HISTÓRIA DA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NO BRASIL

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TÉCNICAS DE EXAME PSICOLÓGICO I
PROFESSOR: PAULO COGO, Doutor.
CURSO DE PSICOLOGIA
HISTÓRIA DA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NO BRASIL
HISTÓRIA DA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NO BRASIL
INTRODUÇÃO
A história da Avaliação Psicológica no Brasil começa no início do século XIX como uma versão do movimento europeu e norte-americano, que começa oficialmente no início do século XX, se confundindo com a própria história e desenvolvimento da Psicologia no país.
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É importante lembrar que o desenvolvimento da Psicologia no Brasil está diretamente associado à sistematização de conhecimentos sobre processos básicos psicológicos e ao uso experimental de medidas psicológicas para verificação de estágios de desenvolvimento e aprendizagem humanos.
A história da Avaliação Psicológica no Brasil e no mundo se confunde com a história dos testes psicológicos.
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A Psicologia no Brasil firmou-se nas décadas de 20 e 30 do século XX, influenciada por três vertentes:
1ª. Instrumentalização do conhecimento psicológico no meio pedagógico visando o exame das condições cognitivas dos alunos.
2ª. Introdução progressiva do conhecimento oriundo da Psicologia Industrial e do Trabalho.
3ª. Produção científica no meio acadêmico e a geração de processos de intervenção clínica na Psiquiatria e Psicologia.
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PRINCIPAIS PERÍODOS
Em que se podem assinalar pontos de crescimento da produção técnica e científica quanto aos principais objetivos desenvolvidos na Psicologia Científica Brasileira.
1836-1930 – Da produção científica e acadêmica médica
1930-1962 – Do estabelecimento e difusão da Psicologia no ensino nas universidades
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1962-1970 – Do reconhecimento da profissão de psicólogo e da criação dos primeiros cursos de graduação em Psicologia
1970-1990 – Da implantação dos primeiros cursos de pós-graduação em Avaliação Psicológica
1990 - Da emergência dos laboratórios de pesquisa em Avaliação Psicológica
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1836-1930 – DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA E ACADÊMICA MÉDICA
Três aspectos são citados pelos historiadores da Psicologia no Brasil:
1. A Psicologia surge como um novo campo de investigação junto às faculdades de Medicina.
Muitos estudos e publicações científicas e acadêmicas oriundos da Medicina.
Em geral, os temas abordados nas teses acadêmicas relacionavam-se às questões de Neurologia, Psiquiatria e Saúde Mental.
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Também a atenção voltada para a busca da compreensão do homem e para os estudos da inteligência deram origem às primeiras referências à Psicologia.
Foi nos cursos de Medicina das Faculdades do Rio de Janeiro (Capital Federal) e da Bahia (Salvador) que, à semelhança da Europa, ou seja, baseados em ideias de cunho positivista, vinculadas à Psiquiatria, surgem os primeiros estudos científicos e acadêmicos de Psicologia no Brasil.
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1836 - Tese de Manuel Inácio de Figueiredo - Considerações sobre as paixões e affectos d’Almaem Geral, e em particular sobre o amor, amizade, gratidão, e amor da pátria (Rio de Janeiro)
1843 - Tese de José Augusto César de Menezes - Proposições a respeito da inteligência (Rio de Janeiro)
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1851
Uma das primeiras a apresentar uma preocupação objetiva sobre a natureza das funções psicológicas é a de Francisco Tavares da Cunha, defendida em 1851 em Salvador, sob o título Psicofisiologia acerca do homem, 28 anos antes da instalação do primeiro Laboratório de Psicologia Experimental de Wilhelm Wundt.
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1840-1900
Para se ter uma ideia da representação da ciência psicológica no meio acadêmico, só na Faculdade de Medicina da Bahia, entre 1840 e 1900, foram defendidas 42 teses com assuntos relacionados à Psicologia.
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2. Uso de métodos da Psicologia nas escolas normais – há um movimento da Psicologia Pedagógica no Rio de Janeiro e em São Paulo.  
1890 - No Rio de Janeiro, surge o primeiro laboratório de Psicologia Aplicada à Educação na instituição de Aperfeiçoamento Pedagógico de Professores Pedagogium, que funcionou até 1917.
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Desde a sua criação em 1890 até 1897, este laboratório teve importância na divulgação dos estudos de problemas psicológicos no meio acadêmico pedagógico. 
1884 / 1898
Foram realizados estudos dirigidos à Psiquiatria que deram ênfase à avaliação psiquiátrica em instituições de saúde, como o Hospital Psiquiátrico São Pedro (em Porto Alegre, no ano de 1884) e o Hospital do Juqueri (na cidade de São Paulo, no ano de 1898).
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1897
O funcionário público, jornalista, professor, político, contista, poeta, orador, romancista, teatrólogo, ensaísta e memorialista brasileiro José Joaquim Medeiros e Albuquerque foi nomeado diretor de instrução pública na capital da República e imprimiu um caráter de centro de cultura superior aberto ao público, realizando uma conferência sobre fisiologia do sistema nervoso.
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Medeiros e Albuquerque foi pioneiro na divulgação da Teoria Periférica das Emoções de William James e C. Lang que entendia que um indivíduo, após perceber um estímulo que, de alguma forma o afeta, sofre alterações fisiológicas perturbadoras, como palpitações, falta de ar, angústia, etc.
E é precisamente o reconhecimento desses sintomas pelo cérebro que gera a emoção.
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No Brasil, foi um dos primeiros autores a escrever um livro sobre Psicanálise intitulado Psicologia de um Neurologista – Freud e suas teorias sexuais (1919) e, também, o primeiro a publicar um livro sobre testes psicológicos, no ano de 1924 Tests, introdução ao estudo dos meios científicos de julgar a inteligência e a aplicação dos alunos.
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É bem verdade que já haviam sido inaugurados os primeiros laboratórios dedicados a pesquisa de testes psicológicos, como os laboratórios Pedagogium, por Manoel Bonfim, em 1906, e o laboratório do Hospício Nacional, por Maurício de Medeiros, em 1907, ambos no Rio de Janeiro.
Mas, o livro de Medeiros e Albuquerque é a primeira sistematização “desta novidade vinda da Europa”, que alcançou grande repercussão na época.
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Em 1900, com a divulgação da tese de Henrique Roxo Duração dos atos psíquicos elementares, a Psicologia passa a ser apontada como uma ciência fundamental da propedêutica psiquiátrica*, com a primeira investigação de ordem propriamente científica fundamentada em documentação experimental.
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*Conjunto de procedimentos pelos quais um paciente é examinado, evidenciando sinais e sintomas, com a finalidade de se chegar a uma hipótese diagnóstica (anamnese, entrevista, exame do estado mental, etc.).
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3. Surgimento de centros de pesquisa psicobiológica junto aos laboratórios em instituições relacionadas à área de saúde
1907
Surge o primeiro Laboratório de Psicologia do Hospital Nacional de Alienados em 1907.
1913
Fernandes Figueira, médico pediatra, utilizou, pela primeira vez, um teste de inteligência com pacientes do Hospício Nacional em 1913.
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A escala Binet-Simon foi, portanto, o primeiro instrumento estruturado de avaliação a ser empregado no país (sua revisão foi chamada de escala de inteligência Stanford-Binet e considerada o primeiro instrumento útil pra a mensuração da capacidade cognitiva geral – conhecida como Quociente de Inteligência, ou QI).
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1914
Em 1914, é inaugurado o Laboratório de Pedagogia Experimental na Escola Normal, cujo foco era os estudos de memória, inteligência infantile psicomotricidade.
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1930-1962 – DO ESTABELECIMENTO E DIFUSÃO DA PSICOLOGIA NO ENSINO NAS UNIVERSIDADES
Apesar do ensino de Psicologia, antes da lei de 1962, se encontrar restrito às escolas normais, novos programas foram criados, entre eles, os laboratórios de Psicologia, que contaram com a colaboração de representantes da comunidade internacional, como o psicólogo e psicometrista francêsTheodore Simon.
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Theodore Simon atuou no laboratório de Psicologia, situado na Escola de Aperfeiçoamento Pedagógico em Belo Horizonte, chefiado por Helena Antipoff e dedicado aos estudos da inteligência geral, aprendizagem, memória, psicomotricidade, julgamento social e julgamento moral, personalidade e tipos de criança, entre outros.
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Havia, também, o Serviço de Psicologia Aplicada na Faculdade de Educação em São Paulo, no qual foi instalado o Laboratório de Psicologia Educacional e, em 1932, os cursos de aperfeiçoamento e especialização voltados à Psicologia na Escola Nacional, posteriormente, Instituto de Educação, na cidade do Rio de Janeiro.
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Com a fundação de algumas universidades (a USP é a primeira em 25 de janeiro de 1934), surgiram várias disciplinas de Psicologia ensinadas em diferentes cursos da época (Medicina, Filosofia, Direito, Administração, Sociologia).
O ensino de Psicologia estimulou as primeiras pesquisas psicológicas, sendo a pioneira na área de Psicologia Social e relações humanas a realizada por Eliezer Schneider.
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Em São Paulo, no ano de 1927, o psicólogo francês Henri Pierón, nascido em 1881 e falecido em 1964, que ocupou o lugar de Alfred Binet no Laboratório de Psicologia na Sorbonne, lecionou Psicologia Experimental e Psicometria na USP.
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Neste período pesquisas psicológicas também foram desenvolvidas fora do ambiente acadêmico, nos centros orientados para questões do trabalho, tais como o Instituto de Seleção e Orientação Profissional (ISOP), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC), dentre outros.
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Sob a direção do psicólogo, médico psiquiatra, professor de Psicologia e sociólogo cubano Emílio Mira y López foi criado em oito de agosto de 1947 o ISOP – Instituto de Seleção e Orientação Profissional do Rio de Janeiro com o propósito de proporcionar os mais modernos e eficazes recursos de Psicologia Aplicada ao ensino, à administração, à indústria e ao comércio.
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Pesquisas psicológicas também foram desenvolvidas em centros pedagógicos de educação, onde foram realizadas adaptações e revisões de numerosos testes de inteligência e aptidão, incluindo a elaboração de testes para medida psicológica e verificação do rendimento do ensino.
Em 1981 sua denominação mudou para Instituto Superior de Estudos e Pesquisas Psicossociais, mantendo-se contudo a sigla ISOP.
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O primeiro setor do mundo social do trabalho em que se deu a aplicação da Psicologia foi o setor de transportes, origem do campo de atuação da Psicologia do Trânsito.
Em 1951, o ISOP iniciou o exame de candidatos para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) por meio de entrevistas, provas de aptidão e personalidade e, em 1962, o Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAM) estendeu o exame psicotécnico a todos os candidatos a CNH.
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A instrumentação utilizada pelos pesquisadores da época estava amparada nos testes psicológicos de inteligência, aptidão, inventário de personalidade e projetivos, no entanto, foram as avaliações de inteligência e de personalidade as maiores responsáveis pelo aumento de publicações de artigos em periódicos científicos referentes à avaliação psicológica neste período no país.
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Apesar da falta de regulamentação do ensino e da prática, em 1953, inicia-se o primeiro curso superior autônomo de Psicologia, na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.
No mesmo ano, a congregação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP), a partir de proposta de Annita Cabral, aprova a criação do curso de Psicologia da instituição, embora este comece a funcionar efetivamente somente em 1958.
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Para os historiadores, este período foi o mais produtivo no Brasil em relação aos testes psicológicos (período áureo), havendo grande entusiasmo e crença exagerada no poder desses instrumentos.
1960 – A lei nº 4.119 de 27 de Agosto de 1962 dispôs sobre os cursos de formação em Psicologia e regulamentou a profissão de Psicólogo no Brasil, fazendo com que ocorresse uma expansão do ensino de Psicologia no Brasil.
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Como resultado ocorreu um crescente movimento de organização da Psicologia, tanto no ensino e pesquisa quanto na própria profissão.
Porém, paradoxalmente, também na década de 60 aconteceu um crescente desinteresse pela aprendizagem de medidas psicológicas pelo descrédito dado a elas.
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1962-1970 – DO RECONHECIMENTO DA PROFISSÃO DE PSICÓLOGO E DA CRIAÇÃO DOS PRIMEIROS CURSOS DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
No terceiro período, entre 1962 e 1970, houve a regulamentação da Psicologia como disciplina e como profissão (Lei nº 4.119 de 1962), culminando com a criação do Conselho Federal de Psicologia (CFP) e dos Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs), Lei 5.766 de 1974.
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A rápida expansão da Psicologia acarretou na queda de qualidade dos cursos por falta de docentes qualificados, especialmente na área de Avaliação Psicológica, provocando um crescente desinteresse pela aprendizagem de medidas psicológicas, descrédito e banalização no uso dos instrumentos objetivos, associados ao engessamento na construção e atualização de instrumentos nacionais.
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Neste período, os testes foram criticados e o uso minimizado, o que representou um forte declínio na produção de artigos, estudos e criação de instrumentos, tanto no Brasil quanto em outros países.
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As explicações a esta redução eram o movimento cultural de reação à quantificação (movimento contracultura, questionamento das ideias tecnicistas e a crítica histórica da associação dos modelos de avaliação com a cultura norte-americana), ao Positivismo e às suas manifestações técnicas, juntamente com o advento do Humanismo e da dialética na compreensão do comportamento humano, que tornava a medida como algo impraticável.
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1970-1990 – DA IMPLANTAÇÃO DOS PRIMEIROS CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
Momento de expansão da Psicologia, mas marcado por crises.
Lei 5.766 cria O Conselho Federal de Psicologia (CFP) e os Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs) em 1974.
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Enquanto surgiam cursos de pós-graduação, que possibilitaram o aumento do ensino e de pesquisas em Avaliação Psicológica, faltavam docentes qualificados.
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Em relação aos testes psicológicos, este período foi pobre, havendo sido abandonados ou usados sem atualização de suas normas.
A pesquisa foi nula, assim como a produção e publicação de artigos, o que se faz sentir no despreparo dos profissionais e docentes da área de Avaliação Psicológica até os dias de hoje.
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Os psicólogos centravam sua prática em clínicas particulares ou em seleção de pessoal, sem um preparo adequado quanto aos métodos e técnicas disponíveis, o que provocou uma série de críticas pela sociedade.HISTÓRIA DA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NO BRASIL
O problema se estendeu quando o CFP e os CRPs não se mostraram preocupados com a ausência de estudos dos instrumentos, deixando a disseminação de testes nas mãos do mercado editorial, que traduziu, adaptou e comercializou instrumentos para os mais diversos propósitos, sem qualquer cuidado com essa prática.
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Os psicólogos que faziam uso desses testes, por não terem suficiente conhecimento para perceber a carência técnica e metodológica, não tinham maiores críticas em utilizá-los, ensejando uma reação da sociedade, dos usuários e das vítimas do uso abusivo e indiscriminado desta prática por parte de psicólogos despreparados quanto à avaliação psicológica.
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Numerosos processos judiciais contra decisões pautadas em resultados de testes psicológicos e por erros dos profissionais mobilizou o CFP a criar a Comissão Nacional de Avaliação Psicológica, cujo objetivo, dentre outros, era Oo de analisar a situação e as principais dificuldades em Avaliação Psicológica com que o psicólogo se deparava.
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Em 1980 ocorreu uma retomada no desenvolvimento da área com mais qualificação profissional dos professores, aumento do número de pesquisas e a criação de novos instrumentos.
Embora nos anos 1970 a 1980 a área já contasse com publicações de referência, carecia de manuais mais práticos, voltados para o fazer a avaliação, não se restringindo a descrição dos testes psicológicos ou enfocando concepções gerais sobre medida, que só começaram a surgir a partir dos anos noventa do século XX.
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1990 - DA EMERGÊNCIA DOS LABORATÓRIOS DE PESQUISA EM AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
No quinto período, entre 1990 até hoje, as repercussões negativas dos testes psicológicos, resultantes dos processos judiciais contrários aos resultados de avaliações psicológicas, geraram a mobilização de alguns profissionais, pesquisadores e, em especial, do CFP.
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As ameaças de ordem judicial para extinguir o Psicotécnico no Trânsito em 1997 culminaram com uma tomada de atitude por parte da classe dos psicólogos e dos Conselhos para verificar os problemas das técnicas de avaliação psicológica.
Apesar das dificuldades, algumas iniciativas foram e vêm sendo tomadas no sentido de promover a avaliação psicológica brasileira e lhe conferir a devida importância.
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Nesse sentido, em 25 de outubro de 1997 foi fundado o Instituto Brasileiro de Avaliação Psicológica - IBAP, composto por pesquisadores da área de avaliação, visando à pesquisa científica sobre a instrumentação psicológica e à criação e validação de técnicas de exame psicológico.
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O instituto tem procurando promover a área por meio da organização de eventos científicos, da publicação de livros e de uma revista de Avaliação Psicológica a fim de unificar as pesquisas, além de representar os psicólogos da área junto aos órgãos de classe.
Também é intenção do IBAPP que haja maior discussão sobre como formar psicólogos em Avaliação Psicológica.
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Atualmente, verifica-se uma participação ativa da categoria na produção do conhecimento em Avaliação Psicológica em diversos trabalhos, pesquisas, ensino e intervenção profissional, especialmente, em virtude da expressiva produção de artigos, livros e eventos nacionais e internacionais da área.
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O aumento na demanda por realização de avaliação psicológica para motoristas, porte de armas, ingresso nas polícias civil e militar e para embasar processos judiciais, requer uma análise e solução dos problemas decorrentes do abuso das avaliações psicológicas e do uso inadequado dos testes psicológicos.
A legislação vem responsabilizar o profissional, exigindo deste qualidade na prestação de serviços à sociedade.
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Em pesquisa recentemente divulgada pela Comissão de Orientação e Ética do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo (CRP-SP), verificou- se que a área de maior concentração de processos éticos é a da Avaliação Psicológica e que os principais aspectos referem-se basicamente: às técnicas utilizadas; à condução do profissional durante a avaliação; à fundamentação das conclusões e à produção de laudos psicológicos com falhas de forma e/ou conteúdo.
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No ano de 2009, numa busca na Plataforma Lattes, empregando a expressão-chave “Avaliação Psicológica”, permitiu identificar mais de 1700 psicólogos que, direta ou indiretamente, estão relacionados com a área. No ano de 2017, passados apenas 8 anos, este número cresceu para 4156 psicólogos atuando na área (40% de crescimento).
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Ocorreram avanços importantes na área em relação à produção bibliográfica.
Embora nos anos 1970 e 1980 a área já contasse com publicações de referência, carecia de manuais mais práticos, voltados para a prática do processo de avaliação, ou seja, que não se restringisse a descrição dos testes psicológicos ou enfocasse concepções gerais sobre medida.
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Foi precisamente a partir da segunda metade da década de 1990 que surgiram alguns dos primeiros manuais práticos de elaboração de testes e escalas.
Ainda na mesma época, isto é, em 1997, foi criado o Instituto Brasileiro de Avaliação Psicológica, que em 2002 lançou a revista Avaliação Psicológica, editada pela Casa do Psicólogo.
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Juntamente com os laboratórios de avaliação e medida em Psicologia, que por volta dos anos 1990 começaram a se consolidar em diversas universidades brasileiras (UFRGS, UnB, UNICAMP, UNISINOS), estes eventos impulsionaram a produção de pesquisa e publicação brasileira na área.
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Duas contribuições importantes, não restritas à área de Avaliação Psicológica, mas dignas de menção para seu desenvolvimento, foram os fomentos à pesquisa, com Editais Universais e de Ciências Humanas e Sociais, o aumento das bolsas PQ (Produtividade em Pesquisa) e incentivo ao pós-doutorado, e o portal periódicos CAPES.
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Revistas de escasso acesso, como Educational and Psychological Measurement, Psychological Assessment e Personality and Individual Differences se tornaram mais correntes nas universidades, com disponibilidade para os estudantes e pesquisadores.
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Os cursos obrigatórios de Psicólogo Perito Examinador do Trânsito, que tiveram começo no final dos anos 1990, proporcionaram igualmente um incentivo para melhoria da formação na área, quer dos professores que precisaram se atualizar, ou dos alunos que aprenderam novos conteúdos ou aprimoraram os existentes.
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Por fim, resultado do amadurecimento dos pesquisadores, hoje já não se fala em psicodiagnóstico e psicometria como práticas antagônicas, mas como partes de um mesmo processo, consolidando a área da avaliação psicológica.
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Linhas de pesquisa e prática, que utilizam testes projetivos (por exemplo, TAT, Rorschach) e objetivos (por exemplo, Matrizes Progressivas de Raven, 16PF), hoje convivem e compartilham os mesmos espaços de discussão.
Não são entendidas mais como contrárias, mas sim complementares, uma não sendo considerada melhor do que a outra, e sim podendo suprir limitações mútuas.
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Foi tal amadurecimento que fez igualmente possível a criação, em 2003, de uma Comissão de Especialistas junto ao Conselho Federal de Psicologia, responsável poravaliar os instrumentos psicológicos (testes, escalas, inventários, questionários), atestando sua adequação para uso de psicólogos.
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Um dos principais desafios da área hoje é o de oferecer um maior número de ofertas de formação específica, especialmente programas de Mestrado e de Doutorado.
O número de programas de pós-graduação no Brasil tem crescido rapidamente, reunindo hoje mais de cinco dezenas deles, nas diversas áreas.
Entretanto, tem sido menor o número daqueles específicos em Avaliação Psicológica.
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Excetuando o programa de Mestrado e Doutorado da Universidade São Francisco, que é uma instituição privada, não existe qualquer outro programa específico na área.
A Associação Brasileira de Rorschach e Métodos Projetivos e o Instituto Brasileiro de Avaliação Psicológica congregam a maior parte dos especialistas na área.
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A partir da década de 1990, pode-se observar a movimentação da área por meio da organização de eventos dedicados à avaliação psicológica, com mais de uma edição anual, promovidos em São Paulo pela USP (Encontro de Técnicas do Exame Psicológico), em Porto Alegre pela UFRGS e PUC-RS (Encontro Nacional sobre Testes Psicológicos), em Minas Gerais pela UFMG, PUC-MG, Centro Universitário Newton Paiva e FUMEC (Encontro Mineiro de Avaliação Psicológica) e em Ribeirão Preto pela USP-RP (Encontro da Sociedade Brasileira de Rorschach e outros métodos projetivos, que em 2004 passou a se chamar Associação Brasileira de Rorschach e Métodos Projetivos - ASBRo).
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Tais eventos fomentaram a reunião, o intercâmbio e a organização de pesquisadores e profissionais da área, o que culminou na criação e consolidação das duas sociedades científicas mais representativas da área atualmente: a já mencionada ASBRo, fundada em 1993, e o Instituto Brasileiro de Avaliação Psicológica (IBAP), fundado em 1997.
Ambas integram o Fórum Nacional das Entidades Brasileiras de Psicologia.
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Posteriormente à criação do IBAP, os Encontros Nacionais sobre Testes Psicológicos passaram a ser realizados por esse instituto, sendo que a sua última edição, em 2009, foi resultado de uma organização conjunta do IBAP e da ASBRo.
O processo de consolidação das entidades pode ser notado na criação da primeira revista específica da área, intitulada “Avaliação Psicológica”, cujo início deu-se em 2002.
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Também, em 2000, foi criada uma lista de discussão de profissionais e estudantes interessados na área (avalpsi@yahoogrupos.com. br), que gradativamente se tornou um importante espaço de discussão e troca de informações.
Um dos temas discutidos na lista, por exemplo, resultou na anulação de duas questões mal elaboradas do Exame Nacional de Cursos de Psicologia de 2001 e 2002.
Atualmente, a lista contém 569 membros.
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Em nível de pós graduação stricto sensu também é possível observar a ampliação da área ocorrida no mesmo período.
Tradicionalmente, a Avaliação Psicológica se organiza em laboratórios e linhas de pesquisa.
Dos 65 programas existentes no Brasil, nove (UFMG, UFU, UFRGS, PUC/RS, UFSC, USP/RP, USP/SP, PUCCAMP, UnB) contam com linhas de pesquisa na área.
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Em 2001, a Universidade São Francisco deu início ao primeiro programa com área de concentração em Avaliação Psicológica, até o momento o único no pais.
O que se pode notar é que, se por um lado houve um aumento importante da área nos programas de pós- graduação, por outro, em números absolutos, essa representação é ainda pequena.
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Também é possível notar o crescimento de grupos ligados à área nas reuniões da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia (ANPEPP) que, na sua última reunião, realizada em junho de 2010, contou com quatro grupos de trabalho (GT-7: Avaliação de crianças e adolescentes, GT-8: Avaliação de programas, GT-28: Métodos projetivos nos contextos de avaliação psicológica e GT-33; Pesquisa em avaliação psicológica).
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Todos esses eventos, em geral, indicam que a área da avaliação psicológica cresceu muito nos últimos 20 anos.
Uma constatação desse crescimento pode também ser notada na quantidade de publicações.
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Uma busca simples realizada no INDEX-Psi, que é uma base de dados de artigos de periódicos brasileiros em psicologia, utilizando como palavra chave os descritores “avaliação” ou “testes”, mostra um claro padrão de crescimento no número de publicações nos últimos anos.
Há um padrão relativamente constante entre 1985 até 1993, período em que se encontra, em média, 32 publicações por ano.
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A partir de 1994, nota-se o inicio de um padrão de crescimento, sendo que, nos últimos cinco anos, observam-se, em média, 95 trabalhos por ano.
Portanto, o que se pode visualizar é que, na última década do século XX, a produção quase triplicou em relação à década de 1980.
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Em termos de impacto na prática profissional um marco histórico muito importante desse período foi a criação do Sistema de Avaliação dos Testes Psicológicos (SATEPSI), do Conselho Federal de Psicologia (CFP), ao final de 2001.
Esse sistema é resultado de uma série de ações anteriores do CFP, na tentativa de responder a uma grande demanda de processos éticos envolvendo a avaliação psicológica.
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O SATEPSI consiste em um órgão de certificação de instrumentos de avaliação psicológica que avalia e qualifica os instrumentos em aptos ou inaptos para uso profissional, a partir da verificação objetiva de um conjunto de requisitos técnicos mínimos (fundamentação teórica, precisão, validade e normatização), definidos pela área (American Educational Research Association, American Psychological Association, Nacional Council on Measurement in Education).
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Esse sistema é gerido por uma comissão consultiva em avaliação psicológica mantida pelo CFP e por um grupo de pareceristas composto por pesquisadores e profissionais da área.
A comissão consultiva também auxilia a plenária do CFP a responder questionamentos da sociedade, por meio do oferecimento de consultoria técnica sobre a área.
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O SATEPSI tem como meta a elevação da qualidade dos instrumentos de avaliação psicológica, uma vez que antes da existência dele inúmeros testes, utilizados na prática profissional, não eram baseados em nenhum estudo que comprovasse seus fundamentos científicos.
Isso configurava uma situação de um mal velado à população, difícil de ser descoberto, frente ao qual ela não possuía mecanismos para se defender.
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Nos últimos anos, o número de testes para avaliação no SATEPSI mais que dobrou.
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Essa medida provocou uma série de efeitos indiretos na área, tais como o aumento do investimento no desenvolvimento de instrumentos, o aquecimento do mercado de testes, uma divulgação de princípios técnicos da qualidade dos testes entre os profissionais e estudantes, de forma que o SATEPSI tornou-se uma referência para se lidar com outros setores da sociedade, consumidores da avaliação psicológica, tais como a procuradoria da justiça, a polícia, dentre outros órgãos públicos.
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Todas essa movimentação tem atraído a atenção internacional de organizações congêneres como a American Psychological Association (APA) – Division 5 e a International Test Commission (ITC), por exemplo.
HISTÓRIA DA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NO BRASIL
É importante destacar que embora existam sistemas de revisão detestes como o Buros Institute of Mental Measurements – BIMM, que já funciona há mais de 70 anos nos Estados Unidos, o Brasil é pioneiro na implementação de um sistema de certificação baseado em critérios internacionais de qualidade de testes, de forma a abarcar todos os instrumentos usados profissionalmente em um país.
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Medidas similares estão sendo feitas, por exemplo, pela European Federation of Psychologists’ Associations - EFPA, que preparou uma ficha de avaliação dos testes psicológicos em 2008, a qual vem sendo utilizada por uma editora espanhola na avaliação de seus testes.
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É interessante notar que os sistemas estrangeiros, como o BIMM, sistematizam informações sobre revisão de instrumentos e as disponibilizam à comunidade de profissionais e pesquisadores para que esses possam tomar decisões mais eficazes ao escolherem instrumentos.
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Embora o SATEPSI, atualmente, informe somente um parecer com a decisão final (apto ou inapto para uso), ele está sendo organizado para fornecer informações mais detalhadas sobe os testes em um banco de dados informatizado, disponibilizado aos profissionais pelo CFP nos moldes dos sistemas internacionais.
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De maneira geral, pode-se argumentar que esses indicadores atestam uma avanço importante na área nos últimos anos.
O aumento nas publicações e nos instrumentos aprovados no SATEPSI indica um aumento de produtos qualificados, visto que ambos os sistemas envolvem avaliação por pares.
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Pode-se inferir indiretamente que há um avanço no domínio de metodologias psicométricas, uma vez que essa constitui-se como condição necessária para o desenvolvimento de instrumentos e realização de estudos na área.
No contexto acadêmico, nota-se um avanço na organização dos profissionais e pesquisadores e de disponibilização de informações qualificadas em bases de dados de revistas científicas, o que se tornam recursos valiosos para a prática profissional.
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Contudo, é difícil saber o quanto esses avanços estão refletindo na prática profissional, ou seja, o quanto o psicólogo está consumindo criticamente esse conhecimento e transformando sua prática.
Mas um avanço já é notável: o aumento da produção de recursos e informações qualificadas.