Buscar

,aula 7 (1)

Prévia do material em texto

ASSISTÊNCIA AO RN PREMATURO
AULA 07
EC III TEÓRICO
CONCEITOS DE PREMATURIDADE
OMS – 1950: 
Todo RN vivo com 
peso de 
nascimento 
menor ou igual a 
2500 g;
OMS – Comitê de 
Especialistas em 
Saúde Materno-
infantil/1961: RN 
de baixo peso é 
todo RN vivo com 
peso de 
nascimento 
inferior a 2500g; 
Academia 
Americana de 
Pediatria(AAP) 
1970: RN vivo que 
nasce antes da 
38ª semana de 
idade gestacional;
OMS atual: Todo 
RN que nasce 
antes da 37ª
CONCEITOS DE PREMATURIDADE
Prematuridade Limítrofe: 36-36 semanas e 6 dias
Prematuridade moderada:31-35 semanas e 6 dias
Prematuridade Extrema: menos de 31 semanas
EPIDEMIOLOGIA DA PREMATURIDADE
- 15 milhões RNPT todos os anos no mundo;
- DUPLO RISCO: Biológico (imaturidade fisiológica);
Ambiental (condições de higiene, pobreza, baixa escolaridade)
- BRASIL: Mortalidade neonatal 70% em menores de 1 ano;
10º posição do ranking mundial de nascidos prematuros (60% nascimentos)
AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL
-Avaliar o risco de morbimortalidade afim de proporcionar assistência
adequada;
- Identificar e facilitar reconhecimento do RN quanto a relação entre seu
peso de nascimento e idade gestacional para avaliar seu crescimento e
desenvolvimento intrauterino;
AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA IG
DURANTE A GESTAÇÃO
DUM (regra de Naegele);
Medição de fundo uterino;
Ultrassonografia (até 20 semanas);
AO NASCER
Se RN com IG >28 sem: Método de Capurro
(subestimação da IG a partir da 35ª sem); 
Se RN <1500g: Método de Ballard, 
Se RN for pré termo extremo (IG<26 sem):
1. Valores do P. Cefálico ao Nascer;
2. Longitude da Espinha Dorsal (LED). 
AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL
CÁLCULO DA IDADE GESTACIONAL PELA DUM
Regra de Naegele: Adicionar a data da DUM sete dias e somar nove
meses (ou diminuir 3 meses).
Exemplo: 
DUM: 02/08/2004
DPP: 09/05/2005 (40 sem)
Nascimento: 11/03/2005
IG: 29(31-2)+30+31+30+31+31+28+11=221
221 dividido por 7 = 31 semanas e 4 dias
ASSISTÊNCIA AO RECÉM – NASCIDO
AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL 
AO NASCER: CAPURRO 
Extremamente fácil
Pode ser realizado na sala de parto ( Método Somático)
Método Somático: 5 caracteres físicos - Textura da Pele
- Forma da Orelha
- Glândula mamária
- Formação do mamilo
- Pregas Plantares 
ASSISTÊNCIA AO RECÉM – NASCIDO
AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL 
Método Somático-Neurológico:
- 4 caracteres físicos anteriores exceto formação do mamilo
-2 caracteres neurológicos
- Sinal do Xale
- Posição da cabeça ao levantar o RN
CAPURRO: CRITÉRIOS FÍSICOS
CAPURRO: CRITÉRIOS NEUROLÓGICOS
Somático: A+B+C+D+E+ 204 / 7
Somático-neurológico: B+C+D+E+F+G +200 / 7
EXEMPLO
CARACTERÍSTICAS O RECÉM-NASCIDO TEM: SUA PONTUAÇÃO SERÁ:
FORMA DA ORELHA 
Pavilhão parcialmente 
encurvado no bordo
superior 
8
TAMANHO DA
GLÂNDULA MAMÁRIA 
Palpável: menor de 5 mm 5
FORMAÇÃO DO MAMILO 
Diâmetro menor de 7,5mm.
Aréola lisa e chata 
5
TEXTURA DA PELE 
Algo mais grossa. Discreta 
descamação
superfcial. 
10
PREGAS PLANTARES 
Marcas mal defnidas na metade 
anterior 
5
TOTAL DE PONTOS 33
TOTAL DE PONTOS + 204 = SEMANAS DE GESTAÇÃO
7 (dias)
33 + 204 = 237/7 = 33 semanas
AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL: 
NEW BALLARD SCORE (NBS)
O NBS é um método de avaliação da IG pela análise de 6 parâmetros neurológicos
(postura, ângulo de flexão do punho, retração do braço, ângulo poplíteo, sinal do
xale, calcanhar-orelha) e 6 parâmetros físicos (pele, lanugo, superfície plantar,
glândula mamária, olhos/orelhas, genital masculino/ feminino);
Cada um dos parâmetros se atribui uma pontuação que na somatória determinará
a estimativa da idade gestacional, para a avaliação de IG no RN a partir de 20
semanas.
AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO MÉTODO 
BALLARD NEW BALLARD SCORE (NBS) - MATURIDADE 
NEUROMUSCULAR
1. Postura
Com o RN em repouso, observar a atitude dos 4 membros.
0. Deflexão total dos 4 membros. 
1. Flexão ligeira dos quadris e joelhos.
2. Flexão moderada ou acentuada dos membros inferiores e discreta flexão do 
antebraço.
3. Membros inferiores em flexão, quadris abduzidos, com membros superiores com 
alguma flexão (posição de batráquio).
4. Os quatro membros apresentam flexão igual e forte.
AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO MÉTODO 
BALLARD NEW BALLARD SCORE (NBS) - MATURIDADE 
NEUROMUSCULAR
SINAL 
CONTAGEM DA MATURIDADE DE NEURO-MUSCULAR CONTAGEM 
DO SINAL -1 0 1 2 3 4 5 
Postura 
 
 
 
AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO 
MÉTODO BALLARD NEW BALLARD SCORE 
(NBS) - MATURIDADE NEUROMUSCULAR
2 Ângulo de Flexão do punho
A flexibilidade e/ou a resistência da “janela quadrada” do pulso ao estiramento do
extensor são responsáveis pelo ângulo resultante da flexão do pulso.
Flexionar a mão sobre o punho, exercendo pressão suficiente para obter o máximo
de flexão possível. Medir o ângulo entre a iminência hipotenar e a face anterior do
antebraço.
AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO 
MÉTODO BALLARD NEW BALLARD SCORE 
(NBS) - MATURIDADE NEUROMUSCULARSINAL CONTAGEM DA MATURIDADE DE NEURO-MUSCULAR CONTAGEM 
DO SINAL -1 0 1 2 3 4 5 
Ângulo 
de 
Flexão 
do 
punho 
 
 
 
AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO 
MÉTODO BALLARD NEW BALLARD SCORE 
(NBS) - MATURIDADE NEUROMUSCULAR
3. Retração do braço
Com o RNPT em posição supina, o examinador coloca uma mão abaixo do cotovelo para
sustentação. Tomando a mão do RNPT, o examinador ajusta momentaneamente o
cotovelo em flexão e então estende momentaneamente o braço antes de liberar a mão.
O ângulo de recolhimento a que o antebraço retorna é anotado, e o quadrado apropriado
é selecionado na folha da contagem. O RN extremamente prematuro não exibirá nenhum
recolhimento do braço.
AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO 
MÉTODO BALLARD NEW BALLARD SCORE 
(NBS) - MATURIDADE NEUROMUSCULAR
SINAL 
CONTAGEM DA MATURIDADE DE NEURO-MUSCULAR CONTAGEM 
DO SINAL -1 0 1 2 3 4 5 
Retração 
do braço 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO 
MÉTODO BALLARD NEW BALLARD SCORE 
(NBS) - MATURIDADE NEUROMUSCULAR
4. Ângulo Popliteo:
Com o RN em decúbito dorsal e a pelve apoiada na superfície da mesa de exame, a perna 
é flexionada por completo sobre a coxa com uma das mãos, e com a outra mão a perna é 
estendida, observando-se o ângulo obtido.
a) É importante esperar até que o bebê pare de pular antes de estender o pé.
b) A posição pélvica interferirá com esta manobra nas primeiras 24 a 48 horas da idade
devido à fadiga intra-uterina do flexor.
AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO 
MÉTODO BALLARD NEW BALLARD SCORE 
(NBS) - MATURIDADE NEUROMUSCULAR
 SINAL 
CONTAGEM DA MATURIDADE DE NEURO-MUSCULAR CONTAGEM 
DO SINAL -1 0 1 2 3 4 5 
Ângulo 
Popliteo 
 
 
 
AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO 
MÉTODO BALLARD NEW BALLARD SCORE 
(NBS) - MATURIDADE NEUROMUSCULAR
5. Sinal do Xale: testa o tônus passivo dos flexores da cintura escapular. Com o RN em decúbito
dorsal, segurar umas das mãos e levá-la o máximo possível emdireção ao ombro do lado contralateral.
Permite- se levantar o cotovelo sobre o corpo. A contagem de pontos se faz segundo a localização do
cotovelo.
-1: cotovelo ultrapassa a linha axilar do lado oposto.
0: cotovelo atinge a linha a linha axilar anterior contralateral.
1: permanece entre a linha axilar contralateral e a linha média (linha mamilar)
2: cotovelo na linha média do tórax.
3:Linha mamilar 
4: Linha axilar
AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO 
MÉTODO BALLARD NEW BALLARD SCORE 
(NBS) - MATURIDADE NEUROMUSCULARSINAL 
CONTAGEM DA MATURIDADE DE NEURO-MUSCULAR CONTAGEM 
DO SINAL -1 0 1 2 3 4 5 
Sinal 
do 
Xale 
 
 
AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO 
MÉTODO BALLARD NEW BALLARD SCORE 
(NBS) - MATURIDADE NEUROMUSCULAR
6. Manobra de Calcanhar à Orelha: mede o tônus passivo flexor da cintura pélvica; Levar
um dos pés ao máximo possível em direção à cabeça, mantendo a pelve sobre a
mesa. Os marcos observados em ordem da maturidade crescente incluem a resistência
sentida quando o calcanhar está sobre ou próximo a:
Orelha (- 1);
Nariz (0);
Queixo (1);
Mamilo (2);
Umbigo (3);
Linha femoral (4)
AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO 
MÉTODO BALLARD NEW BALLARD SCORE 
(NBS) - MATURIDADE NEUROMUSCULAR
SINAL 
CONTAGEM DA MATURIDADE DE NEURO-MUSCULAR CONTAGEM 
DO SINAL -1 0 1 2 3 4 5 
Calcanhar à 
orelha 
 
 
 
AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO 
MÉTODO BALLARD NEW BALLARD SCORE 
(NBS) - MATURIDADE FÍSICA
1. Pele:
Antes do desenvolvimento da epiderme com seu estrato córneo, a pele é transparente e
adere ao dedo do examinador. Mais tarde alisa, engrossa e produz um lubrificante, o
vernix, que desaparece até o final da gestação.
AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO 
MÉTODO BALLARD NEW BALLARD SCORE 
(NBS) - MATURIDADE FÍSICA
SINAL
CONTAGEM FÍSICA DA MATURIDADE
-1 0 1 2 3 4 5
Pele
Pegajosa, 
friável, 
transparente
gelatinosa, 
vermelha, 
translúcida
Homogenea
mente rosa, 
veias 
visíveis 
rash ou 
descamação 
superficial 
poucas veias
Descamação 
grosseira, 
veias raras
Apergaminhada, 
fissuras 
profundas, sem 
vasos
Coriácea, 
fissuras 
profundas, 
enrugada
AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO 
MÉTODO BALLARD NEW BALLARD SCORE 
(NBS) - MATURIDADE FÍSICA
2. Lanugo: é o cabelo fino que cobre o corpo do feto.
Começa a aparecer aproximadamente na 24a a 25a semana e geralmente
abundante, especialmente entre os ombros e na parte superior do dorso, na 28a
semana do gestação. No RNPT extremo a pele não apresenta lanugo.
As áreas “calvas” surgem e tornam-se maiores sobre a área lombo-sacra. No RN a
termo, a maioria do dorso é desprovida de lanugo, isto é, “calva”.
RNPTs de mães diabéticas têm lanugo abundante na parte superior do dorso até
o termo.
AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO 
MÉTODO BALLARD NEW BALLARD SCORE 
(NBS) - MATURIDADE FÍSICA
SINAL 
CONTAGEM FÍSICA DA MATURIDADE CONTAGEM DO 
SINAL -1 0 1 2 3 4 5 
 
 Lanugo 
 
 nenhum escasso abundante 
Lanugo 
fino 
áreas 
calvas 
na maior 
parte 
calva 
 
 
AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO 
MÉTODO BALLARD NEW BALLARD SCORE 
(NBS) - MATURIDADE FÍSICA
3. Superfície Plantar: refere-se aos sulcos principais na planta do pé.
Os primeiros sulcos aparecem na porção anterior da planta do pé, pode ser
relacionado à flexão do pé intrautero e à desidratação da pele.
AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO 
MÉTODO BALLARD NEW BALLARD SCORE 
(NBS) - MATURIDADE FÍSICA
3. Superfície Plantar: Os RNs muito prematuros e extremamente imaturos não têm
nenhum sulco detectável no pé.
Para auxiliar na definição da idade gestacional destes infantes, usa-se a medida do
comprimento do pé ou a distância calcanhar-hálux. Isto é feito medindo a distância
entre a parte traseira do calcanhar e a ponta do hálux.
AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO 
MÉTODO BALLARD NEW BALLARD SCORE 
(NBS) - MATURIDADE FÍSICASINAL CONTAGEM FÍSICA DA MATURIDADE CONTAGEM 
DO SINAL -1 0 1 2 3 4 5 
Superfície 
Plantar 
 calcanhar-
hálux 
40-50mm: -
1 <40mm: -
2 
>50 mm 
sem 
marcas 
marcas 
tênues 
Sulcos na 
superfície 
anterior 
 
Sulcos 
nos 2/3 
anteriores 
Sulcos em 
toda a 
superfície 
plantar 
 
 
AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO 
MÉTODO BALLARD NEW BALLARD SCORE 
(NBS) - MATURIDADE FÍSICA
4. Glândula Mamária: consiste no tecido do peito que é estimulado para crescer
por estrógenos maternos e pelo tecido adiposo que é dependente do status
nutritivo fetal.
O examinador anota o tamanho do aréola e a presença ou a ausência de borda
(criado pelo desenvolvimento das papilas de Montgomery).
AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO 
MÉTODO BALLARD NEW BALLARD SCORE 
(NBS) - MATURIDADE FÍSICA
4. Glândula Mamária
O examinador deve palpar o tecido mamário abaixo da pele prendendo-o entre o
polegar e o indicador, estimando seu diâmetro em milímetros, e selecionando o
quadrado apropriado na folha da contagem.
O efeito do estrogênio materno pode produzir a ginecomastia neonatal do
segundo ao quarto dia de vida extra-uterina.
AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO 
MÉTODO BALLARD NEW BALLARD SCORE 
(NBS) - MATURIDADE FÍSICASINAL CONTAGEM FÍSICA DA MATURIDADE SINAL 
CONTAGEM -1 0 1 2 3 4 5 
Glândula 
mamária 
imperceptível 
Pouco 
perceptível 
aréola 
lisa sem 
glândula 
aréola 
parcialmente 
elevada 
Glândula 
1-2 mm 
aréola 
elevada 
Glândula 
3-4 mm 
Borda 
elevada 
Glândula 
5-10 mm 
 
 
AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO 
MÉTODO BALLARD NEW BALLARD SCORE 
(NBS) - MATURIDADE FÍSICA
5. Olhos/orelhas: O pavilhão auricular fetal muda de configuração e aumenta a
quantidade de cartilagem enquanto a maturação progride.
Em RN muito prematuros, a orelha pode permanecer dobrada quando liberada.
Nestes casos, o examinador anota o estado do desenvolvimento da pálpebra
como um indicador adicional da maturação fetal
AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO MÉTODO BALLARD 
NEW BALLARD SCORE (NBS) - MATURIDADE FÍSICASINAL 
CONTAGEM FÍSICA DA MATURIDADE SINAL 
CONTAGEM -1 0 1 2 3 4 5 
Olho/orelha 
pálpebras 
fundidas 
frouxamente: 
-1 
firmemente: 
-2 
pálpebras 
abertas 
pavilhão 
plano 
permanece 
dobrado 
Pavilhão 
parcialmente 
encurvado, 
mole com 
recolhimento 
lento 
Pavilhão 
completamente 
encurvado, 
mole c/ 
recolhimento 
rápido 
Pavilhão 
completamente 
encurvado, 
firme c/ 
recolhimento 
instantâneo 
cartilagem 
grossa 
orelha 
firme 
 
 
AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO MÉTODO BALLARD 
NEW BALLARD SCORE (NBS) - MATURIDADE FÍSICA
6. Genital –Masculino:
Os testículos fetais começam sua descida da cavidade peritoneal à bolsa escrotal
aproximadamente na 30a semana de gestação.
O testículo esquerdo precede o direito e alcança o escroto geralmente durante a 32 a
semana. Ambos os testículos são geralmente palpáveis ao longo dos canais inguinais
ao fim da 33 a - 34 a semana. Simultaneamente, a pele escrotal engrossa e
desenvolve rugas mais profundas e mais numerosas.
AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO MÉTODO 
BALLARD NEW BALLARD SCORE (NBS) - MATURIDADE FÍSICA
SINAL 
CONTAGEM FÍSICA DA MATURIDADE CONTAGEM 
DO SINAL -1 0 1 2 3 4 5 
Genital 
(macho) 
Escroto 
plano, 
liso 
Testículo 
fora da 
bolsa 
escrotal 
Sem 
rugas 
Testículo 
no canal 
superior, 
rugas 
raras 
Testículo 
descendo, 
poucas 
rugas 
Testículos 
na bolsa 
rugas bem 
visíveis 
Bolsa 
escrotal em 
pêndulo, 
rugas 
profundas 
 
 
AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO MÉTODO BALLARD 
NEW BALLARD SCORE (NBS) - MATURIDADE FÍSICA
7. Genital – Feminino: Na RNPT extrema, os lábios são planos e o clitóris é muito
proeminente e pode assemelhar-se ao masculino.
Quando a maturação progride, o clitóris torna-se menos proeminente e os pequenos
lábios tornam-se mais proeminentes.
Aproximando o termo, o clitóris e os pequenos lábios retraem e podem ser envolvidos
pelo desenvolvimento dos grandes lábios. Os grandes lábioscontem gordura e seu
tamanho é afetado pela nutrição intrauterina.
AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO MÉTODO 
BALLARD NEW BALLARD SCORE (NBS) - MATURIDADE FÍSICASINAL 
CONTAGEM FÍSICA DA MATURIDADE CONTAGEM 
DO SINAL -1 0 1 2 3 4 5 
Genital 
(fêmea) 
Clitóris 
proeminente 
lábios 
planos 
Clitóris 
proeminente 
Lábios 
menores 
pequenos 
Clitóris 
proeminente 
Pequenos 
lábios 
evidentes 
Lábios 
menores e 
maiores 
igualmente 
proeminentes 
Lábios 
maiores 
grandes e 
menores 
pequenos 
Lábios 
maiores 
recobrem 
o clitóris e 
lábios 
menores 
 
 
MATURIDADE NEUROMUSCULAR 
SINAL 
CONTAGEM CONTAGEM 
DO SINAL -1 0 1 2 3 4 5 
Postura 
 
 
Janela 
quadrada 
 
 
Retração 
do braço 
 
 
 
Ângulo 
Popliteo 
 
 
Sinal do 
Xale 
 
 
Calcanhar 
à orelha 
 
 
CONTAGEM TOTAL DE NEUROMUSCULAR 
 
MATURIDADE FÍSICA
SINAL
CONTAGEM FÍSICA CONTAGEM 
DO SINAL-1 0 1 2 3 4 5
Pele
Pegajoso, friável, 
transparente
gelatinoso, 
vermelho, 
translúcido
veias cor-de-rosa, 
visíveis lisas
rash
descascando 
superficial de 
&/ou, poucas 
veias
Descamação 
grosseira, áreas de 
palidez, raras veias
Apergaminhada, 
fissuras profundas, 
sem vasos
Coriácea, 
fissuras 
profundas, 
enrugada
Lanugo nenhum escasso abundante diluir Áreas sem pelo
Praticamente 
ausente
Superfície 
Plantar
salto-dedo do pé 
40-50mm: -1 
<40mm: -2
>50 milímetro
nenhum vinco
marcas vermelhas 
fracas
vinco transversal 
anterior somente
vinca a formiga. 2/3
sola inteira do 
excesso dos vincos
Peito imperceptível
Pouco
perceptível
aréola lisa sem 
glândula
aréola 
parcialmente 
elevada 
Glândula 
1-2 mm
aréola elevada
Glândula 
3-4 mm
Borda elevada 
Glândula 
5-10 mm
Olho/orelha
Pálpebras 
fundidas 
frouxamente: -1
firmemente: -2
Pálpebras 
abertas pavilhão 
plano permanece 
dobrado
Pavilhão 
parcialmente 
encurvado, mole 
com recolhimento 
lento
Pavilhão 
completamente 
encurvado, mole 
c/ recolhimento 
rápido
Pavilhão 
completamente 
encurvado, firme c/ 
recolhimento 
instantâneo
Cartilagem grossa
orelha firme
Genital 
(macho)
Escroto 
plano, liso
Testículo fora da 
bolsa escrotal
Sem rugas
Testículo no canal 
superior,
rugas raras
Testículo 
descendo,
poucas rugas
Testículos na bolsa 
rugas bem visíveis
Bolsa escrotal em 
pêndulo rugas 
profundas
Genital 
(fêmea)
Clitóris 
proeminente 
lábios planos
Clitóris 
proeminente 
Lábios menores 
pequenos
Clitóris 
proeminente 
Pequenos lábios 
evidentes
Lábios menores 
e maiores 
igualmente 
proeminentes
Lábios maiores 
grandes e menores 
pequenos
Lábios maiores 
recobrem o clitóris 
e lábios menores
CONTAGEM FÍSICA TOTAL DA MATURIDADE
AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO MÉTODO BALLARD 
NEW BALLARD SCORE (NBS) - AVALIAÇÃO DA MATURIDADE
TOTAL SCORE
(NEUROMUSCULAR + PHYSICAL) SEMANAS
-10 20
-5 22
0 24
5 26
10 28
15 30
20 32
25 34
30 36
35 38
40 40
45 42
50 44
:
A
VA
LIA
Ç
Ã
O
 D
A
 ID
A
D
E G
ESTA
C
IO
N
A
L
VA
LO
R
ES D
O
 PER
ÍM
ETRO
 C
EFÁ
LICO
 A
O
 N
A
SC
ER
PC(cm) I.G. (semanas) Peso(g) Mínimo Peso(g) Médio Peso(g) Máximo
18 20  1,5 180 380 580
19 21  1,5 240 450 670
20 22  1,5 320 530 740
21 23  1,5 360 610 860
22 24  1,5 420 700 980
23 25  2 480 770 1070
24 26  2 560 820 1160
25 27  2 620 960 1350
26 28  2,5 700 1100 1550
27 29  2,5 840 1280 1800
28 30  2,5 1000 1460 2000
29 31  2,5 1160 1640 2200
30 32  3 1300 1840 2370
31 33  3 1510 2070 2590
31,5 34  3 1770 2320 2900
32 35  3 2060 2610 3210
33 36  3 2320 2890 3510
AVALIAÇÃO DA IDADE 
GESTACIONAL 
LONGITUDE DA ESPINHA 
DORSAL (LED) EM MM 
(MARGEM SUPERIOR 1A
VERT. E MARGEM 
INFERIOR 12A VERT. 
TORÁCICA)
L.E.D I.G L.E.D I.G L.E.D I.G L.E.D I.G
50 22.8 63 27.3 76 32.7 89 38.0
51 23.1 64 27.6 77 33.1 90 38.6
52 23.5 65 27.9 78 33.5 91 38.9
53 23.8 66 28.3 79 33.8 92 39.3
54 24.2 67 28.6 80 34.2 93 39.6
55 24.5 68 29.0 81 34.5 94 40.0
56 24.8 69 29.3 82 34.8 95 40.3
57 25.2 70 29.7 83 35.2 96 40.7
58 25.6 71 30.0 84 35.5 97 41.0
59 25.9 72 30.4 85 35.9 98 41.4
60 26.3 73 31.0 86 36.2 99 41.7
61 26.6 74 32.1 87 36.6 100 42.0
62 26.8 75 32.4 88 37.0
ASSISTÊNCIA AO RECÉM – NASCIDO
AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL 
Classificação relacionando Peso e Idade Gestacional
PIG: abaixo do percentil 10;
AIG: entre os percentis 10 e 90;
GIG: acima do percentil 90.
Exemplo 01: RN, 31 semanas e 4 dias, peso 1610g, 
45 cm.
Conclusão: RN AIG
AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO PESO X IDADE GESTACIONAL
CLASSIFICAÇÃO RELACIONANDO PESO E IDADE 
GESTACIONAL
PIG: abaixo do percentil 10;
AIG: entre os percentis 10 e 90;
GIG: acima do percentil 90.
Exemplo 02: RN, 40 semanas, peso 2000g, 
45 cm.
Conclusão: RN PIG
Assistência ao recém-nascido de risco, P.R. Margotto, 2002.
AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO PESO X IDADE GESTACIONAL
FATORES DE RISCO:
Tabagismo;
HA crônica ou gestacional; 
Gestação Múltipla; 
Antecedentes de RCIU;
Infecções perinatais crônicas; 
Anomalias Congênitas;
Ganho Ponderal Materno insuficiente; 
Sangramento persistente no 2º trim.;
Consumo de álcool; 
Desnutrição Materna;
RETARDO DO CRESCIMENTO INTRA-UTERINO
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO FETAL
CRESCIMENTO DA PLACENTA 
Crescimento da placenta acontece até que seu
peso chegue 300g (considerando placenta sem
cordão e membranas) e o feto pese 2300g, o
que acontece após 36ª semana de gestação.
AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL
CRESCIMENTO DA PLACENTA
RCIU e Peso da placenta 
Placenta Adequada (>P 90) Placenta Grande (P10 e P90)
Malformações Infecção congênita 
Placenta Pequena (<P10)
Insuficiência Placentária 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO RNPT
CONTROLE TÉRMICO DO RNPT
A temperatura corporal é o resultado do balanço entre os mecanismos de produção
e de eliminação do calor. No RNPT pode ocorrer desequilíbrio desses mecanismos,
com aumento nas perdas e limitação na produção;
A capacidade de manter constante a temperatura corporal quando a temperatura
ambiental varia (homeotermia) é limitada no RN e o estresse do frio ocorre quando
a perda de calor excede a capacidade de produção.
CONTROLE TÉRMICO DO RNPT
AUMENTO DA PERDA DIMINUIÇÃO DA PRODUÇÃO
Maior área de superfície corporal Menor estoque de gordura marrom
Epiderme não queratinizada Menor resposta termogênica por hipóxia, 
restrição do crescimento intrauterino e doenças
Mais água extracelular (mais evaporação) Menor mobilização de noradrenalina e ácidos 
graxos livres
Maior quantidade de tecido subcutâneo Consumo de O2 limitado por problemas 
pulmonares
Menor capacidade de vasoconstrição cutânea
Baixa temperatura ambiental
CONTROLE TÉRMICO DO RNPT
A hipotermia no RN prematuro ocorre frequentemente, sendo fator de risco para
pior prognóstico, aumentando a morbidade e a mortalidade neonatais.
Quanto menor a idade gestacional e pós-natal e pior o estado clínico do RN pré-
termo, maior será a necessidade de suporte térmico ambiental para mantê-lo 
normotérmico
termorregulação no feto e no RN
O ambiente intrauterino é termoestável e o controle térmico fetal é dependente da mãe. O feto tem
taxa metabólica basal elevada e produz duas vezes mais calor por unidade de peso corporal que o
adulto;
Assim, atemperatura fetal é 0,5 a 1o C maior que a da mãe, estabelecendo um gradiente que propicia a
transferência de calor do feto para o organismo materno;
Ao nascimento, a transição do ambiente intrauterino, com temperatura em torno de 37,5 GRAUS, para o
ambiente seco e frio da sala de parto propicia importante perda de calor;
Se não houver intervenção, a temperatura do RN diminui em torno de 0,3º C por minuto;
TERMORREGULAÇÃO NO FETO E NO RN
Termogênese química - principal mecanismo de produção de calor no RN: 
*A gordura marrom deposita-se em locais como tecido subcutâneo, regiões interescapular, perivertebral e
perirrenal. É altamente vascularizada e está presente em fetos de 25 semanas de gestação, mas sua atividade
metabólica é muito reduzida antes de 32 semanas de gestação;
Liberação de 
noradrenalina nas 
terminações 
nervosas da gordura 
marrom*
Liberação do 
hormônio 
estimulante da 
tireoide 
(triiodotironina - T3)
Atuação com a 
noradrenalina na 
oxidação de ácidos 
graxos livres e o 
aumento da 
proteína 
termogenina
Produção de calor, 
com grande consumo 
de energia.
MECANISMOS DE PERDA DE CALOR NO PERÍODO NEONATAL
Além da prematuridade, a hipóxia e a restrição do crescimento intrauterino são
condições que comprometem a termogênese neonatal e aumentam o risco de
hipotermia;
São quatro as possíveis maneiras de perda de calor pelo RN: evaporação, radiação,
convecção e condução.
MECANISMOS DE PERDA DE CALOR NO PERÍODO NEONATAL
EVAPORAÇÃO:
Corresponde à perda insensível de água pela pele.
É a principal forma de perda de calor em RN prematuros, especialmente ao nascimento e nos
primeiros dias de vida, sendo inversamente proporcional às idades gestacional e pós-natal.
As principais causas dessa perda são pele ou cobertas molhadas e baixa umidade do
ambiente ou do ar inspirado. É especialmente importante em crianças em berços aquecidos
MECANISMOS DE PERDA DE CALOR NO PERÍODO NEONATAL
RADIAÇÃO:
Trata-se da perda de calor do RN para objetos ou superfícies mais frias que não estão em
contato com ele.
A principal causa dessa perda é a grande área da pele exposta a ambiente frio, o que pode
ocorrer no RN despido em incubadora, que perde calor para as paredes da mesma.
A utilização de incubadoras de parede dupla para RN pré-termo pequeno minimiza este
efeito. É por este mecanismo que os berços aquecidos fornecem calor aos bebês.
MECANISMOS DE PERDA DE CALOR NO PERÍODO NEONATAL
CONVECÇÃO:
Forma pela qual ocorre perda de calor da pele do RN para o ar ao seu redor.
O principal fator desencadeante dessa perda é o fluxo de ar frio na pele ou mucosas.
A manutenção das portinholas das incubadoras fechadas, assim como a lateral dos
berços aquecidos levantadas, são importantes métodos de prevenção deste tipo de
perda de calor.
MECANISMOS DE PERDA DE CALOR NO PERÍODO NEONATAL
CONDUÇÃO:
Trata-se da perda de calor do RN para a superfície fria em contato com ele.
Geralmente essa perda é pequena, pois os RN são colocados em superfícies
aquecidas.
MONITORIZAÇÃO DA TEMPERATURA
Aferição intermitente por via axilar (termômetro digital) ou contínua por sensor
abdominal.
Avaliação da temperatura retal: risco de lesão de mucosa, não permite avaliação
contínua e varia conforme a profundidade de inserção do termômetro e
presença de evacuação.
MONITORIZAÇÃO DA TEMPERATURA
Hipotermia: faixa de normalidade: temperatura de 36,5 a 37°C;
• Potencial estresse do frio (hipotermia leve): temperatura entre 36,0 e 36,4°C.
•Hipotermia moderada: temperatura entre 32,0 e 35,9°C.
• Hipotermia grave: temperatura menor que 32,0°C.
FATORES DE RISCO PARA HIPOTERMIA
FATORES DO RN: 
• Idade gestacional 
• Peso de nascimento 
• Asfixia
• Sepse 
• Outras doenças 
FATORES AMBIENTAIS: 
• Baixa temperatura na sala de parto
• Transporte neonatal
• Controle inadequado do ambiente 
térmico
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA HIPOTERMIA
• Sucção débil.
• Hipotonia.
• Letargia.
• Taquipneia ou apneia.
• Taquicardia ou bradicardia.
• Tremores.
• Quedas na saturação de O2
• Acidose.
• Vasoconstrição: pele com
coloração vermelho brilhante (falha
na dissociação da oxihemoglobina).
• Edema ou esclerema (devido
alteração na permeabilidade
capilar).
REPERCUSSÕES CLÍNICAS DA HIPOTERMIA NO RN
- ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS:
Diminuição da 
produção de 
surfactante
Aumento no 
consumo de oxigênio
Acidose metabólica
Hipoglicemia
Diminuição do 
débito cardíaco
Aumento na 
resistência vascular 
periférica
REPERCUSSÕES CLÍNICAS DA HIPOTERMIA NO RN
Dificuldade na 
adaptação à vida 
extrauterina
Hipóxia
Desconforto 
respiratório
Dificuldade em 
ganhar peso
Distúrbio de 
coagulação
Insuficiência renal
Enterocolite
necrosante
Hemorragia Peri 
intraventricular
Morte
- ALTERAÇÕES SE MANTIDA POR PERÍODOS PROLONGADOS:
PREVENÇÃO DE HIPOTERMIA
AO NASCIMENTO
• Manter a temperatura da sala de parto maior ou igual a 25°C.
• Ligar a fonte de calor radiante antes do nascimento e pré-aquecer os
campos.
• Recepcionar o RN em campos aquecidos e colocá-lo sob calor radiante.
• Secar e remover os campos úmidos.
PREVENÇÃO DE HIPOTERMIA
BARREIRAS CONTRA PERDA DE CALOR DO RNPT:
• Gorro: a cabeça corresponde a grande área de superfície corporal. O algodão é mais
indicado, evitar gorros confeccionados com outros materiais (malha, algodão
ortopédico, lã);
• Cobertura oclusiva com filme de polietileno, polivinil ou poliuretano: envolver o RN
prematuro em filme plástico reduz a perda evaporativa da pele e propicia temperatura
mais elevada à admissão em RNPT menor que 32 semanas. Os riscos dessa intervenção
estão relacionados à hipertermia, lesão e alteração da colonização de pele.
PREVENÇÃO DE HIPOTERMIA
BARREIRAS CONTRA PERDA DE CALOR DO RNPT:
• Uso de saco plástico: recomendada pelo Programa de Reanimação Neonatal da
Sociedade Brasileira de Pediatria em conjunto com a Academia Americana de Pediatria,
desde 2006, para todo RN prematuro menor que 28 semanas.
O RN deve ser colocado dentro de saco plástico de polietileno (30 x 50cm) envolvendo
todo o corpo até a altura do pescoço, imediatamente após ser colocado sob fonte de
calor radiante, sem ser secado e antes de serem iniciados os procedimentos de
reanimação. O saco plástico tem sido utilizado para RNPTs menores que 1.500g.
TRATAMENTO DE HIPOTERMIA
FONTE EXTERNA DE CALOR:
• Uso de colchão térmico: uso benéfico em RN prematuros de muito baixo peso. Deve-
se avaliar a efetividade e a segurança dessa fonte de calor, principalmente quanto ao risco
de hipertermia e queimaduras;
• Contato pele a pele: Favorece a amamentação e o vínculo mãe-filho e promove
liberação de ocitocina materna, que produz aumento na temperatura da pele materna,
funcionando como fonte de calor para o RN. Em RNPT com peso acima de 1.200g e em
boas condições de vitalidade, diminui o risco de hipotermia nas primeiras horas de vida.
TRATAMENTO DE HIPOTERMIA
CONTROLE DE TEMPERATURA PARA RNPT EM INCUBADORA E BERÇO AQUECIDO
OUTROS CUIDADOS NO CONTROLE TÉRMICO DO RN PREMATURO
Manutenção da integridade da pele: A fragilidade da pele dos RN prematuros favorece
lesões que resultam em aumento da perda insensível de água e do risco de infecção;
Cuidado na assistência ventilatória: Adequada umidificação e aquecimento da mistura
gasosa (de 35 a 38°C) são necessários para reduzir a perda evaporativa de calor por meio
do trato respiratório de RN prematuros sob ventilação mecânica;
Fototerapia: A preocupação com a fototerapia relaciona-se ao risco de aquecimento
excessivo e aumento da perda transepidérmica de água;
Posição Canguru: alternativa aos cuidados tradicionais para RNde baixo peso estáveis.
CUIDADOS COM A TERMORREGULAÇÃO DO RNPT 
SALA DE PARTO
1. Aquecimento da sala de parto (temperatura ambiental de 25o C).
2. Secagem do RN. RN prematuros com menos de 28 semanas: não secar e colocar em
saco de polietleno, que só será retirado na unidade neonatal .
3. Contato pele a pele (a depender da idade gestacional e da vitalidade do RN).
4. Aleitamento materno (a depender da idade gestacional e da vitalidade do RN).
5. Adiamento do banho e da pesagem.
CUIDADOS COM A TERMORREGULAÇÃO DO RNPT 
SALA DE PARTO
6. Uso de roupas e colchão aquecidos.
7. Manutenção da mãe e bebê juntos.
8. Transporte com aquecimento.
9. Ressuscitação com aquecimento.
10. Treinamento e consciência da equipe de cuidadores: é fundamental.
HIPERTERMIA
Os riscos da exposição fetal à febre materna e a associação entre hipertermia
fetal/neonatal e lesão cerebral.
Hipertermia é definida como temperatura corporal acima de 37,5° C.
As causas podem ser distribuídas em três grupos:
• Condições associadas a febre materna: anestesia peridural, corioamnionite,
infecção urinária.
• Condições do RN: infecção, desidratação, disfunção do sistema nervoso central,
medicações.
• Condições ambientais propiciando superaquecimento: ambiente muito quente,
falha no servo-controle do berço ou da incubadora, ou falha dos alarmes.
ATENÇÃO HUMANIZADA AO RECÉM-NASCIDO DE 
BAIXO PESO - MÉTODO CANGURU
Política de saúde instituída pelo Ministério da Saúde no
contexto da humanização da assistência neonatal.
É regulamentada por norma técnica lançada em
dezembro de 1999, publicada em 5 de julho de 2000 pela
Portaria Ministerial n° 693 e atualizada pela Portaria GM
nº 1683 de 12 de julho de 2007.
MÉTODO CANGURU
Tecnologia que vem mudando o paradigma da assistência neonatal no Brasil
porque amplia os cuidados prestados ao bebê e agrega a necessidade de uma
atenção voltada para os pais, irmãos, avós e redes de apoio familiar e social.
O sucesso do tratamento de um RN internado em UTI neonatal não é
determinado apenas pela sua sobrevivência e alta hospitalar, mas também
pela construção de vínculos que irão garantir a continuidade do aleitamento
materno (AM) e dos cuidados após a alta;
MÉTODO CANGURU
Assistência neonatal que implica em contato pele a pele o mais cedo possível entre
os pais e o RN, de forma crescente e pelo tempo que ambos entenderem ser
prazeroso e suficiente;
Promove autonomia e competência parental a partir do suporte da equipe, da
interação familiar e de redes sociais.
A prática do Método Canguru envolve: equipe de saúde, bebê, pai/mãe, irmãos,
avós e redes de apoio familiar e social. Todos esses sujeitos e suas relações estão em
jogo na dinâmica do cuidado humanizado.
PILARES DO MÉTODO:
• Acolhimento ao bebê e à sua família.
• Respeito às individualidades.
• Promoção de vínculos.
• Envolvimento da mãe nos cuidados do bebê.
• Estímulo e suporte para o AM.
• Construção de redes de suporte.
Consiste em mantê-lo com o mínimo de roupa possível para
favorecer o contato pele a pele com a mãe/pai, que devem
estar com o tórax descoberto.
Recomenda-se apenas o uso de fraldas. Em regiões mais frias,
podem também ser utilizados luvas, meias e gorro.
O bebê é colocado contra o peito, em decúbito prono na
posição vertical.
VANTAGENS DO METODO CANGURU
1. Redução do tempo de separação pai-mãe-filho. 
2. Aumento do vínculo pai-mãe-filho. 
3. Estímulo ao AM, permitindo maior frequência, 
precocidade e duração. 
4. Aumento da competência e confiança dos pais 
no cuidado do filho, inclusive após a alta 
hospitalar. 
5. Adequado controle térmico. 
6. Melhor relacionamento da família com a 
equipe de saúde. 
7. Estímulo sensorial adequado. 
8. Redução de infecção hospitalar. 
9. Redução do estresse e da dor dos RN. 
10. Melhor qualidade do desenvolvimento 
neurocomportamental e psicoafetivo dos RN 
de baixo peso.
CRITÉRIOS PARA INGRESSO NA UNIDADE CANGURU: 
Relativos ao bebê: 
• Estabilidade clínica. 
• Nutrição enteral plena – seio materno, 
sonda gástrica ou copo. 
• Peso mínimo de 1.250g. 
Relativos à mãe: 
• Desejo de participar, disponibilidade de 
tempo e de redes de apoio. 
• Capacidade de reconhecer sinais de 
estresse e situações de risco do RN. 
• Conhecimento e habilidade para 
manejar o bebê em posição canguru.
MANEJO E CONTROLE DA 
SENSOPERCEPÇÃO DO RNPT
Os RNPTs ficam suscetíveis a estímulos sensoriais inadequados e
danosos ao seu desenvolvimentos devido à rotina de atividades na
Unidade neonatal;
Deve-se intervir: - reduzindo luminosidade, ruído e manipulação do
bebê;
- promover períodos de descanso para minimizar o
alto nível de estresse ambiental;
MANEJO E CONTROLE DA 
SENSOPERCEPÇÃO DO RNPT
Variações dos sinais clínicos em resposta ao estresse 
ambiental:
• Aumento de PA, FC; Diminuição da SaO2;
• Exarcebação da resposta dolorosa;
• Dificuldade em alimentar/ baixo ganho de peso;
• Irritabilidade/inquietação/movimentos faciais bruscos;
• Alteração do ciclo sono/vigília;
MANEJO E CONTROLE DA INTEGRIDADE DA PELE DO RNPT
A pele do RNPT ao toque é quente, úmida e aveludada;
Manipulação do RNPT x risco de lesão da barreira da pele: fraldas, proeminências ósseas,
procedimentos, uso de antissépticos, cateteres, sondas e adesivos;
Lesões mais comuns no neonato: hematomas, eritemas, escoriações, equimoses, pústulas,
outras (descamação e/ou anomalias congênitas – Mielomeningocele, gastrosquise);
Ufaaa! 
Acabooouuuuuoooouuuuu!!!

Continue navegando

Outros materiais