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Capítulo 4 Método das forças Esta é uma versão de trabalho desse capítulo, por isso não deixa de consultar os apontamentos das aulas teóricas! 4.1 Introdução ao Método das Forças Um modelo estrutural para poder representar adequadamente o comportamento da estrutura real tem que satisfazer as seguintes relações fundamentais: • condições de equilíbrio (estáticas), garantem o equilíbrio estático de qualquer porção isolada da estrutura ou da estrutura como um todo. • condições de compatibilidade (cinemáticas), entre deslocamentos e deforma- ções. São condições cinemáticas que devem ser satisfeitas para garantir que a estrutura, ao se deformar, permaneça contínua e compatível com as suas liga- ções (apoios) externas. As condições de compatibilidade são: de continuidade interna (no interior das barras e nas ligações das barras) e de compatibilidade externa (modelo tem que satisfazer as condições de apoio). • condições de comportamento dos materiais (leis constitutivas). O Método das Forças é um método básico de análise para problemas hiperstáticos que utiliza incógnitas principais forças generalizadas que podem ser reacções ou esforços internos. O Método das Forças consta em determinar dentro de um conjunto de soluções equilibradas (mas não compatíveis), qual é a solução que satisfaz também as con- dições de compatibilidade. Na formalização do Método das Forças as condições básicas do problema devem ser atendidas pela seguinte ordem: 1. condições de equilíbrio ou estáticas; 47 CAPÍTULO 4. MÉTODO DAS FORÇAS 48 2. condições de comportamento dos materiais ou lei constitutiva; 3. condições de compatibilidade ou cinemáticas. Na prática, para análise de uma estrutura hiperstática somam-se uma série de so- luções básicas - que satisfazem o equilíbrio mas não satisfazem as condições de compatibilidade da estrutura original - para restabelecer as condições de compati- bilidade da estrutura original. As soluções básicas são obtidas numa estrutura auxiliar isostática obtida a partir da estrutura original introduzindo libertações e chama-se sistema base. As forças e/ou momentos correspondentes as ligações eliminadas são incógnitas do problema hiperstático. Ao analisar o comportamento de uma estrutura sujeita a uma determinada solici- tação, as incógnitas de natureza estática são as reacções - que se desenvolvem nos aparelhos de apoios - e os esforços que se instalam nos elementos resistentes. As ligações externas e internas servem para suprimir os graus de liberdade do sis- tema, determinando a sua estatia. O nosso interesse é saber se a determinação das reacções externas e inter- nas/esforços pode ser feita através das equações de equilíbrio? O grau de indeterminação estática duma estrutura pode ser estudada recorrendo a um dos métodos apresentados no Anexo A. 4.2 Descrição do Método das Forças Para apresentar a metodologia de análise de uma estrutura hiperstática pelo método das forças será utilizado um exemplo simples. B CA EI q L L Figura 4.1: Estrutura hiperstática αe = 5− 3 = +2; αi = 0; αg = 0 Grau de hiperstaticidade e sistema base Para analisar a estrutura determina-se o grau de hiperstaticidade ou de indetermi- nação estática (α = αg) o que representara o número de incógnitas excedentes ao número de equações de equilíbrio. CAPÍTULO 4. MÉTODO DAS FORÇAS 49 !!! !!! !!! !!! !! !! !! !! !! Sistema base (SB) ∆Bv 6= 0 θ C 6= 0 X1 CA X2 B b)a) B l l C θC = 0 q EI A ∆Bv = 0 q Figura 4.2: Estrutura utilizada para descrição do método das Forças e escolha do Sistema Base para (α = 3× 2− 4 = 2) A solução do problema hiperstático pelo Método das Forças é feita pela sobre- posição de soluções básicas isostáticas. Para isso cria-se uma estrutura isostática auxiliar, chamada Sistema Base (SB), que é obtida da estrutura original hipers- tática pela introdução de libertações. Cada libertação retira uma força externa ou interna. A escolha do SB é arbitrária, qualquer estrutura isostática é válida desde que seja estável estaticamente. Pela introdução das libertações não se deve transformar a estrutura num mecanismo total ou parcial! Nota Em situações especificas o número de libertações pode ser menor do que o grau de hiperstaticidade da estrutura desde que a estrutura hiperstática resultante é simples e a análise fácil de fazer. As forças correspondentes as ligações cortadas (reacções externas e/ou esforços)chamam-se incógnitas hiperstáticas (Xi) onde (i = 1, α) e são as incóg- nitas da solução pelo Método de Forças. Reposição das condições de compatibilidade As libertações introduzem incompatibilidade em deslocamentos. Para corrigir esses “erros” procuram-se os valores das incógnitas hiperstáticas que restabelecem as condições de compatibilidade da estrutura original violadas na obtenção do SB. A determinação das incógnitas (Xi) é feita através da sobreposição das soluções básicas obtidas no SB. O número destas soluções é igual à (α + 1). !!! !!! !!! !!! !!! !!! !!! !!! !!! !!! ∆B10 θ20 Α C δ22 X =12 δ12Α C δ21δ11 X =11 Α C q ∆10 = − 5ql 4 24EI ; ∆20 = − ql 3 3EI δ11 = l3 6EI ; δ21 = l2 4EI δ12 = l2 4EI ; δ22 = 2l 3EIc) b) a) Figura 4.3: Incompatibilidades no Sistema Base CAPÍTULO 4. MÉTODO DAS FORÇAS 50 Calculam-se os deslocamentos no SB provocados pela solicitação externa (forças externas aplicadas, variação da temperatura, assentamento de apoios, etc...) se- gundo a direcção das incógnitas hiperstáticas, Figura 4.3.a. O ∆i0 representa o deslocamento no SB segundo a direcção da incógnita hiperstá- tica Xi devido a solicitação externa. Calculam-se os deslocamentos no SB devido a acção isolada das incógnitas hi- perstáticas nos mesmos pontos e segundo as mesmas direcções di = Xjδij , fi- gura 4.3.b,c. O termo δij representa o deslocamento no SB segundo a direcção da incógnita hiperstáticaXi devido a solicitaçãoXj = 1. Nota Para cálculo de deslocamentos nesse Capítulo será utilizado o Princípio do Trabalho Virtual Complementar ou Princípio das Forças Virtuais. A partir dos resultados obtidos, utilizando a sobreposição dos efeitos, escrevem-se as condições de compatibilidade para eliminar os “erros” introduzidos no SB. ∆BV = 0 : ∆10 + δ11X1 + δ12X2 = 0 θC = 0 : ∆20 + δ21X1 + δ22X2 = 0 Estas condições são em número (α) e a solução do sistema obtida representa o valor da incógnita hiperstática (X1 e X2) para qual se verifica a anulação das in- compatibilidades. Em geral a condição de compatibilidade é: ∆i0 + α∑ j=1 δijXj = ∆i , i = 1, α (4.1) Desta forma atingiu-se a solução correta para a estrutura original, pois além de satisfazer as condições de equilíbrio (sempre satisfeita no SB) também satisfaz as condições de compatibilidade. Determinação dos esforços internos Depois de obter os valores correctos das incógnitas hiperstáticas é necessário obter os diagramas de esforços e deslocamentos na estrutura. Os diagramas de esforços podem ser obtidos por um dois seguintes métodos: 1. Aplicando a SB o carregamento externo em simultâneo com as incógnitas hiperstáticas. 2. Utilizando a sobreposição dos efeitos uma vez que já estão disponíveis os esforços no SB da acção isolada da solicitação externa e das incógnitas hi- perstáticas. CAPÍTULO 4. MÉTODO DAS FORÇAS 51 (Esf)f = (Esf)0 + α∑ i=1 Xi (Esf)i onde o (Esf)f representa o esforço final na estrutura original, (Esf)0 o es- forço no SB devido a solicitação externa, (Esf)i o esforço no SB originado pela solicitação isolada da incógnitaXi = 1. 4.3 Matriz de flexibilidade A equação de compatibilidade (4.1) pode ser escrita sob forma matricial:FX =∆−∆0 (4.2) em que: • F[δij ] – é a matriz de flexibilidade e δij representa o coeficiente de flexibili- dade, isto é translação ou rotação no SB segundo a direcção da incógnita Xi devido a carregamentoXj = 1. • X[Xj] – é o vector das incógnitas hiperstáticas; • ∆[∆i] – vector dos deslocamentos impostos. ∆i representa o deslocamento imposto segundo a direcção da incógnita hiperstática Xi; • ∆0[∆i0] – vector das descontinuidades. ∆i0 representa o deslocamento se- gundo a direcção da incógnita hiperstáticaXi devido a solicitação externa; Para o exemplo considerado temos: F = [ δ11 δ12 δ21 δ22 ] = l3 6EI l2 4EI l2 4EI 2l 3EI X = [ X1 X2 ] ; ∆ = [ ∆1 ∆2 ] = 0 ; ∆0 = [ ∆10 ∆20 ] = − ql 3 24EI [ 5l 8 ] A matriz de flexibilidade (F ) depende das propriedades da estrutura e do SB esco- lhido. Nota 1: A matriz da flexibilidade é uma matriz simétrica (pode ser demonstrado pelo teorema de Maxwell): δij = δji e δii > 0 CAPÍTULO 4. MÉTODO DAS FORÇAS 52 Nota 2: Os coeficientes de flexibilidade que correspondem a um dado caso básico tem o mesmo índice j (cada coluna da matriz representa os deslocamentos obtidos para o mesmo carregamento unitárioXj = 1). O vector das descontinuidades depende da solicitação externa e da propriedade da estrutura. Para um outro carregamento mantendo o mesmo SB é necessário recal- cular apenas o vector das descontinuidades. A solução da equação (5.2) é: X = F−1 (∆−∆0) Para o caso analisado temos: F −1 = 12EI 7l3 [ 8 −3l −3l 2l2 ] ⇒ X = ql 14 [ 16 l ] Os esforços podem ser obtidos resolvendo a estrutura isostática com o carrega- mento representado ou aplicando a sobreposição dos efeitos. X1 = 8ql 7 ; X2 = ql2 14 !! !! 1/14ql2 A B C q 8/7ql l l 4.4 Sistematização de aplicação do método das for- ças O método das forças para solução de estruturas estaticamente indeterminadas con- siste dos seguintes passos. Para exemplificação considere-se o caso das estruturas planas reticuladas. O SB é composto por nb barras, l + n apoios elásticos e solicitado por cargas aplicadas, k assentamentos de apoio e variação da temperatura actuante em j barras. 1. Identificação do grau de hiperstaticidade ou de indeterminação estática (α) da estrutura, igual ao número de incógnitas excedentes ao número de equa- ções de equilíbrio. 2. Constituição do Sistema Base (SB): obtenção de um sistema estrutural isos- tático, através da eliminação de ligações internas e/ou externas e introdução das incógnitas hiperstáticas correspondentes as ligações eliminadas. 3. Cálculo do sistema base para acções consideradas. Obtenção dos diagramas M0, N0 e V0 (Condições de equilíbrio satisfeitas). CAPÍTULO 4. MÉTODO DAS FORÇAS 53 4. Cálculo do sistema base para acções unitárias em correspondência com as incógnitas hiperstáticas. Obtenção do diagramas para cada carga unitária:mi, ni e vi (Obtenção de α sistemas equilibrados). 5. Cálculo dos deslocamentos (∆i0) no sistema base para acções consideradas segunda a direcção das incógnitas hiperstáticas, utilizando o PFV e os siste- mas equilibradas obtidas na alínea anterior. (Relações de elasticidade satis- feitas). ∆i0 = ∑ nb ∫ l 0 ( N0ni EA + V0vi GA⋆ + M0mi EI ) dx− ∑ k rki∆ k 0 + + ∑ j ∫ l 0 ( αt0ni + α ∆t h mi ) dx+ ∑ l niN0 k + ∑ n miM0 kθ 6. Cálculo dos deslocamentos (δij) no sistema base para cada uma das cargas unitárias (Xj = 1) segundo a direcção das incógnita hiperstáticas (Xi) , uti- lizando o PFV e os sistemas equilibradas obtidas. (Relações de elasticidade satisfeitas). δij = ∑ nb ∫ l 0 ( ninj EA + vivj GA⋆ + mimj EI ) dx+ ∑ l ninj k + ∑ n mimj kθ 7. Imposição dos valores dos deslocamentos pretendidos na direcção das incóg- nitas hiperstáticas, utilizando o princípio da sobreposição dos efeitos. (Impo- sição das condições de compatibilidade). ∆i0 + δi1X1 + δi2X2 + · · ·+ δiαXα = ∆i 8. Resolução do sistema de equações: δ11X1 + δ12X2 + · · ·+ δ1αXα = ∆1 −∆10 δ21X1 + δ22X2 + · · ·+ δ2αXα = ∆2 −∆20 · · · · ·· δα1X1 + δα2X2 + · · ·+ δααXα = ∆α −∆α0 9. Determinação das restantes quantidades que interessam (S(x)): deslocamen- tos dos outros pontos, reacções, esforços/diagramas etc. a partir do SB ou por sobreposição dos efeitos. S(x) = S0(x) + s1(x)X1 + s2(x)X2 + · · ·+ sα(x)Xα 4.5 Exemplos de aplicação do método das Forças O sistema base pode ser obtida introduzindo na estrutura hiperstática libertações externas (eliminar apoios) ou libertações internas (introduzir libertações de esfor- ços). CAPÍTULO 4. MÉTODO DAS FORÇAS 54 4.5.1 Sistema base obtido por eliminação de apoios Exemplo 4.9 Determine os diagramas de esforços na estrutura: !!! !!! !!! !!! !! !! !! !! !! !! !! !!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!! q ll l EI X1 X2 SB p(2l)2/2 pl2/2 X2 = 1 l 2l l M0 X1 = 1 m2 m1 Estatia: αg = α = 5− 3 + 0 = 2 Incompatibilidades: ∆10 = ∫ M0m1 EI dx ∆20 = ∫ M0m2 EI dx δ11 = ∫ m1m1 EI dx δ22 = ∫ m2m2 EI dx δ12 = δ21 = ∫ m1m2 EI dx Calculo dos deslocamentos (incompatibilidades): !!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!! l p(2l)2/2 pl2/8 pl2/2 pl2/8 EI∆10 = 2 3 p l2 8 l × 1 2 l − 1 2 l × 2 p l2 × 2 3 l + + 2 3 p l2 8 l × 1 2 l − 1 2 l × 3 2 p l2 × 2 3 l − − p l 2 2 l × l 2 = −4 3 p l4 !!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!! pl2/8 2pl2 p(2l)2/8 2l EI∆20 = 2 3 p l2 8 l × 1 2 2 l − 1 2 l × 2 p l2 × 2 3 2 l + + 2 3 p (2 l)2 8 (2 l)× 1 2 (2 l)− − 1 2 (2 l) 2 p l2 × 2 3 (2 l) = −13 4 p l4 CAPÍTULO 4. MÉTODO DAS FORÇAS 55 δ11 = ∫ m1m1 EI dx = 1 2 l × l × 2 3 l + 1 2 l × l × 2 3 l = 2 3 l3 EI δ22 = ∫ m2m2 EI dx = 1 2 l × (2 l)× 2 3 (2 l) + 1 2 (2 l)× (2 l)× 2 3 (2 l) = 4 l3 EI !!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!! l 2l l 2l l δ12 = ∫ m1m2 EI dx = 1 2 l × l × 2 3 2 l + 1 2 l × l × ( l 3 + 2 3 (2 l)1 δ12 = 3 2 l3 EI Imposição das condições de compatibilidade: { δ11X1 + δ12X2 +∆10 = 0 δ21X1 + δ22X2 +∆20 = 0 ⇔ 2 3 l3 EI X1 + 3 2 l3 EI X2 − 43EI p l4 = 0 3 2 l3 EI X1 + 4 l3 EI X2 − 134EI p l4 = 0 2 3 X1 + 3 2 X2 = 4 3 p l 3 2 X1 + 4X2 = 13 4 p l ⇔ X1 = 11 10 p l X2 = 2 5 p l Esforços finais são obtidos por sobreposição dos efeitos: !!! !!! !!! !!! !! !! !! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!! 4 (pl2)/5 Mf =M0 +m1X1 +m2X2 X1m1 X2m2 pl2/10 (−1/8 + 1/5)pl2 = 3(pl2)/40 (−9/8 + 11/20 + 3/5)pl2 = (pl2)/40 M0 ll l EI q 11 (pl2)/10 p(2l)2/2 (pl2)/2 9(pl2)/8 2(pl2)/5 CAPÍTULO 4. MÉTODO DAS FORÇAS 56 4.5.2 Sistema base obtido por introdução de rótulas internas Exemplo 4.10 Escolhendo outro sistema base. !!! !!! !!! !!! !! !! !! !! !! !! !! !! !! !! !! !!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!! M0 q ll l EI m2 m1 X1 X2 SB X2 = 1 X1 = 1 q pl2/8 EI∆10 = 2× ( 2 3 p l2 8 l × 1 2 ) = pL3 12 ∆20 = ∆10 EIδ11 = 2× ( 1 2 l × 1× 2 3 × 1 ) = 2 3 l δ22 = δ11 EIδ12 = EIδ21 = 1 2 l × 1× 1 3 = l 6 2 3 l EI X1 + l 6EI X2 + p l2 12EI = 0 l 6EI X1 + 2 3 l EI X2 + p l2 12EI = 0 ⇔ { X1 = X2 = −p l210 Esforços finais são obtidos por sobreposição dos efeitos: !! !! !! !!! !!! !! !! !!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!! q ll l EI pl2/8 M0 X1m1 pl2/10 X2m2 pl2/10 pl2/10 M =M0 +m1X1 +m2X2 (−1/20− 1/20 + 1/8)pl2 = pl2/40 (−1/20 + 1/8)pl2 = 3/40pl2 CAPÍTULO 4. MÉTODO DAS FORÇAS 57 4.6 Análise de estruturas sujeitas a variação da tem- peratura e a pré-esforço 4.6.1 Variação da temperatura A variação da temperatura no exemplo apresentado, Figura 4.4, é constante ao longo do eixo da barra e varia linearmente na altura da secção, sendo te > ti > 0 O sistema base é obtido libertando o apoio em B. Para considerar o efeito da temperatura, esta é decomposta nas parcelas∆ t e t0. O deslocamento provocado em B pela variação da temperatura (parcela ∆ t) é dada por: ∆B = ∆10 = ∫ mα ∆ t h dx o que deve ser corrigido pelo deslocamento provocado pela incógnita hiperstática X = X1, que produz o deslocamento δB1 = δ11: EIδ11 = ∫ mmdx A condição da compatibilidade é: ∆10 + δ11 = 0 ; → X = −∆B δB1 !! !! !!! !!! !! !! !! !!! !!! !! !! !! !!! !!! !! !! !! !! !!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!! !!! !!! !!! !!! !!! Α Β C Α C δB1 SB tiX1 αt0 α∆t/h m n ∆Bv = 0 te t0 = ti+te 2 ti ∆ t/2 ∆ t = ti − te te ti te ∆C∆ t+ t0 ∆B X1 = 1 te ∆ t t0 X1 ti Figura 4.4: Variação de temperatura constante ao longo do eixo da barra e linear na altura da secção CAPÍTULO 4. MÉTODO DAS FORÇAS 58 4.6.2 Pré-esforço O sistema base é obtida libertando o momento no apoio B. !! !! !!! !!! !! !! !! !! !! !!! !!! !!! !!! !! !! !! !! Α Β C Α Α Β SB X1 X1 ∆B δB MB = X1 cabo de pre-esforço ∆B + δB X1 = 0 X = −∆B δB O deslocamento provocado pelo cabo de pré-esforço no sistema base é a rotação em B que está corrigido pela rotação provocada pela incógnita hiperstática X1. 4.7 Análise de estruturas com assentamento de apoio ou apoios elásticos Estrutura sujeite a solicitação simultânea de uma carga distribuída e um desloca- mento∆ imposto: • assentamento de apoio (deslocamento imposto - valor definido) • apoio elástico (mola de translação - deslocamento com valor em função do esforço e a rigidez da mola. Exemplo |∆| = |R|/k para uma fundação elás- tica de rigidez k. ∆ l h q q ∆ X1 X2 X3 SB A B O sistema base é obtida libertando o apoio em B (X1, X2 e X3). CAPÍTULO 4. MÉTODO DAS FORÇAS 59 Os deslocamentos provocados pela acção isolada das solicitações obtêm-se com base em soluções básicas (Xi = 1). !!!!!!!!!! !!!!!!!!!! ! ! ! ! ! ! ! ! !! !! !! !! !! !! !! !! !! !!! !!! !!! !!! !!! !!! !!! !!! !!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!! !! !! !! !! !! !! !! !! !! !! !! !! !! !! !! !! !! !! ! ! ! ! ! ! ! ! ! !!!!!!!!!! !!!!!!!!!! !! !! !! !! !! !! !! !! !! !! !! !! !! !! !! !! !! !! !!!!!!!!!! !!!!!!!!!! !!!!!!!!!! !!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! !! !! !! !! !! !! !! !! !!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!! m1 v1 n1 m2 v2 v3 n3 M0 V0 N0 m3 δ12 δ32 δ22 n2 δ31 δ21 δ11 ∆10 ∆30 ∆20 q pl2/2 pl pl 1 11 h 1 δ13 δ23 δ33 X1 = 1 X2 = 1 X1 = 1 l 1 As equações de compatibilidade escrevem-se: ∆10 + δ11X1 + δ12X2 + δ13X3 = 0 ∆20 + δ21X1 + δ22X2 + δ23X3 = −∆⋆ ∆30 + δ31X1 + δ32X2 + δ33X3 = 0 onde ∆⋆ = ∆ no caso do assentamento de apoio ou ∆⋆ = X2 k quando existe uma mola. Exemplo de aplicação Exemplo 4.11 Cálculo dos esforços numa barra bi-encastrada quando se dá um deslocamento unitário numa direcção sendo os outros nulos. CAPÍTULO 4. MÉTODO DAS FORÇAS 60 !!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!! n2 m1 m3 6 4 12 3 l 5 M0 = 0 V0 = 0 N0 = 0 ∆1 X3 = 1 l X2 = 1 1 ∆1 SB X1 = 1 l 1 v1 v2 = 0 n1 = 0 v3 = 0 n3 = 0 m2 = 0 X3 X1 X2 δ11 = 1 EI 1 2 l2 × 2 3 l + 1 GA⋆ l × 1× 1 = l 3 3EI + l GA⋆ δ21 = 0 δ31 = 1 EI 1 2 l2 × 1 = l 2 2EI δ12 = 0 ; δ22 = 1 EA l × 1× 1 = l EA ; δ32 = 0 ; δ13 = 1 EI 1 2 l2 × 1 = l 2 2EI δ23 = 0 δ33 = 1 EI l × 1× 1 = l EI • ∆1 =1 ↑ ( l3 3EI + l GA⋆ ) X1 + 0 + l2 2EI X3 = 1 0 + l EA X2 + 0 = 0 l2 2EI X1 + 0 + l EI X3 = 0 X1 = 1 l3 12EI + l GA⋆ ; X2 = 0 ; X3 = − 1l2 6EI + 2 GA⋆ Cálculo dos esforços nas direcções 4, 5 e 6: X4 = −X1 ; X5 = 0 ; X6 = X3 +X1 l = 1l2 6EI + 2 GA⋆ CAPÍTULO 4. MÉTODO DAS FORÇAS 61 Desprezando a contribuição do esforço transverso para a deformação, te- mos: 1 12 EI l3 6 EI l2 6 EI l2 12 EI l3 • ∆2 = 1→ ( l3 3EI + l GA⋆ ) X1 + 0 + l2 2EI X3 = 0 0 + l EA X2 + 0 = 1 l2 2EI X1 + 0 + l EI X3 = 0 X1 = X3 = 0 ; X2 = EA l Cálculo dos esforços nas direcções 4, 5 e 6: X5 = −X2 ; X4 = X6 = 0 1 EA l EA l • ∆3 = 1 ( l3 3EI + l GA⋆ ) X1 + 0 + l2 2EI X3 = 0 0 + l EA X2 + 0 = 0 l2 2EI X1 + 0 + l EI X3 = 1 X1 = − 1l2 6EI + 2 GA⋆ ; X2 = 0 ; X3 = 1 l EI + GA ⋆l3 12EI2 + 1 3 GA⋆l + 4 l EI Desprezando a contribuição do esforço transverso para a deformação, te- mos: X1 = −6EI l2 ; X2 = 0 ; X3 = 4EI l Cálculo dos esforços nas direcções 4, 5 e 6: X4 = −X1 ; X5 = 0 ; X6 = X3 +X1 l = 4EI l − 6EI l2 l = −2EI l CAPÍTULO 4. MÉTODO DAS FORÇAS 62 1 2 EI l2 6 EI l2 4 EI l2 6 EI l2 Observação: Designa-se por (kij) a força que se desenvolve na direcção (i) quando se dá um deslocamento unitário na direcção (j). Conhecendo os deslo- camentos na extremidade da barra δ1, δ2 e δ3 podem calcular-se as forças (F1, F2 e F3 ): k11 δ1 + k12 δ2 + k13 δ3 = F1 k21 δ1 + k22 δ2 + k23 δ3 = F2 k31 δ1 + k32 δ2 + k33 δ3 = F3 Inversamente, conhecendo as forças F1, F2 e F3 resultam os deslocamentos δ1, δ2 e δ3. Esta ideia está na base do método dos deslocamentos. 4.8 Análise de estruturas mistas Por estrutura mista entende-se uma estrutura composta por elementos solicitados apenas a esforço normal enquanto outros elementos são solicitados apenas a flexão e ainda contem elementos que podem ser solicitados a flexão e a esforço normal. Exemplo: !! !! !! !! !! 60◦ 45 ◦ 1.8m 3m A B C D AB : EA→∞ , EI BC ,BD : EA = 20 3 EI NBD =? α = 3× 2− 3− 2 = 1 Escolhendo o esforço axial na barra BD como incógnita hiperstática a equação de compatibilidade vai impor nulo o deslocamento relativo entre as secções a esquerda e a direita do corte: ∆DB + δDBX1 = 0 ; ∆10 + δ11X1 = 0 !! !! !! !!! !!! !! !!! !!! !! !! !! 60◦ C A B C 60 ◦ nBAA B nBC X1 = 1 A B C D X1 SB 60◦ 4 kN/m4 kN/m CAPÍTULO 4. MÉTODO DAS FORÇAS 63 Para X1 = 1 temos:{ →: 1× sin 45◦ − nBA + nBC cos 60◦ = 0 ↑: −1× cos 45◦ + nBC sin 60◦ = 0 ⇒ { nBC = 0.816 nBA = 1.115 Sistema base sob acção da carga distribuída: MeB : 6× 1− VA × 3 = 0 ↑: VC = 4 kN M bB : 4× 1.8sin 60◦ cos 60◦ −HC 1.8sin 60◦ sin 60◦ = 0 →: HA = 2.309 kN ⇒ VA = 2 kN ↑ VC = 4 kN ↑ HC = 2.309 kN → HA = 2.309 kN ← NBC = 4× sin 60◦ + 2.309 cos 60◦ = 4.61 kN(C) !!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!! !!! !!! !!! !!! !!! !!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!! !!!! !!!! !!!! !!!! !!!! !!!!! !!!!! !!!!! !!!!! !!!!! M0 N0 2.31 4.62 n 0.81 1 1.15 ∆10 = ∑∫ (M0m EI + N0n EA ) dx = ∑ N0n EA li ∆10 = 4.62× 0.816× 3 20EI × 1.8 sin 60◦ = 1.175 EI δ11 = ∑∫ (mm EI + nn EA ) dx = ∑ N0n EA li δ11 = 0.8162 × 3 20EI × 2.08 + 1 2 × 3 20EI × 1.8 sin 45◦ = 0.589 EI X1 = −∆10 δ11 = −1.99 kN (C) 4.9 Análise de estruturas hiperstáticas articuladas Como em treliças hiperstáticas apenas existem esforços axiais, o cálculo dos coefi- cientes da matriz de flexibilidade e do vector das descontinuidades toma uma forma particular. Pretende-se determinar os esforços nas barras da treliça da figura 4.9. Estuda da estatia da estrutura: αe = 4− 3 = +1 αi = 3× 4︸︷︷︸ MF − 12︸︷︷︸ MLi = 0; αg = 1 + 0 = 1 CAPÍTULO 4. MÉTODO DAS FORÇAS 64 10 kN 10 kN 2 m 2 m 2 m Figura 4.5: Treliça hiperstática e discretização A treliça é hiperstática em primeiro grau e o SB pode ser obtida por eliminação de uma ligação externa ou libertação do esforço axial numa das barras como se mostra a seguir: X1 1 ∆1 = ∆10 + δ11X1 X1 1 0 = ∆10 + δ11X1 X1 X1 1 1 −X1 L1 EA1 = ∆10 + δ11X1 A solução é apresentada utilizando um sistema base obtido pela eliminação de um apoio simples. X1 1 A equação de compatibilidade força o deslocamento do ponto de aplicação da in- cógnita hiperstática X1 a ser nulo (ou um valor imposto no caso de um assenta- CAPÍTULO 4. MÉTODO DAS FORÇAS 65 mento de apoio). ∆10 + δ11X1 = 0 ⇒ X1 = −∆10 δ11 ∆10 = ∫ N1N0 EA ds = ∑ i N1iN0i EiAi Li δ11 = ∫ N21 EA ds = ∑ i N21i EiAi Li 1 10 10 1 2 20 30 230 −30 −10 10 −10 20 2 10 2 −1 1 11 2 − 2− 2 D E F A B C A B C D E F Barra L EA N0 N1 N0N1 EA L N2 1 EA L N = N0 +N1X1 AB 2 EA 10 −1 −20/EA 2/EA BC 2 EA 0 0 0 0 DE 2 EA −30 2 −120/EA 8/EA . . . Barra L EA N0 N1 N0N1 EA L N2 1 EA L N = N0 +N1X1 AB 2 EA 10 −1 −20/EA 2/EA −2.8 BC 2 EA 0 0 0 0 0 DE 2 EA −30 2 −120/EA 8/EA −4.4 EF 2 EA −10 1 −20/EA 2/EA 2.8 AD 2 EA 0 0 0 0 0 BE 2 EA −10 1 −20/EA 2/EA 2.8 CF 2 EA 0 1 0 2/EA 12.8 AE 2 √ 2 EA 20 √ 2 −√2 −80√2/EA 4√2/EA 10.2 BF 2 √ 2 EA 10 √ 2 −√2 −40√2/EA 4√2/EA −4∑ −180+120√2 EA 16+8 √ 2 EA X1 = −∆10 δ11 = 108 + 120 √ 2 16 + 8 √ 2 ≃ 12.8 kN CAPÍTULO 4. MÉTODO DAS FORÇAS 66 4.10 Cálculo dos deslocamentos em estruturas hi- perstáticas Os deslocamentos em estruturas hiperstáticas podem ser obtidas por aplicação do Princípio do Trabalho Virtual Complementar ou pelo teorema de Castigliano. Segue-se o procedimento geral da aplicação do Princípio do Trabalho Virtual Com- plementar ou Princípio das Forças virtuais para o cálculo dos deslocamentos duma estrutura hiperstática. Considerando um caso geral de carregamento e os diagramas de esforços finais correspondentes,Nf ,Mf , . . . , obtidos através de um dos métodos conhecidos como por exemplo método das forças ou teorema de Menabrea. Pretende-se calcular os deslocamentos em pontos definidos. A solução do problema hiperstático corresponde a um campo de deslocamentos compatível (real). ∆i δA q O PFV exige um campo de esforços virtuais n¯, m¯, . . . quaisquer, em equilíbrio com a força unitária aplicada. Ri 1 Observação: No caso de estruturas isostáticas, existe um único campo de esforços em equilíbrio com a força unitária aplicada. Contudo, no caso de estruturas hipers- táticas, existem vários campos de esforços equilibrados. Para não ser necessário o cálculo da estrutura hiperstática (determinação do m¯) para a acção unitária esta aplica-se num sistema base qualquer (o que for mais conveniente). CAPÍTULO 4. MÉTODO DAS FORÇAS 67 ∆i q Diagramas de esforços: Nf ,Mf , . . . Ri 1 Diagramas de esforços: n¯, m¯, . . . 1× δ = ∫ NN¯ EA dx+ ∫ MM¯ EA dx+ · · ·+ ∫ N¯αt0 dx+ ∫ M¯ α∆t h dx− ∑ R¯i∆i Exemplo 4.12 AdmitindoEI ,EA→∞, calcule o deslocamento vertical no meio vão, para a viga representada. X2X1 M1 M2 M0 qL /8 2 q L q 1 1 ∆10 = − 1 EI ( 2 3 qL28 L 1 2 ) = − qL 3 24EI ∆20 = − qL 3 24EI δ11 = 1 EI ( 1 2 1L 2 3 ) = L 3EI δ12 = 1 EI ( 1 2 1L 1 3 ) = L 6EI δ22 = L 3EI ∆i0 + ∑ j δijXj = 0 ⇒ X1 = X2 = qL 2 12 Os resultados obtidos permitem obter os diagramas de esforços no sistema compa- tível. CAPÍTULO 4. MÉTODO DAS FORÇAS 68 qL /12 2 qL /24 2 q L M L/4 M 1 O sistema equilibrado virtual está obtida numa viga simplesmente apoiada solicitada a uma força virtual unitária no meio vão: 1× δ = ∫ MM¯ EI dx δ = 2 EI [ 1 2 L 4 L 2 ( −1 3 qL2 12 + 2 3 qL2 24 ) + 2 3 qL2 32 L 2 L 8 ] ⇓ δ = qL4 384EI O mesmo resultado é obtido obtendo o sistema virtual equilibrado numa consola com uma carga unitária. qL /12 2 qL /24 2 M q L M 1 L/2 1× δ = ∫ MM¯ EI dx δ = 1 EI [ 1 2 L 2 L 2 ( 2 3 qL2 12 − 1 3 qL2 24 ) − 2 3 qL2 32 L 2 L 4 ] ⇓ δ = qL4 384EI Bibliografia [1] A. Ghali and A. M. Neville. Structural Analysis. A unified classical and matrix approach. E & FN Spon, 4th edition edition, 1997. [2] J. A. Teixeira de Freitas. Análise de estruturas I. IST, 1986. [3] Raimundo Delgado. Teoria de estruturas. Acetatos de apoio às aulas teóricas. FEUP - Disponíveis na página da disciplina, 2003. [4] R. C. Hibbeler. Structural Analysis. Prentice Hall, 5th edition edition, 2001. [5] Luiz Fernando Martha. Métodos básicos da análise de estruturas. PUC-Rio. 69
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