com uma placa pré-moldada de concreto com 5cm de espessura.
A ligação da rede de esgoto da moradia à fossa séptica deve ser feita com tubos de 10cm de diâmetro, assentados numa valeta e bem unidos entre si. O fundo da valeta deve ter caimento de 2%, no sentido da caixa de inspeção para a fossa séptica, ser bem nivelado e compactado.
	 DISTRIBUIÇÃO DOS EFLUENTES NO SOLO
Considere o uso em círculos de bananeiras!!
	 Valetas de infiltração
Esse sistema consiste na escavação de uma ou mais valetas, nas quais são colocados tubos que permitem, ao longo do seu comprimento, escoar   para dentro do solo os efluentes provenientes das fossa séptica.
O comprimento total das linhas de tubos depende do tipo de solo e da quantidade de efluente a ser tratada. Em terrenos mais porosos (como arenosos), 8m de tubos por pessoa são suficientes. Em terrenos menos porosos (como os argilosos), são necessários 12 m de tubo por pessoa. Entretanto, para um bom funcionamento de sistema , cada linha de tubos não deve ter mais que 30m de comprimento.
Quando o terreno não permite a construção das valetas nas quantidades e nos comprimentos necessàrios, pode ser feito um número maior de ramificações, de comprimentos menores. É o caso da ocorrência de obstáculos (uma árvore ou rocha) ou da inexistência de espaço suficiente. (limite da propriedade.
Os tubos devem ter 10cm de diâmetro e ser assentados sobre uma camada de 10cm de pedra britada ou cascalho, colocadas no fundo das valetas de infiltração. Os quatro primeiros tubos que saem da fossa devem ser unidos entre si. Entre os demais tubos deve ser deixado um espaço de 0,5cm , para permitir o vazamento do efluente à medida que ele desce
pelos tubos. Junto a esses espaços, os tubos devem ser cobertos (apenas na parte de cima com um pedaço de lona plástica ou outro material impermeável, para evitar a  entrada de terra na tubulação.
Em seguida as valetas são fechadas com uma camada de brita, até meia altura e o restante co m o próprio solo.
Nos entroncamentos ou ramificações de tubos é recomendável o uso de caixas de distribuição.
    
	Sumidouro
 	Cuidado com este tipo de solução!!
O sumidouro é um poço sem laje de fundo que permite a penetração do efluente da fossa séptica no solo.
	
	O diâmetro e a profundidade dos sumidouros depende das quantidades de efluentes e do tipo de solo. Mas não devem ter menos que 1m de diâmetro e mais que 3m de profundidade.
Os sumidouros podem ser feitos com blocos de concreto ou com anéis pré-moldados de concreto.
A construção de um sumidouro começa pela escavação do buraco no local escolhido, a cerca de 3m da fossa séptica e num nível um pouco mais baixo, para facilitar o escoamento dos efluentes por gravidade. A profundidade do buraco deve ser 80cm maior que a altura final do sumidouro.
É recomendável que o diâmetro dos sumidouros com paredes de blocos de concreto não seja inferior a 1,5m para facilitar o assentamento. Os blocos só podem se assentados com argamassa de cimento e areia nas juntas horizontais. As juntas verticais não devem receber argamassa de assentamento, para facilitar oi escoamento dos efluentes.
Se as paredes forem feitas com anéis pré-moldados de concreto, eles devem ser apenas colocados uns sobre os outros, sem nenhum rejuntamento, para permitir o escoamento dos efluentes.
Esses  anéis podem ser adquiridos diretamente de fabricantes locais de pré-moldados de concreto ou de artfatos de cimento.
A laje ou tampa dos sumidouros pode ser feita com uma ou mais placas de concreto. Elas podem ser executadas no próprio local ou adquiridas diretamente dos fabricantes de pré-moldados ou artefatos de cimento da região.
	GALPÕES RURAIS
O galpão é uma das principais benfeitorias da propriedade rural. Serve para guardar máquinas, implementos e equipamentos agrícolas, para armazenar a produção e também como depósito e materiais e insumos rurais. Pode ser usado ainda como estábulo, pocilga, aviário e para a criação de bicho-da-seda, cabras, ovelhas e outros animais.
O comprimento, a altura, a largura,  as condições de ventilação e iluminação e a facilidade de limpeza dos galpões rurais devem atender às necessidades funcionais da atividade a ser desenvolvida dentro deles, porque todos esses itens têm muita importância na produtividade. Por esse motivo, um galpão só deve ser construído   em local adequado à sua finalidade e depois de feito o respectivo projeto.
Além disso, o ideal é que o espaço interno do galpão rural seja inteiramente livre, sem pilares.
Os galpões rurais pré-moldades de concreto oferecem as seguintes vantagens:
- Permite atender às necessidades funcionais;
- Possibilita um espaço interno inteiramente livre;
- São mais duráveis;
- Dispensam a manutenção rotineira;
- São fáceis de construir e simples de montar;
- São muito resistentes à intempéries ( temporais, chuvas e ventos fortes);
- Têm custo bastante reduzido.
O que garante o espaço interno inteiramnete livre nos galpões rurais pré-moldados de concreto é a colocação dos pilares apenas no contorno da construção, no sentido do comprimento.
Existem várias soluções técnicas para construção de galpões rurais pré-moldados de concreto. As duas mais econômicas e simples são as seguintes:
- Galpão de uma água, para vãos de até 6,5m:
- Galpão de duas águas, para vãos com mais de 6,5m.
 
	Galpão de uma água
Uma solução econômica e eficaz é construir o galpão de uma água com peças de concreto pré-moldado no próprio local. As peças desse galpão são de apenas 3 tipos: 
- Pilares, com base quadrada de 20cm X 20cm, altura variando de 3m a 5m e rebaixos no topo para encaixe das vigas transversais, sendo que a metade da quantidade dos pilares deve ter uma altura maior para dar caimento ao telhado;
- Vigas transversais, de até 7,5m de comprimento ( inclusive 50cm de beiral para cada lado), com rebaixos para fixação nos pilares e para fusos salientes para montagem das terças;
- Terças, semelhantes às vigotas pré-moldadas usadas na construção de lajes com 3m a 4m de comprimento, encaixe macho-fêmea nas extremidades e furos para o trespasse dos parafusos salientes das vigas transversais.
O dimensionamento exato e o cálculo estrutural para cada galpão desse tipo   devem ser feito por um profissional habilitado ( engenheiro civil, calculista). Em caso de dúvida, consulte a ABCP.
A concretagem de todas as peças do galpão é feita com apenas 3 fôrmas diferentes ( uma para os pilares, uma para as vigas transversais e umas para as terças). Essas 3 fôrmas são de execução muito simples inclusive os moldes dos rebaixos e ressaltos necessários.
A fundação mais simples para esse tipo de galpão é a sapata, mas com uma espécie de cálice na face superior onde será encaixado o pilar.
Como os pilares são dispostos  em pares espaçados de 3m a 4m, no máximo (no sentido do comprimento do galpão ), as sapatas deverão ser executadas nessa mesma disposição.
As sapatas  devem ser dimensionadas e calculadas pelo profissional habilitado responsável  pelo projeto estrutural do galpão.
Após a execução das fundações, os pilares são encaixados nos cálices e aprumados. O espaço vazio entre os cálices e os respectivos pilares é preenchido com concreto.
As vigas transversais são encaixadas nos topos dos pilares e rejuntadas com concreto.
Tanto os pilarers como as vigas são levantados e movimentados com o auxílio de talhas pois pesam no mínimo 520kg e no máximo 800kg. 
As terças são encaixadas nos parafusos salientes das vigas transversais e fixadas com porcas. A cobertura desse tipo de galpão é feita com telhas onduladas de fibrocimento. Essas telhas são fixadas às terças com parafusos e ganchos encontrados nas lojas de material de construção.
    
	Paredes e pisos do galpões 
Os galpões rurais podem ser abertos ou fechados, dependendo da finalidade de uso.
As paredes de vedação podem ser feitas com: 
- Adobe;
- Cob;
- Solo-cimento:
- Concreto armado.
Os galpões rurais Também podem ser pavimentados com:
- Piso de solo-cimento.
	MUROS E PAREDES DIVISÓRIAS
Em muitos casos, é necessário cercar a área com um muro de certa altura, para evitar o acesso de pessoas ou animais. E  para permitir maior privacidade. Além disso, diversas benfeitorias do meio rural, como estábulos, pocilgas, aviários e outras, exigem a construção de paredes divisórias no seu interior.
Os muros e paredes divisórias podem ser feitos com:
- solo-cimento;
- Bambus, Adobe, Cob, etc.
O solo-cimento tem a vantagem do baixo custo.  Vide matéria abaixo.
	PISOS E PAVIMENTOS
Os pisos e pavimentos são benfeitorias muito úteis porque resistem ao peso e ao desgaste produzidos por veículos, máquinas ou animais. Além disso ele mantém as condições de uso iguais em qualquer condição climática.
Também oferecem superfícies de apoio  firmes e seguras. E por facilitarem a limpeza, contribuem de modo fácil e eficaz para reduzir a presença de microorganismos indesejáveis, que se desenvolvem rapidamente nas áres não pavimentadas.
Os pisos e pavimentos podem se feitos com:
- Solo-cimento.
 
	Pisos e pavimentos de solo-cimento
Os pisos e pavimentos de solo-cimento são constituídos de uma camada maciça de solo-cimento executado no próprio local da obra. O solo-cimento é um material alternativo, de baixo custo, obtido pela compactasção de uma mistura de solo, cimento e um pouco de água. 
Essa solução é, seguramente, a mais econômica, principalmente quando há disponibilidade de um solo mais adequado ( solo arenoso) a  execução do solo cimento no local da obra ou próximo a ele, porque esse material constitui justamente a maior parcela da mistura além disso os pisos e pavimentos de solo-cimento têm outras
vantagens:
- Menor consumo de materiais comprados no comércio;
- Grande durabilidade.
Os pisos e pavimentos de solo-cimento podem ser utilizados em: moradias, galpões, pátios e terreiros, ruas e estradas, passeios e calçadas.
A utilização do solo-cimento no piso de moradias segue a mesma orientação. E é até mais simples, porque o contorno da área já está delimitado pelas próprias paredes da casa, que funcionam como fôrma.
A superfície dos pisos  e pavimentos de solo-cimento sujeito ao tráfego de veículos pesados ( caminhões, carretas, tratores, colheitadeiras, etc.)   e animais de grande porte (bovinos e equinos) devem ser revestidas com uma camada de concreto ou outro material equivalente.
	SOLO-CIMENTO
O solo-cimento é um material alternativo   de baixo custo, obtido pela mistura de solo, cimento e um pouco de água. No início, essa mistura parece uma "farofa"  úmida. Após ser compactada, ela endurece e com o tempo ganha consistência  e durabilidade suficientes para diversas aplicações no meio rural. Uma das grandes vantagens do solo-cimento é que o solo um material local, constitui justamente a maior parcela da mistura.
A solo-cimento é uma evolução de materiais de contrução do passado, como o barro e a taipa. Só que as colas naturais, de características muito variáveis, , foram substituídas por um produto industrializado e de qualidade controlada: o cimento.
 
	MODOS DE UTILIZAÇÃO
Há 4 modos de utilização do solo-cimento: tijolos ou blocos, pavimento, parede maciça, ensacado.
Os tijilos ou blocos de solo-cimento são produzidos em prensas, dispensando a queima em fornos. Eles só precisam ser umidecidos, para que se tornem resistentes. Além de grande resistência, outra vantagem desses tijolos ou blocos é o seu excelente aspecto.
As paredes maciças Sào compactadas no próprio local, em camadas sucessivas, no sentido vertical, com o auxílio de formas ou guias. O processo de produção assemelha-se ao sistema antigo de taipa de pilão, formando painéis inteitiços, sem juntas horizontais.
Os pavimentos também são compactados no local, com o auxílio de fôrmas, mas em uma única camada. Eles constituem placas maciças, totalmente apoiadas no chão.
O solo-cimento ensacado resulta da colocação da "farofa"úmida        em sacos, que funcionam como fôrmas. Depois de terem a sua boca costurada, esses sacos são colocados na posição de uso, onde são imediatamente compactados, um a um. O processo de execução assemelha-se à construção de muros de arrimo    co matacões de pedra.
A tabela seguinte mostra as diversa benfeitorias que podem ser feitas com o solo-cimento.
	APLICAÇÕES DO SOLO-CIMENTO
	Benfeitoria                      Aplicações                           Modo de utilização
	
Edificações                  Fundação (baldrame ou        Parede maciça (a cava pode ser                                     sapata corrida)                       usada como fôrma)
                                    Alvenaria (parede)                  Tijolos, blocos ou paredes maciças
                                    Piso e contra-piso                   Pavimento                                                                                
	
Passeios ou calçadas    Piso e contra-piso                Pavimento
	
Pátios e terreiros           Piso e contra-piso                Pavimento
        
	
Ruas e estradas              Base e sub-base                Pavimento
       
	
Contenção de encostas   Muro de arrimo                  Ensacado
	
Silo-trincheira                 Revestimento dos taludes     Ensacado ou parede maciça  
	
Contenção de córregos     Revestimento dos taludes     Ensacado ou parede maciça 
e canais (para irrigação,
abastecimento).
	
Pequenas barragens           Dique                                  Ensacado
	
Controle de voçorocas       Dique                                  Ensacado
	Cabeceiras de pontes,          Muro de arrimo                Ensacado
pontilhões, bocas de 
galerias
	COMPONENTES DO SOLO-CIMENTO
Os componente do solo-cimento são: cimento, água, solo.
   
	Cimento e água
 
	Solo
Uma das grandes vantagens do solo-cimento, como já foi dito, é utilizar um material local: o próprio solo. Mas é preciso usar um solo adequado. O solo arenoso, que tem uma parte maior de areia e  outra menor, de argila, é um solo adequado.
A areia não é um solo arenoso, porque não tem nenhuma quantidade de argila. Portanto ela não é adequada para produzir  solo-cimento.
O solo argiloso, que contém mais argila do que areia, também não é adequado. Ele requer uma quantidade maior de cimento, e é difícil de misturar e de compactar. Mas ele pode ser corrigido, com a adição de areia. Só que há limites econômicos e técnicos para isso. Nesse caso é melhor consultar um profissional   especializadao ou a própria  ABCP.
O solo adequado não deve conter pedaços de galhos, folhas, raízaes ou qualquer outro tipo de material  orgânico que podem prejudicar a qualidade final do solo-cimento. Solos com muito material orgânicos devem ser descartados para a produção de solo-cimento, pois a sua limpeza é muito difícil.
É fácil identificar a areia e o solo com impurezas, mas nem sempre é fácil diferenciar um solo arenoso de um solo argiloso. Por isso, deve ser feito sempre o teste da caixa, para saber se um solo é adequado para a produção de solo-cimento. O teste da caixa é muito simples:
- Retire uma amostra de aproximadamente 4kg do solo que vai ser avaliado, mas tome o cuidado de eliminar a camada superficial, que contém matéria orgâmica;
- Passe a amostra do solo por uma peneira de malha (abertura) de 4mm a 6mm;
- Misture a água aos poucos, até que o solo fique com a aparência de uma argamassa de assentamento de tijolos, ou seja, até que o solo, ao ser pressionado com uma colher de pedreiro, comece a grudar em sua lâmina;
- Coloque o solo umidecido em uma caixa de madeira com as dimensões internas indicadas na figura. A parte interna da caixa deve ser previamente untada com óleo;
	
- Encha a caixa até a borda, pressionando e alizando a superfície com a colher de pedreiro. Tome cuidado para que não fique nenhum espaço vazio no se interior;
- Deixe a caixa guardada em ambiente fechado, protegida do sol e da chuva durante 7 dias. Após esse período, faça a leitura da retação (encolhimento) do solo,, no sentido do comprimento da caixa, e some as medidas feitas nos dois lados da caixa. Se a soma não ultrapassar 2cm e se não aparecerem trincas na amostra, o solo é adequado e pode ser usado na produção de solo-cimento.
	
O uso do solo do local da obra é sempre a solução mais econômica. Entretanto, se ele não servir, é preciso procurar um solo mais adequado em outro local, denominado jazida. Por questões econômicas, a jazida deve ficar o mais próximo possível da obra.   
 
	PREPARO DO SOLO-CIMENTO
 
	Dosagem do solo-cimento
Nas obras de pequeno porte é usado um traço padrão, de 1 para 12 ( uma parte de cimento para 12 partes de solo adequado , que é um solo arenoso aprovado no teste da caixa).
Esse traço padrão para pequenas obras será sempre o mesmo, qualquer que seja o modo de utilização. Em obras de grande porte, o solo-cimento chega a ser produzido em usinas ou centris de mistura. Em obras de pequeno porte, a mistura é manual. Betoneiras não servem para preparar o solo cimento.
 
	Mistura manual do solo-cimento
a) Passe o solo por uma peneira de malha (abertura) de 4cm a 6cm;
b) Esparrame o solo sobre uma superfície lisa e impermeável, formando uma camada de 20cm a 30cm. Espalhe o cimento sobre o solo peneirado e revolva bem, até que a mistura fique com uma coloração uniforme, sem manchas de solo ou de cimento;
c) Espalhe a mistura numa camada de 20cm a 30cm de espessura, adicione água, aos poucos ( de preferência usando um regador com "chuveiro" ou crivo), sobre a superfície e misture tudo novamente.
Os componentes do solo-cimento podem ser misturados até que o material pareça uma
"farofa" úmida, de coloração uniforme, próxima da cor do solo utilizado, embora levemente escurecida, devido à presença da água.
É muito importante que a quantidade de água da mistura esteja correta. O solo-cimento compactado com muita água perde resistência e pode até trincar. Se a mistura tiver pouca água,  a compactação fica difícil e tambem haverá perda de resistência.
Existem testes práticos para verificar se a quantidade da mistura está correta:
- Encha bem a mão com a mistura e aperte com muita força. Logo em seguida, abra a mão. O bolo formado deve apresentar a marca dos seus dedos com nitidez. Se não apresentar essas marcas, há falta de água na mistura. Nesse caso, ponha aos poucos mais água na mistura, e repita o teste até aparecer a marca dos dedos;
- A seguir, deixe o bolo cair no chão, de uma altura de cerca de 1m. No impacto, o bolo deve se desmanchar. Se isso não ocorrer, há excesso de agua na mistura. Nesse caso, esparrame e resolva a mistura, para que o excesso de água evapore. Repita o teste, deixando o bolo cair de novo, para verificar se a quantidade de água chegou ao ponto correto.
A mistura do solo-cimento começa a endurecer rapidamente. Por isso, ela deve ser usada, no máximo, duas horas após o preparo. Portanto, evite preparar mais solo-cimento que possa utilizar nesse intervalo de tempo.
As ferramenta necessarias para o preparo do solo-cimento são: colher de pedreiro, peneira de malha 4mm a 6mm, lata de 18 litros, regador co "chuveiro", pá, enxada.
   
	LANÇAMENTO, COMPACTAÇÃO E CURA DO SOLO-CIMENTO
 
	Tijolos ou blocos de solo-cimento
Para a produção de pequenos volumes, é usada a prensa manual, de baixo custo e com produção de ordem de 1500 tijolos maciços por dia. Essas prensas são pequenas e pesam menos de 150kg.
a) Abra a tampa da fôrma da  prensa e coloque a mistura de solo-cimento;
b) Feche a tampa da fôrma da prensa, nivelando a mistura e retirando o excesso.
c) Movimente a lavanca no sentido de compactação da mistura, até o fim do seu curso.
d) Logo após a prensagem, retorne a alavanca à posição inicial. A seguir, abra a tampa da fôrma e acione novamente a alavanca, no sentido de compactação. Isso empurrará os tijolos para fora da fôrma (desforma);
e) Após a desforma, os tijolos podem ser imediatamente retirados da prensa, mas com cuidado. Eles devem ser empilhados em local protegido do sol e do vento. As pilhas não devem ter mais que 1,5m de altura. Nesse local, eles devem ser molhados, pelo menos 3 vezes ao dia, durante os 7 primeiros dias. Após essa fase, chamada de cura, os tijolos estarão prontos para o uso.
As prensas manuais não produzem blocos de solo-cimento. No entanto, existem no mercado as prensas hidráulicas, que podem fabricar tanto os tijolos quanto os blocos de solo-cimento. Elas têm grande volume de produção, mas o volume inicial é elevado e só se justifica em obras de grande porte. A ABCP  pode fornecer aos interessados a relação dos fabricantes de prensas manuais e hidráulicas.
 
	Paredes maciças de solo-cimento
Antes da execução de paredes maciças de solo-cimento, é preciso preparar as fôrmas, as guias dessas fôrmas e os soquetes para a compactação. São necessários dois conjuntos de fôrmas. Cada um deles se compõe de duas chaps de madeira compensada resinada, de 110cm X 220cm, com 18mm de expessura, estruturadas com sarrafos de madeira serrada de 2,5cm X 7,5cm.
São necessários também 12 parafusos trespassantes, para fixar as fôrmas no local de compactação e 12 tubinhos de PVC, de comprimento igual à expessura da parede, usados para evitar que as fôrmas se desformem quando os parafusos são apertados. 
As paredes maciças de solo-cimento devem ter uma junta vertical a cada 210cm, para evitar trincas. Por isso, as guias de apoio das fôrmas e aprumo da parede são colocados a essa distância, uma da outra.
Essas guias têm a altura da parede mais a parte que fica enterrada (50cm);
Elas podem ser de madeira ou de concreto armado pré-moldado.
As guias de madeira são retiradas após a compactação e reaproveitadas.
Elas são feitas com madeira serrada de 7,5cm X 12cm. A medida de 12cm corresponde à expessura da parede. Nas extremidades dos painéis deve ser feito um rebaixo em forma de V, de cima para baixo,   com 12,5cm de profundidade, que funciona como junta e proporciona uma boa amarração com o painél vizinho.
Esse rebaixo deve ser feito logo após a desforma e retirada das guias, antes que o solo-cimento endureça. Apóie uma régua de madeira na extremidade do painél e, com a colher de pedreiro, raspe o solo-cimento. até obter o rebaixo necessário.
	
As guias de concreto armado são  fixas. Elas ficam incorporadas ao solo-cimento, o que aumenta muito a rigidez das paredes. As guias de concreto armado são parecidas com mourões de cerca. São quadradas e têm a mesma expessura da parede. Elas podem ser produzidas no próprio local de uso e já devem ser moldadas com o rebaixo. As fôrmas para a concretagem dessas guias são feitas  com chapas de madeira serrada, nas quais são pregados tubos de PVC cortados ao meio no sentido do comprimento. Com um conjunto de fôrmas podem ser concretadas vàrias guias ao mesmo tempo.
A armadura das guias é composta de 4 ferros de 6,3mm de bitola, amarrados por estribos de 5mm de bitola, a cada 30cm.
     
	
  
Para compactar o solo-cimento, podem ser utilizados dois tipos de soquetes de madeira:
- Soquetes para fundações;
- Soquetes para paredes maciças.
A execução das paredes maciças de solo-cimento começa pelo preparo das fundações (baldrame), que também podem ser feitas com o solo-cimento. Nesse caso, as dimenções da fundação serão iguais às projetadas à outros materiais (blocos, tijolos, concreto, etc.). A mistura do solo-cimento é lançada e compactada nas próprias cavas, em camadas sucessivas de 20cm, no máximo, sem necessidade de uso de fôrmas. A mistura estará bem compactada quando o soquete não deixar mais marcas ao bater na superfície da camada.
As guias são colocadas em furos feitos nas fundações. Se estas forem de solo-cimento, os furos devem ser abertos, no máximo, 12 horas após o término da compactação. Se forem de outro material, os espaços dos furos devem ser deixados nas fundações quando elas estiverem sendo executadas. As dimensões dos furos devem ser 6cm maiores que as guias (3 cm para cada lado) Uma vez colocadas nos furos, as guias são aprumadas e escoradas. Esse escoramento é feito com um caibro preso a uma estaca cravada na terra e deve ser mantido durante a execução dos painéis, para evitar que as guias saiam do prumo durante a compactação. A fixação das guias nos furos é feita do seguinte modo:
- Se as guias forem de madeira, elas devem ser travadas com cunhas ou terra socad, o que permite a sua retirada após a compactação do painél;
- Se as guias forem de concreto (fixas), em vez de cunhas ou terra socada, é usada uma argamassa com traço de uma parte de cimento para 6 partes de areia, ou o próprio solo-cimento compactado em camadas.
As fôrmas são fixadas dos seguinte modo:
- Quando são usadas guias de madeira ( a serem retiradas), as extremidades das fôrmas "abraçam" duas guias ou as extremidades de dois painéis prontos.
- Quando são usadas guias de concreto (fixas), as extremidades das fôrmas sempre "abraçam" duas guias.
O que garante o "abraço" das fôrmas nas guias ou nos painéis prontos são parafusos que atravessam as fôrmas e pressionam de m lado contra o outro, de modo a fixar cada conjunto no local  de compactação do solo-cimento. Para evitar que os parafusos sejam pouco apertados ou apertados demais, são colocados tubinhos de PVC com o comprimento exato da expessura da parede, no local onde os parafusos atravessam a fôrma.
No sentido vertical, as fôrmas se apóiam do seguinte modo:
- No primeiro lance, sempre sobre as fundações, niveladas com uma argamassa de regularização;
- daí para cima, sempre no conjunto de fôrmas inferior.
Assim que o primeiro conjunto de fôrmas estiver na posição, a mistura de solo-cimento é lançada no seu
interior, em camadas sucessivas de não mais de 20cm, que devem ser imediatamente compactadas. Esse procedimento é repetido até o preenchimento completo da fôrma. Cada camada estará bem compactada quando o soquete não deixar mais marcas ao bater na superfície.
Em seguida, é colocado o segundo conjunto de fôrmas. Completado o preenchimento total da segunda fôrma,  a primeira é retirada e colocada sobre a outra. E assim sucessivamente, até se atingir a altura desejada da parede.
	
Os conjuntos de fôrmas devem ser retirados imediatamente após o témino do painel inteiriço. Os tubinhos de PVC usados dentro das fôrmas para suportar o aperto dos parafusos podem ser reaproveitados nos painéis seguintes. Para isso, eles devem ser empurrados para fora, logo após a desforma. Os furos deixados pelos tubinhos de PVC devem ser preenchidos com o próprio solo-cimento, a partir do dia seguinte à execução da parede.
Quando são usadas guias de madeira, deve ser feio um friso, com uma colher de pedreiro na junta vertical, entre os painéis.
Na execução das paredes de moradias e galpões, as esquadrias (portas e janela) devem ser assentadas simeltaneamente à execução dos painéis. Mas é preciso reforçar os caixões das esquadrias, para evitar que elas deformem durante a compactação.
Nas instalações hidráulicas, sanitárias e elétricas das edificações com paredes maciças de solo-cimento são executadas do mesmo modo que nas construções convencionais. Quando as instalações forem embutidas, os rasgos nas paredes devem ser feitos, no máximo 48 horas após a compactação da mistura de solo-cimento.
A cura das paredes maciças é igual à dos tijolos de solo-cimento. As paredes devem ser molhadas pelo menos 3 vezes ao dia, durante uma semana.
Não há necessidade de revestir  as paredes maciças de solo-cimento, mas convém fazer uma pintura de impermeabilização (à base de latex, aguada de cimento, etc.).
As ferramentas necessárias à execução de paredes maciças de solo-cimento são: colher de pedreiro, enxada, pá, carrinho de mão, serra de arco, soquetes, réguas de madeira, martelo, mangueira de 'nivel, lata de 18 litros.
  
	Pavimento de solo-cimento
O pavimento de solo-cimento pode ser usado como piso e contrapiso na construção de passeiosou calçadas, e de pátios ou terreiros. Para executar ruas ou estradas, é preciso consultar um profissional especializado, por serem obras mais complexas.
Antes de iniciar a execução de pisos e contrapisos de solo-cimento, é preciso definir a sua expessura, que depende da finalidade de uso, conforme a tabela abaixo:
	PISOS E CONTRAPISOS DE SOLO-CIMENTO
	Finalidade de uso                                                                                Expessura
	
Áreas internas de edificações, passeios ou calçadas e áreas                                  8 cm
onde não passem animais, máquinas ou cargas pesadas.
	
Pátios, terreiros, áreas onde passem animais e                                                        15 cm 
estacionamento de pequenas máquinas e implementos
 
O passo seguinte, é a demarcação da área a ser pavimentada, co a cravação de piquetes de madeira, nos quais são esticados fios   ou cordéis para definir os limites da obra. Esses piquetes devem ser fixaodos pelo menos 40 cm para fora do contorno onde será feito o contrapiso.
A segui, é feita a limpeza do terreno, retirando a camada superficial de solo que contenha vegetação ou material orgânico. Depois, a área deve ser regularizada (execução dos cortes e/ou aterros necessários) e compactada.
Para saber a quantidade de solo a ser usada, deve ser considerada uma perda do seu volume por compactação. Por exemplo, 6 metros cúbicos de solo vão resultar em 4 metros cúbicos de solo-cimento, com a perda de 2 metros cúbicos por compactação.
Portanto, para fazer um pavimento de 2,5m de comprimento por 2 de largura, e 8 cm de espessura (4 metros cúbicos de volume final de solo-cimento, compactado) será necessária uma quantidade de solo 50% superior, 4 metros cúbicos mais 2 metros cúbicos (50% de 4 metros cúbicos), dando um total de 6 metros cúbicos. Em resumo, aregra é usar uma quantidade de solo 50% superior ao volume final do solo-cimento compactado. Esse solo destinado '` produção de solo-cimento deve ser protegido da chuva para não encharcar.
Nessa etapa é preciso definir outro detalhe: se o pavimento vai ser compactado sobre o terreno (sobreposto) ou vai ser encaixado nele.
Na execução de pavimentos de solo-cimento é usada uma fôrma de altura igual à expessura do pavimento e um complemento, também chamado de guia, com a metade da altura do pavimento.
A guia é fixada sobre a fôrma definindo a altura que a mistura de solo-cimento deve atingir antes de ser compactada. Na verdade, a altura da guia corresponde  exatamente ao volume da mistura que será perdido na compactação.
O comprimento e a largura da fôrma e da guia dependem das dimensões da área a ser pavimentada. Se ela tiver, por exemplo, 9m por 30m, o serviço deve ser executado em faixas de 3m de largura, e cada faixa em duas etapas de 15m. Nesse caso, a fôrma terá um contorno de 3m de largua por 15m de comprimento.
Terminada a execução desta etapa, a fôrma será reaproveiada nos restantes 15m da faixa. Depois de pronta uma faixa, é executada a faixa seguinte.
É recomendável alternar a execução das faixas no sentido da largura, de modo que as faixas pares dispensem o uso de uma parte da fôrma. Em resumo, o pavimento desse exemplo será executado em 6 etapas.
	
  
As fôrmas são dispensáveis em duas situações :
- Quando já houver uma faixa de solo-cimento compactado;
- Quando a borda da cava do pavimento encaixado puder ser usada como fôrma.
A guia é sempre necessária.
Além da fôrma e da guia, é preciso ter um soquete liso (igual ao usado para compactar as fundações de solo-cimento) e um soquete de pontas.
A mistura de solo-cimento é lançada na forma ou na cava, formando uma camada de altura um pouco superior à do topo das guias. O nivelamento da mistura é feito com uma régua de madeira apoida nas guias.
A compactação inicial é feita com o soquete de pontas, até que restem apenas sulcos de, no máximo, 4cm de profundidade. A compactação é completada com o soquete liso.
Em seguida, as guias são retiradas para compactar as bordas da  faixa em execução , com um pedaço de caibro de madeira e uma marreta. Após a compactação de cada etapa, inclusive das bordas, o nivelamento da sua superfície é verificado com uma régua de madeira apoida sobre as fôrmas. As partes que ficarem mais altas (acima do nível da fôrma) devem  ser raspadas com a própria régua. ó então as fôrmas podem ser removidas, para reaproveitamento na etapa seguinte conforme a seqüência de execução já explicada.
As faixas já concluídas precisam ser curadas, ou seja, mantidas úmidas por, no mínimo durante 7 dias. Isso pode ser feito cobrindo a superfície das faixas com   sacos de aniagem, areia ou outro material, que devem ser mantidos sempre úmidos. Durante esse período deverá ser evitado qualquer tipo de tráfego sobre o pavimento de solo-cimento.
As ferramentas necessárias para a execução de pavimentos de solo-cimento são: colher de pedreiro, carrinho de mão, enxada, pás,soquetes,  réguas, nível, mangueiras de nível, mangueira, caibro, lata de 18 litros.
  
	Solo-cimento ensacado
O solo-cimento ensacado é feito com a mesma mistura usada nos modos de utilização  desse material. Só que as fôrmas são sacos de ráfia, polipropileno ou aniagem, do tipo usado par embalar grãos (feijão, milho, café,etc.). Os sacos não precisam ser novos: podem ser ser aproveitados sacos usados, desde  que não estejam rasgados, furados ou apodrecidos. Mas todos devem ser do mesmo tamanho. Sacos de papel ou de plático não servem. Em caso de necessidade, é fácil localizar fornecedores de sacos novos nas páginas amarelas das listas telefônicas.
Para  fechar os sacos,é usada uma grande agulha curva (de 15cm aproximadamente) e barbante fino, mas reistentes, próprios para costurar sacarias,
como a usada para fechar sacos de café, por exemplo.
É necessário dispor ainda de um soquete igual ao que se usa na compactação das fundações de solo-cimento e de um soquete frontal, para compactar os lados dos sacos.
A construção de muros de arrimo e o revestimento de taludes ou encostas de até 2m de altura começam pela execução das fundações. Pode ser usada uma base de concreto simples ou mesmo de solo-cimento (baldrame), 1cm mais larga que  a base do muro ( 50cm a mais de cada lado) e com  30cm de  altura. Essa base deve ser executada sobre terreno firme, nivelado e compactado.
Em seguida, os sacos são preenchidos com a mistura de solo-cimento até 80% da sua capacidade e costurados.
Os sacos são colocados na posição de uso, no sentido horizontal, e alinhados um a um. Eles devem ser compactados logo após o posicionamento. Por isso, é recomendável não colocar mais de 5 sacos antes de começar a compactação. A primeira fiada é apoiada nas fundações. A segunda é colocada sobre a primeira, em sistema de amarração (matajunta ou junta desencontrada). E assim sucessivamente.
	
A compactação deve ser feita  no meio do saco para as bordas, até que o soquete, ao bater, não deixe mais marcas na superfície do saco.  Finalmente, devem ser compactados os lados dos sacos  que vão ficar expostos, formando a superfície aparente do muro. Essa compactação pode ser feita de 5 em 5 sacos, com o   soquete frontal.
Não se devem passar mais de 2 horas entre a preparação da mistura e a compactação dos sacos, já colocados em sua posição definitiva (incluindo o enchimento, a costura, o transporte e a colocação dos sacos na posição de uso).
Os drenos  (barbacãs) para escoamento da água que se infiltra atrás do muro são feitos de tubos de PVC, colocados antes da compactação, durante o posicionamento dos sacos. Os drenos dvem ter uma espécie de filtro na boca, do lado do muro que será aterrado. Isso pode ser feito com pedra 1, embrulhada em sacos porosos ( do mesmo material indicado para ensacar o solo-cimento), amarrados na boca dos tubos de PVC. O reaterro só deve ser feito depois que os drenos estiverem prontos.
É recomendável cobrir a última fiada de sacos com uma camada de concreto magro.
O solo-cimento ensacado tem uma outra aplicação, muito útil no meio rural: a construção de diques para controle de voçorocas. Levantados em determinados intervalos, esses diques permitem diminuir a velocidade das águas, contendo o processo de erosão. Esse tipo de obra também favorece a recomposição do terreno, retendo o solo que antes era carregado pelas águas.
A execução dos diques assemelha-se à construção dos muros de arrimo de solo-cimento ensacado. Não há necessidade  de fundações, mas é preciso nivelar e compactar a base de apoio dos sacos e escavar um poucos as encostas, para encaixar as extremidades das camadas sucessivas de sacos. Esses diques só podem ser construídos em épocas de estiagem. 
A cura do solo-cimento ensacado é mais simples, porque os sacos retém boa parte da umidade da mistura: basta regar as pastes expostas uma vez ao dia, durante 7 dias.
Terminada a obra. não há necessidade de retirar os sacos. Com o tempo eles apodrecem e desaparecem. As superfícies podem então ser revestidas,com uma camada de chapisco, caso haja necessidade de impermeabilização.
As obras de solo-cimento ensacado de maior porte exigem projeto e orientação de um profissional habilitado, pois envolvem muita responsabilidade. É o caso, por exemplo, de muros de arrimo, revestimentos de taludes ou encostas de mais de 2m de altura, diques de barragens e muros de cabeceiras de pontes, pontilhões e bocas de galerias.
As ferramentas necessárias para a execuçao de solo-cimento ensacado são: enxada. pá, carrinho de mão, agulha, curvas, soquetes, colher de pedreiro, mangueira de nível, lata de 18 litro.
	FERROCIMENTO
	DEFINIÇÃO
O ferrocimento é um material constituído de uma argamassa de cimento e de areia envolvendo um aramado de vergalhões finos e telas.
Na prática, as características do ferrocimento são parecidas com as do concreto armado. A argamassa, assim como o concreto, é mole nas primeiras horas e depois endurece. Portanto, também é moldável. E o aramado do ferrocimento faz as vezes da armadura do concreto armado. A grande diferença é que as peças do ferrocimento são bem mais finas (1,5cm a 3,5cm) que as de concreto armado. Mas exigem formatos arredondados para ficar resistentes. Além diss, as construções de ferrocimento uma vez que a argamassa pode ser aplicada diretamente sobre o aramado, como ocorre no caso da taipa e do estuque
Essas são as grandes vantagens desse material, que serve para fazer caixas d'água, pequenos silos e reservatórios, biodigestores, calhas, telhas e um grande número de peças de pequeno porte e menor responsabilidade estrutural, a um custo bem reduzido.
  
	COMPONENTES DO FERROCIMENTO
 
	Argamassa
As argamassas são uma mistura de cimento, areia, água e, em alguns casos, de um outro material ( cal, saibro, barro, caulim, etc.). As argamassas, assim como o concreto, também são moles nas primeiras horas, e endurecem com o tempo, ganhando elevada resistência e durabilidade.
As argamassas têm várias utilidades:
- assentar tijolos e blocos, azulejos, ladrilhos, cerâmicas e tacos;
- impermeabilizar superfícies;
- regularizar, (tapar buracos, eliminar ondulações, nivelar e aprumar) paredes, pisos e tetos;
- dar acabamento às superfícies (liso, áspero, rugoso, etc.). argamassa é composta de areia
  
	Aramado
O aramado do ferrocimento é composto por vergalhões finos, de bitola 3,4mm ou 4,2mm, amarrados com arame recozido nº 18, e duas malhas de telas hexagonal, sobrepostas de forma desencontrada, deixando abertura de 6mm, no máximo. Na maioria dos casos,, usa-se tela de pinteiro, feita com fio de aço nº22 e malhas com abertura de 12,5mm (meia polegada).
 
	PREPARO E EXECUÇÃO DO FERROCIMENTO
 
	Montagem do aramado
O aramado do ferrocimento é composto por uma malha de sustentação formada pelos vergalhões finos, dispostos nos dois sentidos (horizontal e vertical) e firmemente amarrados uns aos outros com arame recozido, formando o esqueleto da peça. O espaçamento entre os vergalhões pode variar entre 5cm a 15cm, dependendo da sua disposição e do tipo  da construção. O importante é que essa malha de sustentação já tenha a forma da peça desejada. Sobre a malha de sustentação são colocadas as duas telas desencontradas, em geral do lado de fora.
Nas peças de pequeno porte e menor responsabilidade podem ser usados vergalhões de bitola 3,4mm ou 4,2mm, dependendo da disponibilidade.
O nó de amarração dos vergalhões deve ser feito de acordo com o desenho abaixo, para garaantir o espaçamento entre eles e evitar que a malha de sustentação se desforme durante a aplicação da argamassa.
	
A duas telas de pinteiro devem ser bem esticadas e amarradas na malha de sustentação. A amarração pode ser feita com o próprio fio da tela e com arame recozido, quando necessário.
	
 
Os vergalhões verticais ( que correm no sentido da altura das peças de ferrocimento) devem ser mais compridos e virados para dentro.. Isso permite sua amarração com o fundo dessas peças que pode ser de concreto ou também de ferrocimento. Se esse fundo for de ferrocimento, é necessário preparar também uma malha de fundo. Esta nada mais é que uma malha de sustentação, composta pelo prolongamento dos vergalhões verticais das paredes da peça. Eles ficam dispostos em forma de raios e cruzam com uma armação de anéis, espaçados de 15cm. Para evitar o acúmulo exagerado de pontas de vergalhões no centro do fundo, algumas pontas podem ser cortados na altura do anél menor.
 
	Dosagem da argamassa
A dosagem ou traço da argamassa de cimento e areia para o ferrocimento é a seguinte:
 
	TRAÇO DO FERROCIMENTO
	Traço para peças de pequeno porte 
	Rendimento por saco de cimento
	1 saco de cimento                    
4 latas de areia média              
1 lata de água
4 metros  quadrados de paredes      com 2 cm de espessura média 
 
Atenção: 
1) A lata de medida deve ser de 18 litros;
2) No preparo de quantidades menores de argamassa, use a metade das medidas indicadas  ( meio saco de cimento,  2 latas de areia média e meia lata de água);
Para verificar se a argamassa está com  a quantidade correta de água, pegue um punhado de argamassa recém misturada e aperte na mão:
- Se não escorre água, verifique se o bolo formado na mão ficou com a marca dos seus dedos. Depois segure o bolo pelas pontas e tente fazer com que ele se parta. Se o bolo ficar dividido em duas parte, a quantidade de água está correta. Se a argamassa se esfarelar quando o bolo for partido, ela está muito seca. Nesse caso, coloque mais água, aos poucos, na mistura, e repita o teste, até que a quantidade de água esteja correta.
- Se escorrer água entre os seus dedos, quando o bolo for apertado, a argamassa contém água demais. Nesse caso, adicione pequenas quantidades de cimento   e de areia, na proporção de 1 parte de cimento para duas de areia, e repita o teste, até que a argamassa fique com a quantidade correta de água.
   
	 Aplicação da argamassa
Em geral, a argamassa é aplicada diretamente sobre as telas, sem o uso de fôrmas. Nesse caso, é preciso utilizar um anteparo, que pode ser um pedaço de papelão ou um saco de cimento vazio dobrado ao meio. Tanto um como o outro deve ser envolvidos por um plático. A argamassa deve ser comprimida e vibrada com fôrça, com a colher de pedreiro, contra esse anteparo, para que fique bem compactada e sem vazios no seu interior.
As telas devem ser recobertoas com pelo menos 0,5 cm de argamassa, mas não mais de 1,5cm para que o peso do excesso não faça a argamassa solta.
O ideal é que duas pessoas façam o serviço: uma segura o amparo e outra aplica a argamassa, sempre de baixo para cima, em faixas horizontaisde, no máximo, 30cm. Tanto faz começar a aplicação da argamassa de dentro para fora como de fora para dentro. Terminada a primeira argamassagem, é preciso esperar pelo menos 12 horas para aplicar uma segunda mão. Essa aplicação complementa a  primeira e é necessária para tapar buracos e corrigir eventuais irregularidades.  Ela também deve ser feita de baixo para cima, em faixas, de 30cm, nos dois lados.
	
O acabamento da peça é feito com o auxílio de uma esponja ligeiramente umidecida. Ela deve ser passada levemente por toda a superfície argamassada que precise de um bom aspecto visual.
  
	Cura
A cura do ferrocimento é muito importante para evitar o aparecimento de trincas ou fissuras. A peça recém-moldada deve ser mantida úmida durante uma semana. Para tanto, ela deve ser molhada de 2 a 3 vezes por dia usando um regador com "chuveiro" ou  uma mangueira. Além disso, as superfícies expostas ao tempo devem ser cobertas com sacos vazios de aniagem ou de cimento, ou com uma lona plástica, durante os 7 dias.
  
	Consertos e reparos
Eventuais trincas, fissuras e quebras de bordas causadas a peças já prontas, por acidente ou impácto, podem ser facilmente reparadas. Basta retirar a argamassa, arrumar o aramado novamente, esticar a tela e desentortar os vergalhões, se for o caso. Em seguida, a área a ser consertada deve ser limpa, para garantir a aderência da argamassa nova ao aramado e à argamassa original. A argamassa usada no conserto deve ter traço de 1 litro de cimento, 1 litro de areia fina e meio litro de água. A aplicação e a cura dessa nova argamassa devem seguir os mesmos procedimentos adotados em relação à argamassa original.
  
	EXEMPLOS DE APLICAÇÃO
 
	Silos e reservatórios
Os silos, resrvatórios e outras construções do gênero feitas com ferrocimento podem ser ser elevados ou enterrados.
Para a execução de silos e reservatórios elevados de ferrocimento, a forma cilíndrica é a mais simples.
O volume ou a capacidade de armazenagem é que determina as dimensões dessas peças. A tabela seguinte oferece opções para peças de pequeno porte e menor responsabilidade. Peças de maior parte exigem consulta a um profissional habilitado.
	CAPACIDADE DOS RESERVATÓRIOS CILÍNDRICOS
	Altura das peças ->           
	0,5m
	1,0m
	1,5m
	2,1m
	Diâmetro da base (abaixo)
	
	
	
	
	1,0 m
	400 litros
	800 litros
	1.200 litros
	1.600 litros
	1,5m
	900 litros
	1.800 litros
	2.600 litros
	5.700 litros
	2,0m
	1.600 litros
	3.100 litros
	4.700 litros
	6.600 litros
	2,5m
	2.500 litros
	4.900 litros
	7.400 litros
	10.300 litros
	3,0m
	3.500 litros
	7.000 litros
	10.600 litros
	14.800 litros 
	3,5m
	4.800 litros
	9.600 litros
	14.400 litros
	20.200 litros
	4,0m
	6.300 litros
	12.600 litros
	18.800 litros
	26.400 litros
	4,5m
	8.000 litros
	15.900 litros
	23.800 litros
	33.400 litros
      
Nesse tipo de peça, o espalhamento entre vergalhões verticais deve ser de 15cm, medidos na base da construção.
Já o espaçamento entre os vergalhões horizontais, depende do diâmetro da base da peça e da sua altura. Uma vez escolhidas essas dimensões, veja no quadro abaixo o espaçamento  a ser adotado:
	ESPAÇAMENTO ENTRE OS VERGALHÕES VERTICAIS
	Diâmetro da base da peça
	Altura da peça
	
	0,5m
	1,0m
	1,5m
	2,1m
	1,0m
	
	
	
	
	1,5m
	
	
	
	
	2,0m
	
	
	
	
	2,5m
	
	
	
	
	3,0m
	
	
	
	
	3,5m
	
	
	
	
	4,0m
	
	
	
	
	4,5m
	
	
	
	
Legenda:
Atenção: se a tabela indicar que o espaçamento horizontal da malha de sustentação deve ser de 15cm, use esse espaçamento em toda a altura da peça. Mas, se a tabela indicar 10cm ou 5cm, não há necessidade de usar esse espaçamento em toda a altura da peça.  
- Se o espaçamento indicado for de 10cm, use esse espaçamento apenas na metade de baixo da peça. Na metade de cima use 15cm;
- Se o espaçamento indicado for de 5cm, use esse espaçamento somente no terço de baixo da peça. No terço do meio utilize 10cm. E, no terço de cima, adote um espaçamento de 15cm.
Nos silos e reservatórios enterrados feitos de ferrocimento, as paredes devem ser inclinadas e apoiadas sobre o próprio terreno, para diminuir a pressão sobre elas. Nesse caso, tantos os vergalhões verticais quanto os horizontais da malha de sustentação podem ter espaçamento de 15cm.
Nas construções enterradas de ferrocimento, o próprio terreno pode servir como fôrma. Nessa situação, a argamassa é aplicada apenas pelo lado de dentro.
Os silos e reservatórios de ferrocimento, elevados ou enterrados, podem ser feitos em qualquer local, desde que apoidos sobre terreno firme, nivelado e bem compactado. Nesse caso não há necessidade de fundações. Basta fazer uma camada de concreto magro, de 5cm de altura, antes da colocação do aramado. Primeiro, a argamassa é aplicada nesse fundo, mas só pelo lado de cima. Depois, a argamassa é aplicada nas paredes.
 
	Telhas e calhas
Telhas, calhas e outras peças pequenas semelhantes também podem ser feitas com ferrocimento.
A produção dessas peças é parecida com a fabricação de pré-moldados de concreto. A fôrma é muito simples, constituindo basicamente de um pedaço de lona plástica pregada em duas travessas de madeira.
Além dessa fôrma, é necessária uma moldura de madeira, com as dimensões (comprimento, largura e espessura) da peça a ser feita com ferrocimento. O aramado desse tipo de peça também é mias simples, pois se usa apenas uma tela.
Para fazer a peça, a fôrma é apoida sobre uma superfície plana (uma bancada, um piso cimentado, etc.). Em seguida, uma camada de argamassa é aplicada dentro da moldura, até a metade da sua espessura. O aramado é colocado sobre essa camada de argamassa.
    
                  
	
	
	
                                                                                      
O próximo passo é aplicar a argamassa sobre o aramado. E, depois desempenar a superfície com uma régua apoida nas bordas da moldura. A seguir, a moldura é retirada.
	
	
	
Na seqüência, a fôrma é erguida por duas pessoas. Cada uma segura de um
lado, pelas travessas de madeira, mantendo a fôrma na posição horizontal. Finalmente, as duas travessas são aproximadas uma da outra, para que a fôrma fique dura. Quanto maior a aproximação, maior a curvatura.
	
Quando se chega à curvatura desejada, as travessas podem ser apoiadas sobre os suportes, de modo a manter essa curvatura. Para a produção de grande quantidade de peças, vale a pena fazer um gabarito de apoio.
	Travessas apoiadas no gabarito
	Gabarito apoiado numa bancada
	Peça pronta
	
	
	
Esse processo também permite a produção de peças mistas, com uma parte plana e outra curva, a exemplo da bancada com cuba do desenho abaixo.
	
	
	
                                                                                                                     
No dia seguinte, as peças já podem ser retiradas das fôrmas e submetidas à cura.
  
	Peças planas
O ferrocimento também serve para fabricar pequenas placas, lajotas, prateleiras, etc.  O processo  de execução é igual ao das peças curvas (calhas e telhas). A diferença é que as fôrmas são mantidas sobre as superfícies planas onde foram feitas, até a retirada das peças das fôrmas. Aliás, nesse caso, o uso das fôrmas de lona plástica pode até ser dispensado, pois as peças podem ser executadas diretamente sobre um pedaço de chapa de madeira compensada.
   
As ferramenta necessárias à produção de peças de ferrocimento são: torquês, lata de 18 litros, colher de pedreiro, pá, enxada.
	ARGAMASSA
As argamassas são uma mistura de cimento, areia, água e, em alguns casos, de um outro material ( cal, saibro, barro, caulim, etc.). As argamassas, assim como o concreto, também são moles nas primeiras horas, e endurecem com o tempo, ganhando elevada resistência e durabilidade.
As argamassas têm várias utilidades:
- assentar tijolos e blocos, azulejos, ladrilhos, cerâmicas e tacos;
- impermeabilizar superfícies;
- regularizar, (tapar buracos, eliminar ondulações, nivelar e aprumar) paredes, pisos e tetos;
- dar acabamento às superfícies (liso, áspero, rugoso, etc.).
  
	COMPONENTES DA ARGAMASSA
Os componentes da argamassa são: cimento, água, areia e outros materiais.
	  Cimento, areia e água
Cimento é um pó fino que, em contato com a água, tem a propriedade de unir firmemente, como uma cola diversos tipos de materiais de contrução. No mercado existem muitos tipos de cimento. A diferença entre eles está na composição, mas todos atendem às exigências das Normas Técnicas Brasileiras.
A areia deve ter grãos duros e precisa estar limpa, livre de torrões de barro, galhos, folhas e raízas antes de ser usada.
A água a ser utilizada deve, também, ser limpa - sem barro, óleo, galhos, folhas e raízes.
	 Outros materiais
Quanto maior a plasticidade das argamassas na hora do uso, maior será a sua aderência, o que é uma grande vantagem em certas aplicações. Para aumentar a plasticidade é adicionado um quarto componente à mistura. Pode ser cal, saibro, barro, caulim ou outros, dependendo da região.
De todos esses materiais, chamados de plastificantes, o mais recomendado é o cal, também conhecida como cal hidratada, por 3 motivos:
- a sua obtenção e o seu uso são regidos pelas Normas Técnicas Brasileiras;
- o o seu desempenho está comprovado por institutos de pesquisa oficiais;
- a existência, no mercado, de marcas com selo de qualidade da ABPC - Associação Brasileira dos Produtores de    Cal.    
O saibro, o barro, o caulim  e outros materiais locais podem ser usados de acordos com os procedimentos consagrados na região.
	 TIPOS DE ARGAMASSAS
As argamassa são classificadas, segundo a sua finalidade, em: argamassas para assentamento e argamassas para revestimento.
   
	 Argamassas para assentamento
As argamassas para assentamento são usadas para unir blocos ou tijolos das alvenarias. Servem também para a colocação de azulejos, tacos, ladrilhos e cerâmica.
	  Argamassas para revestimento
As três primeiras fiadas de uma parede de blocos ou tijolos devem ser revestidas inicialmente com uma camada de argamassa de impermeabilização, que protege a parede contra a penetração da umidade.
Todas as paredes e tetos devem receber uma camada de chapisco, qualquer que seja o acabamento. Sem o chapisco, que é a base do revestimento, as outras camadas podem descolar e até cair. Em alguns casos, como em muros, esse pode ser o único revestimento.                
	
Sobre o chapisco é aplicada uma camada de massa grossa ou emboço, para regularizar a superfície. Por último, vai a massa, fina ou o reboco, que dá o acabamento final. Em alguns casos não é usado o reboco, por motivo de economia.
Azulejos,ladrilhos e cerâmicas são aplicados sobre o emboço. O acabamento de de paredes mais econômico é o cimentado liso, aplicado diretamente sobre o chapisco.
O chapisco, o reboco e o emboço não são usados em pisos. O cimentado é o piso de argamassa mais econômico. Se a superfície for muito irregular, convém aplicar inicialmente uma argamassa de regularização ou nivelamento.
 
	DOSAGEM DAS ARGAMASSAS
A dosagem da quantidade de cada componente das argamassas também é chamada de traço. O traço das argamassas varia bastante, de acordo com a finalidade de aplicação.
As tabelas seguintes apresentam os traços mais usuais para o preparo de argamassas no local da obra.
	TRAÇOS DAS ARGAMASSAS PARA ASSENTAMENTO
	Aplicação                   Traço                  Rendimento/lata de cimento             Instruções de uso
	
Regularização             1 lata de cimento                     variável                                 Essa argamassa não deve 
ou nivelamento            3 latas de areia                                                                   ser muito mole 
	
Fundação de                1 lata de cimento          30 metros quadrados                       O bloco-canaleta é o mais 
blocos de concreto      meia lata de cal                                                                   indicado para esse tipo de
                                        seis latas de areia                                                         fundação
	
Paredes de tijolos         1 lata de cimento         10 metros quadrados                       Os blocos devem estar secos
maciços de barro          duas latas de cal                                                               quando forem  assentados.                                         8 latas de areia                                                                            Assente as 3 primeiras fiadas
                                                                                                                          com a argamassa de             
                                                                                                                          impermeabilização na tabela
                                                                                                                          de argamassa de revestimento                                                                                                                                                               
	
Paredes de tijolos          1 lata de cimento        16 metros quadrados                       Os blocos devem estar secos
cerâmicos de 6 ou         2 latas de cal                                                                   quando forem  assentados.  
8 furos                             8 latas de areia                                                              Assente as 3 primeiras fiadas
                                                                                                                          com a argamassa de             
                                                                                                                           impermeabilização na tabela
de argamassa de revestimento
	
Azulejos                          1 lata de cimento          7 metros quadrados                    Os azulejos devem pousar na água
                                        1 lata e meia de cal                                                      de um dia para o outro, no mínimo,
                                        4 latas de areia                                                            antes de ser assentados. Para o                                                                                                                            rejuntamento dos azulejos, utilize 
                                                                                                                          uma pasta de cimento branco com
                                                                                                                           alvaiade, mas aguarde 3 dias para
                                                                                                                           a argamassa de assentamento secar
	
Tacos                              1 lata de cimento             4 metros quadrados                 Lave a supefície sobre a qual vão                           3 latas de areia                                                                          ser assentados os tacos, ladrilhos ou                                                                                                                            cerâmica, para aumentar a aderência.
                                                                                                                           Ladrilhos e cerâmicas devem pousar                                                                                                                            na água de um dia para o outro, no
                                                                                                                          mínimo, antes de se assentados. Para
                                                                                                                          rejuntar ladrilhos e cerâmicas, utilize                                                                                                                           uma pasta de cimento, mas aguarde 1
                                                                                                                          a argamassa de assentamento secar.
	
Ladrilhos e                       1 lata de cimento             7 metros quadrados                 Lave a supefície sobre a qual vão  cerâmicas                        1 lata e meia de cal                                                                       ser assentados os tacos, ladrilhos ou                                         4 latas de areia                                                            cerâmica, para aumentar a aderência.
                                                                                                                          Ladrilhos e cerâmicas devem pousar                                                                                                                            na água de um dia para o outro, no
                                                                                                                          mínimo, antes de se assentados. Para
                                                                                                                          rejuntar ladrilhos e cerâmicas, utilize                                                                                                                           uma pasta de cimento, mas aguarde 1
                                                                                                                          a argamassa de assentamento secar.
                    
ATENÇÃO: 1) A lata de medida deve ser de 18 litros
                      2) A areia utilizada deve ser a média.
	TRAÇOS DAS ARGAMASSAS PARA REVESTIMENTO
	Aplicação                       Traço                                 Rendimento por lata de cimento                      Instruções de uso
	
Impermebealização        1 lata de cimento                     10 metros lineares de fundação                    Siga as recomendações dos
                                     3 latas de areia fina                                                                                   fabricantes indicadas na 
                                     1   kg de impermeabilizante                                                                       embalagem do                                                                                                                                                     impermeabilizante
	
Chapisco                        1 lata de cimento                      30 metros quadrados                                 A camada  de chapisco deve
                                      3 latas de areia fina                                                                                  ser o mais fina possível
          
	
Emboço                          1 lata de cimento                      17 metros quadrados                               A espessura deve ser de 1cm
(massa grossa)                2 latas de cal                                                                                         a 2,5 cm
                                      8 latas de areia média     
	
Reboco                           1 lata de cimento                       35 metros quadrados                             Esta camada deve ser o mais
(massa fina)                      2 latas de cal                                                                                       fina possível
                                      9 latas de areia fina peneirada
	
Regularização ou           1 lata de cimento                          variável                                                Essa argamassa não deve
nivelamento                     3 latas de areia média                                                                           ser muito mole    
	
Cimentado                       1 lata de cimento                         4 metros quadrados                              O cimentado pode ser                                       3 latas de areia média                  com uma espessura                             queimado com pó de cimento
                                                                                         de 2,5 cm                                           para ter acabamento liso 
                                                                                                                                                  ( cimentado liso ). Analise a 
                                                                                                                                                  superfície com uma                                                                                                                                                   desempenadeira metálica
ATENÇÃO:  a lata de medida deve ser de 18 litros
A quantidade de água de todos esses traços depende de vários fatores: a finalidade, a qualidade dos componentes, a habilidade dos pedreiros,etc. Em caso de dúvida, consulte um profissional habilitado.
Existem também argamassa prontas, para assentamento e revestimento (inclusive para rejuntamento), à venda nas lojas de material de construção,. Essas argamassas que vêm embaladas em sacos, devem ser misturadas com água, na quantidade recomendada pelo fabricante, em geral impressa na embalagem.   Se nenhuma argamassa pronta ou indicada nas tabelas  servir para o seu caso particular, procure um profissional especializado.
	 MISTURA DAS ARGAMASSAS
A qualidade das argamassas depende tanto das características dos componentes, como do preparo

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