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Diarreias infecciosas

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Diarreias infecciosas 
Introdução – 
Prejuízos para animais de companhia e econômicos 
em animais de produção: 
- Mortalidade 
- Queda na produção 
- Retardo no crescimento 
- Gastos com medicamentos 
- Gastos com medidas de prevenção 
Principais mecanismos das diarreias: 
1 – Não absorção – líquidos e alimentos permanecem 
no tubo intestinal e a eles se junta a secreção normal 
dos intestinos, aumentando o volume líquido luminal. 
2 – Hipersecreção – por excesso de ativação da 
produção de AMPc, com secreção muito ativa de água 
e bicarbonatos. 
 
3 – Aumento da luminal - principalmente por carga 
osmótica excesso de fermentações por peristaltismo 
diminuído, excesso de alimentos fermentáveis ou 
excesso de proliferação da microbiota normal, ou 
modificação da microbiota normal, por exemplo pela 
alimentação ou seleção medicamentosa. (Probióticos = 
quantidade de microrganismos vivos; Prebióticos = 
substâncias não digeríveis que auxiliam na 
reconstrução da flora intestinal, ajudam no crescimento 
bacteriano; Simbióticos = Prebiótico + Probiótico) 
*Exclusão competitiva 
4 – Edema parietal - por fenômenos vasculares com 
aumento de permeabilidade por toxinas ou 
inflamações. 
5 – Aumento do peristaltismo - por estímulo do plexo 
mioentérico por nervosismo ou no caso de infecções 
por toxinas. 
6 – Por lesões do epitélio ou toda a mucosa - retirando 
a barreira tissular que impede que os líquidos saiam do 
tecido conjuntivo para a luz intestinal. 
 
Durante a diarreia ocorre perda de: 
• Líquidos - que causa a desidratação, 
• Eletrólitos - causando um desequilíbrio 
eletrolítico, 
• Energia - com aumento do e de catabolismo 
desenvolvimento hipoglicemia. 
• Gastroenterite: síndrome caracterizada por sintomas 
no estômago e intestino. Há perda de apetite, náuseas, 
vômitos, diarreia de leve a intensa, cólica e desconforto 
abdominal. 
• Enterocolite: inflamação da mucosa do intestino 
delgado e grosso. 
• Diarreia: liberação de fezes anormais. Presença de 
evacuações frequentes e/ou líquidas, envolvendo 
perda aumentada de eletrólitos e fluidos. 
• Disenteria: distúrbio inflamatório do TGI. Presença de 
sangue e leucócitos nas fezes, acompanhada de dor, 
febre e cólicas abdominais. 
Escherichia coli – indicadora fecal 
● Bactéria Gram negativa 
● Anaeróbia facultativa 
● Não esporulada 
● Enterobacteria 
● TGI animais de sangue quente 
● Linhagens patogênicas 
● Causa diarreia e disenteria em homens e animais. 
 
 
● Diarreias por E. coli – comumente líquidas e claras 
ou amareladas. (pode apresentar sangue) 
● Bezerros, potros, borregos, leitões e cães, 
principalmente nas primeiras semanas de vida, logo 
após o desmamem. 
● Pode estar associada com vírus. 
Cinco classes de linhagens patogênicas 
→ PEC - Enteropatogênica – clássica 
→ EIEC – Enteroinvasora 
→ ETEC – Enterotoxigênica 
→ EHEC – Entero-hemorrágica 
→ EAggEC – Enteroagregativa 
EPEC – Enteropatogênica clássica 
● Gastroenterite 
● Recém nascidos e lactantes jovens 
● Diarreia grave: dores abdominais; vômitos e febre 
● P.I. - 6h - 3d 
Caracteristica do agente: causa lesão denominada de 
attaching and effacing - A/E. (forma de pedestal) 
Adesão íntima da bactéria ao epitélio intestinal, com 
destruição das microvilosidades intestinais, alterações 
no citoesqueleto, com formação de estruturas 
semelhantes a pedestais e acúmulo de actina 
polimerizada logo abaixo da ligação da bactéria à 
célula). 
EIEC - Enteroinvasora 
● Diarreia com muco e sangue 
● Cólicas, febre e mal estar 
● PI: 8 - 24h 
Caracteristica do agente: Internalização pelo enterócito 
ETEC - Enterotoxigênica 
● Produtoras de enterotoxinas 
● Diarreia aquosa 
● Febre baixa 
● Dores abdominais e náuseas 
● PI: 8 - 44h (26h) 
● Autolimitada 
● Saneamento precário 
Característica do agente - alteram as funções dos 
enterócitos, aumentando a secreção e reduzindo a 
absorção de líquidos, sem induzirem alterações 
morfológicas significativas no intestino. 
 
EHEC - Entero-hemorrágica 
● Colite hemorrágica 
● Dores abdominais severas 
● Diarreia aguda 
● Grande quantidade de sangue nas fezes 
● Ausência de febre 
● PI: 3 - 9 d 
● Evolução: Síndrome Urêmica Hemolítica 
● Produção de citotoxinas 
● Reservatório: gado 
EAggEC - Enteroagregativa 
● Poucos dados 
● Adesão mucosa intestinal 
● Casos crônicos de diarreia 
 
Diagnóstico – 
➜Clínico (manifestações) 
➜Laboratorial 
→ Material: fezes, alças intestinais ou swab retal 
→ Técnicas: 
● Microbiológico – isolamento 
● Molecular – pesquisa de fímbrias e toxinas 
por PCR 
● Diferencial: outras diarreias 
Tratamento – 
● Terapia de suporte 
● Reidratação oral ou parenteral 
● Correção do desbalanceamento eletrolítico 
● Estabilização do equilíbrio ácido-básico 
● Antibioticoterapia 
Prevenção – 
● Medidas de biosseguridade 
● Vacinas – com os frequentes mais sorotipos 
 
Salmonella – 
● Bactérias Gram negativas 
● Não formadora de esporos 
● Anaeróbias facultativas 
● Principais sorotipos: Salmonella Typhi, Salmonella 
Cholerasuis e Salmonella Enteritidis. (+2.500 sorotipos) 
● pH 7,0 
● Tº 35-37ºC 
 
Salmonelose – 
Impacto econômico no setor veterinário. 
Os prejuízos são representados por: 
▪Redução do ganho de peso e produtos (leite, carne, 
ovos) 
▪Mortalidade 
▪Gastos com antibioticoterapia 
▪Zoonoses 
✓ Família: Enterobacteriaceae 
✓ Samonella enterica, com seis subespécies e a 
Salmonella bongori 
✓ Mais de 2500 sorotipos 
Com base na especificidade preferencial do 
hospedeiro: 
• Adaptadas ao homem (S. Typhi e S. Paratyphi) 
• Adaptadas a uma espécie animal 
• (S. Cholerae, S. Pullorum, S. Gallinarum, etc.) 
 
a) Febre tifoide (Salmonella Typhi) 
● Só acomete o homem 
● Transmitida por água e alimentos contaminados com 
material fecal humano 
b) Febre entérica (Salmonella Paratyphy) 
● Semelhante à febre tifoide com sintomas mais 
brandos; 
c) Enterocolites 
● Causada pelas demais salmonelas. 
● Diarreia, febre, dores abdominais e vômitos. 
Infecção transmitida por água, alimentos ou fômites 
contaminados; Causam hipersecreção e aumento de 
motilidade; Diarreia comumente profusa, com fezes de 
cor esverdeada. 
 
 
Salmonelose em animais domésticos - Manifestações 
clínicas dependem de: 
→ dose infectante, 
→ virulência do sorotipo, 
→ suscetibilidade do hospedeiro (estado 
imunológico, genética e idade) 
Período de incubação – geralmente em torno de 6 a 48 
horas 
➜Enterocolite que pode afetar a maioria das espécies 
animais, independentemente da idade 
Doença aguda ➜ febre, depressão, anorexia e diarreia 
profusa, podendo conter sangue, muco e células 
epiteliais; desidratação e perda de peso; fêmeas 
prenhes – abortamento; animais jovens – podem 
morrer em poucos dias 
Doença crônica ➜ em decorrência da aguda (suínos, 
bovinos e equinos); febre, fezes amolecidas e perda de 
peso gradual 
➜Em qualquer idade nas diversas espécies. 
➜Bezerros, leitões e potros – mais comum com até 4 
meses. 
➜Doença clínica: 
→ febre alta, depressão e prostração 
→ diarreia persistente, artrite, meningite e 
pneumonia 
→ morte em até 48h se não houver tratamento 
➜Suínos – S. Choleraesuis - cianose de extremidades 
 
Diagnóstico – 
➔Histórico 
➔Isolamento do agente –água peptonada, tetrationato, 
XLD ou XLT4 
➔Provas bioquímicas –pp. fermentação de açúcares 
(salmonelas mais importantes –não fermentam a 
lactose). 
➔PCR 
➔Sorotipagem do agente (alguns laboratórios) 
➔Testes sorológicos 
➔Histopatológico 
➔Diferencial com outras causas de enterite, 
septicemia e pneumonia 
 
Tratamento – 
●Terapia de suporte 
●Reidratação oral ou parenteral 
●Correção do desbalanceamento eletrolítico 
●Estabilização do equilíbrio ácido-básico 
●Antibioticoterapia 
 
*dependendo da espécie e tipo, alguns não são 
tratados 
Prevenção – 
●Medidas de biosseguridade●Vacinação 
 
*pela faixa etária conseguimos ter uma ideia de 
diagnóstico 
Diarreias por vírus – 
●Principais vírus causadores de diarreia em animais 
domésticos: 
→ Rotavirus 
→ Coronavirus 
→ Pestivirus 
→ Parvovirus 
 
 
Rotavirus – 
●Replicam se nos enterócitos na metade apical das 
vilosidades do intestino delgado 
●Mecanismos principais prejuízo da absorção, 
depressão da bomba de sódio dos enterócitos e por 
estimular a secreção por aumento de AMPc 
●São diarreias complexas e podem estar associadas a 
fatores predisponentes ou concomitantes. 
Rotavirose – agente: 
➢ Família: Reoviridae 
➢ Gênero: Rotavirus 
-Infecção em diferentes espécies 
-RNA fita dupla de 11 segmentos, não 
envelopado 
-Dividido em 7 grupos antigênicos distintos (A a 
G) 
➢ Estável e resistente às condições ambientais 
➢ Diarreia pré-desmame 
 
Patogenia e sinais clínicos – 
•Atrofia das vilosidades diarreia hipersecretória (de 2 a 
10 dias) 
•Pode haver infecção bacteriana secundária. 
•Fezes amarelo esbranquiçadas com consistência 
aquosa a pastosa. 
•Intensidade da diarreia e mortalidade decrescem 
conforme aumenta a idade do animal. 
*Rotavirus e Reovirus replicam em jejuno e íleo, no 
terço superior das vilosidades 
 
 
 
Diagnóstico – 
●Clínico - diarreia recorrente que não cede à 
antibioticoterapia 
●Laboratorial - Material: fezes - Técnicas: molecular 
Tratamento e prevenção – 
● Medidas de biosseguridade 
● Vacinação 
Reovírus – 
→ Gênero: Reoviridae 
→ Icosaédrico 
→ 65 a 75 nm 
→ Verificado em bovinos, ovinos, suínos equinos, 
cães e coelhos. 
●Causam diarreia neonatal principalmente nas duas 
primeiras semanas de vida. 
●Adultos podem ser portadores. 
●Morbidade, gravidade, letalidade variam em função 
do hospedeiro e da espécie. 
*diagnóstico e tratamento semelhante a anterior 
Coronavírus – 
→ 80 a 160 nm 
→ Mais patogênicos, 
→ Lesam os enterócitos, 
→ Causam colapso parcial do córion, forte 
hipersecreção e maior inflamação coriônica, 
inclusive com diminuição da altura das 
vilosidades. 
 
Etiologia – 
➢ Família: Coronaviridae 
➢ Gênero: Coronavirus 
●Afetam suínos, bezerros e cães. 
●Bezerros fezes normalmente fluídas e de cor 
amarelada. 
●Mais importante gastroenterite transmissível dos 
suínos. (causada pelo coronavírus) 
 
Pestivirus – 
→ Família: Flaviriridae 
→ Gênero: Pestivirus 
→ 40 a 60 nm 
→ Icosaédrico 
→ Vírus envelopado 
→ Fita simples de RNA 
 
●Ação nos enterócitos e inflamam o corion, 
●Penetram e se replicam no tecido linfóide, 
●Não se instalam no endotélio vascular recebem 
fração do complemento e há aumento de 
permeabilidade vascular, 
●Há inflamação, úlceras, hemorragias e diarreia por 
aumento da pressão hidrostática 
 
Parvovirose canina – Etiologia – 
➢ Gênero: Parvovirus 
➢ DNA vírus de fita simples: 
➢ Família Parvoviridae 
➢ Sub família Parvovirinae 
➢ Gênero Parvovirus 
-CPV 2. gastrenterite hemorrágica e 
miocardite. 
 
●Células de alto metabolismo e elevada taxa de 
mitose 
• Epitélio intestinal 
• Medula óssea 
• Tecido linfóide 
• Células do miocárdio de neonatos 
●Simetria icosaédrica, 
●Não envelopado, 
●Capacidade de aglutinar hemácias empregado em 
seu diagnóstico laboratorial. (inibição da aglutinação) 
Resistência ambiental – 
 
 
Parvovirose – Características epidemiológicas 
• Raça 
o Rottweiler - Pinscher 
• Morbidade 
o atualidade → alta incidência do 
desmame até 6 meses 
• Letalidade 
o primórdios da enfermidade 
o atualidade → relação inversa entre 
idade e letalidade 
 
Tratamento diarreias virais – 
●Terapia de suporte 
●Reidratação oral ou parenteral 
●Correção do desbalanceamento eletrolítico 
●Estabilização do equilíbrio ácido-básico 
●Antibioticoterapia – infec. secundárias 
Diarreias por fungos – 
→ São eventuais e secundárias, 
→ Micotoxicoses, 
→ Candidíase secundária a antibioticoterapia e 
outras causas predisponentes. 
Diagnóstico – 
•Anamese 
•Exame clínico 
•Exames específicos em função da suspeita clínica 
•Importante tratamento, controle e prevenção

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