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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO CIÊNCIAS CONTÁBEIS
TÓPICOS AVANÇADOS
GUILHERME BATISTA DE MOURA
JESSICA SANTOS ALVES
PATRÍCIA TATIANE COSTA
VALERIA FERREIRA DE PASSOS
SIRLEI RODRIGUES RAMALHO
Araçuai
2016
GUILHERME BATISTA DE MOURA
JESSICA SANTOS ALVES
PATRÍCIA TATIANE COSTA
VALERIA FERREIRA DE PASSOS
SIRLEI RODRIGUES RAMALHO
TÓPICOS AVANÇADOS
Trabalho de Ciências Contábeis apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de Contabilidade.
Orientador: Prof. Do 8º Semestre.
Araçuai
2016
SUMÁRIO
SUMÁRIO	3
1	INTRODUÇÃO	4
2	PROCESSO DE FUSÃO	3
2.1	LANÇAMENTOS CONTÁBEIS CIA GARCIA	3
3	BALANÇO PATRIMONIAL	6
4	ANALISE DO BALANÇO	7
4.1	INDICE DE LIQUIDEZ CORRENTE	8
4.2	INDICE DE LIQUIDEZ SECA	8
4.3	INDICE DE LIQUIDEZ GERAL	9
4.4	INDICE DE ENDIVIDAMENTO GERAL	10
5	PESQUISA DE CAMPO	11
6	CONCLUSÃO	14
7	REFERENCIAS	15
INTRODUÇÃO
Sabe-se que o Brasil é conhecido como uma nação com as mais elevadas taxas de impostos do mundo. As entidades exercem diariamente diferentes atividades que carregam consigo deveres assessórios que devem ser cumpridos, entretanto não é assim que vem acontecendo. Concorrentemente a isso, os contribuintes deixam de pagar suas dívidas, mas também cometem erros gravíssimos como, por exemplo, informar dados que não expressam a verdadeira situação da empresa.
O fisco, pensando em propor um sistema digno de confiança e que emitisse segurança em relação às informações recebidas mudou a maneira com que era feita a prestação de contas das administrações, em geral, para que houvesse uniformidade na implantação do Sistema Público de Escrituração Digital – SPED que logo de início provocou resistências devido às inovações impostas.
Desse modo, realizar operações, serviços e venda de produtos sem gerar a NF-e é a maneira de mais fácil de atrair a atenção dos órgãos fiscalizadores do Governo Federal. Dessa forma, identifica-se que esse tipo de intransigência legal faz com que a sonegação fiscal vire um fato mais presente nas atividades das entidades do sistema tributário brasileiro.
Mediante isso, os escritórios de contabilidade funcionam como instrumentos de mediação na relação Contribuinte x Fisco, por meio de conselhos técnicos e informações às entidades particulares. Com isso, os escritórios se veem, cada vez mais, pressionados a promover os relatórios contábeis com maior presteza ainda, uma vez observado que qualquer dado falso transmitido pode significar uma notificação a caminho.
Enfim, a questão de estudo é demonstrar os empecilhos e impactos que os escritórios e seus clientes verificam por causa da instalação do SPED e sua complexa estrutura tributária. Pretende-se ainda, destacar quais as características conflitantes para solucionar os problemas advindos do tema.
3
PROCESSO DE FUSÃO
A fusão de empresas é um instrumento jurídico utilizado quando duas ou mais entidades são combinadas, gerando, assim, uma nova organização.
O que acontece frequentemente nas fusões é que as gestões das empresas fundidas passam a trabalhar juntas, dividindo cargos na administração até que as operações sejam, de fato, reunidas em um só formato hierárquico.
Esse processo normalmente se dá porque os gestores e sócios dos negócios envolvidos pensam ser um bom investimento, contando que terão retorno positivo sobre as operações feitas sob a nova pessoa jurídica surgida a partir da fusão.
LANÇAMENTOS CONTÁBEIS CIA GARCIA
	D- CAPITAL SOCIAL (GARCIA)
	200.000,00
	C- CONTA TRANSITORIA
	
	
D- FORNECEDOR (GARCIA)
	
60.000,00
	C- CONTA TRANSITORIA
	
	
D- IMPOSTO A PAGAR (GARCIA)
	
30.000,00
	C- CONTA TRANSITORIA
	
	
D- CONTAS A PAGAR (GARCIA)
	
20.000,00
	C- CONTA TRANSITORIA
	
	
D- LUCROS ACUMULADOS (GARCIA)
	
340.000,00
	C- CONTA TRANSITORIA
	
	C- CLIENTES (GARCIA)
	240.000,00
	D- CONTA TRANSITORIA
	
	
C- DISPONIBILIDADE (GARCIA)
	
150.000,00
	D- CONTA TRANSITORIA
	
	
C- ESTOQUES (GARCIA)
	
100.000,00
	D- CONTA TRANSITORIA
	
	
C- INVESTIMENTO (GARCIA)
	
50.000,00
	D- CONTA TRANSITORIA
	
	
C- IMOBILIZADO (GARCIA)
	
150.000,00
	D- CONTA TRANSITORIA
	
	
D- DEPRECIAÇÃO (GARCIA)
	
-40.000,00
	C- CONTA TRANSITORIA
	
5
LANÇAMENTOS CONTÁBEIS CIA PROENÇA
	D- CAPITAL SOCIAL (PROENÇA)
	500.000,00
	C- CONTA TRANSITORIA
	
	
D- FORNECEDOR (PROENÇA)
	
50.000,00
	C- CONTA TRANSITORIA
	
	
D- IMPOSTO A PAGAR (PROENÇA)
	
20.000,00
	C- CONTA TRANSITORIA
	
	
D- CONTAS A PAGAR (PROENÇA)
	
30.000,00
	C- CONTA TRANSITORIA
	
	
D- LUCROS ACUMULADOS (PROENÇA)
	
240.000,00
	C- CONTA TRANSITORIA
	
	C- CLIENTES (PROENÇA)
	200.000,00
	D- CONTA TRANSITORIA
	
	
C- DISPONIBILIDADE (PROENÇA)
	
100.000,00
	D- CONTA TRANSITORIA
	
	
C- ESTOQUES (PROENÇA)
	
300.000,00
	D- CONTA TRANSITORIA
	
	
C- INVESTIMENTO (PROENÇA)
	
100.000,00
	D- CONTA TRANSITORIA
	
	
C- IMOBILIZADO (PROENÇA)
	
200.000,00
	D- CONTA TRANSITORIA
	
	
D- DEPRECIAÇÃO (PROENÇA)
	
-60.000,00
	C- CONTA TRANSITORIA
	
LANÇAMENTOS CONTÁBEIS CIA SUCESSO
	D- CONTA TRANSITORIA
	
	C- CAPITAL SOCIAL (CIA SUCESSO)
	700.000,00
	
D- CONTA TRANSITORIA
	
	C- FORNECEDOR (CIA SUCESSO)
	110.000,00
	
D- CONTA TRANSITORIA
	
	C- IMPOSTO A PAGAR (CIA SUCESSO)
	50.000,00
	
D- CONTA TRANSITORIA
	
	C- CONTAS A PAGAR (CIA SUCESSO)
	50.000,00
	
D- CONTA TRANSITORIA
	
	C- LUCROS ACUMULADOS (CIA SUCESSO)
	580.000,00
	
C- CONTA TRANSITORIA
	
	D- CLIENTES (CIA SUCESSO)
	440.000,0
	
C- CONTA TRANSITORIA
	
	D- DISPONIBILIDADE (CIA SUCESSO)
	250.000,0
	
C- CONTA TRANSITORIA
	
	D- ESTOQUES (CIA SUCESSO)
	400.000,0
	
C- CONTA TRANSITORIA
	
	D- INVESTIMENTO (CIA SUCESSO)
	150.000,0
	
C- CONTA TRANSITORIA
	
	D- IMOBILIZADO (CIA SUCESSO)
	350.000,0
	
D- CONTA TRANSITORIA
	
	C- DEPRECIAÇÃO (CIA SUCESSO)
	-
100.000,00
––––––
	BALANÇO PATRIMONIAL
	ATIVO
	PASSIVO
	ATIVO CIRCULANTE
	
	
1.090.000,00
	
PASSIVO CIRCULANTE
	
	
210.000,00
	
Disponibilidades
	
250.000,00
	
	
Fornecedores
	
110.000,00
	
	Clientes
	440.000,00
	
	Impostos a pagar
	50.000,00
	
	Estoques
	400.000,00
	
	Contas a pagar
	50.000,00
	
	ATIVO NÃO
CIRCULANTE
	
	
400.000,00
	Patrimônio
Líquido
	
	
1.280.000,00
	Investimento
	150.000,00
	
	
Capital Social
	
700.000,00
	
	Imobilizado
	350.000,00
	
	
	
	
	(-) depreciação
	-100.000,00
	
	Lucros Acumulado
	580.000,00
	
	TOTAL
	1.490.000,00
	1.490.000,00
	TOTAL
	1.490.000,00
	1.490.000,00
ANALISE DO BALANÇO
Os índices de liquidez são razões entre determinadas variáveis contábeis de uma empresa que visam fornecer um indicador da capacidade da empresa de pagar suas dívidas, a partir da comparação entre os direitos realizáveis e as exigibilidades. No geral, a liquidez decorre da capacidade de a empresa ser lucrativa, da administração de seu ciclo financeiro e das suas decisões estratégicas de investimento e financiamento. Em outras palavras, o cálculo dos índices de liquidez iniciam com a comparação entre os direitos e as obrigações da empresa, com objetivo de identificar o grau de liquidez empresarial a partir da sua administração (ciclo financeiro e lucratividade).
Tais índices “são utilizados para avaliar a capacidade de pagamento da empresa, isto é, constitui uma apreciação sobre se a empresa tem capacidade para saldar seus compromissos. Essa capacidade de pagamento pode ser avaliada, considerando: longo prazo, curto prazo ou prazo imediato.” Para Matarazzo (2003, p. 163 - 164) “este índice não pode ser confundido com índice de capacidade de pagamento, pois os índicesde liquidez não são extraídos do fluxo de caixa que comparam as entradas com as saídas de dinheiro”. Observa-se na apreciação do Matarazzo uma preocupação em esclarecer que os índices de liquidez não podem ser considerados como aqueles que medem a capacidade de pagamento de uma empresa, uma vez que não são extraídos das entradas e saídas de caixa (fluxo de caixa). O autor esclarece que se os índices de liquidez apresentam um resultado bom, isso não pode ser entendido ‘definitivamente’ como uma condição de pagamento, pois é preciso analisar qualitativamente as contas e os ciclos destas para identificar seus prazos, giros e condições. Os índices desse grupo são um sinalizador da sua capacidade de pagamento, demonstrando a situação financeira da empresa. Mostram a relação entre o caixa e outros ativos em comparação com os seus passivos em uma associação lógica.
INDICE DE LIQUIDEZ CORRENTE
Segundo Iudícibus (2007, p. 91): Este quociente relaciona quantos reais dispomos, imediatamente, disponíveis e conversíveis em curto prazo em dinheiro, com relação às dívidas de curto prazo. É um índice muito divulgado e frequentemente considerado como o melhor indicador da situação de liquidez da empresa. É preciso considerar que no numerador (AC) estão incluídos itens tão diversos como: disponibilidade, valores a receber a curto prazo, estoques e certas despesas pagas antecipadamente. No denominador (PC), estão incluías as dívidas e obrigações vencíveis a curto prazo. Com tal afirmação, pode-se concluir que a liquidez corrente relaciona quanto que a empresa tem disponível e quanto que ela pode converter para pagar suas dívidas a curto prazo.
Segue abaixo a fórmula: Ativo Circulante / Passivo Circulante = Índice de Liquidez Corrente
AC= R$1090.000,00 / PC = R$210.000,00 
ILC = 5,1904
INDICE DE LIQUIDEZ SECA
O índice de liquidez seca objetiva calcular a capacidade de pagamento empresarial desconsiderando os seus estoques. 
Para Gitman e Madura (2003, p. 195): “O índice seco (quociente ácido) é parecido com o índice de liquidez de curto prazo, exceto por excluir o estoque, em geral é o ativo circulante de menor liquidez.” 
Entende-se que o índice de Liquidez Seca serve para verificar a tendência financeira da empresa em cumprir, ou não, com as suas obrigações a curto prazo, mas desconsiderando os seus estoques, pois estes podem ser obsoletos e não representar a realidade dos saldos apresentados no Balanço contábil. É importante também observar que se a empresa possui um estoque muito elevado, os analistas ou investidores vão considerar que não existem políticas adequadas de compras e vendas.
Segue abaixo a fórmula: (Ativo Circulante - Estoques) / Passivo Circulante = Índice de Liquidez Seca
(1090.000,00 – 400.000,00) / 210.000,00 = 3,28
INDICE DE LIQUIDEZ GERAL
Indica a liquidez econômica em longo prazo. 
Assaf Neto, (2007, p. 191) afirma que, “Esse indicador revela a liquidez, tanto a curto como a longo prazo. De cada $ 1 que a empresa tem de dívida, o quanto existe de direitos e haveres no circulante e no realizável a longo prazo.” 
Com o relato do autor, entende- se que esse índice aponta quanto a empresa possui em dinheiro, bens e direitos realizáveis a curto e longo prazo. É relevante esclarecer que esses índices são globais, que existe um fator muito importante a ser considerado, quando se avalia a capacidade de pagamento que é a estrutura de prazos (prazos de recebimentos e pagamentos) e do ciclo operacional. Exemplo: um supermercado compra a prazo e vende quase tudo à vista. A mera comparação entre ativo e passivo pode assustar o investidor, mas será um susto infundado: esses números são normais no setor, pois os estoques giram com muita rapidez e os fornecedores são pagos em dia, geralmente. Já nas indústrias de alimentos, a compra e a venda são a prazo. Por isso, é necessário ter-se uma ideia dos prazos médios de pagamento no setor da empresa analisada e o peso do giro dos estoques, para analisar convenientemente a liquidez da empresa.
Segue abaixo a fórmula: (AC + ARLP) / (PC + PNC) = Índice de Liquidez Geral
AC = Ativo Circulante
ARLP = Ativo Realizável a Longo Prazo
PC = Passivo Circulante
PNC = Passivo Não Circulante = Passivo Exigível a Longo Prazo = PELP
PC + PNC = Passivo Exigível
PC + PELP = Passivo Exigível
(1090.000,00 + 400.000,00) / (210.000,00 + 1.280.000,00) = 1
INDICE DE ENDIVIDAMENTO GERAL
Mostra a dependência da empresa com recursos externos á sociedade. Na empresa, temos recursos próprios e de terceiros, e a soma dessas duas origens de recursos está á disposição da administração para ser utilizada na atividade da empresa; esse índice mostra o quanto os recursos de terceiros representam percentualmente no total dos recursos aplicados nos ativos da empresa. Mostra também o percentual dos recursos de terceiros perante a totalidade dos recursos á disposição do administrador, que estão aplicados nos ativos da empresa. Indica a representatividade da divida no total dos recursos.
Pode ser calculado com a utilização da seguinte fórmula:
EG = PC + PNC / AT X 100
EG = 210.000,00 + 1.280.000,00 / 1.490.000,00 X 100
EG= 100
PESQUISA DE CAMPO
O Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) representa um aprimoramento de base tecnológica da relação entre os órgãos ficais e os contribuintes. Quando o Governo evolui os mecanismos de fiscalização, acaba por pressionar indivíduos e empresas a adotar tecnologia e adquirir novas competências para lidar com as modificações à medida que surjam.
Curiosamente, o número de informações exigidas pelo fisco não aumenta com o SPED, são as mesmas que eram registradas antes. O modelo digital, na verdade, significa um processo de modernização do esquema de controle fiscal e impacta diretamente as empresas de qualquer porte, inclusive as Pequenas e Médias Empresas (PME).
O propósito do SPED, cujo processo teve início desde 2007, é transformar os documentos contábeis em documentos digitais. Trabalhar com informações em formato eletrônico contribui para dar maior transparência à entrega dos dados e constitui uma nova forma de relacionamento entre os contribuintes e a Receita Federal.
A clareza na entrega das informações otimiza o processo e traz perspectivas positivas para o funcionamento a longo prazo, com benefícios para ambos os lados e reflexos na sociedade como um todo. A conversão para um modelo digital traz mais rigorosidade à fiscalização e, consequentemente, aumenta a arrecadação pública.
Em entrevista o professor especialista e palestrante Roberto Dias Duarte fala sobre o papel das novas tecnologias da tributação fiscal das empresas e a importância do empresário ter conhecimento sobre Gestão Fiscal. Confira:
As novas tecnologias tributárias vieram para auxiliar ou complicar a vida do empresário?
Na prática, as informações sobre a gestão de estoques, financeira, logística, tributária e de pessoal das empresas estão migrando do suporte físico, o papel; para o digital, por meio de documentos e livros fiscais eletrônicos. Essa mudança de meio de armazenamento do conhecimento empresarial representa um salto positivo gigantesco na história da administração. Empreendedores e gestores agora têm seus atos expostos em registros digitais que trafegam entre fornecedores, clientes, transportadores, organizações contábeis, e, obviamente, o fisco.
Qual o principal impacto da tecnologia tributária na contabilidade das empresas?
Neste ecossistema fiscal digital que integra empresas e autoridades, por exemplo, a existência de uma economia informal torna-se a cada dia mais difícil e cara. Assim, há uma tendência de uso das informações contábeis como apoio ao processo decisório. Isso só é possível com dados confiáveis e atualizados. Portanto, a integração entre os departamentos contábeis e tributários, terceirizados ou não, com os demais é um passo imprescindível.
O que não faz sentido é como podem ainda muitos empreendedores, gestores, consultores e líderes de entidades desconsiderarem este movimento e suas consequências,que são legalidade, governança empresarial, uso de tecnologia da informação e, sobretudo, comportamento ético.
Qual é o objetivo do Sped?
O objetivo principal do Sped é combater a sonegação, sem dúvida. Um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (Etco), estimou em 18,3% do Produto Interno Bruto o índice de informalidade, valor que teria correspondido a R$ 663,4 bilhões no ano passado. Para se ter uma ideia de como este problema ainda é grande, a economia informal no país equivale a uma Argentina. Estudos indicam que cerca de 30% dos trabalhadores autônomos e empregados domésticos atuam na informalidade, sendo que a própria Receita estima perdas anuais da ordem de R$ 3,5 bilhões. Portanto, ainda falta muito para "amansar" o Leão.
Por que o empresário deve entender o Sped?
O empresário deve entender bem o Sped não apenas para ficar em sintonia com as exigências legais, mas também porque esse movimento todo é um grande apelo à melhoria da gestão, sob os aspectos organização, controle e planejamento.
Como as informações foram digitalizadas, todas as operações realizadas estão registradas em um gigantesco “Facebook Tributário”, que também poderá auxiliar em muito o dia a dia do próprio empreendedor.
Além disso, essa rede digital forma um ecossistema interconectado de troca de informações entre clientes, fornecedores, transportadoras, organizações contábeis e, obviamente, autoridades tributárias. Em outras palavras, o rei ficou nu. Ou melhor, as empresas ficaram nuas, estão completamente expostas. Principalmente aos olhos do seu sócio principal, o Estado.
CONCLUSÃO
Diante do exposto, conclui-se que a ferramenta chamada SPED consegue revolucionar não só o ramo da contabilidade, pois proporciona mudanças em toda a sociedade, dentre elas destacam-se benefícios como: redução de custos, maior confiabilidade nos dados, agilidade e racionalização de processos, desburocratização de procedimentos e proporciona a diminuição da emissão de papéis.
O cenário atual indica que esta é uma era muito importante para os profissionais da contabilidade, exigindo-se uma conduta cada vez mais participativa nos resultados e direcionada à gestão das informações dos clientes visto que se transformou o conceito a respeito do profissional contábil o qual deixou de possuir uma postura apenas operacional e assumiu uma estratégica e funcional junto aos empresários do país. Assim sendo é imprescindível que o Contador esteja em constante processo de atualização e aprendizagem de leis e informativos propostos pelo Poder Público.
Em outro momento, abordou-se a reação dos empresários à ferramenta do erário público, os quais não conseguem o devido suporte pelos entes responsáveis e isso provocou inicialmente grandes dificuldades para emissão dos relatórios constantes da contabilidade.
Nessa perspectiva, constatou-se que faltam pessoas qualificadas no mercado para atender as demanda do SPED e isso reflete na qualidade dos serviços prestados, haja vista que a falta de conhecimento contribui para equívocos e para que futuramente sofram penalidades.
Analisou-se ainda, o processo de evolução da escrituração contábil, que com a implementação do SPED evoluiu para um conjunto de meios digitais, os quais as empresas enviam utilizando-se da certificação digital e depois, em tempo real, caem nos bancos de dados do fisco, logo depois eles são validados e confrontados com outras declarações para garantir a integridade e validade jurídica das informações. Mediante isso, percebe-se que a fiscalização é muito mais intensificada, a fim de que cada registro de escrituração seja submetido a uma análise criteriosa.
REFERENCIAS
ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e Análise de Balanços, Um Enfoque Econômico Financeiro, São Paulo: Atlas 2000.
MATARAZZO, Dante C. Análise Financeira de Balanço, Abordagem Básica e Gerencial, São Paulo: Atlas 1998.
VICECONTI, Paulo E. V., NEVES, Silvério das. Contabilidade Avançada e Análise das Demonstrações Financeiras. São Paulo, Frase, 2001.
IUDICIBUS, Sergio de. Analise de Balanço, Análise da Liquidez e do Endividamento Análise do Giro, Rentabilidade e Alavancagem Financeira. São Paulo, Atlas, 1998.
SILVA , Daniel S.; GODOY, José A.; CUNHA, José X,; NETO Pedro C. Manual de Procedimentos Contábeis para Micro e Pequenas Empresas, Brasília, Sebrae, 1998.
MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial/ José Carlos Marion. - 14. ed. - São Paulo: Atlas, 2009.
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