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PRINCIPAIS ENFERMIDADES Patos de Minas – MG Bruno Zinato Carraro INTRODUÇÃO Redução de custos x proteção sanitária; Limitação das instalações x maiores desafios; Estado sanitário x prejuízo com as doenças. Maiores populações Densidades maiores Maiores desafios; PANORAMA (VISÃO GERAL) • P. entéricos 50,0% * Úlcera gástrica 25,6% * Ileíte 5,1% * SHI/torção 44,9% * Outras 24,4% • Problemas respiratórios 8,7% • Septicemias 9,0% • Outros 32,4% Fonte: Payne e cols., 2004 Prevalência Autor 84% Lium e Falk,1991 (Noruega) 24% Maes et al.2001 (Bélgica) 19,7% Reis et al. 1992 (Brasil) 42,6% Sobestiansky et al 1999 (Brasil) 75,7% Silva et al. 2001 (Brasil) 69,3% Silva et al. 2002 (Brasil) 47.75% Dottori et al. 2006 (Itália) 59,6% Dottori et al. 2006b (Itália) 70,7% Jeong et al. 2006 (Coréia do Sul) LESÕES AO ABATE Prevalência Autor 84% Lium e Falk,1991 (Noruega) 24% Maes et al.2001 (Bélgica) 19,7% Reis et al. 1992 (Brasil) 42,6% Sobestiansky et al 1999 (Brasil) 75,7% Silva et al. 2001 (Brasil) 69,3% Silva et al. 2002 (Brasil) 47.75% Dottori et al. 2006 (Itália) 59,6% Dottori et al. 2006b (Itália) 70,7% Jeong et al. 2006 (Coréia do Sul) LESÕES AO ABATE - RS - Salgado et al., 2004 – 12,3% condenações totais e 6,1% condenações parciais por pneumonia; - SC – Braga et al., 2006 – 10,4% desviados por causa respiratória; - RS, SP, MT – Kich e Pontes, 2001 – entre 1996 e 1999, 144.008 carcaças condenadas por respiratório (1%); - PR – Dal Bem , 2008 – 0,5% de condenações por causa respiratória; CUSTO COM AS CONDENAÇÕES; Distribuição dos grupos de doenças conforme sua ocorrência em 2003 1.719 276 942 1.351 3.913 8.381 2.475 1.624 25 3.201 539 3.875 4 433 201 0 1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 6.000 7.000 8.000 9.000 Abc ess os Alte raçõ es d e co lora ção Alte raçõ es m usc ulat ura Artr ite Cav idad e ab dom inal Cav idad e to ráci ca Em erg ênc ia Linf ade nite Neo plas ia Odo res na c arca ça Pro blem as d e pe le Tec nop atia s Zoo nos es Mul tifat oria l N.A .O. Grupos de doenças Núm ero de an ima is i nsp eci ona dos no DIF 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% Suí nos ins pec ion ado s n o D IF ( %) Em geral, as mortalidades têm regularmente ultrapassado as metas estabelecidas nos plantéis de sistemas industriais. Fonte: adaptado de Reis, R. Alvo (%) Real (%) Maternidade 5 – 6 8 - 10 Creche 1 – 2 2 - 4 Cresc./Terminação 1,5 – 2,0 4 - 10 EVOLUÇÃO DA MORTALIDADE Fonte: Christianson, 2006 DOENÇAS REPRODUTIVAS Agentes mais comuns Bactérias: Actinobacillus suis, Arcanobacterium pyogenes, Bacillus sp., Brucella sp., E. coli, Salmonella sp., Leptospiras, Staphylococcus sp. e Streptococcus sp. Vírus: Aujeszky, circovírus, parvovírus. DOENÇAS REPRODUTIVAS Parvovirose Leptospirose Metrites Brucelose • Agente: parvovírus; • Transmissão: reposição, venérea; • Principais sintomas: mortalidade embrionária, fetos mumificados, leitegada de tamanho reduzido; • Prevenção: vacina nas matrizes, imunização natural. • Observação especial em granjas com grande número de leitoas; • Índices usuais: 1,5%; • Premunização. PARVOVIROSE TAMANHO DO FETO X IDADE DA GESTAÇÃO Múmias / natimortos TAMANHO DO FETO X IDADE DA GESTAÇÃO • Agente: bactéria (leptospiras); • Transmissão: material contaminado com urina; • Principal sintoma: abortos no terço final de gestação, natimortos; • Prevenção: vacina nas matrizes; • Tratamento: em casos específicos, antibióticos injetáveis ou via ração. • Granjas GRSC: livres ou controladas. LEPTOSPIROSE DESCARGAS VULVARES DESCARGAS VULVARES DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC) Agentes mais comuns Bactérias: A. pyogenes, E. coli, H. parasuis, Salmonella choleraesuis e S. suis. Vírus: Aujeszky e circovírus. MENINGITE ESTREPTOCOCICA • Agente: bactéria (Streptococcus suis); • Fase: usualmente, maternidade e creche; • Transmissão: via respiratória; • Principais sintomas: andar em círculo, “pedalagem”, decúbito lateral, cabeça tombada e pescoço esticado (opistótomo); • Prevenção: densidade e biossegurança; • Tratamento: medicação individual e injetável com antibióticos, anti-inflamatórios e anti-térmico. Doenças entéricas DOENÇAS ENTÉRICAS Agentes mais comuns Bactérias: Clostridium perfringens A e C, Clostridium difficile, E. coli e Salmonella sp. Parasitas: coccidia (I. suis). Vírus: rotavírus. Patógeno patogenia Localização Fezes Coloração fezes E. coli Secretório ID Aquosa Amarelada PCV2 Mal absorção, efusão ID/IG Cremosa, aquosa, normais Amarelada, esverdeada Lawsonia intracelularis Mal absorção, efusão Jejuno/ Ileo Cremosa, aquosa Normais, verdeacinzentada, sangue parcialmente digerido Brachyspira pilosicoli Mal absorção, efusão Ceco/ Colon Pastosa, aquosa, mucoide Esverdeada, acinzentada, marron Brachyspira hyodysenteriae Mal absorção, efusão Ceco/ Colon Aquosa, mucoide Sangue não digerido Salmonella Efusão Ileo, Ceco/ Colon Aquosa Amarelada DOENÇAS ENTÉRICAS Pastosa 22-24% MS ALTERAÇÃO NA CONSISTÊNCIA DAS FEZES F ot os – D av id B ar ce llo s Cremosa – 20-22% MS F ot os – D av id B ar ce llo s Líquida <20% MS F ot os – D av id B ar ce llo s Hemorrágicas Melena F ot os – D av id B ar ce llo s Antes dos cinco dias de vida: • Colibacilose neonatal • Clostridiose Após cinco dias de vida: • Rotaviroses • Coccidiose • Colibacilose MATERNIDADE Escherichia coli Isospora suis Clostridium perfringens Tipo C • Agente: bactéria (Escherichia coli); • Transmissão: contaminação oral no meio ambiente; • Principais sintomas: fezes fluidas e amareladas, desidratação e alta mortalidade; • Prevenção: colostro, vacinas nas matrizes e higiene; • Tratamento: antibiótico injetável ou oral, soro hidratante e acidificantes na água. COLIBACILOSE NEONATAL FENÓTIPO FIMBRIAL DE 349 AMOSTRAS DE ESCHERICHIA COLI ISOLADAS DE LEITÕES COM DIARRÉIA NA MATERNIDADE, CRECHE E TERMINAÇÃO, SC, 2007 Menin et al., 2008 FREQUÊNCIA DE RESISTÊNCIA IN VITRO 349 AMOSTRAS DE ESCHERICHIA COLI E 64 CEPAS DE SALMONELLA ISOLADAS DE LEITÕES COM DIARRÉIA NA MATERNIDADE, CRECHE E TERMINAÇÃO, SC, 2007 Menin et al., 2008 • Agente: parasita de células epiteliais jejuno e íleo (Isospora suis) • Transmissão: contaminação oral no meio ambiente (oocistos); diarréias 3 a 4 dias depois • Principais sintomas: diarréia amarelada e com odor rançoso, não responde a antibióticos • Prevalência: 70 a 90% dos leitões de leitegadas contaminadas. • Mortalidade: 6 a 20% COCCIDIOSEOocistos transmitidos pelas matrizes Resistente no solo (15 meses) Esporulação (32 a 35 C – 12 a 16 h) Imunidade Prevenção: • Lavação/desinfecção; • Impedir acesso às baias e escamoteadores • Impedir entrada de animais, roedores e moscas. • Jato com água quente. COCCIDIOSE • Tratamento: Preventivo, coccidiostático oral; • Diagnóstico: – Exame parasitológico de flutuação de amostra de fezes. – Raspado de mucosa e exame direto – Histopatológico de intestino fixado em formol • Mais freqüente nos meses quentes e úmidos (esporulação dos oocistos é favorecida); COCCIDIOSE • Agente: Rotavírus, – Muito resistente a desinfetantes. – Grande eliminação de vírus (1 trilhão/grama de fezes – Animais assintomático (matrizes) • Transmissão: contaminação entre primeira e oitava semana. • Infecção de enterócitos, intensa atrofia de vilosidades (porções inicial e intermediária do jejuno - absorção de água, nutrientes e eletrólitos, secreção de lactase) • Gravidade maior na associação com os outros agentes. ROTAVÍRUS • Agente: bactéria (Escherichia coli); • Transmissão: contaminação oral no meio ambiente; • Principais sintomas: fezes fluidas e amareladas, desidratação e alta mortalidade; • Prevenção: colostro, vacinas nas matrizes e higiene; • Tratamento: antibiótico injetável ou oral, soro hidratante. COLIBACILOSE POS-DESMAME DOENÇA DO EDEMA • Agente: bactéria (Escherichia coli); • Transmissão: oral, suínos portadores; • Principais sintomas: morte súbita. Em geral o leitão mais bonito. Edema de pálpebra e na fonte (testa); • Prevenção/Tratamento: suspender ração por um dia e aditivos via ração. Agentes mais comuns Bactérias: E. coli, Salmonella sp., Lawsonia intracellularis e Brachyspira sp. Parasitas: vermos redondos. Vírus: rotavírus e circovírus. CRESCIMENTO/TERMINAÇÃO Ileíte Torsão Verminose CRESCIMENTO/TERMINAÇÃO ILEÍTE • Agente: bactéria (Lawsonia intracellularis); • Transmissão: via oral (fezes e materiais contaminados; • Principais sintomas: diarréias, emagrecimento, queda de desempenho; • Anemia profunda, • Fezes liquidas e escuras • Prevenção: evitar lotes de idades diferentes e limpeza; • Cuidado granjas novas e entrada de leitoas • Tratamento: medicação via ração. ILEÍTE Conteúdo intestinal hemorrágico Ileíte Regional ÚLCERAS GÁSTRICAS F ot os : F ra nc o Lu ís L ag em an n • Suínos pálidos, emagrecimento progressivo, fezes escuras e ressecadas, anorexia, apatia, vômitos frequentes; Região glandular – menos de 1% das úlceras dos suínos; ÚLCERAS GÁSTRICAS LESÕES • Grau 0: normal, mucosa clara e brilhante, esbranquiçada; • Grau 1: paraqueratose sem descamação e ulcerações; LESÕES • Grau 2: 0 – 36% de áreas ulceradas com exposição do epitélio; LESÕES • Grau 3: 34 – 66% de ulceração com exposição do epitélio; LESÕES GRAU 3 • Grau 4: 67 – 100% ulcerado; LESÕES GRAU 4: 67 – 100% ULCERADO; PATOLOGIAS DO ESTÔMAGO Úlceras esofagogástrica estresse Ainda controverso, aumento de corticóides, ác. clorídrico, pepsinogênio nutricionais - 500 µm e 10% da dieta -100 µm; - forma física e tamanho das partículas de fibra; - soro de leite baixa o pH e aumenta as lesões; manejo alimentar - regularidade e pontualidade do fornecimento; - alimentação líquida?! Bacteriana/viral - Helycobacter pylori ESTÔMAGO COM CONTEÚDO SANGUINOLENTO – HEMORRAGIA INTRAGÁSTRICA Controle: • retirar os fatores predisponentes – horários de alimentação; – granulometria; – ambiência; • separar o animal do lote e oferecer condições adequadas; • uso de bicarbonato de sódio, hidróxido de alumínio e hidróxido de magnésio; • plasma? • viabilidade econômica. PATOLOGIAS DO ESTÔMAGO TORÇÃO DO TGI • Fenômeno mecânico de etiologia multifatorial: – Qualidade do alimento; – Fermentação; – Regularidade de fornecimento; – Qualidade de água; – Patologias produtoras de gás no intestino; TORÇÃO DO TGI • Torção de mesentério completa ou de alças intestinais e gastroesplênica; • Morte súbita, sem sinais clínicos; • O animal “estufa” após a morte – marcada distensão do abdômen; - Interrupção de fornecimento – torção de mesentério; TORÇÃO DO TGI TORÇÃO HÉRNIAS UMBILICAIS E INGUINAIS Umbilicais = principalmente manejo; Inguinais = genética; Agradecemos sua atenção! bruno@integrall.org integrall.org
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