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Ortografia e Acentuação na Língua Portuguesa

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AULA 1 – EXERCÍCIOS 
Profa. Dra. Joalêde Bandeira 
2016.2 
Português Instrumental 
1. O acordo ortográfico. 
2. Mudanças nas regras de acentuação. 
3. Emprego do hífen. 
4. Uso de acento grave no fenômeno 
crase. 
5. Uso do porque / por que / por quê 
/ porquê 
Abordagem Normativa da Língua: Ortografia e 
Acentuação 
AULA 1: ABORDAGEM NORMATIVA DA LÍNGUA: ORTOGRAFIA E ACENTUAÇÃO 
O NOVO JEITO DE ESCREVER 
 O acordo vem para unificar a 
ortografia oficial dos países de 
língua portuguesa e aproximar 
nações. 
 A pronúncia, o vocabulário e a 
sintaxe permanecem exatamente 
como estão. 
 
 
 Portugal, 
 Brasil, 
 Angola, 
 São Tome e Príncipe, 
 Cabo Verde, 
 Guiné-Bissau, 
 Moçambique e 
 Timor Leste 
Português Instrumental 
O que é Ortografia? 
Ort (o)- Gr. Orthós = 
reto, correto Graf(o) 
–graph(o)= escrever, 
descrever, desenhar. 
 
Então, ortografia 
significa a forma 
correta de grafar as 
palavras, com base 
no padrão culto da 
língua. 
AULA 1: ABORDAGEM NORMATIVA DA LÍNGUA: ORTOGRAFIA E ACENTUAÇÃO 
AS MUDANÇAS... 
1) Alfabeto 
2) Trema 
3) Mudanças nas regras de acentuação 
 Acento Agudo 
 Acento circunflexo 
 Acento diferencial 
4) Hífen 
MUDANÇAS NO ALFABETO 
NOVO ALFABETO 
 O alfabeto passa a ter 26 letras com a reintrodução de 
k, w e y 
 
 
 Já era utilizado para símbolos e medidas (km 
(quilômetro), kg (quilograma), W (watt)); 
 E para e nomes estrangeiros (e seus derivados): show, playboy, 
playground, windsurf, kung fu, yin, yang, William, kaiser, Kafka, 
kafkiano. 
TREMA 
TREMA (¨) 
O trema permanece apenas nas palavras estrangeiras 
e em suas derivadas. 
 
 Müller, mülleriano. 
 
MUDANÇA NAS REGRAS 
DE ACENTUAÇÃO 
Tipo de palavra 
ou sílaba 
Quando acentuar Exemplos (como 
eram) 
Observações 
(como ficaram) 
Proparoxítonas sempre simpática, lúcido, 
sólido, cômodo 
Continua tudo igual 
ao que era antes 
da nova ortografia. 
Paroxítonas Se terminadas em: R, 
X, N, L, I, IS, UM, 
UNS, US, PS, Ã, ÃS, 
ÃO, ÃOS; ditongo 
oral, seguido ou não 
de S 
fácil, táxi, tênis, 
hífen, próton, 
álbum(ns), vírus, 
caráter, látex, 
bíceps, ímã, órfãs, 
bênção, órfãos, 
cárie, árduos, pólen, 
éden. 
Continua tudo igual. 
Oxítonas Se terminadas em: A, 
AS, E, ES, O, OS, EM, 
ENS 
vatapá, igarapé, 
avô, avós, refém, 
parabéns 
Continua tudo igual. 
Í e Ú em palavras 
oxítonas e 
paroxítonas 
Í e Ú levam acento 
se estiverem 
sozinhos na sílaba 
(hiato) 
saída, saúde, 
miúdo, aí, Araújo, 
Esaú, Luís, Itaú, 
baús, Piauí 
Esta regra é nova: 
nas paroxítonas, o 
i e u não serão 
mais acentuados se 
vierem depois de 
um ditongo 
Ditongos abertos 
em palavras 
paroxítonas 
EI, OI idéia, colméia, bóia Esta regra 
desapareceu (para 
palavras 
paroxítonas). Exceto 
as terminam em R. 
Ditongos abertos 
em palavras 
oxítonas 
ÉIS, ÉU(S), ÓI(S) papéis, herói, heróis, 
troféu, céu, mói 
(moer) 
Continua tudo igual 
(mas, cuidado: 
somente para 
palavras oxítonas 
com uma ou mais 
sílabas). 
Verbos arguir e 
redarguir (agora 
sem trema) 
arguir e redarguir 
usavam acento 
agudo em algumas 
pessoas do 
indicativo, do 
subjuntivo e do 
imperativo 
afirmativo. 
 Esta regra 
desapareceu. 
ôo, êe vôo, zôo, enjôo, vêem Esta regra 
desapareceu. Agora se 
escreve: zoo, perdoo 
veem, magoo, voo. 
Verbos ter e vir na terceira pessoa 
do plural do 
presente do 
indicativo. 
eles têm, eles vêm Continua tudo igual. 
Verbos terminados 
em guar, quar e quir 
aguar enxaguar, 
averiguar, 
apaziguar, delinquir, 
obliquar usavam 
acento agudo em 
algumas pessoas do 
indicativo, do 
subjuntivo e do 
imperativo 
afirmativo. 
 Esta regra sofreu 
alteração. Observe: 
Quando o verbo 
admitir duas 
pronúncias diferentes, 
usando a ou i tônicos, 
aí acentuamos estas 
vogais: eu águo, eles 
águam e enxáguam a 
roupa (a tônico); eu 
delínquo, eles 
delínquem (í tônico). 
Se a tônica, na 
pronúncia, cair sobre o 
u, ele não será 
acentuado: Eu 
averiguo (diga averi-
gú-o, mas não 
acentue) o caso. 
Derivados de ter e 
vir (obter, manter, 
intervir) 
na terceira pessoa 
do singular leva 
acento agudo; na 
terceira pessoa do 
plural do presente 
levam circunflexo. 
ele obtém, detém, 
mantém; eles 
obtêm, detêm, 
mantêm 
Continua tudo 
igual. 
Acento diferencial Esta regra 
desapareceu, 
exceto para os 
verbos: PODER, TER 
e VIR e seus 
compostos 
Observe: 1) Perdem 
o acento as 
palavras compostas 
com o verbo 
PARAR: Para-raios, 
para-choque. 2) 
FÔRMA (de bolo): 
O acento será 
opcional. 
ACENTO DIFERENCIAL 
Permanece o acento diferencial em pôde/pode. 
 Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje 
ele pode. 
 
Permanece o acento diferencial em pôr/por. 
 Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim. 
ACENTO DIFERENCIAL 
Permanecem os acentos que diferenciam o singular do 
plural dos verbos ter e vir, assim como de seus 
derivados. 
 
 Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros. 
 Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba. 
 Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra. 
A ROSA DE HIROXIMA (VINICIUS DE MORAES) 
 
 
Pensem nas crianças 
Mudas telepaticas 
Pensem nas meninas 
Cegas inexatas 
Pensem nas mulheres 
Rotas alteradas 
Pensem nas feridas 
Como rosas calidas 
Mas oh não se esqueçam 
Da rosa da rosa 
Da rosa de Hiroxima 
A rosa hereditaria 
A rosa radioativa 
Estupida e invalida 
A rosa com cirrose 
A antirrosa atomica 
Sem cor sem perfume 
Sem rosa sem nada. 
 
A ROSA DE HIROXIMA (VINICIUS DE MORAES) 
 
Pensem nas crianças 
Mudas telepáticas 
Pensem nas meninas 
Cegas inexatas 
Pensem nas mulheres 
Rotas alteradas 
Pensem nas feridas 
Como rosas cálidas 
Mas oh não se esqueçam 
Da rosa da rosa 
Da rosa de Hiroxima 
A rosa hereditária 
A rosa radioativa 
Estúpida e inválida 
A rosa com cirrose 
A antirrosa atômica 
Sem cor sem perfume 
Sem rosa sem nada. 
 
2- CREEM 
2- CREEM 
 
 Segundo o Novo Acordo 
Ortográfico, não se 
utilizam mais acentos em 
palavras terminadas com 
"eem" e "oo"(s). 
 CREDELEVER 
 
 
3 - PLACAS 
3 - PLACAS 
 
 melancia" é palavra 
paroxítona terminada 
com hiato. 
 
3 - PLACAS 
3 - PLACAS 
 antes de numeral cardinal 
não se utiliza crase; a placa 
apresenta mais um desvio ao 
utilizar o acento agudo. 
 
3 - PLACAS 
3 - PLACAS 
 "móveis" é palavra paroxítona terminada em ditongo, 
portanto, deve ter acento. 
 
3 - PLACAS 
3 - PLACAS 
 - "voo" não possui acento, pois é palavra 
terminada em "oo". 
 
3 - PLACAS 
3 - PLACAS 
 "passeio a cavalo", sem crase, que não deve ser 
utilizada antes de palavra masculina. 
3 - PLACAS 
3 - PLACAS 
 "a entidades" não possui crase, tendo em vista 
que a palavra após a preposição "a" encontra-se 
no plural 
 
HÍFEN 
4 - REGRAS DE UTILIZAÇÃO DO HÍFEN 
 1. pseudo + herói 
2. auto + aprovação 
3. ultra + radical 
4. ex + aluno 
5. anti + hemorrágico 
6. anti + inflamatório 
7. auto + retrato 
8. auto + observação 
9. co + autor 
10. micro + ondas 
11. mega + computador 
 
1. pseudo-herói; 
2. autoaprovação; 
3. superatleta; 
4. ex-aluno; 
5. anti-hemorrágico; 
6. anti-inflamatório;7. autorretrato; 
8. multicolorido; 
9. auto-observação; 
10. coautor; 
11. micro-ondas 
 
USO DO PORQUÊ 
Português Instrumental 
Emprego do porquê 
POR QUE 
 Por que você não vai ao cinema? (por qual razão) 
 Não sei por que não quero ir. (por qual motivo) 
 Sei bem por que motivo permaneci neste lugar. (pelo 
qual) 
 A estrada por que passei estava muito esburacada. 
(pela qual) 
 
POR QUÊ 
 Vocês não comeram tudo? Por quê? 
Andar cinco quilômetros, por quê? Vamos 
de carro. 
PORQUE 
 Não fui ao cinema porque tenho que 
estudar para a prova. (pois) 
 
 Não vá fazer intrigas porque prejudicará 
você mesmo. (uma vez que) 
PORQUÊ 
 O porquê de não estar conversando é porque 
quero estar concentrada. (motivo) 
 Diga-me um porquê para não fazer o que devo. 
(uma razão) 
NA TIRA ABAIXO HOUVE EMPREGO DE POR QUE, PORQUE, POR QUÊ E 
PORQUÊ. EXPLIQUE CADA UM DESSES EMPREGOS 
 . 
PRODUÇÃO TEXTUAL 
 O texto abaixo "REDASSÃO, UM ATO DE EXCREVER" foi 
produzido por um candidato em prova de vestibular. A 
linguagem usada pelo estudante está inadequada ao padrão 
culto da língua. Foram cometidos erros de ortografia e de 
concordância; uso de gírias; ausência ou emprego incorreto de 
sinais de pontuação. Além disso, duas informações estão 
incorretas (procure no 1º parágrafo) e outras afirmativas feitas 
ao longo da redação não têm fundamento, isto é, os 
argumentos não têm consistência, pois são produtos de uma 
visão simplista e distorcida da realidade. 
REDASSÃO, UM ATO DE EXCREVER. 
 Como eu vejo este problema? Eu não vejo. Num tá com nada quem 
andou espalhando por aí que nós não temos o hábito de leitura. A 
gente não tem hábito por causa que ninguém escreve pros jovens. 
Uma vez em 1977 eu entrei numa livraria e só tinha livro pra adulto 
e pra criança. Aí eu pedi um livro para mim e o vendedor trouxe um, 
dum cara chamado Robson Cruzeiro que morava numa ilha deserta e 
teve um caso com um índio. Aí eu disse pro vendedor: escuta meu 
irmão, isso não tem nada a ver, eu moro na Barata Ribeiro e não tem 
índio em Copacabana. 
 Acho que os jovens e os livros transaram um encontro errado: os jovens 
foram prum lado e os livros pro outro. Mas os adultos é que devem 
responder a essa pergunta. Se vocês, caras, que são adultos não sabem, se 
soubessem não tavam perguntando, que dirá eu que nunca li nem um livro 
de cheque. Aliás, tô achando esse tema muito devagar. Livro num tá com 
nada. Meu avô me disse que o mundo era muito melhor quando não havia 
livros. Os astecas nunca leram um livro fizeram uma civilização porreta. Os 
incas também nunca entraram numa livraria. Deviam mais era pegar esses 
caras que se metem a escrever livros e jogar na lavoura. Se por cada 
página de livro fosse plantado um pé de tomate tava resolvido o problema 
da fome. Depois que todo mundo acabasse de comer aí então a gente ia 
fazer a digestão lendo um livrinho que pode ser, deixa ver se me lembro de 
algum? Ah, sim, podia ser o Livro de Ouro da minha avó. 
 Acho também que a falta de hábito de leitura é por causa que ler não é 
fácil. Ler é uma transa muito complicada. Tanto é, que no Brasil tem mais de 
50 milhões de pessoas que não sabem ler. A gente tinha que mudar esse 
alfabeto. Fazer umas letras e umas palavras que o analfabeto também 
pudesse entender. Esse alfabeto é muito careta, antigão e quadrado. O 
mundo mudou muito nestas últimas décadas só o alfabeto continua o mesmo. 
Eu não agento mais. A televisão que começou muito depois do livro tá 
mandando ver. Há dez anos que a gente já tem tevê a cores. O livro 
continua em preto e branco. A gente abre, é aquela coisa monótona, as 
páginas brancas e as letrinhas pretas. Só a capa é que é bonita. Por isso eu 
só gosto de ler capa de livro. Acho que os jovens iam ler mais se os livros só 
tivessem capa. 
AFIRMATIVAS SEM FUNDAMENTOS: 
 a) A gente não tem hábito por causa que ninguém escreve pros jovens. 
 b) Meu avô me disse que o mundo era muito melhor quando não havia livros. 
 c) Deviam mais era pegar esses caras que se metem a escrever livros e jogar na 
lavoura. Se por cada página de livro fosse plantado um pé de tomate tava 
resolvido o problema da fome. 
 d) A falta de hábito de leitura é por causa que ler não é fácil. Ler é uma transa 
muito complicada. 
 e) A gente tinha que mudar esse alfabeto. Fazer umas letras e umas palavras que o 
analfabeto também pudesse entender. 
 f) O livro continua em preto e branco. A gente abre, é aquela coisa monótona, as 
páginas brancas e as letrinhas pretas. Só a capa é que é bonita. Por isso eu só gosto 
de ler capa de livro. Acho que os jovens iam ler mais se os livros só tivessem capa. 
CRASE 
 
CRASE 
FUSÃO 
ARTIGO FEMININO PREPOSIÇÃO 
A + A = À 
CRASE 
 Conceito: é a fusão de duas vogais da mesma natureza. A + A 
 No português assinalamos a crase com o acento grave (`). 
Observe: 
 
 Obedecemos ao regulamento. 
REGRA GERAL 
Haverá crase sempre que: 
 I. O termo antecedente exija a preposição a; 
 II. O termo consequente aceite o artigo a. 
 Fui ___ cidade. 
 Conheço ___ cidade. 
 Vou ____ Brasília. 
 Irei ___ Bahia amanhã 
REGRA GERAL 
 Fui à cidade. ( a + a = preposição + artigo do substantivo 
feminino ) 
 
 Conheço a cidade. (verbo transitivo direto – não exige 
preposição ) 
 
 Vou a Brasília. 
 Irei à Bahia amanhã 
VIM DA 
MORO NA 
Nunca ocorre crase: 
1) Antes de masculino. 
 Caminhava a passo lento. (preposição) 
 
2) Antes de verbo. 
 Estou disposto a falar. (preposição) 
 
3) Antes de pronomes pessoais, demonstrativos e indefinidos. 
 Eu me referi a esta menina. (preposição e pronome 
demonstrativo) 
 Eu falei a ela. (preposição e pronome pessoal) 
 Direi a qualquer pessoa. 
 
Exceção: a crase é facultativa antes de pronomes possessivos: 
 Obedecemos às suas ordens. OU Obedecemos as suas ordens. 
 
Nunca ocorre crase: 
 
 4) Antes de pronomes de tratamento. 
 Dirijo-me a Vossa Senhoria. (preposição) 
 Exceção: Há três pronomes de tratamento que aceitam o 
artigo e, obviamente, a crase: senhora, 
senhorita e dona. 
 Dirijo-me à senhora. 
Obs: Haverá crase antes dos pronomes que aceitarem o 
artigo, tais como: mesma, própria... 
 Eu me referi à mesma pessoa. 
 
 
5) Com as expressões formadas de palavras 
repetidas. 
 Venceu de ponta a ponta. (preposição) 
 Observação: 
 É fácil demonstrar que entre expressões desse tipo 
ocorre apenas a preposição: 
 Caminhavam passo a passo. (preposição) 
 
6) Antes dos nomes de cidade. 
 Cheguei a Curitiba. (preposição) 
 
Observação: 
 Se o nome da cidade vier determinado por algum 
adjunto adnominal, ocorrerá a crase. 
 Cheguei à Curitiba dos pinheirais. (adjunto 
adnominal) 
7) Quando um a (sem o s de plural) vem 
antes de um nome plural. 
 Falei a pessoas 
estranhas. (preposição) 
 Observação: 
 Se o mesmo a vier seguido de s haverá 
crase. 
 Falei às pessoas estranhas. (a + as = 
preposição + artigo) 
 
Sempre ocorre crase: 
1) Na indicação pontual do número de horas. 
 Às duas horas chegamos. (a + as) 
 Para comprovar que, nesse caso, ocorre preposição + artigo, basta 
confrontar com uma expressão masculina correlata. 
 Ao meio-dia chegamos. (a + o) 
 
2) Com a expressão à moda de e à maneira de. 
 A crase ocorrerá obrigatoriamente mesmo que parte da 
expressão (moda de) venha implícita. 
 Escreve à (moda de) Alencar. 
Sempre ocorre crase: 
3) Nas expressões adverbiais femininas. 
 Expressões adverbiais femininas são aquelas que se referema 
verbos, exprimindo circunstâncias de tempo, de lugar, de modo... 
 Chegaram à noite. (expressão adverbial feminina de tempo) 
 Caminhava às pressas. (expressão adverbial feminina de 
modo) 
 Ando à procura de meus livros. (expressão adverbial feminina de 
fim) 
 
 
 
CASOS ESPECIAIS 
1) Crase antes de casa. 
 A palavra casa, no sentido de lar, 
residência própria da pessoa, se não vier 
determinada por um adjunto adnominal 
não aceita o artigo, portanto não ocorre a 
crase. 
Volte a casa cedo. 
Volte à casa dos seus pais. 
CASOS ESPECIAIS 
2) Crase antes de terra. 
 A palavra terra, no sentido de chão firme, 
tomada em oposição a mar ou ar, se não vier 
determinada, não aceita o artigo e não ocorre a 
crase. Ex: 
 Já chegaram a terra. 
 Se, entretanto, vier determinada, aceita o 
artigo e ocorre a crase. Ex: 
Já chegaram à terra dos antepassados 
 
 3) Crase antes dos pronomes relativos. 
Antes dos pronomes relativos quem e cujo não ocorre crase. Ex: 
 Achei a pessoa a quem procuravas. 
 Compreendo a situação a cuja gravidade você se referiu. 
 Antes dos relativos qual ou quais ocorrerá crase se o masculino 
correspondente for ao qual, aos quais. Ex: 
 Esta é a festa à qual me referi. 
 Este é o filme ao qual me referi. 
 Estas são as festas às quais me referi. 
 Estes são os filmes aos quais me referi. 
 
 
4) Crase com os pronomes demonstrativos aquele (s), aquela 
(s), aquilo. 
 Sempre que o termo antecedente exigir a preposição a e vier 
seguido dos pronomes demonstrativos: aquele, aqueles, aquela, 
aquelas, aquilo, haverá crase. Ex: 
 Falei àquele amigo. 
 Aspiro a isto e àquilo. 
 
MATA ESSA CHARADA ... 
a) "Matar à fome" - "Matar a fome" 
 b) "Receber à bala" -"Receber a bala" 
c) "Pintar à mão" - "Pintar a mão" 
d) "Cheirar à gasolina" - "Cheirar a gasolina“ 
e) “Venda à vista” – “Venda a vista” 
MATA ESSA CHARADA ... 
 a) "Matar à fome" (deixar sem comer) para diferenciar de 
"Matar a fome" (dar de comer); 
 b) "Receber à bala" (receber atirando) para diferenciar de 
"Receber a bala" (ganhar uma guloseima); 
 c) "Pintar à mão" (pintar com a mão) para diferenciar de 
"Pintar a mão" (passar tinta ou esmalte na mão); 
 d) "Cheirar à gasolina" (exalar o cheiro de gasolina) para diferenciar 
de "Cheirar a gasolina" (aspirar o cheiro da gasolina). 
ESTE ENUNCIADO FAZ PARTE DE UMA 
PROPAGANDA AFIXADA EM LUGARES NOS 
QUAIS SE VENDE O CHÁ MATTE LEÃO. 
“Matte a vontade. Matte Leão” 
Observe as construções abaixo, feitas a partir do enunciado em questão. 
 I – Matte à vontade. 
 II – Mate a vontade. 
 III – Mate à vontade. 
 
 Avalie as frases que seguem e explique o sentido de cada uma delas: 
 Retome a propaganda e explique o seu funcionamento, explicitando as relações 
morfológicas, sintáticas e semânticas envolvidas. 
 
BIBLIOGRAFIA: 
LEITE,Maria Tereza de Moura e PALADINO, Valquiria da 
Cunha. Português Instrumental. Rio de Janeiro: UNESA, 2014.Capitulo 
1 - Aspectos da escrita: ortografia, acentuação e pontuação, p. 11 - 72 
 
UNIDADE I - ABORDAGEM NORMATIVA 
 DA LÍNGUA: ORTOGRAFIA E ACENTUAÇÃO

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