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Assuntos: - Poder legislativo • Separação dos poderes • Congresso nacional • Câmara • Senado • Estatuto dos congressistas • Processo legislativo • Espécies normativas (2º Crédito) • Tribunais de contas da união – trabalho da 1° unidade. Dia: 21/10. Plaquinhas. - Poder executivo - Poder judiciário - Funções essenciais à justiça – trabalho do segundo crédito (Data: 09/12) das plaquinhas (resumo valendo meio ponto): • Advogados • Ministério público • AGU • Defensoria pública • Procuradoria Geral do Estado 13/08 1. Introdução: a) Antiguidade – Aristóteles (Política): identificava que o Estado tinha três funções primordiais, contudo estavam concentradas num único ente, o soberano. b) Liberalismo – Montesquieu (O espírito das leis): Aprimora a teoria aristotélica, ao defender que na verdade não são três funções do Estado, mas sim três funções intrinsecamente ligadas a três órgãos distintos, autônomos e independentes entre si. Tal teoria, que contesta o absolutismo, serviu de inspiração para diversas revoluções, como a americana e francesa. Portanto, cada Poder exercia uma função típica, atuando independente e autonomamente, não mais se admitindo que um único órgão legisle, aplique a lei e julgue, de modo unilateral. É a chamada Teoria da Tripartição de Poderes. 2. Funções Típicas e Atípicas: Típicas: predominantes, inerentes e ínsitas à sua natureza; a) função legislativa: "consiste na edição de regras gerais, abstratas, impessoais e inovadoras da ordem jurídica, denominadas leis", criar normas jurídicas e fiscalizar os atos do executivo; b) função executiva: "resolve os problemas concretos e individualizados, de acordo com as leis; não se limita à simples execução das leis, como às vezes se diz; comporta prerrogativas, e nela entram todos os atos e fatos jurídicos que não tenham caráter geral e impessoal; por isso, é cabível dizer que a função executiva se distingue em função de governo, com atribuições políticas, colegislativas e de decisão, e função administrativa, com suas três missões básicas: intervenção, fomento e serviço público”; c) função jurisdicional: "tem por objeto aplicar o direito aos casos concretos a fim de dirimir conflitos de interesse", processa e julga quem descumpri as leis, por meio da jurisdição. Atípicas: a atípica de um Poder significa exercer funções típicas dos outros dois órgãos. a) Legislativa: exerce função executiva quando cuida de sua organização, provendo cargos, concedendo férias, licenças, etc. Exerce função jurisdicional quando o Senado julga o Presidente da República nos crimes de responsabilidade (art. 52, I). b) Executivo: exerce função legislativa quando edição de MP pelo Presidente, e exerce função jurisdicional quando há processos administrativos c) Judiciário: exerce função legislativa quando faz o regimento interno de seus tribunais, e exerce função executiva quando concede licença e férias aos magistrados. Art. 44: o "Poder" Legislativo (função) é exercido pelo Congresso Nacional (órgão), que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal; Art. 76: o "Poder" Executivo (função) é exercido pelo Presidente da República (órgão), auxiliado pelos Ministros de Estado 3. Finalidade: Preservar a liberdade individual; Garantir equilíbrio político; Evitar o abuso de poder e o despotismo. 4. Sistema de Freios e Contrapesos - Cheks and Balances: • Mecanismo de fiscalização e responsabilização recíproca dos poderes estatais; • Interpenetração de poderes. • Mecanismo de controle dado aos poderes para controlar uns aos outros, evitando assim a sobreposição de um sobre o outro. “O sistema constitucional brasileiro, ao consagrar o princípio da limitação de poderes, teve por objetivo instituir modelo destinado a impedir a formação de instâncias hegemônicas de poder no âmbito do Estado, em ordem a neutralizar, no plano político-jurídico, a possibilidade de dominação institucional de qualquer dos Poderes da República sobre os demais órgãos da soberania nacional” (MS 23.452, Rei. Min. Celso de Mello, j. 16.09:1999, Plenário, DJ de 12.05.2000). Ex. desse sistema na Constituição de 88: Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade [...] Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao Presidente da República, que, aquiescendo, o sancionará. § 1º - Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto. § 4º O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores. Os Ministros do STF (Judiciário) serão nomeados pelo Presidente da República (Executivo), depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal (Legislativo) - art. 101, parágrafo único (c/c o art. 52, 111, "a", e o art. 84, XIV). 5. Tripartição de Poderes? • O poder é uno, indivisível e indelegável, e não se triparte. O poder é um só, manifestando-se por meio de órgãos que exercem funções. Porém, a própria CF utiliza a expressão “Poderes” (art. 2º, CF/88). a) poder: uno, indivisível e indelegável, um atributo do Estado que emana do povo; b) função: "a função constitui, pois, um modo particular e caracterizado de o Estado manifestar a sua vontade"; c) órgão: "os órgãos são, em consequência, os instrumentos de que se vale o Estado para exercitar suas funções, descritas Separação de Poderes na Constituição, cuja eficácia é assegurada pelo Poder que a embasa". 6. Princípio da Indelegabilidade de Atribuições • As atribuições asseguradas não poderão ser delegadas de um Poder (órgão) a outro. • Um órgão só poderá exercer atribuições de outro, ou da natureza típica de outro, quando houver expressa previsão (e aí surgem as funções atípicas) e, diretamente, quando houver delegação por parte do poder constituinte originário, como ocorre, por exemplo, com as leis delegadas do art. 68, cuja atribuição é delegada pelo Legislativo ao Executivo. 19/08 7. Estrutura Federal (art. 44): Congresso Nacional: entidade, órgão que tem a função de representar o poder legislativo no âmbito federal (União). É bicameral composto pela Câmera dos Deputados, constituída por representantes do povo, e Senado Federal, comporto por representados dos Estados-Membro, sendo órgãos independentes. O número de deputados federais é decidido por Lei Complementar. Em âmbito estadual, municipal, DF e territórios, a estrutura é unicameral. Estadual (art. 27): Assembleia Legislativa: órgão que representa o poder legislativo no âmbito estadual. É unicameral e composta po Deputados Estaduais, representantes do povo. Nº de Deputados Estaduais: corresponde ao triplo da quantidade de Deputados Federais que foram eleitos daquele estado (DE= 3 x DF) → Regra Geral. Ex.: RR = 8 DF → 8.3 = 24 DE. Quando triplicado e der o total acima de 36 DE, manterá o número 36, somando com 12 – o número total de DF para dar a quantidade de DE → Regra específica. Ex.: BA = 39 DF → 36 + (39 - 12) = 63. RJ = 46 DF → 36 + (46 – 12) = 70 Mandato: 4 anos. Remuneração: 75% dos Deputados Federais (§ 2º) Municipal (art. 29): Câmara Municipal/Vereadores: representa o legislativo no âmbito municipal. Composto pelosvereadores que são os representantes do povo. É unicameral. Nº de Vereadores: proporcional à população do Município, nos limites do art. 29, IV. Mandato: 4 anos. Remuneração: depende da população do Município, conforme art. 29, VI e VII, e art. 29-A. Distrito Federal (art. 32): Câmara Legislativa: representa o legislativo distrital. Composto pelos Deputados Distritais. Aplicam-se aos Deputados Distritais e Câmara Legislativa as mesmas regras estabelecidas para os Estados. 20/08 8. Congresso Nacional Atribuições (art. 48 e 49) das duas câmeras em conjunto. Art. 48 se concretizam por meio da lei, precisando da sanção do presidente, sobre todas as matérias de competência da União. Art. 49 se concretizam por meio de decreto legislativo e não precisa da sanção do presidente. 9. Câmaras dos Deputados Composição (art. 45): Deputados Federais: representantes do povo. Eleição (art. 45): Sistema Proporcional: contraponto do sistema majoritário. Para eleger um deputado, leva-se em consideração as cadeiras adquiridas pelo partido ao qual ele (DF) pertença, além dos números de votos dados a ele. Ou seja, quem estará sendo elegido, em primeiro plano, é o partido, tendo como base o quociente eleitoral (Qe), e só após isso, a quantidade de votos dado ao candidato. 𝑄𝑒 = 𝑛º 𝑑𝑒 𝑣𝑜𝑡𝑜𝑠 𝑣á𝑙𝑖𝑑𝑜𝑠 𝑛º 𝑑𝑒 𝑣𝑎𝑔𝑎𝑠 Qe = o resultado dado é usado como referência para saber quantas cadeiras o partido terá na Câmara. As variáveis (n° de votos e de vagas) leva em conta apenas o estado. Votos válidos: exclui-se os votos nulos e brancos. Número de Deputados (LC 78/93): Número total: 513. Esse número é dividido entre os estados, levando a proporção populacional de cada para determinar a quantidade de Deputados de cada um deles, devendo ter mais de 8 e menos de 70. Para os territórios (não existe mais nenhum no país), a CF no art. 45, § 2º, estabeleceu a quantidade de 4 deputados para cada. Mandato (art. 44, parágrafo único): Denominado de legislatura, cada uma dura 4 anos. Renovação de Deputados: Pode-se renovar 100% dos deputados de uma vez, diferentemente do senado. Remuneração (art. 49, VII, DL 276/14): É de competência exclusiva do Congresso Nacional estabelecer sua remuneração, por meio de Decretos Legislativos. O atual valor é de R$ 33.763,00. Requisitos de Candidatura (art. 14, § 3º) : Brasileiro nato ou naturalizado: art. 14, § 3º, I, a exigência de ser nato é apenas para a presidência da casa, consoante art. 12, § 3º, II. Maior de 21 anos: art. 14, § 3º, VI, “c”. Pleno exercício dos direitos políticos: art. 14, § 3º, II. Alistamento eleitoral: art. 14, § 3º, III. Domicílio eleitoral na circunscrição: art. 14, § 3º, IV. Filiação partidária: art. 14, § 3º, V. Competência Privativa da Câmara (art. 51): Concretizam-se por meio dos atos normativos denominados de resoluções, não precisando de sanção presidencial. 10. Senado Federal Composição (art. 46): Senadores são os representantes dos entes federados (estados e DF). Territórios: por não serem entes federados, consequentemente não tendo autonomia política, não elegem senadores. Eleição (art. 46): Sistema Majoritário: maioria dos votos. Número de Senadores (art. 46, § 1º): Poder Legislativo Total de 81 senadores, sendo 3 para cada estado e DF. Serão elegidos com 2 suplentes (§ 3º). Mandato Mandado de 8 anos, equivalentes a duas. Renovação (art. 46 , § 2º) : Ocorre em 4 em 4 anos, alternando de 1/3 e 2/3 do total, ou seja, em um ano cada estado vota em 1 senador e depois de quatro anos vota em 2. Remuneração (art. 49, VII): Decreto Legislativo 276/14 fixou o valor de R$ 33.763,00. Fixar o valor da remuneração é competência exclusiva do Congresso Nacional, equivalendo ao salário dos Deputados Federais. Requisitos de Candidatura (art. 14, § 3º): Brasileiro nato ou naturalizado: art. 14, § 3º, I, sendo a exigência de ser nato apenas para ocupar a presidência da Casa, conforme estabelece o art. 12, § 3º, III. Maior de 35 anos: art. 14, § 3º, VI, “a”. Pleno exercício dos direitos políticos: art. 14, § 3º, II. Alistamento eleitoral: art. 14, § 3º, III. Domicílio eleitoral na circunscrição: art. 14, § 3º, IV. Filiação partidária: art. 14, § 3º, V. Competência Privativa do Senado (art. 52): Ocorre por meio do ato normativo denominado de resolução, não dependendo de sanção presidencial. 26/08 Reuniões/Sessões 11. Sessão Legislativa Ordinária (art. 57, caput): Período anual, ou seja, dentro do prazo determinado em lei (02/02 a 17/07 e 01/08 a 22/12), estará ocorrendo uma sessão legislativa ordinária. O período entre 17/07 a 01/0/8 e 22/12 a 02/02 é denominado de recesso parlamentar. Cada legislatura é composta de 04 sessões legislativas ordinárias. 12. Sessão Legislativa Extraordinária (art. 57, §§ 6º, 7º e 8º): Quando ocorre reuniões no período do recesso parlamentar, mediante convocação. Cada período de convocação constitui uma Sessão Legislativa Extraordinária. Só poderá discutir matéria que está na pauta, o motivo da sessão ter sido iniciada, salvo § 8º, no qual fala das medidas provisórias em vigor na data de convocação. 13. Sessão Conjunta (art. 57, § 3º): Casos em que as duas casas irão reunir-se para discutir questões. A contagem dos votos será separada, ou seja, levará em consideração a maioria absoluta da Câmara dos Deputados (257) mais a maioria absoluta do Senado Federal (41) para reprovar ou aprovar determinada medida. Precisa ser atingido votos de 257 deputados mais o voto de 41 senadores, e não um e outro. Sessão Unicameral (art. 3º, ADCT): junta-se as duas casas, formando um total de 594 pessoas para votar sobre determinada matéria, cuja única previsão legal de ocorrência foi na revisão constitucional após 5 anos da promulgação. Levava em consideração o voto da maioria absoluta de todos os membros (298). 14. Sessão Preparatória e Mesa Diretora (art. 57, § 4º): Reunir-se-ão no dia 1º de fevereiro para as respectivas posses e para que ocorra a eleição das mesas (diretoria; presidência) da câmara e do senado. O presidente das casas exercerá o mandato de 2 anos, vedado consecutivos na mesma legislatura (art. 57, § 4º). O art. 5º, § 1º, RICD, é expresso ao estabelecer não ser considerada recondução a eleição para o mesmo cargo em legislaturas diferentes, ainda que sucessivas. § 5º A Mesa do Congresso Nacional será presidida pelo Presidente do Senado Federal, e os demais cargos serão exercidos, alternadamente, pelos ocupantes de cargos equivalentes na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. As mesas diretoras exercem funções administrativas, devendo assegurar a representação proporcional dos partidos (art. 58, § 1º). 02/09 Comissões Parlamentares (art. 58) 15. Permanentes x Temporárias (art. 58) Permanentes: são as comissões temáticas que permanecem em funcionamento indeterminadamente. Ex.: trabalho e meio ambiente. Temporárias: são comissões sobre matéria específica, que possuem prazo determinados para acabar. São as chamadas CPI. As atribuições e a forma das comissões, no geral, ficam a cargo dos regimentos internos das casas definirem. As atribuições que a CF/88 dá em seu art. 58, § 2º, para as comissões são genéricas e devem ser seguidas, não podendo ser suprimidas nos regimentos nos quais forem constituídas. § 2º, I - Plenário: reuniões nas quais todos os membros do Senado Federal ou da Câmara dos Deputados estão presentes. A depender da matéria e sua complexidade, a CF permite que uma comissão discuta sobre determinado projeto de lei, sem precisar de juntar todos os membros. Se 1/10 (52 deputados ou 9 senadores) entenderem que a matéria é mais complexa e precisa da apreciação de todos, não poderá esta ser discutida na comissão. II – Essas audiências servem para que os parlamentares possam ter mais informações sobredeterminada matéria que estão discutindo com pessoas que entendam do assunto. III – Quando de alguma forma os Ministros se envolverem em alguma polêmica devido a suas atribuições ou precisar prestar esclarecimento sobre os parlamentares podem convocar eles. § 1º Na constituição das Mesas e de cada Comissão, é assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da respectiva Casa. 16. Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI): São as comissões temporárias sobre determinada matéria. § 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores. A Lei 1.579/52 dispõe sobre as Comissões Parlamentares de Inquérito. Além disso, será regido por seus respectivos regimentos internos. Decisões do STF: Por causa da omissão e lacunas na CF, na lei que dispõe sobre a CPI e dos regimentos internos, o STF teve que dar uns pareceres acerca de determinadas coisas. O STF entende que a CPI tem os seguintes poderes, além dos descritos em lei: ela pode pedir quebra de sigilo fiscal, bancário e de dados telefônicos (não podendo ter acesso às gravações das ligações e mensagens trocadas). Criação: Para a sua formação, precisa da assinatura de 1/3 de seus membros (171 deputados, 27 senadores). Pode haver criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que é uma comissão conjunta das duas casas do Congresso Nacional. O STF entende que o presidente da casa não poderá vetar formação de comissão, a não ser que esteja fora do que foi determinado no § 3º da CF. Objeto: Busca apurar/investigar um fato determinado. Art. 35, § 1º, RICD: “Considera-se fato determinado, o acontecimento de relevante interesse para a vida pública e a ordem constitucional, legal, econômica e social do País, que estiver devidamente caracterizado no requerimento de constituição da Comissão” Prazo Certo: Regimento Interno da Câmara dos Deputados: o prazo máximo dado por ele é de 120 dias para ser concluído a comissão, sendo prorrogável em 60 dias, mediante deliberação do Plenário. Regimento Interno do Senado Federal: não deixa claro, só diz que se encerrará: a) pela conclusão da sua tarefa; ou b) ao término do respectivo prazo; e c) ao término da sessão legislativa ordinária. Aqui terá que respeitar o prazo de uma sessão legislativa pelo menos e a depender da situação, poderá ser prorrogado a mais uma sessão legislativa. Não pode passar de Legislatura. 03/09 Poderes que a CPI não tem: ▪ “Postulado de Reserva Constitucional de Jurisdição”: quando a CF fala de poderes jurisdicionais, caberá exclusivamente ao judiciário, que possui jurisdição dada pela própria CF, a cumpri-las, ou seja, a CPI não poderá exercer essas atribuições, por não ter jurisdição; ▪ Busca e apreensão domiciliar (art. 5º, XI); ▪ Quebra de sigilo da comunicação telefônica (art. 5º, XII); ▪ Prisão (art. 5º, LXI). Poderes da CPI: Investigação das autoridades judicias, além dos previstos em regimentos internos. Materializa-se por meio do Inquérito Parlamentar. Segundo o STF, poderá sem necessidade de intervenção judicial, sempre por decisão fundamentada e motivada, determinar: quebra do sigilo fiscal; quebra do sigilo bancário; quebra do sigilo de dados - neste último caso, destaque-se o sigilo dos dados telefônicos. Motivação : Para qualquer determinação dada pela CPI precisa ser fundamentada, sob pena de nulidade (art. 93, IX). Além disso, todas elas deverão ser colegiadas. Remédios contra a CPI: Mandado de Segurança e Habeas Corpus que só o STF tem competência para impetrar. CPI Estadual e Municipal: É possível ocorrer CPI no âmbito estadual e municipal, diferenciando apenas de a CPI Federal, pôr a municipal não poder pedir quebra de sigilo bancário. Conclusões: Quando terminado os trabalhos, eles farão um relatório, e quando chegarem a conclusão que algo violou a lei, encaminharão esse relatório e o inquérito que tiverem ao órgão competente para que promova a responsabilidade civil ou criminal do investigado. 17. Comissões Mista: Formadas por Deputados e Senadores para apreciar os assuntos que devam ser examinados em sessão conjunta pelo Congresso Nacional. 18. Comissão Representativa (art. 58, §4º): São aquelas que ficam de “plantão” durante o recesso parlamentar e será no Congresso Nacional. A comissão será eleita pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal na última sessão legislativa ordinária do período legislativo, com atribuições definidas no regimento comum 19. Estatuto dos Congressistas (art. 53/56): Aplica-se aos Deputados Estaduais (art. 27, § 1º). Dispõe de um conjunto de normas atinentes aos Depurados e Senadores, quer relativamente às suas prerrogativas, quer concernentemente às suas incompatibilidades e perda do mandato. Imunidade Parlamentar: Imunidade Material (art. 53, caput): Diz respeito a um fato. É uma prerrogativa do cargo. Alguns autores chamam de inviolabilidade. É um excludente de crime. Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. Para obter essa imunidade, precisa ter cometido algum delito em razão do cargo e durante o exercício desse. O discurso de ódio (hate speech) não é isento da imunidade. Os vereadores ficam imunes apenas na circunscrição do Município ao qual é vereador (art. 29, VII). VIII - inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do Município; Deputado Licenciado: Assim, licenciado do mandato parlamentar para ocupar cargo no Executivo (por exemplo, Ministro ou Secretário de Estado), o deputado ou senador não pode invocar a imunidade parlamentar. 09/09 Imunidade Formal: Diz respeito aos procedimentos, sendo adquirida assim que expedido o diploma. Para a prisão (art. 53, §2º): • Diplomação x Posse; Diploma: quando o candidato é certificado que realmente foi eleito para o cargo. É feito antes da posse. O crime precisa ter sido cometido após a diplomação do deputado ou do senador. • Deputados Estaduais: seguem as mesmas prerrogativas dos Deputados Federais, para imunidade material (art. 27, § 1º); • Vereadores: não possuem; • Devedor de alimentos: não há impedimentos, já que a CF no art. 53 §2º se refere à prisão criminal. Eles não podem ser presos (art. 53, § 2º), a não ser em flagrante delito de crimes inafiançáveis (art. 5º, XLII, XLIII e XLIV). Para o Processo Penal (art. 53, §§ 3º, 4º e 5º): • Após a Diplomação; • Suspensão da Prescrição (§ 5): sustação do processo enquanto durar o processo. Poderá o Processo ter suspenso a prescrição, mas só poderá ocorrer antes da decisão final (art. 53, § 5º), tendo que ter quórum de maioria absoluta. Será protocolado a petição inicial (Denúncia) pelo Procurador Geral da República, cujo processo será julgado pelo STF, que é o órgão competente para tal. Quando presos por terem cometido algum crime inafiançável, os autos da APF serão encaminhados à respectiva casa (Câmara dos Deputados, caso seja um deputado, ou Senado Federal, se senador), sendo os membros das respectivas casas, responsáveis por decidir se manterá ou não a prisão, com voto da maioria absoluta. Privilégios de Foro por Prerrogativa de Função (art. 53, §1º): § 1º Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamentoperante o Supremo Tribunal Federal. Pela redação, dá a entender que não importará se o crime foi cometido antes ou depois da diplomação e qual tipo de crime cometido, qualquer que seja será encaminhado ao STF. Mas o entendimento do STF afirma que só julgará crimes que ocorreram durante o mandato e em função de seu cargo. Não abarca os suplentes, apenas os titulares. Outras Prerrogativas: 1) Sigilo de Fonte: a escusa da obrigação de testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações; 2) Incorporação às Forças Armadas: isenção do serviço militar, de modo que dependerá de prévia licença da casa respectiva a incorporação às Forças Armadas de Depurados e Senadores, embora militares e ainda que em tempo de guerra; 3) Imunidade durante estado de sítio: a subsistência das imunidades parlamentares durante o estado de sítio, de sorte que mesmo durante o estado de sítio, as prerrogativas de Deputados ou Senadores subsistirão, só podendo ser suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Casa respectiva, e mesmo assim nos casos de atos praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da medida. 10/09 Impedimentos (art. 54): Aplicáveis aos DE e distritais e aos vereadores. Art. 54. Os Deputados e Senadores não poderão: I - desde a expedição do diploma: a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes; b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades constantes da alínea anterior; II - desde a posse: a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada; b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades referidas no inciso I, "a"; c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, "a"; d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo. Perda do Mandado (art. 55): Por meio da cassação (art. 55, § 2º), por meio de decisão, e da extinção (art. 55, § 3º), ato declaratporio.. Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador: I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior; II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar; III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada; IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos; V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos nesta Constituição; VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado. § 1º É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no regimento interno, o abuso das prerrogativas asseguradas a membro do Congresso Nacional ou a percepção de vantagens indevidas. § 2º Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será decidida pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal, por maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 76, de 2013) § 3º Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será declarada pela Mesa da Casa respectiva, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros, ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa. Renúncia de Parlamentar: § 4º A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar à perda do mandato, nos termos deste artigo, terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais de que tratam os §§ 2º e 3º. 16/09 Não Perderá o Mandato (art. 56): As imunidades ficarão suspensas, conservando-se apenas o foro privilegiado. Art. 56. Não perderá o mandato o Deputado ou Senador: I - investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de missão diplomática temporária; II - licenciado pela respectiva Casa por motivo de doença, ou para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse cento e vinte dias por sessão legislativa. § 1º O suplente será convocado nos casos de vaga, de investidura em funções previstas neste artigo ou de licença superior a cento e vinte dias. § 2º Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição para preenchê-la se faltarem mais de quinze meses para o término do mandato. § 3º Na hipótese do inciso I, o Deputado ou Senador poderá optar pela remuneração do mandato. 2º Credito Processo Legislativo 20. Introdução: Regras constitucionais sobre procedimentos para a criação de uma norma jurídica. Será estudado os procedimentos das leis ordinárias e complementares, pois elas seguem as regras gerais. 21. Espécies (art. 59): Emendas à Constituição; leis complementares; leis ordinárias; leis delegadas; medidas provisórias; decretos legislativos; e resoluções. 22. Etapas: ➢ Iniciativa: equivalente a Petição Inicial dos processos civis; ➢ Deliberação Parlamentar (Congresso Nacional): formada pela discussão e votação; ➢ Deliberação Executiva: passa para a decisão do presidente, que decidirá se irá sancionar ou vetar o projeto de lei; Caso houver sanção: ➢ Promulgação; ➢ Publicação. Caso houver veto: ➢ Volta para a casa iniciadora. 23. Iniciativa: Protocolar o projeto de lei; apresentar ao Congresso. Regra geral (art. 61, caput): Qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, diferenciando na forma em como ocorre, seguindo a lei. Obs.: Acaba havendo uma inciativa concorrente entre os legitimados. Iniciativa Privativa/Reservada/Exclusiva: Leis que se não forem iniciadas por pessoas ou órgãos de foram por leis determinados para, vão ser configuradas viciadas formalmente, caracterizando a inconstitucionalidade do referido ato normativo. Presidente da República (art. 61, § 1º): fixar ou modificar os efetivos das Forças Armadas; dispor sobre criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua remuneração, organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e pessoal da administração dos Territórios, servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria, organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto no art. 84, VI, militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções, estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva. Procurador Geral da República (art. 128, § 5º): Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros. Obs.: Governadores e Prefeitos – Princípio da Simetria e Separação dos Poderes,sob pena de se configurar inconstitucionalidade formal subjetiva. Precedentes, STF. Competência exclusiva do Poder Executivo para iniciar processo legislativo sobre matéria do plano plurianual, diretrizes orçamentarias e orçamentos anuais (art. 165, I, II e III), segundo o STF. 17/09 Judiciário (art. 93 e 96, II): a alteração do número de membros dos tribunais inferiores; a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes, inclusive dos tribunais inferiores, onde houver; a criação ou extinção dos tribunais inferiores; a alteração da organização e da divisão judiciárias; Estatuto da Magistratura. Essas matérias deverão ser apresentadas por meio de lei, por iniciativa do judiciário. Tribunal de Contas da União (art. 73): exerce, no que couber, as atribuições previstas no art. 96. Estende-se aos TCE e TCM. Câmara dos Deputados (art. 51, IV): dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. Para seu próprio subsídio fará por meio de Decreto Legislativo, sendo que as demais atribuições por meio de lei de sua iniciativa, sem necessidade de sanção presidencial. Senado Federal (art. 52, XIII): dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. Para seu próprio subsídio fará por meio de Decreto Legislativo, sendo que as demais atribuições por meio de lei de sua iniciativa, sem necessidade de sanção presidencial. Emenda Parlamentar (art. 166-A): É o instrumento que o Congresso Nacional possui para participar da elaboração do orçamento anual. É por meio das emendas que Deputados Federais podem influenciar no que o dinheiro público será gasto. Em regra, os dispositivos introduzidos por emenda parlamentar não podem estar destituídos de pertinência temática com o projeto original e não podem acarretar aumento de despesa ao projeto original, excepcionalmente, nos projetos orçamentários de iniciativa exclusiva do Presidente, admitem mesmo que impliquem aumento (art. 63, I, c/c o art. 166, §§ 3º e 4º). Sanção Presidencial convalida vício de iniciativa? Não convalida vício de iniciativa, pois trata-se de vício formal insanável, incurável. 23/09 Iniciativa Popular (art. 61, § 2º): Requisito: precisa ser subscrito por, no mínimo, 1% do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por 5 Estados, com não menos de 0,3% dos eleitores de cada um deles. Tratar de apenas um assunto. Leis de Iniciativa popular: Lei 8930/94 (Lei da Glória Perez); Lei 9840/99 (Combate a captação de votos); Lei 11.124/05 (Fundo Nacional de Habitação), foi o primeiro Projeto de Lei de iniciativa popular (1992); Lei Complementar 135/2010 (Lei da Ficha Limpa), sendo que o Presidente Lula assumiu para acelerar o processo. Estado (art. 27, § 4º): a lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual. Ou seja, cada estado que irá decidir por meio de lei. Município (art. 29, XIII): manifestação de, pelo menos, 5% do eleitorado. 30/09 24. Deliberação Parlamentar Sempre haverá a apreciação de duas Casas: a Casa iniciadora e a Casa revisora. Assim, para que o projeto de lei federal seja apreciado pelo Chefe do Executivo, necessariamente, deverá ter sido, previamente, apreciado e aprovado pelas duas Casas - a Câmara dos Deputados e o Senado Federal. Casa Iniciadora Art. 64. A discussão e votação dos projetos de lei de iniciativa do Presidente da República, do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores terão início na Câmara dos Deputados. Art. 61. § 2º A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei... Regra geral: a discussão e votação são iniciados na Câmara dos Deputados. Exceção: quando a lei for de iniciativa do Senado ou Comissão do Senado, será apresentado primeiro no Senado Federal e depois à Câmara dos Deputados. Análise pelas Comissões Uma comissão temática, a qual será decidida a partir da matéria que versa o projeto de lei (art. 58, § 2º, I), que irá analisar o projeto de lei. Ela irá emitir um parecer, meramente opinativo, não vinculativo, ou seja, continuará o projeto de lei a correr por todo o processo, independentemente do que o parecer diz, sendo encaminhada ao plenário para discussão. Exceção: quando o próprio regimento interno da casa dispensar a necessidade do plenário para aquele tema e não ter interposição de recurso de 1/10 dos membros da casa (art. 58, § 2º, I), poderá a comissão votar. Após passar pela comissão temática, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) examinará a sua constitucionalidade, tendo caráter terminativo seu parecer, ou seja, se entender que é inconstitucional, o projeto de lei será arquivado. Quando o Projeto de lei envolver finanças ou versar sobre o orçamento público, depois de passar pela CCJ, o projeto será apreciado pela Comissão de Finanças e Tributação (CFT), possuindo também caráter terminativo. Tanto no caso da CCJ quanto no da CFT podem ser interpostos recursos, tendo que ser apreciado pelo Plenário, nos termos de seu regimento. Antes do Plenário: 1º Aprovação: as comissões discutem e votam e se aprovado, será encaminhado para a casa revisora. 2º Comissão de Constituição e Justiça: analisará o Projeto de Lei para verificar a sua compatibilidade com a Constituição Federal; 3º Comissão de Finanças e Tributação: em casos de finanças públicas ou orçamento público, terá que o Projeto de Lei passar pela análise dessa comissão. Depois dessa etapa, será encaminhada para o Plenário para a votação, que em caso de Lei Complementar e Ordinária, será feito em 1 turno. Se aprovada, passará para a outra casa (casa revisora), que fará o mesmo processo, sendo que, depois da votação poderá ter 3 resultados: 1º Ser rejeitado, sendo arquivado, podendo ser reapresentado na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta (art. 67), ou na próxima sessão legislativa; 2º Aprovado sem emendas (modificações), encaminhando ao presidente para deliberação e votação; 3º Aprovado com emendas, voltando para a casa iniciadora, que pode manter as alterações ou rejeitar (nesse caso o que será encaminhado ao presidente é o projeto de lei que tinha sido deliberado e aprovado antes pela casa iniciadora), em ambas hipóteses, será encaminhado ao Presidente. A casa iniciadora só poderá apreciar o que foi modificado, não podendo emendar a emenda (subemenda). Art. 65. O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto pela outra, em um só turno de discussão e votação, e enviado à sanção ou promulgação, se a Casa revisora o aprovar, ou arquivado, se o rejeitar. Parágrafo único. Sendo o projeto emendado, voltará à Casa iniciadora. Votação Ostensiva: a) Processo Simbólico: utilizado para votação das proposições em geral. Nesse caso, os parlamentares, para aprovarem a matéria, permanecerão sentados, levantando-se apenas os que votarem pela rejeição. b) Processo Nominal: caso haja insatisfação ou impugnação com o processo simbólico, sendo requerida “verificação de votação”, será ela repetida via processo nominal. Ademais, será utilizado o processo nominal nas hipóteses elencadas pelo art. 186, RICD. Secreto: Sistema eletrônico ou cédulas, nas hipóteses do art. 188, RICD. Autógrafo: é a reprodução de todo trâmite legislativo e o conteúdo final do projeto aprovado e/ouemendado que é encaminhado para a sanção ou veto presidencial. 25. Deliberação Executiva (art. 66) Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao Presidente da República, que, aquiescendo, o sancionará. Se o Presidente concordar com o Projeto de Lei, ele sancionará, caso não concordar, ele irá rejeitar. Sanção/Veto: Com a sanção, o projeto de lei se torna lei. § 3º Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Presidente da República importará sanção (sanção tácita). Sanção expressa é quando o Presidente manifesta a sua concordância e a tácita é quando ele não se manifesta em 15 dias úteis. § 1º Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto. Motivos do veto: inconstitucionalidade (veto jurídico) ou contrário ao interesse público (veto político) (art. 66, § 1º), devendo comunicar ao Presidente do Senado o motivo no prazo de 48h. Tipos de veto: parcial (texto integral – art. 66, § 2º) ou total (o projeto de lei todo). Obs.: Na hipótese de veto parcial, haverá análise pelo Congresso Nacional apenas da parte vetada, o que significa que a parte não vetada, que será promulgada e publicada, poderá entrar em vigor em momento anterior à referida parte vetada (veto parcial), se este vier a ser derrubado; Prazo para vetar: 15 dias ÚTEIS. Se houver o veto dentro desse prazo, deverá comunicar ao Presidente do Senado e encaminhar os motivos que levaram o Presidente da República vetar o projeto de lei. § 4º O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado (mesmos efeitos que a sanção) pelo voto (ostensivo) da maioria absoluta dos Deputados e Senadores. § 5º Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para promulgação, ao Presidente da República. § 7º Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Presidente da República, nos casos dos § 3º e § 5º, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo. Não terá nova deliberação do Presidente da República, ele só irá promulgar a lei, caso não cumpra no prazo legal, será o Presidente do Senado que fará. Se o Presidente do Senado não promulgar no prazo estabelecido, ficará a cargo do Vice- Presidente do Senado. § 6º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 4º, o veto será colocado na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final. Obs.: Na hipótese de o veto ser mantido, o projeto será arquivado, aplicando-se a regra contida no art. 67, que consagra o princípio da irrepetibilidade. 26. Promulgação A lei ainda precisará ser promulgada para ter legitimidade, para que seja atestado a sua existência válida. Ainda não está em vigor e não tem eficácia, apenas atesta o seu nascimento, 27. Publicação Para entrar em vigor, precisa ser publicado no Diário Oficial da União e, assim, passa a ser exigida, a ter eficácia. A publicação enseja, portanto, a presunção de conhecimento da lei por todos (art. 3º da LINDB). 14/10 Espécies Normativas (art. 59) Tipos de normas previstas na CF. 28. Emenda Constitucional Norma que modifica a CF e tem status de norma constitucional. Poder Constituinte Derivado de Reforma: É a capacidade de alterar a Constituição (próprio da emenda), sendo limitado pelo Poder Constituinte Originário. Limitações Formais: Limitações estas, estipuladas pelo Poder Constituinte Originário. Procedimentos previstos na CF (art. 60, I, II, III e §§ 2º, 3º e 5º) que devem ser respeitados. Iniciativa: 1/3 dos membros da CD ou SF (art. 60, I); Presidente da república (art. 60, II); Metade + 1 das Assembleias Legislativas, por maioria simples/relativa dos membros (art. 60, III). Constituição Estadual: pode ser modificada por iniciativa popular; Poder Constituinte Derivado Decorrente. Quórum de Aprovação (art. 60, § 2º): Cada Casa do Congresso Nacional, 2 turnos, considerando- se aprovada se obtiver, em ambos, 3/5 dos votos. Promulgação (art. 60, § 3º): Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado, com respectivo número de ordem. Não há deliberação do Presidente, sendo encaminhado diretamente para promulgação. O Congresso Nacional que publica a emenda. Número de ordem: numeral indicativo da quantidade de vezes que a Constituição foi alterada desde a sua promulgação. PEC Rejeitada (art. 60, § 5º) PEC: Proposta de Emenda à Constituição. Basta não atingir os passos anteriores. Quando isso acontece, só poderá vir a ser apresentada de novo na próxima sessão legislativa. Obs.: difere das leis complementares e ordinárias, as quais podem ser oferecidas na mesma sessão legislativa, desde que mediante proposta da maioria absoluta de qualquer das casas (art. 67). 22/10 Limitações Materiais (art. 60, § 4º): Assuntos, temas que será objeto da emenda. Não podem ser PECs que visam abolir ou reduzir (entendimento do STF) alguma Cláusula Pétrea. São elas: I - a forma federativa de Estado; II - o voto direto, secreto, universal e periódico; III - a separação dos Poderes; IV - os direitos e garantias individuais. Entram nesse último inciso os direitos individuais e coletivos. Limitações Temporais: Invenção doutrinária. Prazo no qual fica vedada qualquer alteração da CF. Não há previsão na CF/88. Limitações Implícitas : Teoria da dupla revisão: possibilidade de revogar uma cláusula pétrea para poder modifica-la. Michel Temer defende que não pode revogar o art. 60, § 4º da CF, pois ele é uma cláusula pétrea implícita. Limitações Circunstanciais (art. 60, §1º): Situações fáticas que impedem sua modificação. § 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. Tratados Internacionais de Direitos Humanos (art. 5º, § 3º): § 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. 29. Lei Complementar (art. 69) X Lei Ordinária Semelhanças: Fase de iniciativa (início do processo legislativo), constitutiva (deliberação parlamentar, discussão e voto, deliberação executiva e sanção ou veto) e a complementar (promulgação e publicação). Diferenças Material: Lei Complementar: hipóteses taxativas. Será sempre expresso no texto constitucional as matérias nas quais serão regulamentadas por ela. Lei Ordinária: hipótese residual, ou seja, tudo que não for regulamentado por lei complementar, decreto legislativo e resoluções. As matérias específicas das leis complementares não podem ser revogadas por leis ordinárias. Formal: Está no quórum de aprovação. Lei Complementar: maioria absoluta (art. 69). Lei Ordinária: maioria simples/relativa (metade + 1 dos presentes), sendo que a quantidade mínima de membros presentes para deliberar é a maioria absoluta dos membros (art. 47). Não existe hierarquia entre lei complementar e lei ordinária (STF). 04/11 30. Medida Provisória (art. 62) Tem força de lei. Congresso Nacional irá analisar. Legitimidade: ▪ Função atípica do poder executivo de legislar. Presidente da República. ▪ Resquício da ditadura. Obs.: Se reproduzido a competência nas constituições estaduais e nas Leis Orgânicas dos Municípios, seus respectivos chefes do executivo podem editar MP. Pressupostos: Assuntos de relevância e urgência: é de discricionariedade do presidente. Prazo de duração: 60 dias, prorrogáveis apenasuma vez por 60 dias (120 dias no total). Nos períodos de recesso parlamentar pausa/suspende a contagem e retoma a contagem de onde tinha passado. Passado o prazo e ela não se tornar lei, perde a eficácia desde o início. O decreto-legislativo disciplinará sobre as relações jurídicas decorrentes (art. 62, § 3º) Tramitação: Art. 62, § 5º A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o mérito das medidas provisórias dependerá de juízo prévio sobre o atendimento de seus pressupostos constitucionais. A MP será votada, inicialmente, na Câmara dos Deputados (art. 62, § 8º). Comissão Mista de Deputados e Senadores encaminhará a medida provisória para emitir parecer (não vinculante, apenas opinativo) e depois, em outra sessão, pelo plenário de uma das casas do Congresso Nacional (art. 62, § 9º). Interpretado restritivamente. Regime de urgência: § 6º Se a medida provisória não for apreciada em até quarenta e cinco dias contados de sua publicação, entrará em regime de urgência, subsequentemente, em cada uma das Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas (interrompidas), até que se ultime a votação, todas as demais deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando. Reedição de MP: Se não for aprovado ou perdido sua eficácia, não poderá ser reeditada na mesma sessão legislativa (art. 62, § 10). Aprovação sem Alteração: De acordo com o art. 12 da Res. n. 1/2002-CN "aprovada a medida provisória, sem alteração de mérito, será o seu texto promulgado pelo Presidente da Mesa do Congresso Nacional para publicação, no Diário Oficial da União". Nos termos do art. 57, § 5º, a Mesa do Congresso Nacional será presidida pelo Presidente do Senado. Aprovação com Alteração: Se houver emendas à MP, de qualquer forma, deverá novamente ser enviada ao Presidente após todo o trâmite. Art. 62, § 12. Aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto original da medida provisória, esta manter- se-á integralmente em vigor até que seja sancionado ou vetado o projeto. Não Apreciação (Rejeição Tácita): Regra: perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de 60 dias, prorrogável uma vez por igual período (art. 62, § 3º). O decreto-legislativo disciplinará sobre as relações jurídicas decorrentes (art. 62, § 3º). Exceção: se não editado pelo Congresso Nacional no prazo de 60 dias, vão ser conservados as relações jurídicas (art. 62, § 11). Efeitos Jurídicos: Enquanto vigente, as leis em sentido contrário terão sua eficácia suspensa, retomando sua eficácia quando a MP não for convertida em lei. Se convertida, serão revogadas. Limites Materiais: Assuntos vedados para ser editados em MP: nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral; direito penal, processual penal e processual civil; organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º (art. 62, § 1º); que implique instituição ou majoração de impostos (art. 62, § 2º) 31. Lei Delegada (art. 68) Exceção ao princípio da indelegabilidade de atribuições. Elaboradas pelo presidente que solicita a delegação ao Congresso Nacional. Não pode tratar de atos de competência exclusiva do Congresso Nacional. O Congresso Nacional liberará por meio de resolução que especificará o conteúdo e os termos de seu exercício. O CN determinará se haverá ou não apreciação do PL por ele que, havendo apreciação, será feita em votação única, vedada qualquer emenda (art. 68, § 3º). Caso o Presidente da República elabore a lei delegada além do limite fixado na resolução congressual, caberá ao CN sustar o aludido ato normativo, por meio de decreto legislativo, realizando controle repressivo de constitucionalidade (art. 49, V). 32. Decreto Legislativo Instrumento por meio do qual são materializadas as competências exclusivas do CN (art. 49), com regras de procedimento contempladas nos Regimentos Internos das Casas ou do Congresso. 33. Resolução Regulamenta-se as matérias de competência privativa da Câmara dos Deputados (art. 51), do Senado Federal (art. 52) e algumas do CN. 05/11 34. Exercício Federal (art. 76): Presidente da República; Estadual/Distrital: Governador; Municipal: Prefeito Territorial: Governador nomeado pelo Presidente. 35. Condições de Elegibilidade Nacionalidade brasileira nato (art. 12, § 3º, I), pleno exercício dos direitos políticos, alistamento eleitoral (ter título), domicílio eleitoral na circunscrição, filiação partidária e idade mínima de 35 anos (art. 14, § 3º). Inelegibilidade: Os inalistáveis e os analfabetos (§ 4º) e os que são, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. 36. Processo Eleitoral (art. 77) Primeiro domingo de outubro (1º turno) e no último domingo de outubro (2º turno que ocorre quando não atingidos a maioria absoluta no 1º - § 3º) no ano anterior ao término do mandato presidencial vigente. Eleito aquele que tiver maioria absoluta dos votos, excluindo os brancos e nulos (§ 2º). Em caso de morte, desistência ou impedimento legal de um dos candidatos em 2º turno, chama-se o mais votado entre os Poder Executivo remanescentes (§ 4º), caso houver mais de um nessa colocação, chamar-se-á o mais idoso (§ 5º). 37. Atribuições do Presidente (art. 84) Por meio de decreto. Nomear e exonerar os Ministros de Estado; exercer a direção superior da administração federal; iniciar o processo legislativo; sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, expedir decretos e regulamentos; vetar projetos de lei; dispor sobre a organização e o funcionamento da administração federal; dispor, mediante decreto, sobre a organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos, a extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos; celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional; decretar o estado de defesa e o estado de sítio; decretar e executar a intervenção federal; remeter mensagem e plano de governo ao CN por ocasião da abertura da sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as providências que julgar necessárias; conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei; exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos; nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do STF e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o PGR, o presidente e os diretores do banco central e outros servidores; nomear (art. 73), os Ministros do TCU; nomear os magistrados e o Advogado-Geral da União; nomear membros do Conselho da República (art. 89, VII); convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional; declarar guerra (agressão estrangeira) autorizado pelo CN ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional; celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do CN; conferir condecorações e distinções honoríficas; permitir que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nelepermaneçam temporariamente; enviar ao CN o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento; prestar, anualmente, ao CN, dentro de 60 dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior; prover e extinguir os cargos públicos federais; editar MP com força de lei; exercer outras atribuições previstas nesta Constituição; propor ao CN a decretação do estado de calamidade pública de âmbito nacional previsto nos arts. 167-B, 167-C, 167-D, 167-E, 167- F e 167-G. Poderá delegar as atribuições mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, 1ª parte, aos Ministros de Estado, PGR ou AGU (P.Ú.). 11/11 38. Posse e Mandato (art. 78 e 82) Art. 78. O Presidente e o Vice-Presidente da República tomarão posse em sessão do Congresso Nacional (sessão extraordinária conjunta), prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil. Art. 82. O mandato do Presidente da República é de 4 (quatro) anos e terá início em 5 de janeiro do ano seguinte ao de sua eleição. 39. Impedimentos e Vacância (art. 79) Casos em que o Vice-Presidente assume a presidência. Impedimentos: ausência temporária (férias ou doença) do Presidente, sendo substituído pelo Vice-Presidente. Vacância: afastamento definitivo (cassação, renúncia ou morte), sucedendo, assim, o Vice-Presidente. Não há eleição de novo vice. 40. Substitutos Eventuais (art. 80) Art. 80. Em caso de impedimento do Presidente e do Vice- Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal. Presidente da Câmara dos Deputados, do Senado federal e do STF, assumem sucessivamente de forma temporária. Estadual/Distrital: Presidente da Assembleia Legislativa, Presidente do Tribunal de Justiça. Municipal: Presidente da Câmara (algumas LOM estipulam o vice também). Territorial: nomeação de outro, enquanto isso assume o Presidente da Câmara Territorial. STF: réu em processo criminal não pode assumir, como substituto, o cargo de Presidente da República. Obs.: O Presidente da CD vem antes do Presidente do Senado na linha sucessória porque na CD estão os representantes do povo. IMPORTANTE: se o Presidente da CD tiver menos de 35 anos, em caso de substituição, ele poderia assumir a Presidência da República: 1ª posição afirma que não, pois a CF deu importância ao princípio da idade mínima de 35 anos e a 2ª posição diz sim, uma vez que, as condições de elegibilidade para o cargo de deputado federal foram preenchidos, de forma que exercerá todos os ônus e bônus do cargo. 41. Mandato Tampão (art. 81) Vacância do Presidente e do Vice, assume o sucessivo até a nova eleição. Se ocorrer nos dois primeiros anos do mandato, será feito eleição direta após decorridos 90 dias. Caso seja no segundo biênio, será eleição indireta feita pelo CN, após 30 dias. Os eleitos só ficaram no cargo no tempo que falta de mandato. 42. Ausência Superior a 15 dias (art. 83) Art. 83. O Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-se do País por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo. Perda do cargo caso não tiver autorização do CN. Os demais entes federativos seguem a mesma regra. 43. Crimes de Responsabilidade Rol meramente exemplificativo. Art. 85. São crimes (não no sentido jurídico, pois não é fato típico, antijurídico e culpável) de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra: I - a existência da União; II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação; III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; IV - a segurança interna do País; V - a probidade na administração; VI - a lei orçamentária; VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais. Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e julgamento. São infrações políticos-administrativas. Competência para instauração: Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados: I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado; Lei 1.079/50, Art. 14. É permitido a qualquer cidadão denunciar o Presidente da República ou Ministro de Estado, por crime de responsabilidade, perante a Câmara dos Deputados. Essa lei possui dispositivos incompatíveis com a CF/88, portanto não é possível usar seu texto integralmente, por isso a ADPF 378 e os dispostos no RICD e o RISF complementaram ela para o julgamento de Dilma. Quem pode sofrer Impeachment: Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles; II - processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador- Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de responsabilidade; ADPF 378: STF entende ser possível a aplicação subsidiária do Regimento Interno da Câmara dos Deputados e o do Senado Federal ao processo e julgamento do impeachment. Súmula Vinculante 46, STF: A definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento são da competência legislativa privativa da União. Procedimento: Bifásico, passa pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal. Câmara dos Deputados (art. 51, I): autoriza a instauração do processo de impeachment. A denúncia está contida nos arts. 14 (perante a Câmara dos Deputados) e 16 da Lei 1.079/50, abrindo prazo de 10 dias para apresentação de defesa prévia, assim que recebida. Entendeu o STF que o Presidente da Câmara pode rejeitar liminarmente, antes da submissão a Comissão especial (emitir parecer). Elaborado e votado o parecer da comissão especial (voto aberto), independentemente do seu conteúdo, a denúncia será apreciada pelo Plenário da Câmara, que poderá autorizar ou não a instauração do processo de impeachment (aprovação depende de 2/3 dos votos). Encaminhará por meio de resolução ao Senado, caso autorizado, que irá admitir ou não a acusação. Art. 16. A denúncia assinada pelo denunciante e com a firma reconhecida, deve ser acompanhada dos documentos que a comprovem, ou da declaração de impossibilidade de apresentá-los, com a indicação do local onde possam ser encontrados, nos crimes de que haja prova testemunhal, a denúncia deverá conter o rol das testemunhas, em número de cinco no mínimo. Senado Federal: fará o juízo de acusação, constituindo uma comissão especial para parecer, incumbindo ao plenário discutir e votar (voto aberto), sendo aprovado por maioria simples. Negado, extingue-se o processo, sendo admitido, o processo é formalmente instaurado no Senado Federal, o Presidente é afastado (art. 86, § 1º) e o Presidente do STF preside o processo (art. 52, § único). Art. 86, § 1º O Presidente ficará suspenso de suas funções: II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal. § 2º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo. 18/11 44. Introdução Sóele tem jurisdição (função típica), não podendo os outros órgãos do poder revisar suas decisões, ao contrário dele, que pode, sim, revisar as decisões dadas pelos outros órgãos. Em regra, suas decisões são imutáveis, pois fazem coisa julgada, diferentemente dos outros órgãos, pois inexiste coisa julgada administrativa. 45. Esferas Federal: Justiça Federal Comum e a Justiça Federal Especializada (Justiça do Trabalho, Justiça Militar – crimes próprios das forças armadas – e Justiça Eleitoral). Estadual: Justiça Comum. Possui competência residual. Municipal: não tem. 46. Órgãos (art. 92) I - o Supremo Tribunal Federal; I-A o Conselho Nacional de Justiça; II - o Superior Tribunal de Justiça; II-A - o Tribunal Superior do Trabalho; III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho; V - os Tribunais e Juízes Eleitorais; VI - os Tribunais e Juízes Militares; VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios. Obs. 1: § 1º O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores têm sede na Capital Federal. Obs. 2: § 2º O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição em todo o território nacional. 47. Autonomia Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira. Financeira (art. 98, § 2º): Art. 98, § 2º As custas e emolumentos serão destinados exclusivamente ao custeio dos serviços afetos às atividades específicas da Justiça. O próprio elabora seu orçamento, não podendo os outros órgãos intervir, apenas deverá seguir as diretrizes e parâmetros da lei orçamentária. Administrativa (art. 96, I e II): Art. 96. Compete privativamente: I - aos tribunais: a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância das normas de processo e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a Poder Judiciário competência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos; b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional respectiva; c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz de carreira da respectiva jurisdição; d) propor a criação de novas varas judiciárias; e) prover, por concurso público de provas, ou de provas e títulos, obedecido o disposto no art. 169, parágrafo único, os cargos necessários à administração da Justiça, exceto os de confiança assim definidos em lei; f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos juízes e servidores que lhes forem imediatamente vinculados; II - ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo respectivo, observado o disposto no art. 169: a) a alteração do número de membros dos tribunais inferiores; b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes, inclusive dos tribunais inferiores, onde houver; c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores; d) a alteração da organização e da divisão judiciárias; 48. Organização da Carreira (art. 93) Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura (Lei Complementar), observados os seguintes princípios: I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, mediante concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação; II - promoção de entrância para entrância, alternadamente, por antigüidade e merecimento, atendidas as seguintes normas: a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento; b) a promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antigüidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago; c) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de produtividade e presteza no exercício da jurisdição e pela freqüência e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento; d) na apuração de antigüidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação; e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão; III - o acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por antiguidade e merecimento, alternadamente, apurados na última ou única entrância; IV - previsão de cursos oficiais de preparação, aperfeiçoamento e promoção de magistrados, constituindo etapa obrigatória do processo de vitaliciamento a participação em curso oficial ou reconhecido por escola nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrados; V - o subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores corresponderá a noventa e cinco por cento do subsídio mensal fixado para os Ministros do Supremo Tribunal Federal e os subsídios dos demais magistrados serão fixados em lei e escalonados, em nível federal e estadual, conforme as respectivas categorias da estrutura judiciária nacional, não podendo a diferença entre uma e outra ser superior a dez por cento ou inferior a cinco por cento, nem exceder a noventa e cinco por cento do subsídio mensal dos Ministros dos Tribunais Superiores, obedecido, em qualquer caso, o disposto nos arts. 37, XI, e 39, § 4º; VI - a aposentadoria dos magistrados e a pensão de seus dependentes observarão o disposto no art. 40; VII - o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do tribunal; VIII - o ato de remoção ou de disponibilidade do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa; VIII - A a remoção a pedido ou a permuta de magistrados de comarca de igual entrância atenderá, no que couber, ao disposto nas alíneas a , b , c e e do inciso II; IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação; X - as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros; XI - nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por antigüidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno; XII - a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau, funcionando, nos dias em que não houver expediente forense normal, juízes em plantão permanente; XIII - o número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda judicial e à respectiva população; XIV - os servidores receberão delegação para a prática de atos deadministração e atos de mero expediente sem caráter decisório; XV - a distribuição de processos será imediata, em todos os graus de jurisdição. 49. Garantias dos Magistrados (art. 95) Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias: I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado; II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII; III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. Vitaliciedade: após 2 anos, durante esse período (estágio probatório) pode perder o cargo por decisão administrativa do próprio tribunal. Após se vitaliciar, perde o cargo apenas com sentença judicial transitada em julgado. Obs.: nos casos do art. 94, os membros do STF, dos Tribunais Superiores e os advogados e membros do MP que ingressam nos tribunais federais ou estaduais pela regra do quinto constitucional, adquirem vitaliciedade imediatamente na posse. Inamovibilidade: somente poderão ser removidos por iniciativa própria, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão adotada pelo voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou CNJ. Irredutibilidade dos Subsídios: para evitar opressões por meio da redução de sua espécie remuneratória. Foro por prerrogativa de função: são julgados, originalmente, por tribunais indicados na Constituição federal. Não se estende aos juízes aposentados. 50. Vedações (art. 95, § único) Parágrafo único. Aos juízes é vedado: I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério; II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo; III - dedicar-se à atividade político-partidária. IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. Magistério: o STF decidiu que pode exercer mais de uma atividade de magistério, desde que compatíveis com o exercício da magistratura. 51. Subsídios dos membros do Poder Judiciário Por subsídio, fixado em parcela única, vedado acréscimo de qualquer valor. Só pode ser fixado ou alterado por lei específica, com iniciativa privativa dos tribunais. 52. Conselho Nacional de Justiça (art. 103-B) Criado pela EC 45/2004, é órgão integrante da estrutura do Judiciário, com sede em Brasília (art. 92, § 1º), com a incumbência de realizar o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes. Composição Art. 103-B. O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15 (quinze) membros com mandato de 2 (dois) anos, admitida 1 (uma) recondução, sendo: I - o Presidente do Supremo Tribunal Federal; II - um Ministro do Superior Tribunal de Justiça, indicado pelo respectivo tribunal; III - um Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, indicado pelo respectivo tribunal; IV - um desembargador de Tribunal de Justiça, indicado pelo Supremo Tribunal Federal; V - um juiz estadual, indicado pelo Supremo Tribunal Federal; VI - um juiz de Tribunal Regional Federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça; VII - um juiz federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça; VIII - um juiz de Tribunal Regional do Trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho; IX - um juiz do trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho; X - um membro do Ministério Público da União, indicado pelo Procurador-Geral da República; XI - um membro do Ministério Público estadual, escolhido pelo Procurador-Geral da República dentre os nomes indicados pelo órgão competente de cada instituição estadual; XII - dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; XIII - dois cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal. § 1º O Conselho será presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal e, nas suas ausências e impedimentos, pelo Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal. Sabatina e Nomeação § 2º Os demais membros do Conselho serão nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal. § 3º Não efetuadas, no prazo legal, as indicações previstas neste artigo, caberá a escolha ao Supremo Tribunal Federal. Limite de Idade Não há mais limite de idade (EC 61/2009). Atribuições Rol exemplificativo: “além de outras atribuições”. § 4º controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, cabendo-lhe, além de outras atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura: I - zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto da Magistratura, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências; II - zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência do Tribunal de Contas da União; III – receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, inclusive contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro que atuem por delegação do poder público ou oficializados, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional dos tribunais, podendo avocar processos disciplinares em curso, determinar a remoção ou a disponibilidade e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa; IV – representar ao Ministério Público, no caso de crime contra a administração pública ou de abuso de autoridade; V – rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de juízes e membros de tribunais julgados há menos de um ano; VI – elaborar semestralmente relatório estatístico sobre processos e sentenças prolatadas, por unidade da Federação, nos diferentes órgãos do Poder Judiciário; VII – elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias, sobre a situação do Poder Judiciário no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar mensagem do Presidente do Supremo Tribunal Federal a ser remetida ao Congresso Nacional, por ocasião da abertura da sessão legislativa. Obs. 1: Súmula 649, STF - É inconstitucional a criação, por Constituição Estadual, de órgão de controle administrativo do Poder Judiciário do qual participem representantes de outros Poderes ou entidades. Obs. 2: Entende nossa Corte Suprema que, em respeito ao caráter nacional e ao regime orgânico unitário da magistratura, o controle administrativo, financeiro e disciplinar de toda a Justiça - inclusive da Justiça Estadual - deve ser realizado pelo Conselho Nacional de Justiça. 53. Supremo Tribunal Federal Art. 101. O Supremo Tribunal Federal compõe-se de onze Ministros, escolhidos dentre cidadãos com mais de trinta e cinco e menos de setenta anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada. Parágrafo único. Os Ministros do Supremo Tribunal Federal serão nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal. Competências: Art. 102. A guarda da Constituição, cabendo-lhe: I – processar e julgar,
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