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Aula 13 Isotopos Estaveis

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ISÓTOPOS ESTÁVEIS 
Princípios, definições e aplicações em geologia ambiental 
M. Lidia Vignol-Lelarge 
www.co2web.info
SUMÁRIO 
 Princípios e definições 
 Análise isotópica: instrumentação 
 Aplicações 
PRINCÍPIOS E DEFINIÇÕES: ISÓTOPOS 
 E FRACIONAMENTO ISOTÓPICO 
 Isótopos : 
 Os isótopos são átomos que apresentam o mesmo 
número de prótons e de elétrons, mas cujo núcleo 
possui número diferente de nêutrons. 
 
PRINCÍPIOS E DEFINIÇÕES: ISÓTOPOS 
 E FRACIONAMENTO ISOTÓPICO 
 Isótopos : 
 Os isótopos estáveis são aqueles que não são 
nem radioativos (não decaem) nem 
radiogênicos (não provêm de desintegração 
radioativa). Ex., oxigênio possui três isótopos : 
 
 
Isótopo Abundância (%) 
16O 99,763 % 
17O 0,0375 
18O 0,195 
PRINCÍPIOS E DEFINIÇÕES: ISÓTOPOS 
 E FRACIONAMENTO ISOTÓPICO 
 A geoquímica dos isótopos estáveis trata das 
variações das composições isotópicas dos 
elementos devidas a processos físico-químicos e 
não de processos nucleares. 
 
 Os elementos mais estudados são: 
 H, Li, B, C, N, O, Si, S, e Cl. 
 
 Os elementos de maior interesse são: 
 O, H, C e S. 
 
 
PRINCÍPIOS E DEFINIÇÕES: ISÓTOPOS 
 E FRACIONAMENTO ISOTÓPICO 
 Características comuns entre os elementos: 
 
 (1) Possuem massas atômicas leves (< 40 u.m.a.). 
 (2) Grande diferença relativa de massas dos isótopos. 
 (3) Formam ligações de caráter fortemente covalente. 
 (4) Possuem mais de um estado de oxidação (C, N, e S), 
formam uma grande variedade de compostos (O), ou são 
constituintes importantes nos sólidos e fluidos. 
 (5) A abundância do isótopo raro é suficientemente alta (≈ 
décimos de %) para facilitar a análise. 
PRINCÍPIOS E DEFINIÇÕES: ISÓTOPOS 
 E FRACIONAMENTO ISOTÓPICO 
Assim: 
 
 os isótopos estáveis são traçadores de 
processos naturais e trocas entre os diferentes 
reservatórios geoquímicos (oceano, atmosfera, 
sedimentos, matéria orgânica...). 
 
PRINCÍPIOS E DEFINIÇÕES: ISÓTOPOS 
 E FRACIONAMENTO ISOTÓPICO 
 Fracionamento Isotópico : 
 
 Os isótopos possuem mesmo número de elétrons, 
portanto as mesmas propriedade químicas; 
 Entretanto as diferenças de massa conduzem 
comportamentos diferentes quando estão 
implicados em processos físicos (mudança de 
fases) ou biológicos (processos metabólicos que 
implicam passagens através de membranas). 
 
PRINCÍPIOS E DEFINIÇÕES: ISÓTOPOS 
 E FRACIONAMENTO ISOTÓPICO 
 Fracionamento Isotópico : 
 
 Em hidrologia, climatologia e geologia sedimentar, 
é a razão 18O/16O a mais frequentemente utilizada 
como traçador; 
 Em cosmoquímica, usa-se a razão 17O/16O. 
 
 
PRINCÍPIOS E DEFINIÇÕES: ISÓTOPOS 
 E FRACIONAMENTO ISOTÓPICO 
 Fracionamento Isotópico : 
 
 Ex.: Caso do oxigênio 
 
 - durante a evaporação da água, o isótopo leve (16O) 
passará mais facilmente para a fase vapor, ao contrário, 
durante a condensação de uma nuvem, é o isótopo 
pesado que passará preferencialmente para a água de 
chuva. 
 
 Há fracionamento isotópico, quer dizer escolha 
preferencial de um dos isótopos do elemento durante 
um dado processo. 
 
 
PRINCÍPIOS E DEFINIÇÕES: 
FRACIONAMENTO ISOTÓPICO 
 
 
 
 (d18O) e os padrões de referência (SMOW e PDB1) 
 Para o oxigênio utiliza-se a anotação do d18O abaixo 
definida : 
 
 d18 O = [[(18O/16O)amostra – (
18O/16O)padrão] / 
(18O/16O)padrão] x 10
3 
 
PRINCÍPIOS E DEFINIÇÕES:COMO EXPRESSAR 
AS COMPOSIÇÕES ISOTÓPICAS 
 Para as águas: padrão SMOW (Standard Mean 
Oceanic Water), uma água de mar que possui 
uma razão isotópica próxima da média das 
águas oceânicas. 
 
 Para os carbonatos, padrão PDB1, carbonato 
de beleminite (Belemnitella da Pee Dee 
Formation, Carolina do Sul, Estados Unidos) 
 
 
PRINCÍPIOS E DEFINIÇÕES:COMO EXPRESSAR AS 
COMPOSIÇÕES ISOTÓPICAS 
 
 Atualmente, os diferentes laboratórios utilizam padrões 
internos que são calibrados, em nível internacional, em 
relação a esses padrões históricos. 
 
 A relação entre as duas escalas de padrões foi 
estabelecida para uma calcita, por Craig (1961) : 
 
 d18O(calcita vs SMOW) = 1,03086 x d
18O(calcita vs PDB) + 30,86 
 
PRINCÍPIOS E DEFINIÇÕES: COMO EXPRESSAR AS 
COMPOSIÇÕES ISOTÓPICAS 
PRINCÍPIOS E DEFINIÇÕES: 
 A composição isotópica é expressa em termos de d, que 
representam partes por mil (‰) de diferença do isótopo 
da amostra em relação ao padrão. 
 
 Um valor positivo de d indica que a amostra tem razão 
isotópica maior que o padrão (possui mais espécies 
isotópicas pesadas comparadas a este); 
 
 Ao contrário, os valores negativos indicam que a 
amostra tem uma razão isotópica menor que aquela do 
padrão. 
PRINCÍPIOS E DEFINIÇÕES: ISÓTOPOS 
 E FRACIONAMENTO ISOTÓPICO 
 Exemplo de valores de d13CO2 para quatro amostras comparadas 
a um padrão. 
 As amostras (1) e (2) apresentam menor concentração de 
d13CO2, enquanto que as amostras (3) e (4) possuem maior 
concentração de d13CO2 (Fonte: DUCATTI, 2005). 
Amostras (1) (2) (3) (4) 
d13CO2 -10‰ -5‰ 0‰ +5‰ +10‰ 
Padrão de carbono 
O FRACIONAMENTO ISOTÓPICO ENTRE A ÁGUA E O 
CARBONATO 
O PRINCÍPIO DO MÉTODO DAS PALEOTEMPERATURAS ISOTÓPICAS 
 
 Durante a (bio)precipitação de um carbonato há um fracionamento 
isotópico de oxigênio em função da temperatura. 
 
 No caso a calcita (Epstein et al.,1953; Craig,1965) a interdependência 
foi determinada sob a forma : 
 
TºC = 16,9 – 4,2 (d18Ocarbonato – d
18Oágua) + 0,13 (d
18Ocarbonato – d
18Oágua)
2 
 
 
 
 
 
O FRACIONAMENTO ISOTÓPICO ENTRE A ÁGUA E O 
CARBONATO 
O PRINCÍPIO DO MÉTODO DAS PALEOTEMPERATURAS ISOTÓPICAS 
 
 Uma equação simplificada foi proposta por Shackleton 
(1975) para as temperaturas inferiores a 16 ºC : 
 
 TºC = 16,9 – 4 (d18Ocarbonato – d
18Oágua) 
 
 d18Ocarbonato : composição isotópica do oxigênio do carbonato. 
 
 d18Oágua : composição isotópica do oxigênio do CO2 em 
equilíbrio com a água em que ocorre a precipitação do 
carbonato. 
 
 
O FRACIONAMENTO ISOTÓPICO ENTRE A ÁGUA E O 
CARBONATO 
O PRINCÍPIO DO MÉTODO DAS PALEOTEMPERATURAS ISOTÓPICAS 
 
 Portanto, desde que a razão isotópica da água não tenha mudado, 
constata-se que uma diminuição da razão isotópica do carbonato 
(d18Ocarb) corresponde a um aquecimento, enquanto que um 
aumento da d18Ocarb corresponde a um resfriamento. 
 
 Todavia, essa equação de paleotemperatura não é unívoca, já que a 
razão isotópica da água do mar (d18Oágua) também intervém. 
 
 Atualmente, essa razão é próxima de zero, mas pode ter mudado no 
decorrer do tempo geológico. O fenômeno principal suscetível de 
fazê-lo variar é o efeito glacial. 
 
 
O PALEOTERMÔMETRO ISOTÓPICO (FUNCIONAMENTO PARA 
AS GELEIRAS E PARA OS CARBONATOS) 
 
 O termômetro isotópico funciona no sentido 
inverso para os carbonatos e para as geleiras. 
 
 O d18O dos carbonatos é tanto mais negativo 
quanto mais elevada for a temperatura de 
formação do carbonato. 
 
 O d18O das geleiras é tanto mais negativo 
quanto mais baixa for a temperatura. 
O PALEOTERMÔMETRO ISOTÓPICO (FUNCIONAMENTO PARA 
AS GELEIRAS E PARA OS CARBONATOS) 
 
O EFEITO GLACIAL 
 
 O isótopo leve 16O sendo preferencialmente 
aprisionado no gelo, a razão isotópica da água do mar 
depende fortemente do desenvolvimento das calotas 
polares (efeito glacial que, pelo balanço dos isótopos, 
enriquece o oceano em 18O) . 
 
O PALEOTERMÔMETRO ISOTÓPICO (FUNCIONAMENTOPARA 
AS GELEIRAS E PARA OS CARBONATOS) 
 
 O EFEITO GLACIAL 
 
 Três casos na história da Terra : 
 
 1) Máximo glacial em que os mantos de gelo 
são muito desenvolvidos e durante os quais o 
gelo apresenta, devido à diminuição da 
temperatura, um d18O muito negativo. 
O PALEOTERMÔMETRO ISOTÓPICO (FUNCIONAMENTO PARA 
AS GELEIRAS E PARA OS CARBONATOS) 
 
 O EFEITO GLACIAL 
 
 Três casos na história da Terra : 
 
 1) Assim uma grande quantidade de oxigênio 16 sendo 
aprisionada no gelo, o oceano enriquece em oxigênio 18 e o 
d18O da água do mar torna-se tanto mais positivo que o 
manto de gelo se desenvolve. 
 
 Estima-se assim que o d18O da água do mar seria da ordem 
de + 1,3 ‰ no máximo das glaciações quaternárias. 
O PALEOTERMÔMETRO ISOTÓPICO (FUNCIONAMENTO PARA 
AS GELEIRAS E PARA OS CARBONATOS) 
 
 O EFEITO GLACIAL 
 
 2) Período de um interglacial (estado atual da Terra) em que os 
mantos de gelo estão menos desenvolvidos e em que o gelo 
apresenta, devido a temperaturas menos rigorosas, um d18O 
menos negativo. Uma quantidade menor de oxigênio 16 é 
aprisionada no gelo e o oceano menos enriquecido em 
oxigênio 18. 
 O d18O da atual água do mar é assim próximo de 0 ‰ (valor 
do SMOW). 
 
O PALEOTERMÔMETRO ISOTÓPICO (FUNCIONAMENTO PARA AS 
GELEIRAS E PARA OS CARBONATOS) 
 O EFEITO GLACIAL 
 
 3) Período “green house” durante o qual há ausência ou baixo 
desenvolvimento dos mantos de gelo polares. O oxigênio 16 
subtraído do oceano durante a evaporação é rapidamente devolvido 
ao oceano por escoamento em decorrência das precipitações, pois 
não há (ou há pouco) armazamento deste isótopo sob forma de gelo. 
 
 O d18O da água do mar permanece então mais ou menos constante 
e mais negativo do que no presente. 
 
 Estima-se assim que o d18O da água do mar no Mioceno Médio, 
antes da grande fase de crescimento do manto de gelo da Antártida, 
teria sido da ordem de – 1,28 ‰. 
 
A RAZÃO ISOTÓPICA DO OXIGÊNIO NAS ÁGUAS E NAS GELEIRAS: EFEITOS 
DA TEMPERATURA, DA LATITUDE, DA CONTINENTALIDADE E DA ALTITUDE 
 As razões isotópicas das águas naturais estão 
diretamente associadas àquelas das precipitações (chuva 
e neve) comandadas pelos fracionamentos isotópicos 
ocorrentes durante a sucessão das fases de evaporação 
(fracionamento a favor do isótopo leve 16O) e da 
condensação (fracionamento a favor do isótopo pesado 
18O) que caracteriza o cíclo da água. 
 
A RAZÃO ISOTÓPICA DO OXIGÊNIO NAS ÁGUAS E NAS GELEIRAS: EFEITOS 
DA TEMPERATURA, DA LATITUDE, DA CONTINENTALIDADE E DA ALTITUDE 
 Existem dois tipos de gradientes isotópicos para as 
precipitações sobre a Terra : 
 
 um gradiente latitudinal Equador / Polos 
 um gradiente de continentalidade (oceano – 
continente - montanhas). 
 
O GRADIENTE LATITUDINAL DO EQUADOR ATÉ OS PÓLOS 
 
 A maior parte da evaporação da água do mar ocorre 
nas baixas latitudes e as nuvens resultantes são 
levemente empobrecidas em 18O e enriquecidas em 
16O (que passa mais facilmente para a fase vapor) em 
relação ao oceano. 
 Devido a circulações atmosféricas, as nuvens migram 
para os polos N ou S conforme o hemisfério. Durante 
as primeiras precipitações, as chuvas são levemente 
enriquecidas em 18O (que passa preferencialmente 
para as águas durante a fase de condensação) e as 
nuvens empobrecem da mesma quantidade. 
O GRADIENTE LATITUDINAL DO EQUADOR ATÉ OS PÓLOS 
 Assim, ao longo de sua migração para os polos, as 
nuvens empobrecem cada vez mais em oxigênio pesado 
e enriquecem em 16O, devido a condensações e 
precipitações sucessivas. 
 
 Resulta disto um gradiente latitudinal muito forte de 
d18O das precipitações (em média, 0,5 ‰ por grau de 
latitude na América do Norte). Assim, o d18O das 
precipitações, que é da ordem de 0 a -2 ‰ na zona 
equatorial, pode atingir valores muito inferiores a -24‰ 
no Norte da Groenlândia e das regiões polares. 
 
O GRADIENTE LATITUDINAL DO EQUADOR ATÉ OS PÓLOS 
 Esse processo explica porque o gelo das calotas 
polares apresenta valores de d18O muito negativos, é 
exacerbado pela temperatura, quanto mais frio estiver 
o clima, mais negativo será o d18O das precipitações, 
e portanto do gelo resultante. 
 
 Para a Groenlândia, foi observado, em média, uma 
diminuição de 0,67 ‰ do d18O do gelo, para uma 
diminuição de 1 ºC de temperatura. 
 
RAZÃO ISOTÓPICA DA ÁGUA DO MAR E SALINIDADE 
 O d18O da água é muito sensível aos ciclos evaporação / 
precipitação; 
 existe uma correlação entre este parâmetro e a salinidade, que 
também é dependente da razão evaporação / precipitação; 
 Esta correlação não é simples e depende da dimensão da bacia 
oceânica a da zona climática considerada. 
 Desta forma, para o Mediterrâneo, C. Pierre (1999) propôs uma 
relação do tipo : 
 
 d18Oágua do mar (‰ SMOW) = [0,25 x Salinidade (‰) – 8,23] + 
d18Oágua do mar global (‰) 
 
 onde d18Oágua do mar global corresponde ao d
18O médio da água do mar 
da época estudada (incluindo portanto um eventual efeito glacial). 
 
ANÁLISE ISOTÓPICA: INSTRUMENTAÇÃO 
 
 As medidas das abundâncias isotópicas do oxigênio são 
realizadas com um espectrometro de massa, 
instrumento que, a vácuo, separa e detecta os 
movimentos e trajetórias de íons de massas diferentes 
sob a ação de campos magnéticos e elétricos . 
 
 A amostra é introduzida sob forma gasosa é um feixe de 
íons é gerado por um bombardeamento de elétrons. 
Este feixe monoenergético é separado de seus 
diferentes constituintes isotópicos por um campo 
magnético que modifica mais ou menos a trajetória das 
partículas em função de sua massa. 
ANÁLISE ISOTÓPICA: INSTRUMENTAÇÃO 
 
 Assim, no caso do gás carbônico, os íons que têm os 
isótopos 13C e 18O sofrerão uma deflexão diferente 
daquela dos íons que carregam 12C e 16O. 
 
 As medidas podem ser realizadas sobre todos os 
materiais passíveis de liberar um gás contendo 
átomos de oxigênio. É o caso das águas (continentais 
e marinhas), da neve e do gelo (H2O), dos carbonatos 
e da matéria orgânica (CO2). 
 
ANÁLISE ISOTÓPICA: INSTRUMENTAÇÃO 
 
Assim, no caso do gás carbônico, os íons que têm os isótopos 13C e 18O sofrerão uma deflexão diferente daquela dos íons que carregam 12C e 16O. 
As medidas podem ser realizadas sobre todos os materiais passíveis de liberar um gás contendo átomos de oxigênio. É o caso das águas (continentais e marinhas), da neve e do gelo (H
ANÁLISE ISOTÓPICA: INSTRUMENTAÇÃO 
 
ANÁLISE ISOTÓPICA: INSTRUMENTAÇÃO 
 
ÁREAS DE APLICAÇÃO 
 
 Em ecologia:vegetal e animal, para elucidar vias fotossintéticas e 
processos fisiológicos em plantas (LAJTHA; MARSHALL, 1994); 
 
 em estudos sobre migrações de animais, na determinação das 
fontes de alimento para consumidores em teias alimentares 
aquáticas ou terrestres; 
 
 na determinação de fontes de poluição, na reconstrução de dieta em 
estudos de paleoecologia (HOBSON; WASSENAAR, 1999). 
 
 Estudos de águas subterrâneas e hidrogeologia; 
 
 Em climatologia e mudanças climáticas através de testemunhos de 
gelo. 
 Etc... 
VOSTOK STATION 
Furo de sondagem na Antártica 
Extraído de: Laura Marschke 
Southwest Early College 
Estação Vostok 
Estudos de testemunhos 
de gelo 
GROENLANDIA 
 Cientistas retiram 
testemunho de 100-
metros de comprimento 
na Greenland 
 
Extraído de: Laura Marschke 
Southwest Early College 
QUAL O COMPORTAMENTO DOS ISÓTOPOS NOS 
TESTEMUNHOS DE GELO? 
Conceitso básicos sobre os testemunhos de gelo 
Ciclo do Oxigenio-18 
ICE CORES 
 Cientistasexaminam um testemunho de gelo 
 
 Detalhe das camadas em um testemunho de gelo 
 Setas indicam camadas mais claras que correspodem ao verão 
FUNDAMENTOS SOBRE OS TESTEMUNHOS DE 
GELO 
 Registro da acumulação pode ser obtido a partir da 
espessura das camadas de gelo anuais; 
 Impurezas informam sobre a circulação atmosférica e 
superfície terrestre; 
 Conhecer os eventos vulcânicos ajudam a ajustar o 
tempo absoluto dos dados de testemunhos; 
Camada distinta de cinzas em um 
testemunho de gelo de 55cm de 
comprimento da 
 
Trata-se de uma camada antiga de 
55.500 anos, cuja origem, 
acredita-se ser uma enorme 
erupção no gelo. 
CINZAS VULCÂNICAS 
TESTEMUNHOS DE GELO 
 O aumento gradual da densidade das camadas de neve que são 
comprimidas em profundidade, mas as bandas anuais permanecem. 
 Neve relativamente jovem e rasa começa a ser agregada em cristais 
granulares e finos chamados de firm (topo: 53 metros de profundidade) 
 Neve mais velha e profunda é compactada (±: 1,836 metros) 
 Na base do testemunho (profundidade: 3,050 metros), rocha, areaia e 
silte coloram o gelo. 
TESTEMUNHOS DE GELO 
 Bolhas de ar são aprisionadas 
nos testemunhos de gelo, 
registrando a composição 
atmosférica pretérita 
 
 Os registros dos testemunhos 
provam que os níveis atuais de 
dióxido de carbono e metano, 
ambos importantes gases de 
efeito estufa, estão superiores 
à todos os níveis anteriores 
até 400,000 anos atrás. 
 CICLO DO 18O 
 Oxigênio-18 é mais 
pesado que o 
oxigênio-16 
 
 Quando a temperatura 
externa está elevada, 
a água evapora 
 
 Quem evapora mais, o 
18O ou o 16O ? 
 
 Quando chove ou 
neva, qual será o 
primeiro isótopo a 
precipitar? 
CICLO DO 18O 
OXIGÊNIO-18 VS TEMPERATURA 
CICLO DO 18O 
RESUMO DO CICLO DO 18O 
 Testemunhos de gelo registram a 
temperatura a partir dos isótopos (18O) 
 
Quanto mais alta a concentração de 18O, maior 
é a temperatura de condensação do vapor 
d’água que causou a precipitaçãoe 
consequentemente em condições mais quentes. 
 
 Períodos frios mostrarão poucos átomos de 18O. 
 
O QUE SABEMOS SOBRE O CLIMA A PARTIR DOS 
ISÓTOPOS DE OXIGÊNIO? 
Registro de Vostok 
Reconstrução Paleoclimática 
Resumo 
TESTEMUNHOS DE GELO - VOSTOK 
 O testemunho de gelo 
Vostok fornece o mais 
longo registro contínuo 
sobre a história 
climática da Antártica. 
 
 Em torno de 
400,000 anos de 
história do clima 
OXYGENIO-18 AO LONGO DO TEMPO 
Parte superior: registro do 
isótopo oxigênio (δ18Oice) de uma 
camada de gelo da Groenlandia; 
Project II (GISP II) Testemunho de 
gelo dos últimos 80,000 anos 
(Stuiver & Grootes 2000). 
Temperaturas do ar mais baixas 
são indicadas por valores mais 
negativos em δ18Oice 
 
Parte inferior: mudanças no nivel 
do mar global para o mesmo 
período (Waelbroeck et al. 
2002), refletindo o aumento e a 
diminuição das camadas de gelo 
continentais durante a ultima era 
do gelo. 
Variação climática dos últmos 80,000 anos 
 
RESUMO: ISÓTOPO DE OXIGENIO E 
TESTEMUNHO DE GELO 
 Quando as temperaturas aumentam, a água evapora na 
atmosfera 
 16O evapora mais por ser mais leve 
 
 O 18O precipita quando o ar se desloca para os pólos 
 Isótopos pesados precipitam das nuvens antes dos isótopos leves 
 
 Glaciares e gelo nas regiões polares serão enriquecidos em 16O e 
empobrecidos em 18O 
 Certa de 5% menos 18O 
 
 A comparação das razões entre 16O e 18O conduziu a determinar 
períodos de aquecimento versus resfriamento do clima do 
passado 
 Um aumento de uma parte por milhão de O18 no gelo reflete uma 
queda de 1.5°C da temperatura do ar, no tempo em que foi 
evaporado a partir dos oceanos 
TESTEMUNHOS DE GELO 
 Podem revelar os secredos do aquecimento 
global? 
 
Jim White explaining the latest and greatest in ice core 
analysis technology – RETI Tour 2012 
Jim White’s INSTAAR Lab – RETI Tour 2012 
REFERÊNCIAS 
 http://www.jinaweb.org/outreach/marble/Marble_Nuclei_Project_-_Teacher_Instructions.pdf 
 http://en.wikipedia.org/wiki/Radiocarbon_14_dating_of_the_Shroud_of_Turin 
 http://www.iceman.it/en/oetzi-the-iceman 
 http://en.wikipedia.org/wiki/Proxy_%28climate%29 
 http://earthobservatory.nasa.gov/Features/Paleoclimatology_IceCores/ 
 http://www.colorado.edu/geography/class_homepages/geog_4271_f11/lectures/week_11.pdf 
 http://earthobservatory.nasa.gov/Features/Paleoclimatology_OxygenBalance/ 
 http://www.globalchange.umich.edu/globalchange1/current/lectures/kling/paleoclimate/index.html 
 http://www.usatoday.com/weather/resources/coldscience/2004-08-30-ice-coreq-a_x.htm 
 http://www.nasa.gov/mission_pages/station/research/experiments/ALTEA-Shield.html#images 
 http://www.sciencedaily.com/releases/2008/03/080312141246.htm 
 http://www.nature.com/scitable/knowledge/library/abrupt-climate-change-during-the-last-ice-
24288097 
 http://en.wikipedia.org/wiki/Isotopes_of_oxygen 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS DAS IMAGENS 
 http://www.egyptianmuseum.com/mummy1.html 
 http://eo.ucar.edu/staff/rrussell/climate/paleoclimate/ice_core_proxy_records.html 
 http://www.nsf.gov/news/special_reports/science_nation/popup/icecores/ice_core.jsp 
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