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Professora Neta Medeiros CAPÍTULO 09 Página 5 Conceitos • “Variedade de seres vivos que habitam o planeta Terra em seus diferentes ambientes”. Biodiversidade • Ciência que reúne, organiza e classifica as características de todas as espécies, possibilitando analisar o parentesco evolutivo entre as espécies. Sistemática • Ciência que estuda, classifica e nomeia os seres vivos (nomes científicos).Taxonomia Exemplo: Cachorro Biodiversidade: todas as espécies de cachorro do planeta. Sistemática: características que identificamos o ser vivo como um cachorro (parentesco). Como um cachorro é chamado no Brasil e na Rússia? (nome popular) Taxonomia: atribui um nome científico para a espécie. Taxonomia ◦ Baseia-se nas informações da sistemática para classificar os organismos. ◦ É a área da Biologia que rege as regras e princípios para nomear e classificar os seres vivos. ◦ Foram primeiramente elaboradas pelo médico e botânico sueco Carl von Linné (1707-1778). ◦ Publicou um livro, “Systema naturae”, que classificava os seres vivos por meio de sua estrutura anatômica (não considerava a evolução). ◦ O livro foi escrito inicialmente pela necessidade de criar uma nomenclatura padrão para facilitar o estudo das espécies pelos cientistas no mundo inteiro. Espécie biológica ◦A espécie é uma das categorias da taxonomia, onde nela os seres vivos apresentam maior semelhança (anatomia, fisiologia). ◦Os indivíduos da mesma espécie apresentam grande similaridade genética (sequência dos ácidos nucleicos e produção de proteínas) e podem cruzar gerando descendentes férteis, perpetuando a espécie. ◦Espécie é a unidade básica da classificação dos seres vivos. Cruzamento entre indivíduos de espécies diferentes Algumas espécies diferentes podem cruzar entre si, mas os descendentes são estéreis (híbridos). REGRAS DE NOMENCLATURA TAXONÔMICA 1. Nomes científicos em Latim ◦Língua universal e em desuso (morta), não correndo o risco de sofrer alterações. ◦Os nomes científicos dos seres vivos escritos em Latim são reconhecidos em qualquer lugar do planeta, evitando que a mesma espécie receba dois nomes. Pisum sativum (Ervilha) 2. Nomenclatura binominal ◦O nome científico do ser vivo deve ter no mínimo duas palavras. ◦A primeira refere-se ao gênero (inicial maiúscula), e a segunda ao epíteto específico (inicial minúscula). ◦Em um texto, a partir da segunda ocorrência, o nome do gênero pode ser abreviado. Musca mestica (mosca) → M. mestica ◦O nome deve ser escrito em itálico, quando em texto impresso, e sublinhado, quando escrito à mão. Escherichia coli 3. Escrita 4. Espécies com subespécies ◦Quando existe uma subespécie, o nome deve ser escrito após o nome da espécie, também com a inicial minúscula. ◦ Subespécie é uma variação da espécie (raça). Crotalus durissus durissus (cascavel da Guiana). Crotalus durissus terrificus (cascavel da Amazônia) 5. Gênero com subgênero ◦Quando existe um subgênero, o nome deve ser escrito entre parênteses após o nome do gênero, com inicial maiúscula. Anopheles (Nyssorhynchus) darlingi Mosquito transmissor da Malária 6. Identificação ◦Após o nome da espécie, em alguns casos, podem ser colocados o nome do autor que a descreveu (nomeou) e o ano de publicação. Entamoeba histolytica Schaudinn, 1903 7. Qualquer espécie ◦Quando não se sabe ao certo a espécie referente ao gênero estudado, ou quando não é importante citá-la, usa-se após o gênero “sp.”, que siginifica “qualquer espécie”. Carcharias sp. 8. Categorias padronizadas ◦São sufixos padrão para a categoria de família dos seres vivos, onde: Animais • -idae (família de animais – Felidae, Canidae). Vegetais • -aceae (família de vegetais – Cactaceae, Bromeliaceae). CATEGORIAS TAXONÔMICAS Hierarquia taxonômica ◦ Também chamadas de categorias ou táxons, que são ordenadas da seguinte maneira: 1. Espécie: indivíduos com características similares capazes de se reproduzir. 2. Gênero: indivíduos de espécies diferentes, mas que apresentam características semelhantes. 3. Família: formada pelos gêneros semelhantes. 4. Ordem: constituída por famílias semelhantes. 5. Classe: grupo de ordens semelhantes. 6. Filo: conjunto de classes semelhantes. 7. Reino: grupo dos filos semelhantes (5 reinos – Monera, Proctista, Fungi, Plantae e Animalia). 8. Domínio: grupos de todos os seres vivos,organizados por suas suas características celulares (3 domínios – Bacteria, Archea e Eukarya). Domínio Reino Filo Classe Ordem Família Gênero Espécie O grupo de maior biodiversidade nas categorias taxonômicas é o domínio. O grupo que apresenta a maior semelhança entre os seres, será o da espécie, e sempre apresentará apenas um indivíduo. Exemplo: Urso Perceber que para classificar o ser vivo, deve-se sempre observar a quais categorias ele pertence. Exemplo no livro Página 7 Como posso estudar a natureza sem errar? Como posso estudar a natureza sem errar? Com a Taxonomia! Com a Taxonomia! Classifico os seres vivos e estudo Biologia. Classifico os seres vivos e estudo Biologia. O ReFiCOFaGE é fácil pra fazer vestibular! O ReFiCOFaGE é fácil pra fazer vestibular! “Re” de reino, “Fi” de filo “C” de classe, “O” de ordem “Fa família, “G” de gênero e espécie pra acabar. “Fa” família, “G” de gênero e espécie pra acabar E os nomes científicos compostos vão ficar: E os nomes científicos compostos vão ficar: Letra grande para o gênero E pequena pra espécie Em itálico ou negrito, posso ainda sublinhar. Em itálico ou negrito, posso ainda sublinhar. Paródia “Peixe vivo” VAMOS PRATICAR? Organize as ideias Página 8 – Questões 1 e 2 Observar no livro a tabela de exemplos Página 8 SISTEMÁTICA MODERNA Avanços na Ciência ◦A partir do século XIX, com o estudo dos fósseis e o surgimento das teorias evolutivas, a classificação dos seres vivos passou a ser feita pela filogenética ou cladística. ◦A partir daí, para classificar um ser vivo em uma das categorias taxonômicas, não levava-se em consideração apenas a características morfológicas, mas também seu contexto evolutivo, seu grau de parentesco com outras espécies, o comportamento, o estudo de seu DNA e moléculas, e sua ancestralidade e descendência. Filogenia ◦Envolve a construção da ferramenta de estudo conhecida como árvore filogenética ou cladograma. ◦Esses esquemas ilustram a história evolutiva dos seres vivos neles representados. Outras maneiras de construir um cladograma Árvore filogenética ◦Nota-se a relação evolutiva entre os táxons apresentados, onde é possível identificar os pontos de divergência (divisão/bifurcação), que parte de um ponto de separação (representa o ancestral comum). Observar no livro o exemplo do cladograma Página 9 Divisão em grupos Grupo monofilético • Conjunto de espécies que apresenta o mesmo ancestral comum, incluindo o ancestral. Grupo parafilético • Conjunto de espécies que apresenta um ancestral comum, mas que não inclui todos os descendentes. Grupo polifilético • Conjunto de espécies que agrupa indivíduos de ancestrais diferentes. Táxon e Clado ◦Cada táxon possui uma parte de suas características única e outra parte compartilhada com outros táxons. Alguns táxons apresentam ancestrais que são únicos e outros são compartilhados com outros táxons. ◦Um grupo de indivíduos que todos são descendentes de um único ancestral comum é chamado de clado. ◦Exemplo: todos os mamíferos apresentam esqueleto, porém, todos os animais vertebrados apresentam esqueleto. Logo, podemos entender que a característica de ter esqueleto antecede a divisão para o grupo dos mamíferos e outros grupos de animais. Identificação de clados Características no clado Plesiomorfa (primitiva) • É a característica antiga dentro do clado (exemplo: esqueleto). Apomorfa (derivada) • É a característicarecente dentro do clado (exemplo: pelo). Sinapormofia • Apomorfia compartilhada por um grupo dentro do clado. Autapomorfia • É a característica derivada que está presente, exclusivamente, em um único táxon terminal de um determinado clado. VAMOS PRATICAR? Organize as ideias Página 10 – Questões 1 e 2 REINOS DOS SERES VIVOS Divisão dos reinos ◦Dentro dos três domínios de seres vivos (Bacteria, Archea e Eukarya) são distribuídos os cinco reinos de classificação biológica (Monera, Proctista, Fungi, Plantae e Animalia). ◦Os reinos foram propostos por Robert Whittaker (1924-1980), com a publicação do artigo científico “New concepts of kingdoms of organisms”. ◦ Seus critérios para dividir os seres vivos em reinos foram o número de células (unicelular, pluricelular ou multicelular), núcleo organizado (eucarionte e procarionte) e nutrição (autotrófico e heterotrófico). D o m ín io B a c te ri a D o m ín io A rc h e a Reino Monera D o m ín io E u k a ry a Reino Proctista Reino Fungi Reino Plantae Reino Animalia Observar no livro o exemplo Página 11 Reino Monera Unicelulares e procariontes Bactérias Reino Proctista Unicelulares ou multicelulares; eucariontes; autótrofos e heterótrofos Protozoários e Algas Reino Fungi Unicelulares ou multicelulares; eucariontes e heterótrofos Fungos (cogumelos) e leveduras Reino Plantae Pluricelulares, eucariontes e autótrofos Plantas Reino Animalia Pluricelulares, eucariontes e heterótrofos Animais Características dos seres e seus reinos ATIVIDADES! Livro didático Página 12 – questões 1 a 7 Página 30 – questões 1 a 7 Livro de atividades Página 8 – questões 1 a 12
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