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Aspectos Constitucionais

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Assuntos: 
- Poder legislativo 
• Separação dos poderes 
• Congresso nacional 
• Câmara 
• Senado 
• Estatuto dos congressistas 
• Processo legislativo 
• Espécies normativas (2º Crédito) 
• Tribunais de contas da união – trabalho da 1° unidade. 
Dia: 21/10. Plaquinhas. 
- Poder executivo 
- Poder judiciário 
- Funções essenciais à justiça – trabalho do segundo crédito 
(Data: 09/12) das plaquinhas (resumo valendo meio ponto): 
• Advogados 
• Ministério público 
• AGU 
• Defensoria pública 
• Procuradoria Geral do Estado 
13/08 
 
 
1. Introdução: 
a) Antiguidade – Aristóteles (Política): identificava que o 
Estado tinha três funções primordiais, contudo estavam 
concentradas num único ente, o soberano. 
b) Liberalismo – Montesquieu (O espírito das leis): 
Aprimora a teoria aristotélica, ao defender que na verdade 
não são três funções do Estado, mas sim três funções 
intrinsecamente ligadas a três órgãos distintos, autônomos e 
independentes entre si. Tal teoria, que contesta o 
absolutismo, serviu de inspiração para diversas revoluções, 
como a americana e francesa. Portanto, cada Poder exercia 
uma função típica, atuando independente e autonomamente, 
não mais se admitindo que um único órgão legisle, aplique a 
lei e julgue, de modo unilateral. É a chamada Teoria da 
Tripartição de Poderes. 
2. Funções Típicas e Atípicas: 
Típicas: predominantes, inerentes e ínsitas à sua natureza; 
a) função legislativa: "consiste na edição de regras gerais, 
abstratas, impessoais e inovadoras da ordem jurídica, 
denominadas leis", criar normas jurídicas e fiscalizar os atos 
do executivo; 
b) função executiva: "resolve os problemas concretos e 
individualizados, de acordo com as leis; não se limita à 
simples execução das leis, como às vezes se diz; comporta 
prerrogativas, e nela entram todos os atos e fatos jurídicos 
que não tenham caráter geral e impessoal; por isso, é cabível 
dizer que a função executiva se distingue em função de 
governo, com atribuições políticas, colegislativas e de 
decisão, e função administrativa, com suas três missões 
básicas: intervenção, fomento e serviço público”; 
c) função jurisdicional: "tem por objeto aplicar o direito aos 
casos concretos a fim de dirimir conflitos de interesse", 
processa e julga quem descumpri as leis, por meio da 
jurisdição. 
Atípicas: a atípica de um Poder significa exercer funções 
típicas dos outros dois órgãos. 
a) Legislativa: exerce função executiva quando cuida de 
sua organização, provendo cargos, concedendo férias, 
licenças, etc. Exerce função jurisdicional quando o Senado 
julga o Presidente da República nos crimes de 
responsabilidade (art. 52, I). 
b) Executivo: exerce função legislativa quando edição de 
MP pelo Presidente, e exerce função jurisdicional quando há 
processos administrativos 
c) Judiciário: exerce função legislativa quando faz o 
regimento interno de seus tribunais, e exerce função 
executiva quando concede licença e férias aos magistrados. 
Art. 44: o "Poder" Legislativo (função) é exercido pelo 
Congresso Nacional (órgão), que se compõe da Câmara dos 
Deputados e do Senado Federal; 
Art. 76: o "Poder" Executivo (função) é exercido pelo 
Presidente da República (órgão), auxiliado pelos Ministros 
de Estado 
3. Finalidade: 
 Preservar a liberdade individual; 
 Garantir equilíbrio político; 
 Evitar o abuso de poder e o despotismo. 
4. Sistema de Freios e Contrapesos - Cheks and 
Balances: 
• Mecanismo de fiscalização e responsabilização recíproca 
dos poderes estatais; 
• Interpenetração de poderes. 
• Mecanismo de controle dado aos poderes para controlar 
uns aos outros, evitando assim a sobreposição de um sobre o 
outro. 
“O sistema constitucional brasileiro, ao consagrar o princípio 
da limitação de poderes, teve por objetivo instituir modelo 
destinado a impedir a formação de instâncias hegemônicas 
de poder no âmbito do Estado, em ordem a neutralizar, no 
plano político-jurídico, a possibilidade de dominação 
institucional de qualquer dos Poderes da República sobre os 
demais órgãos da soberania nacional” (MS 23.452, Rei. Min. 
Celso de Mello, j. 16.09:1999, Plenário, DJ de 12.05.2000). 
Ex. desse sistema na Constituição de 88: 
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: 
I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da 
República nos crimes de responsabilidade [...] 
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da 
República poderá adotar medidas provisórias, com força de 
lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso 
Nacional. 
Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação 
enviará o projeto de lei ao Presidente da República, que, 
aquiescendo, o sancionará. 
§ 1º - Se o Presidente da República considerar o projeto, no 
todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse 
público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze 
dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, 
dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado 
Federal os motivos do veto. 
§ 4º O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de 
trinta dias a contar de seu recebimento, só podendo ser 
rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e 
Senadores. 
Os Ministros do STF (Judiciário) serão nomeados pelo 
Presidente da República (Executivo), depois de aprovada a 
escolha pela maioria absoluta do Senado Federal 
(Legislativo) - art. 101, parágrafo único (c/c o art. 52, 111, 
"a", e o art. 84, XIV). 
5. Tripartição de Poderes? 
• O poder é uno, indivisível e indelegável, e não se triparte. 
O poder é um só, manifestando-se por meio de órgãos que 
exercem funções. Porém, a própria CF utiliza a expressão 
“Poderes” (art. 2º, CF/88). 
a) poder: uno, indivisível e indelegável, um atributo do 
Estado que emana do povo; 
b) função: "a função constitui, pois, um modo particular e 
caracterizado de o Estado manifestar a sua vontade"; 
c) órgão: "os órgãos são, em consequência, os instrumentos 
de que se vale o Estado para exercitar suas funções, descritas 
Separação de Poderes 
na Constituição, cuja eficácia é assegurada pelo Poder que a 
embasa". 
6. Princípio da Indelegabilidade de 
Atribuições 
• As atribuições asseguradas não poderão ser delegadas de 
um Poder (órgão) a outro. 
• Um órgão só poderá exercer atribuições de outro, ou da 
natureza típica de outro, quando houver expressa previsão (e 
aí surgem as funções atípicas) e, diretamente, quando houver 
delegação por parte do poder constituinte originário, como 
ocorre, por exemplo, com as leis delegadas do art. 68, cuja 
atribuição é delegada pelo Legislativo ao Executivo. 
19/08 
 
 
7. Estrutura 
Federal (art. 44): 
Congresso Nacional: entidade, órgão que tem a função de 
representar o poder legislativo no âmbito federal (União). É 
bicameral composto pela Câmera dos Deputados, constituída 
por representantes do povo, e Senado Federal, comporto por 
representados dos Estados-Membro, sendo órgãos 
independentes. 
O número de deputados federais é decidido por Lei 
Complementar. 
Em âmbito estadual, municipal, DF e territórios, a estrutura 
é unicameral. 
Estadual (art. 27): 
Assembleia Legislativa: órgão que representa o poder 
legislativo no âmbito estadual. É unicameral e composta po 
Deputados Estaduais, representantes do povo. 
Nº de Deputados Estaduais: corresponde ao triplo da 
quantidade de Deputados Federais que foram eleitos daquele 
estado (DE= 3 x DF) → Regra Geral. 
Ex.: RR = 8 DF → 8.3 = 24 DE. 
Quando triplicado e der o total acima de 36 DE, manterá o 
número 36, somando com 12 – o número total de DF para 
dar a quantidade de DE → Regra específica. 
Ex.: BA = 39 DF → 36 + (39 - 12) = 63. 
RJ = 46 DF → 36 + (46 – 12) = 70 
Mandato: 4 anos. 
Remuneração: 75% dos Deputados Federais (§ 2º) 
Municipal (art. 29): 
Câmara Municipal/Vereadores: representa o legislativo 
no âmbito municipal. Composto pelosvereadores que são os 
representantes do povo. É unicameral. 
Nº de Vereadores: proporcional à população do Município, 
nos limites do art. 29, IV. 
Mandato: 4 anos. 
Remuneração: depende da população do Município, 
conforme art. 29, VI e VII, e art. 29-A. 
Distrito Federal (art. 32): 
Câmara Legislativa: representa o legislativo distrital. 
Composto pelos Deputados Distritais. 
Aplicam-se aos Deputados Distritais e Câmara Legislativa as 
mesmas regras estabelecidas para os Estados. 
20/08 
8. Congresso Nacional 
Atribuições (art. 48 e 49) das duas câmeras em conjunto. 
Art. 48 se concretizam por meio da lei, precisando da sanção 
do presidente, sobre todas as matérias de competência da 
União. 
Art. 49 se concretizam por meio de decreto legislativo e não 
precisa da sanção do presidente. 
9. Câmaras dos Deputados 
Composição (art. 45): 
Deputados Federais: representantes do povo. 
Eleição (art. 45): 
Sistema Proporcional: contraponto do sistema majoritário. 
Para eleger um deputado, leva-se em consideração as 
cadeiras adquiridas pelo partido ao qual ele (DF) pertença, 
além dos números de votos dados a ele. Ou seja, quem estará 
sendo elegido, em primeiro plano, é o partido, tendo como 
base o quociente eleitoral (Qe), e só após isso, a quantidade 
de votos dado ao candidato. 
𝑄𝑒 =
𝑛º 𝑑𝑒 𝑣𝑜𝑡𝑜𝑠 𝑣á𝑙𝑖𝑑𝑜𝑠
𝑛º 𝑑𝑒 𝑣𝑎𝑔𝑎𝑠
 
Qe = o resultado dado é usado como referência para saber 
quantas cadeiras o partido terá na Câmara. 
As variáveis (n° de votos e de vagas) leva em conta apenas o 
estado. 
 Votos válidos: exclui-se os votos nulos e brancos. 
Número de Deputados (LC 78/93): 
Número total: 513. 
Esse número é dividido entre os estados, levando a 
proporção populacional de cada para determinar a 
quantidade de Deputados de cada um deles, devendo ter mais 
de 8 e menos de 70. 
Para os territórios (não existe mais nenhum no país), a CF no 
art. 45, § 2º, estabeleceu a quantidade de 4 deputados para 
cada. 
Mandato (art. 44, parágrafo único): 
Denominado de legislatura, cada uma dura 4 anos. 
Renovação de Deputados: 
Pode-se renovar 100% dos deputados de uma vez, 
diferentemente do senado. 
Remuneração (art. 49, VII, DL 276/14): 
É de competência exclusiva do Congresso Nacional 
estabelecer sua remuneração, por meio de Decretos 
Legislativos. O atual valor é de R$ 33.763,00. 
Requisitos de Candidatura (art. 14, § 3º) : 
Brasileiro nato ou naturalizado: art. 14, § 3º, I, a exigência 
de ser nato é apenas para a presidência da casa, consoante 
art. 12, § 3º, II. 
Maior de 21 anos: art. 14, § 3º, VI, “c”. 
Pleno exercício dos direitos políticos: art. 14, § 3º, II. 
Alistamento eleitoral: art. 14, § 3º, III. 
Domicílio eleitoral na circunscrição: art. 14, § 3º, IV. 
Filiação partidária: art. 14, § 3º, V. 
Competência Privativa da Câmara (art. 51): 
Concretizam-se por meio dos atos normativos denominados 
de resoluções, não precisando de sanção presidencial. 
10. Senado Federal 
Composição (art. 46): 
Senadores são os representantes dos entes federados (estados 
e DF). 
 Territórios: por não serem entes federados, 
consequentemente não tendo autonomia política, não elegem 
senadores. 
Eleição (art. 46): 
Sistema Majoritário: maioria dos votos. 
Número de Senadores (art. 46, § 1º): 
Poder Legislativo 
Total de 81 senadores, sendo 3 para cada estado e DF. Serão 
elegidos com 2 suplentes (§ 3º). 
Mandato 
Mandado de 8 anos, equivalentes a duas. 
Renovação (art. 46 , § 2º) : 
Ocorre em 4 em 4 anos, alternando de 1/3 e 2/3 do total, ou 
seja, em um ano cada estado vota em 1 senador e depois de 
quatro anos vota em 2. 
Remuneração (art. 49, VII): 
Decreto Legislativo 276/14 fixou o valor de R$ 33.763,00. 
Fixar o valor da remuneração é competência exclusiva do 
Congresso Nacional, equivalendo ao salário dos Deputados 
Federais. 
Requisitos de Candidatura (art. 14, § 3º): 
Brasileiro nato ou naturalizado: art. 14, § 3º, I, sendo a 
exigência de ser nato apenas para ocupar a presidência da 
Casa, conforme estabelece o art. 12, § 3º, III. 
Maior de 35 anos: art. 14, § 3º, VI, “a”. 
Pleno exercício dos direitos políticos: art. 14, § 3º, II. 
Alistamento eleitoral: art. 14, § 3º, III. 
Domicílio eleitoral na circunscrição: art. 14, § 3º, IV. 
Filiação partidária: art. 14, § 3º, V. 
Competência Privativa do Senado (art. 52): 
Ocorre por meio do ato normativo denominado de resolução, 
não dependendo de sanção presidencial. 
26/08 
Reuniões/Sessões 
11. Sessão Legislativa Ordinária (art. 57, 
caput): 
Período anual, ou seja, dentro do prazo determinado em lei 
(02/02 a 17/07 e 01/08 a 22/12), estará ocorrendo uma sessão 
legislativa ordinária. 
O período entre 17/07 a 01/0/8 e 22/12 a 02/02 é denominado 
de recesso parlamentar. 
Cada legislatura é composta de 04 sessões legislativas 
ordinárias. 
12. Sessão Legislativa Extraordinária (art. 57, 
§§ 6º, 7º e 8º): 
Quando ocorre reuniões no período do recesso parlamentar, 
mediante convocação. Cada período de convocação constitui 
uma Sessão Legislativa Extraordinária.  
Só poderá discutir matéria que está na pauta, o motivo da 
sessão ter sido iniciada, salvo § 8º, no qual fala das medidas 
provisórias em vigor na data de convocação. 
13. Sessão Conjunta (art. 57, § 3º): 
Casos em que as duas casas irão reunir-se para discutir 
questões. 
A contagem dos votos será separada, ou seja, levará em 
consideração a maioria absoluta da Câmara dos Deputados 
(257) mais a maioria absoluta do Senado Federal (41) para 
reprovar ou aprovar determinada medida. Precisa ser 
atingido votos de 257 deputados mais o voto de 41 
senadores, e não um e outro. 
 Sessão Unicameral (art. 3º, ADCT): junta-se as duas 
casas, formando um total de 594 pessoas para votar sobre 
determinada matéria, cuja única previsão legal de ocorrência 
foi na revisão constitucional após 5 anos da promulgação. 
Levava em consideração o voto da maioria absoluta de todos 
os membros (298). 
14. Sessão Preparatória e Mesa Diretora (art. 
57, § 4º): 
Reunir-se-ão no dia 1º de fevereiro para as respectivas posses 
e para que ocorra a eleição das mesas (diretoria; presidência) 
da câmara e do senado. O presidente das casas exercerá o 
mandato de 2 anos, vedado consecutivos na mesma 
legislatura (art. 57, § 4º). 
O art. 5º, § 1º, RICD, é expresso ao estabelecer não ser 
considerada recondução a eleição para o mesmo cargo em 
legislaturas diferentes, ainda que sucessivas. 
§ 5º A Mesa do Congresso Nacional será presidida pelo 
Presidente do Senado Federal, e os demais cargos serão 
exercidos, alternadamente, pelos ocupantes de cargos 
equivalentes na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. 
As mesas diretoras exercem funções administrativas, 
devendo assegurar a representação proporcional dos partidos 
(art. 58, § 1º). 
02/09 
Comissões Parlamentares (art. 58) 
15. Permanentes x Temporárias (art. 58) 
Permanentes: são as comissões temáticas que permanecem 
em funcionamento indeterminadamente. Ex.: trabalho e 
meio ambiente. 
Temporárias: são comissões sobre matéria específica, que 
possuem prazo determinados para acabar. São as chamadas 
CPI. 
As atribuições e a forma das comissões, no geral, ficam a 
cargo dos regimentos internos das casas definirem. 
As atribuições que a CF/88 dá em seu art. 58, § 2º, para as 
comissões são genéricas e devem ser seguidas, não podendo 
ser suprimidas nos regimentos nos quais forem constituídas. 
§ 2º, I - Plenário: reuniões nas quais todos os membros do 
Senado Federal ou da Câmara dos Deputados estão 
presentes. A depender da matéria e sua complexidade, a CF 
permite que uma comissão discuta sobre determinado projeto 
de lei, sem precisar de juntar todos os membros. Se 1/10 (52 
deputados ou 9 senadores) entenderem que a matéria é mais 
complexa e precisa da apreciação de todos, não poderá esta 
ser discutida na comissão. 
II – Essas audiências servem para que os parlamentares 
possam ter mais informações sobredeterminada matéria que 
estão discutindo com pessoas que entendam do assunto. 
III – Quando de alguma forma os Ministros se envolverem 
em alguma polêmica devido a suas atribuições ou precisar 
prestar esclarecimento sobre os parlamentares podem 
convocar eles. 
§ 1º Na constituição das Mesas e de cada Comissão, é 
assegurada, tanto quanto possível, a representação 
proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que 
participam da respectiva Casa. 
16. Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI): 
São as comissões temporárias sobre determinada matéria. 
§ 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão 
poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, 
além de outros previstos nos regimentos das respectivas 
Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo 
Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante 
requerimento de um terço de seus membros, para a apuração 
de fato determinado e por prazo certo, sendo suas 
conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério 
Público, para que promova a responsabilidade civil ou 
criminal dos infratores. 
A Lei 1.579/52 dispõe sobre as Comissões Parlamentares de 
Inquérito. Além disso, será regido por seus respectivos 
regimentos internos. 
Decisões do STF: 
Por causa da omissão e lacunas na CF, na lei que dispõe 
sobre a CPI e dos regimentos internos, o STF teve que dar 
uns pareceres acerca de determinadas coisas. 
O STF entende que a CPI tem os seguintes poderes, além dos 
descritos em lei: ela pode pedir quebra de sigilo fiscal, 
bancário e de dados telefônicos (não podendo ter acesso às 
gravações das ligações e mensagens trocadas). 
Criação: 
Para a sua formação, precisa da assinatura de 1/3 de seus 
membros (171 deputados, 27 senadores). 
Pode haver criação de uma Comissão Parlamentar Mista de 
Inquérito (CPMI), que é uma comissão conjunta das duas 
casas do Congresso Nacional. 
O STF entende que o presidente da casa não poderá vetar 
formação de comissão, a não ser que esteja fora do que foi 
determinado no § 3º da CF. 
Objeto: 
Busca apurar/investigar um fato determinado. Art. 35, § 1º, 
RICD: “Considera-se fato determinado, o acontecimento de 
relevante interesse para a vida pública e a ordem 
constitucional, legal, econômica e social do País, que estiver 
devidamente caracterizado no requerimento de constituição 
da Comissão” 
Prazo Certo: 
Regimento Interno da Câmara dos Deputados: o prazo 
máximo dado por ele é de 120 dias para ser concluído a 
comissão, sendo prorrogável em 60 dias, mediante 
deliberação do Plenário. 
Regimento Interno do Senado Federal: não deixa claro, só 
diz que se encerrará: a) pela conclusão da sua tarefa; ou b) 
ao término do respectivo prazo; e c) ao término da sessão 
legislativa ordinária. Aqui terá que respeitar o prazo de uma 
sessão legislativa pelo menos e a depender da situação, 
poderá ser prorrogado a mais uma sessão legislativa. Não 
pode passar de Legislatura. 
03/09 
Poderes que a CPI não tem: 
▪ “Postulado de Reserva Constitucional de Jurisdição”: 
quando a CF fala de poderes jurisdicionais, caberá 
exclusivamente ao judiciário, que possui jurisdição dada pela 
própria CF, a cumpri-las, ou seja, a CPI não poderá exercer 
essas atribuições, por não ter jurisdição; 
▪ Busca e apreensão domiciliar (art. 5º, XI); 
▪ Quebra de sigilo da comunicação telefônica (art. 5º, XII); 
▪ Prisão (art. 5º, LXI). 
Poderes da CPI: 
Investigação das autoridades judicias, além dos previstos em 
regimentos internos. Materializa-se por meio do Inquérito 
Parlamentar. 
Segundo o STF, poderá sem necessidade de intervenção 
judicial, sempre por decisão fundamentada e motivada, 
determinar: quebra do sigilo fiscal; quebra do sigilo 
bancário; quebra do sigilo de dados - neste último caso, 
destaque-se o sigilo dos dados telefônicos. 
Motivação : 
Para qualquer determinação dada pela CPI precisa ser 
fundamentada, sob pena de nulidade (art. 93, IX). Além 
disso, todas elas deverão ser colegiadas. 
Remédios contra a CPI: 
Mandado de Segurança e Habeas Corpus que só o STF tem 
competência para impetrar. 
CPI Estadual e Municipal: 
É possível ocorrer CPI no âmbito estadual e municipal, 
diferenciando apenas de a CPI Federal, pôr a municipal não 
poder pedir quebra de sigilo bancário. 
Conclusões: 
 Quando terminado os trabalhos, eles farão um relatório, e 
quando chegarem a conclusão que algo violou a lei, 
encaminharão esse relatório e o inquérito que tiverem ao 
órgão competente para que promova a responsabilidade civil 
ou criminal do investigado. 
17. Comissões Mista: 
Formadas por Deputados e Senadores para apreciar os 
assuntos que devam ser examinados em sessão conjunta pelo 
Congresso Nacional. 
18. Comissão Representativa (art. 58, §4º): 
São aquelas que ficam de “plantão” durante o recesso 
parlamentar e será no Congresso Nacional. A comissão será 
eleita pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal na 
última sessão legislativa ordinária do período legislativo, 
com atribuições definidas no regimento comum 
19. Estatuto dos Congressistas (art. 53/56): 
Aplica-se aos Deputados Estaduais (art. 27, § 1º). 
Dispõe de um conjunto de normas atinentes aos Depurados 
e Senadores, quer relativamente às suas prerrogativas, quer 
concernentemente às suas incompatibilidades e perda do 
mandato. 
Imunidade Parlamentar: 
Imunidade Material (art. 53, caput): 
Diz respeito a um fato. É uma prerrogativa do cargo. Alguns 
autores chamam de inviolabilidade. É um excludente de 
crime. 
Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e 
penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e 
votos. 
Para obter essa imunidade, precisa ter cometido algum delito 
em razão do cargo e durante o exercício desse. O discurso de 
ódio (hate speech) não é isento da imunidade. Os vereadores 
ficam imunes apenas na circunscrição do Município ao qual 
é vereador (art. 29, VII). 
VIII - inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, 
palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição 
do Município; 
Deputado Licenciado: Assim, licenciado do mandato 
parlamentar para ocupar cargo no Executivo (por exemplo, 
Ministro ou Secretário de Estado), o deputado ou senador 
não pode invocar a imunidade parlamentar. 
09/09 
Imunidade Formal: 
Diz respeito aos procedimentos, sendo adquirida assim que 
expedido o diploma. 
Para a prisão (art. 53, §2º): 
• Diplomação x Posse; 
 Diploma: quando o candidato é certificado que 
realmente foi eleito para o cargo. É feito antes da posse. 
 O crime precisa ter sido cometido após a diplomação 
do deputado ou do senador. 
• Deputados Estaduais: seguem as mesmas prerrogativas 
dos Deputados Federais, para imunidade material (art. 27, § 
1º); 
• Vereadores: não possuem; 
• Devedor de alimentos: não há impedimentos, já que a 
CF no art. 53 §2º se refere à prisão criminal. 
Eles não podem ser presos (art. 53, § 2º), a não ser em 
flagrante delito de crimes inafiançáveis (art. 5º, XLII, XLIII 
e XLIV). 
Para o Processo Penal (art. 53, §§ 3º, 4º e 5º): 
• Após a Diplomação; 
• Suspensão da Prescrição (§ 5): sustação do processo 
enquanto durar o processo. 
Poderá o Processo ter suspenso a prescrição, mas só poderá 
ocorrer antes da decisão final (art. 53, § 5º), tendo que ter 
quórum de maioria absoluta. 
Será protocolado a petição inicial (Denúncia) pelo 
Procurador Geral da República, cujo processo será julgado 
pelo STF, que é o órgão competente para tal. 
Quando presos por terem cometido algum crime 
inafiançável, os autos da APF serão encaminhados à 
respectiva casa (Câmara dos Deputados, caso seja um 
deputado, ou Senado Federal, se senador), sendo os membros 
das respectivas casas, responsáveis por decidir se manterá ou 
não a prisão, com voto da maioria absoluta. 
Privilégios de Foro por Prerrogativa de Função 
(art. 53, §1º): 
§ 1º Os Deputados e Senadores, desde a expedição do 
diploma, serão submetidos a julgamentoperante o Supremo 
Tribunal Federal. 
Pela redação, dá a entender que não importará se o crime foi 
cometido antes ou depois da diplomação e qual tipo de crime 
cometido, qualquer que seja será encaminhado ao STF. 
Mas o entendimento do STF afirma que só julgará crimes 
que ocorreram durante o mandato e em função de seu cargo. 
Não abarca os suplentes, apenas os titulares. 
Outras Prerrogativas: 
1) Sigilo de Fonte: a escusa da obrigação de testemunhar 
sobre informações recebidas ou prestadas em razão do 
exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes 
confiaram ou deles receberam informações; 
2) Incorporação às Forças Armadas: isenção do serviço 
militar, de modo que dependerá de prévia licença da casa 
respectiva a incorporação às Forças Armadas de Depurados 
e Senadores, embora militares e ainda que em tempo de 
guerra; 
3) Imunidade durante estado de sítio: a subsistência das 
imunidades parlamentares durante o estado de sítio, de sorte 
que mesmo durante o estado de sítio, as prerrogativas de 
Deputados ou Senadores subsistirão, só podendo ser 
suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da 
Casa respectiva, e mesmo assim nos casos de atos praticados 
fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam 
incompatíveis com a execução da medida. 
10/09 
Impedimentos (art. 54): 
Aplicáveis aos DE e distritais e aos vereadores. 
Art. 54. Os Deputados e Senadores não poderão: 
I - desde a expedição do diploma: 
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito 
público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia 
mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo 
quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes; 
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, 
inclusive os de que sejam demissíveis "ad nutum", nas 
entidades constantes da alínea anterior; 
II - desde a posse: 
a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa 
que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica 
de direito público, ou nela exercer função remunerada; 
b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad 
nutum", nas entidades referidas no inciso I, "a"; 
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das 
entidades a que se refere o inciso I, "a"; 
d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público 
eletivo. 
Perda do Mandado (art. 55): 
Por meio da cassação (art. 55, § 2º), por meio de decisão, e 
da extinção (art. 55, § 3º), ato declaratporio.. 
Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador: 
I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no 
artigo anterior; 
II - cujo procedimento for declarado incompatível com o 
decoro parlamentar; 
III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à 
terça parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, 
salvo licença ou missão por esta autorizada; 
IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos; 
V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos 
nesta Constituição; 
VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada 
em julgado. 
§ 1º É incompatível com o decoro parlamentar, além dos 
casos definidos no regimento interno, o abuso das 
prerrogativas asseguradas a membro do Congresso Nacional 
ou a percepção de vantagens indevidas. 
§ 2º Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será 
decidida pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado 
Federal, por maioria absoluta, mediante provocação da 
respectiva Mesa ou de partido político representado no 
Congresso Nacional, assegurada ampla defesa. (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 76, de 2013) 
§ 3º Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será 
declarada pela Mesa da Casa respectiva, de ofício ou 
mediante provocação de qualquer de seus membros, ou de 
partido político representado no Congresso Nacional, 
assegurada ampla defesa. 
Renúncia de Parlamentar: 
§ 4º A renúncia de parlamentar submetido a processo que 
vise ou possa levar à perda do mandato, nos termos deste 
artigo, terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais 
de que tratam os §§ 2º e 3º. 
16/09 
Não Perderá o Mandato (art. 56): 
As imunidades ficarão suspensas, conservando-se apenas o 
foro privilegiado. 
Art. 56. Não perderá o mandato o Deputado ou Senador: 
I - investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de 
Território, Secretário de Estado, do Distrito Federal, de 
Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de missão 
diplomática temporária; 
II - licenciado pela respectiva Casa por motivo de doença, 
ou para tratar, sem remuneração, de interesse particular, 
desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse cento e 
vinte dias por sessão legislativa. 
§ 1º O suplente será convocado nos casos de vaga, de 
investidura em funções previstas neste artigo ou de licença 
superior a cento e vinte dias. 
§ 2º Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição 
para preenchê-la se faltarem mais de quinze meses para o 
término do mandato. 
§ 3º Na hipótese do inciso I, o Deputado ou Senador poderá 
optar pela remuneração do mandato. 
2º Credito 
Processo Legislativo 
20. Introdução: 
Regras constitucionais sobre procedimentos para a criação 
de uma norma jurídica. 
 Será estudado os procedimentos das leis ordinárias e 
complementares, pois elas seguem as regras gerais. 
21. Espécies (art. 59): 
Emendas à Constituição; leis complementares; leis 
ordinárias; leis delegadas; medidas provisórias; decretos 
legislativos; e resoluções. 
22. Etapas: 
➢ Iniciativa: equivalente a Petição Inicial dos processos 
civis; 
➢ Deliberação Parlamentar (Congresso Nacional): 
formada pela discussão e votação; 
➢ Deliberação Executiva: passa para a decisão do 
presidente, que decidirá se irá sancionar ou vetar o projeto 
de lei; 
Caso houver sanção: 
➢ Promulgação; 
➢ Publicação. 
Caso houver veto: 
➢ Volta para a casa iniciadora. 
23. Iniciativa: 
Protocolar o projeto de lei; apresentar ao Congresso. 
Regra geral (art. 61, caput): 
Qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, 
do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente 
da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais 
Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos 
cidadãos, diferenciando na forma em como ocorre, seguindo 
a lei. 
Obs.: Acaba havendo uma inciativa concorrente entre os 
legitimados. 
Iniciativa Privativa/Reservada/Exclusiva: 
Leis que se não forem iniciadas por pessoas ou órgãos de 
foram por leis determinados para, vão ser configuradas 
viciadas formalmente, caracterizando a 
inconstitucionalidade do referido ato normativo. 
 Presidente da República (art. 61, § 1º): fixar ou 
modificar os efetivos das Forças Armadas; dispor sobre 
criação de cargos, funções ou empregos públicos na 
administração direta e autárquica ou aumento de sua 
remuneração, organização administrativa e judiciária, 
matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e pessoal 
da administração dos Territórios, servidores públicos da 
União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de 
cargos, estabilidade e aposentadoria, organização do 
Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem 
como normas gerais para a organização do Ministério 
Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Territórios, criação e extinção de Ministérios e 
órgãos da administração pública, observado o disposto no 
art. 84, VI, militares das Forças Armadas, seu regime 
jurídico, provimento de cargos, promoções, estabilidade, 
remuneração, reforma e transferência para a reserva. 
 Procurador Geral da República (art. 128, § 5º): Leis 
complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é 
facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, 
estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de 
cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus 
membros. 
 Obs.: Governadores e Prefeitos – Princípio da Simetria e 
Separação dos Poderes,sob pena de se configurar 
inconstitucionalidade formal subjetiva. Precedentes, STF. 
 Competência exclusiva do Poder Executivo para iniciar 
processo legislativo sobre matéria do plano plurianual, 
diretrizes orçamentarias e orçamentos anuais (art. 165, I, II e 
III), segundo o STF. 
17/09 
 Judiciário (art. 93 e 96, II): a alteração do número de 
membros dos tribunais inferiores; a criação e a extinção de 
cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e dos 
juízos que lhes forem vinculados, bem como a fixação do 
subsídio de seus membros e dos juízes, inclusive dos 
tribunais inferiores, onde houver; a criação ou extinção dos 
tribunais inferiores; a alteração da organização e da divisão 
judiciárias; Estatuto da Magistratura. Essas matérias deverão 
ser apresentadas por meio de lei, por iniciativa do judiciário. 
 Tribunal de Contas da União (art. 73): exerce, no 
que couber, as atribuições previstas no art. 96. Estende-se 
aos TCE e TCM. 
 Câmara dos Deputados (art. 51, IV): dispor sobre sua 
organização, funcionamento, polícia, criação, transformação 
ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, 
e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, 
observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes 
orçamentárias. Para seu próprio subsídio fará por meio de 
Decreto Legislativo, sendo que as demais atribuições por 
meio de lei de sua iniciativa, sem necessidade de sanção 
presidencial. 
 Senado Federal (art. 52, XIII): dispor sobre sua 
organização, funcionamento, polícia, criação, transformação 
ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, 
e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, 
observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes 
orçamentárias. Para seu próprio subsídio fará por meio de 
Decreto Legislativo, sendo que as demais atribuições por 
meio de lei de sua iniciativa, sem necessidade de sanção 
presidencial. 
Emenda Parlamentar (art. 166-A): 
É o instrumento que o Congresso Nacional possui para 
participar da elaboração do orçamento anual. É por meio das 
emendas que Deputados Federais podem influenciar no que 
o dinheiro público será gasto. Em regra, os dispositivos 
introduzidos por emenda parlamentar não podem estar 
destituídos de pertinência temática com o projeto original e 
não podem acarretar aumento de despesa ao projeto original, 
excepcionalmente, nos projetos orçamentários de iniciativa 
exclusiva do Presidente, admitem mesmo que impliquem 
aumento (art. 63, I, c/c o art. 166, §§ 3º e 4º). 
Sanção Presidencial convalida vício de 
iniciativa? 
Não convalida vício de iniciativa, pois trata-se de vício 
formal insanável, incurável. 
23/09 
Iniciativa Popular (art. 61, § 2º): 
 Requisito: precisa ser subscrito por, no mínimo, 1% do 
eleitorado nacional, distribuído pelo menos por 5 Estados, 
com não menos de 0,3% dos eleitores de cada um deles. 
Tratar de apenas um assunto. 
 Leis de Iniciativa popular: Lei 8930/94 (Lei da Glória 
Perez); Lei 9840/99 (Combate a captação de votos); Lei 
11.124/05 (Fundo Nacional de Habitação), foi o primeiro 
Projeto de Lei de iniciativa popular (1992); Lei 
Complementar 135/2010 (Lei da Ficha Limpa), sendo que o 
Presidente Lula assumiu para acelerar o processo. 
 Estado (art. 27, § 4º): a lei disporá sobre a iniciativa 
popular no processo legislativo estadual. Ou seja, cada 
estado que irá decidir por meio de lei. 
 Município (art. 29, XIII): manifestação de, pelo 
menos, 5% do eleitorado. 
30/09 
24. Deliberação Parlamentar 
Sempre haverá a apreciação de duas Casas: a Casa iniciadora 
e a Casa revisora. Assim, para que o projeto de lei federal 
seja apreciado pelo Chefe do Executivo, necessariamente, 
deverá ter sido, previamente, apreciado e aprovado pelas 
duas Casas - a Câmara dos Deputados e o Senado Federal. 
Casa Iniciadora 
Art. 64. A discussão e votação dos projetos de lei de 
iniciativa do Presidente da República, do Supremo Tribunal 
Federal e dos Tribunais Superiores terão início na Câmara 
dos Deputados. 
Art. 61. § 2º A iniciativa popular pode ser exercida pela 
apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei... 
Regra geral: a discussão e votação são iniciados na Câmara 
dos Deputados. 
Exceção: quando a lei for de iniciativa do Senado ou 
Comissão do Senado, será apresentado primeiro no Senado 
Federal e depois à Câmara dos Deputados. 
Análise pelas Comissões 
Uma comissão temática, a qual será decidida a partir da 
matéria que versa o projeto de lei (art. 58, § 2º, I), que irá 
analisar o projeto de lei. Ela irá emitir um parecer, 
meramente opinativo, não vinculativo, ou seja, continuará o 
projeto de lei a correr por todo o processo, 
independentemente do que o parecer diz, sendo encaminhada 
ao plenário para discussão. Exceção: quando o próprio 
regimento interno da casa dispensar a necessidade do 
plenário para aquele tema e não ter interposição de recurso 
de 1/10 dos membros da casa (art. 58, § 2º, I), poderá a 
comissão votar. 
Após passar pela comissão temática, a Comissão de 
Constituição e Justiça (CCJ) examinará a sua 
constitucionalidade, tendo caráter terminativo seu parecer, 
ou seja, se entender que é inconstitucional, o projeto de lei 
será arquivado. 
Quando o Projeto de lei envolver finanças ou versar sobre o 
orçamento público, depois de passar pela CCJ, o projeto será 
apreciado pela Comissão de Finanças e Tributação (CFT), 
possuindo também caráter terminativo. Tanto no caso da 
CCJ quanto no da CFT podem ser interpostos recursos, tendo 
que ser apreciado pelo Plenário, nos termos de seu 
regimento. 
Antes do Plenário: 
1º Aprovação: as comissões discutem e votam e se 
aprovado, será encaminhado para a casa revisora. 
2º Comissão de Constituição e Justiça: analisará o Projeto 
de Lei para verificar a sua compatibilidade com a 
Constituição Federal; 
3º Comissão de Finanças e Tributação: em casos de 
finanças públicas ou orçamento público, terá que o Projeto 
de Lei passar pela análise dessa comissão. 
Depois dessa etapa, será encaminhada para o Plenário para a 
votação, que em caso de Lei Complementar e Ordinária, será 
feito em 1 turno. Se aprovada, passará para a outra casa (casa 
revisora), que fará o mesmo processo, sendo que, depois da 
votação poderá ter 3 resultados: 
1º Ser rejeitado, sendo arquivado, podendo ser reapresentado 
na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria 
absoluta (art. 67), ou na próxima sessão legislativa; 
2º Aprovado sem emendas (modificações), encaminhando ao 
presidente para deliberação e votação; 
3º Aprovado com emendas, voltando para a casa iniciadora, 
que pode manter as alterações ou rejeitar (nesse caso o que 
será encaminhado ao presidente é o projeto de lei que tinha 
sido deliberado e aprovado antes pela casa iniciadora), em 
ambas hipóteses, será encaminhado ao Presidente. A casa 
iniciadora só poderá apreciar o que foi modificado, não 
podendo emendar a emenda (subemenda). 
Art. 65. O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto 
pela outra, em um só turno de discussão e votação, e enviado 
à sanção ou promulgação, se a Casa revisora o aprovar, ou 
arquivado, se o rejeitar. 
Parágrafo único. Sendo o projeto emendado, voltará à Casa 
iniciadora. 
Votação 
Ostensiva: 
a) Processo Simbólico: utilizado para votação das 
proposições em geral. Nesse caso, os parlamentares, para 
aprovarem a matéria, permanecerão sentados, levantando-se 
apenas os que votarem pela rejeição. 
b) Processo Nominal: caso haja insatisfação ou 
impugnação com o processo simbólico, sendo requerida 
“verificação de votação”, será ela repetida via processo 
nominal. Ademais, será utilizado o processo nominal nas 
hipóteses elencadas pelo art. 186, RICD. 
Secreto: 
Sistema eletrônico ou cédulas, nas hipóteses do art. 188, 
RICD. 
 Autógrafo: é a reprodução de todo trâmite legislativo e 
o conteúdo final do projeto aprovado e/ouemendado que é 
encaminhado para a sanção ou veto presidencial. 
25. Deliberação Executiva (art. 66) 
Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação 
enviará o projeto de lei ao Presidente da República, que, 
aquiescendo, o sancionará. 
Se o Presidente concordar com o Projeto de Lei, ele 
sancionará, caso não concordar, ele irá rejeitar. 
Sanção/Veto: 
Com a sanção, o projeto de lei se torna lei. 
§ 3º Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do 
Presidente da República importará sanção (sanção tácita). 
Sanção expressa é quando o Presidente manifesta a sua 
concordância e a tácita é quando ele não se manifesta em 15 
dias úteis. 
§ 1º Se o Presidente da República considerar o projeto, no 
todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse 
público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze 
dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, 
dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado 
Federal os motivos do veto. 
Motivos do veto: inconstitucionalidade (veto jurídico) ou 
contrário ao interesse público (veto político) (art. 66, § 1º), 
devendo comunicar ao Presidente do Senado o motivo no 
prazo de 48h. 
Tipos de veto: parcial (texto integral – art. 66, § 2º) ou total 
(o projeto de lei todo). 
Obs.: Na hipótese de veto parcial, haverá análise pelo 
Congresso Nacional apenas da parte vetada, o que significa 
que a parte não vetada, que será promulgada e publicada, 
poderá entrar em vigor em momento anterior à referida parte 
vetada (veto parcial), se este vier a ser derrubado; 
Prazo para vetar: 15 dias ÚTEIS. 
Se houver o veto dentro desse prazo, deverá comunicar ao 
Presidente do Senado e encaminhar os motivos que levaram 
o Presidente da República vetar o projeto de lei. 
§ 4º O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de 
trinta dias a contar de seu recebimento, só podendo ser 
rejeitado (mesmos efeitos que a sanção) pelo voto 
(ostensivo) da maioria absoluta dos Deputados e Senadores. 
§ 5º Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para 
promulgação, ao Presidente da República. 
§ 7º Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito 
horas pelo Presidente da República, nos casos dos § 3º e § 
5º, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este não o 
fizer em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente do Senado 
fazê-lo. 
Não terá nova deliberação do Presidente da República, ele só 
irá promulgar a lei, caso não cumpra no prazo legal, será o 
Presidente do Senado que fará. Se o Presidente do Senado 
não promulgar no prazo estabelecido, ficará a cargo do Vice-
Presidente do Senado. 
§ 6º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 4º, 
o veto será colocado na ordem do dia da sessão imediata, 
sobrestadas as demais proposições, até sua votação final. 
Obs.: Na hipótese de o veto ser mantido, o projeto será 
arquivado, aplicando-se a regra contida no art. 67, que 
consagra o princípio da irrepetibilidade. 
26. Promulgação 
A lei ainda precisará ser promulgada para ter legitimidade, 
para que seja atestado a sua existência válida. Ainda não está 
em vigor e não tem eficácia, apenas atesta o seu nascimento, 
27. Publicação 
Para entrar em vigor, precisa ser publicado no Diário Oficial 
da União e, assim, passa a ser exigida, a ter eficácia. 
A publicação enseja, portanto, a presunção de conhecimento 
da lei por todos (art. 3º da LINDB). 
14/10 
Espécies Normativas (art. 59) 
Tipos de normas previstas na CF. 
28. Emenda Constitucional 
Norma que modifica a CF e tem status de norma 
constitucional. 
Poder Constituinte Derivado de Reforma: 
É a capacidade de alterar a Constituição (próprio da 
emenda), sendo limitado pelo Poder Constituinte Originário. 
Limitações Formais: 
Limitações estas, estipuladas pelo Poder Constituinte 
Originário. Procedimentos previstos na CF (art. 60, I, II, III 
e §§ 2º, 3º e 5º) que devem ser respeitados. 
Iniciativa: 
 1/3 dos membros da CD ou SF (art. 60, I); 
 Presidente da república (art. 60, II); 
 Metade + 1 das Assembleias Legislativas, por maioria 
simples/relativa dos membros (art. 60, III). 
Constituição Estadual: pode ser modificada por iniciativa 
popular; Poder Constituinte Derivado Decorrente. 
Quórum de Aprovação (art. 60, § 2º): 
Cada Casa do Congresso Nacional, 2 turnos, considerando-
se aprovada se obtiver, em ambos, 3/5 dos votos. 
Promulgação (art. 60, § 3º): 
Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado, com 
respectivo número de ordem. Não há deliberação do 
Presidente, sendo encaminhado diretamente para 
promulgação. O Congresso Nacional que publica a emenda. 
Número de ordem: numeral indicativo da quantidade de 
vezes que a Constituição foi alterada desde a sua 
promulgação. 
PEC Rejeitada (art. 60, § 5º) 
PEC: Proposta de Emenda à Constituição. 
Basta não atingir os passos anteriores. Quando isso acontece, 
só poderá vir a ser apresentada de novo na próxima sessão 
legislativa. 
Obs.: difere das leis complementares e ordinárias, as quais 
podem ser oferecidas na mesma sessão legislativa, desde que 
mediante proposta da maioria absoluta de qualquer das casas 
(art. 67). 
22/10 
Limitações Materiais (art. 60, § 4º): 
Assuntos, temas que será objeto da emenda. Não podem ser 
PECs que visam abolir ou reduzir (entendimento do STF) 
alguma Cláusula Pétrea. São elas: 
I - a forma federativa de Estado; 
II - o voto direto, secreto, universal e periódico; 
III - a separação dos Poderes; 
IV - os direitos e garantias individuais. 
Entram nesse último inciso os direitos individuais e 
coletivos. 
Limitações Temporais: 
Invenção doutrinária. 
Prazo no qual fica vedada qualquer alteração da CF. 
Não há previsão na CF/88. 
Limitações Implícitas : 
Teoria da dupla revisão: possibilidade de revogar uma 
cláusula pétrea para poder modifica-la. 
Michel Temer defende que não pode revogar o art. 60, § 4º 
da CF, pois ele é uma cláusula pétrea implícita. 
Limitações Circunstanciais (art. 60, §1º): 
Situações fáticas que impedem sua modificação. 
§ 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de 
intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. 
Tratados Internacionais de Direitos Humanos 
(art. 5º, § 3º): 
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos 
humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso 
Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos 
respectivos membros, serão equivalentes às emendas 
constitucionais. 
29. Lei Complementar (art. 69) X Lei Ordinária 
Semelhanças: 
Fase de iniciativa (início do processo legislativo), 
constitutiva (deliberação parlamentar, discussão e voto, 
deliberação executiva e sanção ou veto) e a complementar 
(promulgação e publicação). 
Diferenças 
Material: 
Lei Complementar: hipóteses taxativas. Será sempre 
expresso no texto constitucional as matérias nas quais serão 
regulamentadas por ela. 
Lei Ordinária: hipótese residual, ou seja, tudo que não for 
regulamentado por lei complementar, decreto legislativo e 
resoluções. 
 As matérias específicas das leis complementares não 
podem ser revogadas por leis ordinárias. 
Formal: 
Está no quórum de aprovação. 
Lei Complementar: maioria absoluta (art. 69). 
Lei Ordinária: maioria simples/relativa (metade + 1 dos 
presentes), sendo que a quantidade mínima de membros 
presentes para deliberar é a maioria absoluta dos membros 
(art. 47). 
 Não existe hierarquia entre lei complementar e lei 
ordinária (STF). 
04/11 
30. Medida Provisória (art. 62) 
Tem força de lei. 
Congresso Nacional irá analisar. 
Legitimidade: 
▪ Função atípica do poder executivo de legislar. Presidente 
da República. 
▪ Resquício da ditadura. 
Obs.: Se reproduzido a competência nas constituições 
estaduais e nas Leis Orgânicas dos Municípios, seus 
respectivos chefes do executivo podem editar MP. 
Pressupostos: 
Assuntos de relevância e urgência: é de discricionariedade 
do presidente. 
Prazo de duração: 
60 dias, prorrogáveis apenasuma vez por 60 dias (120 dias 
no total). 
Nos períodos de recesso parlamentar pausa/suspende a 
contagem e retoma a contagem de onde tinha passado. 
Passado o prazo e ela não se tornar lei, perde a eficácia desde 
o início. O decreto-legislativo disciplinará sobre as relações 
jurídicas decorrentes (art. 62, § 3º) 
Tramitação: 
Art. 62, § 5º A deliberação de cada uma das Casas do 
Congresso Nacional sobre o mérito das medidas provisórias 
dependerá de juízo prévio sobre o atendimento de seus 
pressupostos constitucionais. 
A MP será votada, inicialmente, na Câmara dos Deputados 
(art. 62, § 8º). 
Comissão Mista de Deputados e Senadores encaminhará a 
medida provisória para emitir parecer (não vinculante, 
apenas opinativo) e depois, em outra sessão, pelo plenário de 
uma das casas do Congresso Nacional (art. 62, § 9º). 
Interpretado restritivamente. 
Regime de urgência: 
§ 6º Se a medida provisória não for apreciada em até 
quarenta e cinco dias contados de sua publicação, entrará em 
regime de urgência, subsequentemente, em cada uma das 
Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas 
(interrompidas), até que se ultime a votação, todas as demais 
deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando. 
Reedição de MP: 
Se não for aprovado ou perdido sua eficácia, não poderá ser 
reeditada na mesma sessão legislativa (art. 62, § 10). 
Aprovação sem Alteração: 
De acordo com o art. 12 da Res. n. 1/2002-CN "aprovada a 
medida provisória, sem alteração de mérito, será o seu texto 
promulgado pelo Presidente da Mesa do Congresso Nacional 
para publicação, no Diário Oficial da União". Nos termos do 
art. 57, § 5º, a Mesa do Congresso Nacional será presidida 
pelo Presidente do Senado. 
Aprovação com Alteração: 
Se houver emendas à MP, de qualquer forma, deverá 
novamente ser enviada ao Presidente após todo o trâmite. 
Art. 62, § 12. Aprovado projeto de lei de conversão 
alterando o texto original da medida provisória, esta manter-
se-á integralmente em vigor até que seja sancionado ou 
vetado o projeto. 
Não Apreciação (Rejeição Tácita): 
Regra: perderão eficácia, desde a edição, se não forem 
convertidas em lei no prazo de 60 dias, prorrogável uma vez 
por igual período (art. 62, § 3º). O decreto-legislativo 
disciplinará sobre as relações jurídicas decorrentes (art. 62, 
§ 3º). 
Exceção: se não editado pelo Congresso Nacional no prazo 
de 60 dias, vão ser conservados as relações jurídicas (art. 62, 
§ 11). 
Efeitos Jurídicos: 
Enquanto vigente, as leis em sentido contrário terão sua 
eficácia suspensa, retomando sua eficácia quando a MP não 
for convertida em lei. Se convertida, serão revogadas. 
Limites Materiais: 
Assuntos vedados para ser editados em MP: 
nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos 
políticos e direito eleitoral; direito penal, processual penal e 
processual civil; organização do Poder Judiciário e do 
Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; 
planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e 
créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no 
art. 167, § 3º (art. 62, § 1º); que implique instituição ou 
majoração de impostos (art. 62, § 2º) 
31. Lei Delegada (art. 68) 
Exceção ao princípio da indelegabilidade de atribuições. 
Elaboradas pelo presidente que solicita a delegação ao 
Congresso Nacional. 
Não pode tratar de atos de competência exclusiva do 
Congresso Nacional. 
O Congresso Nacional liberará por meio de resolução que 
especificará o conteúdo e os termos de seu exercício. 
O CN determinará se haverá ou não apreciação do PL por ele 
que, havendo apreciação, será feita em votação única, vedada 
qualquer emenda (art. 68, § 3º). 
Caso o Presidente da República elabore a lei delegada além 
do limite fixado na resolução congressual, caberá ao CN 
sustar o aludido ato normativo, por meio de decreto 
legislativo, realizando controle repressivo de 
constitucionalidade (art. 49, V). 
32. Decreto Legislativo 
Instrumento por meio do qual são materializadas as 
competências exclusivas do CN (art. 49), com regras de 
procedimento contempladas nos Regimentos Internos das 
Casas ou do Congresso. 
33. Resolução 
Regulamenta-se as matérias de competência privativa da 
Câmara dos Deputados (art. 51), do Senado Federal (art. 52) 
e algumas do CN. 
05/11 
 
 
34. Exercício 
Federal (art. 76): Presidente da República; 
Estadual/Distrital: Governador; 
Municipal: Prefeito 
 Territorial: Governador nomeado pelo Presidente. 
35. Condições de Elegibilidade 
Nacionalidade brasileira nato (art. 12, § 3º, I), pleno 
exercício dos direitos políticos, alistamento eleitoral (ter 
título), domicílio eleitoral na circunscrição, filiação 
partidária e idade mínima de 35 anos (art. 14, § 3º). 
Inelegibilidade: 
Os inalistáveis e os analfabetos (§ 4º) e os que são, no 
território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes 
consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, 
do Presidente da República, de Governador de Estado ou 
Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os 
haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, 
salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. 
36. Processo Eleitoral (art. 77) 
Primeiro domingo de outubro (1º turno) e no último domingo 
de outubro (2º turno que ocorre quando não atingidos a 
maioria absoluta no 1º - § 3º) no ano anterior ao término do 
mandato presidencial vigente. Eleito aquele que tiver 
maioria absoluta dos votos, excluindo os brancos e nulos (§ 
2º). 
Em caso de morte, desistência ou impedimento legal de um 
dos candidatos em 2º turno, chama-se o mais votado entre os 
Poder Executivo 
remanescentes (§ 4º), caso houver mais de um nessa 
colocação, chamar-se-á o mais idoso (§ 5º). 
37. Atribuições do Presidente (art. 84) 
Por meio de decreto. 
Nomear e exonerar os Ministros de Estado; exercer a 
direção superior da administração federal; iniciar o processo 
legislativo; sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, 
expedir decretos e regulamentos; vetar projetos de lei; dispor 
sobre a organização e o funcionamento da administração 
federal; dispor, mediante decreto, sobre a organização e 
funcionamento da administração federal, quando não 
implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de 
órgãos públicos, a extinção de funções ou cargos públicos, 
quando vagos; manter relações com Estados estrangeiros e 
acreditar seus representantes diplomáticos; celebrar tratados, 
convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do 
Congresso Nacional; decretar o estado de defesa e o estado 
de sítio; decretar e executar a intervenção federal; remeter 
mensagem e plano de governo ao CN por ocasião da abertura 
da sessão legislativa, expondo a situação do País e 
solicitando as providências que julgar necessárias; conceder 
indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos 
órgãos instituídos em lei; exercer o comando supremo das 
Forças Armadas, nomear os Comandantes da Marinha, do 
Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e 
nomeá-los para os cargos que lhes são privativos; nomear, 
após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do STF e 
dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o 
PGR, o presidente e os diretores do banco central e outros 
servidores; nomear (art. 73), os Ministros do TCU; nomear 
os magistrados e o Advogado-Geral da União; nomear 
membros do Conselho da República (art. 89, VII); convocar 
e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa 
Nacional; declarar guerra (agressão estrangeira) autorizado 
pelo CN ou referendado por ele, quando ocorrida no 
intervalo das sessões legislativas, e decretar, total ou 
parcialmente, a mobilização nacional; celebrar a paz, 
autorizado ou com o referendo do CN; conferir 
condecorações e distinções honoríficas; permitir que forças 
estrangeiras transitem pelo território nacional ou nelepermaneçam temporariamente; enviar ao CN o plano 
plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as 
propostas de orçamento; prestar, anualmente, ao CN, dentro 
de 60 dias após a abertura da sessão legislativa, as contas 
referentes ao exercício anterior; prover e extinguir os cargos 
públicos federais; editar MP com força de lei; exercer outras 
atribuições previstas nesta Constituição; propor ao CN a 
decretação do estado de calamidade pública de âmbito 
nacional previsto nos arts. 167-B, 167-C, 167-D, 167-E, 167-
F e 167-G. 
Poderá delegar as atribuições mencionadas nos incisos VI, 
XII e XXV, 1ª parte, aos Ministros de Estado, PGR ou AGU 
(P.Ú.). 
11/11 
38. Posse e Mandato (art. 78 e 82) 
Art. 78. O Presidente e o Vice-Presidente da República 
tomarão posse em sessão do Congresso Nacional (sessão 
extraordinária conjunta), prestando o compromisso de 
manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, 
promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, 
a integridade e a independência do Brasil. 
Art. 82. O mandato do Presidente da República é de 4 
(quatro) anos e terá início em 5 de janeiro do ano seguinte ao 
de sua eleição. 
39. Impedimentos e Vacância (art. 79) 
Casos em que o Vice-Presidente assume a presidência. 
Impedimentos: ausência temporária (férias ou doença) do 
Presidente, sendo substituído pelo Vice-Presidente. 
Vacância: afastamento definitivo (cassação, renúncia ou 
morte), sucedendo, assim, o Vice-Presidente. 
 Não há eleição de novo vice. 
40. Substitutos Eventuais (art. 80) 
Art. 80. Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-
Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão 
sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o 
Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e 
o do Supremo Tribunal Federal. 
Presidente da Câmara dos Deputados, do Senado federal e 
do STF, assumem sucessivamente de forma temporária. 
Estadual/Distrital: Presidente da Assembleia Legislativa, 
Presidente do Tribunal de Justiça. 
Municipal: Presidente da Câmara (algumas LOM estipulam 
o vice também). 
Territorial: nomeação de outro, enquanto isso assume o 
Presidente da Câmara Territorial. 
STF: réu em processo criminal não pode assumir, como 
substituto, o cargo de Presidente da República. 
Obs.: O Presidente da CD vem antes do Presidente do 
Senado na linha sucessória porque na CD estão os 
representantes do povo. 
IMPORTANTE: se o Presidente da CD tiver menos de 35 
anos, em caso de substituição, ele poderia assumir a 
Presidência da República: 1ª posição afirma que não, pois a 
CF deu importância ao princípio da idade mínima de 35 anos 
e a 2ª posição diz sim, uma vez que, as condições de 
elegibilidade para o cargo de deputado federal foram 
preenchidos, de forma que exercerá todos os ônus e bônus do 
cargo. 
41. Mandato Tampão (art. 81) 
Vacância do Presidente e do Vice, assume o sucessivo até a 
nova eleição. Se ocorrer nos dois primeiros anos do mandato, 
será feito eleição direta após decorridos 90 dias. Caso seja no 
segundo biênio, será eleição indireta feita pelo CN, após 30 
dias. 
 Os eleitos só ficaram no cargo no tempo que falta de 
mandato. 
42. Ausência Superior a 15 dias (art. 83) 
Art. 83. O Presidente e o Vice-Presidente da República não 
poderão, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-se do 
País por período superior a quinze dias, sob pena de perda do 
cargo. 
Perda do cargo caso não tiver autorização do CN. Os demais 
entes federativos seguem a mesma regra. 
43. Crimes de Responsabilidade 
Rol meramente exemplificativo. 
Art. 85. São crimes (não no sentido jurídico, pois não é fato 
típico, antijurídico e culpável) de responsabilidade os atos do 
Presidente da República que atentem contra a Constituição 
Federal e, especialmente, contra: 
I - a existência da União; 
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder 
Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes 
constitucionais das unidades da Federação; 
III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; 
IV - a segurança interna do País; 
V - a probidade na administração; 
VI - a lei orçamentária; 
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais. 
Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei 
especial, que estabelecerá as normas de processo e 
julgamento. 
São infrações políticos-administrativas. 
Competência para instauração: 
Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados: 
I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração 
de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da 
República e os Ministros de Estado; 
Lei 1.079/50, Art. 14. É permitido a qualquer cidadão 
denunciar o Presidente da República ou Ministro de Estado, 
por crime de responsabilidade, perante a Câmara dos 
Deputados. 
Essa lei possui dispositivos incompatíveis com a CF/88, 
portanto não é possível usar seu texto integralmente, por isso 
a ADPF 378 e os dispostos no RICD e o RISF 
complementaram ela para o julgamento de Dilma. 
Quem pode sofrer Impeachment: 
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: 
I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da 
República nos crimes de responsabilidade, bem como os 
Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do 
Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza 
conexos com aqueles; 
II - processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal 
Federal, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do 
Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-
Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes 
de responsabilidade; 
ADPF 378: STF entende ser possível a aplicação subsidiária 
do Regimento Interno da Câmara dos Deputados e o do 
Senado Federal ao processo e julgamento do impeachment. 
 
 
Súmula Vinculante 46, STF: A definição dos crimes de 
responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas 
de processo e julgamento são da competência legislativa 
privativa da União. 
Procedimento: 
Bifásico, passa pela Câmara dos Deputados e pelo Senado 
Federal. 
Câmara dos Deputados (art. 51, I): autoriza a instauração 
do processo de impeachment. A denúncia está contida nos 
arts. 14 (perante a Câmara dos Deputados) e 16 da Lei 
1.079/50, abrindo prazo de 10 dias para apresentação de 
defesa prévia, assim que recebida. Entendeu o STF que o 
Presidente da Câmara pode rejeitar liminarmente, antes da 
submissão a Comissão especial (emitir parecer). Elaborado e 
votado o parecer da comissão especial (voto aberto), 
independentemente do seu conteúdo, a denúncia será 
apreciada pelo Plenário da Câmara, que poderá autorizar ou 
não a instauração do processo de impeachment (aprovação 
depende de 2/3 dos votos). Encaminhará por meio de 
resolução ao Senado, caso autorizado, que irá admitir ou não 
a acusação. 
Art. 16. A denúncia assinada pelo denunciante e com a firma 
reconhecida, deve ser acompanhada dos documentos que a 
comprovem, ou da declaração de impossibilidade de 
apresentá-los, com a indicação do local onde possam ser 
encontrados, nos crimes de que haja prova testemunhal, a 
denúncia deverá conter o rol das testemunhas, em número de 
cinco no mínimo. 
Senado Federal: fará o juízo de acusação, constituindo uma 
comissão especial para parecer, incumbindo ao plenário 
discutir e votar (voto aberto), sendo aprovado por maioria 
simples. Negado, extingue-se o processo, sendo admitido, o 
processo é formalmente instaurado no Senado Federal, o 
Presidente é afastado (art. 86, § 1º) e o Presidente do STF 
preside o processo (art. 52, § único). 
Art. 86, § 1º O Presidente ficará suspenso de suas funções: 
II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do 
processo pelo Senado Federal. 
§ 2º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o 
julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do 
Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do 
processo. 
18/11 
 
 
 
44. Introdução 
Sóele tem jurisdição (função típica), não podendo os outros 
órgãos do poder revisar suas decisões, ao contrário dele, que 
pode, sim, revisar as decisões dadas pelos outros órgãos. 
Em regra, suas decisões são imutáveis, pois fazem coisa 
julgada, diferentemente dos outros órgãos, pois inexiste 
coisa julgada administrativa. 
45. Esferas 
Federal: Justiça Federal Comum e a Justiça Federal 
Especializada (Justiça do Trabalho, Justiça Militar – crimes 
próprios das forças armadas – e Justiça Eleitoral). 
Estadual: Justiça Comum. Possui competência residual. 
Municipal: não tem. 
46. Órgãos (art. 92) 
I - o Supremo Tribunal Federal; 
I-A o Conselho Nacional de Justiça; 
II - o Superior Tribunal de Justiça; 
II-A - o Tribunal Superior do Trabalho; 
III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; 
IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho; 
V - os Tribunais e Juízes Eleitorais; 
VI - os Tribunais e Juízes Militares; 
VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal 
e Territórios. 
Obs. 1: § 1º O Supremo Tribunal Federal, o Conselho 
Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores têm sede na 
Capital Federal. 
Obs. 2: § 2º O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais 
Superiores têm jurisdição em todo o território nacional. 
47. Autonomia 
Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia 
administrativa e financeira. 
Financeira (art. 98, § 2º): 
Art. 98, § 2º As custas e emolumentos serão destinados 
exclusivamente ao custeio dos serviços afetos às atividades 
específicas da Justiça. 
O próprio elabora seu orçamento, não podendo os outros 
órgãos intervir, apenas deverá seguir as diretrizes e 
parâmetros da lei orçamentária. 
Administrativa (art. 96, I e II): 
Art. 96. Compete privativamente: 
I - aos tribunais: 
a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos 
internos, com observância das normas de processo e das 
garantias processuais das partes, dispondo sobre a 
Poder Judiciário 
competência e o funcionamento dos respectivos órgãos 
jurisdicionais e administrativos; 
b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos 
juízos que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da 
atividade correicional respectiva; 
c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de 
juiz de carreira da respectiva jurisdição; 
d) propor a criação de novas varas judiciárias; 
e) prover, por concurso público de provas, ou de provas e 
títulos, obedecido o disposto no art. 169, parágrafo único, os 
cargos necessários à administração da Justiça, exceto os de 
confiança assim definidos em lei; 
f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus 
membros e aos juízes e servidores que lhes forem 
imediatamente vinculados; 
II - ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores 
e aos Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo 
respectivo, observado o disposto no art. 169: 
a) a alteração do número de membros dos tribunais 
inferiores; 
b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus 
serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados, 
bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos 
juízes, inclusive dos tribunais inferiores, onde houver; 
c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores; 
d) a alteração da organização e da divisão judiciárias; 
48. Organização da Carreira (art. 93) 
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo 
Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura 
(Lei Complementar), observados os seguintes princípios: 
I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz 
substituto, mediante concurso público de provas e títulos, 
com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em 
todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no 
mínimo, três anos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas 
nomeações, à ordem de classificação; 
II - promoção de entrância para entrância, alternadamente, 
por antigüidade e merecimento, atendidas as seguintes 
normas: 
a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes 
consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento; 
b) a promoção por merecimento pressupõe dois anos de 
exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira 
quinta parte da lista de antigüidade desta, salvo se não houver 
com tais requisitos quem aceite o lugar vago; 
c) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos 
critérios objetivos de produtividade e presteza no exercício 
da jurisdição e pela freqüência e aproveitamento em cursos 
oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento; 
d) na apuração de antigüidade, o tribunal somente poderá 
recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois 
terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e 
assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se 
a indicação; 
e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver 
autos em seu poder além do prazo legal, não podendo 
devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão; 
III - o acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por 
antiguidade e merecimento, alternadamente, apurados na 
última ou única entrância; 
IV - previsão de cursos oficiais de preparação, 
aperfeiçoamento e promoção de magistrados, constituindo 
etapa obrigatória do processo de vitaliciamento a 
participação em curso oficial ou reconhecido por escola 
nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrados; 
V - o subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores 
corresponderá a noventa e cinco por cento do subsídio 
mensal fixado para os Ministros do Supremo Tribunal 
Federal e os subsídios dos demais magistrados serão fixados 
em lei e escalonados, em nível federal e estadual, conforme 
as respectivas categorias da estrutura judiciária nacional, não 
podendo a diferença entre uma e outra ser superior a dez por 
cento ou inferior a cinco por cento, nem exceder a noventa e 
cinco por cento do subsídio mensal dos Ministros dos 
Tribunais Superiores, obedecido, em qualquer caso, o 
disposto nos arts. 37, XI, e 39, § 4º; 
VI - a aposentadoria dos magistrados e a pensão de seus 
dependentes observarão o disposto no art. 40; 
VII - o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo 
autorização do tribunal; 
VIII - o ato de remoção ou de disponibilidade do magistrado, 
por interesse público, fundar-se-á em decisão por voto da 
maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho 
Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa; 
VIII - A a remoção a pedido ou a permuta de magistrados de 
comarca de igual entrância atenderá, no que couber, ao 
disposto nas alíneas a , b , c e e do inciso II; 
IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário 
serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena 
de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em 
determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou 
somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito 
à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o 
interesse público à informação; 
X - as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas 
e em sessão pública, sendo as disciplinares tomadas pelo 
voto da maioria absoluta de seus membros; 
XI - nos tribunais com número superior a vinte e cinco 
julgadores, poderá ser constituído órgão especial, com o 
mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para 
o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais 
delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se 
metade das vagas por antigüidade e a outra metade por 
eleição pelo tribunal pleno; 
XII - a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo 
vedado férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo 
grau, funcionando, nos dias em que não houver expediente 
forense normal, juízes em plantão permanente; 
XIII - o número de juízes na unidade jurisdicional será 
proporcional à efetiva demanda judicial e à respectiva 
população; 
XIV - os servidores receberão delegação para a prática de 
atos deadministração e atos de mero expediente sem caráter 
decisório; 
XV - a distribuição de processos será imediata, em todos os 
graus de jurisdição. 
49. Garantias dos Magistrados (art. 95) 
Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias: 
I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida 
após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, 
nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver 
vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial 
transitada em julgado; 
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, 
na forma do art. 93, VIII; 
III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos 
arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. 
Vitaliciedade: após 2 anos, durante esse período (estágio 
probatório) pode perder o cargo por decisão administrativa 
do próprio tribunal. Após se vitaliciar, perde o cargo apenas 
com sentença judicial transitada em julgado. 
Obs.: nos casos do art. 94, os membros do STF, dos 
Tribunais Superiores e os advogados e membros do MP que 
ingressam nos tribunais federais ou estaduais pela regra do 
quinto constitucional, adquirem vitaliciedade imediatamente 
na posse. 
Inamovibilidade: somente poderão ser removidos por 
iniciativa própria, salvo por motivo de interesse público, 
mediante decisão adotada pelo voto da maioria absoluta do 
respectivo tribunal ou CNJ. 
Irredutibilidade dos Subsídios: para evitar opressões por 
meio da redução de sua espécie remuneratória. 
Foro por prerrogativa de função: são julgados, 
originalmente, por tribunais indicados na Constituição 
federal. Não se estende aos juízes aposentados. 
 
50. Vedações (art. 95, § único) 
Parágrafo único. Aos juízes é vedado: 
I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou 
função, salvo uma de magistério; 
II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou 
participação em processo; 
III - dedicar-se à atividade político-partidária. 
IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou 
contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou 
privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; 
V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se 
afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do 
cargo por aposentadoria ou exoneração. 
Magistério: o STF decidiu que pode exercer mais de uma 
atividade de magistério, desde que compatíveis com o 
exercício da magistratura. 
51. Subsídios dos membros do Poder Judiciário 
Por subsídio, fixado em parcela única, vedado acréscimo de 
qualquer valor. Só pode ser fixado ou alterado por lei 
específica, com iniciativa privativa dos tribunais. 
52. Conselho Nacional de Justiça (art. 103-B) 
Criado pela EC 45/2004, é órgão integrante da estrutura do 
Judiciário, com sede em Brasília (art. 92, § 1º), com a 
incumbência de realizar o controle da atuação administrativa 
e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos 
deveres funcionais dos juízes. 
Composição 
Art. 103-B. O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 
15 (quinze) membros com mandato de 2 (dois) anos, 
admitida 1 (uma) recondução, sendo: 
I - o Presidente do Supremo Tribunal Federal; 
II - um Ministro do Superior Tribunal de Justiça, indicado 
pelo respectivo tribunal; 
III - um Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, 
indicado pelo respectivo tribunal; 
IV - um desembargador de Tribunal de Justiça, indicado pelo 
Supremo Tribunal Federal; 
V - um juiz estadual, indicado pelo Supremo Tribunal 
Federal; 
VI - um juiz de Tribunal Regional Federal, indicado pelo 
Superior Tribunal de Justiça; 
VII - um juiz federal, indicado pelo Superior Tribunal de 
Justiça; 
VIII - um juiz de Tribunal Regional do Trabalho, indicado 
pelo Tribunal Superior do Trabalho; 
IX - um juiz do trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do 
Trabalho; 
X - um membro do Ministério Público da União, indicado 
pelo Procurador-Geral da República; 
XI - um membro do Ministério Público estadual, escolhido 
pelo Procurador-Geral da República dentre os nomes 
indicados pelo órgão competente de cada instituição 
estadual; 
XII - dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da 
Ordem dos Advogados do Brasil; 
XIII - dois cidadãos, de notável saber jurídico e reputação 
ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro 
pelo Senado Federal. 
§ 1º O Conselho será presidido pelo Presidente do Supremo 
Tribunal Federal e, nas suas ausências e impedimentos, pelo 
Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal. 
Sabatina e Nomeação 
§ 2º Os demais membros do Conselho serão nomeados pelo 
Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela 
maioria absoluta do Senado Federal. 
§ 3º Não efetuadas, no prazo legal, as indicações previstas 
neste artigo, caberá a escolha ao Supremo Tribunal Federal. 
Limite de Idade 
Não há mais limite de idade (EC 61/2009). 
Atribuições 
Rol exemplificativo: “além de outras atribuições”. 
§ 4º controle da atuação administrativa e financeira do Poder 
Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos 
juízes, cabendo-lhe, além de outras atribuições que lhe forem 
conferidas pelo Estatuto da Magistratura: 
I - zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo 
cumprimento do Estatuto da Magistratura, podendo expedir 
atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou 
recomendar providências; 
II - zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou 
mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos 
praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário, 
podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se 
adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da 
lei, sem prejuízo da competência do Tribunal de Contas da 
União; 
III – receber e conhecer das reclamações contra membros ou 
órgãos do Poder Judiciário, inclusive contra seus serviços 
auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços 
notariais e de registro que atuem por delegação do poder 
público ou oficializados, sem prejuízo da competência 
disciplinar e correicional dos tribunais, podendo avocar 
processos disciplinares em curso, determinar a remoção ou a 
disponibilidade e aplicar outras sanções administrativas, 
assegurada ampla defesa; 
IV – representar ao Ministério Público, no caso de crime 
contra a administração pública ou de abuso de autoridade; 
V – rever, de ofício ou mediante provocação, os processos 
disciplinares de juízes e membros de tribunais julgados há 
menos de um ano; 
VI – elaborar semestralmente relatório estatístico sobre 
processos e sentenças prolatadas, por unidade da Federação, 
nos diferentes órgãos do Poder Judiciário; 
VII – elaborar relatório anual, propondo as providências que 
julgar necessárias, sobre a situação do Poder Judiciário no 
País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar 
mensagem do Presidente do Supremo Tribunal Federal a ser 
remetida ao Congresso Nacional, por ocasião da abertura da 
sessão legislativa. 
Obs. 1: Súmula 649, STF - É inconstitucional a criação, por 
Constituição Estadual, de órgão de controle administrativo 
do Poder Judiciário do qual participem representantes de 
outros Poderes ou entidades. 
Obs. 2: Entende nossa Corte Suprema que, em respeito ao 
caráter nacional e ao regime orgânico unitário da 
magistratura, o controle administrativo, financeiro e 
disciplinar de toda a Justiça - inclusive da Justiça Estadual - 
deve ser realizado pelo Conselho Nacional de Justiça. 
53. Supremo Tribunal Federal 
Art. 101. O Supremo Tribunal Federal compõe-se de onze 
Ministros, escolhidos dentre cidadãos com mais de trinta e 
cinco e menos de setenta anos de idade, de notável saber 
jurídico e reputação ilibada. 
Parágrafo único. Os Ministros do Supremo Tribunal 
Federal serão nomeados pelo Presidente da República, 
depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do 
Senado Federal. 
Competências: 
Art. 102. A guarda da Constituição, cabendo-lhe: 
I – processar e julgar,

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