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imposto sobre transmissno causa mortis e doa no c itcmd

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IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS E DOAÇÃO – ITCMD 
RICARDO ALEXANDRE 
 
Art. 155, CF. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: 
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; 
 Art. 35, CTN. O imposto, de competência dos Estados, sobre a transmissão de bens 
imóveis e de direitos a eles relativos tem como fato gerador: 
I - a transmissão, a qualquer título, da propriedade ou do domínio útil de bens imóveis por 
natureza ou por acessão física, como definidos na lei civil; 
II - a transmissão, a qualquer título, de direitos reais sobre imóveis, exceto os direitos 
reais de garantia; 
III - a cessão de direitos relativos às transmissões referidas nos incisos I e II. 
 
Observando os dois dispositivos depreende-se que o CTN trata de um único imposto 
de competência estadual incidente sobre a transmissão (onerosa ou gratuita) de 
bens imóveis e direitos a eles relativos; ao passo que a CF institui dois impostos de 
transmissão, um estadual (ITCMD), referente a transmissões de quaisquer bens e 
direitos a título gratuito, e outro municipal (ITBI), referente a transmissões 
onerosas. Sendo assim, o dispositivo do CTN deve ser interpretado à luz da CF. 
 
 
1. A FIXAÇÃO DAS ALÍQUOTAS MÁXIMAS PELO SENADO FEDERAL – 
VINCULAÇÃO E PROGRESSIVIDADE 
 
Compete ao Senado Federal estabelecer as alíquotas máximas do ITCMD ( art. 155, §1º, 
IV, CF). 
 
Entende o STF que não pode o Estado ou o DF editar lei prevendo que a alíquota do seu 
ITCMD segue a alíquota máxima fixada pelo Senado Federal. Se o Estado quer manter a 
sua alíquota de acordo com as variações máximas do Senado, deve edital Lei estadual 
para cada variação fixando especificamente a alíquota (vide RE 218.086). 
 
Resolução 09/1992, Senado Federal 
Art. 1º A alíquota máxima do imposto de que trata a alínea a, inciso I, do art. 155 da 
Constituição Federal será de oito por cento, a partir de 1º de janeiro de 1992. 
Art. 2º As alíquotas dos impostos, fixadas em lei estadual, poderão ser progressivas em 
 
 
 
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função do quinhão que cada herdeiro efetivamente receber, nos termos da Constituição 
Federal. 
 
 
2. DEFINIÇÃO DO ESTADO – OU DF – COMPETENTE PARA A COBRANÇA 
 
Art. 155, §1º, CF 
I – Transmissão de imóveis e respectivos direitos -> compete ao Estado ou ao Distrito 
Federal da situação do bem. Assim não importa onde foi processado o inventário ou 
arrolamento ou onde estão domiciliados doador e donatário; 
II – Transmissão de bens móveis, títulos e créditos -> compete ao Estado ou ao Distrito 
Federal onde se processar o inventário ou arrolamento (causa mortis) ou tiver domicílio o 
doador (doação); 
III - terá competência para sua instituição regulada por lei complementar: -> como o a LC 
ainda não foi editada, os Estado têm de valido do art, 24, §3º, CF para exercer a 
competência legislativa plena e disciplinar a matéria por lei própria; 
a) se o doador tiver domicilio ou residência no exterior; 
b) se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu inventário 
processado no exterior; 
 
 
3. FATO GERADOR 
 
Em consonância com a Cf, é a transmissão, por causa mortis ou por doação de 
quaisquer bens ou direitos. 
 
Quando a doação se der por causa mortis: 
 
 Art. 35, parágrafo único, CTN: Nas transmissões causa mortis, ocorrem tantos fatos 
geradores distintos quantos sejam os herdeiros ou legatários. 
Art. 1.784, CC. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros 
legítimos e testamentários. 
SÚMULA 112, STF: O imposto de transmissão causa mortis é devido pela alíquota 
vigente ao tempo da abertura da sucessão. 
 Art. 144, CTN. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da 
obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou 
revogada. 
 
Assim, a sucessão ocorre no exato momento da morte e é esse o momento que 
define a legislação que será aplicada a cada fato gerador relativo a cada herdeiro ou 
legatário. 
 
 
 
 
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O pagamento do tributo somente ocorrerá após a avaliação dos bens do espólio, o cálculo 
de tributo e sua homologação: 
 
SÚMULA 113, STF: O imposto de transmissão causa mortis é calculado sôbre o valor 
dos bens na data da avaliação. 
SÚMULA 114, STF: O imposto de transmissão causa mortis não é exigível antes da 
homologação do cálculo. 
 
Quando a transmissão ocorre por meio de doação, considera-se ocorrido o fato 
gerador e, consequentemente, o tributo será devido: 
 
- imóveis: a transferência da propriedade se dá mediante registro no Registro de imóveis 
(art. 1.245, §1º,CC). A maioria das legislações estaduais tem obrigado o recolhimento do 
tributo antes de tal registro; 
 
- móveis: a transferência da propriedade se dá com a tradição (art. 1.267, CC). A maioria 
das legislações estaduais tem obrigado o recolhimento do tributo antes da entrega, ou 
seja, no momento da feitura do Contrato de Doação. 
 
 
4. BASE DE CÁLCULO 
 
 Art. 38, CTN. A base de cálculo do imposto é o valor venal dos bens ou direitos 
transmitidos. 
 
 
5. CONTRIBUINTES 
 
Art. 42, CTN. Contribuinte do imposto é qualquer das partes na operação tributada, como 
dispuser a lei. 
 Art. 121, CTN. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento 
de tributo ou penalidade pecuniária. 
Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se: 
I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o 
respectivo fato gerador; 
 
O CTN delegou ao legislador estadual a definição legal de contribuinte, desde que a 
indicação recaia sobre uma das partes da operação, conforme preceitua o art. 121, p.ú. 
Na transmissão causa mortis, parece razoável que a contribuição recaia sobre o sucessor 
(herdeiro ou legatário), mas no caso de doação, ficou livre o legislador Estadual para 
definir como contribuinte o doador ou o donatário. 
 
 
 
 
 
 
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6. LANÇAMENTO 
 
A autoridade constitui o crédito tributário com base em informações prestadas pelo próprio 
contribuinte, quando declara o valor do bem transferido, ou por terceiro, a exemplo da 
avaliação judiciária. 
 
Art. 147, CTN. O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou 
de terceiro, quando um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade 
administrativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação. 
 
 ITCMD 
FUNÇÃO PREDOMINANTE Fiscal 
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE Está sujeito 
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE Está sujeito 
PRINCÍPIO DA NOVENTENA Está sujeito 
FATO GERADOR 
A transmissão, por causa mortis ou por doação de 
quaisquer bens ou direitos. 
BASE DE CÁLCULO É o valor venal dos bens ou direitos transmitidos. 
 
CONTRIBUINTE 
Quaisquer das partes na operação tributária, como 
dispuser a lei (causa mortis – herdeiro ou legatário; 
doação – doador ou donatário, dependendo da 
legislação estadual) 
LANÇAMENTO Por declaração 
 
 
 
IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS E DOAÇÃO – ITCMD 
EDUARDO DE CASTRO 
 
 
1. ASPECTO MATERIAL 
 
Art. 155, CF. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: 
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; 
 
Apenas alguns dispositivos do CTN foram recepcionados pela CF/88, haja vista que prevê 
em um só tributo os atuaisITBI (municipal) e ITCMD. Ademais, não existe qualquer 
regularização no CTN quanto aos bens imóveis, razão pela qual os Estados 
exercem a competência legislativa plena (dentro dos limites constitucionais) quando a 
esta matéria (art. 24, §3º, CF c/c art. 34, §3º, ADCT). 
 
 
 
 
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Em suma, podemos classificar o ITCMD como um tributo: estadual, privativo, não 
vinculado, de arrecadação não vinculada, real, direto, ordinário e de função 
predominantemente fiscal. 
 
 
LEGISLAÇÃO APLICÁVEL 
ESPÉCIE 
NORMATIVA 
DISPOSITIVOS E LEIS FUNÇÃO 
CF Art. 155, I e §1º Delineamento geral do tributo. Critérios 
da regra matriz de incidência 
CTN Arts. 35, 38, 39, 41 e 42 Normas gerais de incidência 
LC Ainda inexistente Regular a competência para instituição 
quando doador tiver domicílio ou 
residência no exterior ou se o de cujus 
possuía bens, era residente ou 
domiciliado ou teve o seu inventário 
processado no exterior. 
Resolução do 
Senado 
Resolução nº 09/92 Fixa a alíquota máxima do tributo 
(atualmente 8%) 
Leis Ordinárias, 
Decretos e etc. 
Leis e Decretos de cada 
Estado e DF 
Instituição do tributo; Normas 
específicas em matéria de ITCMD; 
Normas sobre sujeição passiva; 
Instituição de obrigações acessórias e 
penalidades 
 
 
2. ASPECTO MATERIAL 
 
 ITCMD ITBI 
COMPETÊNCIA Estados e DF Municípios e DF 
TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS Sim Não 
TRANSMISSÃO INTER VIVOS Apenas nas doações Salvo nas doações 
TRANSMISSÃO GRATUITA Sim Não 
TRANSMISSÃO DE BENS MÓVEIS Sim Não 
TRANSMISSÃO DE BENS IMÓVEIS Sim Sim 
 
O imposto em estudo incide sobre transmissões causa mortis (sucessão) e doações 
(transmissões gratuitas) de bens móveis (previsão apenas na CF) e imóveis, corpóreos 
e incorpóreos, suscetíveis de apropriação pelo homem e dotados de valor econômico 
(não incide sobre coisas de valor irrisório). 
 
 
 
 
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Art. 1.784, CC. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros 
legítimos e testamentários. 
Art. 538, CC. Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, 
transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra. 
 
 
2.1 RENÚNCIA DA HERANÇA 
 
Haverá incidência do ITCMD em caso de renúncia translativa gratuita. 
 
RENÚNCIA TRANSLATIVA 
GRATUITA 
RENÚNCIA TRANSLATIVA 
ONEROSA RENÚNCIA ABDICATIVA 
O herdeiro transfere 
gratuitamente sua quota-
parte a pessoa determinada 
O herdeiro transfere sua 
quota-parte a pessoa 
determinada mediante 
pagamento 
O herdeiro abre mão da 
herança em benefício do 
monte 
Incide ITCMD causa mortis 
e ITCMD doação 
Incide ITCMD causa mortis. 
Poderá haver incidência do 
ITBI , caso se trate de bem 
móvel 
Não incide ITCMD nem ITBI 
 
2.2 PARTILHA DESPROPORCIONAL DE BENS NA SEPARAÇÃO OU DIVÓRCIO OU 
NOS PROCESSOS DE INVENTÁRIO 
 
Caso um herdeiro seja contemplado com uma quota maior do que a que tem direito, 
configurar-se-á a doação, desde que não haja qualquer contrapartida do beneficiário. 
Neste caso, haverá a incidência no ITCMD tanto no momento da morte quanto na 
posterior doação. 
 
Nos casos de divórcio com partilha desproporcional gratuita, haverá apenas uma 
incidência de ITCMD sobre o chamado “excesso de meação”. 
 
Súmula 116, STF: Em desquite ou inventário, é legítima a cobrança do chamado imposto 
de reposição, quando houver desigualdade nos valores partilhados. 
 
Entretanto, existindo no plano de partilha previsão expressa de reposição por parte 
do beneficiário da divisão desproporcional, estará caracterizada a onerosidade da 
operação, devendo incidir o ITBI. 
 
2.3 USUFRUTO 
 
Art. 1.394, CC. O usufrutuário tem direito à posse, uso, administração e percepção dos 
frutos. 
Art. 1.393, CC. Não se pode transferir o usufruto por alienação; mas o seu exercício pode 
 
 
 
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ceder-se por título gratuito ou oneroso. 
 
Tratando-se de direito real sobre imóvel, não há dúvidas quanto à incidência do ITCMD 
na operação do usufruto simples, salvo expressa previsão de isenção na legislação 
Estadual. 
 
Entretanto, na hipótese de doação com reserva de usufruto, caso em que a 
consolidação da propriedade do donatário só se consolidará após a morte do doador, o 
entendimento majoritário é de que o ITCMD só poderá incidir uma única vez: ou no 
momento de instituição do usufruto (ITCMD-doação) ou no momento da morte do 
doador/usufrutuário (OTCMD-causa mortis), visto que a propriedade é uma só. 
 
2.4 FIDEICOMISSO 
 
Art. 1.951, CC. Pode o testador instituir herdeiros ou legatários, estabelecendo que, por 
ocasião de sua morte, a herança ou o legado se transmita ao fiduciário, resolvendo-se o 
direito deste, por sua morte, a certo tempo ou sob certa condição, em favor de outrem, 
que se qualifica de fideicomissário. 
 
Ou seja, alguém, por testamento, deixa bem para o sucessor (fideicomissário) de seu 
herdeiro (fiduciário). 
 
Embora ainda exista controvérsia sobre o assunto, o STJ tem pacificado o 
entendimento de que, como já ocorre a incidência do ITCMD no momento da 
instituição do fideicomisso, não deverá incidir novamente quando da sua extinção 
pela morte do fiduciário ou do fideicomissário, sob pena de bitributação. 
 
2.5 FALECIMENTO DO CÔNJUGE MEEIRO ANTES DA PARTILHA DOS BENS DO 
PRÉ-MORTO 
 
Ou seja, quando o cônjuge já viúvo morre antes da partilha dos bens de seu esposo/a 
falecido/a. 
 
Em tal situação duas heranças serão cumulativamente inventariadas e partilhadas, 
caso os herdeiros de ambos forem os mesmos, incidindo, portanto, dois tributos. 
 
 
3. ASPECTO TEMPORAL 
 
Nas transmissões causa mortis, o momento de surgimento da obrigação tributária é o 
momento da morte. 
 
Súmula 331, STF: É legítima a incidência do imposto de transmissão causa mortis no 
inventário por morte presumida. 
 
 
 
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Nestes casos, o momento de surgimento da obrigação tributária é o momento em que a 
lei civil considera ocorrida a morte. 
 
Nas doações de bens móveis, imóveis ou direitos reais sobre eles incidentes, o 
imposto será devido a partir do momento em que estiver caracterizada a transferência do 
bem: 
 
Art. 1.226, CC. Os direitos reais sobre coisas móveis, quando constituídos, ou 
transmitidos por atos entre vivos, só se adquirem com a tradição. 
Art. 1.227, CC. Os direitos reais sobre imóveis constituídos, ou transmitidos por atos 
entre vivos, só se adquirem com o registro no Cartório de Registro de Imóveis dos 
referidos títulos (arts. 1.245 a 1.247), salvo os casos expressos neste Código. 
 
Na prática, nas doações de bens imóveis ou direitos reais sobre eles incidentes, o 
imposto tem sido exigido no momento da lavratura da escritura de doação, ou seja, 
antes mesmo da ocorrência do fato gerador (STJ, REsp 1.236.816). 
Por fim, como as leis estaduais têm disposições específicas sobre o momento do 
pagamento do imposto, não há que se falar em decadência do direito ao lançamento 
por arte da Fazenda antes da ciência da morte, que se dá por ocasião do processo de 
inventário, mesmo que este somente seja iniciado 10 anos após a morte. 
 
 
4. ASPECTO ESPACIAL 
 
Caberá o tributo ao Estado em que realizado o fato gerador da obrigação. 
 
 
5. ASPECTO PESSOAL 
 
5.1 SUJEITO ATIVOArt. 155, §1º, CF 
I – Transmissão de imóveis e respectivos direitos -> compete ao Estado ou ao Distrito 
Federal da situação do bem. Assim não importa onde foi processado o inventário ou 
arrolamento ou onde estão domiciliados doador e donatário; 
II – Transmissão de bens móveis, títulos e créditos -> compete ao Estado ou ao Distrito 
Federal onde se processar o inventário ou arrolamento (causa mortis) ou tiver domicílio o 
doador (doação); 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SUJEITO ATIVO - BENS E DOADORES SITUADOS/DOMICIALIADOS NO BRASIL 
BENS IMÓVEIS MÓVEIS 
ITCMD Causa mortis Estado de localização do 
bem 
Estado do inventário ou 
arrolamento 
ITCMD Doação Estado de localização do 
bem 
Estado do domicílio do 
doador 
 
III - terá competência para sua instituição regulada por lei complementar: -> como o a LC 
ainda não foi editada, os Estado têm de valido do art, 24, §3º, CF para exercer a 
competência legislativa plena e disciplinar a matéria por lei própria (os conflitos 
decorrentes das legislações editadas pelos Estados serão dirimidos pelo STF); 
a) se o doador tiver domicilio ou residência no exterior; 
b) se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu inventário 
processado no exterior; 
 
5.2 SUJEITO PASSIVO 
 
Art. 42, CTN. Contribuinte do imposto é qualquer das partes na operação tributada, como 
dispuser a lei. 
Art. 121, CTN. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento 
de tributo ou penalidade pecuniária. 
Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se: 
I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o 
respectivo fato gerador; 
II - responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra 
de disposição expressa de lei. 
 
Assim, o CTN delegou ao legislador estadual a definição legal do sujeito passivo, 
desde que possua alguma relação com o fato gerador da obrigação tributária, seja direta 
(contribuinte, ou indireta (responsável tributário). 
 
Na transmissão causa mortis, a regra é que a contribuição recaia sobre o sucessor 
(herdeiro ou legatário), enquanto que no caso da doação a regra é que recaia sobre os 
adquirentes dos bens doados, mas nada impede que o Estado opte por situação diversa. 
 
Art. 134, CTN. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação 
principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que 
intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis: 
 (...) 
IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio; 
 (...) 
VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos 
sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício; 
 
 
 
 
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6. ASPECTO QUANTITATIVO 
 
 Art. 38, CTN. A base de cálculo do imposto é o valor venal dos bens ou direitos 
transmitidos. 
 
O valor venal dos bens ou direitos transmitidos serão apurados mediante avaliação 
procedida pela Fazenda Pública Estadual, podendo a parte impugnar os valores lançados 
pelo Estado. 
 
Quando se trata de usufruto simples ou doação com reserva de usufruto, é comum 
a fixação da base de cálculo como sendo igual à metade do valor total do bem. 
 
Nas promessas de compra e venda de imóvel ainda não quitado ao tempo da 
abertura da sucessão, a base de cálculo do tributo será o saldo credor da 
obrigação: 
 
Súmula 590, SFTF: Calcula-se o imposto de transmissão causa mortis sobre o saldo 
credor da promessa de compra e venda de imóvel, no momento da abertura da sucessão 
do promitente vendedor. 
 
A CF estabelece que o ITCMD terá alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal 
(art. 155, §1º, IV). Atualmente a alíquota máxima é de 8% (Resolução 09/92). 
 
Não pode o Estado-membro estabelecer mediante Lei Estadual vinculação entre a 
alíquota estadual e a alíquota máxima fixada pelo Senado Federal, de modo que, 
quando esta aumente, a alíquota estadual também aumente automaticamente; é 
necessário que a cada fixação máxima do Senado, seja elaborada uma Lei Estadual para 
dispondo sobre a nova alíquota (RE 218.086-AgR). 
 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. LEI ESTADUAL: 
PROGRESSIVIDADE DE ALÍQUOTA DE IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO CAUSA 
MORTIS E DOAÇÃO DE BENS E DIREITOS. CONSTITUCIONALIDADE. ART. 145, § 
1º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. PRINCÍPIO DA IGUALDADE MATERIAL 
TRIBUTÁRIA. OBSERVÂNCIA DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA. RECURSO 
EXTRAORDINÁRIO PROVIDO. 
(STF - RE: 562045 RS) 
 
Ao proferir tal decisão, parece ter havido sensível mudança no entendimento segundo o 
qual a progressividade em função da capacidade contributiva só seria possível nos 
impostos reais nos casos expressamente previstos na CF. 
 
SÚMULA 112, STF: O imposto de transmissão causa mortis é devido pela alíquota 
vigente ao tempo da abertura da sucessão. 
 
 
 
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Ao ITCMD doação, por sua vez, aplica-se a alíquota vigente no momento da celebração 
do negócio jurídico. 
 
Por fim, a inadimplência do tributo pode acarretar juros e multa, desde que previstos na 
legislação estadual, além do que a Fazenda Pública poderá realizar nova avaliação dos 
bens. 
 
7. IMUNIDADES E ISENÇÕES 
 
Aplica-se ao tributo a imunidade tributária recíproca (art. 150, VI, CF), de modo que não 
incidirá ITCMD nas doações feitas às pessoas jurídicas de direito público, inclusive as 
integrantes da administração indireta, desde que os bens estejam relacionados às suas 
atividades essenciais (§2º, art. 150, CF), assim como também nos casos de herança 
vacante, em que o patrimônio é transferido ao Município ou ao DF. 
 
As leis estaduais podem prever hipóteses de isenções do ITCMD, a exemplo das que 
visam a efetivação dos princípios da capacidade contributiva e da função social da 
propriedade. 
 
 
8. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES 
 
Conforme já assinalado acima, nas transmissões inter vivos de bens imóveis, em 
virtude da responsabilidade solidária dos oficiais do cartório, o pagamento do ITCMD 
costuma ser anterior ao registro da transmissão do imóvel, funcionando como pré-
requisito para tanto. 
 
Nas transmissões inter vivos realizadas por instrumento particular (em geral 
envolvem bens móveis), a legislação local usualmente estabelece um prazo para 
apresentação do referido instrumento à repartição fiscal, com consequente recolhimento 
do tributo, o que dificilmente acontece. 
 
Nas transmissões causa mortis, o recolhimento se dará no curso do processo 
administrativo ou judicial (inventário e arrolamento sumário). 
 
No inventário, após avaliação dos dados do seu cadastro imobiliário, a Fazenda pública 
se manifestará acerca das declarações dos valores dos bens apresentados pelos 
herdeiros. Após a homologação dos valores dos bens pelo juiz serão preenchidas as 
guias de recolhimento do ITCMD, quando deverá novamente ser ouvida a Fazenda 
Pública, caso deseje impugnar o cálculo do tributo. Somente após a homologação final do 
tributo pelo Juiz e do pagamento pelas partes interessadas, será feita a partilha de bens. 
 
O arrolamento sumário é o procedimento adequado para patilhas amigáveis celebradas 
entre partes capazes ou quando o valor do espólio não superar 1.000 (mil) salários 
 
 
 
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mínimo. Possui procedimento mais simples, mas o pagamentodo tributo também será 
pré-requisito para a realização da partilha (art. 664, NCPC). 
 
Em virtude da simplicidade do arrolamento sumário, o reconhecimento judicial de isenção 
de ITCMD somente poderá se dar por meio de inventário (REsp 1.150.356, STJ). 
 
8.1 LANÇAMENTO E DECADÊNCIA DO ITCMD CAUSA MORTIS NOS PROCESSOS 
DE INVENTÁRIO 
 
Apenas com a prolação da sentença de homologação da patilha é possível realizar o 
lançamento, pois somente então estão identificados todos os aspectos do tributo (AgRg 
no REsp 1274227/MS, STJ). 
 
Art. 173, CTN. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário 
extingue-se após 5 (cinco) anos, contados: 
I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter 
sido efetuado; 
 
 
 
LANÇAMENTO E DECADÊNCIA DO ITCMD CAUSA MORTIS NOS PROCESSOS DE 
INVENTÁRIO 
FATO GERADOR EXIGIBILIDADE 
- Morte real ou presumida - Homologação do cálculo pelos juiz 
 -Prazo decadencial inicia-se no 1º dia do 
exercício seguinte 
 
 
DEMAIS SÚMULAS STF 
SÚMULA 113, STF: O imposto de transmissão causa mortis é calculado sobre o valor 
dos bens na data da avaliação. 
SÚMULA 114, STF: O imposto de transmissão causa mortis não é exigível antes da 
homologação do cálculo. 
SÚMULA 115, STF: Sobre os honorários do advogado contratado pelo inventariante, 
com a homologação do juiz, não incide o imposto de transmissão causa mortis.

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