Buscar

Contrarrazões de Recurso Inominado

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMA SENHORA DOUTORA JUÍZA DE DIREITO DA VARA DO SISTEMA DOS JUIZADOS ESPECIAIS DE VALENÇA – ESTADO DA BAHIA
Processo nº 0000962-78.2017.8.05.0271
COOPERATIVA DE CREDITO RURAL NORTE DO ITAPICURU, já devidamente qualificada nos autos do processo em epigrafe, vem, perante Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado abaixo assinado, apresentar suas CONTRARRAZÕES ao Recurso Inominado interposto por HELIO BARBOSA DE OLIVEIRA, requerendo que as mesmas sejam processadas e remetidas a Turma Recursal, após cumprimento das formalidades legais.
NESTES TERMOS
PEDE DEFERIMENTO
VALENÇA-BA 23 DE OUTUBRO DE 2017.
HENRE EVANGELISTA HERMELINO
OAB/BA 34.508
EGRÉGIA TURMA RECURSAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO BA
CONTRARRAZÕES DE RECURSO INOMINADO
Recorrente: COOPERATIVA DE CREDITO RURAL NORTE DO ITAPICURU
Recorrido: IZILDA DE SANTANA SANTOS
Origem: Juizado Especial Cível de Euclides da Cunha-BA
Processo nº 0001057-42.2016.8.05.0078
Colenda turma,
Ínclitos Julgadores,
A douta sentença prolatada pelo juízo a quo deve ser mantida, pois a matéria foi examinada em sintonia com as provas constantes dos autos e fundamentada consoante as normas legais aplicáveis.
DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
Ab initio, requer, sejam concedidos os benefícios da justiça gratuita, amparo no artigo no artigo 5º, inciso LXXIV da CF/88 c/c o artigo 4º da lei 1.060/50 pelo fato da parte autora instituição financeira não bancária e sem fins lucrativos, pois, em que pese a parte autora possuir personalidade jurídica de direito privado, a sua natureza jurídica é de associação civil, repita-se, sem fins lucrativos.
BREVE SÍNTESE DA DEMANDA
As alegações feitas pelo autor, não merecem prosperar, pois o mesmo era avalista do contrato nº 400420110000523, que há época do cadastramento no banco de dados, estava em atraso de parcelas, sendo assim, o mesmo na posição de avalista é responsável pelo pagamento do débito nas mesmas condições de seu avalizado, não realizando então o pagamento, da ora dívida, a referida empresa ré tentou por diversas vezes e propostas de acordo naquela data de inclusão, sem lograr êxito, não restando outro meio, se não a inclusão no cadastro de inadimplentes, que posteriormente foi objeto de ação de cobrança sob o nº 0001463-97.2015.8.05.0078.
E, de acordo com o entendimento reiterado de casos análogos, com o intuito de trazer uniformidade às decisões, o STJ deferiu que:
STJ - Súmula nº 26 - Avalista de título de crédito vinculado a Contrato de Mútuo O avalista do titulo de credito vinculado a contrato de mútuo também responde pelas obrigações pactuadas, quando no contrato figurar como devedor solidário.
Em sentença, o decisum da magistrada de primeiro grau afastou às preliminares suscitadas pela recorrente, por entender que a parte Ré, com os documentos juntados, comprovou ter firmado contrato com a parte Autora.
Assim sendo, vê-se que os requisitos configuradores da responsabilidade civil objetiva do fornecedor não restaram configurados, não havendo que se falar em dano material, tampouco moral.
CONTRARRAZÕES PROPRIAMENTE DITAS
Inconformado com a sentença, a Recorrente interpôs Recurso Inominado em face da Recorrida, objetivando reformar o decisum do juízo a quo. Seguem as razões que justificam que esta Colenda Turma deva negar provimento ao Recurso Inominado.
DAS INFUNDADAS ALEGAÇÕES DA RECORRENTE
Em sua peça de inconformidade, alega a Recorrente que jamais realizou qualquer tipo de contrato com a recorrida e sem justa causa inseriu o nome da ora recorrente no cadastro de restrição ao crédito SPC.
Excelências! A Sentença de primeira instância deve ser mantida em sua íntegra. Ora, pois, mesmo a recorrente negando, foi verificado em sentença que a parte ré juntou documentos comprovando ter firmado contrato com a Autora.
Código de Processo Civil
Art. 373.O ônus da prova incumbe:
I- ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito;
II- ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. (Grifou-se).
§ 3º A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das partes, salvo quando:
I- recair sobre direito indisponível da parte;
II- tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito
Ora, Nobres Julgadores, está claramente demonstrado nos autos, que a Recorrente não pagou a parcela com vencimento em 21/01/2017, apenas foi adimplida em 22/02/2017, corroborado a isso o nome da parte autora apenas foi incluído nos órgão de proteção ao crédito em 14/02/2017. Assim, quando fala em dano moral está manifestamente de MÁ-FÉ!
Enquanto que o autor ora recorrido provou de forma cabal a inexistência do negócio jurídico firmado entre as partes, bem como o inadimplemento da recorrente! 
Cumpre dizer que, para justificar o valor cobrado e o inadimplemento da Recorrente o autor ora recorrido comprovou de forma incontroversa o negócio jurídico firmado entre as partes e o inadimplemento da recorrida, conforme documento de fl. 1.2 dos autos. E, assim, se desincumbiu do ônus da prova!
Todavia, a recorrida limitou-se apenas e tão somente a fazer meras alegações, sem trazer aos autos NENHUMA PROVA cabal de que de fato houve pagamento da parcela pactuada no Contrato de Empréstimo na data correta. Pois, os documentos apresentados pela recorrente não se prestam para tal finalidade, visto que os recibos de fls. 09,10, 11 não contém a assinatura do autor quanto ao recebimento de eventuais valores, sendo tais documentos produzidos de forma unilateral sem assinatura do recorrido e, assim, não podem ser considerados como provas de quitação da dívida. Ao contrário, demonstram a má-fé da recorrente em tenta induzir o Juízo em erro, ainda que de forma inexitosa.
Não fazendo, portanto, a recorrente jus a reforma do julgado e tão pouco ao dano moral e material, como bem Sentenciou a juíza aquo ao aduzir:
“(...)”
“Descortinando o mérito, entendo que a parte requerida se desincumbiu do seu ônus probatório, pois conforme documentação de evento 17.1 verifica-se que a parcela com vencimento em 21/01/2017, apenas foi adimplida em 22/02/2017, corroborado a isso o nome da parte autora apenas foi incluído nos órgão de proteção ao crédito em 14/02/2017, a certidão acostada aos autos de evento 1.12 foi emitida em 15/02/2017 quando a parcela em lide ainda não tinha sido liquidada.
Assim sendo, vê-se que os requisitos configuradores da responsabilidade civil objetiva do fornecedor não restaram configurados, não havendo que se falar em dano material, tampouco moral.”.
“(...)”
“Dessa forma, uma vez que não restou comprovado o pagamento dos valores cobrados pelo autor, não há que se falar em dano moral e material, sendo tal instituto referente a cobrança de valores inadimplidos, no qual é o caso dos autos”.
“Opino pela PROCEDÊNCIA do pedido do autor COOPERATIVA DE CREDITO RURAL NORTE DO ITAPICURU em desfavor de IZILDA DE SANTANA SANTOS para que assim sendo, opte pela inexistência de qualquer ato praticado por esta cooperativa que atente contra direito do autor da presente ação, razão pela qual, pugna pela TOTAL IMPROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS, visto que não existiu qualquer dano material se quer danos morais como alegados na peça vestibular, que tenta induzir à erro este MM Juízo.
Depreende-se que a Sentença de Primeira Instância deve ser mantida em sua íntegra!
DOS PEDIDOS
Com efeito, resta incontroverso nos autos o fato de que não há qualquer base jurídica que forneça suporte ao pleito do Requerente, revelando-se inteiramente despropositado o pedido indenizatório formulado na exordial, uma vez que a Empresa Requerida agiu de acordo com as normas a que é submetida, não violando qualquer direito do autor.
Diante do que fora narrado na presente peça Requer seja no mérito JULGADO IMPROCEDENTE o pleito exordial, pelas razões acima expostas.
Requer ainda a produção de provas documentais já acostadas à presente, bem como depoimentos pessoais da Requerente, de prepostos da Requerida e testemunhas, cujos nomese endereços serão arrolados em momento oportuno. 
Nesses termos,
Pede e Espera Deferimento.
Valença, BA, 23 de Outubro de 2017.
HENRE HERMELINO
OAB/BA - 34.508

Continue navegando