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Profº. Leonardo Bisso ESTÁCIO RECIFE 2017.1 Joelho do atleta CONSIDERAÇÕES INICIAIS CONSIDERAÇÕES INICIAIS Lesões ligamentares mais frequentes em atletas: Lesão do ligamento colateral medial Lesão do ligamento colateral lateral Lesão do ligamento cruzado anterior Lesão do ligamento cruzado posterior Ligamento Cruzado anterior • No esporte as lesões do LCA ocorrem com maior frequência na população ativa → atleta jovem • Maior incidência no sexo feminino • Isso se deve a diferenças no condicionamento físico, na força muscular e no controle neuromuscular • Estudos sugerem diferenças no alinhamento da pelve com o membro inferior, maior frouxidão dos ligamentos e efeitos do estrógeno nas propriedades dos ligamentos • A intervenção cirúrgica é determinada pelo nível da lesão Gravidade das lesões • Grau 1: o ligamento é levemente distendido, mas ainda consegue manter a articulação do joelho estável • Grau 2: o ligamento é distendido até a ruptura parcial do ligamento • Grau 3: ruptura total do ligamento = joelho instável Lesões x esportes • A lesão do LCA é frequente em esportes: - Contato físico - Mudança brusca de direção - Desaceleração Mecanismos de lesão • Lesões associadas e lesões isoladas: • Associadas: 1 - Traumatismo em valgo + flexão e rotação externa - lesão do LCM, LCA e desinserção do menisco medial - Atletas: Esquiadores Mecanismo de lesão 2 - Deslocamento completo através de hiperextensão maior que 30° - Há ruptura primeiro do LCP e depois do LCA 3 - Força posterior direta na extremidade superior da tíbia provocando deslocamento anterior enquanto o joelho é fletido - lesão do LCA geralmente associada com uma lesão oculta do LCP e cápsula articular Mecanismo de lesão • Isoladas: 1 - Movimento forçado de flexão + varo + rotação interna - Os ligamentos cruzados enrolam-se, o compartimento lateral se abre e o côndilo interno do fêmur pressiona o LCA, lesando-o Mecanismo de lesão • 2 - Rotação interna da tíbia quando o joelho é estendido - pode produzir uma ruptura isolada do LCA, devido a tensão do ligamento neste movimento Sintomas • Dor e edema: Em até 24 horas • Instabilidade articular • Amplitude de movimento reduzida • Sensibilidade ao longo da linha da articulação • Desconforto ao caminhar Diagnóstico • Exames de imagem: principalmente a RNM • Exame clínico: - História da lesão - Testes específicos: gaveta anterior e Lachman Diagnóstico Tratamento cirúrgico • Indicado nas seguintes situações: - Atletas: - Pessoas ativas sintomáticas: - Outras lesões associadas: ex: menisco medial Técnica cirúrgica • Tendões: - Semitendinoso - Patelar com fragmento ósseo - Sintético Técnica cirúrgica Técnica cirúrgica Reabilitação fisioterápica • 1ª SEMANA: Controle do edema e dor. ADM = 90°; • 1º MÊS: ADM = 0 a 120°, atividades limitadas. Prevenir derrame articular, padrão de marcha normal; • 5 A 8 SEMANAS: Mobilidade = Membro oposto, Controle de derrame articular, recuperação da força muscular; Reabilitação fisioterápica • 2 MESES: Déficit de pico de torque = 35% • 3 MESES: Recuperar força muscular ,Melhorar a propriocepção • 4 a 6 MESES: Avaliação isocinética com déficit de força muscular máx. de 25 a 35% Joelho do atleta • LESÃO MENISCAL Lesão meniscal Mecanismo de lesão • Rotação do fêmur sobre a tíbia, com o pé apoiado no solo. • Rotação do corpo sobre o pé com o joelho em hiperflexão. Sintomas • Bloqueio do joelho durante os movimentos de flexo/extensão. • Dor na interlinha articular correspondente ao menisco lesado. • Edema Diagnóstico • Exame de imagem: RNM • Exame clínico: - História - Testes especiais: Apley de compressão McMurray Lesão meniscal Tratamento • Quando o tratamento conservador não resolve o paciente deverá ser submetido à cirurgia. meniscectomia parcial via artroscopia Reabilitação • Pós meniscectomia artroscópica: - A carga poderá ser total e imediata e devemos evoluir mediante à sintomatologia dos pacientes. - O que limitará os exercícios e o retorno às atividades esportivas será o grau de atrofia ou limitação articular. Reabilitação • Em caso de sutura meniscal os cuidados serão maiores - carga parcial só será permitida após a 4ª semana; - carga total será liberada por volta da 6ª semana Joelho do atleta • Síndrome femoropatelar - Dor na região anterior do joelho que piorar após a realização de atividades funcionais (corridas/caminhas, subir/descer escadas, agachar, etc). - Maior incidência em mulheres. - Ocorre por desgaste, impacto ou sobrecarga nas estruturas do joelho, provocando desequilíbrio da patela Causas Relacionada a alterações funcionais e/ou estruturais dos: o Calcâneos; o Articulação Tíbiotalar; o Articulação Fíbulotibial; o Mobilidade acessória femorotibial; o Quadril Pesquisas também relacionam como causa a fraqueza do complexo póstero lateral do joelho. Tratamento • Direcionado para os fatores de risco e causais da lesão. Equilíbrio Joelho do atleta • síndrome do trato iliotibial: Joelho do corredor Joelho do atleta • síndrome do trato iliotibial: Joelho do corredor • Origem: osso ilíaco do quadril • Inserção: tubérculo de Gerdy na tíbia (face lateral do joelho). • Caracteriza-se pela inflamação do tendão, devido ao constante atrito sobre o côndilo femral Causas • Movimentos repetitivos de flexão e extensão do joelho • Acomete principalmente atletas com fraqueza e desequilíbrio dos músculos flexores e extensores • Sobrecarga do iliotibial, que passa a exercer o papel de flexor e extensor do joelho e não mais o papel de auxiliar do movimento. Sintomas • Hipersensibilidade, dor e queimação na face lateral do joelho. • Dores comuns logo no início da atividade física, aumentando conforme o ritmo e intensidade. • As dores desaparecem com o repouso, mas retornam quando a atividade física é reiniciada. Tratamento • Exclusivamente conservador com repouso, anti- inflamatórios e fisioterapia. • Fisioterapia: - Diminuir a inflamação - Diminuir a dor - Ganhar flexibilidade - Ganhar força muscular - Restabelecer a propriocepção
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