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TRT Legislação Específica Aula 05

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Aula 05
Curso: Legislação Específica p/ TRT/8 - Analista Judiciário (Todos os Cargos) e Técnico
Judiciário (Enferma
Professor: Paulo Guimarães
685.489.742-49 - Paulo Roberto de Souza Santos
Regimento Interno do TRT da 8a Região 
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AULA 05: Das Pautas de Julgamento; Das 
Sessões; Da Uniformização de Jurisprudência; 
Das Audiências; Dos Acórdãos. 
 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Das Pautas de Julgamento 1 
2. Das Sessões 5 
3. Da Uniformização de Jurisprudência 24 
4. Das Audiências 29 
5. Dos Acórdãos 30 
6. Resumo do concurseiro 34 
7. Questões comentadas 40 
8. Lista das questões apresentadas 45 
 
 
Olá, futuro servidor do TRT8! Hoje daremos continuidade ao 
nosso estudo do Regimento Interno vendo assuntos que foram cobrados 
em provas anteriores algumas vezes. Já passamos da metade do curso, e 
o dia da sua prova se aproxima rapidamente. Não esqueça de planejar 
sua revisão e pensar bem em como serão os últimos dias, pois eles 
definirão em grande parte como será o seu desempenho. 
 
Bons estudos! 
 
1. DAS PAUTAS DE JULGAMENTO 
 
Art. 119 - Os processos serão incluídos em pauta para 
julgamento, organizada pela respectiva Secretaria, com aprovação de 
seu Presidente, obedecido o prazo para a respectiva publicação. 
A pauta para julgamento nada mais é do que a agenda do 
órgão julgador, ou seja, ela define quais feitos serão julgados em cada 
sessão. 
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A regra geral é a inclusão dos feitos em pauta assim que o 
relator e o revisor (quando houver) concluírem seu trabalho, mas também 
é necessário obedecer os prazos de julgamento previstos em lei. 
Cada órgão julgador tem uma Secretaria, que é responsável 
pela elaboração da pauta, que depende também da aprovação do 
Presidente do Órgão. Atenção! Não é o Presidente do Tribunal! 
 
Art. 120 - Os processos serão submetidos a julgamento na ordem 
da pauta, independentemente do comparecimento das partes ou de seus 
representantes legais. 
A ordem dos julgamentos deve ser observada com rigor. Essa 
ordem será aquela em que os processos deram entrada na Secretaria do 
órgão julgador. Há casos, entretanWR��HP�TXH�FHUWRV�IHLWRV�SRGHP�³IXUDU�D�
ILOD´��9HMDPRV�TXDLV�VmR�HVVHV�FDVRV� 
 
§ 2º - Preferem aos demais julgamentos, os dissídios coletivos, 
os embargos de declaração, os habeas corpus e os mandados de 
segurança. 
§ 3º - A preferência poderá ser igualmente concedida, a 
requerimento de uma das partes. 
É importante que você memorize bem quais são os feitos que 
serão julgados com preferência sobre os demais. A razão da preferência 
conferida a esses processos pelo Regimento Interno é o caráter de 
urgência do qual eles se revestem. 
Os embargos de declaração não são exatamente medidas 
de urgência. Você já sabe que esses embargos são uma espécie de 
recurso, que tem o objetivo de sanar contradição, obscuridade ou dúvida 
na decisão. Esses embargos são julgados com preferência porque já 
houve uma decisão principal, e seu cumprimento pode depender apenas 
desses esclarecimentos. 
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A preferência pode ainda ser concedida em outros processos, 
devendo a parte interessada requerer e demonstrar a necessidade do 
julgamento preferencial. 
 
 
FEITOS CUJO 
JULGAMENTO É 
PREFERENCIAL 
Dissídios Coletivos 
Embargos de Declaração 
habeas corpus 
Mandados de Segurança 
Outros processos para os quais a preferência 
seja concedida, a requerimento de uma das 
partes. 
 
Você também precisa conhecer os feitos que são considerados 
tão urgentes, que são julgados independentemente de sua inclusão em 
pauta. Veja bem, isso não quer dizer que os feitos não podem ser 
incluídos em pauta! Eles podem, mas não é necessário aguardar a 
inclusão e publicação para que haja o julgamento, ok? 
 
 
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FEITOS CUJO JULGAMENTO INDEPENDE DE PUBLICAÇÃO 
E INCLUSÃO EM PAUTA 
- HABEAS CORPUS 
 
- EMBARGOS DE DECLARAÇÃO 
- CONFLITO DE COMPETÊNCIA 
- AGRAVO REGIMENTAL 
- MATÉRIA ADMINISTRATIVA E 
PROCESSO ADMINISTRATIVO 
Exceto Processo Administrativo 
Disciplinar (PAD) e Recurso em Matéria 
Administrativa (RMA). 
 
Art. 121 - As partes serão notificadas dos julgamentos mediante 
publicação da pauta no órgão oficial, com antecedência mínima de 48 
(quarenta e oito) horas. 
As pautas devem sempre ser publicadas na imprensa oficial, e 
a publicação é de responsabilidade do Secretário do órgão julgador. 
Existe, entretanto, uma exceção a essa regra: quando chegarem à 
Secretaria processos de dissídio coletivo em regime de urgência, não 
será necessária a publicação para que eles sejam incluídos em pauta. 
É necessário, além da publicação, que a pauta seja afixada no 
quadro de editais do Tribunal, até a antevéspera da sessão. O 
Secretário do órgão julgador deve ainda enviar a pauta aos 
Desembargadores e ao Ministério Público do Trabalho por meio de correio 
eletrônico. 
Já houve questões em concurso que tentaram confundir os 
candidatos dizendo que a afixação da pauta no quadro de editais torna 
desnecessária a publicação na imprensa oficial. Atenção! Isso não é 
verdade! É necessária tanto a publicação quanto a afixação no quadro. 
 
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§ 3º - Os processos que não tiverem sido julgados numa sessão 
permanecerão em pauta, independentemente de nova publicação, 
conservando a mesma ordem, com preferência sobre os demais, para 
julgamento nas sessões seguintes, ressalvado o disposto nos parágrafos 
do art. 120. 
Atenção! Esta regra é importante e também já foi cobrada 
em concursos anteriores. Quando não for possível concluir o julgamento 
de um processo na sessão, este permanecerá em pauta 
automaticamente, devendo seu julgamento ocorrer nas sessões 
seguintes, com preferência sobre os demais, ressalvadas as regras de 
preferência que nós já estudamos. 
 
 
Quando não for possível concluir o julgamento de um processo 
na sessão designada, este permanecerá em pauta, independentemente 
de nova publicação, conservando a mesma ordem, com preferência sobre 
os demais, para julgamento nas sessões seguintes. 
Se uma das partes estiver ausente, é possível ainda que seja 
solicitado o adiamento do julgamento. O pedido deve ser feito no início 
da sessão e será atendido de forma excepcional, quando houver motivo 
justificável. 
 
2. DAS SESSÕES 
 
Art. 123 - As sessões ordinárias do Tribunal Pleno, da Seção 
Especializada e das Turmas serão públicas e realizar-se-ão na sede do 
Tribunal, em dias úteis e horários previamentefixados, mediante 
publicação das pautas da matéria judiciária no órgão oficial. 
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As sessões do Tribunal ocorrem em dias úteis previamente 
designados, que podem ser alterados a qualquer momento por decisão do 
Tribunal. Normalmente os advogados sabem de memória os dias em que 
o Pleno e os órgãos fracionários se reúnem. 
Essas reuniões regulares são chamadas de sessões 
ordinárias, mas você também já sabe que em algumas ocasiões é 
necessário convocar reuniões em caráter de urgência, chamadas de 
sessões extraordinárias. Essa convocação extraordinária é realizada 
por ato do Presidente do Tribunal (no caso do Pleno) ou pelos Presidentes 
de cada órgão julgador (Seções e Turmas). 
As sessões ordinárias do Pleno são realizadas na última 
semana de cada mês. 
 
§ 3º - O Tribunal Pleno, a Seção Especializada ou as Turmas, a 
requerimento de qualquer dos Desembargadores, e pelo voto da 
maioria dos presentes, poderá transformar as sessões em reservadas, 
nos termos do inciso IX do art. 93 da Constituição da República, mas os 
votos dos Desembargadores só serão colhidos depois de tornada pública a 
sessão. 
As sessões em geral são públicas, como qualquer ato 
jurisdicional. Se você quiser assistir a uma sessão do Pleno do Tribunal, 
por exemplo, basta dirigir-se à sede e pedir para entrar. Não há nenhum 
problema nisso. 
Por outro lado, há situações em que pode ser conveniente que 
as sessões se tornem reservadas, em razão dos assuntos tratados ou 
das pessoas envolvidas. Isso é comum em julgamentos que envolvem 
casos famosos. 
Para que uma sessão se torne reservada, é necessário que 
haja requerimento de um Desembargador, e o voto favorável da 
maioria dos presentes. 
A votação dos Desembargadores só ocorrerá depois de 
tornada pública a sessão. Isso significa que a sessão sempre se inicia de 
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forma pública, e somente depois de seu início, pode ser transformada em 
reservada. 
Esse assunto também já foi cobrado em questões anteriores. 
 
 
O Tribunal poderá, a requerimento de qualquer dos 
Desembargadores do Trabalho, e pelo voto da maioria dos 
presentes, transformar as sessões em reservadas. 
 
Art. 123-A. O Tribunal reunir-se-á em Conselho: 
I ± quando algum dos Desembargadores solicitar que o Plenário se 
reúna reservadamente; 
II ± quando convocado pela Presidência para assunto administrativo 
ou da economia do Tribunal. 
A reunião em conselho é uma espécie de sessão reservada. 
Este dispositivo ficou deslocado porque foi incluído posteriormente e 
terminou deixando a organização do Regimento um pouco estranha. 
Nessas sessões devem estar presentes apenas os Desembargadores, 
exceto se alguém for especialmente convocado. O registro dessa sessão 
contará apenas com a data e os nomes dos presentes, salvo se for 
necessário publicar as deliberações. 
Apenas quero fazer uma observação quanto o inciso I, pois ele 
dá abertura para que a reunião em conselho seja realizada apenas em 
razão de solicitação de um Desembargador. Nesse caso, o Tribunal pode 
até se reunir em conselho, mas o julgamento será realizado em sessão 
pública, por determinação expressa do Regimento Interno. 
 
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Art. 124 - Na ausência ou impedimento do Presidente, será a sessão 
do Tribunal Pleno presidida pelo Vice-Presidente ou pelo Desembargador 
do Trabalho mais antigo presente. 
§ 1º. Na ausência ou impedimento do Presidente, serão as sessões 
das Seções Especializadas I e II presididas pelo Desembargador do 
Trabalho mais antigo presente. 
§ 2º. Na ausência ou impedimento do Presidente, serão as sessões 
das Turmas presididas pelo Desembargador do Trabalho mais antigo 
presente. 
Essas regras já foram cobradas em questões anteriores, mas 
são muito simples. Você pode memoriza-las de forma bem fácil: a regra é 
que, na falta do Presidente do órgão julgador, a sessão seja presidida 
pelo Desembargador mais antigo. Essa regra só não subsiste no Pleno, 
pois nesse caso há um substituto oficialmente designado: o Vice-
Presidente. 
 
 
Na ausência ou impedimento do Presidente do órgão 
julgador, a sessão será presidida pelo Desembargador mais antigo. No 
Pleno, entretanto, o substituto do Presidente é o Vice-Presidente do 
Tribunal, e apenas na falta deste a presidência da sessão será exercida 
pelo Desembargador mais antigo. 
 
Art. 125 - Participará das sessões do Tribunal Pleno, da Seção 
Especializada e das Turmas, o Ministério Público do Trabalho. 
Você já sabe o que é o Ministério Público do Trabalho e 
quais suas funções. Apesar de não atuar em todos os processos que 
correm perante o Tribunal, o MPT deve participar de todas as sessões, em 
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todos os órgãos julgadores, por meio dos seus Procuradores Regionais do 
Trabalho. 
 
Art. 126 - Aberta a sessão, à hora designada, e não havendo 
número para deliberar, aguardar-se-á por 15 (quinze) minutos a 
formação do quorum. Persistindo a falta de número, a sessão será 
transferida para o primeiro dia útil desimpedido, independentemente de 
notificação das partes. 
Atenção! As bancas adoram cobrar essas regras bobas. Sim, 
vão perguntar a você quantos minutos deve-se aguardar quando não 
houver quórum suficiente para votação. 
Essa é uma situação tratada de forma recorrente pelos 
Regimentos Internos de Tribunais. Quando não houver quórum suficiente 
para que os trabalhos sejam iniciados, o Presidente da Turma pode 
convocar Desembargadores de outras Turmas. Cuidado para não 
confundir esse procedimento com a convocação de Juiz do Trabalho para 
substituir Desembargador. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. 
 
 
Aberta a sessão, na hora regimental, e não havendo número 
para deliberar, aguardar-se-á por 15 (quinze) minutos a formação do 
quorum. Persistindo a falta de número, a sessão transferida para o 
próximo dia útil desimpedido, independentemente de notificação das 
partes. 
 
Uma vez iniciado o julgamento, deve ser concluído na 
mesma sessão, exceto de houver motivo relevante ou pedido de vista, 
na forma autorizada pela Regimento Interno. 
 
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Art. 128 - Nas sessões ordinárias do Tribunal Pleno, da Seção 
Especializada e das Turmas, será observada a seguinte ordem: 
a) verificação do número de Desembargadores presentes; 
b) discussão e aprovação da ata da sessão anterior; 
c) julgamento dos processos da pauta judiciária;d) julgamento de matéria e processos administrativos; 
e) comunicações e propostas; 
f) expediente. 
A ordem dos trabalhos nas sessões também já foi cobrada em 
diversas ocasiões pelas bancas. Você precisará memorizar. 
A primeira providência sempre será a verificação do número 
de Desembargadores presentes no órgão julgador. Em seguida, será 
apreciada e aprovada a ata da última sessão. Vencidas essas etapas, 
haverá o julgamento dos processos em pauta, seguido do julgamento 
da matéria administrativa. 
 
SESSÕES DO PLENO, SEÇÕES ESPECIALIZADAS E TURMAS 
ORDEM DOS TRABALHOS 
Verificação do 
número de 
Desembargadores 
presentes 
Æ 
Discussão e 
aprovação da ata 
da sessão 
anterior. 
Æ 
Julgamento dos 
processos da 
pauta. 
Julgamento de 
matéria e processos 
administrativos. 
Æ Comunicações e 
propostas. 
Æ Expedientes. 
 
O julgamento de matéria e processos administrativos e os 
expedientes podem mudar de ordem, a critério do Presidente. 
 
 
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Art. 129 - Anunciado o julgamento por meio do sistema de 
amplificação de som, com o que se consideram apregoadas as partes e 
seus advogados, para todos os efeitos legais, nenhum Desembargador 
poderá retirar-se do recinto sem a vênia do Presidente. 
A dureza do dispositivo chama atenção, não é mesmo? A 
intenção foi evitar que o Desembargador se ausente e retorne somente no 
momento de dar o voto. Se a questão não for apreciada conjuntamente, 
de nada adianta um órgão julgador colegiado, não é mesmo? 
O pregão é o ato de anunciar em voz alta que haverá o 
julgamento. O Secretário do órgão julgador simplesmente se levanta e 
anuncia que o órgão julgará determinado processo. É a partir desse 
momento que os Desembargadores precisarão de autorização do 
Presidente para retirarem-se. 
 
 
A partir do pregão, nenhum Desembargador poderá retirar-
se do recinto sem autorização do Presidente. 
 
Art. 132 - Nos julgamentos da pauta judiciária, será observada a 
sequência abaixo: 
a) relatório; 
b) defesa oral; 
c) manifestação do Ministério Público do Trabalho; 
d) pronunciamento do Desembargador Relator e Desembargador 
Revisor; 
e) discussão; 
f) votação; 
g) proclamação do resultado do julgamento. 
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Este dispositivo é mais uma manifestação da prolixidade do 
Regimento Interno do TRT da 8a Região. Não acredito que seja importante 
entrar em detalhes sobre essas fases, mas apenas compreender a ordem 
em que eles devem ocorrer. 
O relatório é a primeira fase, e por meio dele faz-se a 
exposição dos fatos que levaram as partes ao julgamento. Depois disso, 
dá-se aos advogados das partes e ao representante do MPT a 
oportunidade de manifestarem-se, e em seguida o relator e o revisor 
(quando houver) proferem seus votos. 
Após isso, os Desembargadores podem discutir, e proferem 
seus votos. Ao final, é proclamado o resultado do julgamento. 
 
Art. 133. Far-se-á a inscrição dos advogados habilitados no 
processo, para a sustentação oral presencial ou por 
videoconferência, a partir da publicação da pauta de julgamento até às 
10 horas do dia útil anterior à data da sessão, mediante inscrição pelo 
interessado na página da Rede Mundial de Computadores - Internet deste 
Tribunal, por correio eletrônico ou pessoalmente, por petição ou simples 
assinatura em formulário próprio que será mantido pela Secretaria do 
Órgão, desde que haja a clara identificação do processo, do órgão 
julgador, da data e do horário do início da sessão de julgamento. 
Os advogados que pretendam fazer sustentação oral nas 
sessões de julgamento precisa inscrever-se antes. O detalhe aqui é a 
possibilidade de sustentação oral por videoconferência, previsão que 
eu ainda não tinha visto expressamente em Regimentos Internos de 
outros Tribunais. 
A inscrição deve ser feita a partir do momento da publicação 
da pauta, até às 10h do dia útil anterior à data da sessão, pela internet, 
no site do Tribunal, por e-mail ou pessoalmente, por meio do 
preenchimento de formulário disponível na secretaria do órgão julgador. 
Somente poderá fazer sustentação oral o advogado que tiver 
mandato nos autos, ou seja, apenas o advogado já constituído pela 
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parte. Não é possível, portanto, convidar um outro advogado apenas para 
fazer a sustentação oral. 
No momento da sustentação oral, os advogados devem 
utilizar vestes talares, com modelo aprovado pela OAB. 
 
§ 3º ± Não haverá sustentação oral no julgamento de: 
I ± embargos de declaração; 
II ± conflito de competência; 
III ± agravo regimental; 
IV ± agravo de instrumento; 
V ± exceções de suspeição e impedimento. 
 
Art. 133-A. A sustentação oral será feita de uma só vez, ainda que 
arguida matéria preliminar ou prejudicial, e observará as seguintes 
disposições: 
I - Ao proferir seu voto, o Relator fará um resumo da matéria em 
discussão e antecipará sua conclusão, hipótese em que poderá ocorrer a 
desistência da sustentação, ante a antecipação do resultado. Havendo, 
porém, qualquer voto divergente daquele anunciado pelo Relator, o 
Presidente voltará a facultar a palavra ao advogado desistente. Não 
desistindo os advogados da sustentação, o Presidente concederá a 
palavra a cada um dos representantes das partes, por quinze minutos, 
sucessivamente. 
II - Usará da palavra, em primeiro lugar, o advogado do recorrente; 
se ambas as partes o forem, o do reclamante. 
III - Aos litisconsortes representados por mais de um advogado, o 
tempo lhes será proporcionalmente distribuído, podendo haver 
prorrogação até o máximo de vinte minutos, ante a relevância da 
matéria. 
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IV - Quando for parte o Ministério Público, seu representante poderá 
proferir sustentação oral após as demais partes, sendo-lhe concedido 
prazo igual ao destas. 
V - O Presidente do órgão julgador cassará a palavra do advogado 
que, em sustentação oral, conduzir-se de maneira desrespeitosa ou, por 
qualquer motivo, inadequada. 
Acho pouco provável o surgimento de questões acerca desses 
detalhes das sustentações orais. Recomendo que você se esforce para 
guardar os seguintes detalhes: 
a) Os advogados de cada uma das partes podem fazer 
sustentação oral por 15 minutos, cada um; 
b) Se houver litisconsórcio (mais de um réu ou mais de um 
autor) e cada litisconsorte tiver seu próprio advogado, o tempo será 
dividido entre eles. Nesse caso, o tempo total pode se estender até 20 
minutos; 
c) Se o Ministério Público do Trabalho for parte no processo, 
seu representante poderá fazer sustentação oral pelo mesmo tempo; 
d) O Presidente do órgão julgador pode cassar a palavrado 
advogado que se portar desrespeitosa ou inadequadamente. 
 
O art. 133-A foi incluído no Regimento Interno em 2012, mas 
DSDUHQWHPHQWH� ³HVTXHFHUDP´� GH� UHYRJDU� R� DUW�� ����� $V� UHJUDV� WUD]LGDV�
por ele acerca da sustentação oral são basicamente as mesmas, exceto 
pelo limite de tempo aplicável quando houver litisconsórcio. 
 
Art. 135 - Findo o relatório, e depois de se haver manifestado sobre 
este o Desembargador Revisor, se houver, dará o Presidente a palavra, 
sucessivamente, às partes ou a seus representantes legais, por 15 
(quinze) minutos a cada uma, para sustentação oral das respectivas 
alegações. 
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§ 1º - Falará em primeiro lugar o recorrente, ou, se ambas as partes 
o forem, o autor, devendo a manifestação de cada parte abranger de uma 
só vez as preliminares e o mérito. 
§ 2º - Nos processos de competência originária do Tribunal, falará 
em primeiro lugar o autor. 
§ 3º - Se houver litisconsortes, o prazo total de 45 (quarenta e 
cinco minutos) será distribuído proporcionalmente entre eles ou seus 
representantes, observado o prazo máximo de 15 (quinze) minutos para 
cada qual. 
 
Art. 137 - O representante do Ministério Público poderá intervir 
oralmente, após a defesa das partes, na discussão das causas que forem 
submetidas ao julgamento do Tribunal, sendo-lhe assegurado o direito 
de vista do processo em julgamento, sempre que suscitada questão nova 
não examinada no parecer exarado (Consolidação das Leis do Trabalho, 
art. 746, "b"). 
Parágrafo Único - Se o Ministério Público do Trabalho optar pela 
intervenção oral em sessão, será elaborado um resumo do parecer, que 
deverá constar dos autos, antes da lavratura do acórdão. 
Já vimos que o representante do MPT pode se manifestar 
oralmente na sessão, mas ele também pode pedir vista do processo 
para elaboração de parecer. 
Se o membro do MPT optar pela intervenção oral, deve ser 
incluído no processo um resumo da manifestação. 
 
Art. 139 - As questões prejudiciais ou as preliminares serão 
apreciadas antes do mérito, deste não se conhecendo se incompatível 
com a decisão adotada. 
§ 1º - A votação das questões preliminares será feita 
separadamente. 
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§ 2º - Tratando-se de nulidade suprível, o julgamento será 
convertido em diligência, a fim de que a parte sane a nulidade no prazo 
que lhe for determinado. 
§ 3º - Rejeitada a questão preliminar, ou a questão prejudicial, ou se 
com elas não for incompatível a apreciação do mérito, seguir-se-ão a 
discussão e o julgamento da matéria principal, sobre esta devendo 
pronunciar-se os Desembargadores vencidos em qualquer daquelas. 
§ 4º - Quando puder decidir do mérito a favor da parte a quem 
aproveite a declaração de nulidade, o Tribunal não a pronunciará nem 
mandará repetir o ato, ou suprir-lhe a falta. 
§ 5º - Quando o mérito se desdobrar em questões distintas, a 
votação poderá realizar-se sobre cada uma sucessivamente, devendo, 
entretanto, o relator mencioná-las, desde logo, no seu todo, após a 
votação das preliminares. 
As questões preliminares e as prejudiciais são aquelas 
que precisam ser conhecidas antes do mérito do feito. De nada adianta 
analisar um recurso contra uma decisão proferida por um Juiz sem antes 
verificar se há situação de impedimento, por exemplo, pois se ele estiver 
impedido, sua decisão é nula. 
Se, ao conhecer questões preliminares ou prejudiciais, o órgão 
julgador concluir que o processo contém nulidade que pode ser 
³FRQVHUWDGD´�� HP� YH]� GH� MXOJDU�� RUGHQDUi� TXH� VHMD� IHLWD� GLOLJrQFLD� SDUD�
corrigir o erro em prazo determinado. 
Vencidas as questões preliminares e/ou prejudiciais, o órgão 
julgador procederá ao julgamento do mérito. É possível ainda que o 
mérito se desdobre em questões distintas. Isso significa que, dependendo 
da complexidade da questão levada à apreciação do Tribunal, a decisão 
GH�FDGD�'HVHPEDUJDGRU�SRGH�QmR�VHU�DSHQDV�GR�WLSR�³VLP�RX�QmR´� 
Nesse caso, cada Desembargador votará sobre cada uma das 
questões postas, de maneira sucessiva. O relator deve, porém, mencionar 
todas as questões de uma só vez no seu relatório. 
 
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Art. 140 - O Desembargador Relator exporá suas razões de decidir, 
seguindo-se o pronunciamento do Desembargador Revisor, qualquer 
deles sem limite de tempo. 
Art. 141 - Havendo divergência entre quaisquer dos 
Desembargadores, a Presidência declarará aberta a discussão, podendo 
cada um deles usar da palavra pelo tempo que se fizer necessário, sendo-
lhes facultado, também, pedir esclarecimentos ao Desembargador 
Relator, Desembargador Revisor ou representante do Ministério Público. 
[...] 
Art. 145 - Depois do pronunciamento do último Desembargador, o 
Revisor e o Relator poderão ainda usar a palavra pelo prazo 
improrrogável de 5 (cinco) minutos. 
O primeiro a se pronunciar é sempre o Relator, seguido do 
Revisor (se houver). O Relator e o Revisor podem concordar ou discordar 
na tese que adotarem, e os demais Desembargadores têm total liberdade 
para seguir um deles ou os dois, sendo possível ainda que adotem outros 
posicionamentos. 
Quando houver discordância, o Presidente do órgão julgador 
dará a palavra aos Desembargadores pelo tempo que for necessário, para 
que os debates possam ocorrer livremente. Nenhum Desembargador fará 
uso da palavra sem prévia solicitação ao Presidente, nem interromperá, 
sem consentimento, quem estiver no uso dela. 
Concluídos os debates, o Relator e o Revisor ainda poderão 
usar a palavra por 5 minutos cada um, e então se iniciará a votação. O 
primeiro a votar será o Relator, seguido do Revisor (quando houver) e 
os demais Desembargadores, em ordem de decrescente de antiguidade. 
 
Art. 147 - Os Desembargadores poderão pedir vista do processo. 
Sendo o pedido de vista em mesa, o julgamento se fará na mesma 
sessão, logo que o Desembargador que a requereu se declare habilitado a 
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proferir voto. Não sendo em mesa, ficará o julgamento adiado e o voto 
deverá ser proferido em sessão desde logo designada. 
Já havíamos falado sobre o pedido de vista antes, e agora 
vamos entender seu funcionamento com um grau de detalhamento um 
pouco maior. Primeiramente, o pedido de vista pode ser formulado por 
qualquer Desembargador que componha o órgão julgador. O processo 
então será retirado da pauta, e o julgado será adiado para outra sessão. 
É possível ainda que o Desembargador do Trabalho formule 
o chamado pedido de vista em mesa, para que analise o processo 
naquele momento, sem precisar retirá-lo da pauta. Nesse caso, o 
julgamento ocorrerá ainda na mesma sessão, assim que o 
Desembargador a quem foi concedidaa vista se declarar habilitado a 
votar. 
 
§ 1º - Se dois ou mais Desembargadores pedirem vista do mesmo 
processo, o julgamento será adiado, de modo que a cada um seja 
facultado o estudo dos autos durante igual prazo, devendo o último, findo 
esse prazo, restituir o processo à Secretaria. 
§ 2º - Os pedidos de vista formulados por um ou mais 
Desembargadores não impedem que outros profiram seus votos, desde 
que se declarem habilitados. 
§ 3º - O julgamento que houver sido suspenso ou adiado com pedido 
de vista prosseguirá, com preferência sobre o dos demais processos logo 
que os autos sejam devolvidos ou cesse o motivo da suspensão ou 
adiamento, ou, ainda, se o Desembargador que houver pedido vista 
estiver em via de se afastar do Tribunal, quer definitivamente, quer em 
virtude de licença ou férias. 
A regra mais importante aqui é a do §2°: ainda que um 
Desembargador peça vista do processo, os demais podem tranquilamente 
proferir seus votos se considerarem que as informações disponíveis são 
suficientes. 
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Assim que o processo for devolvido, o julgamento do 
continuará com preferência sobre os demais. Essa preferência também 
ocorrerá quando o Desembargador que tiver pedido vista estiver prestes a 
se afastar pelo Tribunal. 
Quando o julgamento se reiniciar, os votos dos 
Desembargadores que não comparecerem ou que houverem deixado o 
Tribunal serão computados. 
 
Art. 159 - A vista às partes transcorre na Secretaria, podendo o 
advogado retirar os autos nos casos previstos em lei, mediante recibo, 
pelo prazo de cinco dias, se outro não lhe for assinado. 
Estudamos a vista dos autos concedida aos Desembargadores 
e agora veremos as regras acerca da vista que pode ser concedida às 
partes. 
As partes têm acesso aos autos, mas apenas o advogado tem 
permissão para retirá-los da Secretaria. A retirada dos autos para o fim 
exclusiva de extrair cópias pode ser feita por advogado ou por estagiário 
devidamente habilitado. Nesse caso, será necessário assinar compromisso 
de devolução no mesmo dia. 
 
Art. 150 - As decisões serão tomadas pela maioria de votos dos 
Desembargadores que participarem do julgamento, salvo na hipótese de 
incidente de inconstitucionalidade (Constituição da República, art. 97). 
Em regra, o quórum de deliberação dos órgãos julgadores é a 
maioria simples, ou seja, a maioria dos Desembargadores presentes à 
sessão de julgamento. 
A exceção fica por conta do que determina o art. 97 da 
Constituição Federal, que trata da declaração de inconstitucionalidade de 
lei ou ato normativo do Poder Público. A apreciação da constitucionalidade 
das normas será estudada por nós com mais detalhes em outro momento 
de nosso curso, mas desde já é importante que você saiba que uma 
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norma só pode ser declarada inconstitucional por voto da maioria 
absoluta dos membros do Pleno. 
 
 
A regra geral é de que as decisões sejam tomadas pelos 
órgãos julgadores com o quórum de maioria simples. A 
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, entretanto, só pode ser 
declarada por voto da maioria absoluta dos membros do Pleno. 
 
Art. 151 - Na matéria administrativa o Presidente do 
Tribunal votará em primeiro lugar e como os demais 
Desembargadores, cabendo-lhe, ainda, o voto de qualidade. Na 
matéria judiciária o Presidente do Tribunal não votará, exceto nas 
hipóteses de: 
a) declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato do poder 
público; 
b) empate, adotando a solução de umas das correntes, sendo-lhe 
facultado adiar o julgamento para a sessão seguinte, quando não se 
considerar habilitado a proferir, desde logo, o seu voto. 
c) Uniformização de Jurisprudência. 
Essa regra vale para qualquer Tribunal: normalmente o 
Presidente do Tribunal não vota, somente quando for necessário para 
fins de desempate. O Regimento Interno, entretanto, estabelece mais 
duas exceções: declaração de inconstitucionalidade e uniformização 
de jurisprudência. 
Quando o Tribunal estiver deliberando sobre matéria 
administrativa, o Presidente do Tribunal votará normalmente, junto 
com os demais Desembargadores, e, se houver empate, terá direito ainda 
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ao voto de qualidade (voto de desempate ou voto de minerva). Nesse 
caso ele vota duas vezes mesmo... 
 
 
Na matéria jurisdicional, o Presidente do Tribunal somente 
terá voto de desempate, exceto quando houver declaração de 
inconstitucionalidade e na votação de uniformização de 
jurisprudência. Na apreciação de matéria administrativa, o 
Presidente do Tribunal participará da votação juntamente com os demais 
Desembargadores, e cabe a ele também proferir o voto de desempate. 
 
Art. 152 - Em caso de empate no julgamento da Turma, o Vice-
Presidente do Tribunal ou o Desembargador que estiver exercendo a 
Vice-Presidência, na data em que se verificou o empate, será convocado 
para proferir voto de desempate. 
Agora temos uma regra que pode perfeitamente ser cobrada 
na sua prova. Trata-se de algo diferente, que não se vê em muitos 
Regimentos. Caso haja empate nos julgamentos conduzidos pelas 
Turmas, o voto de desempate será proferido pelo Vice-Presidente do 
Tribunal, ou por quem o estiver substituindo. 
 
 
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Caso haja empate em julgamento da Turma, o Vice-
Presidente do Tribunal ou o Desembargador que estiver exercendo a 
Vice-Presidência, na data em que se verificou o empate, será convocado 
para proferir voto de desempate. 
 
Art. 153 - Findo o julgamento, o Presidente proclamará a decisão, 
designando para redigir o acórdão o Desembargador Relator ou, vencido 
este, o Desembargador Revisor. Se vencidos ambos, o Desembargador 
que primeiro tenha votado nos termos da conclusão vencedora. 
É importante que você saiba quem será o responsável pela 
redação do acórdão. Normalmente é o Relator, exceto se sua tese tiver 
sido vencida, caso em que será o responsável pela redação o primeiro 
Desembargador que divergiu. Note que nos processos em que houver 
Revisor, será ele o responsável, exceto se tiver concordado com o 
Relator. 
O Relator que tiver sua tese rejeitada deve enviar o 
relatório aprovado em sessão, no prazo de 48h, para o Gabinete do 
Desembargador responsável por redigir o acórdão. 
O Relator vencido fornecerá o relatório por ele elaborado ao 
Desembargador que for designado para a redação do acórdão. 
 
Normalmente o acórdão é redigido pelo Relator. Caso este 
tenha sido vencido na matéria considerada principal, o redator será o 
Revisor. Se ambos forem vencidos, o redator será o Desembargador 
que primeiro divergiu do Relator em favor da tese vencedora.685.489.742-49 - Paulo Roberto de Souza Santos
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Art. 154 - Proclamada a decisão, não poderá o Desembargador 
modificar o voto, nem se manifestar sobre o julgamento. 
Atenção! Essa regra já foi cobrada diversas vezes em 
concursos anteriores. Na realidade, a disposição mais comum utilizada 
encontrada nos Regimentos Internos é no sentido de esclarecer que é 
permitido ao Desembargador modificar seu voto, desde que o faça antes 
da proclamação do resultado do julgamento. 
 
 
É perfeitamente possível que o Desembargador modifique 
seu voto, desde que o faça antes da proclamação do resultado do 
julgamento. 
 
Art. 156 - É vedado ao Tribunal Pleno, à Seção Especializada ou à 
Turma expressar sentimento de regozijo, pesar e semelhantes a 
pessoas ou entidades que não tenham direta relação com a Justiça do 
Trabalho, exceto, nos casos convenientes, a autoridades membros dos 
três Poderes, nas três esferas do Governo. 
É uma regra interessante, não é mesmo? A intenção é 
proteger o Tribunal das manifestações ideológicas e muitas vezes 
polêmicas acerca da natureza de seus julgados. Essas manifestações são 
legítimas, mas os Desembargadores não devem tomar parte nelas. 
 
Art. 157 - As atas das sessões serão lavradas pelo Secretário do 
respectivo órgão, ou seu substituto, e nelas se resumirá, com clareza, 
quanto se haja passado na sessão, devendo conter: 
a) dia, mês, ano e hora da abertura da sessão; 
b) nomes do Presidente, dos Desembargadores presentes e dos que 
faltaram, especificando-se o motivo da ausência; 
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c) sumária notícia do expediente, mencionando a espécie dos 
recursos e requerimentos apresentados na sessão, os nomes das partes e 
dos que houverem feito sustentação oral. 
A ata é um resumo de tudo que aconteceu na sessão. A 
redação das atas é uma atividade muito importante, pois torna claro qual 
foi o rumo que as discussões tomaram, e como o órgão julgador chegou à 
decisão. Perceba que os elementos obrigatórios das atas são apenas os 
mais básicos. 
O Regimento Interno proíbe expressamente que sejam 
incluídas nas atas matéria estranha ao que se passou nas sessões dos 
órgãos julgadores. 
Após serem digitadas, as atas serão distribuídas aos 
Desembargadores, com antecedência em relação à sessão em que devam 
ser aprovadas. 
 
3. DA UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA 
 
Art. 161 - Na forma do art. 896, § 3º, da Consolidação das Leis do 
Trabalho, será consubstanciada em Enunciados a Súmula da 
Jurisprudência predominante do Tribunal Regional do Trabalho da Oitava 
Região. 
Uma súmula é um verbete que expressa o entendimento de 
um Tribunal sobre determinado assunto. Geralmente as súmulas são 
editadas quando a jurisprudência acerca de determinado tema se torna 
pacífica. Por isso o incidente de uniformização de jurisprudência é uma 
ocasião bastante adequada para que se edite uma súmula. 
Vejamos o que a CLT traz sobre o assunto: 
 
CLT, Art. 896, § 3o Os Tribunais Regionais do Trabalho procederão, 
obrigatoriamente, à uniformização de sua jurisprudência, nos termos do 
Livro I, Título IX, Capítulo I do CPC, não servindo a súmula respectiva 
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para ensejar a admissibilidade do Recurso de Revista quando contrariar 
Súmula da Jurisprudência Uniforme do Tribunal Superior do Trabalho. 
 
Art. 162 - Compete à Comissão de Jurisprudência: 
I - examinar e emitir parecer fundamentado sobre os incidentes de 
uniformização de jurisprudência, 
II - propor o enunciado a ser adotado pelo Tribunal Pleno, 
III - formular projetos de edição, revisão ou cancelamento de 
Enunciado. 
A Comissão de Jurisprudência tem funções específicas no 
que se refere à uniformização de jurisprudência. Sempre que o incidente 
for levantado (estudaremos o procedimento adiante), essa comissão 
examinará a questão, emitirá um parecer e proporá o enunciado (súmula) 
a ser adotado pelo Tribunal. 
Essa comissão é formada pelo Vice-Presidente do Tribunal 
(que a presidirá) e pelos Presidentes de cada uma das Turmas. Isso 
dá um total de 5 Desembargadores, sendo possível a instalação das 
sessões quando estiverem presentes 3 deles. 
 
Art. 163 - O incidente de uniformização reger-se-á pelos arts. 476 a 
479 do Código de Processo Civil. 
³0DV�SURIHVVRU��R�&yGLJR�GH�3URFHVVR�&LYLO"�0DV�QyV�HVWDPRV�
trataQGR�GH�XP�7ULEXQDO�5HJLRQDO�GR�7UDEDOKR�´��e�YHUGDGH�� FDUR�DOXQR��
mas quando as leis trabalhistas não forem suficientes, podemos aplicar o 
CPC sem problemas. E esse é o caso. 
Mas o que é esse incidente de uniformização? Vamos lá! O 
incidente se baseia em diferenças de interpretação de aplicação de uma 
mesma norma entre Turmas ou Seções do Tribunal. Diante da 
divergência, o incidente pode ser levantado por qualquer uma das partes, 
pelo representante do Ministério Público, ou por qualquer um dos 
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Desembargadores presentes na sessão, no momento em que proferir seu 
voto. 
Não acredito que seja importante para sua prova conhecer os 
detalhes do procedimento de uniformização. De qualquer forma, é 
importante ler e compreender os parágrafos do art. 163 do Regimento 
Interno. A seguir está o teor dos parágrafos, adicionado de alguns 
comentários para ajudar você a compreender melhor. 
 
INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA 
PROCEDIMENTO COMENTÁRIOS 
§ 2º - O incidente pode ser suscitado por 
qualquer das partes, pelo Ministério 
Público do Trabalho ou por qualquer dos 
julgadores, pressupondo, nos dois 
primeiros casos, divergência jurisprudencial 
já configurada. 
O espectro de legitimidade para suscitar o incidente 
é bastante amplo. São legítimos tanto as partes 
quanto o Ministério Público e os julgadores. 
Perceba, entretanto, que as partes e o MP somente 
podem levantar o incidente quando já houver 
divergência no Tribunal. Não se trata de 
divergência que surge naquele julgamento, mas de 
uma divergência que já existe, relacionada ao 
assunto do julgamento. 
§ 3º - O Desembargador somente poderá 
suscitar o incidente ao proferir seu voto. 
Antes dos votos, é muito difícil identificar a 
existência da divergência, pois os Desembargadores 
ainda não começaram a efetivamente decidir. 
§ 4º - Quando suscitado pela parte, a 
petição, devidamente fundamentada, poderá 
ser apresentada até o momento da 
sustentação oral, competindo ao órgão 
julgador apreciar preliminarmente o 
requerimento. 
Você lembra em que momento ocorre a sustentação 
oral? Ela pode ser feita ainda no início do 
julgamento, logo após a leitura do relatório. 
§ 5º - Uma vez verificado o dissídio 
jurisprudencial pelo Colegiado, cumpre-lhe 
dar sequência ao incidente, lavrando o 
acórdão pertinenteo relator do recurso; se 
vencido, o autor do primeiro voto vencedor. 
Uma vez levantado o incidente, o órgão julgador 
votará e, reconhecendo a divergência, lavrará o 
acórdão. Perceba que esse acórdão diz respeito à 
divergência, e não à questão principal. O acórdão 
será lavrado pelo relator da questão principal ou, se 
ele tiver sido vencido, pelo primeiro Desembargador 
que proferiu o voto vencedor. 
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§ 6º - A determinação de remessa ao 
Tribunal Pleno é irrecorrível, assegurada às 
partes a faculdade de sustentação oral por 
ocasião do julgamento. 
 
§ 7º - Será relator no Tribunal Pleno o 
Desembargador que haja redigido o acórdão 
proferido no incidente, desde que o integre. 
O redator do acórdão que reconheceu a divergência 
será o relator do incidente perante o Pleno. 
§ 8º - Os autos serão remetidos à 
Comissão de Jurisprudência, para exarar 
parecer, no prazo de trinta dias. Decorrido 
este prazo, independentemente de parecer, 
os autos serão conclusos ao Desembargador 
Relator para visto e liberação para inclusão 
em pauta, ainda que rejeitada a proposta 
pela Comissão. 
Primeiramente a Comissão de Jurisprudência 
elaborará seu parecer, e somente depois os autos 
serão entregues ao relator. 
§ 9º - Entre o dia da publicação da pauta e o 
do julgamento, mediará prazo não inferior a 
quarenta e oito horas, devendo a 
Secretaria do Tribunal Pleno remeter cópias 
do acórdão e do parecer da Comissão de 
Jurisprudência aos demais Desembargadores 
da Corte, via correio eletrônico. 
O julgamento do incidente de uniformização de 
jurisprudência é uma ocasião muito importante, 
porque cristaliza o entendimento do Tribunal em 
torno de matérias importantes. Por essa razão, deve 
haver pelo menos 2 dias entre a inclusão do feito em 
pauta e o julgamento. Durante esse prazo, o parecer 
da comissão deve ser enviado aos Desembargadores 
para que eles possam estudar o assunto. 
§ 10 - Como matéria preliminar, o Tribunal 
Pleno decidirá sobre a configuração ou não 
do dissenso jurisprudencial, passando, caso 
admitido, a deliberar sobre as teses em 
conflito. 
O Pleno precisa primeiramente apreciar o 
reconhecimento da divergência. Somente depois que 
a divergência for reconhecida é que haverá 
deliberação sobre qual será a tese adotada. 
§ 11 - A decisão do Tribunal Pleno sobre 
o tema é irrecorrível, cabendo ao órgão 
julgador no qual foi suscitado o incidente 
aplicar à espécie, quando da sequência do 
julgamento, a interpretação fixada. 
A partir do momento em que o Pleno decidir qual 
será a interpretação aplicada, o processo será 
devolvido ao órgão fracionário onde foi levantado o 
incidente, e este estará obrigado a aplicar o 
entendimento adotado. 
§ 12 - O julgamento do Tribunal Pleno, 
tomado pelo voto da maioria absoluta dos 
membros que o integram, será objeto de 
Súmula e constituirá precedente na 
O entendimento adotado pelo Pleno por maioria 
absoluta dará origem à edição de Súmula. 
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uniformização da jurisprudência 
predominante. 
§ 13 - Se não for alcançada a maioria 
absoluta necessária à aprovação da súmula, 
estando ausentes Magistrados em número 
que possa influir no resultado do julgamento, 
este será suspenso, a fim de aguardar-se o 
comparecimento dos Magistrados ausentes, 
em férias ou licença, ou o provimento de 
vagas, se houver, obtidos os votos dos 
presentes. 
 
§ 14 - Será remetida à Comissão de 
Jurisprudência certidão da decisão tomada 
por maioria absoluta do Tribunal em sede de 
incidente de uniformização de jurisprudência, 
competindo-lhe propor texto de enunciado 
ao Tribunal Pleno, no prazo de trinta dias. 
Decorrido este prazo, a matéria será 
apreciada na sessão seguinte do Tribunal 
Pleno, por provocação de qualquer dos 
Desembargadores Federais do Trabalho, 
independentemente da emissão de parecer. 
A decisão será enviada à comissão, e esta fará 
proposta em 30 dias do texto que será adotado pela 
Súmula do Tribunal. 
§ 15 - Poderá ser objeto de apreciação 
incidente de uniformização harmônico com 
matéria já consubstanciada em Enunciado da 
Súmula, orientação Jurisprudencial ou 
Precedente Normativo do Tribunal Superior 
do Trabalho. 
O incidente também pode ser levantado quando 
houver divergência de decisão entre o Tribunal e o 
Tribunal Superior do Trabalho. 
 
 
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4. DAS AUDIÊNCIAS 
 
Art. 165 - As audiências para a instrução e julgamento dos feitos 
da competência originária do Tribunal serão públicas e realizadas 
nos dias e horas designados pelo Juiz a quem couber a instrução do 
processo, presente o Secretário. 
O dispositivo está tratando das audiências nas quais serão 
apreciados os feitos de competência originária do Tribunal. Você 
lembra o que é a competência originária? Ela está relacionada aos feitos 
que são conhecidos diretamente pelo Tribunal, sem antes precisar passar 
pelo Juiz do Trabalho. 
Nas audiências é muito importante o respeito à figura do 
Presidente do órgão julgador. Até a saída de pessoas da audiência é 
proibida sem sua licença. Essa regra, entretanto, não se aplica aos 
advogados, pois estes gozam de um grau maior de independência, 
conferido pela Constituição e pelas leis. 
 
Art. 166 - Serão admitidos àquelas audiências os advogados, partes, 
testemunhas e quaisquer outras pessoas judicialmente chamadas. 
Os servidores, partes, testemunhas e outras pessoas deverão 
estar de pé quando falarem, exceto se houver licença do Presidente para 
que permaneçam sentados. Esta regra, porém, não se aplica aos 
advogados. 
 
Art. 169 - O Presidente manterá a ordem na audiência de acordo 
com as leis em vigor, podendo mandar retirar os assistentes que a 
perturbarem, impor penas disciplinares aos serventuários, multas às 
partes que faltarem ao devido respeito e autuar os desobedientes. 
As atribuições disciplinares do Presidente da sessão já foram 
cobradas em provas anteriores, e por isso é interessante que você se 
lembre que o Presidente poderá mandar retirar advogados que 
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perturbarem a audiência, pode penalizar os servidores e até multar as 
partes que se comportarem de maneira desrespeitosa. 
O Presidente também será o responsável por anunciar a 
abertura e o encerramento da audiência. 
 
5. DOS ACÓRDÃOS 
 
Art. 171 - O acórdão será assinado por seu prolator e, na ausência 
deste, pelo Presidente do órgão julgador. 
§ 1º - Quando o Presidente do Tribunal não estiver em exercício, os 
acórdãos do Pleno e da Seção Especializada serão assinados pelo Vice-
Presidente, e, nafalta ou impedimento deste, pelo Corregedor Regional 
ou pelo Desembargador do Trabalho mais antigo que tenha participado da 
sessão de julgamento. 
§ 2º - Quando o Presidente da Turma não estiver em exercício, os 
acórdãos serão assinados pelo Desembargador do Trabalho mais antigo 
na Turma, que tenha participado da sessão de julgamento. 
Acórdão é o nome que se dá à decisão judicial de um órgão 
colegiado. A essa altura você já sabe melhor do que eu que um órgão 
colegiado é aquele formado por vários magistrados. Quando há apenas 
um julgador, falamos em órgão monocrático ou juízo monocrático. 
Pois bem, a decisão de um magistrado é uma sentença 
enquanto a decisão tomada por um órgão colegiado é um acórdão. 
Aqui é importante relembrar a regra para determinar quem 
será o Desembargador responsável por escrever o acórdão. Essa 
responsabilidade caberá ao relator nos processos em que a tese por ele 
levantada tiver sido a vencedora. Lembre-se de que o relator é o primeiro 
a votar, cabendo aos demais Desembargadores manifestar sua 
concordância ou discordância da sua tese. 
Caso o relator tenha sido derrotado, o redator designado será 
o revisor, ou o Desembargador que primeiro divergiu, apresentando nova 
tese acerca do feito. 
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Caso o redator não possa assinar o acórdão, a 
responsabilidade recairá sobre o Presidente do órgão julgador. Os 
parágrafos do art. 171 trazem as regras relacionadas à substituição dos 
presidentes. 
 
Art. 172 - Assinados, os acórdãos serão publicados em sessão e 
suas conclusões e ementas remetidas eletronicamente pelo Gabinete do 
Desembargador Relator ou prolator à respectiva Secretaria para 
publicação no órgão oficial, no prazo de 48 horas da sessão de 
julgamento. 
Parágrafo Único - Deverá constar da publicação, além da ementa e 
conclusão do acórdão, a espécie do recurso, o número do processo, assim 
como os nomes do Desembargador Relator do feito, das partes e de seus 
procuradores. 
Art. 173 - Os acórdãos terão ementa contendo verbetação e 
dispositivo que, resumidamente, indiquem a tese jurídica que prevaleceu 
no julgamento. 
A publicação do acórdão na imprensa oficial é obrigatória. O 
prazo para recursos, por exemplo, só começará a correr a partir da 
publicação da decisão. Esse procedimento é de responsabilidade da 
Secretaria do órgão julgador, que não poderá fazer correções ou 
modificações de qualquer espécie. 
Na publicação devem constar várias informações: conclusão 
do acórdão, espécie de recurso, número do processo, nome do relator, 
das partes e seus advogados. 
Além disso, o acórdão deve conter a ementa. Você sabe o que 
é a ementa? Trata-se de uma parte do acórdão que vem logo no início, 
indicando palavras-chave que ajudarão você a compreender facilmente o 
que ocorreu no julgamento. Abaixo alguns exemplos retirados da 
Jurisprudência do STF. 
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Minha intenção não é que você compreenda perfeitamente o 
que o STF julgou, ok? É somente dar um exemplo de como é a 
organização das ideias numa ementa. Por favor mantenha a sanidade - 
 
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE 
ALIMENTOS. IMPOSSIBILIDADE DO EXAME DA LEGISLAÇÃO 
INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. 
AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 
 
AGRAVO REGIMENTAL. CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO 
SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS. CUMULATIVIDADE. 
CRÉDITO EXTEMPORÂNEO. ESCRITURAÇÃO. CORREÇÃO 
MONETÁRIA. CABIMENTO. Segundo jurisprudência desta Corte, a 
aplicação de correção monetária aos créditos escriturais do IPI 
utilizados ou registrados tardiamente depende de lei autorizadora 
ou de prova quanto ao obstáculo injustamente posto pelas 
autoridades fiscais à pretensão do contribuinte. No caso em 
exame, o Tribunal de origem reconheceu expressamente a 
conduta injusta da administração, representada pela negativa ao 
creditamento dos valores recolhidos na aquisição de embalagens 
plásticas destinadas a acondicionamento de alimentos. Agravo 
regimental ao qual se nega provimento. 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO. I.C.M.S. 
FORNECIMENTO DE ALIMENTOS E BEBIDAS EM BARES E 
RESTAURANTES. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. BASE DE CÁLCULO. 
LEI Nº 9.884, DE 26 DE DEZEMBRO DE 1991, DO ESTADO DO 
PARANÁ. Constitucionalidade. Firmou-se a jurisprudência do 
Supremo Tribunal Federal, no sentido de que o ICMS pode incidir 
sobre o valor total da operação de fornecimento de alimentos e 
bebidas em bares e restaurantes, desde que tal base de cálculo 
seja prevista em Lei. Precedentes de ambas as Turmas do S.T.F. 
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R.E. conhecido e provido para restabelecimento da sentença de 1º 
grau. 
 
As ementas não são usadas somente nos acórdãos, mas 
também em outros tipos de decisão, e às vezes até em súmulas dos 
Tribunais Superiores. 
Caso o Desembargador cujo voto foi vencido assim o deseje, 
poderá incluir no acórdão também a justificativa do seu voto. 
 
Art. 177 - O representante do Ministério Público do Trabalho 
consignará seu "ciente" nos acórdãos prolatados nos processos em que o 
Órgão do Ministério Público do Trabalho seja parte ou tenha oficiado nos 
autos, mediante parecer circunstanciado. 
O membro do MPT que atuou no processo deve também 
manifestar sua concordância com o teor do acórdão. Se não for possível 
REWHU� HVVH� ³FLHQWH´�� GHYH� FRQVWDU� QR� DFyUGmR� SXEOLFDGR� R� QRPH� GR�
Procurador do Trabalho que atuou na sessão de julgamento. 
 
 
 
 
 
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6. RESUMO DO CONCURSEIRO 
 
FEITOS CUJO 
JULGAMENTO É 
PREFERENCIAL 
Dissídios Coletivos 
Embargos de Declaração 
habeas corpus 
Mandados de Segurança 
Outros processos para os quais a preferencia 
seja concedida, a requerimento de uma das 
partes. 
 
FEITOS CUJO JULGAMENTO INDEPENDE DE PUBLICAÇÃO 
E INCLUSÃO EM PAUTA 
- HABEAS CORPUS 
 
- EMBARGOS DE DECLARAÇÃO 
- CONFLITO DE COMPETÊNCIA 
- AGRAVO REGIMENTAL 
- MATÉRIA ADMINISTRATIVA E 
PROCESSO ADMINISTRATIVO 
Exceto Processo Administrativo 
Disciplinar (PAD) e Recurso em Matéria 
Administrativa (RMA). 
 
Quando não for possível concluir o julgamento de um processo 
na sessão designada, este permanecerá em pauta, independentemente 
de nova publicação, conservando a mesma ordem, com preferência sobre 
os demais, para julgamento nas sessões seguintes. 
 
O Tribunal poderá, a requerimento de qualquer dos 
Desembargadores do Trabalho, e pelo voto da maioria dos 
presentes, transformar as sessões em reservadas. 
 
 
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Na ausência ou impedimento do Presidente do órgão 
julgador, a sessão será presidida pelo Desembargador mais antigo. No 
Pleno, entretanto, o substituto do Presidente é o Vice-Presidente do 
Tribunal, e apenas na falta deste a presidência da sessão será exercida 
pelo Desembargador mais antigo. 
 
Aberta a sessão, na hora regimental, e não havendo número 
para deliberar, aguardar-se-á por 15 (quinze) minutos a formação do 
quorum. Persistindo a falta de número, a sessão transferida para o 
próximo dia útil desimpedido, independentemente de notificação das 
partes. 
 
SESSÕES DO PLENO, SEÇÕES ESPECIALIZADAS E TURMAS 
ORDEM DOS TRABALHOS 
Verificação do 
número de 
Desembargadores 
presentes 
Æ 
Discussão e 
aprovação da ata 
da sessão 
anterior. 
Æ 
Julgamento dos 
processos da 
pauta. 
Julgamento de 
matéria e processos 
administrativos. 
Æ Comunicações e 
propostas. 
Æ Expedientes. 
 
A partir do pregão, nenhum Desembargador poderá retirar-
se do recinto sem autorização do Presidente. 
 
A regra geral é de que as decisões sejam tomadas pelos 
órgãos julgadores com o quórum de maioria simples. A 
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, entretanto, só pode ser 
declarada por voto da maioria absoluta dos membros do Pleno. 
 
 
 
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Na matéria jurisdicional, o Presidente do Tribunal somente 
terá voto de desempate, exceto quando houver declaração de 
inconstitucionalidade e na votação de uniformização de 
jurisprudência. Na apreciação de matéria administrativa, o 
Presidente do Tribunal participará da votação juntamente com os demais 
Desembargadores, e cabe a ele também proferir o voto de desempate. 
 
Caso haja empate em julgamento da Turma, o Vice-
Presidente do Tribunal ou o Desembargador que estiver exercendo a 
Vice-Presidência, na data em que se verificou o empate, será convocado 
para proferir voto de desempate. 
 
Normalmente o acórdão é redigido pelo Relator. Caso este 
tenha sido vencido na matéria considerada principal, o redator será o 
Revisor. Se ambos forem vencidos, o redator será o Desembargador 
que primeiro divergiu do Relator em favor da tese vencedora. 
 
É perfeitamente possível que o Desembargador modifique 
seu voto, desde que o faça antes da proclamação do resultado do 
julgamento. 
 
INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA 
PROCEDIMENTO COMENTÁRIOS 
§ 2º - O incidente pode ser suscitado por 
qualquer das partes, pelo Ministério 
Público do Trabalho ou por qualquer dos 
julgadores, pressupondo, nos dois 
primeiros casos, divergência jurisprudencial 
já configurada. 
O espectro de legitimidade para suscitar o incidente 
é bastante amplo. São legítimos tanto as partes 
quanto o Ministério Público e os julgadores. 
Perceba, entretanto, que as partes e o MP somente 
podem levantar o incidente quando já houver 
divergência no Tribunal. Não se trata de 
divergência que surge naquele julgamento, mas de 
uma divergência que já existe, relacionada ao 
assunto do julgamento. 
§ 3º - O Desembargador somente poderá 
suscitar o incidente ao proferir seu voto. 
Antes dos votos, é muito difícil identificar a 
existência da divergência, pois os Desembargadores 
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ainda não começaram a efetivamente decidir. 
§ 4º - Quando suscitado pela parte, a 
petição, devidamente fundamentada, poderá 
ser apresentada até o momento da 
sustentação oral, competindo ao órgão 
julgador apreciar preliminarmente o 
requerimento. 
Você lembra em que momento ocorre a sustentação 
oral? Ela pode ser feita ainda no início do 
julgamento, logo após a leitura do relatório. 
§ 5º - Uma vez verificado o dissídio 
jurisprudencial pelo Colegiado, cumpre-lhe 
dar sequência ao incidente, lavrando o 
acórdão pertinente o relator do recurso; se 
vencido, o autor do primeiro voto vencedor. 
Uma vez levantado o incidente, o órgão julgador 
votará e, reconhecendo a divergência, lavrará o 
acórdão. Perceba que esse acórdão diz respeito à 
divergência, e não à questão principal. O acórdão 
será lavrado pelo relator da questão principal ou, se 
ele tiver sido vencido, pelo primeiro Desembargador 
que proferiu o voto vencedor. 
§ 6º - A determinação de remessa ao 
Tribunal Pleno é irrecorrível, assegurada às 
partes a faculdade de sustentação oral por 
ocasião do julgamento. 
 
§ 7º - Será relator no Tribunal Pleno o 
Desembargador que haja redigido o acórdão 
proferido no incidente, desde que o integre. 
O redator do acórdão que reconheceu a divergência 
será o relator do incidente perante o Pleno. 
§ 8º - Os autos serão remetidos à 
Comissão de Jurisprudência, para exarar 
parecer, no prazo de trinta dias. Decorrido 
este prazo, independentemente de parecer, 
os autos serão conclusos ao Desembargador 
Relator para visto e liberação para inclusão 
em pauta, ainda que rejeitada a proposta 
pela Comissão. 
Primeiramente a Comissão de Jurisprudência 
elaborará seu parecer, e somente depois os autos 
serão entregues ao relator. 
§ 9º - Entre o dia da publicação da pauta e o 
do julgamento, mediará prazo não inferior a 
quarenta e oito horas, devendo a 
Secretaria do Tribunal Pleno remeter cópias 
do acórdão e do parecer da Comissão de 
Jurisprudência aos demais Desembargadores 
da Corte, via correio eletrônico. 
O julgamento do incidente de uniformização de 
jurisprudência é uma ocasião muito importante, 
porque cristaliza o entendimento do Tribunal em 
torno de matérias importantes. Por essa razão, deve 
haver pelo menos 2 dias entre a inclusão do feito em 
pauta e o julgamento. Durante esse prazo, o parecer 
da comissão deve ser enviado aos Desembargadores 
para que eles possam estudar o assunto. 
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§ 10 - Como matéria preliminar, o Tribunal 
Pleno decidirá sobre a configuração ou não 
do dissenso jurisprudencial, passando, caso 
admitido, a deliberar sobre as teses em 
conflito. 
O Pleno precisa primeiramente apreciar o 
reconhecimento da divergência. Somente depois que 
a divergência for reconhecida é que haverá 
deliberação sobre qual será a tese adotada. 
§ 11 - A decisão do Tribunal Pleno sobre 
o tema é irrecorrível, cabendo ao órgão 
julgador no qual foi suscitado o incidente 
aplicar à espécie, quando da sequência do 
julgamento, a interpretação fixada. 
A partir do momento em que o Pleno decidir qual 
será a interpretação aplicada, o processo será 
devolvido ao órgão fracionário onde foi levantado o 
incidente, e este estará obrigado a aplicar o 
entendimento adotado. 
§ 12 - O julgamento do Tribunal Pleno, 
tomado pelo voto da maioria absoluta dos 
membros que o integram, será objeto de 
Súmula e constituirá precedente na 
uniformização da jurisprudênciapredominante. 
O entendimento adotado pelo Pleno por maioria 
absoluta dará origem à edição de Súmula. 
§ 13 - Se não for alcançada a maioria 
absoluta necessária à aprovação da súmula, 
estando ausentes Magistrados em número 
que possa influir no resultado do julgamento, 
este será suspenso, a fim de aguardar-se o 
comparecimento dos Magistrados ausentes, 
em férias ou licença, ou o provimento de 
vagas, se houver, obtidos os votos dos 
presentes. 
 
§ 14 - Será remetida à Comissão de 
Jurisprudência certidão da decisão tomada 
por maioria absoluta do Tribunal em sede de 
incidente de uniformização de jurisprudência, 
competindo-lhe propor texto de enunciado 
ao Tribunal Pleno, no prazo de trinta dias. 
Decorrido este prazo, a matéria será 
apreciada na sessão seguinte do Tribunal 
Pleno, por provocação de qualquer dos 
Desembargadores Federais do Trabalho, 
independentemente da emissão de parecer. 
A decisão será enviada à comissão, e esta fará 
proposta em 30 dias do texto que será adotado pela 
Súmula do Tribunal. 
§ 15 - Poderá ser objeto de apreciação O incidente também pode ser levantado quando 
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incidente de uniformização harmônico com 
matéria já consubstanciada em Enunciado da 
Súmula, orientação Jurisprudencial ou 
Precedente Normativo do Tribunal Superior 
do Trabalho. 
houver divergência de decisão entre o Tribunal e o 
Tribunal Superior do Trabalho. 
 
 
 
 
 
 
A seguir estão as questões sobre os assuntos da aula de hoje. 
Se surgir alguma dúvida, estou à disposição no fórum e no e-mail. 
 
Grande abraço! 
 
Paulo Guimarães 
pauloguimaraes@estrategiaconcursos.com.br 
www.facebook.com/pauloguimaraesfilho 
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7. QUESTÕES COMENTADAS 
 
1. TRT 22ª Região (PI) ± Técnico Judiciário ± 2010 ± FCC. De 
acordo com o Regimento, nas sessões de julgamento, apregoado o 
processo, o Relator fará uma exposição circunstanciada da causa. Findo o 
relatório e ouvido o revisor, o Presidente dará a palavra aos advogados 
das partes para sustentação oral, por 
 
a) 10 minutos cada. 
b) 15 minutos cada. 
c) 20 minutos cada. 
d) 25 minutos cada. 
e) 30 minutos cada. 
 
COMENTÁRIOS: O tempo normal para a sustentação oral é de 15 
minutos para cada um dos advogados, nos termos do art. 133-A, I, do 
Regimento Interno. Se houver litisconsórcio (mais de um réu ou mais de 
um autor) e cada litisconsorte tiver seu próprio advogado, o tempo será 
dividido entre eles. Nesse caso, o tempo total pode se estender até 20 
minutos 
 
GABARITO: B 
 
 
2. TRT 22ª Região (PI) ± Técnico Judiciário ± 2010 ± FCC 
(adaptada). Quanto às Sessões de julgamento, estabelece o Regimento 
Interno que o Desembargador Federal do Trabalho não poderá modificar o 
voto já proferido, ainda que antes de proclamada a decisão. 
 
COMENTÁRIOS: Na aula de hoje você aprendeu que a reconsideração do 
voto é perfeitamente possível, desde que feita antes de o Presidente 
proclamar a decisão do julgamento. 
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GABARITO: E 
 
 
3. TRT 21ª Região (RN) ± Analista Judiciário ± 2010 ± Cespe. Em 
uma sessão de julgamento, caso o relator do processo seja vencido, findo 
o julgamento, o presidente deverá proclamar a decisão e redigir o 
acórdão. 
 
COMENTÁRIOS: O Regimento Interno determina que, concluído o 
julgamento, o Presidente proclamará a decisão, designando para redigir o 
acórdão o Relator ou, se o voto deste tiver sido vencido, o Revisor. Se 
vencidos ambos, o redator será o Desembargador que primeiro tenha 
votado nos termos da conclusão vencedora. 
 
GABARITO: E 
 
 
4. TRT 21ª Região (RN) ± Técnico Judiciário ± 2010 ± Cespe. Caso 
as pautas de julgamento do TRT/8ª Região sejam afixadas no quadro de 
editais com antecedência de cinco dias, ficará dispensada a respectiva 
publicação no órgão oficial. 
 
COMENTÁRIOS: A pauta sempre precisa ser publicada na imprensa 
oficial. Além disso, é necessário que a pauta seja afixada no quadro de 
editais do Tribunal, até a antevéspera da sessão. Uma coisa não tem nada 
a ver com a outra... 
 
GABARITO: E 
 
 
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5. TRT 5a Região (BA) ± Analista Judiciário ± 2008 ± Cespe. Nas 
sessões dos órgãos do TRT, pode-se permitir aos advogados proceder à 
sustentação oral. Caso um advogado, durante essa sustentação, se 
conduza de maneira desrespeitosa ou, por qualquer motivo, inadequada, 
o presidente do órgão julgador cassará a sua palavra. 
 
COMENTÁRIOS: O Presidente tem a prerrogativa de cassar a palavra do 
advogado que, em sustentação oral, conduzir-se de maneira 
desrespeitosa ou, por qualquer motivo, inadequada, nos termos do art. 
133-A, V, do Regimento Interno. 
 
GABARITO: C 
 
 
6. TJ-CE ± Titular de Serviços de Notas e Registros ± 2011 ± IESES 
(adaptada). Será objeto de súmula a matéria decidida por maioria 
absoluta do Tribunal Pleno em incidente de uniformização de 
jurisprudência. 
 
COMENTÁRIOS: O julgamento do Tribunal Pleno, tomado pelo voto da 
maioria absoluta dos membros que o integram, será objeto de Súmula e 
constituirá precedente na uniformização da jurisprudência predominante, 
nos termos do art. 163, §12 do Regimento Interno. 
 
GABARITO: C 
 
 
7. TRE-MT ± Analista Judiciário ± 2010 ± Cespe (adaptada). 
Realizado o julgamento do processo, caberá sempre ao relator, 
independentemente de o seu voto ter sido vencedor ou vencido, 
apresentar a redação do acórdão. 
 
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COMENTÁRIOS: Você já está cansado de saber que nem sempre o 
relator será o responsável pela redação do acórdão. Se seu voto tiver sido 
vencido, o acórdão será redigido pelo revisor (quando houver). Se este 
também tiver sido vencido, o redator será o primeiro Desembargador que 
proferiu voto no sentido da tese vencedora. 
 
GABARITO: E 
 
 
8. TRE-ES ± Técnico Judiciário ± 2011 ± Cespe. Todas as sessões 
desse tribunal devem ser públicas, vedadas deliberações em sessão 
reservada. 
 
COMENTÁRIOS: O Tribunal Pleno, a Seção Especializada ou as Turmas, 
a requerimento de qualquer dos Desembargadores, e pelo voto da 
maioria dos presentes, poderá transformar as sessões em reservadas. 
 
GABARITO: E 
 
 
9. TJDFT ± Analista Judiciário ± 2008 ± Cespe (adaptada). Uma das 
turmas do TRT, durante sessão ordinária, julgou apenas 18 dos 48 feitos 
incluídos na respectiva pauta.

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