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Direito Constitucional II aula 1

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Direito Constitucional: organização estatal
FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU
Sobre Mateus Abreu
Titulação
Graduação em Direito
Especialização em Direito do Estado 
Mestrado em Direito Público
Doutorando em Direito Público
Contato:
E-mail: mateusabreu@uol.com.br
Sobre Mateus Abreu
Redes sociais
Facebook
Facebook Prof: www.facebook.com/professormateusabreu
Facebook pessoal: https://www.facebook.com/contatomateusabreu
Instagram
- @professormateusabreu
Sobre Mateus Abreu
Site
www.mateusabreu.com.br
-> Material das Aulas
-> Dicas 
-> Vídeos
-> Indicações de filmes, livros e séries.
Sobre a disciplina - EMENTA
1.- Formas de Estado: A Federação.
1.1. - Histórico e Origens da Federação Brasileira.
1.2. - Organização Político Administrativa do Brasil.
1.3. - Principais Caracteres da Federação.
1.4. - Vedações aos Entes Federativos.
1.5. - Sistemas de Repartição de Competência.
1.6. - Intervenção Federal.
2. - Poder Legislativo.
2.1. - Funções.
2.2. - Estrutura.
2.3. - Legislatura.
2.4. - Atribuições.
2.5. - Comissões.
3. - Mandato Parlamentar
3.1. - Prerrogativas. Inviolabilidade e imunidade.
3.2. - Impedimento e perda.
3.3. - Investidura. Licenças.
3.4. - Afastamento e vaga.
Sobre a disciplina - EMENTA
4. - Processo Legislativo.
4.1. - Espécies Normativas.
4.2. - Técnicas de Elaboração.
5. - Noções de Fiscalização Financeira e Orçamentária
5.1. - Conceito e Espécies de Orçamento.
5.2. - Lei de Diretrizes Orçamentárias. Elaboração. Vedações e Limites. Disponibilidade de recursos
5.3. - Fiscalização Financeira e Orçamentária. Natureza, Tipos e Órgãos de Controle
5.4. - Comissão Mista Orçamentária.
5.5. - Tribunais de Contas.
5.6. - Normas de Aplicação Obrigatória.
6. - Poder Executivo.
6.1. - Presidente e Vice-Presidente da República.
6.2. - Ministros de Estado
Sobre a disciplina: EMENTA
7. - Poder Judiciário
7.1. - Função.
7.2. - Órgãos.
7.3. - Garantias dos Magistrados
7.4. - Proibições
7.5. - Competência
8. - Supremo Tribunal Federal.
8.1. - Posição Institucional.
8.2. - Competências.
8.3. - Súmula Vinculante e principais caracteres.
8.4. - Conselho Nacional de Justiça.
9. - Superior Tribunal de Justiça.
9.1. - Competências.
9.2. - Conselho de Justiça Federal.
Sobre a disciplina: EMENTA
10. - Justiça Federal.
10.1. - Competência.
10.2. - Justiça do Distrito Federal e Territórios.
10.3. - Justiça do Trabalho, Eleitoral e Militar.
11. Justiça dos Estados
11.1. - Dualidade da Justiça e Unidade do Processo.
11.2. - Autonomia.
11.3. - Juízes e Tribunais estaduais.
11.4. - Justiça Militar estadual
Sobre a disciplina: EMENTA
12. - Funções Essenciais à Justiça
12.1. - Ministério Público
12.2. - Procurador Geral da República. Procurador Geral de Justiça
12.3. - Advocacia Geral da União. Procuradores dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
12.4. - Advocacia. A Ordem dos Advogados do Brasil
12.5. - Defensoria Pública.
12.6. - Conselho Nacional do Ministério Público.
13. - Defesa do Estado
13.1. - Estado de Defesa.
13.2. - Estado de Sítio.
13.3. - Direito de Resistência.
Bibliografia: Ementa
Bibliografia básica
MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. São Paulo: Atlas, 2014.
SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. São Paulo: Malheiros, 2013.
FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Curso de direito constitucional. São Paulo: Saraiva, 2013.
Bibliografia complementar
CUNHA JÚNIOR, Dirley da. Curso de direito constitucional. Salvador: Jus Podivm, 2014.
MENDES, Gilmar Ferreira. Curso de direito constitucional. São Paulo: Saraiva, 2014.
SILVA NETO, Manoel Jorge e. Curso de direito constitucional. São Paulo: Saraiva, 2013.
ARAÚJO, Luiz Alberto David; NUNES JUNIOR, Vidal Serrano. Curso de direito constitucional. São Paulo: Verbatim, 2013.
TAVARES, André Ramos. Curso de direito constitucional. São Paulo: Saraiva, 2014.
Bibliografia: indicações do Professor
SILVA NETO, Manoel Jorge e. Curso de direito constitucional. São Paulo: Saraiva.
 CUNHA JÚNIOR, Dirley da. Curso de direito constitucional. Salvador: Jus Podivm.
MORAES, Alexandre de. Direito constitucional.
SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. São Paulo: Malheiros.
ASSUNTO 1: AS FORMAS DE ESTADO
AS FORMAS DE ESTADO
Estado Unitário
Exemplo: França e Japão.
Estado Regional
Exemplo: Portugal e Espanha.
Estado Federado
Exemplo: Brasil e Estados Unidos.
1.1. Estado Unitário
1.1.1. Origem histórica
Historicamente, decorre do absolutismo da realeza.
Luis XIV (França): “O Estado sou eu”.
1.1.2. Estado Unitário Centralizado
a) Centralização Política
A centralização política em determinado Estado se exprime pela unidade do sistema jurídico, comportando o país um só direito e uma só lei. 
Em se tratando de Estado unitário, essa centralização se faz rigorosa, sem coexistência de ordenamentos jurisferantes menores.
b) Centralização administrativa
Unidade quanto à execução das leis e quanto à gestão dos serviços.
1.1.2.1. Principais vantagens e desvantagens da centralização
VANTAGENS
DESVANTAGENS
Umasó ordem jurídica, política e administrativa em todo o país
Sufocamento davontade das mais diversas coletividades dentro de um país
Fortalecimento da autoridade
A excessiva centralização sobrecarrega o poder central de responsabilidades administrativas locais
Fortalecimento da unidade nacional
Promoveao plano da legislação nacional assuntos de interesse meramente local e retarda a decisão de assuntos administrativos
Facilidade na organização do corpo burocrático
1.1.3. Estado unitário descentralizado: é possível?
Sim! 
Contudo somente no que tange à descentralização administrativa.
A descentralização política já se desloca conceitualmente para a esfera do Estado federal.
Descentralização administrativa:
A descentralização administrativa é delegada pelo Poder Central.
O Poder Central decide até quando é conveniente manter a delegação de parcela do poder, não removendo os laços de dependência (diferente da Federação).
Órgãos locais de decisão sujeitos a autoridade que a própria comuna, departamento, circunscrição ou província (ou outra nomenclatura de divisão territorial do Estado unitário) venha a instituir, para resolver questões de interesse local.
1.2. ESTADO REGIONAL
“É aquele que conta com regiões politicamente autônomas sem, contudo, previsão constitucional rigorosa de sua manutenção”.
Portugal:
Região Autônoma de Açores;
Região Autônoma de Madeira.
Espanha:
Região do “País Basco”.
Catalunha.
Ilhas Canárias.
Curiosidade: “País Basco”
Curiosidade: “País Basco”
BANDEIRA
Idioma: 5 dialetos
Dialeto ocidental (verde)
Dialeto central (vermelho)
Dialeto navarro (azul)
Dialeto navarro-labortano (laranja)
Dialeto sul *amarelo)
Curiosidade: “País Basco”
País Basco proclama direito à autodeterminação na Espanha
“Parlamentares do País Basco, na Espanha, adotaram nesta quinta-feira (29) uma declaração de autodeterminação, intensificando assim seus esforços para obter mais poderes e criando potencialmente um novo problema político para o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy.” (...)
“O Tribunal Constitucional da Espanha disse em março que a declaração catalã era "nula e inconstitucional", mas o governo catalão afirma continuar comprometido a realizar um referendo sobre a secessão da Espanha, em 9 de novembro.”
Fonte (2014): http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/05/pais-basco-proclama-direito-a-autodeterminacao-na-espanha.html
1.2. ESTADO FEDERAL
1.2.1. Conceito
“Estado soberano, formado por uma pluralidade de Estados, no qual o poder do Estado emana dos Estados-membros, ligados numa unidade estatal”.
1.2.1.1. Soberania x Autonomia
União/Estados/Municípios e DF: PJ de Direito Público INTERNO
RFB: PJ de Direito Público EXTERNO (Brasil nas suas relações internacionais)
 
1.2.2. Etimologia da “Federação”
Decorrente do latim foedus
União,pacto, aliança.
1.2.3. Origem da Federação
Estados Unidos (Século XVIII)
The Federalist Papers (Alexander Hamilton, John Jay e James Madison): coletânea de artigos para difusão da necessidade de aproximação das ex-colônias inglesas na América.
1º momento: federalismo dualista 
maior separação órgão central e unidades estaduais.
Fase embrionária, após a independência dos EUA.
2º momento (atual): federalismo cooperativo 
maior interação entre a unidade central e unidades estaduais. 
Teve início com New Deal de Roosefeld (crise de 1929) e a intervenção do Estado na economia, limitando fortemente a autonomia das unidades estatais.
1.2.4. Requisitos da Federação
-> Autonomia administrativa *
-> Autonomia política *
Fixadas pela CF como cláusulas pétreas, para que não sejam retiradas ao arbítrio do Poder Central (Manoel Jorge e Silva Neto).
No Brasil:
Art. 60, §4º, I: “Não será objeto de deliberação proposta de emenda tendente a abolir: I – a forma federativa de Estado; (...)”.
1.2.5. Natureza Jurídica do Estado Federal
1.2.5.1. Teoria da Divisão da Soberania ou da Dupla Soberania
The Federalist Papers
Em certos momentos, Estados-Membros abririam mão da “Soberania” em prol da União.
Crítica: não se abre mão de soberania e soberania é referente ao Direito Internacional e não direito interno (constitucional)
1.2.5.2. Teoria do Direito dos Estados-Membros
Se assenta na ideia de que “os Estados-Membros, ao integrarem a Federação, continuam livres para dela se afastarem”.
Fundamento nos Estados Sulistas no território dos EUA para separação (Guerra de Secessão)
Para eles, no Estado Federal, as leis do governo central só valem se ratificadas pelos Estados-Membros.
Crítica: incompatibilidade com a própria ideia de Federação a possibilidade de Estados-Membros saírem e cumprirem leis centrais se quiserem.
1.2.5.3. Teoria da Participação dos Estados-Membros na formação da vontade do Estado Federal ou Teoria do Estado Unitário Qualificado
Entendimento oposto ao da Teoria dos Estados-Membros
Não localizam "Soberania" nas unidades parciais, por entenderem que tal característica é do Estado.
Unidades parciais teriam "autonomia".
Nota: é a que atualmente é mais bem aceita na doutrina.
2. A FEDERAÇÃO NO BRASIL
2.1. Origem da Federação no Brasil
Constituição de 1891 (2ª Carta Política)
Art 1º - A Nação brasileira adota como forma de Governo, sob o regime representativo, a República Federativa, proclamada a 15 de novembro de 1889, e constitui-se, por união perpétua e indissolúvel das suas antigas Províncias, em Estados Unidos do Brasil.
Art 2º - Cada uma das antigas Províncias formará um Estado e o antigo Município Neutro constituirá o Distrito Federal, continuando a ser a Capital da União, enquanto não se der execução ao disposto no artigo seguinte.
Constituição de 1937
Art 3º - O Brasil é um Estado federal, constituído pela união indissolúvel dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. É mantida a sua atual divisão política e territorial.
Art 4º - O território federal compreende os territórios dos Estados e os diretamente administrados pela União, podendo acrescer com novos territórios que a ele venham a incorporar-se por aquisição, conforme as regras do direito internacional.
Constituição de 1946
Art 1º - Os Estados Unidos do Brasil mantêm, sob o regime representativo, a Federação e a República.
        Todo poder emana do povo e em seu nome será exercido.
        § 1º - A União compreende, além dos Estados, o Distrito Federal e os Territórios.
        § 2º - O Distrito Federal é a Capital da União.
Constituição de 1967
    Art 1º - O Brasil é uma República Federativa, constituída sob o regime representativo, pela união indissolúvel dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.
        § 1º - Todo poder emana do povo e em seu nome é exercido.
        § 2º - São símbolos nacionais a bandeira e o hino vigorantes na data da promulgação desta Constituição e outros estabelecidos em lei.
        § 3º - Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios.
Constituição de 1988
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
2.2. Modelo de Federação brasileira: dualista ou cooperativo?
Cooperativo (CF 1988)
Art. 3º, III, CF.
Art. 43, CF.
Art. 151, I, CF.
Art. 23, parágrafo único, CF.
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
(...) III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
Art. 43. Para efeitos administrativos, a União poderá articular sua ação em um mesmo complexo geoeconômico e social, visando a seu desenvolvimento e à redução das desigualdades regionais.
Art. 151. É vedado à União:
I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País;
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
(...)
Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
2.3. PRINCÍPIO DA INDISSOLUBILIDADE DO VINCULO FEDERATIVO
2.3.1. Finalidades: 
unidade nacional e descentralização
2.3.2. Direito de Secessão (art., 34, I, CF) 
absolutamente vedado. Caso ocorra, é caso de intervenção federal.
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
I - manter a integridade nacional;
3. ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA BRASILEIRA
3.1. Entes federativos na CF/88 (art. 18, CF 88)
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
3.2. Entes federativos: autonomia ou soberania?
3.3. União x República Federativa do Brasil
3.4. A União
3.4.1. Características elementares
a) Autonomia
Capacidade de auto-organização
Capacidade de auto-legislação
Autogoverno
Autoadministração
b) Personalidade Jurídica
A União é PJ de Direito Público INTERNO.
3.4.2. BENS DA UNIÃO (art. 20, CF)
Art. 20. São bens da União:
I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos;
II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei;
III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais;
IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 46, de 2005)
V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva;
VI - o mar territorial;
VII - os terrenosde marinha e seus acrescidos;
VIII - os potenciais de energia hidráulica;
IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos;
XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.
§ 1º - É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como a órgãos da administração direta da União, participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração.
§ 2º - A faixa de até cento e cinqüenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei.
3.4.3. Competência material da União (administrativa)
3.4.3.1. Subclassificação: Exclusiva e Comum
a) Exclusiva (art. 21, CF)
-> São competências apenas da União para realizar determinada atividade material.
Art. 21. Compete à União:
I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais;
II - declarar a guerra e celebrar a paz;
III - assegurar a defesa nacional;
IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente;
V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal;
VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico; (CONTINUA...)
VII - emitir moeda;
VIII - administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza financeira, especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de previdência privada;
IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social;
X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;
XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 8, de 15/08/95:)
XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:
a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 8, de 15/08/95:)
b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos;
c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária;
d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território;
e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros;
f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;
(CONTINUA...)
XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 69, de 2012)  (Produção de efeito)
XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e cartografia de âmbito nacional;
XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de rádio e televisão;
XVII - conceder anistia;
XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas e as inundações;
XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso; (Regulamento)
XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos;
XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação;
XXII - executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
(CONTINUA...)
XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições:
a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional;
b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 49, de 2006)
c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização e utilização de radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 49, de 2006)
d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 49, de 2006)
XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho;
XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem, em forma associativa.
b) Comum (art. 23, CF)
A competência comum representa a responsabilidade solidária dos Entes Federativos.
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público;
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência;
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural;
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;
VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;
IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico;
X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos setores desfavorecidos;
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios;
XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.
Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
45
3.4.4. Competência legislativa
3.4.4.1. Subclassificação: Privativa e Concorrente
a) Privativa (art. 22, CF)
A Competência Privativa abre espaço para delegação de competência legislativa para os Estados – NÃO MUNICÍPIOS.
"Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo."
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;
II - desapropriação;
III - requisiçõescivis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra;
IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão;
V - serviço postal;
VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais;
VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores;
VIII - comércio exterior e interestadual;
IX - diretrizes da política nacional de transportes;
X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial;
XI - trânsito e transporte;
XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia;
XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização;
XIV - populações indígenas;
XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros;
XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões;
XVII - organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e da Defensoria Pública dos Territórios, bem como organização administrativa destes; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 69, de 2012)  (Produção de efeito)
XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais;
XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular;
XX - sistemas de consórcios e sorteios;
XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização das polícias militares e corpos de bombeiros militares;
XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferroviária federais;
XXIII - seguridade social;
XXIV - diretrizes e bases da educação nacional;
XXV - registros públicos;
XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza;
XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização nacional;
XXIX - propaganda comercial.
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.
b) Concorrente (art. 24, CF)
A competência concorrente abre espaço para atuação legislativa conjunta, em diferentes esferas.
Regra:
União: normas gerais
Estados: normas suplementares.
Se não existirem normas gerais:
Estados exercerão competência legislativa plena
E se sobrevier lei federal sobre normas gerais? Não revoga a estadual, mas suspende a eficácia do que for incompatível com ela.
b) Concorrente (art. 24, CF)
“Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre (...)” – NÃO MUNICÍPIOS
 I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II - orçamento;
III - juntas comerciais;
IV - custas dos serviços forenses;
V - produção e consumo;
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição;
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;
IX - educação, cultura, ensino e desporto;
IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação;   (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)
X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas;
XI - procedimentos em matéria processual;
XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;
XIII - assistência jurídica e Defensoria pública;
XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência;
XV - proteção à infância e à juventude;
XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis.
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.
b) Concorrente (art. 24, CF)
“Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre (...)” – NÃO MUNICÍPIOS
 I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II - orçamento;
III - juntas comerciais;
IV - custas dos serviços forenses;
V - produção e consumo;
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição;
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;
IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação;   (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)
b) Concorrente (art. 24, CF)
X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas;
XI - procedimentos em matéria processual;
XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;
XIII - assistência jurídica e Defensoria pública;
XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência;
XV - proteção à infância e à juventude;
XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis.
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.
MACETES
Como acertar na hora da prova?
"É exclusivo da união para atuar"
"É privativo da união para legislar"
Então se a questão já coloca "é privativa da união a competência para atuar" - FALSO
"é exclusiva da união a competência para legislar" - FALSO
MACETES
Nota: no caso da competência privativa para legislar, só delega mediante LEI COMPLEMENTAR e só para os Estados, não envolve Municípios.
-> O Examinador vai confundir com lei ordinária ou lei delegada (assunto futuro nosso).
MACETE: vogal e consoante
Exemplo: Competência exclusiva da União para atuar ("E" de exclusivo" e "A" de atuar - vogais - é "I" de indelegável")
Exemplo: É privativo da união para legislar ("P" de Privativo e "L" de legislar - consoantes - "D" de delegável)
Nota: E quanto delega através de competência privativa, é por lei ordinária ou lei complementar? "P" de privativa é consoante, "C" de complementar, também é consoante.
Art21
XX
Art22
XX
Exclusiva
E
Privativa
P
Atuar
A
Legislar
L
Indelegável
I
Delegável
D
Ação
A
Conteúdo
C
Lei Complementar
C
MACETE – EXCLUSIVA E PRIVATIVA DA UNIÃO
Ex1: Compete à União MANTER RELAÇÕES com Estados estrangeiros (...). 
-> Manter Relações é AÇÃO e não conteúdo.
Logo, temos aí uma competência exclusiva, que é material, indelegável.
Ex2: Compete à União os SERVIÇOS POSTAIS (...). 
-> serviços postais é CONTEÚDO e não ação.
Logo, temos aí uma competência privativa, que é delegável, por lei complementar.
Referências da Aula
BONAVIDES, Paulo. Ciência Política. São Paulo: Editora Malheiros. – Cap. 11 (O Estado Unitário) e Cap. 13 (O Estado Federal).
SILVA NETO, Manoel Jorgee. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Editora Saraiva.

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