UNP DEMP 10 DISSOLUÇÃO E DESCONSIDERAÇÃO DA PJ

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DIREITO EMPRESARIAL
DISSOLUÇÃO E DESCONSIDERAÇÃO DA PJ
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OBJETIVOS
 Analisar os institutos da Resolução, Dissolução, Prorrogação e Liquidação de sociedades
 Descrever as teorias de desconsideração da PJ
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RESOLUÇÃO
A resolução ou dissolução parcial é a perda de um ou mais sócios. Não há a dissolução da sociedade de pessoas, a empresa continua preservada.
Há uma redução no número de sócios, não sendo possível para sociedades de capitais.
As causas de resolução são:
Vontade do sócio,
Exclusão do sócio,
Exclusão social do remisso,
Falência do sócio,
Liquidação de sua cota por execução de credor,
Morte do sócio.
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DISSOLUÇÃO
A dissolução da sociedade empresária de pessoas ocorre:
	- deliberação unânime dos sócios,
	- expirado o prazo determinado,
	- pelo encerramento da falência,
	- pela redução a unipessoalidade por prazo acima de 180 dias,
	- pela extinção da autorização para funcionar,
	- por condição contratual.
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DISSOLUÇÃO
A dissolução da sociedade empresária de capitais ocorre:
	- deliberação da assembléia geral,
	- causas estipuladas no estatuto,
	- expirado o prazo de duração,
	- pela redução a unipessoalidade por prazo acima de 01 ano,
	- pela extinção da autorização para funcionar.
No caso de instituição financeira também pode ocorrer a dissolução por decisão do interventor na liquidação extrajudicial ou decreto do Banco Central. 
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DISSOLUÇÃO JUDICIAL
A dissolução judicial da sociedade empresária ocorre por sentença, quando há conflito entre sócios ou na falência.
O art. 1.034 do CC lista as seguintes hipóteses para dissolução das sociedades de pessoas:
	- anulação da constituição da sociedade,
	- impossibilidade de preencher o fim social pela insuficiência de capital social,
	- exaurimento do objeto social.
A LSA lista as seguintes hipóteses para as sociedades de capitais:
- anulação da constituição da sociedade,
- impossibilidade de preencher o fim social,
- falência.
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PRORROGAÇÃO
Quando a sociedade tem prazo determinado, pode haver prorrogação dentro da fluência deste.
Não será possível prorrogar o prazo da sociedade após o mesmo ter expirado.
É necessária a alteração contratual com a aprovação unânime dos sócios.
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LIQUIDAÇÃO
Na dissolução judicial o juiz nomeia o liquidante na sentença que decreta a dissolução. Este liquidante pode ser destituído pelo juiz: de ofício ou mediante pedido de qualquer sócio.
O liquidante tem deveres expressos no art. 1.103 do CC e no art. 210 da LSA.
A liquidação é a fase final da extinção da sociedade.
Consiste em realizar o ativo e solucionar o passivo, podendo ocorrer judicialmente ou não.
Na dissolução extrajudicial os administradores investem um liquidante, que pode estar indicado no contrato social ou não.
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DESCONSIDERAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA
A princípio se uma sociedade deve e não tem patrimônio próprio para pagar tais débitos, os sócios não são obrigados (de acordo com o tipo societário) a desembolsar qualquer quantia para solver o débito da sociedade. 
Todavia, em determinados casos específicos tal regra pode ser excepcionada, de modo que o sócio seja obrigado a lançar mão de seu patrimônio pra solver uma dívida da sociedade. 
Um desses casos é a chamada desconsideração da personalidade jurídica.
A desconsideração da personalidade jurídica é a retirada momentânea e excepcional da autonomia patrimonial da pessoa jurídica, para estender os efeitos das suas obrigações a pessoa dos sócios. 
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DESCONSIDERAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA
Tal ato não extingue a pessoa jurídica, mas apenas de forma momentânea atravessa a autonomia patrimonial da pessoa jurídica e atinge o sócio, após o que tudo volta ao seu estado anterior. 
A regra é a não desconsideração, apenas em casos excepcionais como a fraude e o abuso de direito relacionados a autonomia patrimonial se admite a desconsideração. 
A lei 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor), no que tange aos danos ao consumidor, e a lei 8.884/94, no que tange à infrações a ordem econômica, elencam como causas autorizadoras da desconsideração: o abuso de direito, o excesso de poder, a infração à lei, ou fato ou ato ilícito, violação do estatuto ou contrato social e falência, insolvência ou encerramento das atividades por má administração. 
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DESCONSIDERAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA
O artigo 28, § 5º do CDC afirma que sempre que a personalidade jurídica for obstáculo ao ressarcimento dos danos causados ao consumidor, poderá haver a desconsideração.
No art. 50 do Código Civil a desconsideração vem claramente positivada como uma forma de repressão ao abuso na utilização da personalidade jurídica das sociedades, fundamento primitivo da própria teoria da desconsideração. 
Tal abuso poderá ser provado pelo desvio da finalidade ou pela confusão patrimonial. 
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DESCONSIDERAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA
DESCONSIDERAÇÃO: 
A teoria da desconsideração da pessoa jurídica pretende não a sua aniquilação
mas o afastamento temporário da personalidade jurídica em caso de abuso para permitir que os credores lesados satisfaçam os seus direitos no patrimônio do sócio ou administrador.
DESPERSONIFICAÇÃO:
É medida mais grave porque implica na aniquilação da pessoa jurídica, significa que extingue a pessoa jurídica.
DESCONSIDERAÇÃO INVERSA DA PESSOA JURÍDICA: o juiz autoriza atingir o patrimônio da
sociedade visando atingir o bem do fraudador.
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DESCONSIDERAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA
TEORIAS:
1) Teoria Maior  regra geral no sistema jurídico brasileiro, não pode ser aplicada com a mera demonstração de estar a pessoa jurídica insolvente para o cumprimento de suas obrigações. Exige-se, além da prova de insolvência, ou a demonstração de desvio de finalidade (teoria subjetiva da desconsideração), ou a demonstração de confusão patrimonial (teoria objetiva da desconsideração).
2) Teoria Menor  acolhida em nosso ordenamento jurídico excepcionalmente no Direito do Consumidor e no Direito Ambiental, incide com a mera prova de insolvência da pessoa jurídica para o pagamento de suas obrigações, independentemente da existência de desvio de finalidade ou de confusão patrimonial.
O CC adotou uma linha objetivista que dispensa prova do dolo específico do sócio ou administrador.