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MATÉRIA DIREITO ADMINISTRATIVO II

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MATÉRIA DIREITO ADMINISTRATIVO II
PROFESSOR AUGUSTO NEPOMUCENO
professoraugustomn@gmail.com 
PLANO DE ENSINO
BIBLIOGRAFIA:
José dos Santos Carvalho filho. Manual de direito administrativo. Editora Atlas.
José Maria Pinheiro Madeira. É uma obra de três volumes.
Eli Lopes Meireles (defasado)
Celso Antônio Bandeira de Mello (nível de MP e magistratura). 
Maria Silva Zanela de Pietro (nível de MP e magistratura).
 
17/02/2017 – AUSÊNCIA DO PROFESSOR
Lei 8.112, Art. 8º São FORMAS DE PROVIMENTO de cargo público: "REI REPARE NO RECO".
I - nomeação;
II - promoção;
III - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
IV - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
V - readaptação;
VI - reversão;
VII - aproveitamento;
VIII - reintegração;
IX - recondução.
		VIII - REIntegração;
		VI - REversão;
		II - Promoção;
		VII - Aproveitamento;
		V - REadaptação;
		I - NOmeação;
		IX - RECOndução.
24/02/2017 – EU FALTEI
03/03/2017 – 
AV1 – matéria até servidores públicos. 
EXECUÇÃO INDIRETA DE SERVIÇOS PÚBLICOS. Art. 175, CF. Há os serviços ao público e os serviços de interesse público.
Art. 175, CF. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
DECRETO-LEI Nº 200, DE 25 DE FEVEREIRO DE 1967.
Art. 4° A Administração Federal compreende:
        I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios.
        II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica própria:
        a) Autarquias;
        b) Emprêsas Públicas;
        c) Sociedades de Economia Mista.
        d) fundações públicas. (Incluído pela Lei nº 7.596, de 1987)
        Parágrafo único. As entidades compreendidas na Administração Indireta vinculam-se ao Ministério em cuja área de competência estiver enquadrada sua principal atividade.     (Renumerado pela Lei nº 7.596, de 1987)
        Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:
        I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.
        II - Emprêsa Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União, criado por lei para a exploração de atividade econômica que o Govêrno seja levado a exercer por fôrça de contingência ou de conveniência administrativa podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969)
        III - Sociedade de Economia Mista - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União ou a entidade da Administração Indireta. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969)
        IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes. (Incluído pela Lei nº 7.596, de 1987)
        § 1º No caso do inciso III, quando a atividade fôr submetida a regime de monopólio estatal, a maioria acionária caberá apenas à União, em caráter permanente.
        § 2º O Poder Executivo enquadrará as entidades da Administração Indireta existentes nas categorias constantes dêste artigo.
        § 3º As entidades de que trata o inciso IV deste artigo adquirem personalidade jurídica com a inscrição da escritura pública de sua constituição no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, não se lhes aplicando as demais disposições do Código Civil concernentes às fundações. (Incluído pela Lei nº 7.596, de 1987)
LEI 8.987/95
Art. 2º Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se:
 II - concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado;
 III - concessão de serviço público precedida da execução de obra pública: a construção, total ou parcial, conservação, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer obras de interesse público, delegada pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para a sua realização, por sua conta e risco, de forma que o investimento da concessionária seja remunerado e amortizado mediante a exploração do serviço ou da obra por prazo determinado;
 III - concessão de serviço público precedida da execução de obra pública: a construção, total ou parcial, conservação, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer obras de interesse público, delegada pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para a sua realização, por sua conta e risco, de forma que o investimento da concessionária seja remunerado e amortizado mediante a exploração do serviço ou da obra por prazo determinado;
 IV - permissão de serviço público: a delegação, a título precário, mediante licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco.
Partindo do que trata o art. 175, CF e das competências citadas nos artigos 21 ao 31, também da CF, convém ressaltar que por mais predominante que seja a concessão por delegação negocial (contratos administrativos), também se porta como legítima a delegabilidade da execução de serviços públicos por via de outorga. Ou seja, os diferentes entes federativos constituem, por força de lei, pessoas jurídicas de direito público e de direito privado para a prestação de serviços públicos. Como se vê nos artigos 37, XIX e 173 da CF, bem como no art. 5º do Decreto Lei 200/67.
PERMISSÃO. Também é de natureza precária. É personalíssima. Exemplos de permissão: táxi; banca de jornal. A permissão atende a interesse particular e publico. Considerando que a permissão é tratada na lei de serviços públicos (Lei 8.987/95) e possui natureza de contrato de adesão, a visão mais abalizada na doutrina define esta forma de execução indireta de serviço público enquanto ato administrativo, por conta de sua unilateralidade.
Convém dizer que os contratos administrativos, mesmo em suas variações, carregam como característica basilar, a bilateralidade, ainda que se entenda a posição de superioridade legítima advinda do poder público enquanto gestor do interesse público. Princípio da finalidade administrativa: não pode fazer nada que não tenha interesse público.
LEI 8.987/95
 Art. 29. Incumbe ao poder concedente:
 I - regulamentar o serviço concedido e fiscalizar permanentemente a sua prestação;
 II - aplicar as penalidades regulamentares e contratuais;
 III - intervir na prestação do serviço, nos casos e condições previstos em lei;
 IV - extinguir a concessão, nos casos previstos nesta Lei e na forma prevista no contrato;
 V - homologar reajustes e proceder à revisão das tarifas na forma desta Lei, das normas pertinentes e do contrato;
 VI - cumprir e fazer cumprir as disposições regulamentares do serviço e as cláusulas contratuais da concessão;
 VII - zelarpela boa qualidade do serviço, receber, apurar e solucionar queixas e reclamações dos usuários, que serão cientificados, em até trinta dias, das providências tomadas;
 VIII - declarar de utilidade pública os bens necessários à execução do serviço ou obra pública, promovendo as desapropriações, diretamente ou mediante outorga de poderes à concessionária, caso em que será desta a responsabilidade pelas indenizações cabíveis;
 IX - declarar de necessidade ou utilidade pública, para fins de instituição de servidão administrativa, os bens necessários à execução de serviço ou obra pública, promovendo-a diretamente ou mediante outorga de poderes à concessionária, caso em que será desta a responsabilidade pelas indenizações cabíveis;
 X - estimular o aumento da qualidade, produtividade, preservação do meio-ambiente e conservação;
 XI - incentivar a competitividade; e
 XII - estimular a formação de associações de usuários para defesa de interesses relativos ao serviço.
BENS REVERSÍVEIS. Art. 31, II. Tal conjunto de bens deve guardar relação direta ou mesmo indireta na prestação do serviço concedido. Com isso, restando finda a concessão ou extinta, estes, automaticamente, retornam ao domínio do concedente ou são diretamente conduzidos à gestão do novo concessionário.
ENCAMPAÇÃO é a extinção da concessão por um interesse publico superveniente em que a Administração entenda ser melhor que ela mesma realize o serviço. É a retomada do serviço pelo poder concedente.
 Art. 37. Considera-se encampação a retomada do serviço pelo poder concedente durante o prazo da concessão, por motivo de interesse público, mediante lei autorizativa específica e após prévio pagamento da indenização, na forma do artigo anterior.
CADUCIDADE é a extinção quando houver inadimplemento ou adimplemento defeituoso pela concessionária.
 Art. 38. A inexecução total ou parcial do contrato acarretará, a critério do poder concedente, a declaração de caducidade da concessão ou a aplicação das sanções contratuais, respeitadas as disposições deste artigo, do art. 27, e as normas convencionadas entre as partes.
 § 1o A caducidade da concessão poderá ser declarada pelo poder concedente quando:
 I - o serviço estiver sendo prestado de forma inadequada ou deficiente, tendo por base as normas, critérios, indicadores e parâmetros definidores da qualidade do serviço;
 II - a concessionária descumprir cláusulas contratuais ou disposições legais ou regulamentares concernentes à concessão;
 III - a concessionária paralisar o serviço ou concorrer para tanto, ressalvadas as hipóteses decorrentes de caso fortuito ou força maior;
 IV - a concessionária perder as condições econômicas, técnicas ou operacionais para manter a adequada prestação do serviço concedido;
 V - a concessionária não cumprir as penalidades impostas por infrações, nos devidos prazos;
 VI - a concessionária não atender a intimação do poder concedente no sentido de regularizar a prestação do serviço; e
 VII - a concessionária não atender a intimação do poder concedente para, em 180 (cento e oitenta) dias, apresentar a documentação relativa a regularidade fiscal, no curso da concessão, na forma do art. 29 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. (Redação dada pela Lei nº 12.767, de 2012)
 § 2o A declaração da caducidade da concessão deverá ser precedida da verificação da inadimplência da concessionária em processo administrativo, assegurado o direito de ampla defesa.
 § 3o Não será instaurado processo administrativo de inadimplência antes de comunicados à concessionária, detalhadamente, os descumprimentos contratuais referidos no § 1º deste artigo, dando-lhe um prazo para corrigir as falhas e transgressões apontadas e para o enquadramento, nos termos contratuais.
 § 4o Instaurado o processo administrativo e comprovada a inadimplência, a caducidade será declarada por decreto do poder concedente, independentemente de indenização prévia, calculada no decurso do processo.
 § 5o A indenização de que trata o parágrafo anterior, será devida na forma do art. 36 desta Lei e do contrato, descontado o valor das multas contratuais e dos danos causados pela concessionária.
 § 6o Declarada a caducidade, não resultará para o poder concedente qualquer espécie de responsabilidade em relação aos encargos, ônus, obrigações ou compromissos com terceiros ou com empregados da concessionária.
Há indenização nas duas. Porém. na encampação a indenização deve ser prévia.
POLÍTICA TARIFÁRIA. Art. 9º, Lei 8.987/95
 Art. 9º A tarifa do serviço público concedido será fixada pelo preço da proposta vencedora da licitação e preservada pelas regras de revisão previstas nesta Lei, no edital e no contrato.
Tarifa é o que se paga pelo que efetivamente se usa. Na realidade, seria mais adequado nomear o presente tópico como “Política de remunerabilidade”, uma vez que nem todo serviço público prestado de forma onerosa é pago por tarifa. Ou seja, aqueles serviços de natureza uti universi ou coletivos possuem remuneração compulsória que independe de efetiva utilização, dada a sua prestação para um número indeterminado de pessoas.
Por outro lado, não há como não reconhecer o teor predominante dos chamados serviços uti singuli ou individuais, cuja prestação é determinada e a remuneração atinente à utilização efetiva do serviço.
CLÁUSULAS NECESSÁRIAS. Revisão e reajuste (tem que estar previsto no contrato, pois tem periodicidade)
EXTINÇÃO DAS CONCESSÕES E PERMISSÕES DE SERVIÇOS PÚBLICOS. Art. 32, Lei 8.987/95.
Capítulo IX
DA INTERVENÇÃO
 Art. 32. O poder concedente poderá intervir na concessão, com o fim de assegurar a adequação na prestação do serviço, bem como o fiel cumprimento das normas contratuais, regulamentares e legais pertinentes.
 Parágrafo único. A intervenção far-se-á por decreto do poder concedente, que conterá a designação do interventor, o prazo da intervenção e os objetivos e limites da medida.
 Art. 33. Declarada a intervenção, o poder concedente deverá, no prazo de trinta dias, instaurar procedimento administrativo para comprovar as causas determinantes da medida e apurar responsabilidades, assegurado o direito de ampla defesa.
 § 1o Se ficar comprovado que a intervenção não observou os pressupostos legais e regulamentares será declarada sua nulidade, devendo o serviço ser imediatamente devolvido à concessionária, sem prejuízo de seu direito à indenização.
 § 2o O procedimento administrativo a que se refere o caput deste artigo deverá ser concluído no prazo de até cento e oitenta dias, sob pena de considerar-se inválida a intervenção.
 Art. 34. Cessada a intervenção, se não for extinta a concessão, a administração do serviço será devolvida à concessionária, precedida de prestação de contas pelo interventor, que responderá pelos atos praticados durante a sua gestão.
Capítulo X
DA EXTINÇÃO DA CONCESSÃO
 Art. 35. Extingue-se a concessão por:
 I - advento do termo contratual;
 II - encampação;
 III - caducidade;
 IV - rescisão;
 V - anulação; e
 VI - falência ou extinção da empresa concessionária e falecimento ou incapacidade do titular, no caso de empresa individual.
 § 1o Extinta a concessão, retornam ao poder concedente todos os bens reversíveis, direitos e privilégios transferidos ao concessionário conforme previsto no edital e estabelecido no contrato.
 § 2o Extinta a concessão, haverá a imediata assunção do serviço pelo poder concedente, procedendo-se aos levantamentos, avaliações e liquidações necessários.
 § 3o A assunção do serviço autoriza a ocupação das instalações e a utilização, pelo poder concedente, de todos os bens reversíveis.
 § 4o Nos casos previstos nos incisos I e II deste artigo, o poder concedente, antecipando-se à extinção da concessão,procederá aos levantamentos e avaliações necessários à determinação dos montantes da indenização que será devida à concessionária, na forma dos arts. 36 e 37 desta Lei.
 Art. 36. A reversão no advento do termo contratual far-se-á com a indenização das parcelas dos investimentos vinculados a bens reversíveis, ainda não amortizados ou depreciados, que tenham sido realizados com o objetivo de garantir a continuidade e atualidade do serviço concedido.
 Art. 37. Considera-se encampação a retomada do serviço pelo poder concedente durante o prazo da concessão, por motivo de interesse público, mediante lei autorizativa específica e após prévio pagamento da indenização, na forma do artigo anterior.
 Art. 38. A inexecução total ou parcial do contrato acarretará, a critério do poder concedente, a declaração de caducidade da concessão ou a aplicação das sanções contratuais, respeitadas as disposições deste artigo, do art. 27, e as normas convencionadas entre as partes.
 § 1o A caducidade da concessão poderá ser declarada pelo poder concedente quando:
 I - o serviço estiver sendo prestado de forma inadequada ou deficiente, tendo por base as normas, critérios, indicadores e parâmetros definidores da qualidade do serviço;
 II - a concessionária descumprir cláusulas contratuais ou disposições legais ou regulamentares concernentes à concessão;
 III - a concessionária paralisar o serviço ou concorrer para tanto, ressalvadas as hipóteses decorrentes de caso fortuito ou força maior;
 IV - a concessionária perder as condições econômicas, técnicas ou operacionais para manter a adequada prestação do serviço concedido;
 V - a concessionária não cumprir as penalidades impostas por infrações, nos devidos prazos;
 VI - a concessionária não atender a intimação do poder concedente no sentido de regularizar a prestação do serviço; e
 VII - a concessionária não atender a intimação do poder concedente para, em 180 (cento e oitenta) dias, apresentar a documentação relativa a regularidade fiscal, no curso da concessão, na forma do art. 29 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. (Redação dada pela Lei nº 12.767, de 2012)
 § 2o A declaração da caducidade da concessão deverá ser precedida da verificação da inadimplência da concessionária em processo administrativo, assegurado o direito de ampla defesa.
 § 3o Não será instaurado processo administrativo de inadimplência antes de comunicados à concessionária, detalhadamente, os descumprimentos contratuais referidos no § 1º deste artigo, dando-lhe um prazo para corrigir as falhas e transgressões apontadas e para o enquadramento, nos termos contratuais.
 § 4o Instaurado o processo administrativo e comprovada a inadimplência, a caducidade será declarada por decreto do poder concedente, independentemente de indenização prévia, calculada no decurso do processo.
 § 5o A indenização de que trata o parágrafo anterior, será devida na forma do art. 36 desta Lei e do contrato, descontado o valor das multas contratuais e dos danos causados pela concessionária.
 § 6o Declarada a caducidade, não resultará para o poder concedente qualquer espécie de responsabilidade em relação aos encargos, ônus, obrigações ou compromissos com terceiros ou com empregados da concessionária.
 Art. 39. O contrato de concessão poderá ser rescindido por iniciativa da concessionária, no caso de descumprimento das normas contratuais pelo poder concedente, mediante ação judicial especialmente intentada para esse fim.
 Parágrafo único. Na hipótese prevista no caput deste artigo, os serviços prestados pela concessionária não poderão ser interrompidos ou paralisados, até a decisão judicial transitada em julgado. (Ver o art. 78, XV, Lei 8.666/93)
EXTINÇÃO DO CONTRATO DE CONCESSÃO. Após a devida análise dos artigos 32 ao 39 da Lei 8.987/95, pode-se constatar ferramentas extintivas de variadas naturezas, como natural, discricionária, punitiva e inadimplência do poder público contratante. Assim, dar-se-á a contrato, respeitando a forma extintiva cabível. 
Obs.: associada à pretensão extintiva do poder público, a intervenção prevista no art. 32 da Lei de serviços públicos (Lei 8.987/95) é procedimento administrativo prévio, o qual será utilizado quando restar incerto o teor das irregularidades suscitadas no contrato. Desta forma, não há obrigação formal de intervir para promover a caducidade, podendo esta ser instada diretamente por seu procedimento próprio.
Obs.: embora relacionados nas formas extintivas do art. 35 da Lei 8.987/95, os incisos V e VI reputam situações extintivas inerentes a todo contrato administrativo, e não somente a concessões, naquilo que se refere à ilegalidade do contrato ou à licitação que o antecedeu, bem como nas hipóteses de inexecução formal ou material quanto a situações fáticas e ou jurídicas.
PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS. Vulgarmente chamadas de PPP. Alguns chamam de concessão especial. Veio ao Brasil nos anos 2000 pela Lei 11.079/2004. Há os mega-contratos: o objeto contratual tem que partir do piso financeiro de 20 milhões de reais. Abaixo desse valor, não pode fazer a parceria.
Conhecida como modalidade especial de concessão, a parceria público-privada abarca os chamados mega-contratos, por conta de seu condicionamento a um piso financeiro de 20 milhões de reais quando objeto a ser desenvolvido, respeitando-se as modalidades conceituadas no art. 2º da Lei 11.079/2004.
SEMANA 2. Pregão pode licitar tudo, exceto obras públicas. Modalidade equivocada é vício insanável, ou seja, gera nulidade da licitação.
RESPOSTA DO PROFESSOR.
A) Embora a parceria público-privada seja uma valiosa ferramenta para a realização das necessidades de interesse público, incidiu a administração em tela em vício formal insanável, pois o art. 10 da Lei 11.079/2004 define de forma vinculada a modalidade concorrência, não havendo liberalidade para nenhuma outra, incidindo assim em nulidade da licitação. Por outro lado, convém destacar que o tipo licitatório (critério de julgamento) foi correto, conforme o art. 12, II, a da referida Lei.
B) Considerando a efetividade jurídica da parceria público-privada, realmente será constituída uma sociedade de propósito específico, nos termos do art. 9º da Lei 11.079/2004. No entanto, a maioria do capital de controle não pode pertencer ao parceiro público, como diz o § 4º deste artigo acima citado. Desta maneira, perfaz procedente a impugnação da empresa em questão.
10/03/2017 – 
SERVIÇOS PÚBLICOS: TERCEIRO SETTOR
Além da disposição do art. 175 da constituição e das relações negociais advindas das leis 8.666/93 e 9.897/95, poderão ser prestados serviços públicos por determinadas de pessoas jurídicas de direito privado que, sem fins lucrativos, sejam legitimada pelo poder público competente para o desenvolvimento de parcerias através de mútua cooperação a fim de concretizar objetos de interesse público. Nesses casos incidirá a aplicação da Lei 13.019/2014.
OS: pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos que, a partir do termo de parceria, passa a ter status de organização social.
SEMANA 3. OBSERVAÇÕES. 
Art. 22, XXVII, CF. Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, ...
Art. 37, XXI, CF. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes,com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. (Regulamento)
A) O poder público deverá realizar procedimento licitatório (Lei n. 8666/93) para definir com qual entidade privada irá formalizar termo de parceria? RESPOSTA DO PROFESSOR. Considerando a natureza não lucrativa deste cenário do terceiro setor, não há como negar que as organizações sociais e as organizações da sociedade civil de interesse público estarão sujeitas às regras legais e principiológicas da administração pública. No entanto, não há uma obrigação imposta a procedimento licitatório prévio, uma vez que caberá ao poder público competente enquadrar tais pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos enquanto organizações deste tipo. Desta forma, tornam-se aptas a qualquer tempo para o firmamento do termo de parceria como disciplina a Lei 13.019/2014.
B) Após a celebração do termo de parceria, caso a entidade privada necessite contratar pessoal para a execução de seus projetos, faz‐se necessária a realização de concurso público? RESPOSTA DO PROFESSOR. Conforme trata o art. 37, II, CF, não há nas aludidas estruturas jurídicas o desempenho funcional em sede de cargos ou empregos públicos. Além disso, reitera-se que tais estruturas, por não integrarem a administração pública efetivamente, não se submetem a tal exigência.
Obs.: a partir do que orienta o TCU, dada a obediência aos princípios da administração pública, faz-se prudente que o terceiro setor, após o firmamento de termo de parceria, efetue nas suas contratações necessárias à prestação assumida o chamado “procedimento licitatória simplificado”, o qual não se equipara à licitação advinda da Lei 8.666/93, mas, por uma pesquisa justificada de preços e valores de mercado, contratar-se-á com a probidade esperada.
INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE
Art. 5º, CF, XXII - é garantido o direito de propriedade;
A propriedade é um direito que nasceu absoluto, mas sofreu relativização. É relativizado à luz do princípio da supremacia do interesse público, que vai possibilitar que a propriedade seja restringida ou retirada (intervenção supressiva).
Desapropriação. A principal forma de intervenção; a protagonista da intervenção.
Institutos afins: servidão, requisição, ocupação, limitação e tombamento. Esses institutos são coadjuvantes a esse tema, mas não menos importantes.
Art. 5º, CF, XXIII - a propriedade atenderá a sua função social.
DECRETO-LEI Nº 3.365, DE 21 DE JUNHO DE 1941.
Art. 2º Mediante declaração de utilidade pública, todos os bens poderão ser desapropriados pela União, pelos Estados, Municípios, Distrito Federal e Territórios.
§ 2º Os bens do domínio dos Estados, Municípios, Distrito Federal e Territórios poderão ser desapropriados pela União, e os dos Municípios pelos Estados, mas, em qualquer caso, ao ato deverá preceder autorização legislativa.
Embora o direito constitucional de fundamental de propriedade tenha tido em sua origem uma natureza absoluta, a partir da incidência dos princípios da administração pública, em especial a supremacia do interesse público, passa a se considerar, ainda que direito fundamental, relativizado. Desta forma, caberá ao poder público competente, por razões de interesse público justificado, intervir em propriedade pública e privada, tanto de forma supressiva (desapropriação) como de forma restritiva (institutos afins).
Obs.: em se tratando de pretensão expropriatória de bem público, deverá ser analisada a regra especial hierárquica advinda do art. 2º, § 2º do Decreto-Lei 3.365/41. além disso, entende o STJ que deve haver uma extensão quanto à sobredita regra às entidades de direito privado constituídas pela administração pública (empresas públicas e sociedades de economia mista).
Art. 5º, CF, XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;
O inciso XXIV acima é a desapropriação clássica.
NATUREZA EXPROPRIATÓRIA. 
Não confundir com o objeto da expropriação, que é aquilo para o que se vai desapropriar. Havendo necessidade e utilidade pública, está-se se dosando o quão imprescindível aquele objeto.
Art. 184, CF. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária...
No artigo acima diz que a competência é da União. Pode um município ou um estado desapropriar um imóvel rural? Sim, desde que não seja para fins de reforma agrária.
Diferente da natureza do objeto da desapropriação, este cenário servirá para identificar, a partir de determinados critérios de análise, o teor de imprescindibilidade do objeto, responsável por diferenciar utilidade pública de necessidade pública, e ainda os casos de interesse social, nos quais deverá estar claro o benefício direto e determinado de um grupo de indivíduos da sociedade (desapropriação para construção de casas populares em benefício de pessoas desabrigadas).
SEMANA 4. 
A) É juridicamente correta a pretensão do locatário (microempresa) de impor ao Poder Público a manutenção da vigência do contrato de locação até o seu termo final? RESPOSTA DO PROFESSOR. Não, pois, pelo princípio da supremacia do interesse público, resta incontroversa a perda do bem e sua desocupação pelos efeitos da desapropriação aplicada. Desta forma, não há como prosperar qualquer pretensão que imponha ao Estado a sujeição ao contrato privado de locação, cabendo tão somente pleito indenizatório.
B) Levando-se em consideração o acordo administrativo realizado com o proprietário do imóvel, é juridicamente correta a pretensão do locatário (microempresa) em requerer ao Poder Público municipal indenização pelos danos causados? RESPOSTA DO PROFESSOR. Na visão do STJ, por melhor interpretação do art. 5º, XXIV, CF, além do proprietário do bem expropriado ser beneficiário legítimo de recompensa financeira pela perda de sua propriedade, caberá esta mesma compensação em favor da empresa locatária ante a perda involuntária do negócio, incluindo, além dos danos efetivos, projeções estimadas de perda empresarial (lucros cessantes).
Jurisprudência do STJ: REsp 1076124, ministra Eliana Calmon.
FORMAS ESPECIAIS EXPROPRIATÓRIAS: PUNITIVAS E INDIRETAS.

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