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PROFESSORA: ADRIANE FAUTH TURMA: CARREIRAS ADMINISTRATIVAS DATA: 29/08/2016 adrianefauth@gmail.com 1 DIREITO CONSTITUCIONAL PODER LEGISLATIVO PODER LEGISLATIVO – ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO FUNÇÕES TÍPICAS: Elaboração de leis, ato de produção jurídica primária = Cria, extingue ou modifica direitos e obrigações (principio da Legalidade) Fiscalização financeira e administrativa dos atos do Executivo (art. 49, X). ESTRUTURA DO PODER LEGISLATIVO: CONGRESSO NACIONAL O Poder Legislativo da União é representado pelo Congresso Nacional, cuja estrutura é BICAMERAL, ou seja, é formado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal Essa previsão encontra-se na Constituição Federal: Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Parágrafo único. Cada legislatura terá a duração de quatro anos. Não há predominância de uma casa sobre a outra. Câmara primazia quanto a iniciativa de Lei. PRINCIPAIS ATRIBUIÇÕES DO CONGRESSO NACIONAL Podem ser classificadas em 5 grupos: 1. Legislativa: Art. 48 – Rol Exemplificativo. Elaborar, discutir e aprovar projetos de Lei, sujeitas à sanção ou veto do presidente, em matérias de competência da União. 2. Fiscalização e controle. Dos atos do Poder Executivo. Controle externo dos recursos Públicos, com auxilio do Tribunal de contas da União. Instalação de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) art. 58§3°; 3. Julgamento de crimes de responsabilidade: Presidente, Vice, Ministros de Estados. 4. Constituintes: Aprovação de Emendas constitucionais – Poder Constituinte Reformador. Art. 60 5. Deliberativa: art. 49, 51 e 52 Competências exclusivas do Congresso – independem de sanção ou veto do presidente – Decretos legislativos ou Resoluções. ATRIBUIÇÕES DO CONGRESSO NACIONAL Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre: I - sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas; II - plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de crédito, dívida pública e emissões de curso forçado; III - fixação e modificação do efetivo das Forças Armadas; IV - planos e programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento; V - limites do território nacional, espaço aéreo e marítimo e bens do domínio da União; VI - incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de Territórios ou Estados, ouvidas as respectivas Assembleias Legislativas; VII - transferência temporária da sede do Governo Federal; VIII - concessão de anistia; IX - organização administrativa, judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública da União e dos Territórios e organização judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública do Distrito Federal; IX - organização administrativa, judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública da PROFESSORA: ADRIANE FAUTH TURMA: CARREIRAS ADMINISTRATIVAS DATA: 29/08/2016 2 DIREITO CONSTITUCIONAL União e dos Territórios e organização judiciária e do Ministério Público do Distrito Federal; X - criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas; X - criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas, observado o que estabelece o art. 84, VI, b; XI - criação, estruturação e atribuições dos Ministérios e órgãos da administração pública; XI - criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública; XII - telecomunicações e radiodifusão; XIII - matéria financeira, cambial e monetária, instituições financeiras e suas operações; XIV - moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida mobiliária federal. XV - fixação do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, por lei de iniciativa conjunta dos Presidentes da República, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I XV - fixação do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º; 150, II; 153, III; e 153, § 2º, I COMPETÊNCIA EXCLUSIVA DO CONGRESSO NACIONAL Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional; II - autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, a permitir que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente, ressalvados os casos previstos em lei complementar; III - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem do País, quando a ausência exceder a quinze dias; IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas; V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa; VI - mudar temporariamente sua sede; VII - fixar idêntico subsídio para os Deputados Federais e os Senadores, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; VIII - fixar os subsídios do Presidente e do Vice- Presidente da República e dos Ministros de Estado, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo; X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta; XI - zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa dos outros Poderes; XII - apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio e televisão; XIII - escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União; XIV - aprovar iniciativas do Poder Executivo referentes a atividades nucleares; XV - autorizar referendo e convocar plebiscito; XVI - autorizar, em terras indígenas, a exploração e o aproveitamento de recursos hídricos e a pesquisa e lavra de riquezas minerais; XVII - aprovar, previamente, a alienação ou concessão de terras públicas com área superior a dois mil e quinhentos hectares. CÂMARA DOS DEPUTADOS – art. 45 CF ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal. PROFESSORA: ADRIANE FAUTH TURMA: CARREIRAS ADMINISTRATIVAS DATA: 29/08/2016 3 DIREITO CONSTITUCIONAL Formado por representantes do Povo – eleitos em cada Estado, Território e Distrito Federal. Mandato de 4 anos – período chamado de LEGISLATURA.§ único do art. 44 A CF não estabelece um número fixo de Deputados. SISTEMA PROPORCIONAL. O número de deputados federais é PROPORCIONAL porque varia de acordo com a POPULAÇÃO (conceito numérico) e é estabelecido no ano anterior ao ano eleitoral por Lei complementar (LC 78/93 – 513 DEPUTADOS). Art. 45o§ 1º O número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito Federal, será estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à população, procedendo-se aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhumadaquelas unidades da Federação tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados. Assim, são eleitos os candidatos do partido ou da coligação que tiverem o maior número de votos. É proporcional porque estabelece o n° de votos do partido e o n° de cadeiras. Mínimo de 8 e Max. De 70 deputados. – * LEMBRAR: Não precisa ser NATO, apenas maior de 21 anos. *É de 4 nos Territórios, independente do numero de habitantes. 45§2º Art.45o§ 2º Cada Território elegerá quatro Deputados. COMPETÊNCIAS Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados: I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado; II - proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa; III - elaborar seu regimento interno; IV – dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; V - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII. SENADO FEDERAL – art. 46 CF ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário. § 1º Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com mandato de oito anos. § 2º A representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de quatro em quatro anos, alternadamente, por um e dois terços. § 3º Cada Senador será eleito com dois suplentes. O Senado é a Câmara representativa dos Estados e do DF, elegendo cada Estado 3 Senadores com 2 suplentes cada, pelo sistema majoritário simples. É órgão do P.L da União – divisão interna – sem personalidade jurídica. Os atos praticados pelo Senado são de responsabilidade da União. * Senado é chamado de: PROFESSORA: ADRIANE FAUTH TURMA: CARREIRAS ADMINISTRATIVAS DATA: 29/08/2016 4 DIREITO CONSTITUCIONAL Câmara Revisora: Revisa os projetos de iniciativa da Câmara, porque quando o projeto é de iniciativa do Senado a revisão será feita pela Câmara. Câmara de Equilíbrio = projeto de Lei não aprovado pelo Senado será arquivado, busca-se um equilíbrio entre a vontade do povo e a vontade dos entes federados. Mandato de 2 legislaturas = 8 anos, a cada 4 anos elege-se 1 senador, 4 anos depois elege-se 2 senadores - votamos 1/3 e 2/3. Requisitos para ser Senador: igual ao de deputado, mais + de 35 anos, inclusive; Território não elege Senador porque não é ente federativo, não será representado SISTEMA MAJORITÁRIO Considera-se eleito o candidato com maior número de votos. COMPETÊNCIA Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: I - processar e julgar o Presidente e o Vice- Presidente da República nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles; II processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de responsabilidade; III - aprovar previamente, por voto secreto, após arguição pública, a escolha de: a) Magistrados, nos casos estabelecidos nesta Constituição; b) Ministros do Tribunal de Contas da União indicados pelo Presidente da República; c) Governador de Território; d) Presidente e diretores do banco central; e) Procurador-Geral da República; f) titulares de outros cargos que a lei determinar; IV - aprovar previamente, por voto secreto, após arguição em sessão secreta, a escolha dos chefes de missão diplomática de caráter permanente; V - autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios; VI - fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; VII - dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo Poder Público federal; VIII - dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito externo e interno; IX - estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal; XI - aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da República antes do término de seu mandato; XII - elaborar seu regimento interno; XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; XIV - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII. XV - avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional, em sua estrutura e seus componentes, e o desempenho das administrações tributárias PROFESSORA: ADRIANE FAUTH TURMA: CARREIRAS ADMINISTRATIVAS DATA: 29/08/2016 5 DIREITO CONSTITUCIONAL da União, dos Estados e do Distrito Federal e dos Municípios. Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionará como Presidente o do Supremo Tribunal Federal, limitando-se a condenação, que somente será proferida por dois terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis. QUÓRUM É o número mínimo exigido para reunião e votação em órgão colegiado. Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros. Regra Geral = Maioria de votos, presente a maioria absoluta de membros. MAIORIA = maior número de votos em um colegiado. MAIORIA SIMPLES: Maioria dos presentes. Ex: Lei ordinária (art. 47). MAIORIA QUALIFICADA: maioria dos membros do órgão, presentes ou ausentes. Maioria Absoluta: aprovação por mais da metade dos membros integrantes do órgão. Ex: Lei complementar (art. 69) ½ + 1 = órgãos pares; ½ + 1 = até o primeiro numero inteiro = órgãos ímpares. Ex: STF – 11 ministros – maioria absoluta = 6 e não 7. Demais maiorias qualificadas: 3/5 – emendas constitucionais (60§2) DAS REUNIÕES OU SESSÕES LEGISLATIVAS– art. 57 CF Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro. § 1º As reuniões marcadas para essas datas serão transferidas para o primeiro dia útil subsequente, quando recaírem em sábados, domingos ou feriados. § 2º A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias. § 4º Cada uma das Casas reunir-se-áem sessões preparatórias, a partir de 1º de fevereiro, no primeiro ano da legislatura, para a posse de seus membros e eleição das respectivas Mesas, para mandato de 2 (dois) anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente. § 5º A Mesa do Congresso Nacional será presidida pelo Presidente do Senado Federal, e os demais cargos serão exercidos, alternadamente, pelos ocupantes de cargos equivalentes na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. § 7º Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional somente deliberará sobre a matéria para a qual foi convocado, ressalvada a hipótese do § 8º deste artigo, vedado o pagamento de parcela indenizatória, em razão da convocação. § 8º Havendo medidas provisórias em vigor na data de convocação extraordinária do Congresso Nacional, serão elas automaticamente incluídas na pauta da convocação. SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA: É o período de reunião ordinária dos Parlamentares e ocorre em dois períodos legislativos de 02/02 a 17/07 e 01/08 a 22/12. Cada legislatura (4 anos) é formada por 4 sessões legislativas. PROFESSORA: ADRIANE FAUTH TURMA: CARREIRAS ADMINISTRATIVAS DATA: 29/08/2016 6 DIREITO CONSTITUCIONAL Recesso Parlamentar: 18 a 31/07 e 23/12 a 1º/02. Nesse período o Congresso não funciona, salvo se for convocada Sessão Extraordinária. SESSÃO LEGISLATIVA EXTRAORDINÁRIA É aquela ocorrida no recesso parlamentar. A sessão legislativa extraordinária poderá ser convocada: PRESIDENTE DO SENADO: em caso de decretação de estado de defesa, de intervenção federal, autorização para a decretação de estado de sítio e para o compromisso e a posse do Presidente e do Vice-Presidente PRESIDENTE DA REPÚBLICA; PRESIDENTE DA CÂMARA; PRESIDENTE DO SENADO; Requerimento da maioria dos membros de ambas as casas. Nos últimos casos por URGÊNCIA ou RELEVANTE INTERESSE PÚBLICO Art. 57. § 6º A convocação extraordinária do Congresso Nacional far-se-á: I - pelo Presidente do Senado Federal, em caso de decretação de estado de defesa ou de intervenção federal, de pedido de autorização para a decretação de estado de sítio e para o compromisso e a posse do Presidente e do Vice-Presidente- Presidente da República; II - pelo Presidente da República, pelos Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal ou a requerimento da maioria dos membros de ambas as Casas, em caso de urgência ou interesse público relevante, em todas as hipóteses deste inciso com a aprovação da maioria absoluta de cada uma das Casas do Congresso Nacional. SESSÃO PREPARATÓRIA Como já visto as sessões ordinárias começam a partir de 2 de fevereiro, contudo, no dia 1o de fevereiro, no primeiro ano da legislatura, ocorrerá sessão preparatória, para posse dos novos membros e eleição das mesas, pelo prazo de 2 anos, vedada a recondução na eleição imediatamente subsequente. Art. 57 parágrafo 4º CF. SESSÃO CONJUNTA Em regra, a deliberação das casas se dá separadamente, contudo para deliberar a respeito de alguns temas, poderá ocorrer sessão conjunta. É o que dispõe o Art. 57 §3° inaugurar a sessão legislativa; elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços comuns às duas Casas; receber o compromisso do Presidente e do Vice-Presidente da República; conhecer do veto e sobre ele deliberar. Art. 57. § 3º Além de outros casos previstos nesta Constituição, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal reunir-se-ão em sessão conjunta para: I - inaugurar a sessão legislativa; II - elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços comuns às duas Casas; III - receber o compromisso do Presidente e do Vice-Presidente da República; IV - conhecer do veto e sobre ele deliberar. Sessão conjunta é diferente de sessão unicameral. MESAS As mesas diretoras de cada Casa são órgãos diretivos formadas por parlamentares eleitos para dirigir os trabalhos legislativos pelo prazo de 2 anos, vedada a recondução; quanto a sua composição deverá ser assegurado a representação proporcional aos partidos PROFESSORA: ADRIANE FAUTH TURMA: CARREIRAS ADMINISTRATIVAS DATA: 29/08/2016 7 DIREITO CONSTITUCIONAL políticos ou blocos parlamentares. As funções são de natureza executiva, ou seja: direção, supervisão, polícia, administração e execução. Art. 58. § 1º Na constituição das Mesas e de cada Comissão, é assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da respectiva Casa. Para não confundir!! LEGISLATURA 4 ANOS SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA ANUAL, DIVIDIDA EM DOIS PERIODOS SESSÃO LEGISLATIVA EXTRAORDINÁRIA ENTRE AS SESSÕES LEGISLATIVAS ORDINÁRIAS SESSÕES ORDINÁRIAS DIARIAMENTE, TERÇA A QUINTA SESSÕES EXTRAORDINÁRIAS FORA DOS HORÁRIOS DAS SESSÕES ORDINÁRIAS COMISSÕES PARLAMENTARES– art. 58 Constituídas para atender a finalidades especificas, funcionam como órgãos técnicos e fazem estudo prévio de matérias a serem deliberadas nas casas. Quanto a sua constituição deve ser respeitada a representação proporcional dos partidos e blocos parlamentares. Podem ser classificadas: QUANTO A SUA DURAÇÃO: * PERMANENTES: Competência estabelecida pelo art. 58 §2°. Instituídas em razão da matéria. Criadas por ato normativo ou pelo regimento interno. Permanecem mesmo após o término do mandato. Ex: Comissão de Constituição e Justiça, Comissão de Saúde, Orçamento. Art. 58. § 2º Às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe: I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência do Plenário, salvo se houver recurso de um décimo dos membros da Casa; II - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil; III - convocar Ministros de Estado para prestar informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições; IV - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas; V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão; VI - apreciar programas de obras, planos nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre eles emitir parecer. *TEMPORÁRIA OU ESPECIAL: Regimento Interno. Criadas para analisar matéria específica, sendo que cumprida a finalidade ou terminando o mandato ela é extinta. QUANTO A SUA FORMAÇÃO: * COMISSÃO EXCLUSIVA: composta apenas por membros da Câmara ou do Senado. * COMISSÃO MISTA: Formada por deputados e Senadores para analisar assuntos que geralmente são examinados em sessão conjunta. Ex: Comissão Mista permanente de Orçamento – art. 166 §1º. Outras comissões em virtude das suas peculiaridades também devem ser analisadas: * COMISSÃO REPRESENTATIVA: Constituída durante o recesso parlamentar para Representação do Congresso e eleita na última sessão ordinária do período legislativo. Competências definidas pelo R.I. PROFESSORA: ADRIANE FAUTH TURMA: CARREIRAS ADMINISTRATIVAS DATA: 29/08/2016 8 DIREITO CONSTITUCIONAL Art. 58 § 4º Durante o recesso, haverá uma Comissão representativa do Congresso Nacional, eleita por suas Casas na última sessão ordinária do período legislativo, com atribuições definidas no regimento comum, cuja composição reproduzirá, quanto possível, a proporcionalidade da representação partidária. * COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO: Art. 58§3º. - CPI São Comissões de naturezatemporária, criadas para investigar fato certo e determinado. Trata- se de verdadeira função típica do Poder Legislativo de fiscalização. Observe o que dispõe o art. 58§3º da CF § 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores. Assim, podemos concluir que: Criação: Pode ser criada tanto no âmbito da Câmara quanto no âmbito do Senado, de forma exclusiva ou pode ser mista. Requerimento: de 1/3 dos membros. (Ex: 171 deputados ou 27 Senadores) Apuração: fato determinado. Prazo: certo – é temporária. Requisitos de observância obrigatória nas CPIS estaduais e municipais. Poderes: A CPI tem poderes próprios das autoridades JUDICIAIS, além dos previstos nos regimentos internos. Assim a CPI realiza investigação, um INQUÉRITO PARLAMENTAR. – colher elementos de prova para informar um juízo de acusação. A CPI PODE: Ouvir testemunhas, sob pena de Condução coercitiva (compromisso de dizer a verdade sob pena de falso testemunho). Particulares ou autoridades públicas. Ouvir investigado – direito a não autoincriminação (permanecer em silêncio, não produzir prova contra si). Direito ao sigilo profissional Quebrar sigilo de dados: bancário, fiscal e telefônico (registros de chamadas). Entretanto esses poderes não são absolutos. A CPI NÃO PODE: princ. Da Reserva Constitucional de Jurisdição (atos exclusivos do Judiciário) Decretar prisão – apenas em flagrante. Quebrar o sigilo das comunicações telefônicas: art. 5º XII - Interceptação ou escuta telefônica (só com ordem judicial); Diligência de busca domiciliar: art. 5º XI. Indisponibilidade de bens Convocação de magistrados para depor em CPI, apenas sobre a prática de atos administrativos e não de atuação jurisdicional. CONCLUSÕES: Uma vez que a CPI não é órgãos de acusação ou julgamento, elas não podem julgar ninguém. Conclusões encaminhadas para o MP que deverá promover a responsabilização civil ou criminal. Devem ser MOTIVADAS sob pena de nulidade, à semelhança das decisões judiciais. ESTATUTO DOS CONGRESSISTAS - ART. 53 A 56 CF São prerrogativas, direitos, imunidades e incompatibilidades inerentes à função parlamentar – reforçam a democracia, na medida em que os parlamentares podem PROFESSORA: ADRIANE FAUTH TURMA: CARREIRAS ADMINISTRATIVAS DATA: 29/08/2016 9 DIREITO CONSTITUCIONAL exercer livremente suas opiniões, palavras e votos e protegidos contra prisões arbitrárias ou rivalidades políticas. Não podem abrir mão da prerrogativa. Não se estendem aos suplentes = inerente ao cargo. Regras fixadas pela EC 35/2001 IMUNIDADES MATERIAL, REAL OU SUBSTANTIVA – ART. 53, CAPUT – INVIOLABILIDADES. – FREEDOM OF SPEECH Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. Os deputados e Senadores são invioláveis civil e penalmente, por opiniões, palavras e votos proferidos em razão da função parlamentar. Apesar de não ter previsão Constitucional a doutrina entende que essa imunidade se estende às esferas política e administrativa. Essas opiniões, manifestaçõ es e votos podem ser proferidas FORA do âmbito do Congresso Nacional. De acordo com o STF1 deve existir um laço de implicação recíproca entre o ato praticado e a qualidade de mandatário político. A imunidade abrange as entrevistas jornalísticas, pronunciamentos, relatórios, meios eletrônicos (facebook, twitter etc) A imunidade penal é causa excludente de tipicidade - NÃO HÁ CRIME!!! Essa imunidade impede que o parlamentar seja condenado–IRRESPONSABILIZANDO-O. Precedentes: Inq. 1.024 – Min Celso de Mello – garantia inerente a função parlamentar. HC 89.417 – Min. Carmen Lúcia – manteve as prisões. Inq. 2.332 – Ag.R – Min. Celso de Mello 1 Precedentes: Inq. 1.024 – Min Celso de Mello – garantia inerente a função parlamentar. HC 89.417 – Min. Carmen Lúcia – manteve as prisões. Inq. 2.332 – Ag.R – Min. Celso de Mello – IMUNIDADE PROCESSUAL, FORMAL OU ADJETIVA – art. 53 §2° a 5° - “FREEDOM FROM ARREST” Os parlamentares federais ficam imunes a constrangimentos inerentes ao processo penal. HÁ CRIME – MAS COM ALGUMAS PECULIARIDADES. Regras sobre prisão: ART.53, § 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão. Os parlamentares federais não poderão ser PRESOS, a partida da DIPLOMAÇÃO pela Justiça Eleitoral (momento antes da Posse – investidos no cargo), salvo no caso de flagrante de crime inafiançável. TERMO INICIAL: Diplomação. REGRA GERAL: Não podem ser presos, seja a prisão penal ou a prisão civil (alimentos). (art. 5°, LXVII). EXCEÇÃO: FLAGRANTE DE CRIME INAFIANÇÁVEL PROCEDIMENTO: Envio dos autos (24h) para a Casa que pertence o parlamentar para que por maioria ABSOLUTA resolva sobre a prisão. Continua preso se a Casa concordar com a prisão, senão deve ser solto. Voto aberto!! Apesar de não ter previsão Constitucional, o STF entende pela possibilidade de prisão dos parlamentares por decisão judicial transitada em julgado. STF – pode ser preso em decorrência de decisão judicial transitada em julgado, mesmo se a Casa não determinar a perda do mandato PROFESSORA: ADRIANE FAUTH TURMA: CARREIRAS ADMINISTRATIVAS DATA: 29/08/2016 10 DIREITO CONSTITUCIONAL art. 55 §2º e 3º. Precedente: Inq. 510/DF – Min. Celso de Mello . Regras para o processo: ART.53 § 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação. § 4º O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo improrrogável de quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora. § 5º A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato. TERMO INICIAL: Crime ocorrido APÓS a diplomação. Denúncia oferecida no STF que deverá dar ciência a Casa respectiva. Partido Político com representação na Casa poderá fazer pedido de sustação da ação penal para a Mesa que, após o pedido, terá um prazo de 45 dias para por MAIORIA ABSOLUTA dos membros (quórum qualificado) SUSTAR o andamento da ação penal. Observe que a imunidade fica condicionada ao pedido de sustação, se este não fizer não terá imunidade. Sustação suspende a PRESCRIÇÃO. Quando poderá requerer a sustação?? Até final decisão da ação penal. 45 dias é o prazo para a Mesa Diretora decidir sobre o pedido de sustação. Não há imunidade processual para crimes cometidos ANTES da diplomação. Prerrogativa de Foro (foro privilegiado) Art. 53 § 1º Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serãosubmetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal. Desde a expedição do diploma até o término do mandato, os parlamentares serão processados e julgados, por crimes comuns, inclusive contravenções, pelo STF. Trata-se de Competência por prerrogativa de função (PP). Essa prerrogativa não se estende as causas de natureza cível ou administrativa Encerrado o Mandato? Continua o processo no STF? NÃO!! Deve ser encaminhado ao Juiz natural. Entretanto, o STF tem entendido pela prorrogação de sua competência em duas situações: 1) Quando já iniciado o julgamento; 2) Renúncia de Parlamentar com o objetivo de deslocar competência do Tribunal2 2 AP 396/RO QUESTÃO DE ORDEM NA AÇÃO PENAL. DEPUTADO FEDERAL. RENÚNCIA AO MANDATO. ABUSO DE DIREITO: RECONHECIMENTO DA COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PARA CONTINUIDADE DO JULGAMENTO DA PRESENTE AÇÃO PENAL. DENÚNCIA. CRIMES DE PECULATO E DE QUADRILHA. ALEGAÇÕES DE NULIDADE DA AÇÃO PENAL, DE INVESTIGAÇÃO PROMOVIDA POR ÓRGÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE PRIMEIRO GRAU, DE OFENSA AO PRINCÍPIO DO PROMOTOR NATURAL, DE CRIME POLÍTICO, DE INÉPCIA DA DENÚNCIA, DE CONEXÃO E DE CONTINÊNCIA: VÍCIOS NÃO CARACTERIZADOS. PRELIMINARES REJEITADAS. PRECEDENTES. CONFIGURAÇÃO DOS CRIMES DE PECULATO E DE QUADRILHA. AÇÃO PENAL JULGADA PROCEDENTE. 1. Renúncia de mandato: ato legítimo. Não se presta, porém, a ser utilizada como subterfúgio para deslocamento de competências constitucionalmente definidas, que não podem ser objeto de escolha pessoal. (...) PROFESSORA: ADRIANE FAUTH TURMA: CARREIRAS ADMINISTRATIVAS DATA: 29/08/2016 11 DIREITO CONSTITUCIONAL O pedido de licença do parlamentar para ocupar outro cargo, não afasta a prorrogativa de foro. ATENÇÃO!!!!!! Delitos cometidos ANTES da DIPLOMAÇÃO: não há imunidade, mas com a diplomação haverá prerrogativa de foro. Encerrado o mandato, voltam os autos para o juiz natural. DEMAIS PRERROGATIVAS § 6º Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações. § 7º A incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores, embora militares e ainda que em tempo de guerra, dependerá de prévia licença da Casa respectiva. § 8º As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da medida. INCOMPATIBILIDADES E IMPEDIMENTOS – ART. 54, I e II. Art. 54. Os Deputados e Senadores não poderão: I - desde a expedição do diploma: a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes; b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades constantes da alínea anterior; II - desde a posse: a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada; b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades referidas no inciso I, a; c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, a; d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo. PERDA DO MANDATO – ARTIGO 55 As hipóteses de perda do mandato parlamentar estão elencadas no artigo 55 da CF e podem ocorrer de duas formas: 1. CASSAÇÃO DO MANDATO (perda endógena) – nas hipóteses dos incisos I, II e VI. c/c §2º - art. 55. Nessas hipóteses a perda do mandato depende da decisão da maioria absoluta dos membros e através de voto secreto. Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador: I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior; II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar; VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado. § 2º Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será decidida pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal, por maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa. PROFESSORA: ADRIANE FAUTH TURMA: CARREIRAS ADMINISTRATIVAS DATA: 29/08/2016 12 DIREITO CONSTITUCIONAL 2. EXTINÇÃO DO MANDATO – perda exógena – nas hipóteses dos incisos III, IV e V c/c §3º - art. 55 A mesa terá a função apenas de declarar a perda do mandato. Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador: III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada; IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos; V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos nesta Constituição; § 3º - Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será declarada pela Mesa da Casa respectiva, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros, ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa. NÃO PERDE O MANDATO – ARTIGO 56 Art. 56. Não perderá o mandato o Deputado ou Senador: I - investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de missão diplomática temporária; II - licenciado pela respectiva Casa por motivo de doença, ou para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse cento e vinte dias por sessão legislativa. § 1º O suplente será convocado nos casos de vaga, de investidura em funções previstas neste artigo ou de licença superior a cento e vinte dias. § 2º Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição para preenchê-la se faltarem mais de quinze meses para o término do mandato. § 3º Na hipótese do inciso I, o Deputado ou Senador poderá optar pela remuneração do mandato. ATENÇÃO: ao parlamentar afastado não se estende a imunidade material, uma vez que o parlamentar não esta no exercício das suas funções. EXERCÍCIOS 1. (CESPE/2016) Compete ao Senado autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o presidente e o vice-presidente da República. 2. (CESPE/2016) Compete privativamente à Câmara dos Deputados processar e julgar o presidente e o vice- presidente da República em casos de crimes de responsabilidade. 3. (CESPE/2016) O mandato dos senadores é de quatro anos. 4. (CESPE/2016) Compete exclusivamente ao Congresso Nacional resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional. 5. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, composto pela Câmara dos Deputados, onde atuam os representantes dos estados, e pelo Senado Federal, que se compõe de representantes do povo. 6. Uma legislatura compreende quatro sessões legislativas ordinárias. 7. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias, constituídas na forma ecom as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação. 8. Na constituição das Mesas e de cada Comissão, é assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da respectiva Casa. 9. No âmbito nacional, as sessões legislativas ocorrem no período de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1.º de agosto a 22 de dezembro, e cada legislatura, na Câmara dos Deputados, compreende quatro sessões legislativas. 10. As comissões parlamentares de inquérito são permanentes e organizadas por matéria, sendo uma de suas funções receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas. 11. As comissões parlamentares de inquérito possuem poderes de investigação próprios das autoridades judiciais e só podem ser criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto. PROFESSORA: ADRIANE FAUTH TURMA: CARREIRAS ADMINISTRATIVAS DATA: 29/08/2016 13 DIREITO CONSTITUCIONAL 12. As comissões parlamentares de inquérito gozam dos poderes investigatórios próprios das autoridades judiciais, ressalvadas as determinações de busca e apreensão domiciliar, de quebra de sigilo fiscal e de prisão, que se submetem à cláusula de reserva de jurisdição. 13. As comissões parlamentares de inquérito, por possuírem poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, podem, ao final da investigação, promover a responsabilização civil ou criminal dos infratores. GABARITO: 1.E 2.E 3.E 4.C 5.E 6.C 7.C 8.C 9.C 10.E 11.E 12.E 13.E Referências Bibliográficas MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional – 30a Ed. Atlas, 2014. LENZA, Pedro. Direito Constitucional– 17. ed. Saraiva, 2013. SILVA, José Afonso. Curso de Direito Constitucional Positivo. CANOTILHO, JJ GOMES e outros. Comentários à Constituição do Brasil. – Saraiva, 2014. BRASIL. Constituição Federal.
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