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COMPORTAMENTO REPRODUTIVO

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Profª Gislene Mariana Pereira da Silva
COMPORTAMENTO REPRODUTIVO
FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ – FAESPI
BACHARELADO EM PSICOLOGIA
FISIOLOGIA E PSICOFISIOLOGIA
CONSIDERAÇÕES GERAIS
Classificamos os processos vegetativos básicos em três categorias: reprodução, metabolismo e integração humoral. 
A reprodução é a responsável pela manutenção hereditária das espécies. 
O metabolismo é a base da sobrevivência dos organismos vivos.
A integração humoral permite a coordenação das diversas funções biológicas relevantes para a adaptação dos organismos diferenciados a seu meio. 
Como o comportamento sexual está intimamente relacionado ao comportamento reprodutivo, as bases fisiológicas de ambos estão, obviamente, sobrepostas. 
Assim, embora nem todo comportamento sexual resulte em reprodução, nenhuma tentativa será aqui feita no sentido de dissociar comportamento sexual de comportamento reprodutivo, sendo eles estudados em conjunto. 
COMPORTAMENTO SEXUAL
O comportamento sexual é um comportamento motivacional, como o são os comportamentos exploratório, alimentar e emocional, com os quais o comportamento sexual compartilha alguns mecanismos neurais. 
É influenciado por inúmeros fatores não biológicos. 
PROPAGAÇÃO DAS ESPÉCIES
A propagação das espécies depende, fundamentalmente, das fêmeas quanto a seu papel na fertilização do óvulo e dos cuidados com a prole. 
O ato de acasalamento compreende a corte, ajustes posturais e reflexos genitais mútuos que resultam na inseminação. 
O ato de montar exibido pelos machos (subir nas fêmeas por trás e agarrar-se ao dorso do pescoço) e a lordose nas fêmeas (aumento da curvatura lombar com elevação dos flancos) constituem-se nos ajustes posturais característicos do comportamento sexual dos vertebrados.
FENÔMENO DA ATIVIDADE SEXUAL
Na maioria dos vertebrados a atividade sexual é um fenômeno cíclico, sazonal e depende frequentemente da maturação e da regressão periódica das glândulas sexuais. 
Esta periodicidade aplica-se particularmente às fêmeas no que tange à necessidade de maturação dos ovários antes da fertilização pelo macho e da preparação adequada dos órgãos reprodutivos para o desenvolvimento do embrião.
O CONTROLE HORMONAL
O comportamento reprodutivo é regulado primariamente através de hormônios lançados na circulação sanguínea pelas glândulas sexuais e pela hipófise anterior (adenoipófise) - os chamados hormônios gonadotróficos hipofisários. 
A sua secreção é fortemente influenciada pelos hormônios das gônadas (estrogênio e progesterona dos ovários e testosterona dos testículos) e pelos hormônios reguladores de origem hipotalâmica, também conhecidos como fatores liberadores ou inibidores dos hormônios secretados na adenoipófise.
O controle ocorre em três níveis: fatores reguladores hipotalâmicos, hormônios da adenoipófise e hormônios sexuais secretados pelos testículos ou ovários. 
Vários hormônios já foram identificados na adenoipófise de vertebrados:
o hormônio do crescimento, 
as gonadotrofinas, 
a corticotrofina, 
o hormônio melanócito estimulante 
e as lipotrofinas. 
Hormônios Gonadotróficos - FEMININO
O hormônio folículo estimulante (FSH) é responsável pelo crescimento e desenvolvimento folicular e o hormônio luteinizante (LH) é responsável pela ovulação e formação do corpo lúteo nas fêmeas. 
Os efeitos inibitórios dos estrogênios e progesterona sobre as funções gonadotróficas da hipófise constituem a base do uso dos anticoncepcionais, que consiste na administração combinada dos mesmos durante o ciclo menstrual. 
O efeito predominante dos estrogênios consiste em inibir a liberação do FSH e, consequentemente, o crescimento dos folículos, enquanto que a ação continuada da progesterona inibe a liberação de LH e, daí, inibe o estímulo ovulatório. 
Hormônios Gonadotróficos - FEMININO
Hormônios Gonadotróficos - MASCULINO
O LH estimula as células intersticiais, ou de Leydig, a secretar andrógenos (principalmente testosterona). 
Em vista destes efeitos, o LH também tem sido designado de hormônio estimulante das células intersticiais (ICSH, da sigla em inglês). 
Além de seu papel no desenvolvimento das características masculinizantes secundárias, a testosterona produzida pelas células de Leydig também age diretamente sobre os túbulos seminíferos, contribuindo para o crescimento e o aumento do peso testicular. 
Por outro lado, o FSH é primariamente um hormônio gametogênico nos machos. 
Hormônios Gonadotróficos - MASCULINO
HORMÔNIOS SEXUAIS
A produção cíclica e controlada de estrogênios e progesterona é função dos ovários. 
Estes hormônios desempenham um papel essencial na preparação do trato reprodutivo da fêmea para a recepção do óvulo fertilizado.
ESTROGÊNIO
São os principais responsáveis pelas características feminilizantes das fêmeas na puberdade. 
Sob sua influência ocorre o crescimento e desenvolvimento da vagina, útero, trompas de Falópio e mamas. 
Contribuem na modelação dos contornos do corpo, na fusão das epífises dos ossos, crescimento dos pelos pubianos e axilares e na pigmentação regional dos mamilos e aréolas. 
PROGESTERONA
Começa a ser secretada pelo corpo lúteo, 
Promove alterações no trato genital e glândulas mamárias no sentido da gravidez (inibição das contrações uterinas e aumento da secreção glandular). 
O término da secreção de progesterona é o elemento determinante da menstruação no final do ciclo. 
TESTOSTERONA
A testosterona desempenha um papel essencial na diferenciação fenotípica dos machos durante o desenvolvimento embrionário. 
Na puberdade, a secreção de gonadotrofinas vence o bloqueio e a ação conjunta do FSH e LH dá início ao crescimento testicular, à espermatogênese e ao aumento da síntese de testosterona. 
Desenvolvimento do pênis e dos pelos pubianos.
 Ereções penianas 
Rápido aumento da altura e no desenvolvimento da musculatura esquelética e no vigor físico. 
TESTOSTERONA
A pele torna-se espessa e oleosa devido à proliferação das glândulas sebáceas predispondo-a a infecções com o consequente aparecimento de acnes em alguns indivíduos 
Pelos axilares, do tronco e pernas desenvolvem-se em um padrão típico dos machos. 
Outras características secundárias que surgem são o crescimento da laringe, com o consequente engrossamento da voz e o crescimento da barba. 
CONCENTRAÇÃO DE TESTOSTERONA NO PLASMA E O COMPORTAMENTO SEXUAL 
Nos homens, os níveis plasmáticos de testosterona elevam-se durante a observação de um filme erótico ou em face da perspectiva de sexo. 
A elevação dos níveis hormonais neste caso pode, portanto, ocorrer anteriormente ao comportamento sexual. 
Nas mulheres, os estrógenos e a progesterona parecem exercer um papel mais significativo sobre a atração, acentuando a feminilidade, do que propriamente sobre o desejo sexual. 
Neste sentido, a ovariectomia e a menopausa não parecem reduzir a libido.
AS BASES FISIOLÓGICAS DAS DIFERENÇAS ENTRE SEXOS
Existem, no mínimo, quatro fatores críticos que atuam em diferentes estágios do desenvolvimento para determinar o comportamento sexual que o indivíduo irá manifestar na idade adulta: 
o meio hormonal perinatal, 
a socialização pré-puberal, 
os hormônios puberais 
e os parceiros sexuais disponíveis.
Em decorrência de distúrbios endocrinológicos ou outros fatores, às vezes ocorrem casos ambíguos de definição sexual. 
John Hampson, trabalhando na Faculdade de Medicina da Universidade John Hopkins, compilou uma lista de “sete variáveis do sexo” numa tentativa de estabelecer um roteiro de critérios que possa ser útil na definição de sexo ou gênero 
“SETE VARIÁVEIS DO SEXO” 
Morfologia genital externa consonante com o sexo masculino ou feminino.
Padrão da cromatina sexual: nas mulheres adultas, apenas um dos dois cromossomos X é geneticamente ativo. 
Presença das gônadas: identificação dos órgãos sexuais internos; ovários ou testículos.
Níveis plasmáticos de hormônios sexuais (testosterona maior que estrógenios e progesteronanos homens, e o inverso nas mulheres) e características secundárias diferenciadas no homem e na mulher.
5) Estruturas acessórias do aparelho reprodutor (como a trompa de Falópio e útero nas mulheres, e canal deferente e próstata nos homens).
6) A atribuição do sexo pela sociedade: determina o tipo de atividades a serem encorajadas em função do sexo que é consignado por familiares e meio social em que o indivíduo vive. 
7) Sexo psicológico: diz respeito à identidade sexual ou imagem que o indivíduo formula a seu próprio respeito. Estas informações podem ser deduzidas a partir da maneira como o indivíduo se veste, dos sonhos eróticos ou fantasias que descreve, tipos de atividades preferidas e tipo de indivíduos por quem se sente sexualmente atraído.
SUBSTRATO NEURAL
Várias estruturas do SNC participam da regulação do comportamento sexual ou reprodutivo:
Área pré-óptica medial (APOM) – induz a cópula e promove a diferenciação do comportamento sexual entre macho e fêmea;
Hipotálamo - induz a lordose
Hipocampo – modulação do comportamento sexual 
Área septal – modulação do comportamento sexual 
Amigdala – natureza modulatória inibitória sobre a atividade sexual. De fato, vários estudos indicam que lesões na amígdala promovem hipersexualidade.
Substância cinzenta periaquedural - induz a lordose
COMPORTAMENTO REPRODUTIVO E DENSIDADE POPULACIONAL 
Segundo a teoria da homeostase populacional de Wynne-Edwards, além de fatores endocrinológicos, outros elementos homeostáticos devem atuar no sentido de manter a densidade populacional dentro de certos limites. 
Um dos pressupostos básicos desta teoria advém do fato de que animais que vivem em um ambiente onde há superpopulação reduzem a taxa de procriação até que a densidade populacional (número de animais por unidade de território) atinja um nível estável. 
Como as flutuações em torno deste patamar são pequenas, acredita-se que os fatores ou elementos controladores atuem de maneira homeostática, ou seja eles tornam-se mais fortes à medida que a população aumenta e mais fracos à medida que a população diminui, a fim de equilibrar o sistema. 
Em vista disto, tem-se sugerido a existência de uma espécie de sensor de densidade populacional que funcionaria à semelhança de um termostato que regula um sistema de aquecimento em um nível adequado. 
Sabe-se que a superpopulação gera um estresse que induz a pituitária a liberar grandes quantidades de ACTH. 
O ACTH estimula o córtex adrenal a produzir glicocorticóides. 
O excesso de glicocorticóides circulantes promove uma redução da secreção de gonadotrofinas pela adenoipófise e o concomitante declínio da atividade das gônadas. 
Em função disso, admite-se que a redução homeostática no tamanho da população provocada pela alta densidade populacional seja o resultado da diminuição da fertilidade associada a outros fatores que levam a um aumento da mortalidade.
Segundo Wynne-Edwards, os estímulos que sinalizam o estresse de alta densidade populacional resultam da interação social e, particularmente, de atividades competitivas pela ocupação de territórios e pelo estabelecimento de hierarquias. 
Autores acrescentam ainda que a organização social deve ser capaz de fornecer os estímulos necessários que funcionem como elementos de feedback para o sistema homeostático. 
Cabe ao macho a execução de comportamentos que sinalizam à comunidade os problemas decorrentes do aumento da densidade populacional e a reação adequada aos sinais recebidos. 
A fêmea, por outro lado, está encarregada da reprodução. 
Seu tempo é muito precioso para ser gasto com competição sexual. 
Aceitando este papel, o macho, melhor adaptado à luta pela sobrevivência, assegura uma divisão mais eficiente do trabalho entre os sexos.
ABUSO DE ESTERÓIDES ANABOLIZANTES
Uma abordagem clínica muito atual do comportamento sexual que tem chamado a atenção dos pesquisadores é o uso epidêmico de esteróides anabolizantes, drogas que produzem efeitos do tipo testosterona no organismo. 
O abuso destas drogas tem ocorrido principalmente entre atletas e fisiculturistas, que fazem uso de uma terapia prolongada com altas doses de esteróides anabolizantes com o fim de aumentar sua força e massa muscular. 
Na realidade, muitos atletas acreditam que não é possível competir em provas de alto nível sem a ajuda dos esteróides anabolizantes. 
Os jovens também abusam destes esteróides para tornarem-se mais atraentes para os parceiros.
Esteróides são hormônios que são sintetizados a partir do colesterol; todos os hormônios gonadais são esteróides. 
Esteróides anabolizantes são esteróides como a testosterona que promovem aumento da massa protéica, determinando aumento da massa muscular. 
Existem comercialmente várias drogas derivadas da testosterona (o dietilestilbestrol, por exemplo) que produzem efeitos de longa duração, mas não existe nenhuma que seja isenta de efeitos colaterais importantes. 
A administração de drogas androgênicas possui claras indicações clínicas, como na chamada terapia de reposição em pacientes com disfunção testicular ou que sofreram uma orquiectomia (remoção cirúrgica dos testículos) por alguma razão médica, por exemplo hipogonadismo. 
Estas drogas administradas em doses que restauram os níveis fisiológicos dos hormônios andrógenos revigoram a sexualidade perdida em decorrência do problema testicular sem, contudo, afetar a espermatogênese sobre a qual, como vimos anteriormente, a testosterona exerce um papel secundário. 
Por outro lado, em indivíduos com níveis normais de testosterona, a administração de androgênios não produz aumento na motivação ou comportamento sexual 
ginecomastia (aumento dos seios), provavelmente em decorrência da aromatização de esteróides anabolizantes com formação de estrogeênios. 
 amenorréia (interrupcão da menstruação), 
esterilidade 
hirsutismo (crescimento excessivo dos pêlos do corpo), 
crescimento do clítoris, 
desenvolvimento de um formato masculino do corpo, 
calvície 
engrossamento da voz.
HOMENS
MULHERES
EM HOMENS E MULHERES
Podem apresentar espasmos musculares, 
hematúria (sangue na urina), 
acnes, 
edema generalizado devido à retenção de água, 
sangramento na língua, 
náuseas, 
vômitos 
uma variedade de alterações comportamentais, incluindo surtos psicóticos ou raiva e períodos de depressão. 
câncer hepático.

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