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Cimentosautoadesisvos_20140829093924

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Revista Dentística on line – ano 10, número 21 (abr/jun 2011) 
ISSN 1518-4889 – www.gbpd.com.br 
Souza, T. R. et al , Cimentos auto -adesivos: ef icácias e controvérsias 
 
20 
Cimentos auto-adesivos: eficácias e controvérsias 
 
Self-adhesives resin cements: efficiencies and controversies 
 
Thayse Rodrigues de Souza
1 
Jorge César Borges Leão Filho
2 
Lúcia Carneiro de Souza Beatrice
3
 
1
 Mestranda em Clínica Integrada pela Universidade 
Federal de Pernambuco- UFPE, Recife/PE, Brasil. 
2
 Mestrando em Odontologia, com área de concentração em 
Ortodontia pela Pontifícia Universidade Católica do 
Paraná-PUC-PR, Curitiba/PR,Brasil. 
3
 Professora Associada do Departamento de Prótese e 
Cirurgia Buco-Facial da Universidade Federal de 
Pernambuco-UFPE, Recife/PE, Brasil. 
 
 
Resumo 
Este artigo de revisão enfoca considerações científicas 
correntes sobre cimentos auto-adesivos, suas vantagens, 
desvantagens, propriedades físicas, adesão oferecida ao 
substrato, integridade marginal, microinfiltração e 
biocompatibilidade desses cimentos, bem como algumas 
controvérsias encontradas na literatura acerca do 
desempenho e aplicação clínica de tais materiais. 
 
Palavras-chave: Cimentos auto-adesivos, revisão 
 
Summary: 
This article review focuses on current scientific 
considerations on self-adhesive cements, their advantages, 
disadvantages, physical properties, adhesion offered to the 
substrate, marginal integrity, microleakage and 
biocompatibility of these cements as well as some 
controversy in the literature regarding the performance and 
clinical application of such materials 
 
Key words: self-adhesives cements, review 
 
Introdução 
 
O sucesso clínico de um procedimento 
restaurador indireto depende em parte da técnica de 
cimentação usada que criam um link entre a restauração 
e o dente.
52
 Os diferentes agentes de cimentação que se 
encontram disponíveis para uso clínico são divididos 
em cinco classes principais: cimentos de fosfato de 
zinco, cimentos de policarboxilato, cimentos de 
ionômero de vidro, cimentos ionômero de vidro resino-
modificados e cimentos resinosos. 
17,52
 
Os cimentos resinosos são compósitos resinosos 
de baixa viscosidade usados para reter restaurações 
indiretas e promover um selamento adequado entre a 
restauração e o substrato dentário.
4
 Estes cimentos 
diferem de acordo com o pré-tratamento do substrato 
dentário antes da cimentação e, segundo este critério, 
podem ser divididos em três subgrupos: (1) cimentos 
resinosos convencionais (cimentos usados depois da 
aplicação de um sistema adesivo que inclui um 
condicionamento ácido separadamente, (2) cimentos 
resinosos ―auto-condicionantes‖, estes são usados após 
a aplicação de um adesivo auto-condicionante e (3) 
cimentos resinosos auto-adesivos, são chamados de 
cimentos ―auto-aderentes‖ e são usados sem aplicação 
de qualquer sistema adesivo.
52,54
 
Os cimentos convencionais são baseados no uso 
de um adesivo que exige condicionamento ácido total 
ou um adesivo auto-condicionante seguido pelo 
compósito de baixa-viscosidade. O procedimento de 
cimentação requer vários passos seqüenciais, e o uso de 
sistemas adesivos associados com agentes de 
cimentação resinosos é muito comum. No entanto, a 
técnica de aplicação desses cimentos é dividida em 
vários passos sendo, portanto, complexa e bastante 
sensível, podendo ser influenciada por vários fatores 
como o próprio operador, a qualidade do substrato, do 
material, e sua temperatura o que potencialmente 
resultarão em falha de união.
14,40,48
 
Adicionalmente aos sistemas adesivos que 
utilizam o condicionamento ácido total, os sistemas 
auto-condicionantes são usados com o propósito de 
eliminar os passos de enxágüe/secagem e facilitar o 
procedimento adesivo. 
11,13,28
 Os cimentos auto-
adesivos, por sua vez surgiram no mercado exibindo 
características de um protocolo simples de aplicação e 
foram propostos como uma alternativa para os sistemas 
atualmente utilizados para cimentação. 
52
 
 
Cimentos auto-adesivos 
 
Os cimentos auto-adesivos foram introduzidos 
em 2002 como um novo subgrupo de cimentos 
resinosos (ex: RelyX Unicem, 3M ESPE; St.Paul, MN, 
USA) e ganharam popularidade rapidamente, com mais 
de uma dezena de marcas disponíveis no mercado. 
24,52
 
Têm sido indicados para união com vários substratos 
como esmalte, dentina, amálgama, metal, e porcelana 
.
39 
Adicionalmente estes cimentos têm sido indicados 
para serem usados para cimentação de restaurações a 
base de zircônia.
20,37
 
O cimento auto-adesivo RelyX Unicem (3M-
ESPE) foi o primeiro produto introduzido no mercado, 
apresentando um processo de aplicação simplificado 
como alternativa para os sistemas utilizados até então 
para cimentação de cerâmicas convencionais bem 
como de restaurações metálicas.
51
 Este cimentos são 
agentes de cimentação auto-condicionantes, que não 
produzem camada híbrida visível.
14,43
 São materiais 
híbridos que combinam características dos compósitos 
restauradores, adesivos auto-condicionantes e, em 
alguns casos, agentes de cimentação.
24
 
Estes materiais foram projetados com intenção 
de superar algumas limitações dos cimentos 
convencionais (cimentos de fosfato de zinco, 
policaboxilato, e ionômero de vidro) e dos cimentos 
Revista Dentística on line – ano 10, número 21 (abr/jun 2011) 
ISSN 1518-4889 – www.gbpd.com.br 
Souza, T. R. et al , Cimentos auto -adesivos: ef icácias e controvérsias 
 
21 
resinosos, bem como reunir em um único produto 
características favoráveis de diferentes cimentos.
52
 
A sensibilidade da técnica adesiva foi também 
resolvida pela simples aplicação do cimento, em um 
único passo, eliminando a aplicação prévia de um 
agente adesivo ou outro pré-tratamento ao 
dente.
8,28,29,45,48,56
 
De acordo com as informações dos fabricantes 
de tais materiais, como a smear layer não é removida, 
nenhuma sensibilidade pós-operatória é esperada. 
Adicionalmente, moderada resposta inflamatória pulpar 
e liberação de íons fluoreto são vistos.
15,27,52,57
 
Os cimentos resinosos apresentam diversas 
vantagens quando comparados aos cimentos 
convencionais, como maior retenção, solubilidade 
mínima no ambiente oral, menor microinfiltração e 
biocompatibilidade aceitável.
16,29,65
 Além disso, devido 
ao seu potencial de aderir tanto ao dente quanto a 
restauração, estes materiais oferecem reforço para 
substratos fragilizados, o que permite o sucesso de 
restaurações estéticas. Outras vantagens desses 
cimentos podem ser citadas, como a diminuição da 
sensibilidade pós-operatória e menor suscetibilidade à 
umidade, diferentemente de cimentos de fosfato de 
zinco, policarboxilato de zinco e cimentos resinosos 
auto-condicionantes, além de promover liberação de 
íons flúor de maneira comparável aos cimentos de 
ionômero de vidro.
26,41
 
 
Propriedades Gerais 
 
Os cimentos auto-adesivos provêem 
propriedades como boa estética, propriedades 
mecânicas ótimas, estabilidade dimensional, e adesão 
micromecânica, semelhantes aos cimentos resinosos 
convencionais.
52
 
 
Adesão ao substrato 
 
Relativamente pouca informação existe sobre a 
composição e o mecanismo de adesão de cimentos 
auto-adesivos.
24
 O que se sabe é que o mecanismo de 
adesão desses materiais depende de uma interação 
química e mecânica entre o cimento e o substrato 
dental.
48
 Isto é atribuído aos monômeros ácidos que 
simultaneamente desmineralizam e infiltramo 
substrato dentário, resultando em retenção 
micromecânica. Reações secundárias têm sido 
sugeridas para promover união química adicional à 
hidroxiapatita, uma característica somente comprovada 
no cimento de ionômero de vidro. Os grupamentos 
fosfatos dos monômeros funcionais incluem uma 
mistura de monômeros que são requeridas para reagir 
com a hidroxiapatita do substrato dental, resultando em 
retenção adicional através de ligações químicas.
6,14,27,28
 
É considerado na literatura que a interação com o 
substrato é superficial sem a formação de uma camada 
híbrida distinta ou tags de resina.
8,14
 
A reação dominante ocorre via polimerização 
livre de radical, iniciada tanto por luz quanto por um 
sistema redox que permite a polimerização em um 
ambiente ácido.
28
 
A neutralização do sistema de cimentação, 
previamente ácido, é promovido pela adição de 
ionômero de vidro o que resulta em um aumento de pH 
de um para seis.
52
 A água tem um um papel 
fundamental na eficácia da ligação: a água é gerada 
durante a neutralização dos grupos funcionais 
modificados por ácido fosfórico e reutilizadas para 
reagir com grupos funcionais ácidos e íons básicos de 
preenchimento. 
A água formada contribui com a hidrofilicidade 
inicial do cimento, que aumenta a adaptação ao 
substrato dental e também aumenta a tolerância à 
umidade. No entanto, é desconhecido se a quantidade 
de água que é gerada durante a aplicação do cimento é 
suficiente para promover união, ou se a umidade da 
dentina pode influenciar o mecanismo de união.
28
 
 
Condições da dentina e adesão 
 
A influência da prévia aplicação de um sistema 
adesivo auto-condicionante na união de agentes de 
cimentação auto-adesivos é ainda desconhecido. Na 
literatura encontram-se poucos estudos que avaliam a 
influência das condições da dentina no desempenho de 
agentes de cimentação auto-adesivos.
28,31,39,48
 
Um recente estudo mostrou que o uso de ácido 
fosfórico para o pré-tratamento da superfície do 
esmalte dental humano melhora a resistência de união 
de cimentos resinosos auto-adesivos.
39
 De Munk et al, 
(2004)
14
, ainda afirmam que a obtenção da melhor 
união com este novo cimento foi obtida em seu estudo 
pelo condicionamento ácido do esmalte antes da 
cimentação. 
O efeito dos ácidos tânico e poliacrílico na 
resistência de união a microtração de cimentos 
resinosos auto-adesivos à dentina foi testado por Pavan 
et al (2010)
48
, que observaram um aumento 
significante da resistência de união a microtração do 
cimento auto-adesivo RelyX Unicem pela aplicação de 
ácido poliacrílico como pré tratamento dentinário. Os 
autores sugeriram que o ácido poliacrílico poderia ser 
incorporado como uma etapa de limpeza para aumentar 
a união durante o procedimento de cimentação usando 
um ciemento auto-adesivo. 
A resistência de união ao substrato dentinário 
depende também do status de umidade do mesmo. A 
excessiva secagem do substrato dentinário diminui a 
resistência de união do cimento resinoso auto-adesivo. 
A umidade da dentina gera falhas de coesão (poros) 
provavelmente resultado de gotículas de água que se 
acumulam em micro-espaços na rede de polímeros, 
diminuindo também a resistência coesiva. Por isso, 
sugere-se apenas remover o excesso de umidade da 
dentina para receber o cimento auto-adesivo.
28
 
O uso do ultrassom na técnica de cimentação 
tem sido também avaliado.
2,8,9,14,34,55
 A aplicação desse 
método durante a cimentação tem levado a obtenção de 
uma estrutura homogênia e redução das porosidades 
bem como diminuição da viscosidade do compósito de 
cimentação promovendo um adequado molhamento e 
adaptação do cimento resinoso ao substrato dental. 
Adicionalmente, a reação ácido-base entre monômeros 
ácidos e bases inorgânicas do material pode também 
Revista Dentística on line – ano 10, número 21 (abr/jun 2011) 
ISSN 1518-4889 – www.gbpd.com.br 
Souza, T. R. et al , Cimentos auto -adesivos: ef icácias e controvérsias 
 
22 
ser melhorada com o uso do ultrassom. O calor local 
produzido durante a aplicação do ultrassom poderia 
catalizar a polimerização de radicais livres.
2
 
Outros autores concordam que o cimento auto-
adesivo que o cimento autoadesivo deveria sempre ser 
aplicado com maior pressão que aquela exercida pelos 
dedos, para assegurar que o cimento de relativa alta 
viscosidade possa se adaptar intimamente as paredes da 
cavidadade.
9,14
 
 
Propriedades Físicas 
 
Há poucos estudos na literatura que examinam 
as propriedades mecânicas dos cimentos resinosos 
auto-adesivos, comparando estes com outros tipos de 
cimento.
24
 Alguns estudos têm determinado a 
resistência de união de diferentes cimentos resinosos 
pelo uso de métodos que determinam a resistência a 
microtração e cisalhamento.
12,19,36,49,64
 
Tem sido reportado que os cimentos resinosos 
auto-adesivos promovem resistência de união à 
estrutura dentária, zircônia, liga de ouro e cerâmica de 
vidro equivalente aos cimentos resinosos 
convencionais sem requerer qualquer tratamento de 
superfície.
20,31,45,47,51
 No entanto, segundo Lin et al, 
(2010)
39
, ainda não foram obtidos resultados 
conclusivos para a resistência de união, modo de falha, 
e padrão de condicionamento na adesão entre cimentos 
resinosos auto-adesivos e o esmalte dental. 
A resistência de união ao esmalte e à dentina 
foram testados, sendo encontrados valores menores 
quando o cimento auto-adesivo foi usado no esmalte. A 
união à dentina não mostrou diferenças 
estatisticamente significativas entre um cimento auto-
adesivo e um cimento auto-condicionante.
14
 No 
entanto, resultados contraditórios foram encontrados na 
literatura, Flury et al, (2010)
25
 encontraram em seu 
estudo mais alta resistência de união do cimento auto-
adesivo RelyX Unicem à cerâmica que outros 
cimentos, mostrando também mais falhas coesivas na 
cerâmica e na dentina do que outros cimentos 
resinosos. 
Segundo Stewart et al, (2002)
60
, os adesivos 
auto e foto-polimerizáveis utilizados no pré-tratamento 
da dentina para cimentação de peças cerâmicas foram 
associados aos mais altos valores de resistência de 
união que os adesivos de cura dual. Tem sido reportado 
que baixos níveis de conversão resultam em 
desempenho clínico inferior, em termos de dureza 
final, tenacidade à fratura, resistência ao desgaste, 
módulo de elasticidade, solubilidade e degradação 
hidrolítica, assim como biocompatibilidade.
22,23,30,58,59
 
Resultados desfavoráveis relacionados aos 
cimentos auto-adesivos são também encontrados na 
literatura. Al- Shaleh et al, (2010)
3
, encontraram menor 
resistência de união ao cisalhamento quando cimentos 
auto-adesivos foram usados para cimentação de 
brackets. 
Quando foram avaliadas a resistência flexural e 
compressiva de um cimento resinoso auto-adesivo, 
RelyX Unicem (3M ESPE), valores abaixo dos obtidos 
com cimentos resinosos convencionais foram 
encontrados. No entanto, este material foi 
estatisticamente mais forte que os cimentos de 
ionômero de vidro resino-modificados, cimentos de 
ionômero de vidro e cimentos de fosfato de zinco.
50
 
 A resistência à abrasão foi avaliada por 
Belli et al, (2009)
4
. Os autores obtiveram boa 
resistência a abrasão pela escovação, no entanto, os 
cimentos testados desgastaram mais rapidamente sob 
cargas mais altas que cimentos resinosos convencionais 
e compósitos ―flow‖. Isso sugere que os cimentos 
resinosos auto-adesivos, provavelmente apresentam umbom desempenho clínico quando expostos à abrasão 
predominantemente criada pelas excursões provocadas 
pela escova de dentes, ou de alimentos com carga 
mínima. Entretanto, em superfícies oclusais, onde as 
forças são mais elevadas, a perda de material nas 
margens durante mastigação pode ser maior do que a 
que é observada em outros cimentos.
24
 
 
Integridade marginal e microinfiltração 
 
Uma ótima adaptação marginal e a presença de 
um selamento durável são importantes requisitos 
clínicos quando falamos de materiais de cimentação. A 
diminuição da integridade marginal e a microinfiltração 
têm sido relacionadas à perda de adesão à estrutura 
dentária, e isso tem sido associado a outros problemas 
como cáries secundárias, sensibilidade pós-operatória, 
inflamação pulpar, acúmulo de placa, passagem de 
bactérias, fluidos, moléculas ou íons entre a estrutura 
dental e a restauração cimentada.
1,35,38
 Estudos clínicos 
têm mostrado que cáries recorrentes e a perda de 
retenção tem sido as maiores causas de perda de 
restaurações indiretas.
46,62
 
Muito embora uma interface tradicional 
resultante do condicionamento total não possa ser vista 
com os cimentos resinosos auto-adesivos, vários 
estudos têm reportado que estes cimentos exibem uma 
união durável e uma boa adaptação marginal à dentina 
ou esmalte.
3,5,6,44,51,53,54
 
 Outros estudos têm reportado uma significativa 
redução da microinfiltração em cimentos resinosos 
convencionais ou auto-condicionantes 
comparativamente aos cimentos auto-adesivos.
33
 
Resultados diferentes foram encontrados por Behr et al, 
(2004)
6
, que, utilizando o cimento Rely X Unicem, sem 
pré-tratamento, na cimentação de coroas cerâmicas, 
obteve adaptação marginal à dentina comparável aos 
agentes de cimentação resinosos convencionais. 
Resultados semelhantes foram encontrados por Ibarra 
et al, (2007)
33
. 
Segundo o autor, a utilização de cimentos auto-
adesivos no esmalte dental tem resultado em maior 
microinfiltração que a dentina. No entanto, haveria 
benefício do pré-tratamento do esmalte com agente 
adesivo. No entanto, Al-Saleh et al, (2010)
3
, encontrou 
em seu estudo mínima infiltração, tanto em margens de 
esmalte quanto dentina. Esta porém, diferiu segundo a 
marca do cimento avaliado. Os cimentos resinosos 
Panavia F 2.0, Kuraray (utilizado com primer auto-
condicionante,) e Monocem (cimento resinoso auto-
adesivo, Shofu) resultaram, significantemente, em 
maiores escores de microinfiltração em ambas as 
margens, esmalte e dentina. 
Revista Dentística on line – ano 10, número 21 (abr/jun 2011) 
ISSN 1518-4889 – www.gbpd.com.br 
Souza, T. R. et al , Cimentos auto -adesivos: ef icácias e controvérsias 
 
23 
 Indicação 
 
A combinação de características favoráveis dos 
cimentos convencionais e das resinas compostas 
tornam os cimentos auto-adesivos adequados para uma 
ampla gama de aplicações.
52
 
Vários produtos estão disponíveis atualmente no 
mercado. Eles diferem em termos de sistemas de 
aplicação, tempo de presa, o número de cores 
disponíveis, e composição. Segundo os fabricantes, 
todos os cimentos auto-adesivos disponíveis 
atualmente no mercado são capazes de liberar íons 
flúor resultando no efeito preventivo de cárie nas 
margens da restauração direta ou indireta.
52,67
 Os 
cimentos auto-adesivos disponíveis são de cura dual, 
radiopacos, sendo indicados para cimentação adesiva 
de praticamente qualquer restauração indireta: 
cerâmica, metal, resina composta, inlays (a base de 
compósito ou metálica) onlays, pontes, coroas, pinos 
(de fibra ou de metal) , resina composta e cerâmica. O 
único procedimento em que o uso de cimentos auto-
adesivo não é indicado é a cimentação das facetas. 
Neste caso a foto-polimerização é recomendada, e 
como o clínico requer de maior tempo de trabalho para 
permitir o posicionamento e ajuste de várias facetas 
simultaneamente, a polimerização precoce do cimento 
dificulta o procedimento de cimentação.
10,52
 
Devido a novidade dos cimentos auto-adesivos 
e à relativa falta de evidência científica, a maioria dos 
dentistas ainda se mostram confusos sobre as 
indicações e a reposta a longo prazo do emprego desses 
materiais.
24
 
 
Biocompatibilidade 
 
A literatura é deficiente em estudos que avaliam 
a biocompatibilidade dos cimentos auto-adesivos. 
Entretanto, a realização de tais estudos é importante, 
pois alguns cimentos resinosos podem incluir em sua 
composição ingredientes ativos que podem modificar o 
metabolismo das células pulpares, quando são usados 
em cavidades profundas ou quando contatam 
diretamente com o tecido pulpar.
24,63
 
De Souza e Costa et al, (2006)
15
, em seu estudo 
evidenciaram que a resposta celular ao RelyX Unicem 
foi mínima o que se correlacionou com a limitada 
penetração do material no substrato dentinário. Tal 
fato se deve a falta do passo de condicionamento 
prévio, bem como a sua relativa alta viscosidade. A 
inflamação pulpar grave só foi vista após o contato 
direto com este material. Segundo Ferracane et al, 
(2010)
24
, devido a essa maior viscosidade dos cimentos 
auto-adesivos e da não necessidade de 
condicionamento prévio da dentina, estes podem ser 
melhor tolerados pela polpa que os outros cimentos 
resinosos que dependem de condicionamento prévio. 
Monteiro et al, (2010)
42
, observaram em um 
estudo in vitro o efeito de diferentes estratégias de 
polimerização de cimentos auto-adesivos sobre o 
metabolismo celular de ratos. Os autores observaram 
que a foto-ativação teve papel fundamental no 
comportamento biológico, sendo que o cimento RelyX 
Unicem apresentou o maior efeito citotóxico que 
aqueles de polimerização química. Quando a foto-
polimerização era usada a viabilidade celular era 
compatível com os resultados observados no grupo 
controle. 
 
Controvérsias 
 
Estudos in vitro reportaram a relativa redução 
na efetividade de união dos cimentos auto-adesivos 
quando comparado aos cimentos resinosos que propõe 
o condicionamento total.
3,7,21,32,66 
 Outros estudos 
mostram que não há diferenças significativas, quando 
do emprego correto da técnica, na efetividade de união 
entre agentes de cimentação que propõem 
condicionamento total, os auto-condicionantes e os 
auto-adesivos.
25,31
 
Segundo Yang et al, (2006)
66
, os cimentos auto-
adesivos têm menor resistência de ligação que 
cimentos convencionais, que dependem da aplicação de 
sistemas adesivos ―etch-and-rinse‖. A baixa adesão 
pode ocorrer devido ao limitado potencial de ataque 
dos sistemas auto-condicionantes, o que poderia 
prejudicar a penetração adequada do cimento na 
dentina. No entanto, Hikita et al, (2007)
31
, num estudo 
comparativo, notaram que os agentes de cimentação 
que empregam o sistema de condicionamento total, 
auto-condicionantes e os auto-adesivos são igualmente 
efetivos em termos de união em esmalte e dentina. Por 
outro lado, De Munck et al, (2004)
14
, destaca em seu 
estudo que a relativa alta viscosidade dos cimentos 
auto-adesivos e a presença de espaços vazios na 
camada de cimento após a cimentação resultam em 
adaptação insuficiente ao substrato dental, o que foi 
observado após o uso do cimento RelyX Unicem. 
Cantoro et al, (2009)
7
, também reportam em seu estudo 
que a presença de espaços vazios na camada de 
cimentação provavelmente afetam as propriedades 
mecânicas no cimento auto-adesivo G-Cem. 
O pré-tratamento da superfície que irá receber o 
cimento resinoso auto-adesivotem sido recomendado 
para aumentar a adesão.
14,18,3948,61,68
 Segundo De Munk 
et al, (2004)
14
, a união realmente efetiva como novo 
cimento auto-adesivo é obtida pela pré-tratamento do 
esmalte com condicionamento ácido, seguida pela 
aplicação do agente adesivo antes da cimentação. A 
necessidade de pré-tratamento questionaria a forma de 
utilização dos cimentos auto-adesivos que voltariam a 
ser chamados de convencionais ou autocondicionantes. 
 
Conclusão 
 
Mais estudos são necessários para avaliar o uso 
dos cimentos auto-adesivos. Essa necessidade é 
traduzida na literatura pela relativa controvérsia entre o 
emprego ou não de pré-tratamento dentinário antes do 
uso dos cimentos auto-adesivos e, dos resultados não 
conclusivos dos estudos que avaliam a efetividade de 
união desses cimentos comparada aos cimentos 
resinosos convencionais. Os cimentos auto-adesivos 
parecem oferecer uma nova abordagem promissora em 
procedimentos restauradores indiretos. No entanto, 
deve-se considerar a realização de também estudos que 
avaliem desempenho clínico desses materiais desses 
Revista Dentística on line – ano 10, número 21 (abr/jun 2011) 
ISSN 1518-4889 – www.gbpd.com.br 
Souza, T. R. et al , Cimentos auto -adesivos: ef icácias e controvérsias 
 
24 
materiais antes de fazer uma recomendação geral para a 
sua utilização. 
 
Referências 
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restorations: a review. Oper Dent., v. 22, n.4,p. 173–185,1997. 
2. Algera T.J., Kleverlaan C.J., de Gee A.J., Prahl-Andersen B., 
Feilzer A.J., The influence of accelerating the setting rate by 
ultrasound or heat on the bond strength of glass ionomers used as 
orthodontic bracket cements. Eur J Orthod ., v. 27,p.472–
476,2005. 
3. Al-Saleh M. , El-Mowafy O., Tam L. , Fenton A., Microleakage of 
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