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Doença provocada por coccídeos – amplamente difundida São protozoários intracelulares do filo Apicomplexa. Este filo contém gêneros conhecidos como Eimeria, Neospora, Sarcocystis, Toxoplasma e Cystoisospora. Doença conhecida também por Isosporose suína - diarréia em leitões lactentes domésticos e selvagens (aves, cães, gatos, bovinos, ovinos, suínos). Algumas espécies são capazes de parasitar o organismo humano (contato com animais acometidos ou contaminação hídrica/alimentar) Protozoário Cystoisospora suis (Isospora suis) Parasita intracelular obrigatório: invasão de células epiteliais intestinais. Provoca lesões na mucosa e submucosa, danificando as vilosidades perda considerável de peso dos suínos Alta morbidade e refugagem; Prejudica a absorção dos nutrientes da dieta, levando a diminuição dos índices de produção; Afeta principalmente leitões entre a 1° e 3° semana de vida; Pode levar a imunodepressão, abrindo portas para outros agentes; Contato com oocistos presente nas instalações; Ingestão de água e alimento contaminados por oocistos; tetos contaminados. Remanescentes da leitegada anterior - falhas no programa de limpeza e desinfecção (PLD) via oral Ingestão de oocisto esporulado fezes Com oocistos em torno de 5 dias após Diarréia amarelo acinzentada com consistência pastosa que tende a se tornar líquida e que apresenta odor rançoso característico; Normalmente não há presença de sangue visível e esta diarreia pode durar de 5 a 10 dias, sendo que os sintomas desaparecem espontaneamente. Desidratação; pelagem “arrepiada”; refugagem; Atinge de 70% a 90% dos leitões; provoca atraso no desenvolvimento, com mortalidade – de 6% a 20%. A ocorrência de sintomas é rara após 3 semanas de idade. Em animais adultos, o protozoário não causa sinais clínicos. Lesões macroscópicas geralmente não são perceptíveis Não há hemorragia. Em infecções experimentais, pode-se observar uma enterite fibrino - necrótica. Lesões microscópicas revelam fusão e atrofia de vilosidades, principalmente em jejuno e íleo. Podem ser observadas formas evolutivas do parasita no epitélio intestinal. História clínica (diarreia p/te entre 7 e 14 dias de idade), morfologia dos oocistos das fezes, lesões e presença de formas do parasito em esfregaços da mucosa e cortes histológicos corados. : as lesões causadas na mucosa intestinal, com a conseqüente diarreia, ocorrem antes da presença dos oocistos nas fezes. Em infecções maciças, os leitões podem morrer antes do aparecimento dos oocistos. infecções por E. Coli, Clostridium perfrigens tipo C, vírus TGE, Rotavírus e Strongyloides ransoni. Biosseguridade e biossegurança Higiene das mãos, trocar os sapatos ao entrar nos setores onde são manejados os leitões, controlar as moscas e os ratos, adequado PLD, uso de calor e vazio sanitário. Uso de coccidicina nos leitões recém-nascidos para evitar que eles sejam acometidos pela doença. Drogas: toltrazuril (mais eficiente). @@LLaarraavveett..ssttuuddiieess A maior parte dos coccidiostáticos tradicionalmente utilizados em avicultura não apresentaram resultados satisfatórios na prevenção da coccidiose em suínos. Afecção intestinal caracterizada por diarreia grave causada por toxinas produzidas por cepas enterotoxigênicas de E. coli (ETEC) Acomete principalmente os leitões em período neonatal (1 a 5 dias de vida) Alta mortalidade Morte entre 4 e 24 horas. E. coli também está presente na microbiota dos indivíduos saudáveis; Aproximadamente 30 sorotipos associados às infecções em suínos; Cepas patogênicas - escherichia coli etec E. Coli também agente da síndrome da diarreia pós- desmame e doença do edema – colibacilose sistêmica Enterotoxigênicas (etec) Capacidade de aderir e produzir toxinas: desencadeiam, no intestino, uma hiperatividade na troca de líquidos e eletrólitos entre as células das vilosidades e a luz intestinal. Ingestão de bactérias ambientais - de origem materna, ausência das defesas naturais, presença de receptores para fímbrias, enterotoxinas e inadequada ingestão de colostro. : apenas horizontal adquirida após o nascimento A eliminação ocorre através das fezes. A porta de entrada é a oral. - infecção oral-fecal Lesões no intestino delgado, mais especificamente em jejuno Não ocorre lesões visíveis nas serosa e mucosa; Diarreia aquosa e amarelada abundante, progredindo para uma desidratação severa e acidose Índice de mortalidade pode chegar a 100% Apenas a identificação da bactéria não é suficiente para fechar um diagnóstico; deve-se fazer a classificação da E. Coli Exame bacteriológico de amostras de conteúdo luminal (primeira escolha), primariamente do íleo ou swabs retais, em meios de cultura seletivos Não há tempo; Reidratação; Moxicilina, amoxicilina / ácido clavulânico, ceftiofur, cefquinoma, apramicina, neomicina, gentamicina), trimetoprim / sulfametoxazol, enrofloxacina, marbofloxacina. biosseguridade. Deve-se manter a boa higiene local; VACINAÇÃO para as fêmeas reprodutoras - anticorpos transmitidos via colostro para os leitões. É possível observar casos menos graves, onde imunidade parcial passiva determina o abrandamento dos sintomas. A vacinação de matrizes ou leitoas com vacinas frente à ETEC não tem nenhum efeito sobre as infecções por E. coli pós-desmame. Toxi-infecção caracterizada pela ocorrência de sinais neurológicos (fase de creche) Cepas patogênicas de E.coli enterotoxigênicas hemolíticas Intestino delgado: aderem-se e se multiplicam, produzindo substâncias biologicamente ativas denominadas Verotoxina- 2e (VT2e), também conhecida como Shiga-Like Toxin iie (SLT-iie) - Toxina que age na parede de vasos sanguíneos. Causa injúria vascular sistêmica trazendo, assim, os sintomas. Leitões lactentes podem adquirir estas cepas sem manifestar a doença entre 2 a 4 semanas após o desmame. Alta mortalidade e ocorre predominantemente na forma de surtos. Os animais apresentam: - dispneia (devido ao edema pulmonar), - edema de glote, - edema de pálpebras. Alguns animais apresentam sintomatologia nervosa como: - incoordenação motora e cegueira, - evolução para paralisia, - tremores, - decúbito com movimentos de pedalagem, - coma e morte. Os leitões que não morrem pela infecção tornam-se animais refugos na granja. Isolamento de bactérias Escherichia coli oriundas de amostras coletadas de fragmentos de alças intestinais e linfonodo mesentérico. Antibiograma - indica o melhor antibiótico a ser utilizado na granja. Afecção do intestino grosso (ceco cólon) que acomete principalmente os suínos em período de crescimento e terminação - diminuição da conversão alimentar e crescimento; - custos de medicamentos. Grupo de espiroquetas beta-hemolíticas chamado Brachyspira hyodysenteriae (agente clássico) e B. Hampsonii. - Bactéria: Brachyspira hyodysenteriae Não possui importância na saúde pública - não é zoonose Adquirida após o nascimento do suíno. pássaros, moscas, fômites, ratos, caminhões de distribuição de ração contaminados, botas e etc fezes oral rota de infecção oral-fecal de 7 a 14 dias pode ser de até 60 dias. Matrizes: os sintomas clínicos em porcas são raros, a menos que a doença ocorra pela primeira vez na granja; as porcas se tornam portadoras assintomáticas. Leitões de maternidade: podem apresentar disenteria aguda grave; Creche e engorda: a diarreia é inicialmente de cor marrom clara, com muco (consistência gelatinosa) e fios de sangue; flancos afundados; perda parcial de apetite; À medidaque a doença progride: quantidades crescentes de sangue; perda de condição corporal; desidratação; alguns casos de morte súbita; Os suínos podem ser portadores e manifestar sintomas quando estão sob estresse ou quando há uma mudança na dieta. Mortalidade variável, indo de 5 à 15%, podendo chegar à 50% em casos mais graves da doença no plantel. O índice pode ser minimizado caso a doença seja descoberta logo no início. identificação do agente Sinais clínicos de diarreia com sangue e muco; Necropsia - esta doença é restrita ao intestino grosso; Cultura bacteriana com identificação de espiroqueta beta- hemolítica; PCR de fezes. - swabs retais, fezes, fezes diluídas em salina ou fragmentos do cólon com seu conteúdo antibiótico com base na cultura e antibiograma tiamulina, valnemulina, tilosina, lincomicina, tetraciclinas Biosseguridade deve-se manter a boa higiene e desinfecção, fazendo com que haja um corte na rota de infecção oral-fecal para esse tipo de bactéria, não há vacina disponível no mercado – sem eficiência; combate aos roedores: podem multiplicar a bateria dentro do corpo, e disseminar pelo ambiente; manejo all in/all out; todos os animais de reposição devem ser de um fornecedor negativo para a disenteria; quarentena. Afecção intestinal que acomete principalmente os suínos em período de crescimento e terminação não é uma zoonose Bactéria - Lawsonia intracellularis - bacilo gram-negativo, intracelular obrigatório causa de enfermidades em coelhos, cavalos, ratos, ovinos, equinos, raposas, cães, furões, primatas não humanos, emas e avestruzes; diversas espécies de aves e mamíferos silvestres - podem participar da introdução do agente no plantel. Em suínos, o complexo produzido pela bactéria apresenta- se sob várias formas e inclui alterações descritas como Adenomatose intestinal suína, Enteropatia proliferativa hemorrágica, Enterite necrótica e Ileíte regional. fezes oral rota de infecção oral-fecal Suínos podem se tornar assintomáticos e continuar eliminando o agente nas fezes - papel importante na disseminação da infecção. Intensa hiperplasia dos enterócitos das criptas do íleo (principalmente), jejuno, ceco e cólon. Doença crônica: perda de peso lenta e progressiva, resultante da diarreia e diminuição do apetite. Lesões geralmente no íleo e, com menor frequência, cólon. O intestino fica espesso e túrgido com edema de serosa - diarreia por má absorção e efusão O lúmen do íleo e cólon geralmente contém hemorragia; coágulos de sangue; FEZES: consistência normal, cremosa ou aquosa; coloração de sangue parcialmente digerido ÍNDICE DE MORTALIDADE: pode chegar em até 6% do plantel Histopatológico: severa hiperplasia da mucosa intestinal, devido a proliferação das células epiteliais imaturas, tornando as criptas alongadas e as vilosidades curtas com acentuada diminuição das células caliciformes. Pode-se observar ainda, hemorragia, edema e infiltração inflamatória. identificação do agente Demonstração do agente nas fezes pelo PCR. Cultivo da L. Intracelularis Imunohistoquímica antibiótico com base na cultura e antibiograma. Clortetraciclina, lincomicina, tiamulina, tilosina, penicilina. Medidas gerais de biosseguridade Deve-se manter a boa higiene e desinfecção local, fazendo com que haja um corte na rota de infecção oral-fecal; VACINAÇÃO – a partir de 3 semanas de idade Salmonelose em suínos: doença entérica e sistêmica Importância em saúde pública: surtos de infecções e toxinfecções alimentares em humanos. Gênero salmonela - pertence à família Enterobacteriaceae bacilos gram-negativos não esporulantes, intracelulares facultativos e geralmente móveis, com flagelos. Os suínos podem ser infectados por uma grande variedade de espécies e sorotipos de importância na saúde humana. Entretanto, os de maior prejuízo clínico para os suínos são a Salmonella choleraesuis e a Salmonella thyphimurium. Podem variar de manifestações brandas e sem sinais clínicos à enterite aguda ou crônica que, em casos mais graves, pode levar a quadros de sepse. A severidade do caso varia de acordo com a virulência da cepa infectante e o estado imunológico do leitão. Percebe-se que os surtos ocorrem, principalmente, em casos de animais debilitados e em situações de estresse, geralmente com idade em média de 5 semanas a 17 semanas. Em leitões neonatos este quadro é incomum, pelo fato de serem protegidos pela imunidade passiva via colostro. A bactéria pode alojar-se nos linfonodos e ser excretada quando o animal for submetido a quadros de estresse, como no transporte e/ou reagrupamento. Matrizes, creche e engorda: febre; apatia; perda de apetite; congestão das orelhas, nariz e cauda; pneumonia – tosse, dispneia; sinais nervosos (raros); diarreia com mau cheiro (às vezes com sangue e muco) Leitões: imunidade passiva fornecida pelo colostro.. infecção fecal-oral Animais portadores de salmonela podem infectar superficialmente a carcaça e subprodutos da carne suína. o estresse do transporte e do manejo pré-abate desencadeiam a excreção da bactéria sinais clínicos, necropsia - edema intersticial, fígado, baço e congestão gastro-hepática de linfonodos - e identificação culturas (órgãos, fezes, sangue); PCR; sorologia; isolamento e sorotipagem antimicrobianos – antibiograma neomicina, ceftiofur e etc... Biosseguridade e boas práticas Manejos de limpeza e desinfecção; controle de roedores e outros veiculadores, como insetos e aves; manejo all in/all out; vazio sanitário; Compra de animais de fornecedores negativos para a doença; Prebióticos e probióticos; VACINAS - por via oral em leitões, a partir de 1 dia de idade. Fatores estressantes como, transporte, reagrupamento, superlotação, desafio calórico, pré-parto e outros fatores imunossupressores, apresentam importância na epidemiologia da doença.
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