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ASSISTÊNCIA AO RN PREMATURO AULA 07 EC III TEÓRICO CONCEITOS DE PREMATURIDADE OMS – 1950: Todo RN vivo com peso de nascimento menor ou igual a 2500 g; OMS – Comitê de Especialistas em Saúde Materno- infantil/1961: RN de baixo peso é todo RN vivo com peso de nascimento inferior a 2500g; Academia Americana de Pediatria(AAP) 1970: RN vivo que nasce antes da 38ª semana de idade gestacional; OMS atual: Todo RN que nasce antes da 37ª CONCEITOS DE PREMATURIDADE Prematuridade Limítrofe: 36-36 semanas e 6 dias Prematuridade moderada:31-35 semanas e 6 dias Prematuridade Extrema: menos de 31 semanas EPIDEMIOLOGIA DA PREMATURIDADE - 15 milhões RNPT todos os anos no mundo; - DUPLO RISCO: Biológico (imaturidade fisiológica); Ambiental (condições de higiene, pobreza, baixa escolaridade) - BRASIL: Mortalidade neonatal 70% em menores de 1 ano; 10º posição do ranking mundial de nascidos prematuros (60% nascimentos) AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL -Avaliar o risco de morbimortalidade afim de proporcionar assistência adequada; - Identificar e facilitar reconhecimento do RN quanto a relação entre seu peso de nascimento e idade gestacional para avaliar seu crescimento e desenvolvimento intrauterino; AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA IG DURANTE A GESTAÇÃO DUM (regra de Naegele); Medição de fundo uterino; Ultrassonografia (até 20 semanas); AO NASCER Se RN com IG >28 sem: Método de Capurro (subestimação da IG a partir da 35ª sem); Se RN <1500g: Método de Ballard, Se RN for pré termo extremo (IG<26 sem): 1. Valores do P. Cefálico ao Nascer; 2. Longitude da Espinha Dorsal (LED). AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL CÁLCULO DA IDADE GESTACIONAL PELA DUM Regra de Naegele: Adicionar a data da DUM sete dias e somar nove meses (ou diminuir 3 meses). Exemplo: DUM: 02/08/2004 DPP: 09/05/2005 (40 sem) Nascimento: 11/03/2005 IG: 29(31-2)+30+31+30+31+31+28+11=221 221 dividido por 7 = 31 semanas e 4 dias ASSISTÊNCIA AO RECÉM – NASCIDO AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL AO NASCER: CAPURRO Extremamente fácil Pode ser realizado na sala de parto ( Método Somático) Método Somático: 5 caracteres físicos - Textura da Pele - Forma da Orelha - Glândula mamária - Formação do mamilo - Pregas Plantares ASSISTÊNCIA AO RECÉM – NASCIDO AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL Método Somático-Neurológico: - 4 caracteres físicos anteriores exceto formação do mamilo -2 caracteres neurológicos - Sinal do Xale - Posição da cabeça ao levantar o RN CAPURRO: CRITÉRIOS FÍSICOS CAPURRO: CRITÉRIOS NEUROLÓGICOS Somático: A+B+C+D+E+ 204 / 7 Somático-neurológico: B+C+D+E+F+G +200 / 7 EXEMPLO CARACTERÍSTICAS O RECÉM-NASCIDO TEM: SUA PONTUAÇÃO SERÁ: FORMA DA ORELHA Pavilhão parcialmente encurvado no bordo superior 8 TAMANHO DA GLÂNDULA MAMÁRIA Palpável: menor de 5 mm 5 FORMAÇÃO DO MAMILO Diâmetro menor de 7,5mm. Aréola lisa e chata 5 TEXTURA DA PELE Algo mais grossa. Discreta descamação superfcial. 10 PREGAS PLANTARES Marcas mal defnidas na metade anterior 5 TOTAL DE PONTOS 33 TOTAL DE PONTOS + 204 = SEMANAS DE GESTAÇÃO 7 (dias) 33 + 204 = 237/7 = 33 semanas AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL: NEW BALLARD SCORE (NBS) O NBS é um método de avaliação da IG pela análise de 6 parâmetros neurológicos (postura, ângulo de flexão do punho, retração do braço, ângulo poplíteo, sinal do xale, calcanhar-orelha) e 6 parâmetros físicos (pele, lanugo, superfície plantar, glândula mamária, olhos/orelhas, genital masculino/ feminino); Cada um dos parâmetros se atribui uma pontuação que na somatória determinará a estimativa da idade gestacional, para a avaliação de IG no RN a partir de 20 semanas. AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO MÉTODO BALLARD NEW BALLARD SCORE (NBS) - MATURIDADE NEUROMUSCULAR 1. Postura Com o RN em repouso, observar a atitude dos 4 membros. 0. Deflexão total dos 4 membros. 1. Flexão ligeira dos quadris e joelhos. 2. Flexão moderada ou acentuada dos membros inferiores e discreta flexão do antebraço. 3. Membros inferiores em flexão, quadris abduzidos, com membros superiores com alguma flexão (posição de batráquio). 4. Os quatro membros apresentam flexão igual e forte. AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO MÉTODO BALLARD NEW BALLARD SCORE (NBS) - MATURIDADE NEUROMUSCULAR SINAL CONTAGEM DA MATURIDADE DE NEURO-MUSCULAR CONTAGEM DO SINAL -1 0 1 2 3 4 5 Postura AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO MÉTODO BALLARD NEW BALLARD SCORE (NBS) - MATURIDADE NEUROMUSCULAR 2 Ângulo de Flexão do punho A flexibilidade e/ou a resistência da “janela quadrada” do pulso ao estiramento do extensor são responsáveis pelo ângulo resultante da flexão do pulso. Flexionar a mão sobre o punho, exercendo pressão suficiente para obter o máximo de flexão possível. Medir o ângulo entre a iminência hipotenar e a face anterior do antebraço. AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO MÉTODO BALLARD NEW BALLARD SCORE (NBS) - MATURIDADE NEUROMUSCULARSINAL CONTAGEM DA MATURIDADE DE NEURO-MUSCULAR CONTAGEM DO SINAL -1 0 1 2 3 4 5 Ângulo de Flexão do punho AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO MÉTODO BALLARD NEW BALLARD SCORE (NBS) - MATURIDADE NEUROMUSCULAR 3. Retração do braço Com o RNPT em posição supina, o examinador coloca uma mão abaixo do cotovelo para sustentação. Tomando a mão do RNPT, o examinador ajusta momentaneamente o cotovelo em flexão e então estende momentaneamente o braço antes de liberar a mão. O ângulo de recolhimento a que o antebraço retorna é anotado, e o quadrado apropriado é selecionado na folha da contagem. O RN extremamente prematuro não exibirá nenhum recolhimento do braço. AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO MÉTODO BALLARD NEW BALLARD SCORE (NBS) - MATURIDADE NEUROMUSCULAR SINAL CONTAGEM DA MATURIDADE DE NEURO-MUSCULAR CONTAGEM DO SINAL -1 0 1 2 3 4 5 Retração do braço AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO MÉTODO BALLARD NEW BALLARD SCORE (NBS) - MATURIDADE NEUROMUSCULAR 4. Ângulo Popliteo: Com o RN em decúbito dorsal e a pelve apoiada na superfície da mesa de exame, a perna é flexionada por completo sobre a coxa com uma das mãos, e com a outra mão a perna é estendida, observando-se o ângulo obtido. a) É importante esperar até que o bebê pare de pular antes de estender o pé. b) A posição pélvica interferirá com esta manobra nas primeiras 24 a 48 horas da idade devido à fadiga intra-uterina do flexor. AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO MÉTODO BALLARD NEW BALLARD SCORE (NBS) - MATURIDADE NEUROMUSCULAR SINAL CONTAGEM DA MATURIDADE DE NEURO-MUSCULAR CONTAGEM DO SINAL -1 0 1 2 3 4 5 Ângulo Popliteo AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO MÉTODO BALLARD NEW BALLARD SCORE (NBS) - MATURIDADE NEUROMUSCULAR 5. Sinal do Xale: testa o tônus passivo dos flexores da cintura escapular. Com o RN em decúbito dorsal, segurar umas das mãos e levá-la o máximo possível emdireção ao ombro do lado contralateral. Permite- se levantar o cotovelo sobre o corpo. A contagem de pontos se faz segundo a localização do cotovelo. -1: cotovelo ultrapassa a linha axilar do lado oposto. 0: cotovelo atinge a linha a linha axilar anterior contralateral. 1: permanece entre a linha axilar contralateral e a linha média (linha mamilar) 2: cotovelo na linha média do tórax. 3:Linha mamilar 4: Linha axilar AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO MÉTODO BALLARD NEW BALLARD SCORE (NBS) - MATURIDADE NEUROMUSCULARSINAL CONTAGEM DA MATURIDADE DE NEURO-MUSCULAR CONTAGEM DO SINAL -1 0 1 2 3 4 5 Sinal do Xale AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO MÉTODO BALLARD NEW BALLARD SCORE (NBS) - MATURIDADE NEUROMUSCULAR 6. Manobra de Calcanhar à Orelha: mede o tônus passivo flexor da cintura pélvica; Levar um dos pés ao máximo possível em direção à cabeça, mantendo a pelve sobre a mesa. Os marcos observados em ordem da maturidade crescente incluem a resistência sentida quando o calcanhar está sobre ou próximo a: Orelha (- 1); Nariz (0); Queixo (1); Mamilo (2); Umbigo (3); Linha femoral (4) AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO MÉTODO BALLARD NEW BALLARD SCORE (NBS) - MATURIDADE NEUROMUSCULAR SINAL CONTAGEM DA MATURIDADE DE NEURO-MUSCULAR CONTAGEM DO SINAL -1 0 1 2 3 4 5 Calcanhar à orelha AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO MÉTODO BALLARD NEW BALLARD SCORE (NBS) - MATURIDADE FÍSICA 1. Pele: Antes do desenvolvimento da epiderme com seu estrato córneo, a pele é transparente e adere ao dedo do examinador. Mais tarde alisa, engrossa e produz um lubrificante, o vernix, que desaparece até o final da gestação. AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO MÉTODO BALLARD NEW BALLARD SCORE (NBS) - MATURIDADE FÍSICA SINAL CONTAGEM FÍSICA DA MATURIDADE -1 0 1 2 3 4 5 Pele Pegajosa, friável, transparente gelatinosa, vermelha, translúcida Homogenea mente rosa, veias visíveis rash ou descamação superficial poucas veias Descamação grosseira, veias raras Apergaminhada, fissuras profundas, sem vasos Coriácea, fissuras profundas, enrugada AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO MÉTODO BALLARD NEW BALLARD SCORE (NBS) - MATURIDADE FÍSICA 2. Lanugo: é o cabelo fino que cobre o corpo do feto. Começa a aparecer aproximadamente na 24a a 25a semana e geralmente abundante, especialmente entre os ombros e na parte superior do dorso, na 28a semana do gestação. No RNPT extremo a pele não apresenta lanugo. As áreas “calvas” surgem e tornam-se maiores sobre a área lombo-sacra. No RN a termo, a maioria do dorso é desprovida de lanugo, isto é, “calva”. RNPTs de mães diabéticas têm lanugo abundante na parte superior do dorso até o termo. AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO MÉTODO BALLARD NEW BALLARD SCORE (NBS) - MATURIDADE FÍSICA SINAL CONTAGEM FÍSICA DA MATURIDADE CONTAGEM DO SINAL -1 0 1 2 3 4 5 Lanugo nenhum escasso abundante Lanugo fino áreas calvas na maior parte calva AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO MÉTODO BALLARD NEW BALLARD SCORE (NBS) - MATURIDADE FÍSICA 3. Superfície Plantar: refere-se aos sulcos principais na planta do pé. Os primeiros sulcos aparecem na porção anterior da planta do pé, pode ser relacionado à flexão do pé intrautero e à desidratação da pele. AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO MÉTODO BALLARD NEW BALLARD SCORE (NBS) - MATURIDADE FÍSICA 3. Superfície Plantar: Os RNs muito prematuros e extremamente imaturos não têm nenhum sulco detectável no pé. Para auxiliar na definição da idade gestacional destes infantes, usa-se a medida do comprimento do pé ou a distância calcanhar-hálux. Isto é feito medindo a distância entre a parte traseira do calcanhar e a ponta do hálux. AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO MÉTODO BALLARD NEW BALLARD SCORE (NBS) - MATURIDADE FÍSICASINAL CONTAGEM FÍSICA DA MATURIDADE CONTAGEM DO SINAL -1 0 1 2 3 4 5 Superfície Plantar calcanhar- hálux 40-50mm: - 1 <40mm: - 2 >50 mm sem marcas marcas tênues Sulcos na superfície anterior Sulcos nos 2/3 anteriores Sulcos em toda a superfície plantar AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO MÉTODO BALLARD NEW BALLARD SCORE (NBS) - MATURIDADE FÍSICA 4. Glândula Mamária: consiste no tecido do peito que é estimulado para crescer por estrógenos maternos e pelo tecido adiposo que é dependente do status nutritivo fetal. O examinador anota o tamanho do aréola e a presença ou a ausência de borda (criado pelo desenvolvimento das papilas de Montgomery). AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO MÉTODO BALLARD NEW BALLARD SCORE (NBS) - MATURIDADE FÍSICA 4. Glândula Mamária O examinador deve palpar o tecido mamário abaixo da pele prendendo-o entre o polegar e o indicador, estimando seu diâmetro em milímetros, e selecionando o quadrado apropriado na folha da contagem. O efeito do estrogênio materno pode produzir a ginecomastia neonatal do segundo ao quarto dia de vida extra-uterina. AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO MÉTODO BALLARD NEW BALLARD SCORE (NBS) - MATURIDADE FÍSICASINAL CONTAGEM FÍSICA DA MATURIDADE SINAL CONTAGEM -1 0 1 2 3 4 5 Glândula mamária imperceptível Pouco perceptível aréola lisa sem glândula aréola parcialmente elevada Glândula 1-2 mm aréola elevada Glândula 3-4 mm Borda elevada Glândula 5-10 mm AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO MÉTODO BALLARD NEW BALLARD SCORE (NBS) - MATURIDADE FÍSICA 5. Olhos/orelhas: O pavilhão auricular fetal muda de configuração e aumenta a quantidade de cartilagem enquanto a maturação progride. Em RN muito prematuros, a orelha pode permanecer dobrada quando liberada. Nestes casos, o examinador anota o estado do desenvolvimento da pálpebra como um indicador adicional da maturação fetal AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO MÉTODO BALLARD NEW BALLARD SCORE (NBS) - MATURIDADE FÍSICASINAL CONTAGEM FÍSICA DA MATURIDADE SINAL CONTAGEM -1 0 1 2 3 4 5 Olho/orelha pálpebras fundidas frouxamente: -1 firmemente: -2 pálpebras abertas pavilhão plano permanece dobrado Pavilhão parcialmente encurvado, mole com recolhimento lento Pavilhão completamente encurvado, mole c/ recolhimento rápido Pavilhão completamente encurvado, firme c/ recolhimento instantâneo cartilagem grossa orelha firme AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO MÉTODO BALLARD NEW BALLARD SCORE (NBS) - MATURIDADE FÍSICA 6. Genital –Masculino: Os testículos fetais começam sua descida da cavidade peritoneal à bolsa escrotal aproximadamente na 30a semana de gestação. O testículo esquerdo precede o direito e alcança o escroto geralmente durante a 32 a semana. Ambos os testículos são geralmente palpáveis ao longo dos canais inguinais ao fim da 33 a - 34 a semana. Simultaneamente, a pele escrotal engrossa e desenvolve rugas mais profundas e mais numerosas. AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO MÉTODO BALLARD NEW BALLARD SCORE (NBS) - MATURIDADE FÍSICA SINAL CONTAGEM FÍSICA DA MATURIDADE CONTAGEM DO SINAL -1 0 1 2 3 4 5 Genital (macho) Escroto plano, liso Testículo fora da bolsa escrotal Sem rugas Testículo no canal superior, rugas raras Testículo descendo, poucas rugas Testículos na bolsa rugas bem visíveis Bolsa escrotal em pêndulo, rugas profundas AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO MÉTODO BALLARD NEW BALLARD SCORE (NBS) - MATURIDADE FÍSICA 7. Genital – Feminino: Na RNPT extrema, os lábios são planos e o clitóris é muito proeminente e pode assemelhar-se ao masculino. Quando a maturação progride, o clitóris torna-se menos proeminente e os pequenos lábios tornam-se mais proeminentes. Aproximando o termo, o clitóris e os pequenos lábios retraem e podem ser envolvidos pelo desenvolvimento dos grandes lábios. Os grandes lábioscontem gordura e seu tamanho é afetado pela nutrição intrauterina. AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO MÉTODO BALLARD NEW BALLARD SCORE (NBS) - MATURIDADE FÍSICASINAL CONTAGEM FÍSICA DA MATURIDADE CONTAGEM DO SINAL -1 0 1 2 3 4 5 Genital (fêmea) Clitóris proeminente lábios planos Clitóris proeminente Lábios menores pequenos Clitóris proeminente Pequenos lábios evidentes Lábios menores e maiores igualmente proeminentes Lábios maiores grandes e menores pequenos Lábios maiores recobrem o clitóris e lábios menores MATURIDADE NEUROMUSCULAR SINAL CONTAGEM CONTAGEM DO SINAL -1 0 1 2 3 4 5 Postura Janela quadrada Retração do braço Ângulo Popliteo Sinal do Xale Calcanhar à orelha CONTAGEM TOTAL DE NEUROMUSCULAR MATURIDADE FÍSICA SINAL CONTAGEM FÍSICA CONTAGEM DO SINAL-1 0 1 2 3 4 5 Pele Pegajoso, friável, transparente gelatinoso, vermelho, translúcido veias cor-de-rosa, visíveis lisas rash descascando superficial de &/ou, poucas veias Descamação grosseira, áreas de palidez, raras veias Apergaminhada, fissuras profundas, sem vasos Coriácea, fissuras profundas, enrugada Lanugo nenhum escasso abundante diluir Áreas sem pelo Praticamente ausente Superfície Plantar salto-dedo do pé 40-50mm: -1 <40mm: -2 >50 milímetro nenhum vinco marcas vermelhas fracas vinco transversal anterior somente vinca a formiga. 2/3 sola inteira do excesso dos vincos Peito imperceptível Pouco perceptível aréola lisa sem glândula aréola parcialmente elevada Glândula 1-2 mm aréola elevada Glândula 3-4 mm Borda elevada Glândula 5-10 mm Olho/orelha Pálpebras fundidas frouxamente: -1 firmemente: -2 Pálpebras abertas pavilhão plano permanece dobrado Pavilhão parcialmente encurvado, mole com recolhimento lento Pavilhão completamente encurvado, mole c/ recolhimento rápido Pavilhão completamente encurvado, firme c/ recolhimento instantâneo Cartilagem grossa orelha firme Genital (macho) Escroto plano, liso Testículo fora da bolsa escrotal Sem rugas Testículo no canal superior, rugas raras Testículo descendo, poucas rugas Testículos na bolsa rugas bem visíveis Bolsa escrotal em pêndulo rugas profundas Genital (fêmea) Clitóris proeminente lábios planos Clitóris proeminente Lábios menores pequenos Clitóris proeminente Pequenos lábios evidentes Lábios menores e maiores igualmente proeminentes Lábios maiores grandes e menores pequenos Lábios maiores recobrem o clitóris e lábios menores CONTAGEM FÍSICA TOTAL DA MATURIDADE AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO MÉTODO BALLARD NEW BALLARD SCORE (NBS) - AVALIAÇÃO DA MATURIDADE TOTAL SCORE (NEUROMUSCULAR + PHYSICAL) SEMANAS -10 20 -5 22 0 24 5 26 10 28 15 30 20 32 25 34 30 36 35 38 40 40 45 42 50 44 : A VA LIA Ç Ã O D A ID A D E G ESTA C IO N A L VA LO R ES D O PER ÍM ETRO C EFÁ LICO A O N A SC ER PC(cm) I.G. (semanas) Peso(g) Mínimo Peso(g) Médio Peso(g) Máximo 18 20 1,5 180 380 580 19 21 1,5 240 450 670 20 22 1,5 320 530 740 21 23 1,5 360 610 860 22 24 1,5 420 700 980 23 25 2 480 770 1070 24 26 2 560 820 1160 25 27 2 620 960 1350 26 28 2,5 700 1100 1550 27 29 2,5 840 1280 1800 28 30 2,5 1000 1460 2000 29 31 2,5 1160 1640 2200 30 32 3 1300 1840 2370 31 33 3 1510 2070 2590 31,5 34 3 1770 2320 2900 32 35 3 2060 2610 3210 33 36 3 2320 2890 3510 AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL LONGITUDE DA ESPINHA DORSAL (LED) EM MM (MARGEM SUPERIOR 1A VERT. E MARGEM INFERIOR 12A VERT. TORÁCICA) L.E.D I.G L.E.D I.G L.E.D I.G L.E.D I.G 50 22.8 63 27.3 76 32.7 89 38.0 51 23.1 64 27.6 77 33.1 90 38.6 52 23.5 65 27.9 78 33.5 91 38.9 53 23.8 66 28.3 79 33.8 92 39.3 54 24.2 67 28.6 80 34.2 93 39.6 55 24.5 68 29.0 81 34.5 94 40.0 56 24.8 69 29.3 82 34.8 95 40.3 57 25.2 70 29.7 83 35.2 96 40.7 58 25.6 71 30.0 84 35.5 97 41.0 59 25.9 72 30.4 85 35.9 98 41.4 60 26.3 73 31.0 86 36.2 99 41.7 61 26.6 74 32.1 87 36.6 100 42.0 62 26.8 75 32.4 88 37.0 ASSISTÊNCIA AO RECÉM – NASCIDO AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL Classificação relacionando Peso e Idade Gestacional PIG: abaixo do percentil 10; AIG: entre os percentis 10 e 90; GIG: acima do percentil 90. Exemplo 01: RN, 31 semanas e 4 dias, peso 1610g, 45 cm. Conclusão: RN AIG AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO PESO X IDADE GESTACIONAL CLASSIFICAÇÃO RELACIONANDO PESO E IDADE GESTACIONAL PIG: abaixo do percentil 10; AIG: entre os percentis 10 e 90; GIG: acima do percentil 90. Exemplo 02: RN, 40 semanas, peso 2000g, 45 cm. Conclusão: RN PIG Assistência ao recém-nascido de risco, P.R. Margotto, 2002. AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO PESO X IDADE GESTACIONAL FATORES DE RISCO: Tabagismo; HA crônica ou gestacional; Gestação Múltipla; Antecedentes de RCIU; Infecções perinatais crônicas; Anomalias Congênitas; Ganho Ponderal Materno insuficiente; Sangramento persistente no 2º trim.; Consumo de álcool; Desnutrição Materna; RETARDO DO CRESCIMENTO INTRA-UTERINO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO FETAL CRESCIMENTO DA PLACENTA Crescimento da placenta acontece até que seu peso chegue 300g (considerando placenta sem cordão e membranas) e o feto pese 2300g, o que acontece após 36ª semana de gestação. AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL CRESCIMENTO DA PLACENTA RCIU e Peso da placenta Placenta Adequada (>P 90) Placenta Grande (P10 e P90) Malformações Infecção congênita Placenta Pequena (<P10) Insuficiência Placentária ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO RNPT CONTROLE TÉRMICO DO RNPT A temperatura corporal é o resultado do balanço entre os mecanismos de produção e de eliminação do calor. No RNPT pode ocorrer desequilíbrio desses mecanismos, com aumento nas perdas e limitação na produção; A capacidade de manter constante a temperatura corporal quando a temperatura ambiental varia (homeotermia) é limitada no RN e o estresse do frio ocorre quando a perda de calor excede a capacidade de produção. CONTROLE TÉRMICO DO RNPT AUMENTO DA PERDA DIMINUIÇÃO DA PRODUÇÃO Maior área de superfície corporal Menor estoque de gordura marrom Epiderme não queratinizada Menor resposta termogênica por hipóxia, restrição do crescimento intrauterino e doenças Mais água extracelular (mais evaporação) Menor mobilização de noradrenalina e ácidos graxos livres Maior quantidade de tecido subcutâneo Consumo de O2 limitado por problemas pulmonares Menor capacidade de vasoconstrição cutânea Baixa temperatura ambiental CONTROLE TÉRMICO DO RNPT A hipotermia no RN prematuro ocorre frequentemente, sendo fator de risco para pior prognóstico, aumentando a morbidade e a mortalidade neonatais. Quanto menor a idade gestacional e pós-natal e pior o estado clínico do RN pré- termo, maior será a necessidade de suporte térmico ambiental para mantê-lo normotérmico termorregulação no feto e no RN O ambiente intrauterino é termoestável e o controle térmico fetal é dependente da mãe. O feto tem taxa metabólica basal elevada e produz duas vezes mais calor por unidade de peso corporal que o adulto; Assim, atemperatura fetal é 0,5 a 1o C maior que a da mãe, estabelecendo um gradiente que propicia a transferência de calor do feto para o organismo materno; Ao nascimento, a transição do ambiente intrauterino, com temperatura em torno de 37,5 GRAUS, para o ambiente seco e frio da sala de parto propicia importante perda de calor; Se não houver intervenção, a temperatura do RN diminui em torno de 0,3º C por minuto; TERMORREGULAÇÃO NO FETO E NO RN Termogênese química - principal mecanismo de produção de calor no RN: *A gordura marrom deposita-se em locais como tecido subcutâneo, regiões interescapular, perivertebral e perirrenal. É altamente vascularizada e está presente em fetos de 25 semanas de gestação, mas sua atividade metabólica é muito reduzida antes de 32 semanas de gestação; Liberação de noradrenalina nas terminações nervosas da gordura marrom* Liberação do hormônio estimulante da tireoide (triiodotironina - T3) Atuação com a noradrenalina na oxidação de ácidos graxos livres e o aumento da proteína termogenina Produção de calor, com grande consumo de energia. MECANISMOS DE PERDA DE CALOR NO PERÍODO NEONATAL Além da prematuridade, a hipóxia e a restrição do crescimento intrauterino são condições que comprometem a termogênese neonatal e aumentam o risco de hipotermia; São quatro as possíveis maneiras de perda de calor pelo RN: evaporação, radiação, convecção e condução. MECANISMOS DE PERDA DE CALOR NO PERÍODO NEONATAL EVAPORAÇÃO: Corresponde à perda insensível de água pela pele. É a principal forma de perda de calor em RN prematuros, especialmente ao nascimento e nos primeiros dias de vida, sendo inversamente proporcional às idades gestacional e pós-natal. As principais causas dessa perda são pele ou cobertas molhadas e baixa umidade do ambiente ou do ar inspirado. É especialmente importante em crianças em berços aquecidos MECANISMOS DE PERDA DE CALOR NO PERÍODO NEONATAL RADIAÇÃO: Trata-se da perda de calor do RN para objetos ou superfícies mais frias que não estão em contato com ele. A principal causa dessa perda é a grande área da pele exposta a ambiente frio, o que pode ocorrer no RN despido em incubadora, que perde calor para as paredes da mesma. A utilização de incubadoras de parede dupla para RN pré-termo pequeno minimiza este efeito. É por este mecanismo que os berços aquecidos fornecem calor aos bebês. MECANISMOS DE PERDA DE CALOR NO PERÍODO NEONATAL CONVECÇÃO: Forma pela qual ocorre perda de calor da pele do RN para o ar ao seu redor. O principal fator desencadeante dessa perda é o fluxo de ar frio na pele ou mucosas. A manutenção das portinholas das incubadoras fechadas, assim como a lateral dos berços aquecidos levantadas, são importantes métodos de prevenção deste tipo de perda de calor. MECANISMOS DE PERDA DE CALOR NO PERÍODO NEONATAL CONDUÇÃO: Trata-se da perda de calor do RN para a superfície fria em contato com ele. Geralmente essa perda é pequena, pois os RN são colocados em superfícies aquecidas. MONITORIZAÇÃO DA TEMPERATURA Aferição intermitente por via axilar (termômetro digital) ou contínua por sensor abdominal. Avaliação da temperatura retal: risco de lesão de mucosa, não permite avaliação contínua e varia conforme a profundidade de inserção do termômetro e presença de evacuação. MONITORIZAÇÃO DA TEMPERATURA Hipotermia: faixa de normalidade: temperatura de 36,5 a 37°C; • Potencial estresse do frio (hipotermia leve): temperatura entre 36,0 e 36,4°C. •Hipotermia moderada: temperatura entre 32,0 e 35,9°C. • Hipotermia grave: temperatura menor que 32,0°C. FATORES DE RISCO PARA HIPOTERMIA FATORES DO RN: • Idade gestacional • Peso de nascimento • Asfixia • Sepse • Outras doenças FATORES AMBIENTAIS: • Baixa temperatura na sala de parto • Transporte neonatal • Controle inadequado do ambiente térmico MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA HIPOTERMIA • Sucção débil. • Hipotonia. • Letargia. • Taquipneia ou apneia. • Taquicardia ou bradicardia. • Tremores. • Quedas na saturação de O2 • Acidose. • Vasoconstrição: pele com coloração vermelho brilhante (falha na dissociação da oxihemoglobina). • Edema ou esclerema (devido alteração na permeabilidade capilar). REPERCUSSÕES CLÍNICAS DA HIPOTERMIA NO RN - ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS: Diminuição da produção de surfactante Aumento no consumo de oxigênio Acidose metabólica Hipoglicemia Diminuição do débito cardíaco Aumento na resistência vascular periférica REPERCUSSÕES CLÍNICAS DA HIPOTERMIA NO RN Dificuldade na adaptação à vida extrauterina Hipóxia Desconforto respiratório Dificuldade em ganhar peso Distúrbio de coagulação Insuficiência renal Enterocolite necrosante Hemorragia Peri intraventricular Morte - ALTERAÇÕES SE MANTIDA POR PERÍODOS PROLONGADOS: PREVENÇÃO DE HIPOTERMIA AO NASCIMENTO • Manter a temperatura da sala de parto maior ou igual a 25°C. • Ligar a fonte de calor radiante antes do nascimento e pré-aquecer os campos. • Recepcionar o RN em campos aquecidos e colocá-lo sob calor radiante. • Secar e remover os campos úmidos. PREVENÇÃO DE HIPOTERMIA BARREIRAS CONTRA PERDA DE CALOR DO RNPT: • Gorro: a cabeça corresponde a grande área de superfície corporal. O algodão é mais indicado, evitar gorros confeccionados com outros materiais (malha, algodão ortopédico, lã); • Cobertura oclusiva com filme de polietileno, polivinil ou poliuretano: envolver o RN prematuro em filme plástico reduz a perda evaporativa da pele e propicia temperatura mais elevada à admissão em RNPT menor que 32 semanas. Os riscos dessa intervenção estão relacionados à hipertermia, lesão e alteração da colonização de pele. PREVENÇÃO DE HIPOTERMIA BARREIRAS CONTRA PERDA DE CALOR DO RNPT: • Uso de saco plástico: recomendada pelo Programa de Reanimação Neonatal da Sociedade Brasileira de Pediatria em conjunto com a Academia Americana de Pediatria, desde 2006, para todo RN prematuro menor que 28 semanas. O RN deve ser colocado dentro de saco plástico de polietileno (30 x 50cm) envolvendo todo o corpo até a altura do pescoço, imediatamente após ser colocado sob fonte de calor radiante, sem ser secado e antes de serem iniciados os procedimentos de reanimação. O saco plástico tem sido utilizado para RNPTs menores que 1.500g. TRATAMENTO DE HIPOTERMIA FONTE EXTERNA DE CALOR: • Uso de colchão térmico: uso benéfico em RN prematuros de muito baixo peso. Deve- se avaliar a efetividade e a segurança dessa fonte de calor, principalmente quanto ao risco de hipertermia e queimaduras; • Contato pele a pele: Favorece a amamentação e o vínculo mãe-filho e promove liberação de ocitocina materna, que produz aumento na temperatura da pele materna, funcionando como fonte de calor para o RN. Em RNPT com peso acima de 1.200g e em boas condições de vitalidade, diminui o risco de hipotermia nas primeiras horas de vida. TRATAMENTO DE HIPOTERMIA CONTROLE DE TEMPERATURA PARA RNPT EM INCUBADORA E BERÇO AQUECIDO OUTROS CUIDADOS NO CONTROLE TÉRMICO DO RN PREMATURO Manutenção da integridade da pele: A fragilidade da pele dos RN prematuros favorece lesões que resultam em aumento da perda insensível de água e do risco de infecção; Cuidado na assistência ventilatória: Adequada umidificação e aquecimento da mistura gasosa (de 35 a 38°C) são necessários para reduzir a perda evaporativa de calor por meio do trato respiratório de RN prematuros sob ventilação mecânica; Fototerapia: A preocupação com a fototerapia relaciona-se ao risco de aquecimento excessivo e aumento da perda transepidérmica de água; Posição Canguru: alternativa aos cuidados tradicionais para RNde baixo peso estáveis. CUIDADOS COM A TERMORREGULAÇÃO DO RNPT SALA DE PARTO 1. Aquecimento da sala de parto (temperatura ambiental de 25o C). 2. Secagem do RN. RN prematuros com menos de 28 semanas: não secar e colocar em saco de polietleno, que só será retirado na unidade neonatal . 3. Contato pele a pele (a depender da idade gestacional e da vitalidade do RN). 4. Aleitamento materno (a depender da idade gestacional e da vitalidade do RN). 5. Adiamento do banho e da pesagem. CUIDADOS COM A TERMORREGULAÇÃO DO RNPT SALA DE PARTO 6. Uso de roupas e colchão aquecidos. 7. Manutenção da mãe e bebê juntos. 8. Transporte com aquecimento. 9. Ressuscitação com aquecimento. 10. Treinamento e consciência da equipe de cuidadores: é fundamental. HIPERTERMIA Os riscos da exposição fetal à febre materna e a associação entre hipertermia fetal/neonatal e lesão cerebral. Hipertermia é definida como temperatura corporal acima de 37,5° C. As causas podem ser distribuídas em três grupos: • Condições associadas a febre materna: anestesia peridural, corioamnionite, infecção urinária. • Condições do RN: infecção, desidratação, disfunção do sistema nervoso central, medicações. • Condições ambientais propiciando superaquecimento: ambiente muito quente, falha no servo-controle do berço ou da incubadora, ou falha dos alarmes. ATENÇÃO HUMANIZADA AO RECÉM-NASCIDO DE BAIXO PESO - MÉTODO CANGURU Política de saúde instituída pelo Ministério da Saúde no contexto da humanização da assistência neonatal. É regulamentada por norma técnica lançada em dezembro de 1999, publicada em 5 de julho de 2000 pela Portaria Ministerial n° 693 e atualizada pela Portaria GM nº 1683 de 12 de julho de 2007. MÉTODO CANGURU Tecnologia que vem mudando o paradigma da assistência neonatal no Brasil porque amplia os cuidados prestados ao bebê e agrega a necessidade de uma atenção voltada para os pais, irmãos, avós e redes de apoio familiar e social. O sucesso do tratamento de um RN internado em UTI neonatal não é determinado apenas pela sua sobrevivência e alta hospitalar, mas também pela construção de vínculos que irão garantir a continuidade do aleitamento materno (AM) e dos cuidados após a alta; MÉTODO CANGURU Assistência neonatal que implica em contato pele a pele o mais cedo possível entre os pais e o RN, de forma crescente e pelo tempo que ambos entenderem ser prazeroso e suficiente; Promove autonomia e competência parental a partir do suporte da equipe, da interação familiar e de redes sociais. A prática do Método Canguru envolve: equipe de saúde, bebê, pai/mãe, irmãos, avós e redes de apoio familiar e social. Todos esses sujeitos e suas relações estão em jogo na dinâmica do cuidado humanizado. PILARES DO MÉTODO: • Acolhimento ao bebê e à sua família. • Respeito às individualidades. • Promoção de vínculos. • Envolvimento da mãe nos cuidados do bebê. • Estímulo e suporte para o AM. • Construção de redes de suporte. Consiste em mantê-lo com o mínimo de roupa possível para favorecer o contato pele a pele com a mãe/pai, que devem estar com o tórax descoberto. Recomenda-se apenas o uso de fraldas. Em regiões mais frias, podem também ser utilizados luvas, meias e gorro. O bebê é colocado contra o peito, em decúbito prono na posição vertical. VANTAGENS DO METODO CANGURU 1. Redução do tempo de separação pai-mãe-filho. 2. Aumento do vínculo pai-mãe-filho. 3. Estímulo ao AM, permitindo maior frequência, precocidade e duração. 4. Aumento da competência e confiança dos pais no cuidado do filho, inclusive após a alta hospitalar. 5. Adequado controle térmico. 6. Melhor relacionamento da família com a equipe de saúde. 7. Estímulo sensorial adequado. 8. Redução de infecção hospitalar. 9. Redução do estresse e da dor dos RN. 10. Melhor qualidade do desenvolvimento neurocomportamental e psicoafetivo dos RN de baixo peso. CRITÉRIOS PARA INGRESSO NA UNIDADE CANGURU: Relativos ao bebê: • Estabilidade clínica. • Nutrição enteral plena – seio materno, sonda gástrica ou copo. • Peso mínimo de 1.250g. Relativos à mãe: • Desejo de participar, disponibilidade de tempo e de redes de apoio. • Capacidade de reconhecer sinais de estresse e situações de risco do RN. • Conhecimento e habilidade para manejar o bebê em posição canguru. MANEJO E CONTROLE DA SENSOPERCEPÇÃO DO RNPT Os RNPTs ficam suscetíveis a estímulos sensoriais inadequados e danosos ao seu desenvolvimentos devido à rotina de atividades na Unidade neonatal; Deve-se intervir: - reduzindo luminosidade, ruído e manipulação do bebê; - promover períodos de descanso para minimizar o alto nível de estresse ambiental; MANEJO E CONTROLE DA SENSOPERCEPÇÃO DO RNPT Variações dos sinais clínicos em resposta ao estresse ambiental: • Aumento de PA, FC; Diminuição da SaO2; • Exarcebação da resposta dolorosa; • Dificuldade em alimentar/ baixo ganho de peso; • Irritabilidade/inquietação/movimentos faciais bruscos; • Alteração do ciclo sono/vigília; MANEJO E CONTROLE DA INTEGRIDADE DA PELE DO RNPT A pele do RNPT ao toque é quente, úmida e aveludada; Manipulação do RNPT x risco de lesão da barreira da pele: fraldas, proeminências ósseas, procedimentos, uso de antissépticos, cateteres, sondas e adesivos; Lesões mais comuns no neonato: hematomas, eritemas, escoriações, equimoses, pústulas, outras (descamação e/ou anomalias congênitas – Mielomeningocele, gastrosquise); Ufaaa! Acabooouuuuuoooouuuuu!!!
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