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Liquido Penetrante- Processos de Fabricação I- UFBA

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Jan./ 2004 Jan. / 2007 
Ensaio por Líquidos Penetrantes - Ricardo Andreucci J a n . / 2 0 0 7 1 
 
 
 
 
 
 
Prefácio 
 
 
 
 
 
“Este trabalho representa um guia básico para 
programas de estudos e treinamento de pessoal em 
Ensaio por Líquidos Penetrantes , contendo assuntos 
voltados para as aplicações mais comuns e importantes 
deste método de Ensaio Não Destrutivo. Trata-se 
portanto de um material didático de interesse e consulta, 
para os profissionais e estudantes que se iniciam ou 
estejam envolvidos com a inspeção de materiais por 
método superficial." 
 
 
 
 
 
 
 
 O Autor 
 
 
 
 
Ensaio por Líquidos Penetrantes - Ricardo Andreucci J a n . / 2 0 0 7 2 
 
 
 
Copyright ã 
 
ANDREUCCI, Assessoria e Serviços Técnicos Ltda 
e-mail: andreucci@ajato.com.br 
 
Esta publicação poderá ser obtida gratuitamente através de 
 download nos seguintes web sites: 
 
www.infosolda.com.br/ andreucci 
www.abende.org.br 
 
Edição 
 
Jan./ 2007 
 
 
Ricardo 
Andreucci 
 
 
· Professor da Faculdade de Tecnologia de 
São Paulo - FATEC/ SP, nas disciplinas 
de Controle da Qualidade do Curso de 
Soldagem e da Universidade São Camilo; 
· Qualificado e Certificado pelo IBQN como 
Nível III nos métodos de ensaio 
radiográfico, partículas magnéticas ultra-
som e líquidos penetrantes, conforme 
norma CNEN-NN 1.17 
· Membro da Comissão de Segurança e 
Radioproteção da Associação Brasileira 
de Ensaios Não Destrutivos - ABENDE. 
· Diretor Técnico da ANDREUCCI Ass. e 
Serv. Técnicos Ltda. 
· Consultor Técnico como Nível III de END 
para importantes empresas brasileiras e 
do exterior 
· Participante como Autor do livro 
"Soldagem" editado pelo SENAI / SP 
· Autor do Livro "Curso Básico de Proteção 
Radiológica" - ABENDE / SP 
· Autor do livro "Radiologia industrial"- 
ABENDE / SP - Jan./99 
 
 
Ensaio por Líquidos Penetrantes - Ricardo Andreucci J a n . / 2 0 0 7 3 
 
 
 umário 
 
Assunto Pág. 
 
Generalidades 
Introdução .................................................................................................. 
Finalidades do Ensaio ................................................................................ 
Princípios Básicos....................................................................................... 
Vantagens e Limitações do Ensaio ............................................................. 
04 
04 
04 
04 
07 
 
Propriedades dos Produtos e Princípios Físicos .......................................... 
Propriedades físicas do penetrante ............................................................. 
Sensibilidade do penetrante ........................................................................ 
Propriedades do revelador ......................................................................... 
 
09 
09 
13 
14 
 
Acuidade Visual do Inspetor ....................................................................... 
 
Procedimentos para Ensaio ........................................................................ 
Preparação da Superfície ........................................................................... 
Métodos de Limpeza da Superfície ............................................................. 
Temperatura da Superfície e do Líquido Penetrante .................................... 
Aplicação do Penetrante ............................................................................. 
Tempo de Penetração ................................................................................. 
Remoção do Excesso de Penetrante ........................................................... 
Revelação .................................................................................................. 
Secagem e Inspeção .................................................................................. 
Iluminação .................................................................................................. 
Limpeza Final ............................................................................................. 
Identificação e Correção das deficiências no Ensaio .................................... 
Registros dos Resultados ............................................................................ 
 
16 
 
19 
19 
19 
20 
21 
22 
22 
25 
26 
26 
30 
31 
31 
 
Avaliação e Aparência das Indicações ........................................................ 
Fatôres que afetam as indicações ............................................................... 
 
33 
33 
 
Segurança e Proteção ................................................................................. 
 
36 
 
Critérios de Aceitação ................................................................................. 
ASME Sec. VIII Div. 1 e 2 . .......................................................................... 
CCH-70 ....................................................................................................... 
AWS D1.1 ................................................................................................... 
 
37 
37 
38 
40 
 
Roteiro para Elaboração da Instrução para Ensaio....................................... 
 
42 
 
Exercícios de Revisão .................................................................................. 
 
43 
 
Obras Consultadas ...................................................................................... 
 
62 
S 
Ensaio por Líquidos Penetrantes - Ricardo Andreucci J a n . / 2 0 0 7 4 
 
 
 
 
 ENERALIDADES 
 
Introdução 
 
O ensaio por líquidos penetrantes é um método desenvolvido especialmente para a 
detecção de descontinuidades essencialmente superficiais, e ainda que estejam 
abertas na superfície do material. 
Este método, se iniciou antes da primeira guerra mundial, principalmente pela 
indústria ferroviária na inspeção de eixos, porém tomou impulso quando em 1942, 
nos EUA, foi desenvolvido o método de penetrantes fluorescentes. Nesta época, o 
ensaio foi adotado pelas indústrias aeronáuticas, que trabalhando com ligas não 
ferrosas, necessitavam um método de detecção de defeitos superficiais diferentes do 
ensaio por partículas magnéticas (não aplicável a materiais não magnéticos). A partir 
da segunda guerra mundial, o método foi se desenvolvendo, através da pesquisa e o 
aprimoramento de novos produtos utilizados no ensaio, até seu estágio atual. 
 
Finalidade do ensaio 
 
O ensaio por líquidos penetrantes presta-se a detectar descontinuidades superficiais 
e que sejam abertas na superfície, tais como trincas, poros, dobras, etc..podendo 
ser aplicado em todos os materiais sólidos e que não sejam porosos ou com 
superfície muito grosseira. 
É muito usado em materiais não magnéticos como alumínio, magnésio, aços 
inoxidáveis austeníticos, ligas de titânio, e zircônio, além dos materiais magnéticos. 
É também aplicado em cerâmica vitrificada, vidro e plásticos. 
 
Princípios básicos 
 
O método consiste em fazer penetrar na abertura da descontinuidade um líquido. 
Após a remoção do excesso de líquido da superfície, faz-se sair da descontinuidade 
o líquido retido através de um revelador. A imagem da descontinuidade fica então 
desenhada sobre a superfície. 
Podemos descrever o método em seis etapas principais no ensaio , quais sejam: 
 
a) Preparação da superfície - Limpeza inicial 
 
Antes de se iniciar o ensaio, a superfície deve ser limpa e seca. Não devem existir 
água, óleo ou outro contaminante.Contaminantes ou excesso de rugosidade, ferrugem, etc, tornam o ensaio não 
confiável. 
G 
Ensaio por Líquidos Penetrantes - Ricardo Andreucci J a n . / 2 0 0 7 5 
 
 
 
 
Preparação e limpeza inicial da superfície 
 
b) Aplicação do Penetrante: 
 
Consiste na aplicação de um líquido chamado penetrante, geralmente de cor 
vermelha, de tal maneira que forme um filme sobre a superfície e que por ação do 
fenômeno chamado capilaridade penetre na descontinuidade. Deve ser dado um 
certo tempo para que a penetração se complete. 
 
 
 
Tempo de penetração do líquido na abertura 
 
c) Remoção do excesso de penetrante. 
 
Consiste na remoção do excesso do penetrante da superfície, através de produtos 
adequados , condizentes com o tipo de líquido penetrante aplicado , devendo a 
superfície ficar isenta de qualquer resíduo na superfície. 
 
 
 
Remoção do excesso de líquido da superfície 
Ensaio por Líquidos Penetrantes - Ricardo Andreucci J a n . / 2 0 0 7 6 
 
 
 
d) Revelação 
 
Consiste na aplicação de um filme uniforme de revelador sobre a superfície. O 
revelador é usualmente um pó fino (talco) branco. Pode ser aplicado seco ou em 
suspensão, em algum líquido. O revelador age absorvendo o penetrante das 
descontinuidades e revelando-as. Deve ser previsto um determinado tempo de 
revelação para sucesso do ensaio. 
 
 
 
 
 
 
Aplicação do revelador e observação da indicação 
 
 
e) Avaliação e Inspeção 
 
Após a aplicação do revelador, as indicações começam a serem observadas, através 
da mancha causada pela absorção do penetrante contido nas aberturas, e que serão 
objetos de avaliação. 
 
A inspeção deve ser feita sob boas condições de luminosidade, se o penetrante é do 
tipo visível (cor contrastante com o revelador) ou sob luz negra, em área escurecida, 
caso o penetrante seja fluorescente. 
 
A interpretação dos resultados deve ser baseada no Código de fabricação da peça 
ou norma aplicável ou ainda na especificação técnica do Cliente. 
 
Nesta etapa deve ser preparado um relatório escrito que mostre as condições do 
ensaio, tipo e identificação da peça ensaiada, resultado da inspeção e condição de 
aprovação ou rejeição da peça. 
Ensaio por Líquidos Penetrantes - Ricardo Andreucci J a n . / 2 0 0 7 7 
 
 
 
Em geral a etapa de registro das indicações é bastante demorada e complexa, 
quando a peça mostra muitos defeitos. Portanto , o reparo imediato das indicações 
rejeitadas com posterior reteste, é mais recomendável. 
 
 
 
 
 
Absorção do líquido, pelo revelador, de dentro da abertura 
 
 
f) Limpeza pós ensaio 
 
A última etapa, geralmente obrigatória, é a limpeza de todos os resíduos de 
produtos, que podem prejudicar uma etapa posterior de trabalho da peça (soldagem, 
usinagem, etc....). 
 
Vantagens e limitações do ensaio , em comparação com outros métodos. 
 
Vantagens. 
 
Poderíamos dizer que a principal vantagem do método é a sua simplicidade. É fácil 
de fazer de interpretar os resultados. O aprendizado é simples, requer pouco tempo 
de treinamento do inspetor. 
Como a indicação assemelha-se a uma fotografia do defeito, é muito fácil de avaliar 
os resultados. Em contrapartida o inspetor deve estar ciente dos cuidados básicos a 
serem tomados (limpeza, tempo de penetração, etc), pois a simplicidade pode se 
tornar uma faca de dois gumes. 
Não há limitação para o tamanho e forma das peças a ensaiar, nem tipo de material; 
por outro lado, as peças devem ser susceptíveis à limpeza e sua superfície não pode 
ser muito rugosa e nem porosa. 
O método pode revelar descontinuidades (trincas) extremamente finas (da ordem de 
0,001 mm de abertura ). 
Ensaio por Líquidos Penetrantes - Ricardo Andreucci J a n . / 2 0 0 7 8 
 
 
 
Limitações. 
 
Só detecta descontinuidades abertas para a superfície, já que o penetrante tem que 
entrar na descontinuidade para ser posteriormente revelado. Por esta razão, a 
descontinuidade não deve estar preenchida com material estranho. 
 
A superfície do material não pode ser porosa ou absorvente já que não haveria 
possibilidade de remover totalmente o excesso de penetrante, causando 
mascaramento de resultados. 
 
A aplicação do penetrante deve ser feita numa determinada faixa de temperatura. 
permita ou recomendada pelo fabricante dos produtos. Superfícies muito frias 
(abaixo de 10 oC ) ou muito quentes (acima de 52 oC) não são recomendáveis ao 
ensaio. 
 
Algumas aplicações das peças em inspeção fazem com que a limpeza seja 
efetuada da maneira mais completa possível após o ensaio (caso de maquinaria para 
indústria alimentícia, material a ser soldado posteriormente, etc). Este fato pode 
tornar-se limitativo ao exame, especialmente quando esta limpeza for difícil de fazer. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Junta soldada contendo trinca visual 
 
Ensaio por Líquidos Penetrantes - Ricardo Andreucci J a n . / 2 0 0 7 9 
 
 
 
 
 ROPRIEDADES DOS PRODUTOS E PRINCÍPIOS 
FÍSICOS 
 
Propriedades físicas do penetrante 
 
O nome “penetrante” vem da propriedade essencial que este produto deve ter, ou 
seja, sua habilidade de penetrar em aberturas finas. Um produto penetrante deve ser 
fabricado com boas propriedades e deve atender aos seguintes pontos:: 
 
a) ter habilidade para rapidamente penetrar em aberturas finas; 
b) ter habilidade de permanecer em aberturas relativamente grandes; 
c) não evaporar ou secar rapidamente; 
d) ser facilmente limpo da superfície onde for aplicado; 
e) em pouco tempo, quando aplicado o revelador, sair das descontinuidades onde 
tinha penetrado; 
f) ter habilidade em espalhar-se nas superfícies, formando camadas finas; 
g) ter um forte brilho. O fabricante deve verificar a concentração do corante vermelho 
no penetrante com base na Lei de Beer (pag. 26) 
h) a cor ou a fluorescência deve permanecer quando exposto ao calor, luz ou luz 
negra; 
i) não reagir com sua embalagem nem com o material a ser testado; 
j) não ser facilmente inflamável; 
k) ser estável quando estocado ou em uso; 
l) não ser demasiadamente tóxico ; 
m) ter baixo custo. 
 
Para que o penetrante tenha as qualidades acima, é necessário que certas 
propriedades estejam presentes. Dentre elas destacam-se: 
 
a) Viscosidade. 
 
Esta propriedade por si só não define um bom ou mal penetrante (quando falamos 
em bom ou mal penetrante nos referimos a sua habilidade em penetrar nas 
descontinuidades). A intuição nos diz que um líquido menos viscoso seria melhor 
penetrante que um mais viscoso. Isto nem sempre é verdadeiro, pois a água que tem 
baixa viscosidade não é um bom penetrante. Todavia, a viscosidade tem efeito em 
alguns aspectos práticos do uso do penetrante. Ele é importante na velocidade com 
que o penetrante entra num defeito. Penetrantes mais viscosos demoram mais a 
penetrar nas descontinuidades. Penetrantes pouco viscosos têm a tendência de não 
permanecerem muito tempo sobre a superfície da peça, o que pode ocasionar tempo 
insuficiente para penetração. 
P 
Ensaio por Líquidos Penetrantes - Ricardo Andreucci J a n . / 2 0 0 7 10 
 
 
Líquidos de alta viscosidade têm a tendência de serem retirados dos defeitos quando 
se executa a limpeza do excesso. 
 
b) Tensão superficial. 
 
A força que existe na superfície de líquidos em repouso é denominada tensão 
superficial. Esta tensão superficial é devidas às fortes ligações intermoleculares, as 
quais dependem das diferenças elétricas entre as moléculas, e pode ser definida 
como a força por unidade de comprimento ( N/m) que duas camadas superficiais 
exercem uma sobre a outra. 
Este efeito é bem intenso na água e no mercúrio, por exemplo,e pode ser percebido 
também com a ajuda de outro fenômeno: a capilaridade. Quando um líquido é 
colocado em um tubo capilar (tubo muito fino), a atração entre as moléculas do 
líquido e as moléculas do material do tubo podem ser maiores ou menores do que a 
força de coesão interna do líquido, ocasionando desta forma a formação de uma 
concavidade (a) ou uma convexidade (b) na superfície do líquido, forma que apenas 
pode ser obtida devido ao efeito de tensão superficial nos líquidos. 
 
 (a) (b) 
 
 
As forças que envolvem o efeito da tensão superficial são aquelas associadas com a 
ação de capilaridade ou pressão de superfície (P) dada pela fórmula: 
 
P = 2.g , onde g é a tensão superficial 
R 
q
r
R
P
q
r
R
P
q
r
R
P
q
r
R
P
Ensaio por Líquidos Penetrantes - Ricardo Andreucci J a n . / 2 0 0 7 11 
 
 
Observem que na figura acima (a) o líquido penetra no tubo capilar mostrando uma 
forma côncava formando um ângulo “q” de contato com as paredes do tubo maior 
que 900 e no caso da figura (b) o líquido penetra no tubo capilar mostrando uma 
forma convexa formando um ângulo “q” de contato com as paredes do tubo menor 
que 900. Como o Cos(q) = r/R , podemos reescrever a equação da pressão na 
seguinte forma: 
 
P = 2. g. cos (q) 
 r 
 
Podemos observar que a pressão de capilaridade (P) aumenta diretamente com a 
tensão superficial (g) do penetrante e inversamente proporcional ao raio do tubo 
capilar (r). Portanto, quanto maior a tensão superficial, melhor a propriedade de 
capilaridade do líquido penetrante 
 
 
Variação da Pressão Capilar e a Tensão Superficial 
 
Tensão Superficial 
g (N.m -1) 
Raio do Tubo Capilar 
r 
 
Pressão Capilar - P 
( Pa) 
0,025 1,0 mm 50 
 
0,035 1,0 mm 70 
 
0,025 0,1 mm 500 
 
0,035 0,1 mm 700 
 
0,025 0,01 mm 5000 
 
0,035 0,01 mm 7000 
 
0,025 1 mm 50000 
 
0,035 1 mm 70000 
 
 Fonte: Handbook – Liquid Penetrant Testing, Part 1 
 
c) Molhabilidade 
 
É a propriedade que um líquido tem em se espalhar por toda a superfície, não se 
juntando em porções ou gotas. Melhor a molhabilidade, melhor o penetrante. Essa 
característica também está associada à tensão superficial e é por isso que agentes 
tensoativos são incluídos na formulação do penetrante. 
Ensaio por Líquidos Penetrantes - Ricardo Andreucci J a n . / 2 0 0 7 12 
 
 
d) Volatibilidade 
 
Podemos dizer, como regra geral, que um penetrante não deve ser volátil, porém 
devemos considerar que para derivados de petróleo, quanto maior a volatibilidade, 
maior a viscosidade. Como é desejável uma viscosidade média, os penetrantes são 
mediamente voláteis. 
 
A desvantagem é que quanto mais volátil o penetrante, menos tempo de penetração 
pode ser dado. Por outro lado, ele tende a se volatilizar quando no interior do defeito. 
 
 
e) Ponto de fulgor 
 
Ponto de fulgor é a temperatura na qual há uma quantidade tal de vapor na superfície 
do líquido que a presença de uma chama pode inflamá-lo. 
Um penetrante bom deve ter um alto ponto de fulgor (acima de 200°C). A tabela 2 
mostra os pontos de fulgor de alguns líquidos, para comparação. Esta propriedade é 
Importante quando considerações sobre a segurança estão relacionadas à utilização 
do produto. 
 
Tabela 2 - Pontos de fulgor de alguns líquidos 
 
LIQUIDO Ponto de Fulgor 
Acetona - 18° C 
Nafta - 1° C 
Álcool metílico 12° C 
Álcool etílico 14° C 
Glicerina 160° C 
 
 
f ) Inércia química 
 
É obvio que um penetrante deve ser inerte e não corrosivo com o material a ser 
ensaiado ou com sua embalagem quanto possível. 
Os produtos oleosos não apresentam perigo. A exceção é quando existem 
emulsificantes alcalinos. Quando em contato com água vai se formar uma mistura 
alcalina. 
Numa inspeção de alumínio ou magnésio, caso a limpeza final não seja bem 
executada, pode haver aparecimento após um certo período de corrosão na forma de 
“pitting”. 
Quando se trabalha com ligas à base de níquel, requer-se um penetrante com 
baixos teores de alguns elementos prejudiciais. 
Ensaio por Líquidos Penetrantes - Ricardo Andreucci J a n . / 2 0 0 7 13 
 
 
 
g) Habilidade de dissolução 
 
Os penetrantes incorporam o produto corante ou fluorescente que deve estar o mais 
possível dissolvido. Portanto, um bom penetrante deve ter a habilidade de manter 
dissolvido estes agentes. 
 
h) Toxidez 
 
Evidentemente um bom penetrante não pode ser tóxico, possuir odor exagerado e 
nem causar irritação na pele. 
 
 
 
Sensibilidade do penetrante. 
 
Sensibilidade do penetrante é sua capacidade de detectar descontinuidades. 
Podemos dizer que um penetrante é mais sensível que outro quando, para aquelas 
descontinuidades em particular, o primeiro detecta melhor os defeitos que o 
segundo. 
 
Os fatores que afetam a sensibilidade são: 
 
a) Capacidade de penetrar na descontinuidade 
b) Capacidade de ser removido da superfície, mas não do defeito 
c) Capacidade de ser absorvido pelo revelador 
d) Capacidade de ser visualizado quando absorvido pelo revelador, mesmo em 
pequenas quantidades. 
 
Algumas normas técnicas classificam os líquidos penetrantes quanto à visibilidade e 
tipo de remoção, conforme tabela 3, abaixo: 
 
Tabela 3 - Tipos de Líquidos Penetrantes 
TIPOS MÉTODOS 
quanto à visibilidade Água Pós-Emulsificável Solvente 
“TIPO I” 
(Fluorescente) 
A B (Lipofílico) 
D (Hidrofílico) 
C 
“TIPO II” 
(Luz normal) 
A - C 
OBS. Classificação conforme Código ASME Sec.V - SE-165 ou ASTM E-165 
Ensaio por Líquidos Penetrantes - Ricardo Andreucci J a n . / 2 0 0 7 14 
 
 
Os líquidos penetrantes devem se analisados quanto aos teores de contaminantes, 
tais como enxofre, flúor e cloro quando sua aplicação for efetuada em materiais 
inoxidáveis austeníticos, titânio e ligas a base de níquel. 
 
O procedimento e os limites aceitáveis para estas análises, devem ser de acordo 
com a norma aplicável de inspeção do material ensaiado. 
 
 
 Penetrante Tipo II A Penetrante Tipo II C Penetrante Tipo I B ou D 
 
 
 
Propriedades do revelador. 
 
Um revelador com boas características , deve: 
 
a) ter ação de absorver o penetrante da descontinuidade ; 
b) servir com uma base por onde o penetrante se espalhe - granulação fina ; 
c) servir para cobrir a superfície evitando confusão com a imagem do defeito 
formando uma camada fina e uniforme; 
d) deve ser facilmente removível; 
e) não deve conter elementos prejudiciais ao operador e ao material que esteja 
sendo inspecionado; 
 
Classificam-se os reveladores conforme segue: 
 
a) pós secos. 
 
Foram os primeiros e continuam a ser usados com penetrantes fluorescentes. Os 
primeiros usados compunham-se de talco ou giz. Atualmente os melhores 
reveladores consistem de uma combinação cuidadosamente selecionada de pós. 
 
Os pós devem ser leves e fofos. Devem aderir em superfícies metálicas numa 
camada fina, se bem que não devem aderir em excesso, já que seriam de difícil 
remoção. Por outro lado, não podem flutuar no ar, formando uma poeira. Os 
cuidados devem ser tomados para proteger o operador. A falta de confiabilidade 
deste tipo de revelador, torna o seu uso muito restrito. 
Ensaio por Líquidos Penetrantes - Ricardo Andreucci J a n . / 2 0 0 7 15 
 
 
b) Suspensão aquosa de pós 
 
Geralmente usado em inspeção pelo método fluorescente. A suspensão aumenta a 
velocidade de aplicação quando pelo tamanho da peça pode-se mergulha-la na 
suspensão. Após aplicação a peça é seca em estufa, o quediminui o tempo de 
secagem. É um método que pode se aplicar quando usa-se inspeção automática. 
A suspensão deve conter agentes dispersantes, inibidores de corrosão, agentes que 
facilitam a remoção posterior. 
 
c) Solução aquosa 
 
A solução elimina os problemas que eventualmente possam existir com a 
suspensão (dispersão, etc). 
 
Porém, materiais solúveis em água geralmente não são bons reveladores. 
Deve ser adicionado à solução inibidor de corrosão e a concentração deve ser 
controlada, pois há evaporação. 
Sua aplicação , deve ser feita através de pulverização. 
 
d) Suspensão do pó revelador em solvente 
 
É um método muito efetivo para se conseguir uma camada adequada (fina e 
uniforme) sobre a superfície. 
 
Como os solventes volatilizam rapidamente, existe pouca possibilidade de 
escorrimento do revelador até em superfícies em posição vertical. Sua aplicação, 
deve ser feita através de pulverização. 
 
Os solventes devem evaporar rapidamente e ajudar a retirar o penetrante das 
descontinuidades dando mais mobilidade a ele. Exemplos de solventes são: álcool, 
solventes clorados (não inflamáveis). O pó tem normalmente as mesmas 
características do método de pó seco. 
 
Os reveladores ,devem se analisados quanto aos teores de contaminantes, tais 
como enxofre, flúor e cloro , quando sua aplicação for efetuada em materiais 
inoxidáveis austeníticos, titânio e ligas a base de níquel. O procedimento e os 
limites aceitáveis para estas análises, devem ser de acordo com a norma aplicável 
de inspeção do material ensaiado. 
 
Ensaio por Líquidos Penetrantes - Ricardo Andreucci J a n . / 2 0 0 7 16 
 
 
 
 
 CUIDADE VISUAL DO INSPETOR 
 
A observação das indicações reveladas pelo ensaio por líquidos penetrantes deve ser 
feita essencialmente pela visão do inspetor. Assim, a acuidade visual (com ou sem 
correção) deve ser verificada periodicamente, tanto visão para perto como visão para 
contraste entre cores. É importante destacar que o olho normal (com ou sem 
correção) consegue enxergar dois pontos luminosos a 30 cm de distância separados 
de 0,1mm, porém a acuidade visual pode ser modificada pela iluminação ambiente, 
reflexões na superfície, e patologias que o órgão da visão do inspetor pode 
apresentar. Algumas das patologias que prejudicam a boa visão são as seguintes: 
 
 
Miopia – A imagem de projeta antes da retina, resultando numa 
visão ruim para longe e boa para perto. 
 
 
Hipermetropia – A imagem se projeta atrás da retina, resultando 
em visão ruim para perto e longe, piorando com o envelhecimento. 
 
 
 
Astigmatismo – A imagem se projeta em pontos diferentes na 
retina, resultando em visão ruim para longe e perto. 
 
 
 
Visão para Perto 
 
A capacidade do inspetor em ter uma boa visão para perto pode ser verificada pelo 
profissional habilitado, através da leitura de textos e palavras com diferentes 
tamanhos de letra. O padrão mais usado é o Jaeger em que o inspetor deve ler o 
(com ou sem correção) tamanho de letra definido como grau J2 a uma distância não 
maior que 30 cm. Outro padrão que pode ser usado é o Ortho Rater com tamanho 
de letra Nr. 8, a uma distância não menor que 30 cm. 
 
Esse exame normalmente é realizado a cada ano, pois é constatado que a visão 
humana se modifica sensivelmente, principalmente se a visão é órgão vital para o 
desempenho profissional do inspetor. 
A 
Ensaio por Líquidos Penetrantes - Ricardo Andreucci J a n . / 2 0 0 7 17 
 
 
 
 
 
Carta de visão próxima Jaeger (à esquerda) e Ortho Rater (à direita) 
(as figuras estão reduzidas, sem escala) 
 
Visão a Cores 
 
A capacidade do inspetor em diferenciar contraste entre cores também é importante 
ser examinado. Em geral o exame de daltonismo através do padrão Ishihara é 
aplicado. O exame é realizado pelo profissional habilitado onde será mostrado ao 
inspetor uma série de figuras coloridas formando números. Caso o inspetor tenha 
deficiência em visão a cores, ele não conseguirá definir o número que a figura 
apresenta. Algumas dessas figuras são mostradas a seguir. 
 
 
Ensaio por Líquidos Penetrantes - Ricardo Andreucci J a n . / 2 0 0 7 18 
 
 
 
 
Figuras extraídas do padrão Ishihara 
(as figuras estão reduzidas, sem escala) 
 
Uma pergunta que o leitor poderá fazer é a seguinte: “Se o inspetor for reprovado no 
exame de cores para daltonismo, ele poderá exercer a atividade de inspetor de 
líquidos penetrantes ?” A resposta para essa questão dependerá da capacidade do 
inspetor em diferenciar contraste entre cores, no caso, entre o vermelho e branco, 
sem reconhecer a cor vermelha. Para tanto, ele deve fazer mais um exame 
complementar de capacidade de perceber tons de cinza. Caso ele tenha essa 
capacidade, o laudo técnico no ensaio por líquidos penetrantes não será 
prejudicado, e poderá trabalhar normalmente. Tal exame poderá ser realizado 
usando um padrão de tons de cinza, como por exemplo o que segue abaixo. 
 
 
 
O inspetor deverá diferenciar pelo menos 20 tons de cinza, identificando os números 
dentro dos vários tons de cinza. 
Ensaio por Líquidos Penetrantes - Ricardo Andreucci J a n . / 2 0 0 7 19 
 
 
 
 
 ROCEDIMENTO PARA ENSAIO 
 
 
Neste capítulo em detalhes as etapas básicas do ensaio, a influência da 
temperatura, as correções de deficiências de execução do ensaio e a maneira de 
registrar os dados do mesmo. É importante salientar , que a aplicação do método de 
inspeção por líquidos penetrantes deve sempre ser feita através de um procedimento 
préviamente elaborado e aprovado, contendo todos os parâmetros essenciais do 
ensaio baseado na norma ou especificação aplicável ao produto a ser inspecionado. 
As informações técnicas a seguir estão baseadas no Código ASME Sec. V Artigo 6. 
 
Preparação da superfície 
 
A primeira etapa a ser seguida na realização do ensaio é verificação das condições 
superficiais da peça. Deverá estar isenta de resíduos, sujeiras, óleo, graxa e 
qualquer outro contaminante que possa obstruir as aberturas a serem detectadas. 
Caso a superfície seja lisa,preparação prévia será facilitada. É o caso de peças 
usinadas, lixadas, etc.. Este fator é inerente ao processo de fabricação. 
Superfícies excessivamente rugosas requerem uma preparação prévia mais eficaz, 
pois as irregularidades superficiais certamente prejudicarão a perfeita aplicação do 
penetrante, a remoção do excesso e, portanto, o resultado final. 
As irregularidades irão dificultar a remoção, principalmente no método manual. Além 
do mascaramento dos resultados, há a possibilidade de que partes dos produtos de 
limpeza fiquem aderidas à peça (fiapos de pano). 
Numa operação de esmerilhamento, um cuidado adicional deve estar presente. 
Deve-se evitar causar, por exemplo, sulcos sobre a peça, erro muito comum na 
preparação de soldas. 
 
 
Inspeção de bloco de motores – Fase de limpeza 
 
P 
Ensaio por Líquidos Penetrantes - Ricardo Andreucci J a n . / 2 0 0 7 20 
 
 
Métodos de limpeza da superfície 
 
O sucesso do método depende dos defeitos estarem abertos à superfície. 
A limpeza, portanto, é de fundamental importância. Toda forma de corrosão, escória, 
pinturas, óleo, graxa, etc... deve estar removido da superfície. 
Pode-se utilizar o solvente que faz parte dos “kits” de ensaio ou solventes 
disponíveis no mercado, ou ainda outro produto qualificado. É importante lembrar 
que produtos como Thinner é difícil obter um certificado de contaminantes para uso 
em inoxidáveis. Nesse caso, o removedor do mesmo fabricante dos produtos 
penetrantes, é mais indicado ou apropriado. 
 
Neste caso, deve-se dar suficiente tempo para queo solvente utilizado evapore-se 
das descontinuidades, pois sua presença pode prejudicar o teste. Dependendo da 
temperatura ambiente e do método utilizado, este tempo pode variar. 
Pode-se utilizar o desengraxamento por vapor, para remoção de óleo, graxa ; ou 
ainda limpeza química, solução ácida ou alcalina, escovamento manual ou rotativo, 
removedores de pintura, ultra-som, detergentes. 
 
Peças limpas com produtos a base de água, a secagem posterior é muito 
importante. Cuidados também são importantes para evitar corrosão das superfícies . 
 
Os processos de jateamento, lixamento e aqueles que removem metal 
(esmerilhamento), devem ser evitados, pois tais processos podem bloquear as 
aberturas da superfície e impedir a penetração do produto penetrante. Entretanto, 
tais métodos de limpeza podem em alguns processos de fabricação do material a 
ensaiar, serem inevitáveis e inerentes a estes processos. 
Esta etapa é muito importante e o operador deve ter consciência de que o material 
na área de interesse esteje aparente, sem óxidos ou qualquer sujeira que possa 
mascarar a observação da descontinuidade. 
 
Temperatura da superfície e do líquido penetrante: 
 
É comum que a temperatura ótima de aplicação do penetrante seja de 20 °C. As 
superfícies não devem estar abaixo de 10 °C. Temperaturas ambientes mais altas 
(acima de 52 °C) aumentam a evaporação dos constituintes voláteis do penetrante, 
tornando-o insuficiente. Acima de certo valor ( > 100° C) há o risco de inflamar. 
A título de ilustração podemos citar que o Código ASME Sec.V Art.6 recomenda 
temperaturas padrão de 10 a 52 °C e o ASTM E-165 recomenda temperaturas de 10 
a 38 oC para penetrantes fluorescentes e de 10 a 52 oC para penetrantes visíveis com 
luz normal. 
Ensaio por Líquidos Penetrantes - Ricardo Andreucci J a n . / 2 0 0 7 21 
 
 
A observação e controle da temperatura é um fator de grande importância, que deve 
estar claramente mencionado no procedimento de ensaio. Caso seja necessário 
aplicar o ensaio por líquidos penetrantes fora da temperatura padrão, os produtos 
penetrantes devem ser verificados contra um padrão contendo trincas conhecidas. O 
desenho abaixo ilustra o padrão recomendado pelo Código ASME Sec. V Art. 6, 
fabricado em alumínio ASTM B209 tipo 2024. O bloco de alumínio deve ser 
aquecidos entre 510 °C a 524 °C e resfriados com água, produzindo assim trincas 
superficiais no bloco. Após, deve ser cortado e as partes identificadas como "A" e 
"B". 
 
 
 
Bloco Comparador tipo ASME 
 
O Bloco comparador acima deve ser usado quando se pretende realizar o ensaio por 
líquidos penetrantes fora da temperatura padrão. Deve-se aplicar a temperatura 
desejada no bloco e nos produtos penetrantes, e realizar o ensaio comparando os 
resultados obtidos com aqueles verificados na faixa de temperatura padrão . 
 
Aplicação do penetrante. 
 
O penetrante pode ser aplicado em “spray”, por pincelamento, com rolo de pintura ou 
mergulhando-se as peças em tanques. Este último processo é válido para 
pequenas. Neste caso as peças são colocadas em cestos. Deve-se escolher um 
processo de aplicação do penetrante, condizente com as dimensões das peças e 
com o meio ambiente em que será aplicado o ensaio. 
Ensaio por Líquidos Penetrantes - Ricardo Andreucci J a n . / 2 0 0 7 22 
 
 
Por exemplo : peças grandes,e ambientes fechados, em que o inspetor escolha o 
método de aplicação do penetrante por pulverização, certamente isto será um 
transtorno tanto para as pessoas que trabalhem próximo ao local, assim como para 
o próprio inspetor. 
 
 
 
 
Foto: gentileza de VOITH SIEMENS 
 
 
 
Aplicação do penetrante com pincel . Nas fotos acima penetrante colorido vermelho, 
e na foto abaixo penetrante fluorescente 
 
 
Tempo de Penetração 
 
É o tempo necessário para que o penetrante entre dentro das descontinuidades. 
Este tempo varia em função do tipo do penetrante, material a ser ensaiado, 
temperatura, e deve estar de acordo com a norma aplicável de inspeção do produto a 
ser ensaiado. 
Ensaio por Líquidos Penetrantes - Ricardo Andreucci J a n . / 2 0 0 7 23 
 
 
A tabela 4 abaixo, descreve tempos mínimos de penetração apenas para referência , 
Os tempos de penetração corretos devem estar de acordo com a norma aplicável de 
fabricação/inspeção do material ensaiado. 
 
 
Remoção do excesso de penetrante 
 
Os penetrantes não laváveis em água são quase sempre utilizados para inspeções 
locais e estes são melhor removidos com panos secos ou umedecidos com 
solvente. Papel seco ou pano seco é satisfatório para superfícies lisas. A superfície 
deve estar completamente livre de penetrante, senão haverá mascaramento dos 
resultados. 
 
Deve-se tomar o cuidado para não usar solvente em excesso, já que isto pode 
causar a retirada do penetrante das descontinuidades. 
 
 
 
Limpeza com pano após o tempo de penetração de 15 minutos 
 
 
Geralmente uma limpeza grosseira com pano e papel levemente embebido em 
solvente, seguido de uma limpeza feita com pano ou papel seco ou com pouco de 
solvente é satisfatória. 
Ensaio por Líquidos Penetrantes - Ricardo Andreucci J a n . / 2 0 0 7 24 
 
 
Quando as peças são inteiramente umedecidas com solvente a limpeza manual é 
demorada e difícil. Neste caso pode-se mergulhar a peça em banho de solvente, 
com o inconveniente de que algum penetrante pode ser removido das 
descontinuidades. Este método só deve ser usado com muito cuidado e levando-se 
em conta esta limitação. 
 
Quando se usa o tipo lavável em água, a lavagem com jato de água é satisfatória. O 
jato deve ser grosso para aumentar sua eficiência ou por spray. Após lavagem com 
água, a peça deve ser sêca com, por exemplo, ar comprimido. A remoção usando 
solvente a secagem pode ser feita por evaporação natural. 
 
 
 
 
 Foto: gentileza de VOITH SIEMENS 
 Remoção do penetrante com pano Remoção com spray de água 
 
 
 
Os penetrantes do tipo pós-emulsificáveis devem ser removidos após a aplicação do 
emulsificador, que podem ser de dois tipos: hidrofílico e lipofílico (ver tab. 3). O 
emulsificador hidrofílico, é a base de água, possui uma infinita propriedade de 
tolerância a água, por isso é diluído em água para sua aplicação em spray, porém 
dependendo da proporção de água + emulsificador (em geral 5%) , sua sensibilidade 
pode ser alterada. 
 
O emulsificadores lipofílicos são a base de óleo em sua maior parte e são 
inflamáveis (ponto de fulgor de 125 F), com baixa propriedade de tolerância a água, 
em razão disso, deve-se dilui-lo com água na proporção correta. 
 
Os emulsificadores possuem uma coloração característica para evidenciar sua 
aplicação por toda a superfície, e possuem 3 propriedades básicas que são : 
atividade , viscosidade e tolerância a água. 
Ensaio por Líquidos Penetrantes - Ricardo Andreucci J a n . / 2 0 0 7 25 
 
 
Revelação 
 
A camada de revelador deve ser fina e uniforme. Pode ser aplicada com spray, no 
caso de inspeção manual. Peças que foram totalmente revestidas com penetrante 
são mais difíceis para se manter uma camada uniforme de revelador. O melhor 
método neste caso é o spray. 
 
 
 Foto: gentileza de VOITH SIEMENS 
 
Aplicação do revelador por pulverização com pistola de pintura à esquerda e 
aplicação de revelador seco com pulverizador manual à direita. 
 
 
 
Tabela 4 - Tempos mínimos de penetração e revelação mínimos recomendados pelo 
ASME Sec. V Art. 6 - Tabela 672 e ASTM E-165 
 
 
Material 
 
Forma 
Tipo de 
DescontinuidadeTempo de Espera A 
min. 
 Penetrante Revelador 
Alumínio, 
Magnésio, aço, 
bronze, titanium, 
altas ligas 
 
Fundidos e Soldas 
porosidade, 
trincas, (todas as 
formas) falta de 
fusão, gota fria 
 
 
5 
 
 
10 
Plasticos todas as formas trincas 5 10 
Vidros todas as formas trincas 5 10 
Ceramicas todas as formas trincas, 
porosidade 
5 10 
A - Para temperaturas de 10 a 52 oC 
Ensaio por Líquidos Penetrantes - Ricardo Andreucci J a n . / 2 0 0 7 26 
 
 
Secagem e inspeção 
 
Deve ser dado um tempo suficiente para que a peça esteja seca antes de efetuar a 
inspeção. Logo após o início da secagem, deve-se acompanhar a evolução das 
indicações no sentido de definir e caracterizar o tipo de descontinuidade e diferencia-
las entre linear ou arredondadas. 
O tempo de revelação é variável de acordo com o tipo da peça, tipo de defeito a ser 
detectado e temperatura ambiente. As descontinuidades finas e rasas, demoram 
mais tempo para serem observadas, ao contrário daquelas maiores e que 
rapidamente mancham o revelador. 
O tamanho da indicação a ser avaliada, é o tamanho da mancha observada no 
revelador, após o tempo máximo de avaliação permitida pelo procedimento. Em geral 
tempos de avaliação entre 10 a 60 minutos são recomendados. 
 
Iluminação 
 
Como todos os exames dependem da avaliação visual do operador, o grau de 
iluminação utilizada é extremamente importante. Iluminação errada pode induzir a 
erro na interpretação. Além disso, uma iluminação adequada diminui a fadiga do 
inspetor. A intensidade de iluminação é definida como sendo a quantidade de luz por 
segundo na unidade de ângulo sólido por uma fonte pontual em uma dada direção. A 
unidade "candela" é definida como sendo a intensidade luminosa por superfície de 
1/600.000 m2 de um corpo negro na temperatura de congelamento da platina sob 
pressão de 101325 N/m2. 
 
 
a) Iluminação com luz natural (branca): 
 
O gráfico ao lado mostra a 
variação da sensibilidade da visão 
humana às cores. Note que a 
melhor cor para ser visualizada é a 
amarelo esverdeado 
Ensaio por Líquidos Penetrantes - Ricardo Andreucci J a n . / 2 0 0 7 27 
 
A luz branca utilizada é a convencional. Sua fonte pode ser: luz do sol, lâmpada de 
filamento, lâmpada fluorescente ou lâmpada a vapor. 
 
Dirigindo a luz para a área de inspeção com o eixo da lâmpada formando 
aproximadamente 90° em relação a ela é a melhor alternativa. O fundo branco da 
camada de revelador faz com que a indicação se torne escurecida. 
 
 
Luxímetro 
 
A intensidade da luz deve ser adequada ao tipo de indicação que se quer ver, sendo 
ideal acima de 1000 Lux (conforme recomendado pelo Código ASME Sec. V e 
ASTM E-165 ). O instrumento correto para medir a intensidade de iluminação no 
local é o luxímetro, que deve estar calibrado na unidade Lux (ver foto acima). 
 
 
b) Iluminação com Luz ultravioleta (“luz negra”): 
 
Podemos definir a luz “negra” como aquela que tem comprimento de onda menor do 
que o menor comprimento de onda da luz visível. Ela tem a propriedade de causar 
em certas substâncias o fenômeno da fluorescência. O material fluorescente contido 
no penetrante, tem a propriedade de em absorvendo a luz “negra” emitir energia em 
comprimentos de onda maiores, na região de luz visível, por exemplo verde-
amarelado ou verde-azulado. São usados filtros que eliminam os comprimentos de 
onda desfavoráveis (luz visível e luz ultravioleta) permitindo somente aqueles de 
comprimento de onda de 3200 a 4000 Å. A intensidade de luz ultravioleta que se 
deve ter para uma boa inspeção é de 1000 mW/cm2. 
 
O instrumento para medir a luz UV é o radiômetro, que deve estar calibrado na 
unidade "mW/cm2" . 
Ensaio por Líquidos Penetrantes - Ricardo Andreucci J a n . / 2 0 0 7 28 
 
 
 
 
 Luminária de UV Medidor de UV 
 
c) A Cor e a Fluorescência 
 
Cor é a sensação visual resultante do impacto da luz proveniente de um determinado 
comprimento de onda, sobre a retina do olho. A observação das indicações devido 
às descontinuidades, no ensaio, é resultante da absorção da luz. O fenômeno da 
florescência ocorre quando os penetrantes fluorescentes absorvem a luz de 
comprimento de onda típico, e emitem luz em outro comprimento de onda visível. 
 
d) A Lei de Beer 
 
Em 1852, August Beer estudou a influência da concentração de soluções coloridas 
sobre a transmissão de luz. 
 
A lei de Beer explica que quando duas soluções com componentes coloridos de 
mesma cor são produzidos em um mesmo solvente, um dos quais tem 
concentração de duas vezes à do outro, a absorção da luz devido a uma dada 
espessura da primeira solução, deve ser iqual a duas vezes a espessura da 
segunda. Matematicamente pode ser expressada da seguinte forma. 
 
I1 . C1 = I2 . C2 
 
A expressão é válida quando a intensidade de luz " I " que passa através de duas 
soluções com baixa concentração "C" é constante e se a intensidade e 
comprimento de onda da luz incidente sobre cada solução é a mesma. 
Melhor explicando, sabemos que diversas substancias e misturas absorvem luz 
ultravioleta (UV) ou visível. A figura a seguir mostra um feixe de radiação 
monocromática de potencia radiante P0, atravessando uma amostra de solução. Ao 
atravessar a amostra, parte da intensidade é absorvida e o feixe de radiação que 
deixa a amostra terá então potencia P. 
Ensaio por Líquidos Penetrantes - Ricardo Andreucci J a n . / 2 0 0 7 29 
 
 
Po P
b (solução)
Po P
b (solução) 
 
Definimos transmitância "T" como sendo T=P/Po e absorbância "A" como sendo A 
= Log10 (Po/P) 
Então, se a luz passa através de uma solução sem absorção nenhuma, a 
absorbância é zero, e a transmitância percentual é 100%. No caso em que toda a 
luz é absorvida, a transmitância percentual é zero e a absorbância é infinita. 
 
 
 
Observe na foto, que a solução azulada de sulfato de cobre, parece ser mais clara na região de 
ajuste do menisco, porque o diâmetro do tubo (espessura do absorvedor) é bem menor que na parte 
inferior do frasco. Essa propriedade é usada na determinação da concentração ideal do corante 
vermelho no penetrante, pelo fabricante do produto. Essa determinação é feita por um aparelho que 
emite luz através da amostra num tubo de ensaio contendo o penetrante produzido e um sensor faz a 
leitura e medida da luz transmitida, comparando com o valor de referência que o fabricante 
estabeleceu. 
 
Agora suponha que temos uma solução de sulfato de cobre (que aparece azul pois 
tem um máximo de absorção nos 600 nm de comprimento de onda na luz Vamos 
ver em que forma a intensidade da luz (potência radiante) muda ao atravessar a 
solução dentro de uma cuba de 1 cm de espessura. Vamos olhar qual a redução por 
cada 0.2 cm, como mostrado no diagrama embaixo. 
Ensaio por Líquidos Penetrantes - Ricardo Andreucci J a n . / 2 0 0 7 30 
 
 
A Lei de Beer diz que a fração da luz absorvida por cada camada sucessiva de 
solução é a mesma. Para ilustrar isto, vamos supor que esta fração seja 0.5 para 
cada `camada` de 0.2 cm de espessura, e calculamos os dados seguintes: 
Tr
an
sm
itâ
nc
ia
A
b
so
rb
ân
ci
a
Caminho percorrido pela luz (cm) Caminho percorrido pela luz (cm)
Tr
an
sm
itâ
nc
ia
A
b
so
rb
ân
ci
a
Caminho percorrido pela luz (cm) Caminho percorrido pela luz (cm) 
 
A Lei de Beer não se aplica quando a concentração do elemento corante absorvedor 
é muito alta na solução, pois nessa condição a função absorbância e concentração 
não ocorre de forma linear. 
 
Limpeza final 
 
Após completado o exame, é necessáriona maioria dos casos executar-se uma 
limpeza final na peça, já que os resíduos de teste podem prejudicar o desempenho 
das peças. Uma limpeza final com solvente geralmente é satisfatória. Para peças 
pequenas a imersão das peças em banho de detergente solventes, ou agentes 
químicos , geralmente é satisfatório. 
 
 
 
Registro dos resultados 
Ensaio por Líquidos Penetrantes - Ricardo Andreucci J a n . / 2 0 0 7 31 
 
 
Identificação e correção das deficiências no ensaio: 
 
Alguns problemas de deficiência de técnicas de ensaio estão indicadas abaixo: 
· preparação inicial inadequada da peça 
· limpeza inicial inadequada 
· cobertura incompleta da peça com penetrante 
· remoção de excesso inadequada, causando mascaramento dos resultados 
· escorrimento do revelador 
· camada não uniforme do revelador 
· revelador não devidamente agitado 
· cobertura incompleta de revelador 
 
O inspetor experiente deve, fase por fase, avaliar seu trabalho e detectar as 
deficiências cujos exemplos são apontados acima. Após detectá-las estas devem 
ser imediatamente corrigidas. 
 
Observa-se que a deficiência mais comum consiste na remoção incompleta do 
excesso, especialmente em ensaio manual. 
Esta é uma fase que deve ser executada com o devido cuidado, especialmente se a 
superfície é bruta, ou caso de soldas. 
 
 
Registro de resultados. 
 
Ensaios de peças críticas devem ter seu resultado, além dos dados do teste 
registrados em relatório, a fim de que haja uma rastreabilidade. 
 
Este registro deve ser executado durante o ensaio ou imediatamente após concluído 
o mesmo. 
É recomendado que o relatório deve conter: 
 
a) descrição da peça, desenho, posição, etc., e estágio de fabricação; 
b) variáveis do teste; marca dos produtos, número do lote, temperatura de aplicação 
tempo de penetração e avaliação 
c) resultados do ensaio; 
d) laudo / disposição; 
e) assinatura do inspetor responsável e data e hora do ensaio. 
 
Ensaio por Líquidos Penetrantes - Ricardo Andreucci J a n . / 2 0 0 7 32 
 
 
 
 
 
 
Resultado do ensaio por líquidos penetrantes de uma peça fundida. 
 
 
RESUMO DA SEQUÊNCIA DO ENSAIO 
 
 
 
Preparação inicial da Superfície conforme o procedimento; 
 
 
Tempo para Secagem dos produtos de Limpeza; 
penetrante 
Aplicação do penetrante conforme instruções do procedimento 
 
Tempo de penetração , conforme requerido no procedimento ; 
penetrante
 
 
 
Remoção do Excesso de penetrante, conforme instruções ; 
 
 
Tempo para Secagem dos produtos de Limpeza ; 
penetrante
 
 
Aplicação do Revelador ; 
 
Tempo de Avaliação das indicações 
 
 
 
Laudo final e registros 
 
Limpeza final , se requerido 
 
Ensaio por Líquidos Penetrantes - Ricardo Andreucci J a n . / 2 0 0 7 33 
 
 
 
 
 VALIAÇÃO E APARÊNCIA DAS INDICAÇÕES 
 
 
Avaliação da descontinuidade 
 
Relembramos o conceito de descontinuidade e defeito: A descontinuidade deve ser 
analisada de acordo com algum padrão de aceitação, caso seja reprovável ela se 
constituirá em um defeito. 
Ao se analisar a peça o operador deve ter consciência de que o ensaio foi executado 
corretamente e as descontinuidades foram verificadas contra o padrão de aceitação 
pré-estabelecido. 
 
Fatores que afetam as indicações 
 
Como já foi analisado no capítulo anterior, vários são os fatores que podem afetar a 
aparência das indicações tornar o ensaio não confiável. 
A fonte mais comum de indicações falsas é a remoção inadequada do excesso de 
penetrante, o que causa, às vezes, até impossibilidade de avaliação. 
No caso dos métodos laváveis com água e pós emulsificável, a lavagem é de 
fundamental importância. O uso da luz ultra-violeta durante o processo de lavagem é 
recomendado. Após lavagem, existem fontes que podem re-contaminar a peça, tais 
como: 
 
a) penetrante nas mãos do inspetor 
b) penetrante que sai das descontinuidades de uma peça e passa para as áreas 
boas de outra peça (caso de peças pequenas). 
c) penetrante na bancada de inspeção. 
 
Deduz-se facilmente que cuidado no manuseio das peças e principalmente limpeza 
são necessários para que o ensaio tenha sucesso. 
Independente das indicações falsas existem as indicações não relevantes, que o 
inspetor deve reconhecer. São indicações de realmente algo que existe no sentido 
de que elas são causadas por descontinuidades da superfície da peça. A maioria 
delas é fácil de reconhecer, porque provém diretamente do processo de fabricação. 
Exemplos destas indicações são: 
 
· pequenas inclusões de areia em fundidos 
· marcas de esmerilhamento 
· depressões superficiais 
· imperfeições de matéria prima 
A 
Ensaio por Líquidos Penetrantes - Ricardo Andreucci J a n . / 2 0 0 7 34 
 
 
Apesar de facilmente reconhecíveis, há o perigo destes interferirem ou mascararem 
um defeito. É necessário que o inspetor tenha o cuidado de verificá-las 
cuidadosamente antes de aprová-las. 
 
Categorias de indicações verdadeiras 
 
a) Indicações em linha contínua 
 
Podem ser causadas por trincas, dobras, riscos ou marcas de ferramentas. Trincas 
geralmente aparecerem como linhas sinuosas, dobras de forjamento como tem a 
aparência de linha finas. 
 
b) Linha intermitente 
 
Podem ser causadas pelas mesmas descontinuidades acima. Quando a peça é 
retrabalhada por esmerilhamento, martelamento, forjamento, usinagem, etc., 
porções das descontinuidades abertas à superfície podem ficar fechadas. 
 
c) Arrendondadas. 
 
Causadas por porosidade ou por trinca muito profunda, resultante da grande 
quantidade de penetrante que é absorvida pelo revelador. 
 
d) Interrompidas finas e pequenas 
 
Causadas pela natureza porosa da peça ou por grãos excessivamente grosseiros de 
um produto fundido. 
 
e) Defeituosas 
 
Normalmente não são definidas tornando-se necessário re-ensaiar a peça. As vezes 
provém de porosidade superficial. 
Podem ser causadas por lavagem insuficiente (falsas). 
 
Tipos e aparências das indicações por processo de fabricação. 
 
a) Fundidos 
 
Os principais defeitos que podem aparecer nos produtos fundidos são: 
 
· trincas de solidificação (rechupes) 
· micro rechupes 
· porosidade 
· gota fria 
Ensaio por Líquidos Penetrantes - Ricardo Andreucci J a n . / 2 0 0 7 35 
 
 
· inclusão de areia na superfície 
· bolhas de gás 
 
b) Forjados 
 
Defeitos típicos em forjados são: 
· dobras (“lap”) 
· rupturas (“tear”) 
· fenda (“burst”) 
· delaminação 
 
c) Laminados. 
 
Os laminados apresentam: delaminações, defeitos superficiais, como dobras de 
laminação, fenda, etc. 
 
d) Roscados. 
 
Apresentam: trincas 
 
e) Materiais não metálicos 
 
Cerâmicos: trincas, porosidade 
 
f) Soldas 
 
Soldas podem apresentar: 
· trincas superficiais ; 
· porosidade superficial; 
· falta de penetração; 
· mordeduras. 
 
 
 
 
Bloco JIS com trincas paralelas, usado para verificar a sensibilidade dos produtos 
penetrantes. 
Ensaio por Líquidos Penetrantes - Ricardo Andreucci J a n . / 2 0 0 7 36 
 
 
 
 
 EGURANÇA E PROTEÇÃO 
 
 
Limpeza. 
 
Podemos dizer que as medidas de proteção pessoal contra eventuais problemas de 
saúde causados por produtos utilizados no ensaio por líquido penetrante iniciam-se 
como: 
· conhecimento do inspetor a respeito do procedimento de ensaio; 
· organização pessoal e em decorrência da limpeza da área de trabalho; 
 
Manter a área de trabalho limpa e organizada é fundamental não só para a proteção 
pessoal como para o sucesso do ensaio. 
 
Toxidade, aspiração exagerada, ventilação, manuseio 
 
Toxidade é a propriedade de causar dano no corpohumano ou num material. 
Praticamente todos os materiais para ensaio com líquidos penetrantes atualmente 
disponíveis não apresentam grandes problemas de toxidade mas certas precauções 
são necessárias. 
Uma aspiração exagerada dos produtos voláteis pode causar náusea e certas 
dermatoses podem ocorrer quando há contato muito prolongado dos produtos com a 
pele. 
Uma precaução básica é manter uma boa ventilação do local de trabalho. Nestas 
condições é evitada a aspiração exagerada e elimina-se o problema de uma eventual 
inflamação dos gases gerados (ver ponto de fulgor). 
Como os materiais utilizados no ensaio apresentam propriedades detergentes, eles 
tendem a dissolver óleos e gorduras. Portanto, o contato exagerado pode causar 
rugosidade e vermelhão na pele. 
Isto pode causar uma infecção causando irritações mais fortes. Deve-se tomar o 
cuidado de lavar as mãos com bastante água corrente e sabão. O uso de luvas em 
contatos prolongados é recomendável. 
Se houver início de irritação, deve-se usar sobre o local atingido um creme ou loção 
à base de gordura animal (lanolina). 
 
Luz ultravioleta 
 
A luz ultravioleta usada nos ensaios não apresenta sérios problemas de saúde, já 
que seu comprimento de onda está por volta de 320 a 400 nonametros, invisíveis 
para nossos olhos. Quando exposto à radiação UV, a pele pode desenvolver câncer 
de pele, inflamação na vista, catarata e danos na retina. 
S 
Ensaio por Líquidos Penetrantes - Ricardo Andreucci J a n . / 2 0 0 7 37 
 
 
 
 
 RITÉRIOS DE ACEITAÇÃO 
 
 
O critério de aceitação de descontinuidades deve seguir a norma ou especificação 
aplicável ao produto ou componente fabricado e inspecionado. 
A título de exemplo , o critério de aceitação que segue abaixo , é uma tradução livre 
do Código ASME Sec. VIII Div.1 Apêndice 8 que é igual ao ASME Sec. VIII Div. 2 
Art. 9-2 par. 9-230 , é aplicável para soldas e componentes inspecionadas por 
líquidos penetrantes, e da norma CCH-70 para componentes hidráulicos aplicável a 
superfícies fundidas acabadas. 
 
ASME SEC.VIII DIV.1 AP.8 ; SEC. VIII DIV 2 ART. 9-2 Par. 9-230 e SEC. I 
 
Avaliação das indicações 
 
Uma indicação é uma evidência de uma imperfeição mecânica. Somente indicações 
com dimensões maiores que 1/16 pol. ( 1,5 mm) deve ser considerada como 
relevante. 
(a) Uma indicação linear é aquela tendo um comprimento maior que três vezes a 
largura. 
(b) Uma indicação arredondada é aquela na forma circular ou elíptica com 
comprimento igual ou menor que três vezes a largura. 
(c) Qualquer indicação questionável ou duvidosa , deve ser reinspecionada para 
determinar se indicações relevantes estão ou não presentes. 
 
Critério de Aceitação: 
 
Toda as superfícies devem estar livres de : 
(a) indicações relevantes lineares ; 
(b) indicações relevantes arredondadas maiores que 3/16 pol. (5,0 mm) ; 
(c) quatro ou mais indicações relevantes arredondadas em linha separadas por 1/16 
pol. (1,5 mm) ou menos (de borda a borda) ; 
(d)uma indicação de uma imperfeição pode ser maior que a imperfeição, entretanto , 
o tamanho da indicação é a base para a avaliação da aceitação . 
> 5,0 mm
< 1,5 mm
L > 1,5 mmØ > 5,0 mm
< 1,5 mm
L > 1,5 mmØ 
C 
Ensaio por Líquidos Penetrantes - Ricardo Andreucci J a n . / 2 0 0 7 38 
 
 
 
Especificação técnica para Líquidos Penetrantes - CCH-70 / PT 70-2 
 
Esta norma é geralmente utilizada na inspeção de fundidos para aplicação em 
componentes hidráulicos, na condição acabado, ou ainda para inspeção de áreas 
abertas para reparos. 
 
Avaliação das Indicações 
 
Indicações isoladas abaixo de 1,5 mm não devem ser consideradas para efeito de 
avaliação. 
 
Indicações Lineares: 
 
Indições com comprimento maior ou igual a três vezes a largura será considerada 
como linear. 
 
 
a > 3. b 
 
 
 
Indicações Arredondadas 
 
Indicações com comprimento menor que três vezes a largura será considerada 
arredondada. 
 
 
a < 3. b 
 
 
 
Indicações alinhadas: 
 
São indicações agregadas em L com dimensões acima de 1,5 mm arredondadas, 
separadas entre si de 2 mm ou menos. 
 
L 
 
d < 2 mm 
 
 b 
 a 
 b 
 a 
 d 
Ensaio por Líquidos Penetrantes - Ricardo Andreucci J a n . / 2 0 0 7 39 
 
 
 
Critério de Aceitação 
 
A área inspecionada será avaliada e classificada por comparação com cinco classes 
de qualidade numeradas de 1 a 5 , em ordem decrescente de qualidade. 
 
A área de referência para avaliação é de 1 dm2 ( 100 cm2 ) na forma quadrada ou 
retangular com lado não superior a 250 mm. 
 
Classe 1 de Qualidade 
 
1. Nenhuma indicação arredondada com dimensão a > 3 mm ; 
2. Nenhuma indicação linear ; 
3. Nenhuma indicação alinhada ; 
4. A superfície total de indicações menor ou igual a 10 mm 2 / dm2 
 
Classe 2 de Qualidade 
 
1. Nenhuma indicação arredondada com dimensão a > 4 mm ; 
2. Nenhuma indicação linear ; 
3. Nenhuma indicação alinhada ; 
4. A superfície total de indicações menor ou igual a 20 mm 2 / dm2 
 
Classe 3 de Qualidade 
 
1. Nenhuma indicação arredondada com dimensão a > 5 mm ; 
2. Nenhuma indicação linear ; 
3. Nenhuma indicação alinhada ; 
4. A superfície total de indicações menor ou igual a 50 mm 2 / dm2 
 
Classe 4 de Qualidade 
 
1. Nenhuma indicação arredondada com dimensão a > 6 mm ; 
2. Nenhuma indicação linear ; 
3. Nenhuma indicação alinhada com L > 10 mm ; 
4. A superfície total de indicações menor ou igual a 125 mm 2 / dm2 
 
Classe 5 de Qualidade 
 
1. Nenhuma indicação arredondada com dimensão a > 8 mm ; 
2. Nenhuma indicação linear com a > 7 mm ; 
3. Nenhuma indicação alinhada com L > 10 mm ; 
4. A superfície total de indicações menor ou igual a 250 mm2 / dm2 
Ensaio por Líquidos Penetrantes - Ricardo Andreucci J a n . / 2 0 0 7 40 
 
 
Critério de Aceitação de Soldas Conforme o Código AWS D1.1 
 
O critério de aceitação conforme AWS D1.1 é o mesmo para inspeção visual e que 
apresentamos a seguir. O Código AWS D1.1 requer que a aplicação do ensaio seja 
feito de acordo com ASTM E-165. 
 
 Tradução livre da Tabela 6.1 do AWS D1.1: 2004 
 
Categoria da Descontinuidade e Critério de 
Inspeção 
Conexões não 
tubulares 
carregadas 
estaticamente 
Conexões não 
tubulares 
carregadas 
ciclicamente 
Conexões Tubulares 
( para todos os tipos 
de carregamento) 
(1) Proibição de Trincas 
 
Qualquer trinca é inaceitável, independente do tamanho e 
localização 
X X X 
(2) Fusão entre metal base e solda 
 
Deve existir fusão entre a parte adjacente do metal base 
e a solda 
 
X 
 
X 
 
X 
(3) Cratera 
 
Todas as crateras devem ser preenchidas para 
estabelecer a dimensão específica da solda, exceto nos 
terminais de soldas de filete intermitente externas ao 
seus comprimentos efetivos 
 
 
X 
 
X 
 
X 
(4) Perfil das soldas 
 
O perfil das soldas devem estar conforme 5.24 da AWS 
D1.1 
 
X 
 
X 
 
X 
(5) Período de Inspeção 
 
Inspeção visual das soldas em todos os aços podem 
iniciar imediatamente após a ter sido solda completada e 
resfriada na temperatura ambiente. Critério de aceitação 
para aços ASTM A514, A517 e A 709 Grau 100 e 100W 
devem estar baseados na inspeção visual realizada não 
antes que 48 horas da solda estar completada. 
 
 
X 
 
 
X 
 
 
X 
(6) Soldas Subdimensionadas 
 
A dimensão da solda de filete em qualquer trecho 
contínuo pode ser menor que o valor nominal 
especificado (L) sem correção pelos seguintes valores 
de ( U ): 
 L U 
Dimensão nominal específica da solda ( mm ) Redução permitida de L(mm) 
 < 5 < 2 
6 < 2,5 
 > 8 < 3 
Em todos os casos , a porção de sobreposição não deve 
exceder a 10% do comprimento da solda. 
Em soldas de flanges , sobreposição não é permitida nos 
terminais para um comprimento igual a duas vezes a 
largura do flange. 
 
 
 
 
X 
 
 
 
 
X 
 
 
 
 
X 
 
Ensaio por Líquidos Penetrantes - Ricardo Andreucci J a n . / 2 0 0 7 41 
 
 
Tradução livre da Tabela 6.1 do AWS D1.1: 2004 ( CONT. ) 
 
Categoria da Descontinuidade e Critério de 
Inspeção 
Conexões não 
tubulares 
carregadas 
estaticamente 
Conexões não 
tubulares 
carregadas 
ciclicamente 
Conexões Tubulares 
( para todos os tipos 
de carregamento) 
(7) Mordedura 
 
(A) Para materiais menores que 1 pol. ( 25,4 mm) de 
espessura, mordeduras não devem exceder a 1/32 
pol. ( 1 mm) , exceto que um máximo de 1/16 pol. 
(1,6 mm) sem correção para um comprimento 
acumulado de 2 pol. (50 mm) em qualquer 12 pol. 
(305 mm). Para materiais iguais e maiores que 1 pol. 
de espessura , mordeduras não devem exceder a 
1/16 pol. (1mm) para qualquer comprimento de solda. 
 
 
 
X 
 
 
 
NA 
 
 
 
NA 
(B) Em membros primários , mordeduras não devem ser 
maiores que 0,01 pol. (0,25 mm) de profundidade quando 
a solda for transversal ao esforço de tensão sob qualquer 
condição de projeto de carga. Mordeduras não devem ser 
maiores que 1/32 pol. (1 mm) em profundidade para todos 
os casos. 
 
NA 
 
 
X 
 
 
X 
(8) Porosidade 
 
(A) Juntas de topo com penetração total transversal ao 
esfôrço de tensão projetada não deve ter porosidade 
v is ível . Para outras soldas com chanfros e soldas de 
filete a soma dos diâmetros das porosidades visíveis de 
1/32 pol. (1 mm) ou maior não deve exceder 3/8 pol. (10 
mm) em qualquer 12 pol. (305 mm) de comprimento de 
solda . 
 
 
 
X 
 
 
NA 
 
 
NA 
(B) A frequência da porosidade em soldas de filete não 
deve exceder uma em cada 4 pol. (100 mm) de 
comprimento de solda e com máximo diâmetro de 3/32 
pol. (2 mm). Exceção: para juntas de filete em refôrços 
conectados a parte principal , a soma dos diâmetros da 
porosidade não deve exceder a 3/8 pol. (10 mm) em 
qualquer polegada linear de solda e não deve exceder 3/4 
pol. (19 mm) em qualquer 12 pol. (305 mm) de 
comprimento de solda. 
 
 
 
 
NA 
 
 
 
X 
 
 
 
X 
(C) Juntas de topo com penetração total transversal ao 
esfôrço de tensão projetada não deve ter porosidade 
visível . Para outras soldas com chanfros, a frequência 
da porosidade não deve exceder uma em 4 pol. (100 mm) 
de comprimento e o máximo diâmetro não deve exceder a 
3/32 pol. (2 mm) . 
 
 
NA 
 
 
X 
 
 
X 
 
 1. Um “X” indica aplicabilidade para o tipo da junta ; a área sombreada indica não aplicabilidade 
Conforme pode ser observado, a tabela acima apresenta as dimensões máximas das indicações 
permitidas para a inspeção visual e para testes superficiais, não fazendo nenhuma distinção entre os 
métodos ( partículas magnéticas ou líquidos penetrantes), e depende da condição de carga da peça a 
ser inspecionada. Sendo assim, fica sendo muito difícil a aplicação desta especificação, pois a 
indicação por líquidos penetrantes é observada através da mancha do penetrante sobre o revelador 
e necessariamente a indicação é maior que a descontinuidade, o que não é considerado pelo critério 
de aceitação acima. Assim devemos rejeitar as indicações com dimensões acima do especificado. 
 
Ensaio por Líquidos Penetrantes - Ricardo Andreucci J a n . / 2 0 0 7 42 
 
 
 
 
 oteiro para Elaboração da Instrução para Ensaio 
 
 
 
A aplicação do ensaio por líquidos penetrantes requer um procedimento escrito e de 
acordo com a norma ou Código aplicável ao componente inspecionado. 
 
O procedimento para ensaio por líquidos penetrantes deve conter itens julgados 
relevantes para sua aplicação. Segue abaixo a itenização requerida pelo Código 
ASME Sec. V Art. 6, como segue: 
 
· Materiais , formas ou tamanhos das peças a ser inspecionadas e extensão do 
ensaio ; 
· Tipo, número ou letra de designação de cada penetrante, removedor, 
emulsificador , e revelador ; 
· Detalhes de processamento para pré-limpeza, e secagem, incluindo materiais 
de limpeza usados, e tempo mínimo permitido para secagem ; 
· Detalhes de processamento para aplicação do penetrante , o tempo que o 
penetrante deve permanecer na superfície (tempo de penetração) , temperatura 
da superfície e do penetrante durante o ensaio se diferente da faixa de 10 0C até 
52 0C ; 
· Detalhes de processamento de remoção do excesso de penetrante da 
superfície, e para secagem da superfície antes de aplicar o revelador ; 
· Detalhes de processamento para aplicação do revelador , e o tempo de 
revelação antes da interpretação; 
· Iluminação mínima da superfície ; 
· Requisitos de Qualificação de Pessoal ; 
· Detalhes de processamento para limpeza após o ensaio. 
 
 
O procedimento para ensaio deve ser qualificado ou demonstrado de forma atender 
aos requisitos da norma, Código ou do Cliente, quando requerido, através da 
aplicação deste em uma peça ou padrão contendo trincas conhecidas e gabaritadas. 
 
Sempre que alterações ou substituições for feita no grupo de família de materiais 
penetrantes (incluindo reveladores, emulsificadores, etc..) ou na técnica de 
processamento, pré-limpeza , o procedimento deverá ser revisado. 
R 
Ensaio por Líquidos Penetrantes - Ricardo Andreucci J a n . / 2 0 0 7 43 
 
 
 
 
 XERCÍCIOS DE REVISÃO 
 
 
1. A diferença entre descontinuidade e defeito é : 
 a) O defeito é uma imperfeição grande e descontinuidade é uma imperfeição 
pequena. 
 b) A descontinuidade é sempre um defeito. 
c) uma descontinuidade é sempre inaceitável enquanto que o defeito pode não 
afetar o serviço da peça ou componente. 
 d) O defeito é uma descontinuidade que pode comprometer o serviço ou 
performance da peça, enquanto que descontinuidade é uma falha na estrutura 
da peça que pode ou não comprometer a peça. 
 
2. Qual das afirmações abaixo é verdadeira ? 
 a) O ensaio radiográfico é destinado a detecção de descontinuidades superficiais 
e internas. 
 b) O ensaio ultra-sonico é ideal para detecção de descontinuidades superficiais. 
 c) O ensaio por partículas magnéticas é apropriado a detectar descontinuidades 
em materiais ferromagnéticos 
 d) O ensaio por líquidos penetrantes pode avaliar profundidades de trincas 
superficiais. 
 
3. Uma vantagem do ensaio por líquidos penetrantes, em relação aos demais E.N.D 
, é: 
 a) o método pode ser aplicado em todos os materiais. 
 b) o método não necessita de preparação da superfície. 
 c) o ensaio pode detectar qualquer descontinuidade. 
 d) o método é mais simples , e de fácil interpretação dos resultados. 
 
4. Quais dos materiais abaixo , o ensaio por líquidos penetrantes não é aplicável? 
 a) aços inoxidáveis e plásticos 
 b) materiais forjados ou fundidos 
 c) materiais porosos. 
 d) nenhuma das alternativas 
 
5. Qual das seguintes alternativas corresponde a desvantagens para o ensaio por 
líquidos penetrantes? 
 a) não pode ser aplicado a altas temperaturas. 
 b) somente detecta descontinuidades abertas para a superfície. 
 c) necessita preparação da superfície. 
 d) as alternativas (a) e (b) são corretas. 
E 
Ensaio por Líquidos Penetrantes - Ricardo AndreucciJ a n . / 2 0 0 7 44 
 
 
6. Qual das seguintes descontinuidades, não pode ser detectada pelo ensaio por 
líquidos penetrantes ? 
 a) uma trinca sub-superficial. 
 b) uma inclusão interna numa solda. 
 c) uma falta de fusão entre passes numa solda. 
 d) todas as alternativas são verdadeiras. 
 
7. O método de ensaio por LP , está baseado,principalmente, nas propriedades de 
...................... dos líquidos. 
 a) tensão superficial e capilaridade. 
 b) densidade específica e viscosidade 
 c) penetrabilidade e viscosidade cinemática 
 d) densidade específica e capilaridade 
 
8. Quais das seguintes descontinuidades pode ser detectada por LP ? 
 a) porosidade superficial 
 b) trincas com abertura acima de 10 mm 
 c) dupla laminação na borda de chapas 
 d) todas as alternativas são corretas. 
 
9. Qual das propriedades abaixo, é importante que nenhum penetrante possua ? 
 a) alto poder de capilaridade 
 b) boa molhabilidade 
 c) secagem rápida 
 d) alta tensão superficial 
 
10.Qual das seguintes propriedades é desejável que um bom penetrante deva ter: 
 a) baixa viscosidade 
 b) alto grau de molhabilidade 
 c) ponto de fulgor não inferior a 200 C 
 d) todas as alternativas são corretas. 
 
11.Os penetrantes foram desenvolvidos para penetrar em aberturas: 
 a) quaisquer 
 b) somente com aberturas maiores que 0,1 mm 
 c) com dimensões maiores que 1mm 
 d) lineares ou arredondadas 
 
12.Das alternativas abaixo , qual representa uma denominação comumente 
usada para designar os líquidos penetrantes ? 
 a) penetrante removível com solvente 
 b) penetrante lavável em água , pós emulsificação 
 c) penetrante não aquoso 
 d) as alternativas (a) e (b) são corretas. 
Ensaio por Líquidos Penetrantes - Ricardo Andreucci J a n . / 2 0 0 7 45 
 
 
13.Qual das afirmativas abaixo é verdadeira ? 
 a) a preparação da superfície no ensaio por LP é somente importante se a 
superfície da peça estiver contaminada com óleo ou graxa. 
 b) o jateamento na preparação da superfície, para ensaio por LP, deve ser 
sempre evitada. 
 c) a temperatura não tem influência no ensaio por LP. 
 d) trinca de cratera, na superfície da solda , não pode ser detectada por ensaio 
com LP. 
 
14.O método mais desejável para a remoção do excesso de penetrante removível 
com solvente 
 a) jato de água e detergente, com baixa pressão. 
 b) forte jato de solvente qualificado 
 c) escova e pano úmido com solvente 
 d) pano limpo umedecido com solvente adequado 
 
15 A borda de um chanfro preparado para soldagem, foi cortado com o processo de 
oxi-corte. Neste caso na preparação da superfície para o ensaio por líquidos 
penetrantes pode ser feita: 
 a) usando-se apenas escova. 
 b) por jateamento 
 c) por limpeza com solvente e pano limpo. 
 d) por esmerilhamento 
 
16.Ao se adquirir um lote de penetrante, devemos: 
 a) verificar se o produto está qualificado pelo procedimento aprovado 
 b) efetuar teste de sensibilidade numa amostra do lote, usando padrão 
conhecido. 
 c) verificar a data de validade do lote. 
 d) todas as alternativas são aplicáveis. 
 
17.A primeira etapa para a inspeção por líquidos penetrantes, numa superfície que 
se encontra pintada é: 
 a) aplicar o penetrante com relativo cuidado na superfície. 
 b) lavar minuciosamente a superfície com detergente. 
 c) remover completamente a pintura. 
d) escovar a superfície até reduzir a camada de tinta à metade. 
 
18.Qual das técnicas abaixo podem ser utilizadas para a aplicação do líquido 
penetrante ? 
 a) mergulhando a peça em banho no penetrante. 
 b) pulverizando o penetrante sobre a peça. 
 c) através de rolo de pintura. 
 d) todas as técnicas acima podem ser utilizadas. 
Ensaio por Líquidos Penetrantes - Ricardo Andreucci J a n . / 2 0 0 7 46 
 
 
 
19.Qual das técnicas abaixo é mais recomendada para a aplicação do revelador ? 
 a) com pincel macio. 
 b) com rolo de pintura. 
 c) por pulverização. 
 d) todas as técnicas podem ser utilizadas. 
 
20.O termo usado para definir o período de tempo que o penetrante fica sobre a 
superfície ensaiada denomina-se: 
 a) tempo de espera 
 b) tempo de escoamento 
 c) tempo de impregnação 
 d) tempo de penetração 
 
21.A técnica mais comum de se verificar se o excesso de líquido penetrante 
fluorescente foi totalmente removido , antes da aplicação do revelador é: 
 a) aplicar um jato de ar comprimido sobre a superfície 
 b) examinar a superfície com luz ultravioleta 
 c) examinar a superfície com luz infravermelha 
 d) passar pano limpo ou papel sobre a superfície ,para observar resíduos de 
penetrante. 
 
22.Para a aplicação do revelador não aquoso, no ensaio por líquidos penetrantes 
laváveis com água a superfície: 
 a) não precisa de estar seca 
 b) não precisa estar isenta de resíduos de penetrante 
 c) necessita estar limpa, sem resíduos de penetrante , e seca. 
 d) não pode ser lisa , ou usinada 
 
23.O problema do re-ensaio de uma peça por LP , que já tenha sido ensaiada por 
este método, é: 
 a) o penetrante perderá parte de seu brilho e cor 
 b) o penetrante terá dificuldade na molhabilidade da superfície 
 c) o resíduo seco de penetrante dentro das descontinuidades, pode não dissolver 
, apresentando resultados pouco confiáveis. 
 d) todas as alternativas são corretas 
 
24.A finalidade do uso do revelador no ensaio por LP é: 
 a) facilitar a ação de capilaridade do penetrante 
 b) absorver os resíduos emulsificantes 
 c) absorver o penetrante de dentro das descontinuidades, e proporcionar um 
fundo branco. 
 d) reagir com os resíduos de penetrante na superfície 
Ensaio por Líquidos Penetrantes - Ricardo Andreucci J a n . / 2 0 0 7 47 
 
 
 
25.Um ensaio por líquidos penetrantes, realizado utilizando-se produtos 
classificados como sistema TipoII-C, necessáriamente, o excesso de penetrante 
deve ser removido por: 
 a) escovamento com água 
 b) pano limpo ,sem fiapos , umedecida com solvente 
 c) jato de água com pressão e temperatura controladas 
 d) emulsificação e posterior lavagem com água 
 
26.No ensaio por líquidos penetrantes de uma solda o inspetor utilizou-se de uma 
luz negra para realizar o laudo final. Conclui-se que: 
 a) o inspetor deve ter se enganado com o tipo de luz recomendada para 
iluminação da superfície. 
 b) o inspetor deve ter utilizado revelador fluorescente 
 c) o inspetor deve ter utilizado penetrante classificado como Tipo I. 
 d) o inspetor deve ter utilizado a luz negra para aquecer a superfície ,até a 
temperatura permitida. 
 
27.Qual das seguintes alternativas representa um desvantagem do método de 
inspeção por líquidos penetrantes pós emulsificável ? 
 a) necessita uma melhor preparação da superfície 
 b) requer uma operação adicional em relação aos outros. 
 c) o tempo de penetração é demasiadamente longo. 
 d) as alternativas (b) e (c) são corretas. 
 
28.Os tipos de reveladores que dispomos para a inspeção por líquidos penetrantes , 
são: 
 a) pós secos. 
 b) não aquosos 
 c) aquosos 
 d) todas as alternativas são corretas. 
 
29.Qual das seguintes , é uma maneira usual de designar um revelador ? 
 a) revelador não aquoso 
 b) revelador ferroso 
 c) revelador com alta densidade 
 d) revelador tipo "A" ou "B" 
 
30.Quanto à iluminação ambiente para a inspeção por líquidos penetrantes visível 
com luz natural

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