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Aula 05 Curso: Legislação Específica p/ TRT/8 - Analista Judiciário (Todos os Cargos) e Técnico Judiciário (Enferma Professor: Paulo Guimarães 685.489.742-49 - Paulo Roberto de Souza Santos Regimento Interno do TRT da 8a Região Teoria e exercícios comentados Prof. Paulo Guimarães ± Aula 05 Prof. Paulo Guimarães www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 47 AULA 05: Das Pautas de Julgamento; Das Sessões; Da Uniformização de Jurisprudência; Das Audiências; Dos Acórdãos. SUMÁRIO PÁGINA 1. Das Pautas de Julgamento 1 2. Das Sessões 5 3. Da Uniformização de Jurisprudência 24 4. Das Audiências 29 5. Dos Acórdãos 30 6. Resumo do concurseiro 34 7. Questões comentadas 40 8. Lista das questões apresentadas 45 Olá, futuro servidor do TRT8! Hoje daremos continuidade ao nosso estudo do Regimento Interno vendo assuntos que foram cobrados em provas anteriores algumas vezes. Já passamos da metade do curso, e o dia da sua prova se aproxima rapidamente. Não esqueça de planejar sua revisão e pensar bem em como serão os últimos dias, pois eles definirão em grande parte como será o seu desempenho. Bons estudos! 1. DAS PAUTAS DE JULGAMENTO Art. 119 - Os processos serão incluídos em pauta para julgamento, organizada pela respectiva Secretaria, com aprovação de seu Presidente, obedecido o prazo para a respectiva publicação. A pauta para julgamento nada mais é do que a agenda do órgão julgador, ou seja, ela define quais feitos serão julgados em cada sessão. 685.489.742-49 - Paulo Roberto de Souza Santos Regimento Interno do TRT da 8a Região Teoria e exercícios comentados Prof. Paulo Guimarães ± Aula 05 Prof. Paulo Guimarães www.estrategiaconcursos.com.br Página 2 de 47 A regra geral é a inclusão dos feitos em pauta assim que o relator e o revisor (quando houver) concluírem seu trabalho, mas também é necessário obedecer os prazos de julgamento previstos em lei. Cada órgão julgador tem uma Secretaria, que é responsável pela elaboração da pauta, que depende também da aprovação do Presidente do Órgão. Atenção! Não é o Presidente do Tribunal! Art. 120 - Os processos serão submetidos a julgamento na ordem da pauta, independentemente do comparecimento das partes ou de seus representantes legais. A ordem dos julgamentos deve ser observada com rigor. Essa ordem será aquela em que os processos deram entrada na Secretaria do órgão julgador. Há casos, entretanWR��HP�TXH�FHUWRV�IHLWRV�SRGHP�³IXUDU�D� ILOD´��9HMDPRV�TXDLV�VmR�HVVHV�FDVRV� § 2º - Preferem aos demais julgamentos, os dissídios coletivos, os embargos de declaração, os habeas corpus e os mandados de segurança. § 3º - A preferência poderá ser igualmente concedida, a requerimento de uma das partes. É importante que você memorize bem quais são os feitos que serão julgados com preferência sobre os demais. A razão da preferência conferida a esses processos pelo Regimento Interno é o caráter de urgência do qual eles se revestem. Os embargos de declaração não são exatamente medidas de urgência. Você já sabe que esses embargos são uma espécie de recurso, que tem o objetivo de sanar contradição, obscuridade ou dúvida na decisão. Esses embargos são julgados com preferência porque já houve uma decisão principal, e seu cumprimento pode depender apenas desses esclarecimentos. 685.489.742-49 - Paulo Roberto de Souza Santos Regimento Interno do TRT da 8a Região Teoria e exercícios comentados Prof. Paulo Guimarães ± Aula 05 Prof. Paulo Guimarães www.estrategiaconcursos.com.br Página 3 de 47 A preferência pode ainda ser concedida em outros processos, devendo a parte interessada requerer e demonstrar a necessidade do julgamento preferencial. FEITOS CUJO JULGAMENTO É PREFERENCIAL Dissídios Coletivos Embargos de Declaração habeas corpus Mandados de Segurança Outros processos para os quais a preferência seja concedida, a requerimento de uma das partes. Você também precisa conhecer os feitos que são considerados tão urgentes, que são julgados independentemente de sua inclusão em pauta. Veja bem, isso não quer dizer que os feitos não podem ser incluídos em pauta! Eles podem, mas não é necessário aguardar a inclusão e publicação para que haja o julgamento, ok? 685.489.742-49 - Paulo Roberto de Souza Santos Regimento Interno do TRT da 8a Região Teoria e exercícios comentados Prof. Paulo Guimarães ± Aula 05 Prof. Paulo Guimarães www.estrategiaconcursos.com.br Página 4 de 47 FEITOS CUJO JULGAMENTO INDEPENDE DE PUBLICAÇÃO E INCLUSÃO EM PAUTA - HABEAS CORPUS - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - CONFLITO DE COMPETÊNCIA - AGRAVO REGIMENTAL - MATÉRIA ADMINISTRATIVA E PROCESSO ADMINISTRATIVO Exceto Processo Administrativo Disciplinar (PAD) e Recurso em Matéria Administrativa (RMA). Art. 121 - As partes serão notificadas dos julgamentos mediante publicação da pauta no órgão oficial, com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas. As pautas devem sempre ser publicadas na imprensa oficial, e a publicação é de responsabilidade do Secretário do órgão julgador. Existe, entretanto, uma exceção a essa regra: quando chegarem à Secretaria processos de dissídio coletivo em regime de urgência, não será necessária a publicação para que eles sejam incluídos em pauta. É necessário, além da publicação, que a pauta seja afixada no quadro de editais do Tribunal, até a antevéspera da sessão. O Secretário do órgão julgador deve ainda enviar a pauta aos Desembargadores e ao Ministério Público do Trabalho por meio de correio eletrônico. Já houve questões em concurso que tentaram confundir os candidatos dizendo que a afixação da pauta no quadro de editais torna desnecessária a publicação na imprensa oficial. Atenção! Isso não é verdade! É necessária tanto a publicação quanto a afixação no quadro. 685.489.742-49 - Paulo Roberto de Souza Santos Regimento Interno do TRT da 8a Região Teoria e exercícios comentados Prof. Paulo Guimarães ± Aula 05 Prof. Paulo Guimarães www.estrategiaconcursos.com.br Página 5 de 47 § 3º - Os processos que não tiverem sido julgados numa sessão permanecerão em pauta, independentemente de nova publicação, conservando a mesma ordem, com preferência sobre os demais, para julgamento nas sessões seguintes, ressalvado o disposto nos parágrafos do art. 120. Atenção! Esta regra é importante e também já foi cobrada em concursos anteriores. Quando não for possível concluir o julgamento de um processo na sessão, este permanecerá em pauta automaticamente, devendo seu julgamento ocorrer nas sessões seguintes, com preferência sobre os demais, ressalvadas as regras de preferência que nós já estudamos. Quando não for possível concluir o julgamento de um processo na sessão designada, este permanecerá em pauta, independentemente de nova publicação, conservando a mesma ordem, com preferência sobre os demais, para julgamento nas sessões seguintes. Se uma das partes estiver ausente, é possível ainda que seja solicitado o adiamento do julgamento. O pedido deve ser feito no início da sessão e será atendido de forma excepcional, quando houver motivo justificável. 2. DAS SESSÕES Art. 123 - As sessões ordinárias do Tribunal Pleno, da Seção Especializada e das Turmas serão públicas e realizar-se-ão na sede do Tribunal, em dias úteis e horários previamentefixados, mediante publicação das pautas da matéria judiciária no órgão oficial. 685.489.742-49 - Paulo Roberto de Souza Santos Regimento Interno do TRT da 8a Região Teoria e exercícios comentados Prof. Paulo Guimarães ± Aula 05 Prof. Paulo Guimarães www.estrategiaconcursos.com.br Página 6 de 47 As sessões do Tribunal ocorrem em dias úteis previamente designados, que podem ser alterados a qualquer momento por decisão do Tribunal. Normalmente os advogados sabem de memória os dias em que o Pleno e os órgãos fracionários se reúnem. Essas reuniões regulares são chamadas de sessões ordinárias, mas você também já sabe que em algumas ocasiões é necessário convocar reuniões em caráter de urgência, chamadas de sessões extraordinárias. Essa convocação extraordinária é realizada por ato do Presidente do Tribunal (no caso do Pleno) ou pelos Presidentes de cada órgão julgador (Seções e Turmas). As sessões ordinárias do Pleno são realizadas na última semana de cada mês. § 3º - O Tribunal Pleno, a Seção Especializada ou as Turmas, a requerimento de qualquer dos Desembargadores, e pelo voto da maioria dos presentes, poderá transformar as sessões em reservadas, nos termos do inciso IX do art. 93 da Constituição da República, mas os votos dos Desembargadores só serão colhidos depois de tornada pública a sessão. As sessões em geral são públicas, como qualquer ato jurisdicional. Se você quiser assistir a uma sessão do Pleno do Tribunal, por exemplo, basta dirigir-se à sede e pedir para entrar. Não há nenhum problema nisso. Por outro lado, há situações em que pode ser conveniente que as sessões se tornem reservadas, em razão dos assuntos tratados ou das pessoas envolvidas. Isso é comum em julgamentos que envolvem casos famosos. Para que uma sessão se torne reservada, é necessário que haja requerimento de um Desembargador, e o voto favorável da maioria dos presentes. A votação dos Desembargadores só ocorrerá depois de tornada pública a sessão. Isso significa que a sessão sempre se inicia de 685.489.742-49 - Paulo Roberto de Souza Santos Regimento Interno do TRT da 8a Região Teoria e exercícios comentados Prof. Paulo Guimarães ± Aula 05 Prof. Paulo Guimarães www.estrategiaconcursos.com.br Página 7 de 47 forma pública, e somente depois de seu início, pode ser transformada em reservada. Esse assunto também já foi cobrado em questões anteriores. O Tribunal poderá, a requerimento de qualquer dos Desembargadores do Trabalho, e pelo voto da maioria dos presentes, transformar as sessões em reservadas. Art. 123-A. O Tribunal reunir-se-á em Conselho: I ± quando algum dos Desembargadores solicitar que o Plenário se reúna reservadamente; II ± quando convocado pela Presidência para assunto administrativo ou da economia do Tribunal. A reunião em conselho é uma espécie de sessão reservada. Este dispositivo ficou deslocado porque foi incluído posteriormente e terminou deixando a organização do Regimento um pouco estranha. Nessas sessões devem estar presentes apenas os Desembargadores, exceto se alguém for especialmente convocado. O registro dessa sessão contará apenas com a data e os nomes dos presentes, salvo se for necessário publicar as deliberações. Apenas quero fazer uma observação quanto o inciso I, pois ele dá abertura para que a reunião em conselho seja realizada apenas em razão de solicitação de um Desembargador. Nesse caso, o Tribunal pode até se reunir em conselho, mas o julgamento será realizado em sessão pública, por determinação expressa do Regimento Interno. 685.489.742-49 - Paulo Roberto de Souza Santos Regimento Interno do TRT da 8a Região Teoria e exercícios comentados Prof. Paulo Guimarães ± Aula 05 Prof. Paulo Guimarães www.estrategiaconcursos.com.br Página 8 de 47 Art. 124 - Na ausência ou impedimento do Presidente, será a sessão do Tribunal Pleno presidida pelo Vice-Presidente ou pelo Desembargador do Trabalho mais antigo presente. § 1º. Na ausência ou impedimento do Presidente, serão as sessões das Seções Especializadas I e II presididas pelo Desembargador do Trabalho mais antigo presente. § 2º. Na ausência ou impedimento do Presidente, serão as sessões das Turmas presididas pelo Desembargador do Trabalho mais antigo presente. Essas regras já foram cobradas em questões anteriores, mas são muito simples. Você pode memoriza-las de forma bem fácil: a regra é que, na falta do Presidente do órgão julgador, a sessão seja presidida pelo Desembargador mais antigo. Essa regra só não subsiste no Pleno, pois nesse caso há um substituto oficialmente designado: o Vice- Presidente. Na ausência ou impedimento do Presidente do órgão julgador, a sessão será presidida pelo Desembargador mais antigo. No Pleno, entretanto, o substituto do Presidente é o Vice-Presidente do Tribunal, e apenas na falta deste a presidência da sessão será exercida pelo Desembargador mais antigo. Art. 125 - Participará das sessões do Tribunal Pleno, da Seção Especializada e das Turmas, o Ministério Público do Trabalho. Você já sabe o que é o Ministério Público do Trabalho e quais suas funções. Apesar de não atuar em todos os processos que correm perante o Tribunal, o MPT deve participar de todas as sessões, em 685.489.742-49 - Paulo Roberto de Souza Santos Regimento Interno do TRT da 8a Região Teoria e exercícios comentados Prof. Paulo Guimarães ± Aula 05 Prof. Paulo Guimarães www.estrategiaconcursos.com.br Página 9 de 47 todos os órgãos julgadores, por meio dos seus Procuradores Regionais do Trabalho. Art. 126 - Aberta a sessão, à hora designada, e não havendo número para deliberar, aguardar-se-á por 15 (quinze) minutos a formação do quorum. Persistindo a falta de número, a sessão será transferida para o primeiro dia útil desimpedido, independentemente de notificação das partes. Atenção! As bancas adoram cobrar essas regras bobas. Sim, vão perguntar a você quantos minutos deve-se aguardar quando não houver quórum suficiente para votação. Essa é uma situação tratada de forma recorrente pelos Regimentos Internos de Tribunais. Quando não houver quórum suficiente para que os trabalhos sejam iniciados, o Presidente da Turma pode convocar Desembargadores de outras Turmas. Cuidado para não confundir esse procedimento com a convocação de Juiz do Trabalho para substituir Desembargador. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Aberta a sessão, na hora regimental, e não havendo número para deliberar, aguardar-se-á por 15 (quinze) minutos a formação do quorum. Persistindo a falta de número, a sessão transferida para o próximo dia útil desimpedido, independentemente de notificação das partes. Uma vez iniciado o julgamento, deve ser concluído na mesma sessão, exceto de houver motivo relevante ou pedido de vista, na forma autorizada pela Regimento Interno. 685.489.742-49 - Paulo Roberto de Souza Santos Regimento Interno do TRT da 8a Região Teoria e exercícios comentados Prof. Paulo Guimarães ± Aula 05 Prof. Paulo Guimarães www.estrategiaconcursos.com.br Página 10 de 47 Art. 128 - Nas sessões ordinárias do Tribunal Pleno, da Seção Especializada e das Turmas, será observada a seguinte ordem: a) verificação do número de Desembargadores presentes; b) discussão e aprovação da ata da sessão anterior; c) julgamento dos processos da pauta judiciária;d) julgamento de matéria e processos administrativos; e) comunicações e propostas; f) expediente. A ordem dos trabalhos nas sessões também já foi cobrada em diversas ocasiões pelas bancas. Você precisará memorizar. A primeira providência sempre será a verificação do número de Desembargadores presentes no órgão julgador. Em seguida, será apreciada e aprovada a ata da última sessão. Vencidas essas etapas, haverá o julgamento dos processos em pauta, seguido do julgamento da matéria administrativa. SESSÕES DO PLENO, SEÇÕES ESPECIALIZADAS E TURMAS ORDEM DOS TRABALHOS Verificação do número de Desembargadores presentes Æ Discussão e aprovação da ata da sessão anterior. Æ Julgamento dos processos da pauta. Julgamento de matéria e processos administrativos. Æ Comunicações e propostas. Æ Expedientes. O julgamento de matéria e processos administrativos e os expedientes podem mudar de ordem, a critério do Presidente. 685.489.742-49 - Paulo Roberto de Souza Santos Regimento Interno do TRT da 8a Região Teoria e exercícios comentados Prof. Paulo Guimarães ± Aula 05 Prof. Paulo Guimarães www.estrategiaconcursos.com.br Página 11 de 47 Art. 129 - Anunciado o julgamento por meio do sistema de amplificação de som, com o que se consideram apregoadas as partes e seus advogados, para todos os efeitos legais, nenhum Desembargador poderá retirar-se do recinto sem a vênia do Presidente. A dureza do dispositivo chama atenção, não é mesmo? A intenção foi evitar que o Desembargador se ausente e retorne somente no momento de dar o voto. Se a questão não for apreciada conjuntamente, de nada adianta um órgão julgador colegiado, não é mesmo? O pregão é o ato de anunciar em voz alta que haverá o julgamento. O Secretário do órgão julgador simplesmente se levanta e anuncia que o órgão julgará determinado processo. É a partir desse momento que os Desembargadores precisarão de autorização do Presidente para retirarem-se. A partir do pregão, nenhum Desembargador poderá retirar- se do recinto sem autorização do Presidente. Art. 132 - Nos julgamentos da pauta judiciária, será observada a sequência abaixo: a) relatório; b) defesa oral; c) manifestação do Ministério Público do Trabalho; d) pronunciamento do Desembargador Relator e Desembargador Revisor; e) discussão; f) votação; g) proclamação do resultado do julgamento. 685.489.742-49 - Paulo Roberto de Souza Santos Regimento Interno do TRT da 8a Região Teoria e exercícios comentados Prof. Paulo Guimarães ± Aula 05 Prof. Paulo Guimarães www.estrategiaconcursos.com.br Página 12 de 47 Este dispositivo é mais uma manifestação da prolixidade do Regimento Interno do TRT da 8a Região. Não acredito que seja importante entrar em detalhes sobre essas fases, mas apenas compreender a ordem em que eles devem ocorrer. O relatório é a primeira fase, e por meio dele faz-se a exposição dos fatos que levaram as partes ao julgamento. Depois disso, dá-se aos advogados das partes e ao representante do MPT a oportunidade de manifestarem-se, e em seguida o relator e o revisor (quando houver) proferem seus votos. Após isso, os Desembargadores podem discutir, e proferem seus votos. Ao final, é proclamado o resultado do julgamento. Art. 133. Far-se-á a inscrição dos advogados habilitados no processo, para a sustentação oral presencial ou por videoconferência, a partir da publicação da pauta de julgamento até às 10 horas do dia útil anterior à data da sessão, mediante inscrição pelo interessado na página da Rede Mundial de Computadores - Internet deste Tribunal, por correio eletrônico ou pessoalmente, por petição ou simples assinatura em formulário próprio que será mantido pela Secretaria do Órgão, desde que haja a clara identificação do processo, do órgão julgador, da data e do horário do início da sessão de julgamento. Os advogados que pretendam fazer sustentação oral nas sessões de julgamento precisa inscrever-se antes. O detalhe aqui é a possibilidade de sustentação oral por videoconferência, previsão que eu ainda não tinha visto expressamente em Regimentos Internos de outros Tribunais. A inscrição deve ser feita a partir do momento da publicação da pauta, até às 10h do dia útil anterior à data da sessão, pela internet, no site do Tribunal, por e-mail ou pessoalmente, por meio do preenchimento de formulário disponível na secretaria do órgão julgador. Somente poderá fazer sustentação oral o advogado que tiver mandato nos autos, ou seja, apenas o advogado já constituído pela 685.489.742-49 - Paulo Roberto de Souza Santos Regimento Interno do TRT da 8a Região Teoria e exercícios comentados Prof. Paulo Guimarães ± Aula 05 Prof. Paulo Guimarães www.estrategiaconcursos.com.br Página 13 de 47 parte. Não é possível, portanto, convidar um outro advogado apenas para fazer a sustentação oral. No momento da sustentação oral, os advogados devem utilizar vestes talares, com modelo aprovado pela OAB. § 3º ± Não haverá sustentação oral no julgamento de: I ± embargos de declaração; II ± conflito de competência; III ± agravo regimental; IV ± agravo de instrumento; V ± exceções de suspeição e impedimento. Art. 133-A. A sustentação oral será feita de uma só vez, ainda que arguida matéria preliminar ou prejudicial, e observará as seguintes disposições: I - Ao proferir seu voto, o Relator fará um resumo da matéria em discussão e antecipará sua conclusão, hipótese em que poderá ocorrer a desistência da sustentação, ante a antecipação do resultado. Havendo, porém, qualquer voto divergente daquele anunciado pelo Relator, o Presidente voltará a facultar a palavra ao advogado desistente. Não desistindo os advogados da sustentação, o Presidente concederá a palavra a cada um dos representantes das partes, por quinze minutos, sucessivamente. II - Usará da palavra, em primeiro lugar, o advogado do recorrente; se ambas as partes o forem, o do reclamante. III - Aos litisconsortes representados por mais de um advogado, o tempo lhes será proporcionalmente distribuído, podendo haver prorrogação até o máximo de vinte minutos, ante a relevância da matéria. 685.489.742-49 - Paulo Roberto de Souza Santos Regimento Interno do TRT da 8a Região Teoria e exercícios comentados Prof. Paulo Guimarães ± Aula 05 Prof. Paulo Guimarães www.estrategiaconcursos.com.br Página 14 de 47 IV - Quando for parte o Ministério Público, seu representante poderá proferir sustentação oral após as demais partes, sendo-lhe concedido prazo igual ao destas. V - O Presidente do órgão julgador cassará a palavra do advogado que, em sustentação oral, conduzir-se de maneira desrespeitosa ou, por qualquer motivo, inadequada. Acho pouco provável o surgimento de questões acerca desses detalhes das sustentações orais. Recomendo que você se esforce para guardar os seguintes detalhes: a) Os advogados de cada uma das partes podem fazer sustentação oral por 15 minutos, cada um; b) Se houver litisconsórcio (mais de um réu ou mais de um autor) e cada litisconsorte tiver seu próprio advogado, o tempo será dividido entre eles. Nesse caso, o tempo total pode se estender até 20 minutos; c) Se o Ministério Público do Trabalho for parte no processo, seu representante poderá fazer sustentação oral pelo mesmo tempo; d) O Presidente do órgão julgador pode cassar a palavrado advogado que se portar desrespeitosa ou inadequadamente. O art. 133-A foi incluído no Regimento Interno em 2012, mas DSDUHQWHPHQWH� ³HVTXHFHUDP´� GH� UHYRJDU� R� DUW�� ����� $V� UHJUDV� WUD]LGDV� por ele acerca da sustentação oral são basicamente as mesmas, exceto pelo limite de tempo aplicável quando houver litisconsórcio. Art. 135 - Findo o relatório, e depois de se haver manifestado sobre este o Desembargador Revisor, se houver, dará o Presidente a palavra, sucessivamente, às partes ou a seus representantes legais, por 15 (quinze) minutos a cada uma, para sustentação oral das respectivas alegações. 685.489.742-49 - Paulo Roberto de Souza Santos Regimento Interno do TRT da 8a Região Teoria e exercícios comentados Prof. Paulo Guimarães ± Aula 05 Prof. Paulo Guimarães www.estrategiaconcursos.com.br Página 15 de 47 § 1º - Falará em primeiro lugar o recorrente, ou, se ambas as partes o forem, o autor, devendo a manifestação de cada parte abranger de uma só vez as preliminares e o mérito. § 2º - Nos processos de competência originária do Tribunal, falará em primeiro lugar o autor. § 3º - Se houver litisconsortes, o prazo total de 45 (quarenta e cinco minutos) será distribuído proporcionalmente entre eles ou seus representantes, observado o prazo máximo de 15 (quinze) minutos para cada qual. Art. 137 - O representante do Ministério Público poderá intervir oralmente, após a defesa das partes, na discussão das causas que forem submetidas ao julgamento do Tribunal, sendo-lhe assegurado o direito de vista do processo em julgamento, sempre que suscitada questão nova não examinada no parecer exarado (Consolidação das Leis do Trabalho, art. 746, "b"). Parágrafo Único - Se o Ministério Público do Trabalho optar pela intervenção oral em sessão, será elaborado um resumo do parecer, que deverá constar dos autos, antes da lavratura do acórdão. Já vimos que o representante do MPT pode se manifestar oralmente na sessão, mas ele também pode pedir vista do processo para elaboração de parecer. Se o membro do MPT optar pela intervenção oral, deve ser incluído no processo um resumo da manifestação. Art. 139 - As questões prejudiciais ou as preliminares serão apreciadas antes do mérito, deste não se conhecendo se incompatível com a decisão adotada. § 1º - A votação das questões preliminares será feita separadamente. 685.489.742-49 - Paulo Roberto de Souza Santos Regimento Interno do TRT da 8a Região Teoria e exercícios comentados Prof. Paulo Guimarães ± Aula 05 Prof. Paulo Guimarães www.estrategiaconcursos.com.br Página 16 de 47 § 2º - Tratando-se de nulidade suprível, o julgamento será convertido em diligência, a fim de que a parte sane a nulidade no prazo que lhe for determinado. § 3º - Rejeitada a questão preliminar, ou a questão prejudicial, ou se com elas não for incompatível a apreciação do mérito, seguir-se-ão a discussão e o julgamento da matéria principal, sobre esta devendo pronunciar-se os Desembargadores vencidos em qualquer daquelas. § 4º - Quando puder decidir do mérito a favor da parte a quem aproveite a declaração de nulidade, o Tribunal não a pronunciará nem mandará repetir o ato, ou suprir-lhe a falta. § 5º - Quando o mérito se desdobrar em questões distintas, a votação poderá realizar-se sobre cada uma sucessivamente, devendo, entretanto, o relator mencioná-las, desde logo, no seu todo, após a votação das preliminares. As questões preliminares e as prejudiciais são aquelas que precisam ser conhecidas antes do mérito do feito. De nada adianta analisar um recurso contra uma decisão proferida por um Juiz sem antes verificar se há situação de impedimento, por exemplo, pois se ele estiver impedido, sua decisão é nula. Se, ao conhecer questões preliminares ou prejudiciais, o órgão julgador concluir que o processo contém nulidade que pode ser ³FRQVHUWDGD´�� HP� YH]� GH� MXOJDU�� RUGHQDUi� TXH� VHMD� IHLWD� GLOLJrQFLD� SDUD� corrigir o erro em prazo determinado. Vencidas as questões preliminares e/ou prejudiciais, o órgão julgador procederá ao julgamento do mérito. É possível ainda que o mérito se desdobre em questões distintas. Isso significa que, dependendo da complexidade da questão levada à apreciação do Tribunal, a decisão GH�FDGD�'HVHPEDUJDGRU�SRGH�QmR�VHU�DSHQDV�GR�WLSR�³VLP�RX�QmR´� Nesse caso, cada Desembargador votará sobre cada uma das questões postas, de maneira sucessiva. O relator deve, porém, mencionar todas as questões de uma só vez no seu relatório. 685.489.742-49 - Paulo Roberto de Souza Santos Regimento Interno do TRT da 8a Região Teoria e exercícios comentados Prof. Paulo Guimarães ± Aula 05 Prof. Paulo Guimarães www.estrategiaconcursos.com.br Página 17 de 47 Art. 140 - O Desembargador Relator exporá suas razões de decidir, seguindo-se o pronunciamento do Desembargador Revisor, qualquer deles sem limite de tempo. Art. 141 - Havendo divergência entre quaisquer dos Desembargadores, a Presidência declarará aberta a discussão, podendo cada um deles usar da palavra pelo tempo que se fizer necessário, sendo- lhes facultado, também, pedir esclarecimentos ao Desembargador Relator, Desembargador Revisor ou representante do Ministério Público. [...] Art. 145 - Depois do pronunciamento do último Desembargador, o Revisor e o Relator poderão ainda usar a palavra pelo prazo improrrogável de 5 (cinco) minutos. O primeiro a se pronunciar é sempre o Relator, seguido do Revisor (se houver). O Relator e o Revisor podem concordar ou discordar na tese que adotarem, e os demais Desembargadores têm total liberdade para seguir um deles ou os dois, sendo possível ainda que adotem outros posicionamentos. Quando houver discordância, o Presidente do órgão julgador dará a palavra aos Desembargadores pelo tempo que for necessário, para que os debates possam ocorrer livremente. Nenhum Desembargador fará uso da palavra sem prévia solicitação ao Presidente, nem interromperá, sem consentimento, quem estiver no uso dela. Concluídos os debates, o Relator e o Revisor ainda poderão usar a palavra por 5 minutos cada um, e então se iniciará a votação. O primeiro a votar será o Relator, seguido do Revisor (quando houver) e os demais Desembargadores, em ordem de decrescente de antiguidade. Art. 147 - Os Desembargadores poderão pedir vista do processo. Sendo o pedido de vista em mesa, o julgamento se fará na mesma sessão, logo que o Desembargador que a requereu se declare habilitado a 685.489.742-49 - Paulo Roberto de Souza Santos Regimento Interno do TRT da 8a Região Teoria e exercícios comentados Prof. Paulo Guimarães ± Aula 05 Prof. Paulo Guimarães www.estrategiaconcursos.com.br Página 18 de 47 proferir voto. Não sendo em mesa, ficará o julgamento adiado e o voto deverá ser proferido em sessão desde logo designada. Já havíamos falado sobre o pedido de vista antes, e agora vamos entender seu funcionamento com um grau de detalhamento um pouco maior. Primeiramente, o pedido de vista pode ser formulado por qualquer Desembargador que componha o órgão julgador. O processo então será retirado da pauta, e o julgado será adiado para outra sessão. É possível ainda que o Desembargador do Trabalho formule o chamado pedido de vista em mesa, para que analise o processo naquele momento, sem precisar retirá-lo da pauta. Nesse caso, o julgamento ocorrerá ainda na mesma sessão, assim que o Desembargador a quem foi concedidaa vista se declarar habilitado a votar. § 1º - Se dois ou mais Desembargadores pedirem vista do mesmo processo, o julgamento será adiado, de modo que a cada um seja facultado o estudo dos autos durante igual prazo, devendo o último, findo esse prazo, restituir o processo à Secretaria. § 2º - Os pedidos de vista formulados por um ou mais Desembargadores não impedem que outros profiram seus votos, desde que se declarem habilitados. § 3º - O julgamento que houver sido suspenso ou adiado com pedido de vista prosseguirá, com preferência sobre o dos demais processos logo que os autos sejam devolvidos ou cesse o motivo da suspensão ou adiamento, ou, ainda, se o Desembargador que houver pedido vista estiver em via de se afastar do Tribunal, quer definitivamente, quer em virtude de licença ou férias. A regra mais importante aqui é a do §2°: ainda que um Desembargador peça vista do processo, os demais podem tranquilamente proferir seus votos se considerarem que as informações disponíveis são suficientes. 685.489.742-49 - Paulo Roberto de Souza Santos Regimento Interno do TRT da 8a Região Teoria e exercícios comentados Prof. Paulo Guimarães ± Aula 05 Prof. Paulo Guimarães www.estrategiaconcursos.com.br Página 19 de 47 Assim que o processo for devolvido, o julgamento do continuará com preferência sobre os demais. Essa preferência também ocorrerá quando o Desembargador que tiver pedido vista estiver prestes a se afastar pelo Tribunal. Quando o julgamento se reiniciar, os votos dos Desembargadores que não comparecerem ou que houverem deixado o Tribunal serão computados. Art. 159 - A vista às partes transcorre na Secretaria, podendo o advogado retirar os autos nos casos previstos em lei, mediante recibo, pelo prazo de cinco dias, se outro não lhe for assinado. Estudamos a vista dos autos concedida aos Desembargadores e agora veremos as regras acerca da vista que pode ser concedida às partes. As partes têm acesso aos autos, mas apenas o advogado tem permissão para retirá-los da Secretaria. A retirada dos autos para o fim exclusiva de extrair cópias pode ser feita por advogado ou por estagiário devidamente habilitado. Nesse caso, será necessário assinar compromisso de devolução no mesmo dia. Art. 150 - As decisões serão tomadas pela maioria de votos dos Desembargadores que participarem do julgamento, salvo na hipótese de incidente de inconstitucionalidade (Constituição da República, art. 97). Em regra, o quórum de deliberação dos órgãos julgadores é a maioria simples, ou seja, a maioria dos Desembargadores presentes à sessão de julgamento. A exceção fica por conta do que determina o art. 97 da Constituição Federal, que trata da declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público. A apreciação da constitucionalidade das normas será estudada por nós com mais detalhes em outro momento de nosso curso, mas desde já é importante que você saiba que uma 685.489.742-49 - Paulo Roberto de Souza Santos Regimento Interno do TRT da 8a Região Teoria e exercícios comentados Prof. Paulo Guimarães ± Aula 05 Prof. Paulo Guimarães www.estrategiaconcursos.com.br Página 20 de 47 norma só pode ser declarada inconstitucional por voto da maioria absoluta dos membros do Pleno. A regra geral é de que as decisões sejam tomadas pelos órgãos julgadores com o quórum de maioria simples. A inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, entretanto, só pode ser declarada por voto da maioria absoluta dos membros do Pleno. Art. 151 - Na matéria administrativa o Presidente do Tribunal votará em primeiro lugar e como os demais Desembargadores, cabendo-lhe, ainda, o voto de qualidade. Na matéria judiciária o Presidente do Tribunal não votará, exceto nas hipóteses de: a) declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato do poder público; b) empate, adotando a solução de umas das correntes, sendo-lhe facultado adiar o julgamento para a sessão seguinte, quando não se considerar habilitado a proferir, desde logo, o seu voto. c) Uniformização de Jurisprudência. Essa regra vale para qualquer Tribunal: normalmente o Presidente do Tribunal não vota, somente quando for necessário para fins de desempate. O Regimento Interno, entretanto, estabelece mais duas exceções: declaração de inconstitucionalidade e uniformização de jurisprudência. Quando o Tribunal estiver deliberando sobre matéria administrativa, o Presidente do Tribunal votará normalmente, junto com os demais Desembargadores, e, se houver empate, terá direito ainda 685.489.742-49 - Paulo Roberto de Souza Santos Regimento Interno do TRT da 8a Região Teoria e exercícios comentados Prof. Paulo Guimarães ± Aula 05 Prof. Paulo Guimarães www.estrategiaconcursos.com.br Página 21 de 47 ao voto de qualidade (voto de desempate ou voto de minerva). Nesse caso ele vota duas vezes mesmo... Na matéria jurisdicional, o Presidente do Tribunal somente terá voto de desempate, exceto quando houver declaração de inconstitucionalidade e na votação de uniformização de jurisprudência. Na apreciação de matéria administrativa, o Presidente do Tribunal participará da votação juntamente com os demais Desembargadores, e cabe a ele também proferir o voto de desempate. Art. 152 - Em caso de empate no julgamento da Turma, o Vice- Presidente do Tribunal ou o Desembargador que estiver exercendo a Vice-Presidência, na data em que se verificou o empate, será convocado para proferir voto de desempate. Agora temos uma regra que pode perfeitamente ser cobrada na sua prova. Trata-se de algo diferente, que não se vê em muitos Regimentos. Caso haja empate nos julgamentos conduzidos pelas Turmas, o voto de desempate será proferido pelo Vice-Presidente do Tribunal, ou por quem o estiver substituindo. 685.489.742-49 - Paulo Roberto de Souza Santos Regimento Interno do TRT da 8a Região Teoria e exercícios comentados Prof. Paulo Guimarães ± Aula 05 Prof. Paulo Guimarães www.estrategiaconcursos.com.br Página 22 de 47 Caso haja empate em julgamento da Turma, o Vice- Presidente do Tribunal ou o Desembargador que estiver exercendo a Vice-Presidência, na data em que se verificou o empate, será convocado para proferir voto de desempate. Art. 153 - Findo o julgamento, o Presidente proclamará a decisão, designando para redigir o acórdão o Desembargador Relator ou, vencido este, o Desembargador Revisor. Se vencidos ambos, o Desembargador que primeiro tenha votado nos termos da conclusão vencedora. É importante que você saiba quem será o responsável pela redação do acórdão. Normalmente é o Relator, exceto se sua tese tiver sido vencida, caso em que será o responsável pela redação o primeiro Desembargador que divergiu. Note que nos processos em que houver Revisor, será ele o responsável, exceto se tiver concordado com o Relator. O Relator que tiver sua tese rejeitada deve enviar o relatório aprovado em sessão, no prazo de 48h, para o Gabinete do Desembargador responsável por redigir o acórdão. O Relator vencido fornecerá o relatório por ele elaborado ao Desembargador que for designado para a redação do acórdão. Normalmente o acórdão é redigido pelo Relator. Caso este tenha sido vencido na matéria considerada principal, o redator será o Revisor. Se ambos forem vencidos, o redator será o Desembargador que primeiro divergiu do Relator em favor da tese vencedora.685.489.742-49 - Paulo Roberto de Souza Santos Regimento Interno do TRT da 8a Região Teoria e exercícios comentados Prof. Paulo Guimarães ± Aula 05 Prof. Paulo Guimarães www.estrategiaconcursos.com.br Página 23 de 47 Art. 154 - Proclamada a decisão, não poderá o Desembargador modificar o voto, nem se manifestar sobre o julgamento. Atenção! Essa regra já foi cobrada diversas vezes em concursos anteriores. Na realidade, a disposição mais comum utilizada encontrada nos Regimentos Internos é no sentido de esclarecer que é permitido ao Desembargador modificar seu voto, desde que o faça antes da proclamação do resultado do julgamento. É perfeitamente possível que o Desembargador modifique seu voto, desde que o faça antes da proclamação do resultado do julgamento. Art. 156 - É vedado ao Tribunal Pleno, à Seção Especializada ou à Turma expressar sentimento de regozijo, pesar e semelhantes a pessoas ou entidades que não tenham direta relação com a Justiça do Trabalho, exceto, nos casos convenientes, a autoridades membros dos três Poderes, nas três esferas do Governo. É uma regra interessante, não é mesmo? A intenção é proteger o Tribunal das manifestações ideológicas e muitas vezes polêmicas acerca da natureza de seus julgados. Essas manifestações são legítimas, mas os Desembargadores não devem tomar parte nelas. Art. 157 - As atas das sessões serão lavradas pelo Secretário do respectivo órgão, ou seu substituto, e nelas se resumirá, com clareza, quanto se haja passado na sessão, devendo conter: a) dia, mês, ano e hora da abertura da sessão; b) nomes do Presidente, dos Desembargadores presentes e dos que faltaram, especificando-se o motivo da ausência; 685.489.742-49 - Paulo Roberto de Souza Santos Regimento Interno do TRT da 8a Região Teoria e exercícios comentados Prof. Paulo Guimarães ± Aula 05 Prof. Paulo Guimarães www.estrategiaconcursos.com.br Página 24 de 47 c) sumária notícia do expediente, mencionando a espécie dos recursos e requerimentos apresentados na sessão, os nomes das partes e dos que houverem feito sustentação oral. A ata é um resumo de tudo que aconteceu na sessão. A redação das atas é uma atividade muito importante, pois torna claro qual foi o rumo que as discussões tomaram, e como o órgão julgador chegou à decisão. Perceba que os elementos obrigatórios das atas são apenas os mais básicos. O Regimento Interno proíbe expressamente que sejam incluídas nas atas matéria estranha ao que se passou nas sessões dos órgãos julgadores. Após serem digitadas, as atas serão distribuídas aos Desembargadores, com antecedência em relação à sessão em que devam ser aprovadas. 3. DA UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA Art. 161 - Na forma do art. 896, § 3º, da Consolidação das Leis do Trabalho, será consubstanciada em Enunciados a Súmula da Jurisprudência predominante do Tribunal Regional do Trabalho da Oitava Região. Uma súmula é um verbete que expressa o entendimento de um Tribunal sobre determinado assunto. Geralmente as súmulas são editadas quando a jurisprudência acerca de determinado tema se torna pacífica. Por isso o incidente de uniformização de jurisprudência é uma ocasião bastante adequada para que se edite uma súmula. Vejamos o que a CLT traz sobre o assunto: CLT, Art. 896, § 3o Os Tribunais Regionais do Trabalho procederão, obrigatoriamente, à uniformização de sua jurisprudência, nos termos do Livro I, Título IX, Capítulo I do CPC, não servindo a súmula respectiva 685.489.742-49 - Paulo Roberto de Souza Santos Regimento Interno do TRT da 8a Região Teoria e exercícios comentados Prof. Paulo Guimarães ± Aula 05 Prof. Paulo Guimarães www.estrategiaconcursos.com.br Página 25 de 47 para ensejar a admissibilidade do Recurso de Revista quando contrariar Súmula da Jurisprudência Uniforme do Tribunal Superior do Trabalho. Art. 162 - Compete à Comissão de Jurisprudência: I - examinar e emitir parecer fundamentado sobre os incidentes de uniformização de jurisprudência, II - propor o enunciado a ser adotado pelo Tribunal Pleno, III - formular projetos de edição, revisão ou cancelamento de Enunciado. A Comissão de Jurisprudência tem funções específicas no que se refere à uniformização de jurisprudência. Sempre que o incidente for levantado (estudaremos o procedimento adiante), essa comissão examinará a questão, emitirá um parecer e proporá o enunciado (súmula) a ser adotado pelo Tribunal. Essa comissão é formada pelo Vice-Presidente do Tribunal (que a presidirá) e pelos Presidentes de cada uma das Turmas. Isso dá um total de 5 Desembargadores, sendo possível a instalação das sessões quando estiverem presentes 3 deles. Art. 163 - O incidente de uniformização reger-se-á pelos arts. 476 a 479 do Código de Processo Civil. ³0DV�SURIHVVRU��R�&yGLJR�GH�3URFHVVR�&LYLO"�0DV�QyV�HVWDPRV� trataQGR�GH�XP�7ULEXQDO�5HJLRQDO�GR�7UDEDOKR�´��e�YHUGDGH�� FDUR�DOXQR�� mas quando as leis trabalhistas não forem suficientes, podemos aplicar o CPC sem problemas. E esse é o caso. Mas o que é esse incidente de uniformização? Vamos lá! O incidente se baseia em diferenças de interpretação de aplicação de uma mesma norma entre Turmas ou Seções do Tribunal. Diante da divergência, o incidente pode ser levantado por qualquer uma das partes, pelo representante do Ministério Público, ou por qualquer um dos 685.489.742-49 - Paulo Roberto de Souza Santos Regimento Interno do TRT da 8a Região Teoria e exercícios comentados Prof. Paulo Guimarães ± Aula 05 Prof. Paulo Guimarães www.estrategiaconcursos.com.br Página 26 de 47 Desembargadores presentes na sessão, no momento em que proferir seu voto. Não acredito que seja importante para sua prova conhecer os detalhes do procedimento de uniformização. De qualquer forma, é importante ler e compreender os parágrafos do art. 163 do Regimento Interno. A seguir está o teor dos parágrafos, adicionado de alguns comentários para ajudar você a compreender melhor. INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA PROCEDIMENTO COMENTÁRIOS § 2º - O incidente pode ser suscitado por qualquer das partes, pelo Ministério Público do Trabalho ou por qualquer dos julgadores, pressupondo, nos dois primeiros casos, divergência jurisprudencial já configurada. O espectro de legitimidade para suscitar o incidente é bastante amplo. São legítimos tanto as partes quanto o Ministério Público e os julgadores. Perceba, entretanto, que as partes e o MP somente podem levantar o incidente quando já houver divergência no Tribunal. Não se trata de divergência que surge naquele julgamento, mas de uma divergência que já existe, relacionada ao assunto do julgamento. § 3º - O Desembargador somente poderá suscitar o incidente ao proferir seu voto. Antes dos votos, é muito difícil identificar a existência da divergência, pois os Desembargadores ainda não começaram a efetivamente decidir. § 4º - Quando suscitado pela parte, a petição, devidamente fundamentada, poderá ser apresentada até o momento da sustentação oral, competindo ao órgão julgador apreciar preliminarmente o requerimento. Você lembra em que momento ocorre a sustentação oral? Ela pode ser feita ainda no início do julgamento, logo após a leitura do relatório. § 5º - Uma vez verificado o dissídio jurisprudencial pelo Colegiado, cumpre-lhe dar sequência ao incidente, lavrando o acórdão pertinenteo relator do recurso; se vencido, o autor do primeiro voto vencedor. Uma vez levantado o incidente, o órgão julgador votará e, reconhecendo a divergência, lavrará o acórdão. Perceba que esse acórdão diz respeito à divergência, e não à questão principal. O acórdão será lavrado pelo relator da questão principal ou, se ele tiver sido vencido, pelo primeiro Desembargador que proferiu o voto vencedor. 685.489.742-49 - Paulo Roberto de Souza Santos Regimento Interno do TRT da 8a Região Teoria e exercícios comentados Prof. Paulo Guimarães ± Aula 05 Prof. Paulo Guimarães www.estrategiaconcursos.com.br Página 27 de 47 § 6º - A determinação de remessa ao Tribunal Pleno é irrecorrível, assegurada às partes a faculdade de sustentação oral por ocasião do julgamento. § 7º - Será relator no Tribunal Pleno o Desembargador que haja redigido o acórdão proferido no incidente, desde que o integre. O redator do acórdão que reconheceu a divergência será o relator do incidente perante o Pleno. § 8º - Os autos serão remetidos à Comissão de Jurisprudência, para exarar parecer, no prazo de trinta dias. Decorrido este prazo, independentemente de parecer, os autos serão conclusos ao Desembargador Relator para visto e liberação para inclusão em pauta, ainda que rejeitada a proposta pela Comissão. Primeiramente a Comissão de Jurisprudência elaborará seu parecer, e somente depois os autos serão entregues ao relator. § 9º - Entre o dia da publicação da pauta e o do julgamento, mediará prazo não inferior a quarenta e oito horas, devendo a Secretaria do Tribunal Pleno remeter cópias do acórdão e do parecer da Comissão de Jurisprudência aos demais Desembargadores da Corte, via correio eletrônico. O julgamento do incidente de uniformização de jurisprudência é uma ocasião muito importante, porque cristaliza o entendimento do Tribunal em torno de matérias importantes. Por essa razão, deve haver pelo menos 2 dias entre a inclusão do feito em pauta e o julgamento. Durante esse prazo, o parecer da comissão deve ser enviado aos Desembargadores para que eles possam estudar o assunto. § 10 - Como matéria preliminar, o Tribunal Pleno decidirá sobre a configuração ou não do dissenso jurisprudencial, passando, caso admitido, a deliberar sobre as teses em conflito. O Pleno precisa primeiramente apreciar o reconhecimento da divergência. Somente depois que a divergência for reconhecida é que haverá deliberação sobre qual será a tese adotada. § 11 - A decisão do Tribunal Pleno sobre o tema é irrecorrível, cabendo ao órgão julgador no qual foi suscitado o incidente aplicar à espécie, quando da sequência do julgamento, a interpretação fixada. A partir do momento em que o Pleno decidir qual será a interpretação aplicada, o processo será devolvido ao órgão fracionário onde foi levantado o incidente, e este estará obrigado a aplicar o entendimento adotado. § 12 - O julgamento do Tribunal Pleno, tomado pelo voto da maioria absoluta dos membros que o integram, será objeto de Súmula e constituirá precedente na O entendimento adotado pelo Pleno por maioria absoluta dará origem à edição de Súmula. 685.489.742-49 - Paulo Roberto de Souza Santos Regimento Interno do TRT da 8a Região Teoria e exercícios comentados Prof. Paulo Guimarães ± Aula 05 Prof. Paulo Guimarães www.estrategiaconcursos.com.br Página 28 de 47 uniformização da jurisprudência predominante. § 13 - Se não for alcançada a maioria absoluta necessária à aprovação da súmula, estando ausentes Magistrados em número que possa influir no resultado do julgamento, este será suspenso, a fim de aguardar-se o comparecimento dos Magistrados ausentes, em férias ou licença, ou o provimento de vagas, se houver, obtidos os votos dos presentes. § 14 - Será remetida à Comissão de Jurisprudência certidão da decisão tomada por maioria absoluta do Tribunal em sede de incidente de uniformização de jurisprudência, competindo-lhe propor texto de enunciado ao Tribunal Pleno, no prazo de trinta dias. Decorrido este prazo, a matéria será apreciada na sessão seguinte do Tribunal Pleno, por provocação de qualquer dos Desembargadores Federais do Trabalho, independentemente da emissão de parecer. A decisão será enviada à comissão, e esta fará proposta em 30 dias do texto que será adotado pela Súmula do Tribunal. § 15 - Poderá ser objeto de apreciação incidente de uniformização harmônico com matéria já consubstanciada em Enunciado da Súmula, orientação Jurisprudencial ou Precedente Normativo do Tribunal Superior do Trabalho. O incidente também pode ser levantado quando houver divergência de decisão entre o Tribunal e o Tribunal Superior do Trabalho. 685.489.742-49 - Paulo Roberto de Souza Santos Regimento Interno do TRT da 8a Região Teoria e exercícios comentados Prof. Paulo Guimarães ± Aula 05 Prof. Paulo Guimarães www.estrategiaconcursos.com.br Página 29 de 47 4. DAS AUDIÊNCIAS Art. 165 - As audiências para a instrução e julgamento dos feitos da competência originária do Tribunal serão públicas e realizadas nos dias e horas designados pelo Juiz a quem couber a instrução do processo, presente o Secretário. O dispositivo está tratando das audiências nas quais serão apreciados os feitos de competência originária do Tribunal. Você lembra o que é a competência originária? Ela está relacionada aos feitos que são conhecidos diretamente pelo Tribunal, sem antes precisar passar pelo Juiz do Trabalho. Nas audiências é muito importante o respeito à figura do Presidente do órgão julgador. Até a saída de pessoas da audiência é proibida sem sua licença. Essa regra, entretanto, não se aplica aos advogados, pois estes gozam de um grau maior de independência, conferido pela Constituição e pelas leis. Art. 166 - Serão admitidos àquelas audiências os advogados, partes, testemunhas e quaisquer outras pessoas judicialmente chamadas. Os servidores, partes, testemunhas e outras pessoas deverão estar de pé quando falarem, exceto se houver licença do Presidente para que permaneçam sentados. Esta regra, porém, não se aplica aos advogados. Art. 169 - O Presidente manterá a ordem na audiência de acordo com as leis em vigor, podendo mandar retirar os assistentes que a perturbarem, impor penas disciplinares aos serventuários, multas às partes que faltarem ao devido respeito e autuar os desobedientes. As atribuições disciplinares do Presidente da sessão já foram cobradas em provas anteriores, e por isso é interessante que você se lembre que o Presidente poderá mandar retirar advogados que 685.489.742-49 - Paulo Roberto de Souza Santos Regimento Interno do TRT da 8a Região Teoria e exercícios comentados Prof. Paulo Guimarães ± Aula 05 Prof. Paulo Guimarães www.estrategiaconcursos.com.br Página 30 de 47 perturbarem a audiência, pode penalizar os servidores e até multar as partes que se comportarem de maneira desrespeitosa. O Presidente também será o responsável por anunciar a abertura e o encerramento da audiência. 5. DOS ACÓRDÃOS Art. 171 - O acórdão será assinado por seu prolator e, na ausência deste, pelo Presidente do órgão julgador. § 1º - Quando o Presidente do Tribunal não estiver em exercício, os acórdãos do Pleno e da Seção Especializada serão assinados pelo Vice- Presidente, e, nafalta ou impedimento deste, pelo Corregedor Regional ou pelo Desembargador do Trabalho mais antigo que tenha participado da sessão de julgamento. § 2º - Quando o Presidente da Turma não estiver em exercício, os acórdãos serão assinados pelo Desembargador do Trabalho mais antigo na Turma, que tenha participado da sessão de julgamento. Acórdão é o nome que se dá à decisão judicial de um órgão colegiado. A essa altura você já sabe melhor do que eu que um órgão colegiado é aquele formado por vários magistrados. Quando há apenas um julgador, falamos em órgão monocrático ou juízo monocrático. Pois bem, a decisão de um magistrado é uma sentença enquanto a decisão tomada por um órgão colegiado é um acórdão. Aqui é importante relembrar a regra para determinar quem será o Desembargador responsável por escrever o acórdão. Essa responsabilidade caberá ao relator nos processos em que a tese por ele levantada tiver sido a vencedora. Lembre-se de que o relator é o primeiro a votar, cabendo aos demais Desembargadores manifestar sua concordância ou discordância da sua tese. Caso o relator tenha sido derrotado, o redator designado será o revisor, ou o Desembargador que primeiro divergiu, apresentando nova tese acerca do feito. 685.489.742-49 - Paulo Roberto de Souza Santos Regimento Interno do TRT da 8a Região Teoria e exercícios comentados Prof. Paulo Guimarães ± Aula 05 Prof. Paulo Guimarães www.estrategiaconcursos.com.br Página 31 de 47 Caso o redator não possa assinar o acórdão, a responsabilidade recairá sobre o Presidente do órgão julgador. Os parágrafos do art. 171 trazem as regras relacionadas à substituição dos presidentes. Art. 172 - Assinados, os acórdãos serão publicados em sessão e suas conclusões e ementas remetidas eletronicamente pelo Gabinete do Desembargador Relator ou prolator à respectiva Secretaria para publicação no órgão oficial, no prazo de 48 horas da sessão de julgamento. Parágrafo Único - Deverá constar da publicação, além da ementa e conclusão do acórdão, a espécie do recurso, o número do processo, assim como os nomes do Desembargador Relator do feito, das partes e de seus procuradores. Art. 173 - Os acórdãos terão ementa contendo verbetação e dispositivo que, resumidamente, indiquem a tese jurídica que prevaleceu no julgamento. A publicação do acórdão na imprensa oficial é obrigatória. O prazo para recursos, por exemplo, só começará a correr a partir da publicação da decisão. Esse procedimento é de responsabilidade da Secretaria do órgão julgador, que não poderá fazer correções ou modificações de qualquer espécie. Na publicação devem constar várias informações: conclusão do acórdão, espécie de recurso, número do processo, nome do relator, das partes e seus advogados. Além disso, o acórdão deve conter a ementa. Você sabe o que é a ementa? Trata-se de uma parte do acórdão que vem logo no início, indicando palavras-chave que ajudarão você a compreender facilmente o que ocorreu no julgamento. Abaixo alguns exemplos retirados da Jurisprudência do STF. 685.489.742-49 - Paulo Roberto de Souza Santos Regimento Interno do TRT da 8a Região Teoria e exercícios comentados Prof. Paulo Guimarães ± Aula 05 Prof. Paulo Guimarães www.estrategiaconcursos.com.br Página 32 de 47 Minha intenção não é que você compreenda perfeitamente o que o STF julgou, ok? É somente dar um exemplo de como é a organização das ideias numa ementa. Por favor mantenha a sanidade - AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE ALIMENTOS. IMPOSSIBILIDADE DO EXAME DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. AGRAVO REGIMENTAL. CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS. CUMULATIVIDADE. CRÉDITO EXTEMPORÂNEO. ESCRITURAÇÃO. CORREÇÃO MONETÁRIA. CABIMENTO. Segundo jurisprudência desta Corte, a aplicação de correção monetária aos créditos escriturais do IPI utilizados ou registrados tardiamente depende de lei autorizadora ou de prova quanto ao obstáculo injustamente posto pelas autoridades fiscais à pretensão do contribuinte. No caso em exame, o Tribunal de origem reconheceu expressamente a conduta injusta da administração, representada pela negativa ao creditamento dos valores recolhidos na aquisição de embalagens plásticas destinadas a acondicionamento de alimentos. Agravo regimental ao qual se nega provimento. DIREITO CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO. I.C.M.S. FORNECIMENTO DE ALIMENTOS E BEBIDAS EM BARES E RESTAURANTES. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. BASE DE CÁLCULO. LEI Nº 9.884, DE 26 DE DEZEMBRO DE 1991, DO ESTADO DO PARANÁ. Constitucionalidade. Firmou-se a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, no sentido de que o ICMS pode incidir sobre o valor total da operação de fornecimento de alimentos e bebidas em bares e restaurantes, desde que tal base de cálculo seja prevista em Lei. Precedentes de ambas as Turmas do S.T.F. 685.489.742-49 - Paulo Roberto de Souza Santos Regimento Interno do TRT da 8a Região Teoria e exercícios comentados Prof. Paulo Guimarães ± Aula 05 Prof. Paulo Guimarães www.estrategiaconcursos.com.br Página 33 de 47 R.E. conhecido e provido para restabelecimento da sentença de 1º grau. As ementas não são usadas somente nos acórdãos, mas também em outros tipos de decisão, e às vezes até em súmulas dos Tribunais Superiores. Caso o Desembargador cujo voto foi vencido assim o deseje, poderá incluir no acórdão também a justificativa do seu voto. Art. 177 - O representante do Ministério Público do Trabalho consignará seu "ciente" nos acórdãos prolatados nos processos em que o Órgão do Ministério Público do Trabalho seja parte ou tenha oficiado nos autos, mediante parecer circunstanciado. O membro do MPT que atuou no processo deve também manifestar sua concordância com o teor do acórdão. Se não for possível REWHU� HVVH� ³FLHQWH´�� GHYH� FRQVWDU� QR� DFyUGmR� SXEOLFDGR� R� QRPH� GR� Procurador do Trabalho que atuou na sessão de julgamento. 685.489.742-49 - Paulo Roberto de Souza Santos Regimento Interno do TRT da 8a Região Teoria e exercícios comentados Prof. Paulo Guimarães ± Aula 05 Prof. Paulo Guimarães www.estrategiaconcursos.com.br Página 34 de 47 6. RESUMO DO CONCURSEIRO FEITOS CUJO JULGAMENTO É PREFERENCIAL Dissídios Coletivos Embargos de Declaração habeas corpus Mandados de Segurança Outros processos para os quais a preferencia seja concedida, a requerimento de uma das partes. FEITOS CUJO JULGAMENTO INDEPENDE DE PUBLICAÇÃO E INCLUSÃO EM PAUTA - HABEAS CORPUS - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - CONFLITO DE COMPETÊNCIA - AGRAVO REGIMENTAL - MATÉRIA ADMINISTRATIVA E PROCESSO ADMINISTRATIVO Exceto Processo Administrativo Disciplinar (PAD) e Recurso em Matéria Administrativa (RMA). Quando não for possível concluir o julgamento de um processo na sessão designada, este permanecerá em pauta, independentemente de nova publicação, conservando a mesma ordem, com preferência sobre os demais, para julgamento nas sessões seguintes. O Tribunal poderá, a requerimento de qualquer dos Desembargadores do Trabalho, e pelo voto da maioria dos presentes, transformar as sessões em reservadas. 685.489.742-49 - Paulo Roberto de Souza Santos Regimento Interno do TRT da 8a Região Teoria e exercícios comentados Prof. PauloGuimarães ± Aula 05 Prof. Paulo Guimarães www.estrategiaconcursos.com.br Página 35 de 47 Na ausência ou impedimento do Presidente do órgão julgador, a sessão será presidida pelo Desembargador mais antigo. No Pleno, entretanto, o substituto do Presidente é o Vice-Presidente do Tribunal, e apenas na falta deste a presidência da sessão será exercida pelo Desembargador mais antigo. Aberta a sessão, na hora regimental, e não havendo número para deliberar, aguardar-se-á por 15 (quinze) minutos a formação do quorum. Persistindo a falta de número, a sessão transferida para o próximo dia útil desimpedido, independentemente de notificação das partes. SESSÕES DO PLENO, SEÇÕES ESPECIALIZADAS E TURMAS ORDEM DOS TRABALHOS Verificação do número de Desembargadores presentes Æ Discussão e aprovação da ata da sessão anterior. Æ Julgamento dos processos da pauta. Julgamento de matéria e processos administrativos. Æ Comunicações e propostas. Æ Expedientes. A partir do pregão, nenhum Desembargador poderá retirar- se do recinto sem autorização do Presidente. A regra geral é de que as decisões sejam tomadas pelos órgãos julgadores com o quórum de maioria simples. A inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, entretanto, só pode ser declarada por voto da maioria absoluta dos membros do Pleno. 685.489.742-49 - Paulo Roberto de Souza Santos Regimento Interno do TRT da 8a Região Teoria e exercícios comentados Prof. Paulo Guimarães ± Aula 05 Prof. Paulo Guimarães www.estrategiaconcursos.com.br Página 36 de 47 Na matéria jurisdicional, o Presidente do Tribunal somente terá voto de desempate, exceto quando houver declaração de inconstitucionalidade e na votação de uniformização de jurisprudência. Na apreciação de matéria administrativa, o Presidente do Tribunal participará da votação juntamente com os demais Desembargadores, e cabe a ele também proferir o voto de desempate. Caso haja empate em julgamento da Turma, o Vice- Presidente do Tribunal ou o Desembargador que estiver exercendo a Vice-Presidência, na data em que se verificou o empate, será convocado para proferir voto de desempate. Normalmente o acórdão é redigido pelo Relator. Caso este tenha sido vencido na matéria considerada principal, o redator será o Revisor. Se ambos forem vencidos, o redator será o Desembargador que primeiro divergiu do Relator em favor da tese vencedora. É perfeitamente possível que o Desembargador modifique seu voto, desde que o faça antes da proclamação do resultado do julgamento. INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA PROCEDIMENTO COMENTÁRIOS § 2º - O incidente pode ser suscitado por qualquer das partes, pelo Ministério Público do Trabalho ou por qualquer dos julgadores, pressupondo, nos dois primeiros casos, divergência jurisprudencial já configurada. O espectro de legitimidade para suscitar o incidente é bastante amplo. São legítimos tanto as partes quanto o Ministério Público e os julgadores. Perceba, entretanto, que as partes e o MP somente podem levantar o incidente quando já houver divergência no Tribunal. Não se trata de divergência que surge naquele julgamento, mas de uma divergência que já existe, relacionada ao assunto do julgamento. § 3º - O Desembargador somente poderá suscitar o incidente ao proferir seu voto. Antes dos votos, é muito difícil identificar a existência da divergência, pois os Desembargadores 685.489.742-49 - Paulo Roberto de Souza Santos Regimento Interno do TRT da 8a Região Teoria e exercícios comentados Prof. Paulo Guimarães ± Aula 05 Prof. Paulo Guimarães www.estrategiaconcursos.com.br Página 37 de 47 ainda não começaram a efetivamente decidir. § 4º - Quando suscitado pela parte, a petição, devidamente fundamentada, poderá ser apresentada até o momento da sustentação oral, competindo ao órgão julgador apreciar preliminarmente o requerimento. Você lembra em que momento ocorre a sustentação oral? Ela pode ser feita ainda no início do julgamento, logo após a leitura do relatório. § 5º - Uma vez verificado o dissídio jurisprudencial pelo Colegiado, cumpre-lhe dar sequência ao incidente, lavrando o acórdão pertinente o relator do recurso; se vencido, o autor do primeiro voto vencedor. Uma vez levantado o incidente, o órgão julgador votará e, reconhecendo a divergência, lavrará o acórdão. Perceba que esse acórdão diz respeito à divergência, e não à questão principal. O acórdão será lavrado pelo relator da questão principal ou, se ele tiver sido vencido, pelo primeiro Desembargador que proferiu o voto vencedor. § 6º - A determinação de remessa ao Tribunal Pleno é irrecorrível, assegurada às partes a faculdade de sustentação oral por ocasião do julgamento. § 7º - Será relator no Tribunal Pleno o Desembargador que haja redigido o acórdão proferido no incidente, desde que o integre. O redator do acórdão que reconheceu a divergência será o relator do incidente perante o Pleno. § 8º - Os autos serão remetidos à Comissão de Jurisprudência, para exarar parecer, no prazo de trinta dias. Decorrido este prazo, independentemente de parecer, os autos serão conclusos ao Desembargador Relator para visto e liberação para inclusão em pauta, ainda que rejeitada a proposta pela Comissão. Primeiramente a Comissão de Jurisprudência elaborará seu parecer, e somente depois os autos serão entregues ao relator. § 9º - Entre o dia da publicação da pauta e o do julgamento, mediará prazo não inferior a quarenta e oito horas, devendo a Secretaria do Tribunal Pleno remeter cópias do acórdão e do parecer da Comissão de Jurisprudência aos demais Desembargadores da Corte, via correio eletrônico. O julgamento do incidente de uniformização de jurisprudência é uma ocasião muito importante, porque cristaliza o entendimento do Tribunal em torno de matérias importantes. Por essa razão, deve haver pelo menos 2 dias entre a inclusão do feito em pauta e o julgamento. Durante esse prazo, o parecer da comissão deve ser enviado aos Desembargadores para que eles possam estudar o assunto. 685.489.742-49 - Paulo Roberto de Souza Santos Regimento Interno do TRT da 8a Região Teoria e exercícios comentados Prof. Paulo Guimarães ± Aula 05 Prof. Paulo Guimarães www.estrategiaconcursos.com.br Página 38 de 47 § 10 - Como matéria preliminar, o Tribunal Pleno decidirá sobre a configuração ou não do dissenso jurisprudencial, passando, caso admitido, a deliberar sobre as teses em conflito. O Pleno precisa primeiramente apreciar o reconhecimento da divergência. Somente depois que a divergência for reconhecida é que haverá deliberação sobre qual será a tese adotada. § 11 - A decisão do Tribunal Pleno sobre o tema é irrecorrível, cabendo ao órgão julgador no qual foi suscitado o incidente aplicar à espécie, quando da sequência do julgamento, a interpretação fixada. A partir do momento em que o Pleno decidir qual será a interpretação aplicada, o processo será devolvido ao órgão fracionário onde foi levantado o incidente, e este estará obrigado a aplicar o entendimento adotado. § 12 - O julgamento do Tribunal Pleno, tomado pelo voto da maioria absoluta dos membros que o integram, será objeto de Súmula e constituirá precedente na uniformização da jurisprudênciapredominante. O entendimento adotado pelo Pleno por maioria absoluta dará origem à edição de Súmula. § 13 - Se não for alcançada a maioria absoluta necessária à aprovação da súmula, estando ausentes Magistrados em número que possa influir no resultado do julgamento, este será suspenso, a fim de aguardar-se o comparecimento dos Magistrados ausentes, em férias ou licença, ou o provimento de vagas, se houver, obtidos os votos dos presentes. § 14 - Será remetida à Comissão de Jurisprudência certidão da decisão tomada por maioria absoluta do Tribunal em sede de incidente de uniformização de jurisprudência, competindo-lhe propor texto de enunciado ao Tribunal Pleno, no prazo de trinta dias. Decorrido este prazo, a matéria será apreciada na sessão seguinte do Tribunal Pleno, por provocação de qualquer dos Desembargadores Federais do Trabalho, independentemente da emissão de parecer. A decisão será enviada à comissão, e esta fará proposta em 30 dias do texto que será adotado pela Súmula do Tribunal. § 15 - Poderá ser objeto de apreciação O incidente também pode ser levantado quando 685.489.742-49 - Paulo Roberto de Souza Santos Regimento Interno do TRT da 8a Região Teoria e exercícios comentados Prof. Paulo Guimarães ± Aula 05 Prof. Paulo Guimarães www.estrategiaconcursos.com.br Página 39 de 47 incidente de uniformização harmônico com matéria já consubstanciada em Enunciado da Súmula, orientação Jurisprudencial ou Precedente Normativo do Tribunal Superior do Trabalho. houver divergência de decisão entre o Tribunal e o Tribunal Superior do Trabalho. A seguir estão as questões sobre os assuntos da aula de hoje. Se surgir alguma dúvida, estou à disposição no fórum e no e-mail. Grande abraço! Paulo Guimarães pauloguimaraes@estrategiaconcursos.com.br www.facebook.com/pauloguimaraesfilho 685.489.742-49 - Paulo Roberto de Souza Santos Regimento Interno do TRT da 8a Região Teoria e exercícios comentados Prof. Paulo Guimarães ± Aula 05 Prof. Paulo Guimarães www.estrategiaconcursos.com.br Página 40 de 47 7. QUESTÕES COMENTADAS 1. TRT 22ª Região (PI) ± Técnico Judiciário ± 2010 ± FCC. De acordo com o Regimento, nas sessões de julgamento, apregoado o processo, o Relator fará uma exposição circunstanciada da causa. Findo o relatório e ouvido o revisor, o Presidente dará a palavra aos advogados das partes para sustentação oral, por a) 10 minutos cada. b) 15 minutos cada. c) 20 minutos cada. d) 25 minutos cada. e) 30 minutos cada. COMENTÁRIOS: O tempo normal para a sustentação oral é de 15 minutos para cada um dos advogados, nos termos do art. 133-A, I, do Regimento Interno. Se houver litisconsórcio (mais de um réu ou mais de um autor) e cada litisconsorte tiver seu próprio advogado, o tempo será dividido entre eles. Nesse caso, o tempo total pode se estender até 20 minutos GABARITO: B 2. TRT 22ª Região (PI) ± Técnico Judiciário ± 2010 ± FCC (adaptada). Quanto às Sessões de julgamento, estabelece o Regimento Interno que o Desembargador Federal do Trabalho não poderá modificar o voto já proferido, ainda que antes de proclamada a decisão. COMENTÁRIOS: Na aula de hoje você aprendeu que a reconsideração do voto é perfeitamente possível, desde que feita antes de o Presidente proclamar a decisão do julgamento. 685.489.742-49 - Paulo Roberto de Souza Santos Regimento Interno do TRT da 8a Região Teoria e exercícios comentados Prof. Paulo Guimarães ± Aula 05 Prof. Paulo Guimarães www.estrategiaconcursos.com.br Página 41 de 47 GABARITO: E 3. TRT 21ª Região (RN) ± Analista Judiciário ± 2010 ± Cespe. Em uma sessão de julgamento, caso o relator do processo seja vencido, findo o julgamento, o presidente deverá proclamar a decisão e redigir o acórdão. COMENTÁRIOS: O Regimento Interno determina que, concluído o julgamento, o Presidente proclamará a decisão, designando para redigir o acórdão o Relator ou, se o voto deste tiver sido vencido, o Revisor. Se vencidos ambos, o redator será o Desembargador que primeiro tenha votado nos termos da conclusão vencedora. GABARITO: E 4. TRT 21ª Região (RN) ± Técnico Judiciário ± 2010 ± Cespe. Caso as pautas de julgamento do TRT/8ª Região sejam afixadas no quadro de editais com antecedência de cinco dias, ficará dispensada a respectiva publicação no órgão oficial. COMENTÁRIOS: A pauta sempre precisa ser publicada na imprensa oficial. Além disso, é necessário que a pauta seja afixada no quadro de editais do Tribunal, até a antevéspera da sessão. Uma coisa não tem nada a ver com a outra... GABARITO: E 685.489.742-49 - Paulo Roberto de Souza Santos Regimento Interno do TRT da 8a Região Teoria e exercícios comentados Prof. Paulo Guimarães ± Aula 05 Prof. Paulo Guimarães www.estrategiaconcursos.com.br Página 42 de 47 5. TRT 5a Região (BA) ± Analista Judiciário ± 2008 ± Cespe. Nas sessões dos órgãos do TRT, pode-se permitir aos advogados proceder à sustentação oral. Caso um advogado, durante essa sustentação, se conduza de maneira desrespeitosa ou, por qualquer motivo, inadequada, o presidente do órgão julgador cassará a sua palavra. COMENTÁRIOS: O Presidente tem a prerrogativa de cassar a palavra do advogado que, em sustentação oral, conduzir-se de maneira desrespeitosa ou, por qualquer motivo, inadequada, nos termos do art. 133-A, V, do Regimento Interno. GABARITO: C 6. TJ-CE ± Titular de Serviços de Notas e Registros ± 2011 ± IESES (adaptada). Será objeto de súmula a matéria decidida por maioria absoluta do Tribunal Pleno em incidente de uniformização de jurisprudência. COMENTÁRIOS: O julgamento do Tribunal Pleno, tomado pelo voto da maioria absoluta dos membros que o integram, será objeto de Súmula e constituirá precedente na uniformização da jurisprudência predominante, nos termos do art. 163, §12 do Regimento Interno. GABARITO: C 7. TRE-MT ± Analista Judiciário ± 2010 ± Cespe (adaptada). Realizado o julgamento do processo, caberá sempre ao relator, independentemente de o seu voto ter sido vencedor ou vencido, apresentar a redação do acórdão. 685.489.742-49 - Paulo Roberto de Souza Santos Regimento Interno do TRT da 8a Região Teoria e exercícios comentados Prof. Paulo Guimarães ± Aula 05 Prof. Paulo Guimarães www.estrategiaconcursos.com.br Página 43 de 47 COMENTÁRIOS: Você já está cansado de saber que nem sempre o relator será o responsável pela redação do acórdão. Se seu voto tiver sido vencido, o acórdão será redigido pelo revisor (quando houver). Se este também tiver sido vencido, o redator será o primeiro Desembargador que proferiu voto no sentido da tese vencedora. GABARITO: E 8. TRE-ES ± Técnico Judiciário ± 2011 ± Cespe. Todas as sessões desse tribunal devem ser públicas, vedadas deliberações em sessão reservada. COMENTÁRIOS: O Tribunal Pleno, a Seção Especializada ou as Turmas, a requerimento de qualquer dos Desembargadores, e pelo voto da maioria dos presentes, poderá transformar as sessões em reservadas. GABARITO: E 9. TJDFT ± Analista Judiciário ± 2008 ± Cespe (adaptada). Uma das turmas do TRT, durante sessão ordinária, julgou apenas 18 dos 48 feitos incluídos na respectiva pauta.
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