Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
A ORDEM DOS PROCESSOS DO TRIBUNAL A ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA 1 Ana Bonfim – Processo Civil A Ordem dos Processos do Tribunal A Assuncao de Competencia A ORDEM DOS PROCESSOS DO TRIBUNAL E A ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA ARTS 926-947 CPC 1-DISPOSIÇÕES GERAIS, SISTEMA DOS PRECEDENTES VINCULANTES EM DESTAQUE Regimento interno de cada tribunal tem suas peculiaridades, legislador quis descrever regras gerais do processo ao entrar em cada tribunal, sempre estando atentos ao regimento interno, ao andamento do recurso até nas ações originárias, recursos ordinários, constitucionais etc. Os Arts 926 e 927 trazem o que a doutrina passou a chamar de sistema de precedentes vinculantes, exageradamente imposto pelo legislador. Um artigo polemico em seus incisos, lendo o art 926 já entendemos o intuito do legislador. Art. 926. Os tribunais devem uniformizar sua jurisprudência e mantê-la estável, íntegra e coerente. § 1º Na forma estabelecida e segundo os pressupostos fixados no regimento interno, os tribunais editarão enunciados de súmula correspondentes a sua jurisprudência dominante. § 2º Ao editar enunciados de súmula, os tribunais devem ater- se às circunstâncias fáticas dos precedentes que motivaram sua criação. Quer evitar jurisprudências instáveis, sistema de precedentes são julgados que vinculam as instâncias inferiores, para dar mais velocidade a fase recursal, é necessário que os relatores tomem decisões que sejam estáveis, tenham segurança jurídica, que haja um julgamento repetitivo se for o caso, consolidação de um julgamento em um mesmo sentido. Ao editar a sumula deve se ater as questões Art. 927. Os juízes e os tribunais observarão: I - as decisões do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade; II - os enunciados de súmula vinculante; III - os acórdãos em incidente de assunção de competência ou de resolução de demandas repetitivas e em julgamento de recursos extraordinário e especial repetitivos; IV - os enunciados das súmulas do Supremo Tribunal Federal em matéria constitucional e do Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional; V - a orientação do plenário ou do órgão especial aos quais estiverem vinculados. § 1º Os juízes e os tribunais observarão o disposto no art. 10 e no art. 489, § 1º, quando decidirem com fundamento neste artigo. § 2º A alteração de tese jurídica adotada em enunciado de súmula ou em julgamento de casos repetitivos poderá ser precedida de audiências públicas e da participação de pessoas, órgãos ou entidades que possam contribuir para a rediscussão da tese. § 3º Na hipótese de alteração de jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal e dos tribunais superiores ou A ORDEM DOS PROCESSOS DO TRIBUNAL A ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA 2 Ana Bonfim – Processo Civil A Ordem dos Processos do Tribunal A Assuncao de Competencia daquela oriunda de julgamento de casos repetitivos, pode haver modulação dos efeitos da alteração no interesse social e no da segurança jurídica. § 4º A modificação de enunciado de súmula, de jurisprudência pacificada ou de tese adotada em julgamento de casos repetitivos observará a necessidade de fundamentação adequada e específica, considerando os princípios da segurança jurídica, da proteção da confiança e da isonomia. § 5º Os tribunais darão publicidade a seus precedentes, organizando-os por questão jurídica decidida e divulgando-os, preferencialmente, na rede mundial de computadores. Poe em prática o artigo 926 polémico Até o §1ºé a parte mais importante o intuito do legislador foi de evitar decisões contraditórias. Desejo do legislador é tornar vinculante esses incisos, teve uma briga referente ao desejo do legislador ao forçar uma não independência jurídica ao juiz, fica limitada a essa independência aos incisos, as sumulas vinculantes, incisos I e II não há discussão, o debate começa do III ao V, não há prescrição de vinculação na CF, doutrinador entende que nos incisos I e II o juiz deverá observar, já no III e V poderá observar. O III alguns entendem inconstitucional e que não se deve aplicar, outro dizendo que entende que como se tratando de REX e RESP repetitivo tem natural força vinculante, a doutrina majoritariamente entende que o inciso III tem sim força vinculante. A sumula vinculante é apenas editada por STF, tem força vinculante. Já as do STJ não tem força vinculante, e o legislador nos força a usar. §1º Art 10, princípio da não surpresa, não pode decidir com matéria que as partes não tenham se manifestar, 489 §1º, não se considera fundamentada decisão que não observa os incisos. Legislador meio que enfia pela garganta os incisos do 927, amarra a obrigação do juiz fundamentar o porquê não se baseou em sumulas não vinculantes. De acordo com o professor, do §2º para baixo poderiam estar no regimento interno. §3º pode fazer modulação dos efeitos da decisão jurídica. Ex.: discussão se aplicava o ISS no serviço de locadora de filmes, se discutiu que havia incidência de ISS, se modulou o efeito dessa decisão, modular é estar atento ao interesse social, se determinar a repercussão ou a partir de quando a decisão vai passar a ter seus efeitos, por exemplo, passa a incidir da data daquele julgado em específico, não se retroagiu, assim, não prejudicando os beneficiários. §4º Repetitivo não engessa o vinculante, mecanismos para que sejam revistar. §5º publicidade aos precedentes. Art. 928. Para os fins deste Código, considera-se julgamento de casos repetitivos a decisão proferida em: I - incidente de resolução de demandas repetitivas; II - recursos especial e extraordinário repetitivos. Parágrafo único. O julgamento de casos repetitivos tem por objeto questão de direito material ou processual. A ORDEM DOS PROCESSOS DO TRIBUNAL A ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA 3 Ana Bonfim – Processo Civil A Ordem dos Processos do Tribunal A Assuncao de Competencia Parágrafo único já vimos em outro artigo, pode ser um julgamento de algo material, ou processual, os incisos desse artigo demonstram quais são os casos de resolução de demandas repetitivas, por isso IAC não está incluso. 2-PROCESSAMENTO INCIAL APÓS O INGRESSO DOS AUTOS NO TRIBUNAL. PREVENÇÃO DO RELATOR SORTEADO. Art. 929. Os autos serão registrados no protocolo do tribunal no dia de sua entrada, cabendo à secretaria ordená-los, com imediata distribuição. Parágrafo único. A critério do tribunal, os serviços de protocolo poderão ser descentralizados, mediante delegação a ofícios de justiça de primeiro grau. Nos processos físicos são assim, há o protocolo integrado nos fóruns, e nele vai para a instância. Hoje em dia quando se interpõe um recurso, ele é distribuído eletronicamente. Art. 930. Far-se-á a distribuição de acordo com o regimento interno do tribunal, observando-se a alternatividade, o sorteio eletrônico e a publicidade. Parágrafo único. O primeiro recurso protocolado no tribunal tornará prevento o relator para eventual recurso subsequente interposto no mesmo processo ou em processo conexo. O sorteio do recurso é feito da mesma forma que da petição inicial, será distribuído as câmaras, cada uma com 5 desembargadores. O primeiro recurso daquele processo no tribunal tornara o provento o relator para os demais recursos subsequentes. Preserva o juiz natural. Art. 931. Distribuídos, os autos serão imediatamente conclusos ao relator, que, em 30 (trinta) dias, depois de elaborar o voto, restituí-los-á, com relatório, à secretaria. Eles são enviados ao relator e ele devolverá em 30 dias os votos com relatório a secretaria, o voto dele não tem mais peso que os dos demais, tem o mesmo peso. 3-DECISÕES QUE PODEM SER TOMADAS PELO RELATOR Art. 932. Incumbe ao relator: I - dirigir e ordenar o processo no tribunal, inclusive em relação à produção de prova, bem como, quando for o caso, homologar autocomposição das partes; II - apreciar o pedido de tutela provisórianos recursos e nos processos de competência originária do tribunal; III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida; IV - negar provimento a recurso que for contrário a: a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal; A ORDEM DOS PROCESSOS DO TRIBUNAL A ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA 4 Ana Bonfim – Processo Civil A Ordem dos Processos do Tribunal A Assuncao de Competencia b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; V - depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar provimento ao recurso se a decisão recorrida for contrária a: a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal; b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; VI - decidir o incidente de desconsideração da personalidade jurídica, quando este for instaurado originariamente perante o tribunal; VII - determinar a intimação do Ministério Público, quando for o caso; VIII - exercer outras atribuições estabelecidas no regimento interno do tribunal. Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação exigível. Super poder do relator, ele é o único que tem capacidade de julgar monocraticamente, em caráter excepcional julga sozinho, dentro das condições do Art 932. Do inciso I ao III a ideia do super relator é justamente a economia processual e a celeridade processual, é dar maior velocidade no que em principio parece obvio. Para essa decisão cabe agravo interno. Inciso I se aplica mais aos processos que nascem no tribunal, originários, inclusive a composição das partes O II aprecia o pedido de tutela provisória, ex.: se ele indeferir entra com agravo e efeito suspensivo ativo. III- caso não reconheça o recurso por falta de requisitos de admissibilidade. Antes de considerar inadmissível ele tem que dar o prazo de 5 dias para sanar vícios IV e V necessidade de contraditório O super relator pode negar provimento ao recurso, no VI é o recurso que está contrário as alíneas no V dá provimento ao recurso, pois é a decisão que está ferindo as alíneas e será reformada. Legislador faz novamente igual ao Art 928, quer dar poder ao relator de negar provimento a um recurso ou decisão que não siga sumulas não vinculantes. A ORDEM DOS PROCESSOS DO TRIBUNAL A ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA 5 Ana Bonfim – Processo Civil A Ordem dos Processos do Tribunal A Assuncao de Competencia Inciso VI, relator pode decidir IDPJ. Art. 933. Se o relator constatar a ocorrência de fato superveniente à decisão recorrida ou a existência de questão apreciável de ofício ainda não examinada que devam ser considerados no julgamento do recurso, intimará as partes para que se manifestem no prazo de 5 (cinco) dias. § 1º Se a constatação ocorrer durante a sessão de julgamento, esse será imediatamente suspenso a fim de que as partes se manifestem especificamente. § 2º Se a constatação se der em vista dos autos, deverá o juiz que a solicitou encaminhá-los ao relator, que tomará as providências previstas no caput e, em seguida, solicitará a inclusão do feito em pauta para prosseguimento do julgamento, com submissão integral da nova questão aos julgadores. A preocupação com os fatos supervenientes que aconteçam após a interposição do recurso, ex.: parte da dívida é paga pelo devedor, princípio da não surpresa, dá vista a parte. Se a constatação ocorrer durante seção de julgamento será suspenso para análise. Art. 934. Em seguida, os autos serão apresentados ao presidente, que designará dia para julgamento, ordenando, em todas as hipóteses previstas neste Livro, a publicação da pauta no órgão oficial. Presidente da câmara, cada câmara tem 5 desembargadores e é eleito um presidente. Art. 935. Entre a data de publicação da pauta e a da sessão de julgamento decorrerá, pelo menos, o prazo de 5 (cinco) dias, incluindo-se em nova pauta os processos que não tenham sido julgados, salvo aqueles cujo julgamento tiver sido expressamente adiado para a primeira sessão seguinte. § 1º Às partes será permitida vista dos autos em cartório após a publicação da pauta de julgamento. § 2º Afixar-se-á a pauta na entrada da sala em que se realizar a sessão de julgamento. Artigos formais de procedimento, tem que ter uma antecedência de 5 dias da publicação e de julgamento, pode fazer sustentação oral. Ainda assim será permitido vistas em cartório (processos físicos), §2º fica na porta da sala pro advogado que vai fazer a sustentação oral achar. Art. 936. Ressalvadas as preferências legais e regimentais, os recursos, a remessa necessária e os processos de competência originária serão julgados na seguinte ordem: Ver tópico (1886 documentos) I - aqueles nos quais houver sustentação oral, observada a ordem dos requerimentos II - os requerimentos de preferência apresentados até o início da sessão de julgamento III - aqueles cujo julgamento tenha iniciado em sessão anterior; IV - os demais casos. A ORDEM DOS PROCESSOS DO TRIBUNAL A ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA 6 Ana Bonfim – Processo Civil A Ordem dos Processos do Tribunal A Assuncao de Competencia Ordem de julgamento no dia do julgamento, ex.: se no dia tem 15 recursos para serem julgados, 3 tem sustentação oral, esses 3 vão primeiro, requerimentos de preferência, e em sequência julgamentos que começaram mas não terminaram e os que não se encaixam nos incisos, vão na sequência. 5-PROCEDIMENTO DO JULGAMENTO I- RELATOR EXPÕE CAUSA E ABRE PARA SUSTENTAÇÃO ORAL, SE FOR O CASO Art. 937. Na sessão de julgamento, depois da exposição da causa pelo relator, o presidente dará a palavra, sucessivamente, ao recorrente, ao recorrido e, nos casos de sua intervenção, ao membro do Ministério Público, pelo prazo improrrogável de 15 (quinze) minutos para cada um, a fim de sustentarem suas razões, nas seguintes hipóteses, nos termos da parte final do caput do art. 1.021: I - no recurso de apelação; II - no recurso ordinário; III - no recurso especial; IV - no recurso extraordinário; V - nos embargos de divergência; VI - na ação rescisória, no mandado de segurança e na reclamação; VII - (VETADO); VIII - no agravo de instrumento interposto contra decisões interlocutórias que versem sobre tutelas provisórias de urgência ou da evidência; IX - em outras hipóteses previstas em lei ou no regimento interno do tribunal. § 1º A sustentação oral no incidente de resolução de demandas repetitivas observará o disposto no art. 984 , no que couber. § 2º O procurador que desejar proferir sustentação oral poderá requerer, até o início da sessão, que o processo seja julgado em primeiro lugar, sem prejuízo das preferências legais. § 3º Nos processos de competência originária previstos no inciso VI, caberá sustentação oral no agravo interno interposto contra decisão de relator que o extinga. § 4º É permitido ao advogado com domicílio profissional em cidade diversa daquela onde está sediado o tribunal realizar sustentação oral por meio de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, desde que o requeira até o dia anterior ao da sessão. A ORDEM DOS PROCESSOS DO TRIBUNAL A ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA 7 Ana Bonfim – Processo Civil A Ordem dos Processos do Tribunal A Assuncao de Competencia Até o §1º começa a descrevero passo a passo da seção de julgamentos nos tribunais, final do caput está estabelecendo regras gerais para a sustentação oral, e obedecendo o regimento interno particular de cada tribunal Aberta a seção de julgamento o relator faz um relato da causa, e da oportunidade primeiro ao recorrente e depois ao recorrido para fazer sua intervenção em 15 minutos, se tiver MP ele também terá 15 minutos. §2º lembrar do 936 que trata das preferencias legais. §3º competência original, já começa nos tribunais, como ação rescisória, inciso VI traz ações de competência originária. Nos processos que já nascem lá cabem agravo interno e nesse caso cabe a sustentação oral. §4º possibilidade de sustentação oral por videoconferência II- QUESTÃO PRELIMINAR E AGRAVO DE INSTRUMENTO JULGADOS LOGICAMENTE ANTES, COM POSSIBILIDADE DE CORREÇÃO DE VÍCIOS SANÁVEIS, OU DE PRODUÇÃO DE PROVAS. Art. 938. A questão preliminar suscitada no julgamento será decidida antes do mérito, deste não se conhecendo caso seja incompatível com a decisão. § 1º Constatada a ocorrência de vício sanável, inclusive aquele que possa ser conhecido de ofício, o relator determinará a realização ou a renovação do ato processual, no próprio tribunal ou em primeiro grau de jurisdição, intimadas as partes. § 2º Cumprida a diligência de que trata o § 1º, o relator, sempre que possível, prosseguirá no julgamento do recurso. § 3º Reconhecida a necessidade de produção de prova, o relator converterá o julgamento em diligência, que se realizará no tribunal ou em primeiro grau de jurisdição, decidindo-se o recurso após a conclusão da instrução. § 4º Quando não determinadas pelo relator, as providências indicadas nos §§ 1º e 3º poderão ser determinadas pelo órgão competente para julgamento do recurso. Se eu tenho uma questão preliminar e uma de mérito, primeiro eu analiso a preliminar, pois pode influenciar no mérito, §1º ex.: se eu não tenho procuração, é um vício sanável, se descobre isso durante o julgamento se suspende, sempre que possível o relator dará continuidade ao julgamento, ou seja, se não for sanável para. §3º ex.: Dei uma sentença, teve apelação, tribunal vai julgar, relator entende que é necessário que se faça uma perícia, se o tribunal se convencer da necessidade de uma prova que a 1ª instancia negou, pode apenas devolver o processo para se produzir aquela prova, não sendo necessário o juiz de primeira instancia julgar novamente, ele realiza a prova e devolve aos desembargadores para julgar. §4º se o relator não sanar o vício, ou não achar necessário uma prova, pode ser voto vencido, ou seja, os outros desembargadores podem discordar dele, maioria de votos. A ORDEM DOS PROCESSOS DO TRIBUNAL A ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA 8 Ana Bonfim – Processo Civil A Ordem dos Processos do Tribunal A Assuncao de Competencia III- PRELIMINAR REJEITADA OU COMPATÍVEL COM O MÉRITO, PROSSEGUE PARA JULGAMENTO DE MÉRITO Art. 939. Se a preliminar for rejeitada ou se a apreciação do mérito for com ela compatível, seguir-se-ão a discussão e o julgamento da matéria principal, sobre a qual deverão se pronunciar os juízes vencidos na preliminar. Se essa preliminar for rejeitada vais seguir e julgar o mérito, a câmara de julgamento tem 3 desembargadores, o relator entende que tem uma preliminar que é citação é nula, o desembargador B discorda, e o C também, 2 a 1 para a preliminar ser vencida, vai se julgar o mérito, embora o desembargador entenda que a citação é nula, ele não pode se esquivar de julgar o mérito, ele tem que julgar, não importa, ele é obrigado a se pronunciar. IV- POSSIBILIDADE DE VISTA AOS AUTOS PELOS DEMAIS JUIZES DA TURMA OU CÂMARA Art. 940. O relator ou outro juiz que não se considerar habilitado a proferir imediatamente seu voto poderá solicitar vista pelo prazo máximo de 10 (dez) dias, após o qual o recurso será reincluído em pauta para julgamento na sessão seguinte à data da devolução. § 1º Se os autos não forem devolvidos tempestivamente ou se não for solicitada pelo juiz prorrogação de prazo de no máximo mais 10 (dez) dias, o presidente do órgão fracionário os requisitará para julgamento do recurso na sessão ordinária subsequente, com publicação da pauta em que for incluído. § 2º Quando requisitar os autos na forma do § 1º, se aquele que fez o pedido de vista ainda não se sentir habilitado a votar, o presidente convocará substituto para proferir voto, na forma estabelecida no regimento interno do tribunal. Pedido de vista, relator ou desembargador pode pedir vista, se não se sentir habilitado para julgar, pois pode acontecer de na hora da sustentação oral, um dos desembargadores pode sentir dúvidas, o prazo máximo de 10 dias com mais 10 de prorrogação se necessário, depois o presidente da câmara requisitará o processo para julgamento, quando requisitado, se quem pediu vista ainda não se sentir habilitado depois de 20 dias vai ser substituído. V- ANUNCIO DO RESULTADO COM POSSIBILIDADE DE MODIFICAÇÃO DOS VOTOS, COM VOTO VENCIDO NECESSÁRIAMENTE DECLARADO. Art. 941. Proferidos os votos, o presidente anunciará o resultado do julgamento, designando para redigir o acórdão o relator ou, se vencido este, o autor do primeiro voto vencedor. § 1º O voto poderá ser alterado até o momento da proclamação do resultado pelo presidente, salvo aquele já proferido por juiz afastado ou substituído. § 2º No julgamento de apelação ou de agravo de instrumento, a decisão será tomada, no órgão colegiado, pelo voto de 3 (três) juízes. A ORDEM DOS PROCESSOS DO TRIBUNAL A ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA 9 Ana Bonfim – Processo Civil A Ordem dos Processos do Tribunal A Assuncao de Competencia § 3º O voto vencido será necessariamente declarado e considerado parte integrante do acórdão para todos os fins legais, inclusive de pré-questionamento. Proferidos os votos vencidos, os desembargadores podem apenas seguir o voto do relator, ou podem ser contra, o voto pode ser alterado até a proclamação da sentença do presidente da câmara, o voto vencido será necessariamente declarado, e estará incluso no acordão, pois a parte vencida pode usar como prequestionamento. 6-REGISTRO E PUBLICIDADE DO ACORDÃO Art. 943. Os votos, os acórdãos e os demais atos processuais podem ser registrados em documento eletrônico inviolável e assinados eletronicamente, na forma da lei, devendo ser impressos para juntada aos autos do processo quando este não for eletrônico. § 1º Todo acórdão conterá ementa. § 2º Lavrado o acórdão, sua ementa será publicada no órgão oficial no prazo de 10 (dez) dias. Art. 944. Não publicado o acórdão no prazo de 30 (trinta) dias, contado da data da sessão de julgamento, as notas taquigráficas o substituirão, para todos os fins legais, independentemente de revisão. Parágrafo único. No caso do caput , o presidente do tribunal lavrará, de imediato, as conclusões e a ementa e mandará publicar o acórdão. Questão Formal, burocráticas, hoje em dia julgamentos são todos gravados em registros de áudio. 7-JULGAMENTO POR MEIO ELETRONICO 549/11 E 772/17, São duas resoluções do TJ sobre julgamento eletrônico, se não tiver sustentação o relator manda a resolução e o voto aos dois embargadores, e eles desenvolvem e se concordarem está feito. Intensa velocidade ao julgamento, sem a necessidade de marcar uma audiência. 8-JULGAMENTOS NÃO UNANIME. HIPOTESES DE AMPLIAÇÃO AUTOMATICA DE JULGADORES. Art. 942. Quando o resultado da apelação for não unânime, o julgamento terá prosseguimento em sessão a ser designada com a presença de outros julgadores, que serão convocados nos termos previamente definidos no regimento interno, em número suficiente para garantir a possibilidade de inversão do resultado inicial, assegurado às partes e a eventuais terceiros o direito de sustentar oralmente suas razões perante os novos julgadores. Ver tópico (193931 documentos) A ORDEM DOSPROCESSOS DO TRIBUNAL A ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA 10 Ana Bonfim – Processo Civil A Ordem dos Processos do Tribunal A Assuncao de Competencia § 1º Sendo possível, o prosseguimento do julgamento dar-se-á na mesma sessão, colhendo-se os votos de outros julgadores que porventura componham o órgão colegiado. Ver tópico (13573 documentos) § 2º Os julgadores que já tiverem votado poderão rever seus votos por ocasião do prosseguimento do julgamento. Ver tópico (2268 documentos) § 3º A técnica de julgamento prevista neste artigo aplica-se, igualmente, ao julgamento não unânime proferido em: Ver tópico (3580 documentos) I - ação rescisória, quando o resultado for a rescisão da sentença, devendo, nesse caso, seu prosseguimento ocorrer em órgão de maior composição previsto no regimento interno; Ver tópico (580 documentos) II - agravo de instrumento, quando houver reforma da decisão que julgar parcialmente o mérito. Ver tópico (2316 documentos) § 4º Não se aplica o disposto neste artigo ao julgamento: Ver tópico (170 documentos) I - do incidente de assunção de competência e ao de resolução de demandas repetitivas; Ver tópico (4 documentos) II - da remessa necessária; Ver tópico (71 documentos) III - não unânime proferido, nos tribunais, pelo plenário ou pela corte especial. Substitui os embargos infringentes que não existem mais, era um recurso contra julgamentos não unanimes, substituiu para uma técnica de ampliação de julgadores. Legislador trata especificadamente quando o resultado da apelação não for unanime, essa tecna não serve para qualquer recurso, somente apelação não unanime, ação rescisória quando o resultado for a rescisão da sentença e agravo de instrumento quando houver reforma da decisão que julgar parcialmente o mérito. Será designado uma nova secção, com outros julgadores, serão convocados para ampliar o julgamento. Ex.: em cada câmara tem 3 desembargadores, se houver divergência, vai ser designado uma nova secção, onde de 3 desembargadores será ampliado para 5, dependendo do regimento interno de A ORDEM DOS PROCESSOS DO TRIBUNAL A ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA 11 Ana Bonfim – Processo Civil A Ordem dos Processos do Tribunal A Assuncao de Competencia cada órgão, sempre um numero que consiga virar a decisão proferida, se reabre a possibilidade de sustentação oral. §1º sendo possível o prosseguimento se dará na mesma secção, mas é meio impossível eles vão querer estudar o caso, analisar, até o final do julgamento pode se mudar o voto. §3º essa técnica de julgamento- ação rescisória quando o resultado for a rescisão da sentença e apelação §4º quais recursos não cabem (parágrafo inútil) Não tem que ter requerimento, é automático, se houver julgamento não unanime será designado mais desembargadores. 9-INCIDENTE DE ASSUNÇÃO DE COMPETENCIA. CONCEITO E FINALIDADE. “É um mecanismo criado pela atual CPC para permitir que relevantes questões de direito, com grande repercussão social, mas sem repetição de múltiplos processos, que sejam objeto de recurso, remessa necessária ou causa de competência originária, sejam examinadas por órgão colegiado indicado pelo regimento interno, com força vinculante sobre os juízes e órgãos fracionários, objetivando, prioritariamente, a uniformização e a estabilização da jurisprudência.” Art. 947. É admissível a assunção de competência quando o julgamento de recurso, de remessa necessária ou de processo de competência originária envolver relevante questão de direito, com grande repercussão social, sem repetição em múltiplos processos. Ver tópico (48764 documentos) § 1º Ocorrendo a hipótese de assunção de competência, o relator proporá, de ofício ou a requerimento da parte, do Ministério Público ou da Defensoria Pública, que seja o recurso, a remessa necessária ou o processo de competência originária julgado pelo órgão colegiado que o regimento indicar. Ver tópico (954 documentos) § 2º O órgão colegiado julgará o recurso, a remessa necessária ou o processo de competência originária se reconhecer interesse público na assunção de competência. Ver tópico (1064 documentos) § 3º O acórdão proferido em assunção de competência vinculará todos os juízes e órgãos fracionários, exceto se houver revisão de tese. Ver tópico (15599 documentos) § 4º Aplica-se o disposto neste artigo quando ocorrer relevante questão de direito a respeito da qual seja conveniente a prevenção ou a composição de divergência entre câmaras ou turmas do tribunal. É disparado o menos utilizado, está incluído no artigo 927 onde o legislador impõe força vinculativa, No antigo CPC tínhamos o incidente de uniformização de jurisprudência foi mudado onde agora ele se chama IAC, incidente de assunção de competência, tem similitude com os embargos de A ORDEM DOS PROCESSOS DO TRIBUNAL A ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA 12 Ana Bonfim – Processo Civil A Ordem dos Processos do Tribunal A Assuncao de Competencia divergência, que só servem para REX e RESP, divergência entre as turmas, embargos de divergência não tem força vinculativa, agora o IAC tem. Pode ser instaurado em qualquer tribunal, TJ TRF. §3º relembra 927 III §4º diz a respeito a finalidade do IAC, relevante questão de direito, órgãos fracionários decidindo sobre o mesmo tema de forma diferente, tem alguns processos só muitas divergências de julgamento O IAC pode ser pedido pelo relator a oficio ou a requerimento, defensoria ou MP, o órgão colegiado vai assumir a competência daquele órgão fracionário e vai eliminar a divergência daquela decisão na prática o TJ tem coisas pra julgar, não ganhou a projeção que acharam que ele ia ter, IRDR é demanda repetitiva, o IAC é apenas sobre uma questão social, não serial.
Compartilhar