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* A TAXONOMIA E A NOMENCLATURA EM ANIMAIS * ■ A TAXONOMIA E A NOMENCLATURA EM ANIMAIS Taxonomia ou Sistemática é o ramo das ciências naturais que se ocupa com a classificação dos organismos. Existe uma Taxonomia Animal e uma Taxonomia Vegetal (cada uma com seus princípios e regras particulares). * ■ A TAXONOMIA E A NOMENCLATURA EM ANIMAIS Histórico John Ray (1627 - 1705) → Foi o primeiro a desenvolver um conceito moderno de espécie * ■ A TAXONOMIA E A NOMENCLATURA EM ANIMAIS Histórico Karl von Linné (1707 – 1787) → Lançou as bases da classificação biológica em sua obra “Sistema Naturae”. * ■ A TAXONOMIA E A NOMENCLATURA EM ANIMAIS O trabalho classificatório processa-se em 2 etapas: Trabalho analítico → Descrição do organismo (estabelecimento da espécie). Trabalho sintético → Formação de grupos mais amplos (categorias taxonômicas). * ■ A TAXONOMIA E A NOMENCLATURA EM ANIMAIS Categorias taxonômicas Obrigatórias → Phylum, Classe, Ordem, Família, Gênero e Espécie. Facultativas → Subphylum, Superclasse, Subclasse, Infraclasse, Coorte, Superordem, Subordem, Infraordem, Superfamília, Tribo, Subtribo, Subgênero, Subespécie. * ■ A TAXONOMIA E A NOMENCLATURA EM ANIMAIS Conceito de espécie Biológico (Mayr, 1953) → Grupo natural de populações ativa ou potencialmente intercruzantes e reprodutivamente isolado de todos os demais grupos similares. * ■ A TAXONOMIA E A NOMENCLATURA EM ANIMAIS Conceito de espécie Paleontológico (Simpson, 1945) → É uma população em que a extensão e a natureza de sua variação e suas diferenças de outras populações conhecidas são análogas àquelas das espécies genéticas estabelecidas. * ■ A TAXONOMIA E A NOMENCLATURA EM ANIMAIS O procedimento biológico classificatório obedece aos seguintes parâmetros: Observações empíricas * ■ A TAXONOMIA E A NOMENCLATURA EM ANIMAIS O procedimento biológico classificatório obedece aos seguintes parâmetros: Observações empíricas Observações biológicas * ■ A TAXONOMIA E A NOMENCLATURA EM ANIMAIS O procedimento biológico classificatório obedece aos seguintes parâmetros: Observações empíricas Observações biológicas Observações genéticas * ■ A TAXONOMIA E A NOMENCLATURA EM ANIMAIS Conceito de Tipo * Nos tempos de Linné as espécies eram constituídas com base em determinado espécime “tipo” (a classificação dava-se segundo coincidências). Com George Cuvier a classificação evoluiu para a análise de um “padrão anatômico” (respeitando-se, assim, as variações individuais). Nos dias de hoje, entende-se que a diversidade de seres vivos é resultante de processos evolutivos e que esses processos podem ocorrer basicamente por anagênese e cladogênese. * ■ A TAXONOMIA E A NOMENCLATURA EM ANIMAIS O “tipo” na moderna taxonomia: Holótipo Parátipo Depositário Síntipo Lectótipo Paralectótipo Neótipo Ararinha azul (Cyanopsitta spixii) * ■ A TAXONOMIA E A NOMENCLATURA EM ANIMAIS * Até o séc. XVIII os manuscritos e livros impressos eram obrigatoriamente escritos em latim. * O surgimento do nacionalismo, nas diversas regiões da Europa, levou a necessidade de se criar nomes técnicos internacionais para os animais. * ■ A TAXONOMIA E A NOMENCLATURA EM ANIMAIS * 1758 (Sistema Naturae) → Lançou as bases da moderna nomenclatura zoológica. * 1898 (Congresso Internacional de Zoologia) → Criação do Código Internacional de Nomenclatura Zoológica. * 1901 → Entraram em vigor as normas do Cód. Intern. de Nomencl. Zool. * ■ A TAXONOMIA E A NOMENCLATURA EM ANIMAIS ♦ Algumas das principais regras de nomenclatura zoológica: Os nomes científicos devem ser escritos em latim com raízes gregas ou latinas (ou, na falta delas, com palavras latinizadas). * Anthropoidea (gr.: anthropus → homem) * Marsupialia (lat.: marsupium → bolsa) * Homo (lat.: homo → homem) * ■ A TAXONOMIA E A NOMENCLATURA EM ANIMAIS Nomes geográficos são nomes próprios e, portanto, não aceitam traduções, devendo ser latinizados na declinação neutra (“us” ou “is”). * Australopithecus afarensis * Mesosaurus brasiliensis * Australopithecus africanus * ■ A TAXONOMIA E A NOMENCLATURA EM ANIMAIS Nomes patronímios são nomes próprios e, portanto, não aceitam traduções, devendo ser latinizados na declinação masculina (“i”) ou na feminina (“ae”). * Paranthropus boisei → du Bois * Latimeria chulmanae → Chulmann * Carodinia vieirai → Vieira * Ramapithecus nyanzae → Nyanz * ■ A TAXONOMIA E A NOMENCLATURA EM ANIMAIS A nomenclatura estrutura-se a partir do nome da espécie, formado pelo nome “genérico” e “específico”. * Homo habilis Numa publicação científica, deve-se acrescentar o nome do autor, uma vírgula e o ano da publicação. * Parapanochthus jaguaribensis Moreira, 1971 * ■ A TAXONOMIA E A NOMENCLATURA EM ANIMAIS A nomenclatura da subespécie é tri nominal (nome genérico + nome específico + nome subespecífico). * Homo sapiens neanderthalensis A nomenclatura do subgênero é tri nominal (nome genérico + nome subgenérico + nome específico). * Australopithecus (Plesianthropus) transvalensis * ■ A TAXONOMIA E A NOMENCLATURA EM ANIMAIS Nomes de subespécie, espécies, subgêneros e gêneros devem aparecer sempre grifados no texto. * “Aparentemente deste mesmo estoque de Australopithecus anamensis ancestral evoluiu o Australopithecus bahrelghazali, aparentado e contemporâneo do Australopithecus afarensis” * ■ A TAXONOMIA E A NOMENCLATURA EM ANIMAIS Os nomes empregados para denominar as categorias taxonômicas de gênero para cima são sempre uninominais (escritas com inicial maiúscula). * Gorilla * Perissodactyla * Canidae * Mollusca * ■ A TAXONOMIA E A NOMENCLATURA EM ANIMAIS Lei da Tautonomia → Os nomes específico, genérico, subespecífico e subgenérico (na composição do nome) podem ser repetidos. * Gorilla gorilla * Smilodon populator populator * Rattus rattus * Paranthropus robustus robustus * ■ A TAXONOMIA E A NOMENCLATURA EM ANIMAIS Alguns nomes devem ser escritos com terminações fixas: * Tribo → ini (Hominini) * Subfamília → inae (Homininae) * Familia → idae (Hominidae) * Superfamília → oidea (Hominoidea) * Subordem → ina/dina (Hominina) * ■ A TAXONOMIA E A NOMENCLATURA EM ANIMAIS Quando uma espécie é reclassificada em outro gênero, o nome do autor da primeira classificação deve aparecer entre parênteses após o novo nome. * Zinjanthropus boisei Leakey, 1959 → Paranthropus boisei (Leakey) * Pithecanthropus erectus Dubois, 1983 → Homo erectus (Dubois) * ■ A TAXONOMIA E A NOMENCLATURA EM ANIMAIS Lei da prioridade → para que um nome científico tenha validade faz-se necessário a atenção de certos requisitos: * A concordância do nome com as regras do Cód. Intern. de Nomencl. Zool. * A descrição do organismo por meio de fotografias e desenhos. * A falta de algum requisito pode determinar a invalidação do nome. * ■ A TAXONOMIA E A NOMENCLATURA EM ANIMAIS Nomina Nuda (nome nulo) → Nome não está em concordância com o Cód. Intern. de Nomencl. Zool. Homonímia → O nome escolhido já foi usado para denominar outro táxon. Sinonímia → Um mesmo animal recebe duas denominações distintas. Incertae Sedis → Grupo com posição taxonômica ainda não determinada. * Filogenia Outgroup AAGCTTCATAGGAGCAACCATTCTAATAATAAGCCTCATAAAGCC Espécie A AAGCTTCACCGGCGCAGTTATCCTCATAATATGCCTCATAATGCC Espécie B GTGCTTCACCGACGCAGTTGTCCTCATAATGTGCCTCACTATGCC Espécie C GTGCTTCACCGACGCAGTTGCCCTCATGATGAGCCTCACTATGCA * Por que a filogenia é tão importante? Entender e classificar a diversidade na Terra Testar uma hipótese evolutiva: - evolução de um traço - coevolução - modo e padrão da especição - evolução de traços correlacionados - biogeografia - origens geográficas - idade dos diferentes taxa - natureza da evoluçãomolecular - epidemiologia de doenças …e muitas outras aplicações! Árvore da Vida * Filogenia O que é filogenia? Diagramas ramificados mostrando parentesco entre especies (ou taxa superiores) baseado em seus ancestrais comuns compartilhados Especies: A B C D Tempo * Filogenia * Filogenia e classificação Todas as classificações taxonômicas são hierarquicas – como difere a filogenia? Classe Ordem Familia Familia Gênero Espécie 1 Espécie 2 Espécie 3 Espécie 4 Espécie 1 Espécie 2 Espécie 3 Gênero Gênero Espécie 1 Espécie 2 Ordem Familia Gênero Espécie 1 Espécie 2 Espécie 3 Espécie 4 Espécie 5 Espécie 6 Espécie 7 Espécie 8 Espécie 9 Gênero Espécie 1 Espécie 2 Espécie 1 Gênero Espécie 1 Espécie 2 Espécie 3 Gênero * Hierarquia Classificação filogenetica (cladistica) reflete a história evolutiva A única forma objetiva de classificação – os organismos compartilham uma veradeira história evolutiva, independente de decisões de como classifica-los Filogenia e classificação Classe Ordem Ordem Familia Familia Familia Gênero Gênero Gênero Gênero Gênero Gênero Familia Gênero Gênero Classificação * Classificação Note que os taxa estão ensistados com base no compartilhamento de ancestrais comuns Ex: Todos os tetrapodos compartilham um ancestral comum com patas, mas outros cordados fora de Tetrapoda não compartilham este ancestral Os traços mapeados na filogenia são Sinapomorfias Voltaremos a elas Filogenia e classificação * Somente grupos monofiléticos (clados) são reconhecidos em filogenia cladística Filogenia e classificação * Monofilia todos as linhagens coloridas deste cladograma são bons exemplos de grupos monofiléticos Asteroidea Ophiuroidea Echinoidea Holothuroidea Crinoidea Cada grupo compartilha um ancestral comum não comparilhado por nem um outro grupo Filogenia e classificação * Lindblad-Toh et al. (2005) Nature 438: 803-819 Grupos Parafiléticos Parafilia “Raposas” são parafiléticas em relação a cães, lobos, chacais, etc. Este é um exemplo trivial porque “raposas” e “cães” não são unidades taxonômicas formais, mas mostra que cães e lobos são apenas raposas derivadas, no sentido filogenético Foxes * Grupos Parafiléticos Parafilia Crocodilianos são parentes mais próximos de aves que de quaisquer outros vertebrados vivos Archosauria = Aves + Crocod. Pensamos nos Repteis como sendo a reunião de serpentes, lagartos, crocodilianos e tartarugas Mas Reptilia é um grupo parafilético a não ser que inclua Aves * O que isso singifica? * Peixes não existem, Répteis não existem e os Dinossauros não estão extintos Peixes e Répteis não são grupos naturais Grupo natural: junta os que são parentes e afasta os não parentes Os “Repteis” Não junta os parentes: aves estão fora Não afasta os não parentes: tartarugas estão dentro “Peixes” Mesma coisa * Peixes não existem, Répteis não existem e os Dinossauros não estão extintos * Peixes não existem * Peixes não existem * Peixes não existem * Répteis não existem * Répteis não existem * Répteis não existem * Os Dinossauros não estão extintos * Os Dinossauros não estão extintos * Terminologia Polaridade distinguindo ancestral (0) de derivado (1) = assinalando a polaridade - a polaridade pode ser assinalada por comparação com o grupo externo “Cinza” e “quadrado” são plesiomorficos A B C D Plesiomorfia Estado do carater encontrado no ancestral do grupo Apomorfia Estado derivado do carater em descendentes do grupo Simplesiomorfia Estado ancestral compartilhado de um carater Sinapomorfia Estado derivado compartilhado de um carater (indica homologia) “Pequeno” é uma apomorfia para A “Vermelho” é uma sinapomorfia p/ A + B “Circulo” é sinapomorfia p/ A + B + C …mas uma simplesiomorfia p/ A + B * Sinapomorfia Cada carater em rosa é uma sinapomorfia Compartilhados – por todos os descendentes no clado ex: todos cordados possuem notocorda Derivados – Não presentes no clado ancestral ex: Deuterostomio ancestral não possui notocorda Todo Clado precisa compartilhar pelo menos uma sinapomorfia Sinapomorfia * Sinapomorfia Muitas sinapomorfias = sustentação mais forte Poucas sinapomorfias = suporte fraco Como podemos dizer se um clado é bem suportado? em parte, pelo númeor de sinapomorfias * Homoplasia Homoplasia Taxa compartilham caracteres, mas não por descendência comum Equivalente a analogia, a homoplasia resulta de evolução convergente Homoplasia dá a impressão de homologia (sinapomorfia) e portanto atrapalha a analise filogenética ao suportar taxa polifiléticos * Homoplasia Lago Tanganyika Lago Malawi * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
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