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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ CURSO DE PEDAGOGIA DISCIPLINA: ASPECTOS ANTROPOLÓGICOS E SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO PROFESSOR: ADAILTON DA MOTTA MENDONÇA TÍTULO DA ATIVIDADE ESTRUTURADA: OBSERVAÇÃO E ANÁLISE SOCIOLÓGICA REFLEXIVA DAS RELAÇÕES ENTRE A SOCIEDADE E O MEIO AMBIENTE ALUNA: BRUNA NEVES DE SOUZA SUMÁRIO 1. Introdução 2. Meio Ambiente e Sociedade - As relações Homem-Natureza 3. A Sociedade e o Meio Ambiente 4. A Sociologia no meio ambiente 5. O Dualismo Homem/Natureza e suas implicações à Educação Ambiental 6. Conclusão 7. Referências Bibliográficas INTRODUÇÃO Não é de hoje que as inter-relações entre a sociedade e meio ambiente têm sido objeto de preocupação social e de estudos científicos. Sem pretensão de exaurir o assunto, o presente trabalho pretende destacar e exemplificar a correlação entre meio ambiente e a sociedade, tendo em vista a Educação Ambiental, as relações Homem-Natureza e a Sociologia no meio ambiente. MEIO AMBIENTE E SOCIEDADE – AS RELAÇÕES HOMEM-NATUREZA A contradição nas relações Homem-Natureza consiste principalmente nos problemas dos processos industriais criados pelo Homem. Esse processo é visto como gerador de desenvolvimento, empregos, conhecimento e maior expectativa de vida. Porém, o homem se afastou do mundo natural, como se não fizesse parte dele. Com todo esse processo industrial e com a era tecnológica, a humanidade conseguiu contaminar o próprio ar que respira, a água que bebe, o solo que provém os alimentos, os rios, destruir florestas e os habitats animais. Todas essas destruições colocam em risco a sobrevivência da Terra e dos próprios seres humanos. Muitos desastres naturais são causados pela ação do homem no meio ambiente. Ao contrário de muitos que pensam que a natureza é violenta, pode ser, mas seu maior agressor é o homem, que não se deu conta de que deve sua existência a ela. A questão positiva é uma maior conscientização e valorização do meio ambiente, mas ainda a humanidade está longe de aprender a consumir e interagir com o mesmo, e de entender que é um ser participante do ciclo natural e não o dominante. É importante haver um processo participativo e sustentável, cada um fazendo a sua parte e respeitando o ciclo de cada ser existente no planeta. As técnicas adquiridas pelo homem devem servir para proteger o planeta, cuidar dos resíduos gerados, para se proteger de alguma transformação natural, e não para destruir a vida. Deve haver respeito à grandeza da natureza, reverência à Terra. Enquanto não se aprender a celebrar a Terra, não será possível curá-la. A SOCIEDADE E MEIO AMBIENTE Até meados do século 19, a raça humana manteve relativa harmonia com o meio ambiente. Com o surgimento da era industrial e das grandes aglomerações urbanas, houve uma quebra nessa harmonia, o que provocou uma crescente queda do nível de vida do ambiente, com a morte de rios e o desaparecimento de áreas verdes. Algumas pessoas já chegaram ao cúmulo de pensar em viagens espaciais para encontrar um novo planeta para morar. Poderá ser uma alternativa, mas se em outro planeta instalarem o mesmo modelo de exploração, também haverá o esgotamento dos seus recursos. O mundo hoje se questiona. Grupos criticam outros grupos apontando-os como responsáveis pelo desgaste atual. Isto é perigoso. Não se trata de encontrarmos culpados e responsabilizarmos pelo caos que se avista. Não é momento de desagregação, mas sim de agregação em torno de um objetivo comum e um desafio que teremos que vencer: saber conviver, de forma equilibrada, com o nosso meio ambiente. A SOCIOLOGIA NO MEIO AMBIENTE A Sociologia do meio ambiente é uma área antiga, apesar de nova. Marx e Engels (1961), Weber e Durkheim (1954,1982), todos escreveram sobre o relacionamento entre sociedades humanas e o meio ambiente natural. Contudo, o termo "Sociologia do meio ambiente" não foi utilizado até 1971. Em 1976, A Sociedade Americana de Sociologia designou uma seção para a área. Em 1978, Catton e Dunlop publicaram a primeira tentativa de proporcionar uma definição explícita da área de sociologia do meio ambiente. E, não foi antes de 1990 que a Sociedade Internacional de Sociologia formou o seu primeiro grupo com interesse específico em sociologia do meio ambiente. Hoje em dia, a sociologia do meio ambiente procura incorporar mais variáveis científicas naturais, perspectivas e até paradigmas em seus métodos, teorias e literatura. O aumento do crescimento e do interesse em perspectivas multi e interdisciplinares também acrescentou em amplitude para o aprofundamento da sociologia do meio ambiente. Esta expansão fez da sociologia ambiental um emaranhado de disciplinas com bases crescentes na biologia, ecologia, ciência política, antropologia, psicologia, feminismo e outras. Apesar da aparência pós-moderna, a sociologia do meio ambiente ainda pretende ser a única linha de pensamento viável capaz de proporcionar uma perspectiva macro ou além (CATTON & DUNLAP, 1978 a; REDCLIFT & WOODGATE, 1997). A Sociologia do meio ambiente tem sido definida de diversas maneiras. Entre as várias definições, Buttel (1996) proporciona um começo útil. Ele nota que hoje em dia a essência da sociologia do meio ambiente tem sido de recuperar e revelar a materialidade da estrutura e vida social, e o faz de maneira a produzir entendimentos relevantes de modo a resolver problemas ambientais. Esta definição reconhece ao mesmo tempo a centralização da verdadeira natureza física do meio ambiente e o papel representado pelas construções sociais da natureza. A união da natureza física e das construções sociais da natureza permanece atualmente como a principal preocupação para a sociologia ambiental. Na verdade, a habilidade de unir estes conceitos aparece como o centro da pretensão da área de ser a melhor das áreas da sociologia a se aplicar a um dos maiores problemas mundiais - o declínio do meio ambiente. Com o final da Guerra Fria, as preocupações sobre o aquecimento global e mudanças no meio ambiente mundial tomaram o lugar das preocupações com a guerra nuclear. Sendo assim, a sociologia do meio ambiente tem ocupado o cenário central na relação dos problemas mundiais (VAILLANCOURT, 1995). O DUALISMO HOMEM/NATUREZA E SUAS IMPLICAÇÕES À EDUCAÇÃO AMBIENTAL A modernidade efetivou uma modificação profunda na relação ambiente/sociedade. A promessa do domínio absoluto do homem sobre a natureza, pelas vias dos avanços da ciência e da técnica, fez triunfar uma visão antropocêntrica que coloca o humano (racional e dominador) em oposição à natureza (selvagem e exterior), essa cultura antropocêntrica, que pressupõe o homem como existência independente da natureza, não é uma marca da modernidade, mas um traço marcante do pensamento ocidental. Assim, a racionalidade moderna representa o triunfo de um entendimento que atravessou diferentes épocas, qual seja, a ideia de que a plena realização do humano implica que este haja sobre a natureza, modificando sua própria condição de natureza, para finalmente converter-se em cultura. O dualismo homem/natureza tem sido posto à prova diante das evidências de que se há algo de propriamente humano é o fato de que somos ao mesmo tempo culturais e biofísicos (MORIN, 1975). Se há algo de propriamente humano é o fato de que tudo que há de mais cultural em nós também é o mais biofísico. Nascer, morrer, reproduzir, alimentar-se constituem atos profundamente biológicos, inerentes a todos os seres vivos, que foram, contudo, resinificados e simbolizados pelas culturas humanas. À Educação Ambiental cabe, portanto, nãoapenas responder aos problemas pontuais, ou melhor dizendo, às externalidades de um projeto de civilidade em crise. Deve, sobretudo, compreender as ideias que conformam o campo epistemológico socioambiental e a dimensão ontológica e histórica das concepções antitéticas que opõe cultura e natureza. Deve, igualmente, se engajar na construção de uma compreensão mais integradora da história natural e da história das sociedades humanas, bem como das dimensões bi oficias e culturais que nos constituem CONCLUSÃO É imprescindível que todos se conscientizem de que a natureza é a fonte de energia de todos nós e se ela se desequilibra, consequentemente, todos nós nos desequilibramos. Este desequilíbrio é físico, mental, emocional e espiritual. O homem, como animal que é, também necessita da natureza para viver e não pode se furtar de uma discussão acerca de seu comportamento perante ela. REFERÊNCIAS BIBIOGRÁFICAS http://ecoviagem.uol.com.br/fique-por-dentro/artigos/meio-ambiente/meio-ambiente-e- sociedade-as-relacoes-homem-natureza-1316.asp https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/geografia/a-sociedade-meio-ambiente.htm http://35reuniao.anped.org.br/images/stories/trabalhos/GT22%20Trabalhos/GT22- 2024_int.pdf
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