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PORTIFOLIO 5 PERIODO

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO 
SERVIÇO SOCIAL 
 
CELIA DOS SANTOS FERREIRA SOUZA 
DANIELA DOS SANTOS PINHEIRO DARA DE MATOS DUARTE 
ELIANE DA SILVA MARTUCHELLE FRANCIELE HIRLE LORENTZ 
 LIDIA RODRIGUES DOS SANTOS 
VALERIA PACHECO DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
MOVIMENTOS SOCIAIS NO BRASIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEOFILO OTONI 
2018 
 
 
CELIA DOS SANTOS FERREIRA SOUZA 
DANIELA DOS SANTOS PINHEIRO DARA DE MATOS DUARTE 
ELIANE DA SILVA MARTUCHELLE FRANCIELE HIRLE LORENTZ 
 LIDIA RODRIGUES DOS SANTOS 
VALERIA PACHECO DOS SANTOS 
 
 
 
MOVIMENTOS SOCIAIS NO BRASIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho do Curso de Serviço Social apresentado à Universidade Pitágoras Unopar, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas de instrumentalidade em Serviço Social, Políticas Setoriais e Políticas Setoriais Contemporâneas e Movimentos 
Sociais. 
Orientador Profs.: Amanda Boza Gonçalves Carvalho Maria Lucimar Pereira, Maria Ângela Santini. 
 
 
 
 
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TEOFILO OTONI 
2018 
SUMÁRIO 
1-INTRODUÇÃO.............................................................................................................................4 
DESENVOLVIMENTO..................................................................................................................5 
CONCLUSÃO.............................................................................................................................10 
4 – REFERÊNCIAS..........................................................................................................................12 
1- INTRODUÇÃO 
O presente trabalho tem por objetivo trazer o estudo das raízes históricas dos movimentos sociais no Brasil até os dias atuais. O Brasil passou por vários momentos de grandes lutas e repressões. Com isso a sociedade começou a questionar ao sistema que não possibilitava mudanças e nem desenvolvimento da classe trabalhadora. 
Políticas públicas vão sendo implementadas a medida que os movimentos vão ganhando força. 
Nos dias atuais o país vive momentos de grande conjuntura política, uma onda crescente de movimentos sociais que na maioria destes movimentos estão presente jovem que busca melhor perspectiva de vida como reivindicações de uma melhor assistência do estado com a saúde, educação, trabalho entre outros buscando também que a política seja de fato democrática, e mais ética e menos corrupta. 
 
 
 
 
 
2 - DESENVOLVIMENTO 
2.1 AS RAÍZES HISTÓRICAS DOS MOVIMENTOS SOCIAIS NO BRASIL
Desde o seu descobrimento, o Brasil vem vivendo grandes mudanças no que diz respeito às discussões e implantação das políticas públicas e sociais onde foi dominado por quem exercia mais poder durante todo o seu processo de desenvolvimento. Com a chegada da revolução industrial os trabalhadores perdem o controle do processo produtivo, passam a trabalhar para o patrão, perdendo assim posse da matéria prima, portanto o produto final, o lucro. Os trabalhadores passam a controlar as máquinas que pertencem aos donos dos meios de produção os quais passam a receber todos os lucros. Mulheres crianças e homens eram explorados por sua mão de obra pois precisavam manter o sustento da família. 
Neste sentido os trabalhadores explorados chegam a conclusão que deveriam se unir para contrapor a burguesia, criando associações formadas pelos operários. As intervenções das associações eram lentas e não possuíam força reivindicatória. Mais tarde, transformaram em sindicatos que eram um sistema de reivindicações onde defendiam seus direitos e tinham foco de resistência, diferente dos sindicatos de hoje, tinham muita dificuldade na atuação. 
Os movimentos sociais surgem na história brasileira como fenômenos sociais abrangentes. Há ausência de um sistema estruturado de comunicações, os movimentos sociais alcançaram uma grande unidade no período aglutinando forças sociais as vezes com interesse discrepantes ou mesmo antagônicos em torno das lutas comuns. 
 Os movimentos sociais no Brasil têm uma história marcada por grandes lutas e embates realizados contra governos autoritários e luta pela liberdade e democracia. 
Dentre tantas questões diversas, percebe-se a insatisfação de uma má gestão dos líderes eleitos pelo povo que reivindicam ações efetivas entre outras demandas que não foram atendidas causando indignação e levando estes a realizar movimentos e manifestações populares. 
A década de 30 é o momento em que o proletariado urbano inicia sua luta de reivindicações, juntamente com os trabalhadores rurais. Período de incertezas para a população brasileira e de instabilidade social e político. O desequilíbrio entre as forças governistas e constitucionalistas era grande. O governo federal tinha o poder militar e os rebeldes contava apenas com a mobilização civil. Os meios de comunicação como jornais, rádios da época eram usados para mobilizar a população. 
O governo não anunciava preparativos para uma nova constituição e o país permanecia sem regras para a política. A constituição de 1981 foi anulada, algumas medidas radicais foram tomadas. Uma delas foi o afastamento dos governadores de estado e no lugar foi nomeado os chamados interventores, em sua maioria tenentes que garantiriam o controle federal em diversas regiões do Brasil. 
Passeatas, comícios, texto na impressa, enfim, de várias maneiras aconteciam reivindicações que exigiam uma nova constituição que deveria ser uma constituição precedida por uma Assembleia Nacional Constituinte. Por fim, uma nova constituição foi aprovada pela Assembleia Constituinte. 
 	O objetivo da Constituição de 1934 era o de melhorar as condições de vida da grande maioria dos brasileiros, criando leis sobre educação, trabalho, saúde e cultura. Ampliando o direito de cidadania dos brasileiros, possibilitando a grande fatia da população, que até então era marginalizada do processo político do Brasil. A Constituição de 1934 representou o início de uma nova fase na vida do país, entretanto vigorou por pouco tempo, até a introdução do Estado Novo, em 10 de novembro de 1937, sendo substituída pela Constituição de 1937. 
A Constituição de 1937 nasceu para concretizar o poder do presidente Getúlio Vargas e, por sua inspiração, na Constituição de Abril da Polônia (1935), ficou conhecida como "Polaca". Embora mantivesse muitas conquistas sociais das constituições anteriores e acrescentasse novas, como o direito à educação, tais noções foram frequentemente desprezadas pela ordem autoritária vigente. Para manter uma aparência republicana, e também seguindo as práticas populistas dos regimes totalitários europeus, a Constituição de 1937 assegurou muitas das garantias individuais presentes nas Cartas anteriores, ainda que seu respeito, na prática, não fosse garantido. Mantiveram-se os direitos básicos à liberdade, à propriedade e à segurança individual, bem como a liberdade de culto, e quase todas as medidas trabalhistas introduzidas na Constituição anterior (salário mínimo, jornada diária de oito horas, proibição do trabalho infantil...) foram conservadas, à exceção do direito de greve. 
 	O Estado Novo foi um período autoritário da nossa história, que durou de 1937 a 1945. Foi instaurado por um golpe de Estado que garantiu a continuidade de Getúlio Vargas à frente do governo central, tendo a apoiá-lo importantes lideranças políticas e militares. 
A ditadura militar não foi resultado do acaso, de um acidente. Pelo contrário, ela foi sendo estruturada conforme a democracia e a participação política da população. No início dos anos 1960 estava sendo configurada uma nova forma de ação, por meio da organização popular, que questionava o arbítrio interno e a dependência externa exigia mudanças nas estruturas econômicas e sociais, visando a uma maior inclusão social da população pobre e trabalhadora. 
 	Os movimentos sociais no Brasil ganharam força a partir da década de 1960, quando surgiram osprimeiros movimentos de luta contra a política vigente, ou seja, a população insatisfeita com as transformações ocorridas no campo econômico e social. Intensificou na década de 70 com fortes movimentos em oposição ao regime militar mantendo uma luta social e uma forte resistência, afirma Ilse Scherer-Warren: 
“o movimento social mais significativo pós-golpe militar de 1964 foi o de resistência à ditadura e ao autoritarismo estatal” (2008, p. 09 SCHERERWARREN, 2005). 
A política social teve dois pontos, o primeiro é a ditadura Getúlio Vargas e o populismo nacionalista que começa o período de controle da política. O segundo em 1964 quando ocorre o golpe militar até a conclusão da constituição federal de 1988. 
 Para manter um controle sobre a sociedade, o Brasil se recria para que o governo consiga controlar as reivindicações das necessidades e pressões da sociedade. 
No final da década de 70 a população percebeu que seria necessário a participação das políticas sociais, primeiro por compreender-se como consciência de classe e a partir dessa compreensão iniciou-se um período de lutas e busca por acesso a políticas públicas. 
Ao final dos longos anos de 64 á 85 a sociedade brasileira sai as ruas e ergue a voz expressando seu descontentamento. Estes movimentos ganharam força que contribuíram decisivamente, através das demandas pedidas por pressões organizadas, para que diversos direitos sociais fossem inscritos na nova Constituição Federal. 
A nova constituição de 1988 possibilitou a garantia dos direitos aos cidadãos, igualdade entre os benefícios urbanos e rurais tendo o salário mínimo como seu valor referencial, marcou a seguridade Social, política de saúde, direitos sociais por responsabilidade estatal. 
Logo veio o início dos anos 90 que foi um período marcado pelo Neoliberalismo em que a forma como as políticas sociais foram tratadas com a implantação do projeto neoliberal atingiu diretamente as famílias principalmente os mais pobres. O Neoliberalismo tinha todo uma planejamento onde as orientações eram a privatização das empresas e o dinheiro público não podia ser gastado com as políticas sociais.
 
2.2 - AVANÇOS E DESAFIOS PARA ACESSO AOS DIREITOS SOCIAIS RELACIONADO À POLÍTICA SETORIAL DA FAMÍLIA 
 As mudanças que ocorreram nessa última década, ocorreram muito mais no campo legal do que efetivamente na prática. 
Percebe-se a necessidade de que precisamos mudar muito nossas políticas públicas no que se refere a questão da materialização onde por exemplo, não há o reconhecimento de uma diversidade de famílias, e quem vai transformar essa política do campo teórico para o campo prático são os trabalhadores diminuindo as pontes entre as Leis e sua efetivação. A Constituição Federal de 1988 assegura a família a ser concebida de direitos e responsabilidades. 
Historicamente, sempre coube a família à responsabilidade de cuidar das pessoas em situações de desproteção social, pessoas doentes, pessoas incapazes de cuidar se si. A família era responsável por cuidar de seus membros independente da sua condição financeira e com a efetivação da Constituição Federal de 1988, passa a expressar o direito da família de ser cuidada, protegida, pelas políticas sociais onde a família tem um avanço e passa a ser responsabilidade do Estado. 
Temos a efetivação dos diversos modelos de família que foram surgindo ao longo desses anos e ao mesmo tempo tem como desafio o reconhecimento desses modelos. A família nuclear, composta por pai, mãe e filhos biológicos perde a liderança com o surgimento da diversidade de modelos familiares e passa a representar 49% das famílias brasileiras, em contra partida, as famílias monoparentais, que são chefiadas só pelo pai ou só pela mãe passa a ser a grande maioria. Devemos respeitar esses diversos modelos e na prática devemos pensar como vivenciar e promover políticas públicas para essa diversidade não intrometendo no formato da família e como ela se configura. 
Se faz necessário o cumprimento da responsabilidade do Estado quanto às famílias a fim de garantir seus direitos e promover suas gerações visando a seguridade e efetivação das mesmas com seus diversos formatos na sociedade. 
 Foram muitos os avanços até a constituição dos direitos familiares e os desafios ainda existem, uma vez que, a nossa legislação define 
“Família” com um termo que não expressa a realidade em que vivemos hoje. Precisamos reafirmar e materializar essas mudanças a fim de garantir os direitos adquiridos a todos os modelos de família que existem ou que possam vir a surgir na sociedade. 
 
 
 
 
 
4 – CONCLUSÃO 
 
A Constituição Federal de 1988 foi a maior conquista na aquisição e efetivação dos nossos direitos, onde em um longo processo de luta foram adquiridos através “do grito do povo”. Nos dias de hoje, diante das várias mudanças e ações políticas, sofremos um retrocesso na conquista desses direitos o que traz para a população grande insatisfação política. 
Atualmente o país vive momentos de grande conjuntura política, onde há uma onda crescente de movimentos sociais que na maioria estão sempre presentes jovens que buscam melhores perspectiva de vida como reivindicações de uma melhor assistência do Estado com a saúde, educação, trabalho entre outros, buscando também que a política seja de fato democrática, e mais ética e menos corrupta. 
Os movimentos não pode acabar, porque foi através deles que conseguimos todas estas conquistas e assim o Brasil possa crescer e proporcionar a materialização e efetivação dos direitos alcançados. Nota-se que temos hoje uma sociedade desacreditada na política e nas políticas públicas e que há sempre uma grande insatisfação da população, fato que, necessita ainda mais cobrança do Estado na sua responsabilidade de garantia dos direitos podendo assim atender a demanda da sociedade conforme suas necessidades. 
Por fim, “a luta não pode acabar”, precisamos estar sempre em movimento em busca da efetivação e garantia dos nossos direitos, indo para as ruas, manifestando, levando a nossa voz para o governo. 
 
 	 
5 – REFERÊNCIAS 
 
https://www.sabedoriapolitica.com.br/products/breve-historia-dos-movimentossociais-no-brasil/ 
http://historiabruno.blogspot.com/2011/10/movimentossociais.html#ixzz5EefD54xh 
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=97174 
PEREIRA, MARIA LUCIMAR, Políticas Setoriais e Políticas Setoriais Contemporâneas Londrina, EDE S.A 2018. 160p

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