Direito Administrativo - Aula 22 - Atos Administrativos IV

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Aula 22: Atos Administrativos IV – DIREITO ADMINISTRATIVO 
Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online
AULA 22 – ATOS ADMINISTRATIVOS IV
ATRIBUTOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
1) Presunção de Legitimidade
É atributo presente em todos os atos administrativos (inerente). O ato é 
presumidamente válido, até que seja provado o contrário (presunção relativa). 
Cabe ao particular provar que o ato possua vício. Por conta de tal atributo, mesmo 
que o ato possua defeito (vício), ele produzirá todos os seus efeitos até que seja 
anulado. 
A prova em contrário é a anulação, que ocorrerá por conta do ato ter vício. 
Essa anulação pode ser promovida pela própria Administração ou pelo Judiciá-
rio, se provocado. 
Presunção de Legitimidade Presunção de Veracidade
Presume-se que o ato foi editado 
de acordo com a lei. 
Presume-se que os fatos narrados 
pela administração são verdadeiros. 
2) Autoexecutoriedade
Em regra, a Administração pode editar seus atos independente de prévia 
autorização de outro poder. Nem todo ato tem autoexecutoriedade, por exemplo, 
a execução de multas. Observe: a imposição de multa é diferente de execução 
de multa. A imposição de multa tem autoexecutoriedade, e a execução de multa 
não tem (deve-se recorrer à justiça). 
3) Imperatividade
É o atributo que expressa o Poder Extroverso do Estado, pois permite a 
imposição unilateral de obrigações, independentemente da concordância do 
administrado. 
Não está presente em todos os atos, como, por exemplo, em uma certidão. 
4) Tipicidade
Todo ato administrativo deve corresponder a uma figura típica prevista em lei. 
Está relacionada diretamente com o princípio da legalidade. 
IMPORTANTE!
Cabe mencionar que a professora Maria Sylvia Di Pietro anota que alguns autores 
desmembram a autoexecutoriedade em exigibilidade e executoriedade. 
Assim, a exigibilidade traduz a prerrogativa de a Administração Pública impor 
obrigações ao administrado, sem necessidade de prévia autorização judicial, 
enquanto a executoriedade significa a possibilidade de a Administração realizar 
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DIREITO ADMINISTRATIVO – Aula 22: Atos Administrativos IV
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diretamente a execução forçada da medida que ela impôs ao administrado. A 
exigibilidade está ligada ao uso de meios coercitivos indiretos, tais como aplicação 
de multas. Na executoriedade, os meios coercitivos são diretos, autorizado o uso 
da força pública, se necessário, como ocorre na apreensão de mercadorias, por 
exemplo.
EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
1) Extinção Natural: o ato se desfaz pelo seu mero cumprimento. Por exem-
plo: autorização para show (após o show, o ato se cumpriu e se extingue). 
2) Extinção Subjetiva: o ato se desfaz pelo desaparecimento de seu benefi-
ciário. Por exemplo: falecimento.
3) Extinção Objetiva: o ato se desfaz pelo desaparecimento do próprio 
objeto. Por exemplo: queda de prédio (objeto do alvará). 
4) Renúncia: ocorre quando beneficiário do ato abre mão dos seus efeitos. 
5) Contraposição: ocorre quando um ato posterior for praticado com efeitos 
opostos a um anterior. Por exemplo: nomeação e exoneração (efeitos opostos). 
6) Caducidade: ocorre quando lei posterior torna o ato ilegal. O ato perde o 
seu fundamento jurídico. Por exemplo: considere que, com base na Lei “A”, foi 
editado o Ato I; posteriormente, foi editada a Lei “B”, que proibiu o que estava 
previsto no Ato I. Logo, ocorrerá a caducidade do Ato I, ou seja, perderá seu fun-
damento jurídico. 
7) Cassação: ocorre quando beneficiário do ato descumpre os requisitos 
necessários a sua manutenção. Por exemplo: num alvará de funcionamento para 
restaurante em área residencial, é necessário que este funcione até a meia noite 
e que não tenha música ao vivo. Porém, o restaurante funciona todos os dias 
até as 5 da madrugada, com música ao vivo, logo, por não cumprir os requisitos, 
ocorrerá a cassação do alvará. 
8) Anulação: ocorre quando houver vício/defeito/ilegalidade. Pode ser decre-
tada pela própria Administração ou pelo Judiciário, se provocado. A anulação 
produz efeitos ex tunc (retroativos). 
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O ato nulo não produz qualquer efeito, salvo para o terceiro de boa-fé. 
O prazo para anulação é de cinco anos, sob pena de convalidação tácita. 
A anulação incide sobre ato vinculado ou discricionário. 
9) Revogação: é a supressão de um ato legal que se tornou inoportuno e/ou 
inconveniente. Somente a própria Administração que pode revogar, nunca o Poder 
Judiciário (na sua função típica). A revogação produz efeitos ex nunc (não retroage 
e impede a produção de novos efeitos, mas mantém os efeitos já produzidos). 
A Administração pode revogar a qualquer momento. 
Revogação só incide sobre ato discricionário.
Obss:� Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos 
Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pelo professor 
Ivan Lucas.