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Legislação e politícas públicas em Saúde Mental

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26/4/2014 Jornada V3 - ListarUE EstudarDisciplina
http://www.plataformajornada.com.br/index.php?r=estudarDisciplina/listarUE&id=80 1/6
Curso: Cursos IbacBrasil
Disciplina: Enfermagem em Saúde Mental e Atenção Psicossocial
NT1: Conhecendo a área de Enfermagem em Saúde Mental
UE5: Legislação e políticas públicas em Saúde Mental
OBJETIVO
Descrever a legislação e as políticas públicas para a atenção em saúde mental.
Figura 1 - Legislação e políticas públicas em saúde mental.
Olá, cursista, como vai? Na Unidade de Estudo anterior estudamos
sobre como estão se estruturando os serviços extra-hospitalares
em Saúde Mental e vimos, também, que essas mudanças estão
embasadas na Lei da Reforma Psiquiátrica. Nesta unidade,
abordaremos as demais portarias e resoluções que legislam os
programas e as ações em saúde mental. Bom estudo!
 As legislações específicas na área de saúde mental não são recentes, pois em tempos passados
surgiram várias normativas, a fim de legislar a atenção psiquiátrica no Brasil. Elas sempre estiveram em
consonância ao momento histórico que o país estava vivendo e, deste modo, refletiam nas formas de
cuidar das pessoas com transtorno mental. 
No Brasil, bem como nos países da América Latina e Caribe, a necessidade da criação de
legislações específicas de saúde mental, que enfatizassem o modelo de assistência com base na atenção
primária, teve maior força a partir da Declaração de Caracas, na década de 1990.
26/4/2014 Jornada V3 - ListarUE EstudarDisciplina
http://www.plataformajornada.com.br/index.php?r=estudarDisciplina/listarUE&id=80 2/6
Deste modo, pode-se dizer que, na dimensão
política, a Declaração de Caracas foi o marco para as
mudanças na assistência psiquiátrica na América do Sul e
Caribe.
Declaração de Caracas
 A Declaração de Caracas consiste no documento final da Conferência Regional para a
Reestruturação da Atenção Psiquiátrica na América Latina no Contexto dos Sistemas Locais de Saúde,
convocada pela Organização Pan-americana da Saúde (OPAS) e que foi assinada pelos países da Região
das Américas, em 1990.
 
As principais metas propostas
nesta Declaração foram a superação do
modelo e a luta
contra todos os abusos e a exclusão
das pessoas com transtornos mentais.
 Como vimos nas Unidades de Estudo anteriores, a Reforma Psiquiátrica e a reorganização dos
serviços de atenção à saúde mental estão embasadas, legalmente, na Lei da Reforma Psiquiátrica, n.
10.216, de 6 de abril de 2001.
Contudo, o Ministério da Saúde, juntamente com o poder legislativo brasileiro, tem baixado vários
outros atos normativos, portarias, decretos e resoluções, a fim de dar maior viabilidade, regulamentar e,
inclusive, acelerar as mudanças propostas na assistência psiquiátrica no país.
 Deste modo, cabe relembrar que os principais tópicos apresentados na Lei n. 10.216/2001 são:
Direitos da pessoa com transtorno mental, dos quais se destaca ser tratada com humanidade e
respeito em ambiente terapêutico, preferencialmente em serviços comunitários de saúde
mental;
A responsabilidade do Estado em promover ações em saúde mental e no desenvolvimento de
políticas públicas nesta área;
Determina as formas e as situações em que os internamentos psiquiátricos podem ocorrer.
Cursista, vamos conhecer quais são as outras portarias e
resoluções que legislam os programas e as ações em saúde mental?
Legislações que auxiliam e regulamentam as ações em saúde mental
Portaria GM/MS n. 251, de 31 de janeiro de 2002 - estabelece o Programa Nacional de
Avaliação dos Serviços Hospitalares - PNASH/Psiquiatria.
Este Programa tem como objetivo vistoriar todos os hospitais psiquiátricos públicos e conveniados
ao Sistema Único de Saúde (SUS). Os que pertencem a este programa avaliam,
desde 2002, as estruturas físicas, de pessoal e de tratamento das instituições psiquiátricas, por meio de
um instrumento avaliativo estruturado. Por intermédio destas avaliações, muitos hospitais que apresentam
pouca ou nenhuma qualidade de tratamento aos pacientes foram fechados.
Saiba Mais
Clique aqui e acesse a Declaração de Caracas na íntegra.
hospitalocêntrico1
grupos de profissionais2
26/4/2014 Jornada V3 - ListarUE EstudarDisciplina
http://www.plataformajornada.com.br/index.php?r=estudarDisciplina/listarUE&id=80 3/6
Os problemas mais comuns se referem à falta ou à inadequação do projeto terapêutico dos
pacientes e aos aspectos gerais de assistência da instituição, como, por exemplo, período prolongado de
internamento e grande número de pacientes com internamentos prolongados. Outro problema verificado
nestas vistorias se refere aos aspectos gerais dos pacientes (limpeza, calçados, roupas, entre outros).
Este instrumento gera uma pontuação que, cruzada com o número de leitos do hospital, permite
classificar os hospitais psiquiátricos em quatro grupos diferenciados:
Instituições com boa qualidade de assistência;
Instituições com qualidade suficiente;
Instituições que precisam de adequações e devem sofrer revistoria;
Instituições de baixa qualidade, encaminhadas para o descredenciamento pelo Ministério da
Saúde, o que gerará o desligamento do pagamento dos internamentos pelo SUS.
Cabe ressaltar que, no Instrumento do PNASH/PSIQUIATRIA, existem vários
aspectos sobre os cuidados de enfermagem que são avaliados especificamente.
Portaria GM n. 52, de 20 de janeiro de 2004 - estabelece o Programa Anual de
Reestruturação da Assistência Hospitalar no SUS (PRH).
A principal estratégia deste Programa é promover a redução progressiva e pactuada de leitos
psiquiátricos em e hospitais de .
Este Programa ainda visa à redução dos custos com a assistência psiquiátrica nos hospitais de
maior porte, que tendem a apresentar assistência de baixa ou péssima qualidade; a entre os
gestores do SUS, os hospitais e as instâncias de controle social e a redução planejada de leitos, evitando
a falta de qualidade na assistência.
Esta portaria procurou conduzir o processo de mudança do modelo de atenção à saúde mental de
modo a garantir uma transição segura, na qual a redução dos leitos hospitalares pudesse ser planificada e
acompanhada da construção simultânea de alternativas de atenção no modelo comunitário, representado
pela implantação dos CAPS, Serviço de Residências Terapêuticas (SRT), leitos psiquiátricos em hospitais
gerais e Hospital-Dia.
macro hospitais3 grande porte4
pactuação5
26/4/2014 Jornada V3 - ListarUE EstudarDisciplina
http://www.plataformajornada.com.br/index.php?r=estudarDisciplina/listarUE&id=80 4/6
Animação 1 - Legislações que auxiliam e regulamentam as ações em saúde mental
O Programa De Volta Para Casa visa contribuir, de modo efetivo, para o processo de inserção
social dessas pessoas e incentivar a organização da rede de atenção à saúde mental, facilitando o convívio
social, assegurando o bem-estar global e o exercício pleno dos direitos civis, políticos e de cidadania da
pessoa com transtorno mental. Tem como objetivo apoiar e acompanhar o beneficiário no seu processo de
reabilitação psicossocial.
O benefício consiste no pagamento mensal de auxílio-pecuniário, no valor de R$ 320,00 (trezentos
e vinte reais), ao beneficiário ou seu representante legal, se for o caso, com duração de um ano. Poderá
ser renovado, a partir da avaliação de equipe municipal e de parecer da Comissão de Acompanhamento do
Programa “De Volta para Casa”.
O benefício consistirá em pagamento mensal de auxílio diretamente ao beneficiário, salvo na
hipótese de incapacidade deste em exercer pessoalmente atos da vida civil. Neste caso, o benefício será
entregue ao representante legal, determinado pelo poder judiciário.
Veja, a seguir, o Gráfico 1, que demonstra a elevação no número
de beneficiários deste programa desde 2003 até 2011.Gráfico 1 - Beneficiários do Programa De Volta para Casa por ano. 
Fonte: Brasil (2011).
No Brasil, o governo federal, notando a urgência em estabelecer planos de contenção dos números
crescentes de casos de dependência química, em junho de 2009 lançou um programa específico e
contingente para a situação deste agravo, o Plano Emergencial de Ampliação do Tratamento e Prevenção
em Álcool e outras Drogas (PEAD), por meio da Portaria GM/MS n. 1.190, de 4 de junho de 2009.
O objetivo do PEAD é intensificar, ampliar e diversificar as ações orientadas para a prevenção,
promoção da saúde e tratamento dos riscos e danos associados ao consumo prejudicial de drogas. Outra
intenção deste Programa é qualificar os hospitais gerais para o atendimento dos pacientes em internamento
clínico que sejam dependentes de álcool e/ou outras drogas.
Políticas públicas de Saúde Mental, como o PEAD, têm recebido cooperação da
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Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), que tem buscado colaborar com os
países americanos em desenvolvimento, oferecendo apoio técnico nas propostas de
políticas e planos na área de saúde mental. Deste modo, a OPAS auxilia no apoio
sistemático na revisão, bem como na divulgação das informações e das melhores
evidências científicas nos estudos da área de Saúde Mental, a fim de melhorar os
serviços e tratamentos deste campo da saúde.
 Já em 2012, algumas portarias do Ministério da Saúde começaram a vigorar dando ênfase à
política de prevenção e tratamento dos transtornos relacionados à dependência química de crack, álcool e
outras drogas.
A seguir citamos algumas delas:
Portaria GM/MS n. 132, de 26 de janeiro de 2012 - Institui incentivo financeiro de custeio
para desenvolvimento do componente Reabilitação Psicossocial da Rede de Atenção
Psicossocial do Sistema Único de Saúde (SUS).
Portaria GM/MS n. 131, de 26 de janeiro de 2012 - Institui incentivo financeiro de custeio
destinado aos Estados, Municípios e ao Distrito Federal para apoio ao custeio de Serviços de
Atenção em Regime Residencial, incluídas as Comunidades Terapêuticas voltadas para pessoas
com necessidades decorrentes do uso de álcool, crack e outras drogas, no âmbito da Rede de
Atenção Psicossocial.
Portaria GM/MS n. 130, de 26 de janeiro de 2012 - Redefine o Centro de Atenção
Psicossocial de Álcool e outras Drogas 24 h (CAPS AD III) e os respectivos incentivos
financeiros.
Portaria GM/MS n. 121, de 25 de janeiro de 2012 - Institui a Unidade de Acolhimento para
pessoas com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no
componente de atenção residencial de caráter transitório da Rede de Atenção Psicossocial.
 
Cursista, para esta unidade de estudo não temos a pretensão de
que você memorize os números de leis e portarias. Mas,
destacamos a importância significativa destas para os profissionais
de saúde mental, bem como o conhecimento da existência de
políticas públicas específicas que embasam a reestruturação dos
serviços e das ações nesta área.
 
Cabe ressaltar que muitas das normativas que legislam os serviços de saúde mental trazem o
quantitativo mínimo necessário dos profissionais de saúde para o funcionamento daquele serviço e todas as
portarias citam a necessidade dos profissionais de enfermagem.
Saiba Mais
Para acessar todas as legislações vistas na unidade de estudo, clique aqui.
26/4/2014 Jornada V3 - ListarUE EstudarDisciplina
http://www.plataformajornada.com.br/index.php?r=estudarDisciplina/listarUE&id=80 6/6
Assim, terminamos o primeiro Núcleo Temático. No próximo,
estudaremos os principais transtornos mentais, suas
características, sinais e sintomas. Até breve!
 
 
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Secretaria de Atenção à Saúde. Legislação em
saúde mental: 1990-2004. 5. ed. ampl. Brasília, 2004. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/legislacao_mental.pdf>. Acesso em: 26 fev. 2012.
______. Ministério da Saúde. SAS/DAPES. Coordenação Geral de Saúde Mental, Álcool e Outras
Drogas. Saúde Mental em Dados. 7. Ed. Especial. Ano v, n.7, junho de 2010. Brasília, 2010.
Disponível em: <portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/smdados.pdf>. Acesso em 01 fev. 2012.
______. Ministério da Saúde. SAS/DAPES. Coordenação Geral de Saúde Mental, Álcool e Outras
Drogas. Saúde Mental em Dados – 9, Ano VI, n. 9, junho de 2011. Brasília, 2011. Disponível em: 
<portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/Mentalemdados2011.pdf>. Acesso em: 01 fev. 2012.
GUIMARAES, A. N. et al. O tratamento ao portador de transtorno mental: um diálogo com a legislação
federal brasileira (1935-2001). Texto contexto – enferm. v. 19, n.2, p. 274-282, abr./ 2010.
OGUISSO, T. Dimensões ético-legais na assistência de enfermagem em saúde mental e psiquiátrica. In:
STEFANELLI, M.C.; FUKUDA, I.M.K.; ARANTES, E.C. Enfermagem psiquiátrica em suas dimensões
assistenciais. Barueri: Manole, 2008.

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