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05/02/2022 07:28 Thomson Reuters ProView - Plenário do Tribunal do Júri - Ed. 2022
https://proview.thomsonreuters.com/title.html?redirect=true&titleKey=rt%2Fmonografias%2F250585410%2Fv2.3&titleStage=F&titleAcct=i0ad82d… 1/2
PLENÁRIO DO TRIBUNAL DO JÚRI
Autores
Rodrigo Faucz Pereira e Silva
Daniel Ribeiro Surdi de Avelar
Thomson Reuters Brasil
Juliana Mayumi Ono
Diretora responsável
© desta edição [2022]
Av. Dr. Cardoso de Melo, 1855 – 13º andar - Vila Olímpia
CEP 04548-005, São Paulo, SP, Brasil
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. Proibida a reprodução total ou parcial,
por qualquer meio ou processo, especialmente por sistemas gráficos,
microfílmicos, fotográficos, reprográficos, fonográficos, videográficos. Vedada a
memorização e/ou a recuperação total ou parcial, bem como a inclusão de
qualquer parte desta obra em qualquer sistema de processamento de dados.
Essas proibições aplicam-se também às características gráficas da obra e à sua
editoração. A violação dos direitos autorais é punível como crime (art. 184 e
parágrafos, do Código Penal), com pena de prisão e multa, conjuntamente com
busca e apreensão e indenizações diversas (arts. 101 a 110 da Lei 9.610, de
19.02.1998, Lei dos Direitos Autorais).
Os autores gozam da mais ampla liberdade de opinião e de crítica, cabendo-
lhes a responsabilidade das ideias e dos conceitos emitidos em seus trabalhos.
Central de Relacionamento Thomson Reuters Selo Revista dos Tribunais
(atendimento, em dias úteis, das 09h às 18h)
Tel. 0800.702.2433
e-mail de atendimento ao consumidor: sacrt@thomsonreuters.com
e-mail para submissão dos originais: aval.livro@thomsonreuters.com
mailto:sacrt@thomsonreuters.com
mailto:aval.livro@thomsonreuters.com
05/02/2022 07:28 Thomson Reuters ProView - Plenário do Tribunal do Júri - Ed. 2022
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Visite nosso site: www.livrariart.com
Profissional
Fechamento desta edição: [09.12.2021]
ISBN 978-65-5991-347-3
mailto:www.thomsonreuters.com.br
http://www.livrariart.com/
05/02/2022 07:29 Thomson Reuters ProView - Plenário do Tribunal do Júri - Ed. 2022
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05/02/2022 07:29 Thomson Reuters ProView - Plenário do Tribunal do Júri - Ed. 2022
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Expediente
Diretora de Conteúdo e Operações Editoriais
Juliana Mayumi Ono
Gerente de Conteúdo
Milisa Cristine Romera
Editorial: Aline Marchesi da Silva, Camilla Sampaio, Diego Garcia Mendonça, Emanuel Silva,
Karolina de Albuquerque Araújo Martino e Quenia Becker
Gerente de Conteúdo Tax: Vanessa Miranda de M. Pereira
Direitos Autorais: Viviane M. C. Carmezim
Assistente de Conteúdo Editorial: Juliana Menezes Drumond
Analista de Conteúdo Editorial Júnior: Bárbara Baraldi
Estagiárias: Ana Amalia Strojnowski, Mariane Cordeiro e Mirna Adel Nasser
Produção Editorial
Gerente de Conteúdo
Andréia R. Schneider Nunes Carvalhaes
Especialistas Editoriais: Gabriele Lais Sant’Anna dos Santos e Maria Angélica Leite
Analista de Projetos: Thyara Pina da Silva
Analistas de Operações Editoriais: Caroline Vieira, Damares Regina Felício, Danielle Castro de
Morais, Mariana Plastino Andrade, Mayara Macioni Pinto, Patrícia Melhado Navarra e Vanessa
Mafra
Analistas de Qualidade Editorial: Ana Paula Cavalcanti, Fernanda Lessa, Gabriela Cavalcante
Lino e Victória Menezes Pereira
Estagiárias: Bianca Satie Abduch, Gabrielly N. C. Saraiva, Maria Carolina Ferreira e Sofia
Mattos
Capa: Linotec
Líder de Inovações de Conteúdo para Print
Camilla Furegato da Silva
Equipe de Conteúdo Digital
Coordenação
Marcello Antonio Mastrorosa Pedro
Analistas: Gabriel George Martins, Jonatan Souza, Maria Cristina Lopes Araujo e Rodrigo
Araujo
Gerente de Operações e Produção Gráfica
Mauricio Alves Monte
05/02/2022 07:29 Thomson Reuters ProView - Plenário do Tribunal do Júri - Ed. 2022
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Analistas de Produção Gráfica: Aline Ferrarezi Regis e Jéssica Maria Ferreira Bueno
Assistente de Produção Gráfica: Ana Paula de Araújo Evangelista
05/02/2022 07:29 Thomson Reuters ProView - Plenário do Tribunal do Júri - Ed. 2022
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Degustação da obra
Presidir ou participar de um julgamento perante o Tribunal do Júri é algo que
inicia muito antes da instalação da sessão. O chamado “estado de júri”, como bem
pontuava Evandro Lins e Silva, não é sintoma que atinge unicamente o advogado
na tribuna da defesa, pois todos em plenário passam a fazer parte do “drama da
vida real” que ali ganha o seu epílogo1.
Contudo, um longo caminho deve ser percorrido até que o processo, mesmo
após a pronúncia, possa alcançar o julgamento em plenário. Conforme uma
pesquisa divulgada pelo CNJ2, mais da metade das sessões plenárias agendadas
para o ano de 2018 foram adiadas. Tal dado ressalta a necessidade de que
medidas prévias sejam estudadas e observadas evitando o adiamento das
sessões, bem como que outras sejam consideradas durante os julgamentos com o
intuito de evitar futuras nulidades.
Diante disso, procuraremos neste capítulo trazer um pouco da nossa
experiência no Tribunal do Júri, buscando identificar a prática de atos preparatórios
que possam propiciar que a sessão plenária ocorra de maneira adequada e com o
mínimo de problemas.
1.1. Reunião x sessão
Fundamental, desde já, diferenciar os conceitos de reunião e sessão do
Tribunal do Júri. As reuniões ordinárias ocorrem dentro de um espaço de tempo
determinado pela organização judiciária (reunião do mês de agosto, ou ainda, da
primeira quinzena de agosto, por exemplo). Nessas reuniões ordinárias podem
ocorrer diversas sessões. Sessões são os julgamentos propriamente ditos. Em
regra, é agendado um julgamento (sessão) por dia, no entanto, considerando a
complexidade do processo que será julgado (números de testemunhas, acusados,
entre outros), o juiz poderá reservar mais de um dia para a mesma sessão; ou,
eventualmente, até realizar duas sessões no mesmo dia ( CPP, art. 452).
1.2. Organização da pauta
O Código de Processo Penal disciplina no art. 429 a ordem dos julgamentos
que, salvo motivo relevante, deverá ser observada. Assim, terão preferência de
pauta: (i) os acusados presos; (ii) dentre os acusados presos, aqueles que
estiverem há mais tempo na prisão; e (iii) em igualdade de condições, os
precedentemente pronunciados.
São exemplos de motivos relevantes para a alteração da pauta de julgamento:
“o julgamento de um acusado solto, mas que esteja com prazo prescricional
próximo de ser atingido, em detrimento de um acusado preso, suja prescrição
esteja longínqua”3; o cumprimento de pautas temáticas e mutirões recomendados
pelo Conselho Nacional de Justiça (ex vi julgamentos envolvendo feminicídios)4.
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05/02/2022 07:29 Thomson Reuters ProView - Plenário do Tribunal do Júri - Ed. 2022
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A legislação ainda disciplina que, dentro da mesma reunião periódica, o juiz
presidente reserve datas para a inclusão de processo que, por qualquer motivo,
teve o julgamento adiado. Porém, na realidade prática, a reserva de datas
dificilmente ocorre, devido ao acúmulo de processos já preparados ( CPP, art. 
431) para inclusão em pauta, especialmente em varas privativas onde os
magistrados cumulam a competência para atuar na fase investigativa, no sumário
de culpa e no juízo da causa.
Contudo, caso o magistrado anteveja que um dos julgamentos pautados pode
correr o risco de não se realizar, nada impede que, desde já, reserve uma data
extra para eventual remarcação.
Observando-se os critérios acima, o juiz presidente tem liberdade para distribuir
os júris nas datas designadas para a reunião ordinária ou extraordinária,
adequando-os à rotina de trabalho e atentando para as peculiaridades dos casos
concretos.
Caso haja concordância das partes, é possível que o mesmo Conselho de
Sentença aprecie mais de um processo no mesmo dia ( CPP, art. 452).
Nessa hipótese, geralmente o Ministério Público antecipa ao juízo que solicitará a
absolvição do acusado em plenário, tornando assim possível a realização de um
julgamento pela manhã e outro no período da tarde, renovando-se o compromisso
dos membros do Conselho de Sentença. Caso assim seja, além de recomendar-se
que não seja o mesmo promotor de justiça que exerça a acusação em ambos os
júris, também não se pode permitir qualquer argumentação cruzada entre os
casos5, sob pena de violação dos princípios constitucionais da plenitude de
defesa, da presunção de inocência e do devido processo legal em um dos casos.
 
1
.LINS E SILVA, Evandro. A defesa tem a palavra, 2ª. ed. rev. e ampl. Rio de
Janeiro: Aide Editora: 1984, p. 17.
2
.Diagnóstico das Ações Penais de Competência do Tribunal do Júri (2019) e
que atualmente consta do Manual do CNJ para a Gestão Processual no Tribunal
do Júri, elaborado pelo magistrado Fabrício Castagna Lunardi, sendo um dos
resultados alcançados pelo Grupo de trabalho para Otimização de Julgamentos do
Tribunal do Júri (Portaria 36/2019), coordenado pelo Min. Rogerio Schietti Cruz.
Disponível em: https://bit.ly/3hIXBWA. Acesso em 29 de jul. de 2020.
3
.CUNHA, Rogério Sanches; PINTO, Ronaldo Batista. Tribunal do júri. Salvador:
Juspodivm: 2015, p. 161. BADARÓ, Gustavo Henrique Righi Ivahy. As reformas no
processo penal. As novas Leis de 2008 e os projetos de reforma. Coord. Maria
Thereza Rocha de Assis Moura. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2008,
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05/02/2022 07:29 Thomson Reuters ProView - Plenário do Tribunal do Júri - Ed. 2022
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p. 120. Consoante esclarece Badaró, o direito a um julgamento em prazo razoável
também deve atingir o acusado solto (CR, art. 5º., LXXVIII e CADH, art. 8.1) e, “(...)
a dificuldade ou a falta de pauta para a realização de sessões de julgamento não
será justificativa para que o Estado se exima do dever de julgar em prazo razoável,
posto que a existência de tal direito implica o dever do Estado de criar e aparelhar
os órgãos do Poder Judiciário de forma a ter condições de dar uma adequada e
efetiva prestação jurisdicional no prazo razoável, em cumprimento a esse dever
fundamental. A violação de tal direito, por falta de aparelhamento estatal, gera o
dever de indenizar por parte do Estado”. (Ibid., p. 121).
4
.CNJ, : “Art. 2º. Recomendar ao Superior Tribunal de Justiça, bem como aos
Tribunais de Justiça e Tribunais Regionais Federais, que, no mês do Tribunal do
Júri, instituído por este CNJ, promovam no âmbito de suas Turmas e Câmaras
mutirão para julgamento de processos de competência do Tribunal do Júri”.
5
.O membro do Ministério Público, ao pedir a absolvição no primeiro júri, jamais
poderá utilizar tal fato como argumento para requerer a condenação no outro
julgamento. Por isso, desde já, reafirma-se a importância de que as sessões sejam
gravadas em sua integralidade (principalmente os debates, conforme será
discutido posteriormente). Trata-se de proteção não apenas aos princípios
constitucionais já mencionados, como também do princípio da lealdade processual
e da paridade de armas. O pedido de absolvição em uma mesma reunião pela
acusação, por si só, já caracteriza uma vantagem competitiva em detrimento dos
acusados julgados posteriormente. Sendo assim, é necessário que as partes no
Processo Penal atuem com responsabilidade e dentro de um fair play processual.
05/02/2022 07:29 Thomson Reuters ProView - Plenário do Tribunal do Júri - Ed. 2022
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Ficha catalográfica
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Silva, Rodrigo Faucz Pereira e
Plenário do Tribunal do Júri [livro eletrônico] / Rodrigo Faucz Pereira e Silva, Daniel Ribeiro
Surdi de Avelar. -- 2. ed. -- São Paulo : Thomson Reuters Brasil, 2022.
6 Mb ; ePub
2. ed. em e-book baseada na 2. ed. impressa.
Bibliografia
ISBN 978-65-5991-347-3
1. Brasil. Supremo Tribunal Federal 2. Brasil. Supremo Tribunal Federal - Jurisprudência 3. Júri
- Brasil 4. Plenário I. Avelar, Daniel Ribeiro Surdi de. II. Título.
22-97641 CDU-347.991(81)
Índices para catálogo sistemático:
1. Brasil : Supremo Tribunal Federal : Direito
347.991(81)
Maria Alice Ferreira - Bibliotecária - CRB-8/7964
05/02/2022 07:30 Thomson Reuters ProView - Plenário do Tribunal do Júri - Ed. 2022
https://proview.thomsonreuters.com/title.html?redirect=true&titleKey=rt%2Fmonografias%2F250585410%2Fv2.3&titleStage=F&titleAcct=i0ad82d… 1/1
Dedicatória
Para a minha (ainda) pequena e amada Helena que, em meio a tudo o que se passa, está
aprendendo a ler…
E, para Soraya, pela paciência, amor e incentivo diuturno que tornaram possível a edificação
dessa obra (por Daniel)
Para a minha amada esposa Priscilla Kavalli, que tornou todo esse tempo em serenidade...
(por Rodrigo)
05/02/2022 07:30 Thomson Reuters ProView - Plenário do Tribunal do Júri - Ed. 2022
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Agradecimentos
Por DANIEL RIBEIRO SURDI DE AVELAR
Com a humildade de afirmar que a presente obra é o início de um diálogo e uma pequena
contribuição na busca do aprimoramento sobre o Tribunal do Júri, nãoposso deixar de agradecer a
todos aqueles que, de uma forma ou de outra, propiciaram que tudo tivesse início e a primeira
palavra fosse lançada.
Agradeço, antes de tudo, à minha família, em especial minhas amadas Soraya e Helena Avelar,
que, dentro do isolamento que as circunstâncias sanitárias nos impõem, não mediram esforços
para que a presente obra pudesse ser construída.
É indispensável agradecer aos mestres que ajudaram a construir o meu modo de pensar o
Tribunal do Júri: Clèmerson Merlin Clève (orientador da minha dissertação), Jacinto Nelson de
Miranda Coutinho e René Ariel Dotti, estimados avaliadores que, com profundo conhecimento,
ajudaram a aparar as arestas e corrigir o que era necessário.
Sou grato, desde sempre, ao amigo Rodrigo Faucz, pelo convite para escrever a presente obra
e pelo constante diálogo sobre o Tribunal do Júri. É um permanente aprendizado poder conversar
com um profissional que verdadeiramente vive e entende o Tribunal do Júri.
Ao Prof. Dr. Luis Gustavo Grandinetti Castanho de Carvalho, destacado jurista e magistrado
indicado pela AMB para estudar e ajudar a aperfeiçoar o PLS n. 156/2009, muito obrigado por ter
prefaciado a obra.
De igual maneira, agradeço o estimado Prof. Roncaglio pela valiosa apresentação desta obra.
Suas aulas, caríssimo professor, foram sempre um estímulo ao estudo do direito e do processo
penal.
É imprescindível agradecer aos servidores do Tribunal do Júri, em especial, a minha dileta
assessoria que, com grande profissionalismo, dedicam grande parte da sua vida aos julgamentos
populares, tornando a 02ª Vara Privativa do Tribunal do Júri de Curitiba um modelo a ser seguido:
Francielle Kieling Surm, Chefe de Secretaria, e Janelice Puton, Técnica Judiciária, em nome de
quem agradeço a todos os serventuários e estagiários da vara; e aos meus assessores, Aruana
Paula Bileski, Rodolfo Mair Coelho, Paulo Rogério Pontes, Maria Isabelle de Carvalho Appel e
Eduarda Espanhol Borba.
Tenho muita gratidão aos juízes (de fato e de direito), promotores de justiça, advogados e
defensores públicos que labutam no Tribunal do Júri de Curitiba. Na pessoa do grande amigo e
brilhante magistrado Leonardo Bechara Stancioli e do combativo promotor de justiça Marcelo
Balzer Correia, consigno o meu agradecimento.
Agradeço, ainda, aos amigos de toda uma vida por sempre estarem ao meu lado e àqueles que
a vivência acadêmica me trouxe, em especial, aos professores da FAE, UTP e da Escola da
Magistratura do Paraná e aos meus alunos dos grupos de estudo.
No inverno e isolamento de 2020.
Agradeço também meus sócios e parceiros profissionais, Luiz Eduardo Roncaglio, Murillo,
Daniel, Larissa, Lorena, Victor, João Manoel e, sobremaneira, à minha sócia, prima e amiga
Lijeane. Ao Prof. Roncaglio especial gratidão não apenas por apresentar este livro, mas por todos
os inúmeros ensinamentos desde a época em que éramos colegas na UniBrasil e, atualmente,
sócios no escritório de advocacia. O Prof. Roncaglio, além de possuir uma mente privilegiada, é
um exemplo de retidão e ética, e nunca terei oportunidades suficientes para agradecer a parceria e
ensinamentos diários.
Agradeço também aos integrantes do NUPEJURI que tenho a honra de coordenar junto com
Daniel Avelar e Thaise Mattar Assad, bem como aos colegas professores, tanto da FAE quanto da
05/02/2022 07:30 Thomson Reuters ProView - Plenário do Tribunal do Júri - Ed. 2022
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UTP. Aos acadêmicos da graduação e das pós-graduações que leciono, também faço questão de
agradecer pelas questões trazidas e discutidas nas aulas.
Ao João Machado e Alanis Matzembacher, pelo auxílio na pesquisa de jurisprudência e outras
questões relacionadas ao livro.
Agradeço também o pronto aceite para prefaciar a obra por parte do Prof. Dr. Luis Gustavo
Grandinetti Castanho de Carvalho, jurista e Professor de qualidade ímpar.
Por fim, mas de igual importância, agradeço à Thomson Reuters Revista dos Tribunais, que eu
considero a editora mais importante à nível nacional pela sua história e dedicação com a qualidade
do conteúdo jurídico. Minha gratidão ao Prof. Gustavo Badaró por fazer à ponte de contato, e à
editora Aline Marchesi por acompanhar e auxiliar todas as fases da publicação.
Por RODRIGO FAUCZ PEREIRA E SILVA
Considero a gratidão um valor fundamental. Não constitucional, mas quase isso. Um valor que
nos permite reconhecer que sempre que conquistamos algo ou chegamos à algum lugar, não
fazemos isso sozinhos.
Primeiramente gostaria de agradecer à minha esposa Priscilla Kavalli, por ter não apenas me
auxiliado e incentivado nas últimas conquistas acadêmicas, mas também oportunizado discutir e
refletir sobre questões jurídicas essenciais, sempre com amor e lealdade. Obrigado por estar
sempre disposta a contribuir e debater diversas ideias que aqui se encontram.
Existem pessoas que mudam o rumo da nossa vida. E para eles tenho uma grande dívida de
gratidão. Marcelo Boldori e Ernani Bortolini, que me ensinaram sobre atuação no júri. Juntos
fizemos 30 júris – os 30 primeiros da minha carreira. O primeiro em 6 de fevereiro de 2004, o último
em 2010. Aprendi muito com eles, principalmente, a paixão pelo Instituto. Foi também o Ernani
quem me apresentou a vida acadêmica, convidando-me para lecionar logo após eu ter me
formado. Não podia esquecer de agradecer quem fez a ponte com essa dupla, meu querido Cirso
Teodoro.
Aos Professores Paulo Cesar Busato, Jacinto Nelson de Miranda Coutinho, Francisco do Rego
Monteiro Rocha e Daniel Ribeiro Surdi de Avelar, eu tenho a agradecer por sempre terem me
auxiliado e me presenteado com oportunidades acadêmicas únicas.
Aliás, na reflexão para o aperfeiçoamento de uma outra obra (o Manual de Tribunal do Júri, a
ser lançado no início do ano de 2021 pela Thomson Reuters Revista dos Tribunais), que surgiu o
lampejo do Dr. Daniel Avelar para desenvolvermos este projeto voltado especificamente ao
Plenário. Também por isso agradeço ao parceiro e amigo, não apenas por compartilhar um vasto
conhecimento prático, dogmático e histórico sobre júri comigo, mas também por ter reafirmado
aquilo que qualquer profissional do direito aqui do Paraná sabe: o juiz Daniel é um profissional
dedicado, preparado e, acima de tudo, um humanista preocupado com os valores constitucionais
democráticos.
05/02/2022 07:30 Thomson Reuters ProView - Plenário do Tribunal do Júri - Ed. 2022
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Nota dos autores – 2ª Edição
O ano de 2022 é o que marca o aniversário de 200 anos do Tribunal do Júri no ordenamento
jurídico brasileiro. O júri foi instituído por um Decreto de 18 de junho de 1822. Trata-se da
instituição mais democrática no sistema judiciário brasileiro, em que a própria comunidade afetada
pelo crime decide sobre o fato, em um procedimento pautado pela oralidade.
Apesar de inúmeras críticas que enfrenta, cada vez mais solidificamos nosso entendimento de
que o juízo por jurados carrega uma série de vantagens em relação à justiça profissional, como a
legitimidade social, a quantidade de julgadores e, principalmente, a imediatidade probatória.
Revivescendo a tradição da Thomson Reuters Revista dos Tribunais sobre a matéria,
publicamos as obras “Plenário do Tribunal do Júri” e “Manual do Tribunal do Júri” em 2020 e 2021.
O retorno de vendas, aceitação e citações foi melhor do que esperávamos. Desta forma, a
2ª edição restou obrigatória face a 2ª tiragem do “Plenário” também já encontrar-se esgotada. A
2ª edição do “Manual” deve sair também até o meio de 2022. Ambos são, frutos de décadas de
estudos dedicados ao júri, tanto pela abordagem profissional quanto acadêmica.
Para esta 2ª edição, além de uma minuciosa revisão e atualização, aprofundamos e abordamos
algumas ideias sobre, por exemplo, o abandono de plenário, o selecionamento de jurados, avirtualização do julgamento em plenário, o reconhecimento de pessoas, a limitação argumentativa
pela legítima defesa da honra, a denominada Lei Mariana Ferrer, além de termos revisto nosso
modelo de quesitação em relação ao dolo eventual e culpa. Também preparamos um índice
sistemático para facilitar a busca dos temas.
Jamais podemos esquecer de que todo procedimento do júri, ao estar sistematicamente
posicionado como uma garantia constitucional no art. 5º, precisa ser interpretado por este viés.
Por último, agradecemos nesta 2ª edição, além de todos aqueles que já estão nos
“Agradecimentos” originais, alguns que colaboraram e/ou somaram nas discussões e reflexões
sobre o júri desde a 1ª edição e que merecem ser lembrados, como: Isabela Bueno, Denis
Sampaio, Kauana Kalache, André Peixoto, Priscila Palmeiro, Jader Marques, Janira Rocha e
Alexandre Morais da Rosa.
05/02/2022 07:30 Thomson Reuters ProView - Plenário do Tribunal do Júri - Ed. 2022
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Nota dos autores – 1ª Edição
No começo do ano de 2021, será lançada por esta mesma editora o “Manual do Tribunal do
Júri”. Nesse intuito, inclusive, que começamos a escrever em conjunto. No entanto, percebemos
que faltava na bibliografia do Tribunal do Júri brasileiro alguma obra que pudesse contribuir, de
imediato, para o aumento da qualidade da decisão dos jurados, enfrentando aspectos da
legislação atual – já parcialmente sedimentada pela jurisprudência – e recomendações do
Conselho Nacional de Justiça.
Sendo assim, desenvolvemos um olhar específico para o Plenário, de forma que compilamos
uma gama de elementos para propor que o júri brasileiro possa responder aos anseios de justiça.
E dizemos justiça como sendo a responsabilização daqueles que efetivamente precisam ser
responsabilizados; sem que isso reflita na mitigação de valores constitucionais ou no atropelo de
garantias. Percebemos que o aumento da qualidade das decisões certamente fará com que
aqueles que precisam ser condenados, continuem sendo, mas a partir de um julgamento imparcial
e justo, calcado nas provas sustentadas perante os juízes naturais.
O presente trabalho é fruto de inúmeras pesquisas empíricas e doutrinárias que nos
acompanharam desde a graduação até as pós-graduações que cursamos. Mas também é fruto da
atuação efetiva no Tribunal do Júri. Daniel Avelar como Juiz Presidente da 02ª Vara Privativa do
Tribunal do Júri de Curitiba desde o ano de 2008. Rodrigo Faucz como Professor de Processo
Penal e advogado, tendo atuado em mais de 200 causas – tanto na defesa quanto na assistência
de acusação – perante o Tribunal do Júri.
Percebemos, no transcorrer das nossas carreiras – tanto pelo viés da práxis quanto
acadêmico –, que a ausência de motivação das decisões do júri fundada no voto na íntima
convicção não é sinônimo de decisões tirânicas e desarrazoadas. Isto é, trata-se de uma falácia
acreditar que as decisões dos jurados não são ponderadas; que as decisões são tomadas em
alienação completa dos autos. A enorme maioria dos jurados leva a sério a incumbência que
recebem. Esforçam-se a entender o que é apresentado, prestando atenção e efetivamente
ponderando sobre o que seria justo. Mas, claro, que é importante colaborar para o aumento da
racionalidade da decisão.
Dessa forma, os modelos de decisão e as instruções roteirizadas que apresentamos aqui visam
justamente isso: cooperar com o instituto como um todo e, especificamente, para que os jurados
consigam alcançar um veredicto que respeite o ordenamento jurídico pátrio e entregue a justiça no
caso concreto com base nas provas válidas apresentadas.
Em relação ao corpo do livro, dividimo-lo em 5 partes:
(Parte I) Abordamos toda a parte procedimental do plenário do Tribunal do Júri, desde a
preparação do julgamento para o plenário. Enfrentamos questões inéditas e controversas, trazendo
também, na medida do possível, opiniões divergentes e decisões atualizadas dos tribunais. Trata-
se um programa completo sobre o plenário do Tribunal do Júri;
(Parte II) Desenvolvemos um roteiro completo prático para magistrados. Diferentemente de
roteiros apresentados em outras obras, aqui foi abordado, com base na atuação em milhares de
sessões plenárias, um modelo de condução dos trabalhos do júri. Acreditamos que a grande
colaboração se encontra nos modelos decisórios – diretrizes de falas para os juízes presidentes –,
que servirão para auxiliar com o desejado aumento da qualidade da decisão dos jurados;
(Parte III) Os modelos de quesitação estão em parte específica. São quase cem modelos
completos de quesitação, fundamentados em uma análise jurisprudencial aprofundada, mas sem
olvidar de solucionar e enfrentar pontos que não estejam adequadamente abordados a partir da
dogmática penal e processual. Na hipótese de não concordarmos com determinada redação
proposta por eventuais decisões dos tribunais superiores, apontamos no que se trata a
divergência;
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(Parte IV) Apresentamos um modelo completo da ata da sessão de julgamento na quarta parte
da obra;
(Parte V) Para facilitar os operadores de direito, nesta parte do livro estará a legislação
referenciada. Sendo assim, tivemos o cuidado de separar somente as normas relativas ao que foi
trabalhado no decorrer da obra, bem como que são mais frequentemente utilizadas no decorrer do
plenário. Dessa forma, o leitor encontrará parte selecionada da Constituição, do Código de
Processo Penal e do Direito Penal, até mesmo como forma de fácil manuseio durante as pesquisas
ou mesmo durante a sessão de julgamento.
Por fim, quando estávamos com a obra praticamente pronta, o Conselho Nacional de Justiça
lançou um manual intitulado “Gestão Processual no Tribunal do Júri”, com o intuito de ajudar os
juízes a conduzir o Tribunal do Júri com mais eficiência. Assim, adaptamos a obra para incorporar
algumas das ideias apresentadas pelo CNJ e, em algumas questões que divergimos, fundamentar
de que forma o ponto merece ser melhor discutido.
O plenário do Tribunal do Júri é um ato altamente concentrado, em que o princípio da oralidade
ganha grande destaque. Se o sistema judicial como um todo fosse fundado na oralidade,
concentração de atos, imediação e publicidade, certamente teríamos uma justiça mais célere e, até
mesmo, mais justa. O sistema certamente pode ser melhorado, mas com responsabilidade e
respeito às garantias constitucionais.
Por último, convidamos a todos os interessados a participarem do Núcleo de Pesquisas em
Tribunal do Júri (www.tribunaldojuri.com.br), para que possamos, juntos, fomentar a discussão
sobre o procedimento. Também estamos sempre dispostos e abertos a ouvir outros pontos de vista
para o aperfeiçoamento das próximas edições.
Fica aqui o convite para as críticas e sugestões pelo e-mail info@tribunaldojuri.com ou no
website www.tribunaldojuri.com.
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Prefácio
Prefaciar um livro é um caminho de mão dupla. Por um lado, é como se os autores/condutores
dessem carona a um único prefacista/passageiro, em seu ônibus vazio, apanhando-o num ponto e
devolvendo-o em outro ponto do trajeto. Por outro lado, o passageiro tem o privilégio de ser o
primeiro a fazer a viagem e, por isso, tem o de emitir a primeira opinião sobre o trajeto e a
condução. Seja como for, o passageiro que entra na condução, num ponto, salta em outro
diferente, tendo a possibilidade de ver uma paisagem que antes não via. Já os condutores,
comprometidos com o pragmatismo de segurança e do rumo do trajeto, pouco percebem do que se
passouno interior do ônibus e de como foi a viagem, e, só com a opinião do passageiro, podem ter
uma ideia de que como foi a viagem.
Então vamos começar a nossa viagem.
Conheci o autor Daniel Avelar quando atuamos juntos em uma comissão designada pela
Associação dos Magistrados Brasileiros – AMB para oferecer sugestões e críticas ao anteprojeto
de lei que veio a se tornar futuramente o projeto de reforma do Código de Processo Penal (PL
156/2009). Compunham, ainda, a comissão, os colegas Nereu Giacomolli (que a presidia) e Paulo
Augusto Oliveira Irion. Fizemos inúmeras reuniões (Brasília, Porto Alegre e Rio de Janeiro) e,
depois de muito debate, apresentamos um relatório com as nossas sugestões, que foi
encaminhado ao Senado Federal.
Entre as sugestões que apresentamos, havia um capítulo todo dedicado ao procedimento do
júri. As modificações que então propusemos – a maioria trazidas por Daniel Avelar – eram: a
eliminação da impronúncia por violar o princípio da presunção de inocência; expurgar qualquer
resquício do malsinado princípio in dubio pro societate (não escrito em lugar algum e ainda
atuante, como se fosse um princípio constitucional); a possibilidade de oitiva de testemunhas
quando o processo for remetido para outro juízo, em caso de desclassificação; tornar claro que a
interposição de recurso especial ou extraordinário não impediriam a realização do júri; acesso de
promotores e advogados aos cartões de identificação dos jurados que atuarão na reunião dos júris
para que pudessem exercer a opção das recusas imotivadas dos jurados com mais segurança;
exclusão por 12 meses do jurado que tiver integrado o conselho de sentença; desaforamento pela
não realização do júri se não seja realizado em seis meses da preclusão da decisão de pronúncia;
definir que ao Ministério Público cabe executar a multa a jurado faltoso, que reverteria
obrigatoriamente ao programa de proteção de testemunhas; previsão de gratuidade nos
transportes públicos para os jurados; a indicação de endereços das testemunhas seria ônus das
partes, de modo que a sua insuficiência não poderia acarretar adiamento da sessão; o promotor
teria assento em posição de igualdade com o defensor, em posição equidistante ao do juiz
presidente; desnecessidade de degravar os interrogatórios e depoimentos colhidos durante a
sessão de julgamento; as agravantes e atenuantes deveriam ser conhecidas e decididas pelo juiz
presidente; extinção da réplica e da tréplica; garantia de prazo individual para cada defesa de pelo
menos 45 minutos em caso de mais de um réu; evitar o conhecimento, por parte dos jurados, da
decisão do juiz sumariante sobre crimes conexos para não influenciar no julgamento; prazo de 10
dias para a juntada de documento ou para a exibição de objeto, contados retroativamente da data
da sessão.
Como se pode ver, embora o PL 156/2009 tenha estancado no Legislativo, algumas destas
propostas acabaram sendo aproveitadas pela Lei nº 11.689/2008, que reformou o Código de
Processo Penal.
Não vou me antecipar e dizer como os autores deste livro enfrentaram estas complexas
questões.
Já o segundo autor, Rodrigo Faucz, conheci em dois cursos que fizemos juntos no Chile e no
Uruguai, por volta de 2016/2017, o primeiro deles sob os auspícios do Centro de Estudios
Judiciales para las Americas, um órgão autônomo da OEA, para estudar os sistemas processuais
penais dos dois países. Como se sabe, os países latino-americanos passaram por severas e
sanguinárias ditaduras militares. Com a redemocratização, foi preciso reformar todo o seu sistema
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criminal. Nesses cursos tivemos o dissabor de constatar que o único país latino-americano que não
fez uma reforma estruturante em seu Código de Processo Penal foi o Brasil. Com efeito, as demais
nações, até menos evoluídas economicamente, fizeram: Argentina (1991), Guatemala (1992),
Costa Rica (1996), El Salvador (1996), Venezuela (1998), Paraguai (1998), Bolívia (1999), Chile
(2000), Equador (2000), Nicarágua (2001), República Dominicana (2002), Colômbia (2004),
Panamá (2008), México (2014) e Uruguai (2014). Todos passaram a um modelo acusatório, com
previsão de um juiz de garantias. Só o Brasil permanece num sistema inquisitorial com algumas
concessões acusatórias, que não podem funcionar bem num modelo inquisitorial. Só no Brasil há
tanta resistência contra a adoção de um sistema acusatório de verdade e contra implantação do
instituto do juiz de garantias. Sintomaticamente, o Brasil não julgou os graves crimes contra os
direitos humanos praticados pela sua ditadura militar, diferentemente do que ocorreu na Argentina,
no Chile, no Uruguai (...). Consequentemente, só no Brasil se vê manifestações a favor de nova
intervenção militar. Não é à toa que cultivemos com esmero o sistema inquisitorial (...).
Enfim, os autores são dois valorosos companheiros na luta por um processo penal mais
democrático e foi por essa razão que imediatamente aceitei, com prazer, ingressar na sua
condução, certo de que a viagem seria aprazível e útil, como de fato foi.
Vamos à obra, pois. O livro é dividido em cinco capítulos. O primeiro deles é destinado a uma
abordagem teórica, com discussão da doutrina e da jurisprudência. O segundo tem um viés
eminentemente prático para quem atua no júri, com modelos de decisões corriqueiras. O terceiro é
dedicado a formulação de quesitos, o que é a maior causa de anulações de julgamento pelo júri, tal
a complexidade da matéria, embora bem mais simplificada depois da edição da Lei nº
11.689/2008. O quarto contempla um modelo de ata do plenário de júri e o quinto, legislação.
Como se vê, é obra para ser levada ao plenário, de uso indispensável, para auxiliar os
profissionais, especialmente após longos debates que entram noite adentro, de modo a auxiliá-los
naquelas madrugadas, quando a mente, já cansada, tem dificuldade para pensar os temas mais
difíceis, como, por exemplo, a quesitação.
Não pretendo, porém, antecipar as discussões que o livro trava. Deixo esse garimpo para os
leitores. O fato é que ingressei de um jeito e saí de outro, vendo o que antes não via. E quero
deixar a opinião de que vale muito a pena fazer essa viagem, especialmente para quem atua no
júri, esta instituição tão rica de histórias e tão apaixonante.
Sobre essa paixão, quero compartilhar com os autores uma impressão muito pessoal de quem
passou três anos como defensor público no Tribunal do Júri de Duque de Caxias (RJ) e outros três
anos como juiz do mesmo tribunal. Hoje, não posso dizer que continuo apaixonado pelo Tribunal
do Júri. Muito pelo contrário. Não que não preze os seus atributos democráticos indiscutíveis, mas
hoje percebo que nós, brasileiros, não criamos uma cultura comunitária que seja consentânea ao
funcionamento adequado do júri, tal qual ocorre nos países de tradição anglo-saxônica. Não
cultivamos uma atuação comunitária: sequer temos a cultura de participar das reuniões de nosso
condomínio, das escolas dos nossos filhos (salvo nos anos iniciais da escolarização), das igrejas
de nossa religião, dos círculos políticos aos quais nos afeiçoamos mais (...). Não temos essa
virtude comunitária que os países anglo-saxões têm. Do mesmo modo que não temos uma
sociedade de iguais (no sentido de igualdade de oportunidades, em uma sociedade rica em
diversidade), tão importante para o bom desempenho da instituição. Explico: os nossos conselhos
de sentença não espelham efetivamente a complexa e multirracial sociedade brasileira. De
maneira geral, o que vemos nos tribunais do júri é quase sempre o mesmoespectro social de
jurados: funcionários públicos, de estratos sociais de classe média ou média baixa, com
escolaridade média. A sociedade brasileira é muito mais diversa. De um modo geral, ela não está
representada nos conselhos de sentença.
Deixo esse comentário pessoal em retribuição pela viagem, que recomendo efusivamente.
Rio de Janeiro, 8 de julho de 2020.
Luis Gustavo Grandinetti Castanho de Carvalho
Desembargador aposentado do TJRJ
Professor Adjunto de Direito Processual Penal da UERJ
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05/02/2022 07:30 Thomson Reuters ProView - Plenário do Tribunal do Júri - Ed. 2022
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Pós-doutor pela Universidade de Coimbra
Doutor pela UERJ. Mestre pela PUC-RJ
Sócio do escritório de advocacia Marrafon, Robl & Grandinetti
05/02/2022 07:31 Thomson Reuters ProView - Plenário do Tribunal do Júri - Ed. 2022
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Apresentação
Atendendo honroso convite dos ilustres professores Rodrigo Faucz Pereira e Silva e Daniel
Ribeiro de Surdi de Avelar apresento-me, em rápidas linhas, a desenhar modesta apresentação da
utilíssima obra que os dignos doutrinadores ora apresentam aos profissionais e estudantes de
Direito.
Recordo-me de ter ouvido, por mais de uma vez, do saudoso prof. Luiz Carlos Souza de
Oliveira – idealizador do conhecidíssimo curso Professor Luiz Carlos, inegável marco no ensino do
direito não só na cidade de Curitiba mas em todo o Estado do Paraná – que o Direito Penal e o
Processo Penal muito se assemelhariam ao primeiro amor experimentado pelo homem ou pela
mulher. Exatamente como aquele faz com os enamorados, arrebata, empolga, seduz e embriaga
quase que a totalidade dos estudantes de Direito. Nada obstante, também como ocorre com a
primeira romântica paixão, raramente a inebriante parceria vinga e frutifica!
Poucos, efetivamente, sublinhava com veemência o Prof. Luiz Carlos, “convolam núpcias” com
o Direito (e o Processo) Penal; mas é certo que aqueles que assim o fazem, para sempre fiéis a
este primeiro amor permanecem!
Porém, se já o próprio Direito Penal (e, por corolário, o Processo Penal) exprime não
simplesmente uma especialidade, entre os diversos ramos do Direito, mas induvidosamente
uma paixão, verifica-se, surpreendentemente, que no âmago desta especialidade – paixão habita
uma flor ainda mais rara; seu nome é Tribunal do Júri!
Com a devida vênia, nada no mundo do direito é mais cativante que o Tribunal do Júri; e isto
até os leigos enxergam!
Pois bem! A obra dos cultos professores Rodrigo e Daniel percorre, com inegável maestria, os
intrincados meandros do julgamento popular, aliando, em justa medida, teoria e prática,
identificando questionamentos, desnudando respostas aos mais diversos problemas quiçá
equacionados pelos profissionais (e mesmo estudantes) do Direito!
Aliás, a supra referida justa medida entre teoria e prática (tão procurada e ao mesmo tempo tão
incomum nas obras especializadas) facilmente se explica na medida em que analisado os
currículos dos prefalados professores.
Rodrigo, Mestre em Direito e Doutor em Neurociências pela UFMG (sim; Neurociências –
a paixão pelo Júri levou-o a estudar, com profundidade, a psiquê do homem comum, responsável
pelo julgamento no Tribunal do Popular), é um dos mais combativos e preparados advogados
especializados em processos de Júri do Paraná.
Sua profícua atuação como advogado de plenário encontra espeque seguro no metódico
estudo doutrinário, lapidada ainda em fulgurante e aplicada dedicação ao magistério superior.
Não menos impressionante é o currículo de Daniel, Mestre e Especialista em Direito,
magistrado de larga experiência profissional (titular de vara especializada do Júri da capital
paranaense há mais de doze anos), que também empresta sua privilegiada inteligência ao
magistério jurídico, em cursos de graduação e pós-graduação (com especial destaque aos anos
dedicados aos futuros colegas na prestigiosa Escola da Magistratura do Paraná).
Como corretamente destacado pelos próprios autores, a presente obra vem subdividida
em cinco partes, ostentando opiniões doutrinarias divergentes, roteiros práticos, modelos de
quesitação e de atas de julgamento, legislação correlata e, inclusive, observações ao recentíssimo
manual denominado “gestão processual no Tribunal do Júri”, da lavra do Conselho Nacional de
Justiça (CNJ).
Desnecessárias outras considerações; a obra fala por si!
A todos (indesculpáveis apaixonados) desejo a melhor das leituras!
05/02/2022 07:31 Thomson Reuters ProView - Plenário do Tribunal do Júri - Ed. 2022
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Curitiba, inverno de 2020.
Luiz Eduardo Trigo Roncaglio
Procurador de Justiça aposentado do MPPRProfessor de Direito Penal da UniBrasil e da pós-
graduação da ABDConstAdvogado consultor do escritório Faucz Santos & Advogados Associados
05/02/2022 07:31 Thomson Reuters ProView - Plenário do Tribunal do Júri - Ed. 2022
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P���� I. P������� �� T�������
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1. Atos antecedentes à instalação da sessão de
julgamento
Presidir ou participar de um julgamento perante o Tribunal do Júri é algo que
inicia muito antes da instalação da sessão. O chamado “estado de júri”, como bem
pontuava Evandro Lins e Silva, não é sintoma que atinge unicamente o advogado
na tribuna da defesa, pois todos em plenário passam a fazer parte do “drama da
vida real” que ali ganha o seu epílogo1.
Contudo, um longo caminho deve ser percorrido até que o processo, mesmo
após a pronúncia, possa alcançar o julgamento em plenário. Conforme uma
pesquisa divulgada pelo CNJ2, mais da metade das sessões plenárias agendadas
para o ano de 2018 foram adiadas. Tal dado ressalta a necessidade de que
medidas prévias sejam estudadas e observadas evitando o adiamento das
sessões, bem como que outras sejam consideradas durante os julgamentos com o
intuito de evitar futuras nulidades.
Diante disso, procuraremos neste capítulo trazer um pouco da nossa
experiência no Tribunal do Júri, buscando identificar a prática de atos preparatórios
que possam propiciar que a sessão plenária ocorra de maneira adequada e com o
mínimo de problemas.
1.1. Reunião x sessão
Fundamental, desde já, diferenciar os conceitos de reunião e sessão do
Tribunal do Júri. As reuniões ordinárias ocorrem dentro de um espaço de tempo
determinado pela organização judiciária (reunião do mês de agosto, ou ainda, da
primeira quinzena de agosto, por exemplo). Nessas reuniões ordinárias podem
ocorrer diversas sessões. Sessões são os julgamentos propriamente ditos. Em
regra, é agendado um julgamento (sessão) por dia, no entanto, considerando a
complexidade do processo que será julgado (números de testemunhas, acusados,
entre outros), o juiz poderá reservar mais de um dia para a mesma sessão; ou,
eventualmente, até realizar duas sessões no mesmo dia ( CPP, art. 452).
 
1
.LINS E SILVA, Evandro. A defesa tem a palavra, 2ª. ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Aide Editora:
1984, p. 17.
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2
.Diagnóstico das Ações Penais de Competência do Tribunal do Júri (2019) e que atualmente
consta do Manual do CNJ para a Gestão Processual no Tribunal do Júri, elaborado pelo
magistrado Fabrício Castagna Lunardi, sendo um dos resultados alcançados pelo Grupo de
trabalho para Otimização de Julgamentos do Tribunal do Júri (Portaria 36/2019), coordenado pelo
Min. Rogerio Schietti Cruz. Disponível em: https://bit.ly/3hIXBWA. Acesso em 29 de jul. de 2020.
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1.2. Organização da pauta
O Código de Processo Penal disciplina no art. 429 a ordem dos julgamentos
que, salvo motivo relevante, deverá ser observada. Assim, terão preferência de
pauta: (i) os acusados presos; (ii) dentre os acusados presos, aqueles que
estiverem há mais tempo na prisão; e (iii) em igualdade de condições, os
precedentemente pronunciados.
São exemplos de motivos relevantes para a alteração da pauta de julgamento:
“o julgamento de um acusado solto, mas que esteja com prazo prescricional
próximo de ser atingido, em detrimento de um acusado preso, suja prescrição
esteja longínqua”3; o cumprimento de pautas temáticas e mutirões recomendados
pelo Conselho Nacional de Justiça (ex vi julgamentos envolvendo feminicídios)4.
A legislação ainda disciplina que, dentro da mesma reunião periódica, o juiz
presidente reserve datas para a inclusão de processo que, por qualquer motivo,
teve o julgamento adiado. Porém, na realidade prática, a reserva de datas
dificilmente ocorre, devido ao acúmulo de processos já preparados ( CPP, art. 
431) para inclusão em pauta, especialmente em varas privativas onde os
magistrados cumulam a competência para atuar na fase investigativa, no sumário
de culpa e no juízo da causa.
Contudo, caso o magistrado anteveja que um dos julgamentos pautados pode
correr o risco de não se realizar, nada impede que, desde já, reserve uma data
extra para eventual remarcação.
Observando-se os critérios acima, o juiz presidente tem liberdade para distribuir
os júris nas datas designadas para a reunião ordinária ou extraordinária,
adequando-os à rotina de trabalho e atentando para as peculiaridades dos casos
concretos.
Caso haja concordância das partes, é possível que o mesmo Conselho de
Sentença aprecie mais de um processo no mesmo dia ( CPP, art. 452).
Nessa hipótese, geralmente o Ministério Público antecipa ao juízo que solicitará a
absolvição do acusado em plenário, tornando assim possível a realização de um
julgamento pela manhã e outro no período da tarde, renovando-se o compromisso
dos membros do Conselho de Sentença. Caso assim seja, além de recomendar-se
que não seja o mesmo promotor de justiça que exerça a acusação em ambos os
júris, também não se pode permitir qualquer argumentação cruzada entre os
casos5, sob pena de violação dos princípios constitucionais da plenitude de
defesa, da presunção de inocência e do devido processo legal em um dos casos.
 
3
.CUNHA, Rogério Sanches; PINTO, Ronaldo Batista. Tribunal do júri. Salvador: Juspodivm: 2015,
p. 161. BADARÓ, Gustavo Henrique Righi Ivahy. As reformas no processo penal. As novas Leis de
2008 e os projetos de reforma. Coord. Maria Thereza Rocha de Assis Moura. São Paulo: Editora
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05/02/2022 07:31 Thomson Reuters ProView - Plenário do Tribunal do Júri - Ed. 2022
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Revista dos Tribunais, 2008, p. 120. Consoante esclarece Badaró, o direito a um julgamento em
prazo razoável também deve atingir o acusado solto (CR, art. 5º., LXXVIII e CADH, art. 8.1) e, “(...)
a dificuldade ou a falta de pauta para a realização de sessões de julgamento não será justificativa
para que o Estado se exima do dever de julgar em prazo razoável, posto que a existência de tal
direito implica o dever do Estado de criar e aparelhar os órgãos do Poder Judiciário de forma a ter
condições de dar uma adequada e efetiva prestação jurisdicional no prazo razoável, em
cumprimento a esse dever fundamental. A violação de tal direito, por falta de aparelhamento
estatal, gera o dever de indenizar por parte do Estado”. (Ibid., p. 121).
4
.CNJ, Recomendação n. 55, de 08/10/2019: “Art. 2º. Recomendar ao Superior Tribunal de
Justiça, bem como aos Tribunais de Justiça e Tribunais Regionais Federais, que, no mês do
Tribunal do Júri, instituído por este CNJ, promovam no âmbito de suas Turmas e Câmaras mutirão
para julgamento de processos de competência do Tribunal do Júri”.
5
.O membro do Ministério Público, ao pedir a absolvição no primeiro júri, jamais poderá utilizar tal
fato como argumento para requerer a condenação no outro julgamento. Por isso, desde já,
reafirma-se a importância de que as sessões sejam gravadas em sua integralidade (principalmente
os debates, conforme será discutido posteriormente). Trata-se de proteção não apenas aos
princípios constitucionais já mencionados, como também do princípio da lealdade processual e da
paridade de armas. O pedido de absolvição em uma mesma reunião pela acusação, por si só, já
caracteriza uma vantagem competitiva em detrimento dos acusados julgados posteriormente.
Sendo assim, é necessário que as partes no Processo Penal atuem com responsabilidade e dentro
de um fair play processual.
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05/02/2022 07:31 Thomson Reuters ProView - Plenário do Tribunal do Júri - Ed. 2022
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1.3. Publicação da pauta
Na forma prescrita pelo § 1º do art. 429 do CPP: “Antes do dia designado para o primeiro julgamento da reunião
periódica, será afixada na porta do edifício do Tribunal do Júri a lista dos processos a serem julgados, obedecida a ordem
prevista no caput deste artigo”. O dispositivo busca dar publicidade à lista de processos que serão levados a julgamento
naquela reunião e identificar a ordem designada.
 
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1.4. Procedimento para o sorteio e a convocação dos jurados
O sorteio dos jurados ocorrerá entre o 15º. e o 10º. dia útil antecedente à instalação da reunião ( CPP, art. 433,
§ 1º.). É importante que ocorra logo no início do prazo, facilitando a cientificação dos jurados em tempo hábil para a primeira
sessão pautada. Outrossim, em grandes centros, muitos dos sorteados acabam não sendo localizados ou, dependendo das
datas designadas para as sessões (próximo a feriados, durante as férias escolares etc.), outros tantos solicitam dispensa.
Sabendo disso com antecedência, nada impede que um novo sorteio complementar seja executado, garantindo a realização
dos julgamentos pautados.
Os jurados deverão ser cientificados de todas as sessões para os quais foram convocados, constando o local, data,
horário, nome do representante do Ministério Público, dos defensores, do acusado e da vítima. A disponibilização dessas
informações ajudará o jurado a reconhecer eventual hipótese de impedimento ou suspeição, facilitando o andamento do feito
e evitando nulidades na composição do Conselho de Sentença.
 
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05/02/2022 07:31 Thomson Reuters ProView - Plenário do Tribunal do Júri - Ed. 2022
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1.5. Intimação do MP, OAB e da Defensoria Pública
Antes da realização do sorteio, o juiz presidente deverá intimar o Ministério Público, a Ordem dos Advogados do Brasil e a
Defensoria Pública ( CPP, art. 432), notificando-lhes da data e horário designado para a realização do sorteio dos jurados.
Contudo, o não comparecimento dos seus representantes não impedirá a realização do ato.
 
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05/02/2022 07:31 Thomson Reuters ProView - Plenário do Tribunal do Júri - Ed. 2022
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1.6. Intimação dos advogados dos acusados
A partir da leitura do art. 433, § 2º do CPP, parte da doutrina sustenta a
necessidade da intimação dos advogados dos acusados para o ato do sorteio dos
jurados que irão participar da reunião6. Veja-se a redação da regra legal: “A
audiência de sorteio não será adiada pelo não comparecimento das partes”.
Respeitando o entendimento em sentido diverso, pensamos que o Código de
Processo Penal não determina a intimação de todos os advogados para o ato do
sorteio. Se essa fosse a intenção do legislador, teria acrescentado ao art. 
432 do CPP esse comando, o qual já determina a intimação do Ministério
Público, da Ordem dos Advogados do Brasil e da Defensoria Pública. Em nenhum
momento, esse ou outro dispositivo legal determina a intimação de todos os
advogados que atuarão nos processos pautados para a reunião, tampouco os
assistentes de acusação. Em consonância com Nucci, ressaltamos: “É interessante
observar que não se cientifica nenhuma parte específica, mas instituições,
somente para demonstrar a lisura do procedimento (art. 432, CPP)”7.
Vislumbramos que a regra descrita no § 2º do art. 433 do CPP apenas
admite a presença das partes ao ato do sorteio, como, aliás, admitiria a presença
de qualquer pessoa, mas não determina a intimação para o ato. Ao se referir ao
comparecimento das “partes” o legislador, por equívoco, tentou se referir à
presença dos representantes das instituições identificadas no art. 432 do 
CPP8.
Porém, nada impede que o advogado interessado solicite previamente a sua
intimação para o ato do sorteio, quando então o cartório providenciará a sua
notificação. Aliás, em algumas comarcas os advogados que atuarão naquela
reunião são regularmente comunicados da data.
De qualquer maneira, atualmente o sorteio passou a ser um ato burocrático,
muitas vezes, feito eletronicamente, sem qualquer possibilidade de manipulação
por terceiros presentes ao ato. Dessa forma, eventual fiscalização poderia ser
levada adiante analisando-se a segurança do sistema eletrônico ou do programa
utilizado. Mas, acreditamos que eventual imperfeição trivial do sistema – mas que
mantenha a aleatoriedade do sorteio – ou mesmo a ausência de intimação, não
seria suficiente a macular o futuro julgamento diante da possibilidade das recusas
em plenário.
 
6
.Nesse sentido: BADARÓ, Gustavo Henrique Righi Ivahy. As reformas no processo penal... Ob. cit.,
2008, p. 124.
7
.NUCCI, Guilherme de Souza. Tribunal do júri. Rio de Janeiro: Forense, 2015, p. 186.
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8
.Ibidem, p. 187.
05/02/2022 07:31 Thomson Reuters ProView - Plenário do Tribunal do Júri - Ed. 2022
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1.7. Publicidade do sorteio
O sorteio é presidido pelo magistrado em um ato público, sendo realizado com
as “portas abertas” ( CPP, art. 433) para facilitar a fiscalização de eventuais
interessados, sejam eles as partes ou representantes das instituições.
A publicidade na realização do sorteio e, depois, da relação dos jurados
convocados ( CPP, art. 434), é extremamente importante para que as partes
possam investigar eventuais hipóteses de impedimento, suspeição e
incompatibilidade ou, até mesmo, para averiguar a existência de motivos para
futuras recusas imotivadas. Todas essas informações já deverão ter sido
levantadas até o ato do sorteio dos jurados em plenário, sendo esse o momento
preclusivo para eventuais recusas (motivadas ou imotivadas). Destacamos:
(...) HOMICÍDIO QUALIFICADO. PARCIALIDADE DE UM DOS JURADOS. EIVA NÃO
ARGUIDA TEMPESTIVAMENTE. PRECLUSÃO. PUBLICIDADE DA LISTA DE JURADOS.
NECESSIDADE DE IMPUGNAÇÃO OPORTUNA. MEMBRO DO CONSELHO DE
SENTENÇA QUE É MARIDO DA CUNHADA DA IRMÃ DA VÍTIMA. FATO QUE NÃO SE
ENQUADRA NAS HIPÓTESES DE IMPEDIMENTO OU SUSPEIÇÃO. COAÇÃO ILEGAL
NÃO CONFIGURADA. 1. Nos termos do artigo 571, inciso VIII, do Código de Processo
Penal, as eivas em plenário devem ser arguidas logo depois de ocorrerem, sob pena
de preclusão. 2. Na espécie, a aventada parcialidade de um dos jurados só foi
suscitada por ocasião da interposição de recurso de apelação contra a sentença
condenatória, o que revela a preclusão do exame do tema. Precedentes do STJ e do
STF. 3. O artigo 433 do Código de Processo Penal preceitua que o sorteio dos jurados
é público, ao passo que o artigo 435 do mencionado diploma legal dispõe “serão
afixados na porta do edifício do Tribunal do Júri a relação dos jurados convocados,
os nomes do acusado e dos procuradores das partes, além do dia, hora e local das
sessões de instrução e julgamento”. 4. Dada a publicidade do sorteio, cabe às partes
analizar previamente a lista dos jurados, a fim de verificar a ocorrência de possível
suspeição, impedimento ou mesmo inconveniência da participação de determinada
pessoa no julgamento, recusando-a no momento em que é formado o Conselho de
Sentença. Inteligência do artigo 468 da Lei Penal Adjetiva. Doutrina. Jurisprudência do
STJ e do STF. (...). (HC 535.530/PE, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA,
julgado em 03/12/2019, DJe 16/12/2019).9
 
9
.STJ, AgRg no REsp 1.779.876/MG, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, j. em 09/04/2019, DJe
25/04/2019; STF, 01ª. Turma, HC 120.746, Rel. Min. Roberto Barroso, j. em 19/08/2014.
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1.8. Número de jurados convocados
A partir da lista geral dos alistados ( CPP, art. 426) serão sorteados 25
jurados ( CPP, art. 433) para cada reunião periódica ou extraordinária,
número que o legislador entendeu ser suficiente para que ao menos 15 estejam
presentes no dia designado para a sessão de julgamento – correspondente ao
número mínimo previsto em lei para a instalação dos trabalhos ( CPP, art. 
463).
Todavia, a realidade mostra que o sorteio de apenas 25 jurados pode ser
exíguo, e isso se dá por uma série de fatores já aduzidos: (i) muitos não são
localizados; (ii) alguns pedem dispensa ou simplesmente não aparecem; (iii) a
depender do número de acusados e de recusas, mesmo a presença de 15 jurados
pode ainda ser insuficiente para a composição do Conselho de Sentença
(constituído por 7 membros). Para tanto, bastaria que dois acusados estejam
sendo levados a júri e efetivem, juntamente com o Ministério Público, todas as
recusas imotivadas possíveis. Nessa hipótese, seria necessária a presença de ao
menos dezesseis jurados.
Diante desses fatores, entendemos ser preciso, em muitos casos, o sorteio
de suplentes em número suficiente a atender à quantidade de júris e acusados que
serão levados a julgamento na reunião. Ao assim agir, não há qualquer
irregularidade. Ao contrário, quanto maior o número de jurados sorteados, maior
será a representatividade social e menor a possibilidade de uma aproximação
entre as partes e os jurados10. A jurisprudência não destoa:
(...) 2. Ademais, já decidiu esta Corte no sentido de que é “[...] irrelevante também
para ostentação desse quorum o sorteio dos suplentes. Aliás, são intimados para
comparecer, visando-se a eventuais ausências” (REsp 110.318/RJ, 6.ª Turma, Rel. Min.
LUIZ VICENTE CERNICCHIARO, DJ de 09/06/1997.) (STJ, 5ª. Turma, HC n. 129.377/SP,
Rel. Min. Laurita Vaz, j. em 22/11/2011).
A preocupação de que a falta de jurados acarrete o adiamento das sessões de
julgamento motivou o Senado Federal a aprovar uma alteração no atual art. 
433 do CPP, determinando que além dos 25 jurados, sejam sorteados uma
quantidade suficiente de suplentes, de acordo com a complexidade e o número de
sessões a serem realizadas. A alteração faz parte do PLS n. 156/2009 (ou PLC
n. 8.045/2010) que trata da elaboração do novo Código de Processo Penal:
Art. 346. O sorteio, presidido pelo juiz, far-se-á a portas abertas, cabendo-lhe
retirar as cédulas até completar o número de 25 (vinte e cinco) jurados, para a reunião
periódica ou extraordinária, bem como quantidade suficiente de suplentes, de acordo
com a complexidade e o número de sessões a serem realizadas. (grifamos).
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), imbuído do mesmo propósito,apresentou ao legislativo, em 19/02/2020, sugestões para o aprimoramento da
legislação processual no tocante ao julgamento dos crimes dolosos contra a vida.
E, no que se refere ao número de jurados, a proposta acrescenta um § 4º ao atual
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05/02/2022 07:32 Thomson Reuters ProView - Plenário do Tribunal do Júri - Ed. 2022
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art. 433 do CPP, admitindo igualmente o sorteio de um número maior de
jurados:
Art. 433. (...)
§ 4º. O juiz presidente poderá determinar o sorteio de quantitativo superior de
jurados para que, no dia da primeira sessão de julgamento, após as dispensas por
impedimento, suspeição, isenção, incompatibilidade ou recusa, se atinja o número de
25 (vinte e cinco) jurados.
O sorteio de jurados e suplentes é medida que contribui para a eficiência na
prestação jurisdicional e para a concretude do direito a um julgamento em prazo
razoável (CR, art. 5º. LXXVIII e CADH, art. 8.1), demonstrando o zelo e a
preocupação do magistrado para com a diminuição de procrastinações inúteis e
uma maior realização da justiça11.
 
10
.O que poderia ocorrer se, por conta do pequeno número de jurados (e elevado número de
sessões na mesma reunião), houver pouca variação na composição do Conselho de Sentença. A
partir do momento em que o(s) mesmo(s) jurado(s) compuser(em) o Conselho por diversas
sessões, criaria, em tese, uma maior proximidade ou identificação com as partes, até mesmo por
conta da convivência durante o período do julgamento.
11
.Ao apreciar uma correição parcial manejada contra ato de magistrado que teria sorteado 25
jurados e 35 suplentes, o TJPR entendeu que o recurso sequer deveria ser conhecido e assentou
inexistir prejuízo na ação cautelosa do magistrado ao sortear um número elevado de suplentes
objetivando garantir o quorum mínimo para a instalação da sessão: TJPR, Correição Parcial
0005257-58.2018.8.16.0000, Rel. Des. Antonio Loyola Vieira, j. em 06.03.2018.
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05/02/2022 07:32 Thomson Reuters ProView - Plenário do Tribunal do Júri - Ed. 2022
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1.9. Inclusão de novos processos na reunião após o sorteio dos jurados
Observando-se a ordem estabelecida no art. 429 do CPP, não há óbice na inclusão de novos processos na
reunião, mesmo após o sorteio dos jurados.
Considerando que o sorteio dos jurados pode ocorrer, por exemplo, até quinze dias úteis antes da primeira sessão de
julgamento, é natural que, previamente ao início da reunião, outros processos superem a fase do art. 422 do CPP,
ou que autos que estavam em grau de recurso baixem para julgamento. Assim, imaginando que existem datas abertas –
aliás, conforme determina o próprio Código de Processo Penal no seu art. 429, § 2º. – nada impede que, em nome da
célere prestação jurisdicional, outros casos sejam incluídos na pauta.
Não existe um suposto engessamento da pauta após o sorteio dos jurados ou mesmo vício ao princípio do juiz natural,
pois o Tribunal do Júri continuará a exercer a sua competência ao julgar o caso, não configurando qualquer forma de
areópago de exceção. Ademais, o conceito de juiz natural não pode ser misturado com a figura física dos jurados ou com
o conceito de identidade física do juiz que, obviamente, são inaplicáveis ao Conselho de Sentença. Destaca-se quanto ao
tema, o judicioso aresto do Tribunal de Justiça do Paraná:
HABEAS CORPUS (...) INCLUSÃO EM PAUTA DE PROCESSO DA COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL DO JÚRI NÃO
RELACIONADO NA ORGANIZAÇÃO DA PAUTA – QUESTÃO NÃO EXAURIDA PELA LIMINAR QUE DETERMINOU O ADIAMENTO
DO JULGAMENTO – POSSIBILIDADE DE OCORRÊNCIA NOVAMENTE NO MUNDO FENOMÊNICO DO DIREITO EM RELAÇÃO
AO MESMO PROCESSO – PRELIMINAR REJEITADA. MÉRITO – ALEGAÇÃO DE QUE: 1) A PAUTA NÃO PODE SER
ELABORADA A DELEITO DO JUIZ COM PINÇAMENTO DE PROCESSOS A SUA CONVENIÊNCIA – ARTIGO 429 DO 
CPP PREVÊ ENGESSAMENTO SOMENTE EM RELAÇÃO A FEITOS DE RÉUS PRESOS ESTABELECENDO CRITÉRIOS A SEREM
OBSERVADOS PELO JUIZ QUANDO DA ELABORAÇÃO DA PAUTA – DISCRICIONARIDADE NÃO REALIZADA – PAUTA
ELABORADA DE FORMA PÚBLICA, RAZOÁVEL E CRITERIOSA – INOCORRÊNCIA DE PINÇAMENTO PROCESSUAL. 2)
PROCESSO INCLUÍDO EM PAUTA DE AFOGADILHO – INOCORRÊNCIA – PRAZO DE 15 A 10 DIAS PREVISTO NO PARÁGRAFO
1º DO ART. 433 DO CPP, RIGOROSAMENTE OBSERVADO, A PROPÓSITO, O PROCESSO DO IMPETRANTE OBTEVE
LAPSO TEMPORAL PARA JULGAMENTO SUPERIOR AO PREVISTO PARA TODOS OS DEMAIS PROCESSOS DAQUELA
REUNIÃO PERIÓDICA DO TRIBUNAL DO JÚRI – SURPRESA DO IMPETRANTE NÃO DEMONSTRADA. 3) ORGANIZAÇÃO DA
PAUTA COM VÍNCULO DIRETO AO PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL E COM VEDAÇÃO AO TRIBUNAL DE EXCEÇÃO –
ORGANIZAÇÃO DA PAUTA – ATO FORMAL – SEM CUNHO DECISÓRIO A DIREITO DAS PARTES – A ANTECIPAÇÃO DE
PROCESSOS PARA JULGAMENTO NA REUNIÃO QUE SE REALIZA NÃO CRIA A FIGURA JURÍDICA DE DESRESPEITO AO
JUIZO NATURAL, POSTO QUE O PROCESSO CONTINUA VINCULADO, PROCESSADO E JULGADO PELO TRIBUNAL

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