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DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV
PLANO DE AULA 01 - Conceito de execução e sua distinção com o processo ou fase de conhecimento. Características da execução. Princípios. Breves considerações sobre as espécies/procedimentos de execução.
1 – Ao iniciar o cumprimento de sentença envolvendo obrigação de pagar, o credor pretende que seja penhorado um bem imóvel do devedor, avaliado em R$ 1.000.000,00 (um milhão de Reais), para pagamento de uma dívida de apenas R$ 10.000,00 (dez mil Reais). O devedor, por meio do seu patrono, peticiona ao juízo informando que possui um veículo automotor avaliado em R$ 30.000,00 (trinta mil reais), valor que é mais compatível com o do débito, requerendo a substituição do bem penhorado em atenção ao princípio do menor sacrifício ao executado. Indaga-se: deve ser deferido o pleito do executado?
Correto, deve ser deferido o pleito do executado. Na busca pela satisfação da execução, o magistrado deverá buscar em suas decisões, meios que não prejudique de forma excessiva o devedor, mas que também não deixe de satisfazer, de forma material, o direito ferido do credor.
2 – (XVI Exame de Ordem Unificado – FGV) Daniel possui uma pequena mercearia e costuma aceitar cheques de seus clientes, como forma de pagamento. Ocorre que, no último mês, três dos cheques apresentados no prazo foram devolvidos por insuficiência de fundos. Daniel não obteve êxito na cobrança amigável, não lhe restando, portanto, outra alternativa senão recorrer ao Poder Judiciário. Com base nessa situação hipotética, assinale a afirmativa correta.
a) Daniel pode cumular várias execuções, sendo o devedor, ainda que fundadas em títulos diferentes e diversa a forma do processo, desde que o juízo seja competente para todas.
b) É vedado ao juiz examinar de ofício os requisitos que autorizam a cumulação de execuções.
c) Daniel pode cumular várias execuções, fundadas em títulos diferentes, ainda que di versos os devedores, desde que para todas elas seja competente o juízo e idêntica a forma do processo.
d) Daniel pode cumular várias execuções, sendo o mesmo devedor, ainda que fundadas em títulos diversos, de que seja competente o juízo e haja identidade na forma do processo.
Art. 780. O exequente pode cumular várias execuções, ainda que fundadas em títulos diferentes, quando o executado for o mesmo e desde que para todas elas seja competente o mesmo juízo e idêntico o procedimento.
PLANO DE AULA 02 - Legitimidade ativa e passiva na execução (originária ou superveniente). Responsabilidade Patrimonial (primária e secundária). Fraude a Credores e Fraude a Execução.
1 – No curso de uma ação de indenização e antes da sentença de 1º grau, o réu vendeu seus dois únicos imóveis por R$ 100.000,00 (cem mil reais), os quais constituíam a totalidade de seu patrimônio. Julgado procedente o pedido, com sentença transitada em julgado, o autor pretende receber o valor da indenização fixado pelo Juiz, ou seja, R$ 100.000,00 (cem mil reais). Considerando o enunciado acima, distinga os institutos da fraude à execução e da fraude contra credores, e, num segundo momento, indique os caminhos processuais adequados para que o exequente, na prática, possa receber seu crédito.
Fraude à execução é instituto de direito processual, só ocorre quando há uma execução. Entretanto, Fraude contra credores trata-se de direito material. Consta de atos praticados pelo devedor, proprietário de bens ou direitos, a título gratuito ou oneroso, visando a prejudicar o credor em tempo futuro. 
No caso, ocorreu a fraude contra credores conforme o art. 790, VI do CPC. O reconhecimento da fraude contra credores, com a consequente anulação da alienação ou gravação do bem, demanda ação própria, de ampla dilação probatória insuscetível, portanto, de ser alegada exclusivamente no processo de execução ou na fase do cumprimento da sentença. 
O credor deve provar a intenção do devedor de prejudicar (eventum damni) e o acordo entre o devedor alienante e o adquirente (consilium fraudis). Os atos praticados em fraude contra credores são passiveis de anulação por meio de ação apropriada, denominada ação pauliana a que se refere o artigo 161 do Código Civil . Os bens somente retornam ao patrimônio do devedor (e ficarão sujeitos à penhora) depois de julgada procedente a ação pauliana.
2 – Considerando o CPC, e, principalmente, as normas que tutelam a legitimidade passiva em execução, indique a alternativa incorreta, ou seja, de quem não pode figurar como executado.
a) o devedor, reconhecido como tal no título executivo;
b) o responsável tributário, assim definido em lei;
c) o fiador do débito constante em título extrajudicial;
d) o Ministério Público, nos casos previstos em lei.
PLANO DE AULA 03 - Competência para o cumprimento de sentença ou para a execução por título extrajudicial. O rol dos títulos executivos judiciais e extrajudiciais. A liquidação de sentença.
1 – Adalberto ajuizou uma ação em face da Seguradora Porto Bello pleiteando o recebimento do seguro de vida realizado pelo seu tio Marcondes. Alega na inicial que a seguradora, de forma injustificada, se negou a pagar a indenização sob o argumento de que o segurado agiu de má-fé ao não informar que realizara uma cirurgia de coração 10 anos antes da assinatura do contrato. Após a instrução o juiz julgou procedente o pedido para condenar a Seguradora a pagar a respectiva indenização em valor a ser apurado em fase de liquidação. Diante do caso concreto indaga-se:
a) Qual é a modalidade de liquidação de sentença mais adequada ao caso concreto? É possível modificar a sentença em fase de liquidação?
A modalidade de liquidação de sentença será por arbitramento (art. 509, I do CPC). O valor a ser apurado será o valor da apólice do seguro de vida. Quanto a modificação da sentença em fase de liquidação não será possível, conforme o aduz o Art. 509 § 4º do CPC, na liquidação é vedado discutir de novo a lide ou modificar a sentença que a julgou. 
b) Como deverão proceder as partes caso discordem do valor apurado na liquidação?
A liquidação de sentença é um incidente processual e diante dela cabe a impugnação de recursos, neste o recurso cabível da decisão interlocutória será o AGRAVO DE INSTRUMENTO conforme parágrafo único do art. 1015 do CPC.
2 – Considerando o CPC, indique a alternativa que não contempla título executivo extrajudicial:
a) o crédito de auxiliar de justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial;
b) a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor;
c) a nota promissória;
d) o crédito decorrente de foro ou laudêmio.
PLANO DE AULA 04 - Cumprimento de sentença por quantia certa contra devedor solvente fundada em título judicial. Impugnação.
1 – Juca Cipó ingressa em juízo com ação de cobrança em desfavor de Sinhozinho Malta, que, citado pelo correio, quedou-se inerte, vindo, em consequência, o pedido autoral a ser julgado procedente, com a condenação do réu ao pagamento de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais). Iniciado por Juca Cipó o cumprimento de sentença, após a segurança do juízo, Sinhozinho Malta oferece impugnação, na qual alega a nulidade de sua citação na fase cognitiva. O juiz, então, acata a impugnação de Sinhozinho Malta. Qual seria o recurso cabível contra esta decisão judicial?
Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário.
2 – Considerando o CPC , indique a alternativa que não contempla matéria passível de ser alegada em sede de impugnação ao cumprimento de sentença:
a) incompetência relativa;
b) impossibilidade jurídica do pedido;
c) ilegitimidade da parte;
d) excesso de execução ou cumulação indevida de execuções.
PLANO DE AULA 05 - Execução por quantia certa contra devedor solvente fundada em títuloextrajudicial. Embargos. Objeção de não executividade.
1 – Repelidos Embargos de Devedor com fundamento em sua intempestividade, apresenta o Executado petição avulsa, intitulando-a como Objeção de Não Executividade (também conhecida como Exceção de Pré-Executividade), denunciando a nulidade do título. Deve tal pleito, inobstante a rejeição dos Embargos, ser admitido ao exame do órgão judicial? Se admissível a referida peça, teria a
apresentação da mesma efeito suspensivo?
Sim, deve ser admitido ao exame do órgão judicial. A exceção de pré-executividade é de matéria de ordem pública, não está sujeita a prazos, formas e nem preparo. Pode exercer, a qualquer tempo sendo esta reconhecida será finda a execução. A apresentação da peça não possui natureza de efeito suspensivo, face à ausência de previsão legal.
2 – Os embargos do devedor serão oferecidos no prazo:
a) de 10 dias, contados da juntada aos autos do mandado de citação;
b) de 10 dias, contados da efetivação da penhora, depósito ou caução;
c) de 15 dias, contados da efetivação da penhora, depósito ou caução;
d) de 15 dias, contados da juntada aos autos do mandado de citação; (art. 525)
e) em dobro do previsto em lei, quando forem vários os executados e tiverem procuradores diferentes nos autos.
PLANO DE AULA 06 - Penhora. Expropriação dos bens.
1 – Determinado credor instaurou processo de execução, lastreado em título executivo extrajudicial, em face de um incapaz, que se encontra regularmente representado nos autos. A penhora recaiu sobre um determinado bem e não foram oferecidos embargos à execução. Como o exequente não manifestou interesse na adjudicação, o magistrado determinou a expropriação por alienação em leilão judicial. No segundo leilão, o bem constrito recebeu um lance equivalente a 75% do valor da avaliação, o que gerou a assinatura no auto de arrematação. Imediatamente, o executado peticionou ao juízo, postulando o reconhecimento da ineficácia da arrematação, uma vez que o bem foi expropriado por preço vil. Já o credor, por sua vez, ponderou que, de acordo com o art. 891, parágrafo único, do CPC, a arrematação teria sido perfeitamente válida. Indaga-se: como deve decidir o magistrado?
O magistrado deve decidir conforme o art. 896 do CPC, que dispõe sobre imóvel de incapaz que não alcança pelo menos 80% (oitenta por cento) da avaliação, onde o juiz confiará o bem à guarda e administração de depositário idôneo, adiando a alienação por prazo não superior a 1 ano. Portanto, a arrematação não foi válida.
2 – A respeito dos bens impenhoráveis, marque a alternativa incorreta:
a) o seguro de vida;	
b) os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas;
c) os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência do executado, inclusive os de elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida; (art. 833, II CPC)
d) os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado valor.

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