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Tomás Bastos Lima abnt nr 15575

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ 
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
TOMÁS BASTOS LIMA 
 
 
 
 
ANÁLISE DE DESEMPENHO TÉRMICO DE EDIFICAÇÕES 
HABITACIONAIS: desenvolvimento de interface BIM para 
avaliações automatizadas segundo as normas ABNT NBR 15575 e 
ABNT NBR 15220 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curitiba 
2014 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ 
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
TOMÁS BASTOS LIMA 
 
 
 
 
ANÁLISE DE DESEMPENHO TÉRMICO DE EDIFICAÇÕES 
HABITACIONAIS: desenvolvimento de interface BIM para 
avaliações automatizadas segundo as normas ABNT NBR 15575 e 
ABNT NBR 15220 
 
 
 
 
Trabalho Final de Curso apresentado ao 
curso de Graduação em Engenharia da 
Construção Civil, Setor de Tecnologia, da 
Universidade Federal do Paraná 
 
Orientador: Prof.º Dr. Sergio Scheer 
 
 
 
 
 
Curitiba 
2014 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Agradeço imensamente ao meu orientador, Prof.º Dr. Sergio Scheer pelos 
ensinamentos, dedicação e disponibilidade ao longo da elaboração deste trabalho. 
 
Agradeço aos meus amigos e professores, especialmente ao Prof.º Mark Dietrick da 
University of Pittsburgh, que, assim como o Prof.º Scheer, possui papel fundamental 
no desenvolvimento do meu interesse pelo paradigma BIM. 
 
Finalmente, agradeço aos meus pais, Carlos e Margareth e à minha namorada 
Larissa, pelo amor, companheirismo, amizade e principalmente por sempre me 
apoiarem em minhas decisões. 
 
 
RESUMO 
 
 
Em 2013, a classe de consumo energético representada pelas habitações brasileiras 
alcançou 27% do consumo total anual de energia elétrica no país e é o segundo maior 
setor consumidor no país atrás somente do industrial (40% do consumo total anual). 
Até 2018, a projeção do crescimento de consumo de energia elétrica advindo de 
residências é a maior dentre todas as classes de consumo do Brasil, girando em torno 
de 4,3% ao ano. Diante do risco iminente de crises energéticas cada vez mais 
recorrentes, evidencia-se a necessidade de se aprimorar o desempenho térmico das 
edificações brasileiras para que, consequentemente, diminua-se a necessidade de 
emprego de mecanismos artificiais para regulação e manutenção de suas 
temperaturas internas. Em vigor desde 2013, a norma ABNT NBR 15575 com o título 
“Edificações habitacionais – Desempenho” preconiza procedimentos para a análise 
do desempenho térmico de edificações a partir das características térmicas dos 
elementos pertencentes ao seu envelopamento (paredes externas e coberturas), 
definidas por procedimentos de cálculo apresentados pela norma ABNT NBR 15220 
de “Desempenho térmico de edificações”. No caso do presente trabalho, estabeleceu-
se uma interface de integração entre métodos normativos para a avaliação de 
desempenho térmico e modelos tridimensionais de edificações por meio de 
programação de planilhas de cálculo do software Autodesk Revit Architecture 
(Schedule Revit). Consequência da adoção do paradigma BIM (Building Information 
Modeling) pela metodologia aqui desenvolvida, análises são feitas simultaneamente 
ao desenvolvimento do modelo, trazendo, portanto, benefícios quanto à qualidade do 
projeto em execução e à diminuição do tempo necessário para a efetuação de tais 
avaliações. Cria-se assim, uma ferramenta em forma de Template Revit para a 
automatização dos procedimentos para a classificação do nível de desempenho 
térmico das edificações habitacionais brasileiras. Capaz de avaliar coberturas, 
paredes externas de assentamento de blocos e paredes externas de montantes 
estruturais (representadas por exemplo por estruturas em wood frame e light steel 
framing), a interface BIM mostra níveis satisfatórios de precisão de cálculo onde erros 
não extrapolam a faixa de 4,2% em paredes externas e são considerados desprezíveis 
no caso de coberturas. 
 
 
Palavras-chaves: BIM (Building Information Modeling). Ferramente de avaliação de 
desempenho térmico de edificações. ABNT NBR 15575. Envelopamento de 
edificações. Tecnologia da informação na construção civil. 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
In 2013, residences were responsible for 27% of the total annual electrical energy 
consumption in Brazil, which compose the second biggest consuming sector in the 
country. Furthermore, perspectives for 2014 to 2018 indicate that the sector will grow 
4.3% each year. No other Brazilian consuming sector will achieve a rate of the same 
magnitude during this period. Energy crises are already a current reality in Brazil, and 
the prospected consumption panorama highlights even more the necessity for better 
residence designs in terms of its envelopes thermal performance. Better envelope 
thermal characteristics decrease HVAC systems usage and consequently energy 
consumption for heating and cooling buildings interiors. The present work develops an 
automatized and interactive frame between Brazilian normative methods for 
calculation of buildings envelopes thermal properties and residential buildings 
tridimensional models by programming calculation schedules in the software Revit 
Architecture. The methodology is accessible as an evaluation template by any Revit 
project. Due to the adoption of the BIM (Building information Modeling) paradigm, the 
above referred calculation schedule propitiates thermal performance analysis to be 
executed simultaneously to tridimensional building modeling processes, which results 
in better residential designs and in less time dispended on the evaluation of its 
envelope performance. Hereupon, the Revit Template is designed to evaluate thermal 
performance for both roof and exterior walls (block settlement walls and skeleton 
structure walls such as Light Steel Framing, Wood Frame and Glazed Storefront) 
according to normalized calculations standards and limits for all Brazilian bioclimatic 
zones. The results obtained by its use are satisfactory and reliable, since the 
calculations error margins do not exceed 4.2% for walls thermal performance analysis 
and are considered negligible for roofs evaluations. 
 
 
Key words: BIM (Building Information Modeling).Residential buildings thermal 
performance. Building envelope. Thermal performance evaluation tool. 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 - Características necessárias para softwares de avaliação de desempenho 
térmico ...................................................................................................................... 13 
Figura 2 - Trocas de calor do corpo humano............................................................. 15 
Figura 3 - Diferentes leituras no nível da plataforma dentro do modelo base-BIM .... 23 
Figura 4 - Métodos alternativos de avaliação de desempenho térmico ..................... 26 
Figura 5 - Definição do sistema de unidade utilizado pelo Template ........................ 28 
Figura 6 - Dimensões de blocos ................................................................................ 31 
Figura 7 - Definição das seções 1 e 2 dos blocos ..................................................... 32 
Figura 8 - Definição das seções A e B da parede ..................................................... 35 
Figura 9 - Procedimento para acessar o Template a partir de um novo projeto ........ 58 
Figura 10 - interface do TemplatE ............................................................................. 59 
Figura 11 - Interface do Usuário "Propriedades" ....................................................... 61 
Figura 12 - Resultados obtidos pelo schedule 3 - DESEMPENHO TÉRMICO DE 
COBERTURAS ......................................................................................................... 62 
Figura 13 - Dimensões da parede do exemplo de cálculo ........................................ 63 
Figura 14 - Definiçãodas características da seção transversal da parede ............... 65 
Figura 15 - Modelagem de edificação habitacional ................................................... 66 
Figura 16 - definição das propriedades térmicas e físicas dos elementos das 
paredes ..................................................................................................................... 66 
Figura 17 - Definição das propriedades térmicas e geométricas das camadas de 
assentamento de blocos ........................................................................................... 67 
Figura 18 - Definição das características geométricas dos blocos e seus respectivos 
furos .......................................................................................................................... 67 
Figura 19 - Resultados obtidos para o exemplo 3 do Anexo C da NBR 15220 pelo 
schedule 1 - DEEMPENHO TÉRMICO DE PAREDES DE ASSENTAMENTO DE 
BLOCOS ................................................................................................................... 68 
Figura 20 - Exemplo de telhado inclinado de chapas de fibro-cimento com forro de 
pinus e câmara de ar ventilada ................................................................................. 70 
Figura 21 - Definição das características da seção transversal da cobertura ........... 71 
Figura 22 - Definição das propriedades geométricas, térmicas e físicas dos elementos 
da cobertura .............................................................................................................. 72 
 
 
Figura 23 - Resultados obtidos para o exemplo 5 do Anexo C da NBR 15220 pelo 
schedule 3 - DEEMPENHO TÉRMICO DE COBERTURAS...................................... 72 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1 - Resistência térmica de câmaras de ar não ventiladas, com largura muito 
maior que a espessura .............................................................................................. 34 
Tabela 2 - Resistências térmicas superficiais interna e externa ................................ 38 
Tabela 3 – Valores máximos admitidos para a transmitância térmica de paredes 
externas .................................................................................................................... 41 
Tabela 4 – Valores mínimos admitidos para capacidade térmica de paredes 
externas .................................................................................................................... 41 
Tabela 5 - Condições de ventilação para câmaras de ar .......................................... 51 
Tabela 6 - Critérios e níveis de desempenho de coberturas quanto à transmitância 
térmica ...................................................................................................................... 54 
 
 
 
LISTA DE SÍMBOLOS 
 
A Área em Planta da Cobertura 
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas 
ACEPE Associação Industrial do Poliestireno Expandido 
Aseção A Área da Seção A da Parede 
Aseção B Área da Seção B da Parede 
Aseção C Área da Seção C da Parede 
BIM Building Information Modeling 
c Calor Específico 
cargamassa Calor Específico da Argamassa 
CBIC Câmara Brasileira da Inústria da Construção 
ccerâmica Calor Específico da Cerâmica 
Cd Fluxo de Calor por Condução 
creboco Calor Específico da Reboco 
CT Capacidade Térmica 
CT A Capacidade Térmica da Seção A da Parede 
CT B Capacidade Térmica da Seção B da Parede 
CT C Capacidade Térmica da Seção C da Parede 
CT T Capacidade Térmica Total da Parede 
Cv Fluxo de Calor por Convexão 
e Espessura de um Elemento 
eassentamento Espessura da Camada de Assentamento 
ebloco Espessura do Bloco 
eelemento Espessura do Elemento 
EPE Empresa de Pesquisa Energética 
Es Troca de Calor Estocado pelo Corpo 
ɛ Emissividade 
FV Fator de Ventilação 
HSE Health and Safety Executive 
HVAC Heating, Ventilating, and Air Conditioning 
IEA international Energy Agency 
L Comprimento da Parede 
M Produção de Calor Metabólico 
 
 
N Número de Camadas de Materiais da Cobertura 
NBR Norma Brasileira 
Rse Resistência Térmica Superficial Externa 
Rar Resistência Térmica da Câmara de Ar 
Rd Rede de Trocas de Calor entre o Corpo e o Ambiente 
Rsi Resistência Térmica Superficial Interna 
Rt Resistência Térmica 
Rt A Total Resistência Térmica Total da Seção A da Parede 
Rt Assentamento horizontal 
Resistência Térmica da Camada Horizontal de 
Assentamento de Blocos 
Rt Assentamento vertical 
ResisTência Térmica da Camada Vertical de 
Assentamento de Blocos 
Rt B Total Resistência Térmica Total da Seção B da Parede 
Rt forro Resistência Térmica do Forro 
Rt parede Resistência Térmica da Parede 
Rt total da cobertura no Inverno Resistência Térmica Total da Covertura no Inverno 
Rt total da parede Resistência Térmica Total da Parede 
Rt total dos elementos Resistência Térmica Total dos Elementos 
Rt total dos montantes Resistência Térmica Total dos Montantes 
Rt1 bloco Resistência Térmica da Seção 1 do Bloco 
Rt2 bloco Resistência Térmica da Seção 2 do Bloco 
S Área Total da Abertura da Ventilação 
U Transmitância Térmica 
WSN Wireless Sensor Network 
Z1 Zona Bioclimática 1 
Z2 Zona Bioclimática 2 
Z3 Zona Bioclimática 3 
Z4 Zona Bioclimática 4 
Z5 Zona Bioclimática 5 
Z6 Zona Bioclimática 6 
Z7 Zona Bioclimática 7 
Z8 Zona Bioclimática 8 
Α ìndice de Absortância para Radiação Solar 
 
 
λ Condutividade Térmica 
λargamassa Condutividade Térmica da Argamassa 
λassentamento Capacidade Térmica da Camada de Assentamento 
λbloco Condutividade Térmica do Bloco 
λcerâmica Condutividade Térmica da Cerâmica 
λelemento Capacidade Térmica do Elemento 
λfibro-cimento Condutividade da Telha de Fibro-Cimento 
λpinus Condutividade Térmica do Forro de Pinus 
λreboco Condutividade Térmica da Reboco 
Ρ Densidade de Massa Aparente 
ρargamassa Densidade de Massa Aparente da Argamassa 
ρcerâmica Densidade de Massa Aparente da Cerâmica 
ρreboco Densidade de Massa Aparente da Reboco 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 9 
 
2 OBJETIVOS ........................................................................................................... 11 
2.1 OBJETIVO PRINCIPAL ....................................................................................... 11 
2.2 OBJETIVOS SECUNDÁRIOS ............................................................................. 11 
 
3 REFERENCIAL TEÓRICO-CONCEITUAL ............................................................ 12 
3.1 ANÁLISE TÉRMICA DE EDIFICAÇÕES ............................................................. 12 
3.2 CONFORTO E DESEMPENHO TÉRMICO DE EDIFICAÇÕES ......................... 14 
3.2.1 Conforto Térmico .............................................................................................. 14 
3.2.2 Desempenho Térmico ...................................................................................... 16 
3.2.3 Transmitância térmica (U) ................................................................................ 16 
3.2.4 Condutividade térmica ...................................................................................... 17 
3.2.5 Capacidade térmica (CT) e capacidade térmica de componentes ................... 18 
3.2.6 Calor específico ................................................................................................ 18 
3.3 MODELAGEM DA INFORMAÇÃO DA CONSTRUÇÃO OU BIM ........................ 18 
3.3.1 Building information modeling (BIM) ................................................................. 18 
3.3.2 Building Information Modeling e os modelos nd………………………………….20 
3.3.3 Autodesk Revit .................................................................................................20 
3.3.3.1 Templates Revit ............................................................................................ 21 
3.3.3.2 Schedules Revit ............................................................................................ 21 
3.3.4 Análise do desempenho térmico utilizando a metodologia BIM ....................... 22 
3.3.5 Levantamento de propriedades térmicas de elementos de edificações ........... 23 
 
 
 
 
 
4 METODOLOGIA .................................................................................................... 25 
4.1 TEMPLATE REVIT DE AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO TÉRMICO DE 
EDIFICAÇÕES .......................................................................................................... 25 
 
5 DESENVOLVIMENTO E UTILIZAÇÃO DO TEMPLATE ....................................... 28 
5.1 ETAPAS PARA CRIAÇÃO DO TEMPLATE ........................................................ 28 
5.1.1 Definição do sistema de Unidades ................................................................... 28 
5.1.2 Definição de parâmetros de projeto comuns a todos os Schedules de análise de 
paredes do Template ................................................................................................ 28 
5.1.3 Schedule 1 - Avaliação do desempenho térmico de paredes de assentamento 
de blocos ................................................................................................................... 30 
5.1.3.1 Schedule 1 – Procedimentos de Cálculo ....................................................... 32 
5.1.4 Schedule 2 - Avaliação do desempenho térmico de paredes de montantes 
estruturais.................................................................................................................. 44 
5.1.4.1 Schedule 2 – Procedimento de Cálculo: ........................................................ 45 
5.1.5 Definição de parâmetros de projeto do Schedule de análise de coberturas do 
Template ................................................................................................................... 49 
5.1.5.1 Schedule 3 - Procedimento de Cálculo ......................................................... 50 
5.2 UTILIZAÇÃO DO TEMPLATE REVIT DE ANÁLISE DE DESEMPENHO TÉRMICO 
DE EDIFICAÇÕES .................................................................................................... 58 
5.2.1 Acessando o Template Revit de análise de conforto térmico de edificações ... 58 
5.2.2 Dados de entrada durante a fase de projeto e resultados obtidos através do 
Template ................................................................................................................... 59 
 
6 ESTUDO DE CONFIABILIDADE DOS SCHEDULES DE CÁLCULO DO 
TEMPLATE ............................................................................................................... 63 
6.1 Estudo de confiabilidade do Schedule 1 – DESEMPENHO TÉRMICO DE 
PAREDES DE ASSENTAMENTO DE BLOCOS ....................................................... 63 
6.1.1 Dados do exemplo da norma ........................................................................... 63 
 
 
6.1.2 Resultados obtidos pelo uso do Schedule 1 – DESEMPENHO TÉRMICO DE 
PAREDES DE ASSENTAMENTOS DE BLOCOS .................................................... 64 
6.2 Estudo de confiabilidade do Schedule 2 – DESEMPENHO TÉRMICO DE 
PAREDES DE MONTANTES ESTRUTURAIS .......................................................... 69 
6.3 Estudo de confiabilidade do Schedule 3 – DESEMPENHO TÉRMICO DE 
COBERTURAS ......................................................................................................... 70 
6.3.1 Dados do exemplo da norma ........................................................................... 70 
6.3.2 Resultados obtidos pelo uso do Schedule 3 – DESEMPENHO TÉRMICO DE 
COBERTURAS ......................................................................................................... 71 
 
7 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 73 
7.1 VANTAGENS DO USO DO TEMPLATE ............................................................. 73 
7.2 LIMITAÇÕES DO TEMPLATE ............................................................................ 74 
 
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 75 
 
9 REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 76 
 
ANEXO A ...................................................................................................................77 
 
ANEXO B...................................................................................................................79 
 
9 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
Em junho de 2013, a Associação Brasileira de Normas Técnicas publicou a 
nova norma ABNT NBR 15575/2013 de Desempenho de Edificações Habitacionais. 
Este conjunto normativo abrange requisitos de desempenho para sistemas estruturais, 
sistema de pisos, sistemas de vedações verticais internas e externas, sistemas de 
coberturas e finalmente, sistemas hidrossanitários (ABNT, 2013). 
 Alicerçada sobre um conjunto de critérios quantitativos de desempenho, as 
seções da norma destinas à avaliação do desempenho térmico de coberturas e 
paredes têm como objetivo intrínseco o aprimoramento das condições de conforto dos 
ocupantes de uma edificação. A qualidade térmica de edificações também interfere 
diretamente na quantidade de energia que seus habitantes dispendem para regulação 
de temperaturas internas através de dispositivos de ar condicionado que, 
consequentemente, impactam diretamente a produção de energia do país. 
Segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) do Ministério de 
Minas e Energia, no ano de 2013, o consumo residencial de energia elétrica alcançou 
aproximadamente 124.895 GWh . O setor representa 27% do consumo total anual de 
energia elétrica no Brasil e é o segundo maior setor consumidor atrás somente do 
industrial (40% do consumo total anual do país). Até 2018, a projeção de crescimento 
de consumo de energia elétrica advindo das residências do país é a maior dentre 
todos os setores de consumo brasileiros, girando em torno de 4,3% ao ano (BRASIL, 
2014). 
Diante do exposto, evidencia-se a necessidade de aprimoramento da 
qualidade do envelopamento (paredes externas e coberturas) de nossas edificações. 
Este é apenas um, porém importante, passo para que, no futuro, possamos contornar 
com menos dificuldades possíveis crises energéticas no país e amenizar as 
consequências ambientais frutos das atividades exercidas pela indústria de produção 
energética nacional. 
Atualmente, a indústria da construção civil do país se vê inserida em um 
caminho sem volta à era da tecnologia da informação. O paradigma BIM (Building 
Information Modeling) e suas ferramentas vêm permitindo que modelos 
tridimensionais de edificações habitacionais sejam permeados por diversos tipos e 
níveis de informação pertinentes ao projeto. Isto posto, trabalhos de análise de 
10 
 
desempenho térmico, que dentre tantas outras infinitas possibilidades de análise 
permitidas por softwares BIM, podem ser executados de forma interativa ao 
desenvolvimento de projetos, mostrando-se assim um mecanismo muito eficaz no 
auxílio ao desenvolvimento de estruturas cada vez mais eficientes no que se refere 
ao seu nível de desempenho térmico. 
Assim, o presente trabalho consiste na criação de um Template, ou modelo 
padronizado, como interface BIM programada para avaliar projetos de edificações de 
até cinco pavimentos - quanto aos níveis de conforto térmico previstos pela norma 
NBR 15575 - simultânea e interativamente ao seu desenvolvimento conforme o que é 
definido como o método da“avaliação simplificada do desempenho térmico”. 
 
 
11 
 
2 OBJETIVOS 
 
2.1 OBJETIVO PRINCIPAL 
 
 O trabalho tem como objetivo principal desenvolver uma interface programada 
na forma de um Template como um conjunto de procedimentos automatizados através 
do uso de recursos de uma ferramenta BIM para apoiar o processo da “avaliação 
simplificada do desempenho térmico” de elementos verticais e coberturas de 
edificações residenciais de até cinco pavimentos previsto pela norma ABNT NBR 
15575. 
 
Assim, tal conjunto de procedimentos consiste na criação de um modelo ou 
Template com o uso do software Autodesk® Revit utilizando tabelas (ou Revit 
Schedules) que permitem avaliar o nível de desempenho térmico de elementos 
construtivos de residências durante a fase de modelagem tridimensional de projetos 
de edificações habitacionais e em acordo com definições normativas. 
 
 
2.2 OBJETIVOS SECUNDÁRIOS 
 
O trabalho apresenta como um de seus objetivos secundários o 
desenvolvimento de estudos para aprofundamento de aspectos do processo de 
avaliação de desempenho térmico de edificações. 
 
Outros objetivos secundários ou contribuições indiretas pretendidos são o 
aprimoramento das condições de bem-estar dos ocupantes de edificações, a redução 
tanto do consumo energético de residências brasileiras quanto dos impactos 
ambientais provenientes do ciclo de vida de produção da energia elétrica despendida 
em processos de aclimatização de ambientes internos de edifícios residenciais. 
 
 
12 
 
3 REFERENCIAL TEÓRICO-CONCEITUAL 
 
3.1 ANÁLISE TÉRMICA DE EDIFICAÇÕES 
 
Objetivando o atingimento do conforto térmico dos usuários de edificações 
habitacionais durante suas atividades diárias, é imprescindível que os ambientes das 
residências desempenhem termicamente de maneira adequada conforme as 
características climáticas das regiões onde são construídas (Regiões Bioclimáticas). 
A norma ABNT NBR 15575 “Desempenhos de edificações habitacionais” propõe três 
diferentes formas de avaliação do desempenho térmico de edificações: “Procedimento 
1 A – Simplificado (normativo)”, “Procedimento 1 B – Simulação por software Energy 
Plus (normativo)” e “Procedimento 2 – Medição in loco (informativo, Anexo A da 
NBR15575 – 1)” (CBIC,2013, p. 138). 
Doravante principal objeto de estudo do presente trabalho, o procedimento 1 
A de “avaliação simplificada do desempenho térmico” analisa as condições térmicas 
dos elementos do envelopamento da edificação (CBIC, 2013). Portanto, paredes 
externas e coberturas tem seus valores de Transmitância Térmica (U) e Capacidade 
Térmica (CT) calculados de acordo com procedimentos normativos apresentados pela 
norma NBR 15220 - 2 e comparados com os limites determinados pela norma NBR 
15575 – Parte 4. 
O procedimento normativo de avaliação simplificada da NBR 15575 somente 
é capaz de avaliar paredes externas quanto a níveis mínimos de desempenho térmico. 
Para que outros patamares de classificação (intermediário ou superior) sejam 
determinados, é necessária a utilização dos métodos propostos pelo “Procedimento 1 
B – Simulação por software Energy Plus”. Por outro lado, contrariamente ao que se é 
especificado para elementos verticais, coberturas são passíveis de avaliação quanto 
aos níveis mínimo, intermediário ou superior pelo método simplificado sem que 
análises adicionais via software transcorram (ABNT,2013). 
O segundo procedimento normativo para avaliação de desempenho térmico 
de edificações habitacionais proposto pela NBR 15575 faz referência direta ao uso do 
software Energy Plus desenvolvido pelo Departamento de Energia dos Estados 
Unidos (U.S. Department of Energy). Mesmo assim, para avaliações segundo o 
Procedimento 1 B é permitido o uso de outros programas de simulação térmica, desde 
que estes “sejam validados pela ASHRAE Standard 140 e permitam a determinação 
13 
 
do comportamento térmico de edificações sob condições dinâmicas de exposição ao 
clima, sendo capazes de reproduzir os efeitos de inércia térmica” (CBIC, 2013, p. 147). 
A imagem a seguir apresenta os requisitos técnicos necessários aos programas de 
análise térmica para que seus resultados sejam aceitos pela NBR 15575. 
 
Para a avaliação via software computacional, o usuário deve recorrer às 
informações constantes nas tabelas A.1, A.2 e A.3 do Anexo A da NBR 15575-1 
(CBIC, 2013). Elas dizem respeito às localizações geográficas de algumas cidades 
brasileira e seus dados climáticos e, juntamente com as características geométricas 
da edificação e das características térmicas dos materiais nela empregados, 
constituem os parâmetros considerados pelo software no processo de determinação 
dos níveis de conforto de edifícios habitacionais (ENERGYPLUS, 2013). 
FIGURA 1 - CARACTERÍSTICAS NECESSÁRIAS PARA SOFTWARES 
DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO TÉRMICO 
FONTE: CBIC (2013) 
14 
 
O terceiro procedimento de avaliação de desempenho térmico de edifícios 
habitacionais “Procedimento 2 – Medição in loco” (CBIC,2013, p. 138) pressupõe a 
verificação de valores medidos de Transmitância Térmica (U) e Capacidade Térmica 
(CT), de elementos já construídos da edificação ou seu protótipo, quanto o 
atendimento aos limites impostos pela NBR 15575 (CBIC, 2013). 
Os métodos para aferimento destes parâmetros são determinados pela parte 
4 da NBR 15220 “Medição da resistência térmica e da condutividade térmica pelo 
princípio da placa quente protegida” (ABNT, 2005, p. 1) e parte 5 também da NBR 
15220 “Medição da resistência térmica e da condutividade térmica pelo método 
fluxométrico” (ABNT, 2005, p. 1). Este método de análise de desempenho térmico 
pressupõe que qualquer uma das medições supracitadas devam ocorrer durante o 
“período que corresponda ao dia típico de verão ou de inverno, precedido por, pelo 
menos, um dia com características semelhantes, recomendando-se, todavia, trabalhar 
com uma sequência de três dias e analisar os dados do terceiro dia” (CBIC, 2013, p. 
138). 
A definição dos dias típicos da cidade onde se localiza a edificação sob análise 
ocorre de acordo com o que determinam as Tabelas A.2 e A.3 do Anexo A da norma 
NBR 15575-1. No caso de cidade que não conste nas tabelas, é permitida a utilização 
de dados de outra cidade acerca, desde que ambas pertençam à mesma zona 
bioclimática (ABNT, 2013). 
 
 
3.2 CONFORTO E DESEMPENHO TÉRMICO DE EDIFICAÇÕES 
 
3.2.1 Conforto Térmico 
 
Segundo a organização britânica reguladora de normas para segurança e saúde de 
trabalhadores HSE (2014) ou Health and Safety Executive existem seis fatores 
básicos que afetam o conforto térmico dos ocupantes de uma edificação. São eles: 
temperatura do ar, níveis de radiação de calor, velocidade de ar, umidade, capacidade 
isolante de peças de vestuários e calor metabólico (HSE, 2014). Acrescenta-se que 
“A sensação de conforto térmico depende muito das condições de ventilação dos 
ambientes, com grande influência do posicionamento e dimensões das aberturas de 
janelas” (CBIC, 2013, p. 136) e seus níveis de satisfação ou insatisfação variam de 
15 
 
acordo com “o tipo de atividades no interior do imóvel, quantidade de mobília, tipo de 
vestimentas, números de ocupantes, idade, sexo, condições fisiológicas e 
psicológicas dos usuários” (CBIC, 2013, p. 136). 
A norma ABNT NBR 15220-1 (2005, p. 5) explica conforto térmico da seguinte 
maneira: “Satisfação psicofisiológica de um indivíduo com as condições térmicas do 
ambiente”. Esta definição expõe o caráter relativo do conceito. Portanto, como os 
níveis de conforto térmico são extremamente variáveis de acordo com a opinião de 
cada um dos ocupantes de um recinto, Szokolay (2004) propõe a avaliação 
quantitativa do conforto térmico de uma pessoa através de uma metodologia de 
cálculo em que o balançotérmico do corpo, influenciado por fatores internos e 
externos a ele, deve ser igual a zero. Desta forma, o autor define balanço térmico 
como: ∆� � � � �� � �	 � �� 
 ��, onde M é a produção de calor metabólico, Rd é 
a rede de trocas de calor entre o corpo e o ambiente, Cv (ou fluxo de calor por 
convecção) é o fluxo entre um corpo e outros corpos em contato devido à 
movimentações moleculares (incluindo respiração), Cd (ou fluxo de calor por 
condução) é o fluxo de calor entre um corpo e um fluido (líquido ou gasoso), e Es é a 
troca de calor estocado pelo corpo (SZOKOLAY, 2004). 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 2 - TROCAS DE CALOR DO CORPO HUMANO 
FONTE: Szokolay (2004) 
16 
 
3.2.2 Desempenho Térmico 
 
O desempenho térmico de edificações é função das características dos 
materiais que compõem seus elementos e repercute no conforto térmico dos usuários. 
O adequado desempenho térmico garante “condições adequadas para o sono e 
atividades normais em uma habitação, contribuindo ainda para a economia de 
energia” (CBIC, 2013, p. 135). 
Os níveis de desempenho térmico de edificações são diretamente 
influenciados pelos materiais constituintes do envelopamento do edifício (paredes 
externas e coberturas). “Uma boa forma de melhorar o desempenho de uma 
edificação é através do invólucro e seu isolamento térmico correto conforme o clima 
estudado. Quanto mais isolado o invólucro, uma quantidade maior de materiais será 
utilizada e, consequentemente, mais energia será incorporada à edificação, porém 
menor será a transmitância térmica” (GRAF, 2011). De acordo com a norma ABNT 
NBR 15575/2013, menores valores de Transmitância Térmica do invólucro, garantem 
melhores níveis de desempenho térmico de edificações. 
A Agência Internacional de Energia (International Energy Agency) ou IEA 
(2013), ressalta a importância da utilização de envelopes de edificações com grandes 
capacidades de isolamento térmico para a obtenção de benefícios que extrapolam o 
âmbito energético. Em seus estudos de perspectiva das tecnologias de energia 
(Technology Roadmap – Energy Technology Perspective) voltados para o 
envelopamento de edificações (Energy eficiente building envelopes), a agência aponta 
os impactos positivos da utilização de invólucros com maiores capacidades de 
isolamento térmico na redução de custos com saúde pública e mortalidade de 
populações carentes (IEA, 2013). 
 
3.2.3 Transmitância térmica (U) 
 
Transmitância térmica (U) pode ser explicada como “uma medida da 
quantidade de calor por unidade de tempo que atravessa uma superfície de área 
unitária de um elemento” do invólucro da edificação “por unidade de diferença de 
temperatura entre os ambientes que este separa” (ACEPE, 2014, sem página). Esta 
grandeza física é utilizada para a definição das propriedades do isolamento térmico 
es materiais pois expressa suas características de permeabilidade à passagem de 
17 
 
calor (GRAF, 2011). Algebricamente, a norma ABNT NBR 15220-1 (2005, p. 2) define 
transmitância térmica como o “inverso da Resistência Térmica Total” de componentes 
e elementos. 
Para que se conceitue resistência térmica total e consequentemente 
transmitância térmica, primeiramente é necessário que se definam três outras 
grandezas: resistência térmica de elementos e componentes, resistência superficial 
interna e resistência superficial externa. A primeira é resultado do “quociente da 
diferença física de um material homogêneo e isótropo, no qual se verifica um fluxo de 
calor constante, com densidade de 1 W m2⁄ , quando submetido a um gradiente de 
temperatura uniforme de 1 Kelvin por metro” (ABNT, 2005, p. 2). As duas outras 
grandezas mencionadas acima, são explicadas como a resistência térmica da camada 
de ar adjacente à superfície (interna e externa respectivamente) “de um componente 
que transfere calor por radiação e/ou convecção”. (ABNT, 2005, p. 2). Finalmente, 
explica-se resistência térmica total como sendo o “somatório do conjunto de 
resistências térmicas correspondentes às camadas de um elemento ou componente” 
(ABNT, 2005, p. 2), levando-se em consideração todas as grandezas de resistência 
térmicas aqui listadas. 
 
3.2.4 Condutividade térmica 
 
Condutividade térmica define-se como sendo o fenômeno físico onde o calor 
é transportado de uma região de alta temperatura de uma certa substância para uma 
outra de temperatura inferior (CALLISTER, 2003). A norma ABNT NBR 15220-1 
(2005, p. 2) acrescenta que condutividade térmica é a “propriedade física de um 
material homogêneo e isótropo, no qual se verifica um fluxo de calor constante, com 
densidade de 1 W/m2, quando submetido a um gradiente de temperatura uniforme de 
1 kelvin por metro”. 
Nos casos de materiais com propriedades físicas diferentes daquelas citadas 
acima, a norma sugere o uso do termo “condutividade térmica aparente”, pois a 
transferência de calor neste caso ocorre por condução, convecção e radiação (ABNT, 
2005). 
 
 
 
18 
 
3.2.5 Capacidade térmica (CT) e capacidade térmica de componentes 
 
A norma ABNT NBR 15220-1 (2005, p. 2) define Capacidade térmica como a 
“quantidade de calor necessária para variar em uma unidade a temperatura de um 
sistema” medida em J K⁄ , ou seja, capacidade térmica é a propriedade indicativa da 
habilidade que um material tem de absorver calor de fontes externas ao seu redor 
(CALLISTER, 2003). Dividindo-se a capacidade térmica de um componente pela sua 
área, obtém-se a capacidade térmica de componentes em J �m2.K�⁄ . 
A capacidade térmica de um componente é função de seu calor específico, 
do valor de sua dimensão paralela à direção do fluxo de calor e de sua densidade de 
massa aparente (ABNT, 2005). 
 
3.2.6 Calor específico 
 
A norma ABNT NBR 15220-1 (2005, p. 2) define calor específico como “o 
quociente da capacidade térmica pela massa” do material. Ela também é chamada de 
capacidade térmica específica, definida pela unidade J/(kg.K). Segundo Callister 
(2003), calor específico seria a habilidade que um mol de material tem de absorver 
calor de fontes externas. 
 
3.3 MODELAGEM DA INFORMAÇÃO DA CONSTRUÇÃO OU BIM 
 
3.3.1 Building information modeling (BIM) 
 
Considerada pela desenvolvedora de softwares Autodesk como a solução 
para o “entendimento preciso e claro entre arquitetos, engenheiros, profissionais da 
construção, administradores das instalações e proprietários” (Autodesk, Inspiração 
Brasil, 2014, sem página), a filosofia BIM tem sido tratada como um dos 
desenvolvimentos mais promissores nas indústrias da arquitetura, engenharia e 
construção (EASTMAN, TEICHOLZ, SACKS, & LISTON, 2008). 
Nas duas últimas décadas a indústria da construção civil tem direcionado 
esforços para a adequação de filosofias tradicionais de construção à metodologia BIM, 
que, segundo Succar (2013), é capaz de gerar, compartilhar e gerenciar dados da 
construção de um empreendimento ao longo de sua vida-útil. O autor ainda 
19 
 
acrescenta que o BIM promove benefícios substanciais a todos os participantes dos 
processos relacionados ao desenvolvimento, construção, gerenciamento e reformas 
de edifícios, representando assim um jeito único de se projetar e empreender projetos 
(SUCCAR, 2013). 
Segundo Khanzode et al. (2008), o paradigma BIM reduz de forma 
significativa os custos de mão-de-obra, da rede de produção de um empreendimento 
e dos conflitos durante suas fases de instalação. Kaner et al. (2008) complementa que 
tais reduções são alcançadas através do aprimoramento da qualidade dos projetos de 
engenharia em termos de geração de desenhos sem erros e no desenvolvimento 
contínuo da produtividade da mão-de-obra. Devido a sua capacidade de proporcionar 
ambientes transparentes de projeto (LEICHT & MESSNER, 2008), o BIM amplia as 
condições de colaboração entre os profissionaisda construção civil, ressaltam Alshawi 
& Faraj (2002), propiciando assim uma plataforma federada de compartilhamento e 
interação de projetos de diversos segmentos industriais que acabam acarretando na 
redução da fragmentação da indústria. 
Em seu relatório apresentado ao conselho nacional australiano de inovação 
do ambiente construído e indústria (Built Environment Innovation and Industry 
Council), o grupo Allen Construction Group (doravante ACG) reporta que o BIM traz 
diversos outros benefícios além da redução dos custos das construções. São eles: 
modelagem automatizada de elementos construtivos (automated assemblies), 
projetos de melhor qualidade, controle dos custos totais de ciclo de vida de 
empreendimentos e dos dados do entorno do empreendimento (environmental data), 
aprimoramento de processos, maior qualidade da produção, e, finalmente, serviço 
aprimorado ao consumidor (ACG, 2010). 
 
 
 
20 
 
3.3.2 Building Information Modeling e os modelos nD 
 
O desenvolvimento do BIM se mostra extremamente vantajoso ao 
proporcionar caminhos para que a indústria da construção migre dos convencionais 
projetos bidimensionais aos modelos tridimensionais permeados por diversos níveis 
de informação. Segundo Haron et al. (2009), além de representações 2D e 3D, o BIM 
pode conter informações pertinentes ao cronograma de obra do empreendimento, 
atingindo assim a quarta dimensão de projeto (BIM 4D). Nos casos em que o modelo 
é relacionado a informações de custos e orçamentos, define-se que o BIM atinge a 
quinta dimensão de projeto ou BIM 5D e, para modelos permeados por dados 
energéticos, de sustentabilidade, gerenciamento de empreendimentos, etc., as 
dimensões continuam a crescer de forma a alcançar a enésima dimensão de projeto 
ou BIM nD. 
Lee et al. (2003) ressaltam que modelos nD são a utilização paralela de 
informações sobre edificações para diferentes tipos e níveis de análises e avaliações. 
Eles permitem aos participantes do projeto a provação do empreendimento não 
apenas no âmbito visual mas também sob a perspectiva de um sistema interativo rico 
em informações incluindo acústica e cheiros, por exemplo. Os autores complementam 
que modelos nD lidam com diferentes dimensões de um projeto sob uma abordagem 
capaz de prever funcionamento e uso futuros da edificação. 
 
3.3.3 Autodesk Revit 
 
A plataforma Revit sob a perspectiva do Revit Architecture é o mais conhecido 
software e o atual líder de mercado para projetos arquitetônicos em BIM (EASTMAN, 
TEICHOLZ, SACKS, & LISTON, 2008). O Software foi introduzido pela 
desenvolvedora de softwares Autodesk em 2002, depois que a companhia adquiriu o 
programa de uma companhia startup. Eastman et al. (2008) ressalta que o Revit é 
uma plataforma completamente diferente do AutoCAD, com outras estruturas de 
código de arquivo. 
 
 
 
 
21 
 
3.3.3.1 Templates Revit 
 
Um Template Revit é definido pela Autodesk (2014) como o ponto de início 
para um novo projeto. Eles incluem diferentes tipos de padrões pré-definidos de 
visualizações (incluindo visualização tabulares do tipo Schedule), famílias de 
elementos, geometrias e configurações como unidades de medida, estilos de 
hachuras e linhas, escalas de visualização e muitos outros tipos de configurações 
iniciais desejadas (AUTODESK, AUTODESK REVIT 2015 - HELP, 2014). Eastman et 
al. (2008) enfatiza a possibilidade de se sobrescrever as definições de Templates às 
necessidades do usuário. 
Templates se mostram uma ferramenta facilitadora no desenvolvimento de 
projetos BIM. Projetistas com fortes habilidades para geração de Templates 
conseguem, posteriormente ao seu desenvolvimento, reduzir tempo e esforços 
necessários para a geração de novos desenhos (EASTMAN, TEICHOLZ, SACKS, & 
LISTON, 2008). 
 
3.3.3.2 Schedules Revit 
 
Softwares BIM permitem que seus usuários insiram informações aos 
elementos modelados. Essas informações, depois de parametrizadas, podem ser 
acessadas e geridas através de schedules (tabelas ou planilhas). 
A Autodesk (2014) define Schedules como uma exibição tabular da 
informação extraída das propriedades dos elementos de um projeto. Um schedule ou 
tabela é capaz de listar todas as instâncias a respeito do tipo de elemento modelado 
(AUTODESK, AUTODESK REVIT 2015 - HELP, 2014). 
Eastman et al. (2008) ressalta que Schedules podem ser tratados como 
modos de visualização de um projeto, que, no caso do Revit, se atualizam 
automaticamente de acordo com o que se é modelado no visualizador tridimensional 
da plataforma. Em alguns casos, o caminho inverso também é esperado de Schedules 
Revit, ou seja, alterações no modelo da edificação através de colunas de Schedules 
também são possíveis (EASTMAN, TEICHOLZ, SACKS, & LISTON, 2008). 
 
 
 
22 
 
3.3.4 Análise do desempenho térmico utilizando a metodologia BIM 
 
Marzouk & Abdelaty (2014) desenvolveram um sistema de avaliação de 
conforto térmico em estações de subsolo de metrôs utilizando a metodologia BIM onde 
pôde estabelecer um canal de comunicação entre um modelo BIM concebido em 
software Autodesk Revit Architecture, parâmetros de temperatura de conforto de 
passageiros e dados de temperatura e umidade colhidos periodicamente por meio de 
uma rede sem fio de sensores (Wireless Sensor Network - WSN). Os parâmetros de 
temperatura de conforto são estabelecidos de acordo com a temperatura do ar na qual 
a maioria dos passageiros se sente satisfeita e é aferida por meio de entrevistas. 
Através de um modelo-base BIM desenvolvido utilizando o software Revit 
Architecture, Marzouk & Abdelaty (2014) criaram em cada um dos ambientes da 
estação um elemento cúbico fictício chamado Monitor de Conforto Térmico ou 
“Thermal Comfort Monitor” onde se armazenam todas as informações captadas pela 
rede WSN. Para que as medições feitas pela rede de sensores fossem registradas no 
monitor fictício, o autor fez uso do programa Gobetwino, capaz de traduzir as 
informações captadas pelos sensores em planilhas MS Excel de forma a facilitar a 
troca de informações entre os sensores e o modelo-base no software Revit. 
23 
 
O método desenvolvido por Marzouk & Abdelaty (2014) se mostra uma 
ferramenta eficaz tanto no monitoramento e controle da temperatura interna dos 
ambientes das estações dos metrôs quanto na detecção de possíveis falhas de 
sistemas de ar-condicionado das instalações das estações. 
 
3.3.5 Levantamento de propriedades térmicas de elementos de edificações 
 
Para que se desenvolvam análises de conforto térmico em modelos BIM, cada 
um dos elementos deste modelo deve estar parametrizado quanto às propriedades 
físicas dos materiais que os compõe. O software Autodesk Revit Architecture possui 
uma vasta biblioteca de materiais, onde suas propriedades gráficas, físicas e térmicas 
são disponibilizadas. Com estas informações associadas ao modelo, softwares de 
simulação da performance energética de edifícios são capazes de analisar o conforto 
térmico das edificações ainda em estágios conceituais de projeto. 
FIGURA 3 - DIFERENTES LEITURAS NO NÍVEL DA PLATAFORMA DENTRO DO MODELO BASE-
BIM 
FONTE: Marzouk & Abdelaty (2014) 
24 
 
Alternativamente à biblioteca de materiais do Revit, em seu artigo publicado 
no periódico Automation in Construction, Ham & Golparvar-Fard (2014), desenvolveu 
um sistema para coletar as propriedades físicas reais de elementos de uma 
construção existente e, em seguida, parametrizar os elementos do modelo BIM do 
mesmo empreendimento de acordo com os dados coletados. Desta forma, o autor 
considera os efeitos de envelhecimento e deterioração de materiais ao longo da vida 
útil do edifício em questão, podendo-se assim afirmar que, a partir deste sistema, os 
modelos BIM e as ferramentas de simulação energética produzirão resultados de 
performancemais confiáveis que aqueles gerados através das informações presentes 
em bibliotecas de materiais. 
Ham & Golparvar-Fard (2014) explica que seu sistema lança mão de uma 
coleção de imagens térmicas e digitais capturadas no edifício em inspeção e de 
simples levantamentos ambientais. O resultado do sistema proposto pelo autor é um 
modelo térmico tridimensional (modelo térmico em nuvem de pontos) no formato 
gbXML (Green Building XML), capaz de proporcionar informações fidedignas e 
confiáveis a modeladores em trabalhos de simulação energética em BIM, sendo 
assim, uma ótima alternativa de parametrização frente às informações encontradas 
na biblioteca de materiais do Revit. 
 
 
25 
 
4 METODOLOGIA 
 
 
4.1 TEMPLATE REVIT DE AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO TÉRMICO DE 
EDIFICAÇÕES 
 
 
O presente trabalho consiste na criação de interface BIM programada para 
avaliar projetos de edificações - quanto aos níveis de conforto térmico previstos pela 
norma NBR 15575 - simultânea e interativamente ao seu desenvolvimento conforme 
o que se é definido no método da “avaliação simplificada do desempenho térmico”. 
Para tal, os “Métodos de cálculo da transmitância térmica, da capacidade térmica, do 
atraso térmico e do fator solar de elementos e componentes de edificações” definidos 
pela norma brasileira ABNT NBR 15220 “Desempenhos térmico de edificações” foram 
preparados em forma de três diferentes tabelas/planilha de cálculo ou Schedules Revit 
contidos no Template Revit resultado deste projeto. Desta forma, coberturas e 
diversos métodos construtivos diferentes de paredes são passíveis de avaliação pela 
metodologia desenvolvida. 
A avaliação simplificada consiste em comparar os parâmetros térmicos 
Transmitância Térmica (U) e Capacidade Térmica (CT) do envelopamento da 
edificação com valores limites determinados pela norma. Estes, por sua vez, são 
definidos segundo a zona bioclimática na qual a estrutura modelada em questão está 
localizada e índices de absortância (α) para radiação solar (ondas curtas) e 
emissividade (ε) para radiações a temperaturas comuns (ondas longas) das camadas 
mais externas do envelopamento. Os parâmetros térmicos U e CT das paredes e 
coberturas da edificação são determinados segundo os métodos de cálculos descritos 
pela norma NBR 15220 e dependem das propriedades térmicas (condutividade 
térmica e calor específico), físicas (densidade de massa aparente) e geométricas 
(espessuras e áreas) dos materiais que compõem tais elementos. 
 A norma 15220 traz na tabela “B.3 – densidade de massa aparente ( ρ ) 
condutividade térmica ( λ ) e calor específico ( c )” em seu Anexo B (informativo) 
valores não restritivos de norma para tais parâmetros de diversos materiais utilizados 
na indústria da construção civil brasileira, sendo assim sugerida a avaliação 
laboratorial destes parâmetros sempre que possível. Os índices de absortância à 
26 
 
radiação solar (α) e emissividade (ε) mencionados anteriormente, por sua vez, têm 
seus valores mencionados na tabela B.2 do mesmo anexo acima referido. 
De acordo com a metodologia apresentada pela nova norma de desempenho 
de avaliação simplificada, os níveis mínimo, intermediário e superior de conforto 
térmico apenas podem ser verificados em coberturas. As paredes da edificação são 
apenas avaliadas quanto ao nível mínimo de desempenho térmico requerido por 
norma. Caso os valores mínimos não sejam atendidos em qualquer um dos elementos 
em estudo, o Template Revit retorna como resultado a sugestão de que o usuário 
proceda com a avaliação do desempenho térmico por simulação computacional, 
conforme o que preconizam o Guia orientativo para atendimento à norma ABNT NBR 
15575/2013 e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas no diagrama a seguir. 
 Com o intuito de se abranger alguns dos métodos construtivos utilizados na 
indústria da construção civil brasileira, O Template Revit desenvolvido neste projeto 
contém três diferentes tipos de schedules de avaliação– um para coberturas e outros 
dois para paredes. O primeiro, avalia o desempenho térmico tanto de coberturas 
FIGURA 4 - MÉTODOS ALTERNATIVOS DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO TÉRMICO 
FONTE: CBIC (2013) 
27 
 
inclinadas quando de coberturas horizontais. Para a avaliação de paredes, o primeiro 
schedule refere-se a estruturas de assentamento de blocos (estruturais ou de 
vedação, furados ou não) e o segundo, paredes construídas com montantes 
estruturais, possibilitando, portanto, a avaliação de paredes de estruturas em Light 
Steel Framing e Wood Frame e vedações em pele de vidro. 
 O material desenvolvido neste projeto também traz informações adicionais ao 
usuário do Template. Nas abas de legenda na guia do “Project Browser” do software 
Revit, estão anexadas as tabelas com valores sugeridos de norma para parâmetros 
térmicos e físicos de materiais para o caso de o usuário não ter dados de laboratórios 
ou fornecidos pelos fabricantes. O mapa com as regiões bioclimáticas brasileiras 
também é acessível através do Template. 
 
28 
 
5 DESENVOLVIMENTO E UTILIZAÇÃO DO TEMPLATE 
 
 
5.1 ETAPAS PARA CRIAÇÃO DO TEMPLATE 
 
5.1.1 Definição do sistema de Unidades 
 
Segundo a NBR 15220/2005, as unidades de medida utilizadas durante a 
determinação dos níveis de conforto térmico de edificações devem seguir o que se é 
determinado pelo Sistema internacional de Unidades. Desta forma, para este 
Template, convencionou-se: 
 
5.1.2 Definição de parâmetros de projeto comuns a todos os Schedules de análise de 
paredes do Template 
 
Com o intuito de se analisar os elementos verticais modelados no software 
através dos Schedules construídos no Template, independentemente de quais sejam 
os métodos construtivos definidos para estes elementos, diversos parâmetros de 
projeto são criados para que posteriormente, seus valores sejam utilizados nos 
cálculos de nível de desempenho térmico da edificação. 
FIGURA 5 - DEFINIÇÃO DO SISTEMA DE UNIDADE UTILIZADO PELO TEMPLATE 
FONTE: O autor (2014) 
29 
 
Parâmetros de Projeto podem ser interpretados como uma ponte na troca de 
informações entre os elementos modelados e planilhas de Schedules. Desta forma, 
dados como números e textos, são associadas às partes da edificação desenhadas 
no modelo tridimensional. 
As propriedades geométricas de comprimento, área e espessura de cada uma 
das paredes são incorporadas aos Schedules à medida que estes elementos são 
modelados. Cada uma das paredes pode ter uma seção transversal própria definida 
previamente pelo projetista na aba de criação de paredes. Nesta aba, são 
determinados os materiais das camadas estruturais, de substrato e de acabamento 
das paredes juntamente com suas respectivas espessuras, propriedades térmicas e 
físicas que podem tanto ser definidas levando-se em consideração valores de norma 
quanto utilizando-se resultados laboratoriais executados, por exemplo, pelos 
fabricantes dos materiais em questão. 
Os parâmetros de projeto comuns à todos os tipos de parede comportadas 
pelo processo de análise do Template são: 
 
• Id. da parede; 
• Tipo da parede; 
• Área da parede; 
• Comprimento da parede; 
• Espessura da parede; 
• Materiais componentes; 
• Condutividade térmica do material; 
• Calor específico do material; 
• Densidade de massa aparente do material; 
• Definição da camada mais externa da parede; 
• Absortância da camada mais externa; 
• Volume do material; 
 
Infelizmente, o software não é capaz de listar dados de propriedades térmicas 
ou físicas das camadas constituintes das paredes em seus Schedules. Portanto, é 
necessário que se criem parâmetros de projeto sob a categoria de materiais onde o 
usuário do Template insira os dados acima referidos para que estes valores estejam 
30 
 
disponíveis para cálculos posteriores. Estes parâmetros,estão incluídos nas planilhas 
do Schedule em forma de colunas e possibilitam a listagem das propriedades dos 
materiais componentes dos elementos verticais. Dados referentes à espessura de 
cada camada de material é essencial na determinação da capacidade térmica de 
paredes mas também não é uma informação que o schedule Revit extraia do modelo 
tridimensional. Portanto, criou-se uma coluna de cálculo de espessura onde a 
espessura da camada é resultado do quociente do volume do material pela área de 
parede. 
 
5.1.3 Schedule 1 - Avaliação do desempenho térmico de paredes de assentamento 
de blocos 
 
A construção de paredes de assentamento de blocos, tanto para função de 
vedação quanto para função estrutural é um método construtivo amplamente 
utilizados na indústria da construção civil brasileira. Para o desenvolvimento de um 
schedule capaz de avaliar fielmente o comportamento térmico desta modalidade 
construtiva segundo o preconizado pela norma NBR 15220, considerou-se a influência 
das propriedades térmicas das camadas de assentamento verticais e horizontais de 
blocos assim como as das camadas de ar confinado resultante da existência de furos 
em alguns tipos de blocos cerâmicos e estruturais. 
Para que apenas as paredes de assentamentos de blocos sejam analisadas 
de acordo com as programações de cálculo existentes no Schedule 1 – 
DESEMPENHO TÉRMICO DE PAREDES DE ASSENTAMENTO DE BLOCOS, este 
Schedule possui um filtro baseado no parâmetro de projeto “Tipo de parede” que 
apenas interpreta dados dos elementos definidos pelo projetista como do tipo 
“Assentamento de Blocos”. O artifício adotado para que cada uma dessas paredes 
seja analisada separadamente, é o de definir agrupamentos de acordo com a 
numeração da parede e separando cada um destes agrupamentos por uma linha da 
planilha destinada somente a valores totais. 
Exclusivamente, para o Schedule 1 – DESEMPENHO TÉRMICO DE 
PAREDES DE ASSENTAMENTO DE BLOCOS, foram criados os seguintes 
parâmetros de projeto além daqueles comuns a todos os Schedules do Template: 
 
 
31 
 
• Espessura da camada de assentamento horizontal; 
• Espessura da camada de assentamento vertical; 
• Condutividade térmica do material de assentamento; 
• Calor específico do material de assentamento; 
• Densidade de massa aparente do material de assentamento; 
• Dimensão e do bloco; 
• Dimensão H do bloco; 
• Dimensão L do bloco; 
• Número de furos do bloco; 
• Número de furos na mesma seção horizontal do bloco; 
• Número de furos na mesma seção vertical (calculado): 
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• Dimensão horizontal do furo; 
• Dimensão vertical do furo; 
 
A partir da definição destes parâmetros, é possível traduzir os procedimentos 
de cálculos apresentados pela norma NBR 15220 em células de cálculo do Schedule 
1 e finalmente definir o nível de desempenho térmico dos elementos analisados. 
 
 
FIGURA 6 - DIMENSÕES DE BLOCOS 
FONTE: O autor (2014) 
32 
 
5.1.3.1 Schedule 1 – Procedimentos de Cálculo 
 
Após serem definidos os valores para os parâmetros de projeto referentes às 
paredes de assentamentos de blocos, a planilha do Schedule 1 executa a sequência 
de cálculos definida pela NBR 15220 para a obtenção dos valores de transmitância 
térmica e capacidade térmica dos elementos modelados. No caso de paredes de 
assentamento de blocos, adotou-se o procedimento de cálculo proposto pela NBR 
15220 onde, primeiramente, apenas são calculadas as propriedades térmicas do 
bloco isoladamente do restante das camadas da parede. 
 
• Coluna de Cálculo 1/Schedule 1 (ÁreaSeção 1 Bloco) – Calcula-se a área 
transversal ao fluxo de calor da seção 1 do bloco (material: Tijolo) de acordo 
com a geometria do elemento isolado. Esta seção é definida pela primeira 
região maciça do bloco furado. No caso de blocos inteiramente maciços, esta 
seção corresponde à seção total do bloco. 
 
o Fórmula utilizada pelo Schedule 1: 
(Material: Dimensão L do bloco) * (Material: Dimensão H do bloco – Número de furos na 
mesma seção vertical * Material: Dimensão vertical do furo) / (Número de furos na 
mesma seção vertical + 1) 
 
o Coluna de Cálculo 2/Schedule 1(Rt1 bloco) – Calcula-se a Resistência térmica 
da seção 1 do bloco (material: Tijolo) de acordo com as propriedades térmicas 
deste material. 
 
 
 
Região da Seção 2 (Bloco + 
Camadas de Ar + Bloco + 
Camadas de Ar + Bloco) 
Região da 
Seção 1 (Bloco) Fluxo de 
Calor 
FIGURA 7 - DEFINIÇÃO DAS SEÇÕES 1 E 2 DOS BLOCOS 
FONTE: O autor (2014) 
33 
 
o Fórmula utilizada pela NBR 15220: 
�" /#çã+ Q � R�����ã� � �� S���� TU&+V+W 
 
o Fórmula utilizada pelo Schedule 1: 
(Material: Dimensão e do bloco/100 cm) / Material: Condutividade Térmica 
 
• Coluna de Cálculo 3/Schedule 1 (Áreaseção 2 bloco) - Calcula-se a área 
transversal ao fluxo de calor da seção 2 do bloco de acordo com a geometria 
do elemento isolado (material: Tijolo + Câmara de Ar + Tijolo + Câmara de Ar 
+ Tijolo). Esta seção é definida pela primeira região com camadas horizontais 
de furos do bloco furado. No caso de blocos inteiramente maciços, esta seção 
tem valor nulo. 
 
o Fórmula utilizada pelo Schedule 1: 
Material: Dimensão L do bloco * Material: Dimensão vertical do Furo 
 
o Coluna de Cálculo 4/Schedule 1 (Rt2 bloco)- Calcula-se a resistência térmica 
total da seção 2 do bloco (material: Tijolo + Câmara de Ar + Tijolo + Câmara 
de Ar + Tijolo) de acordo com a geometria do elemento isolado e as 
propriedades térmicas destes materiais. As resistências térmicas das 
camadas confinadas de ar do bloco são definidas de acordo com valores 
tabelados de norma (TABELA B.1 Anexo B, pag 08 NBR15220-parte 2). Esta 
seção é definida pela primeira região com camadas horizontais de furos do 
bloco furado. No caso de blocos inteiramente maciços, o valor da resistência 
térmica do bloco será a mesma encontrada no cálculo de Rt1 bloco apresentado 
na coluna de cálculo 2. 
34 
 
 
o Fórmula utilizada pela NBR 15220: 
�"	/#çã+	] �	
�U&+V+
TU&+V+
O �!$ O
�U&+V+
TU&+V+
O �!$ O
�U&+V+
TU&+V+
 
 
o Fórmula utilizada pelo Schedule 1: 
(((Material:	Dimensão	e	do	bloco	/	100	cm	-	Material:	Número	de	furos	na	mesma	seção	
horizontal*	Material:	Dimensão	horizontal	do	furo	/	100	cm)	/	(Material:	Número	de	furos	
na	mesma	seção	O	1))	/	Material:	Condutividade	térmica)	*	(Material:	Número	de	furos	
na	mesma	seção	horizontalO	1)	O	Material:	Número	de	furos	na	mesma	seção	horizontal	
*	0,16	
	
• Coluna de Cálculo 5/Schedule 1 – Calcula-se a resistência térmica total do 
bloco. 
 
o Fórmula utilizada pela NBR 15220: 
4 ∗ Á���f#çã+Q	,+	U&+V+ O 3 ∗ Á���f#çã+	]	,+	U&+V+
4 ∗ Á���f#çã+	Q	,+	U&+V+
�"	f#çã+Q
O
3 ∗ Á���f#çã+	]	U&+V+
�"	f#çã+]
 
 
 
 
 
TABELA 1 - RESISTÊNCIA TÉRMICA DE CÂMARAS DE AR NÃO VENTILADAS, COM LARGURA 
MUITO MAIOR QUE A ESPESSURA 
FONTE: ABNT (2005) 
35 
 
o Fórmula utilizada pelo Schedule 1: 
IF (Material: Número de furos do material � 0, 0, ((Número de furos na mesma seção 
vertical + 1) * Área da Seção 1 Bloco + Número de furos na mesma seção vertical * Área 
da Seção 2 Bloco) / (((Número de furos na mesma seção vertical + 1) * Área da Seção 1 
Bloco / Rt1 Bloco) + (Número de furos na mesma seção vertical * Área da Seção 2 Bloco/ 
Rt2 Bloco))) 
 
Observação: o motivo pelo qual neste caso exista uma fórmula condicional do tipo “IF” 
(“se”) é para que nas células das camadas da parede da coluna de cálculo 5 que não 
são blocos, o resultado numérico 0 (zero) substitua uma célula vazia, permitindo-se 
assim cálculos posteriores que façam referência a estacélula. 
 
• Colunas de Cálculo 6 e 7/Schedule 1 (Rt Assentamento horizontal e Rt Assentamento 
Vertical) - Calculam-se os valores de resistência térmica das camadas horizontal 
e vertical de assentamento. 
 
o Fórmula definida pela NBR 15220: 
�" !//#0"!*#0"+ � �!//#0"!*#0"+ T!//#0"!*#0"+W 
 
o Fórmula utilizada nas Colunas 1 e 2/Schedule 1: 
Coluna 1: (Material: Espessura da camada de assentamento Horizontal / 100 cm) / 
Condutividade térmica adotada do assentamento 
Coluna 2: (Material: Espessura da camada de assentamento vertical / 100 cm) / 
Condutividade térmica adotada do assentamento 
Elemento 
isolado 
Seção A 
da parede 
Seção B 
da parede 
FIGURA 8 - DEFINIÇÃO DAS SEÇÕES A E B DA PAREDE 
FONTE: O autor (2014) 
36 
 
 
• Coluna de Cálculo 8/Schedule 1 (ÁreaSeção A da Parede) – Calcula-se a área 
transversal ao fluxo de calor da seção A da parede definida pelas regiões de 
assentamentos vertical e horizontal do bloco no elemento isolado (material: 
Camadas de Revestimento + Camadas de Assentamentos Horizontal e 
Vertical + Camadas de Revestimento). 
 
o Fórmula utilizada pelo Schedule 1: 
Material: Espessura da camada de assentamento Horizontal * Material: Dimensão L o 
bloco + Material: Espessura da camada de assentamento vertical * Material: Dimensão H 
do Bloco 
 
• Coluna de Cálculo 9/Schedule 1 (ÁreaSeção B da parede)– Calcula-se a área 
transversal ao fluxo de calor da seção B da parede definida pela região do 
bloco no elemento isolado (material: Camadas de Revestimento + Região 
Maciça do Bloco + Camadas de Revestimento). 
 
o Fórmula utilizada pelo Schedule 1: 
Material: Dimensão L o bloco * Material: Dimensão H do Bloco 
 
• Coluna de Cálculo 10/Schedule 1 (Rt da camada horizontal de assentamento) – Calcula-
se a resistência térmica dos materiais das camadas de revestimento da 
parede (Seção A da parede) 
 
o Fórmula utilizada pela NBR 15220: 
�" #&#*#0"+ � �#&#*#0"+ T#&#*#0"+W 
 
o Fórmula utilizada pelo Schedule 1: 
(Espessura Material / 100 cm) / Material: Condutividade Térmica - R1 Bloco 
 
• Coluna de Cálculo 11/Schedule 1 (Rt A total) - Calcula-se a resistência térmica 
total da seção A da parede (material: Camadas de Revestimento + Camadas 
37 
 
de Assentamentos horizontal e vertical + Camadas de Revestimento) de 
acordo com as propriedades térmicas desses materiais. 
 
o Fórmula utilizada pela NBR 15220: 
�/#çã+ o p!$#,# �
�V!*!,!/ ,# $#q#/"%*#0"+
TV!*!,!/ ,# $#q#/"%*#0"+ +
�!//#0"!*#0"+
T!//#0"!*#0"+ +
�V!*!,!/ ,# $#q#/"%*#0"+
TV!*!,!/ ,# $#q#/"%*#0"+ 
 
o Fórmula utilizada pelo Schedule 1: 
((Espessura Material / 100 cm) / Material: Condutividade Térmica - Rt1 Bloco) + 
Resistência Térmica Total da Camada Horizontal de Assentamento 
 
• Coluna de cálculo 12/Schedule 1 (Rt B total) – Calcula-se a resistência térmica 
total da seção B da parede (material: Camadas de Revestimento + Bloco + 
Camadas de Revestimento) de acordo com a geometria do elemento isolado. 
 
o Fórmula utilizada pela NBR 15220: 
�/#çã+ t p!$#,# �
�V!*!,!/ ,# $#q#/"%*#0"+
TV!*!,!/ ,# $#q#/"%*#0"+ + �" t&+V+ +
�V!*!,!/ ,# $#q#/"%*#0"+
TV!*!,!/ ,# $#q#/"%*#0"+ 
 
o Fórmula utilizada pelo Schedule 1: 
(Espessura Material / 100 cm) / Material: Condutividade Térmica - R1 Bloco + 
Resistência Térmica do Bloco 
 
• Coluna de Cálculo 13/Schedule 1 (Rt parede) – Calcula-se a resistência térmica 
da parede. 
 
o Fórmula utilizada pela NBR 15220: 
Á���f#çã+ o ,! p!$#,# + Á���f#çã+ t ,! p!$#,#
Á���f#çã+ o ,! p!$#,#
�" f#çã+ o +
Á���f#çã+ t ,! p!$#,#
�" f#çã+ t
 
 
o Fórmula utilizada pelo Schedule 1: 
(Seção A da Parede + Seção B da Parede) / (Seção A da Parede / Rt A Total + Seção B da 
Parede / Rt B Total) 
38 
 
 
• Coluna de Cálculo 14/Schedule 1 (Rt total da parede) – Calcula-se a resistência 
térmica total da parede. Esta coluna soma à coluna 13 valores de resistências 
térmicas de superfície presentes na tabela a seguir. 
 
 
o Fórmula utilizada pela NBR 15220: 
�" � �/% + �" ,! p!$#,# + �/# 
 
o Fórmula utilizada pelo Schedule 1: 
Rt Parede + 0,13 + 0,04 
 
• Coluna de Cálculo 15/Schedule 1 (Transmitância Térmica) – Calcula-se a 
transmitância térmica da parede. 
 
o Fórmula utilizada pela NBR 15220: 
v � 1 �"W 
 
o Fórmula utilizada pelo Schedule 1: 
1 / Rt Total da Parede 
 
• Coluna de Cálculo 16/Schedule 1 (Seção Transversal B) – Calcula-se a área 
da seção transversal B da parede. A seção B da parede equivale à região da 
camada maciça horizontal do bloco (materiais: Camadas de Revestimento + 
Região Maciça do Bloco + Camadas de Revestimento). 
 
 
TABELA 2 - RESISTÊNCIAS TÉRMICAS SUPERFICIAIS INTERNA E EXTERNA 
FONTE: ABNT (2015) 
39 
 
o Fórmula utilizada pelo Schedule 1: 
Espessura da parede * (Material: Dimensão H do Bloco - Número de furos na mesma seção 
vertical * Material: Dimensão Vertical do Furo) / (Número de furos na mesma seção 
vertical + 1) 
 
• Coluna de Cálculo 17/Schedule 1 (Seção Transversal C) – Calcula-se a área 
transversal da Seção C da parede. A seção C da parede equivale à região da 
camada furada do bloco (materiais: Camadas de Revestimento + Região 
Maciça do Bloco + Camada de Ar + Região Maciça do Bloco + Camada de Ar 
+ Região Maciça do Bloco + Camadas de Revestimento). 
 
o Fórmula utilizada no Schedule 1: 
Material: Dimensão vertical do Furo * Material: Dimensão L o bloco 
 
• Coluna de Cálculo 18/Schedule 1 (CT
 A) – Calcula-se a capacidade térmica da 
seção A da parede de acordo com a geometria da seção da parede definida 
pela camada de assentamento de blocos (material: Camadas de 
Revestimento do Bloco + Camadas de Assentamentos horizontal e vertical + 
Camadas de Revestimento do Bloco). 
 
o Fórmula utilizada pela NBR 15220: 
x �% ∗ �% ∗ y% � 2 ∗ (� ∗ � ∗ y)V!*!,!/ $#q#/"%*#0"+ +
z
%{Q
(� ∗ � ∗ y)!//#0"!*#0"+ 
o Fórmula utilizada pelo Schedule 1: 
IF (Resistência Térmica dos Elementos � 0, Capacidade Térmica do Assentamento * 
[Capacidade Térmica do Assentamento/Camadas], Material: Calor Específico / 1000 cm * 
[Material: Densidade da massa aparente (kg/m³)] * Espessura Material / 100 + 
Capacidade Térmica do Assentamento * [Capacidade Térmica do 
Assentamento/Camadas]) 
 
• Coluna de Cálculo 19/Schedule 1 (CT
 B) – Calcula-se a capacidade térmica 
da seção B da parede de acordo com a geometria da seção da parede. A 
seção B equivale à região da camada maciça do bloco (materiais: Camadas 
40 
 
de Revestimento do Bloco + Camada Maciça do Bloco + Camadas de 
Revestimento do Bloco). 
 
 
o Fórmula utilizada pela NBR 15220: 
x �% ∗ �% ∗ y% � 2 ∗ (� ∗ � ∗ y)V!*!,!/ $#q#/"%*#0"+ +
z
%{Q
(� ∗ � ∗ y)U&+V+ 
 
o Fórmula utilizada no Schedule 1: 
Espessura Material / 100 cm * Material: Calor Específico / 1000 * [Material: Densidade da 
massa aparente (kg/m³)] 
 
• Coluna de Cálculo 20/Schedule 1 (CT C) – Calcula-se a capacidade térmica 
da seção C da parede. 
 
o Fórmula utilizada pela NBR 15220: 
x �% ∗ �% ∗ y% � 2 ∗ (� ∗ � ∗ y)V!*!,!/ ,# !$ +
‚
%{Q
3 ∗ (� ∗ � ∗ y)U&+V+
+ 2 ∗ (� ∗ � ∗ y)V!*!,!/ $#q#/"%*#0"+ 
 
o Fórmula utilizada no Schedule 1: 
(Espessura Material - Material: Número de furos na mesma seção * Material: Dimensão 
horizontal do furo) / 100 cm * Material: Calor Específico / 1000 * [Material: Densidade da 
massa aparente (kg/m³)] 
 
• Coluna21/Schedule 1 (CT T) – Calcula-se a capacidade térmica total da 
parede. 
 
o Fórmula utilizada pela NBR 15220: 
�ƒ" �
„/#çã+ o + 4 ∗ „/#çã+ t + 3 ∗ „/#çã+ …
„/#çã+ o
�ƒ o +
4 ∗ „/#çã+ t
�ƒ t +
3 ∗ „/#çã+ …
�ƒ …
 
 
41 
 
o Fórmula utilizada no Schedule 1: 
(Seção Transversal A + (1 + Número de furos na mesma seção vertical) * SeçãoTransversal B + Número de furos na mesma seção vertical * Seção Transversal C) / (Seção 
Transversal A / CT A Total + (1 + Número de furos na mesma seção vertical) * Seção 
Transversal B / CT B Total + Número de furos na mesma seção vertical * Seção 
Transversal C / CT C Total) 
 
• Coluna de Cálculo 22/Schedule 1 (Avaliação Z1 e Z2) – Avalia-se o 
desempenho térmico da parede em análise para regiões das zonas 
bioclimáticas Z1 e Z2 de acordo com os valores máximos admitidos para a 
trasmitância térmica de paredes externas e com os valores mínimos admitidos 
para a capacidade térmica de paredes externas determinados pela ABNT 
NBR 15220/2005. No caso de enquadramento da parede em questão nas 
faixas de valores normativos limites, a célula está programada para retornar a 
mensagem “M – Desempenho Mínimo”. Em contrapartida, no caso de pelo 
menos um destes requisitos não ser alcançado, a célula está programada 
para retornar a mensagem “Requer Avaliação Computacional”. 
 
 
 
 
 
TABELA 3 – VALORES MÁXIMOS ADMITIDOS PARA A TRANSMITÂNCIA 
TÉRMICA DE PAREDES EXTERNAS 
FONTE: ABNT (2005) 
TABELA 4 - VALORES MÍNIMOS ADMITIDOS PARA CAPACIDADE TÉRMICA DE 
PAREDES EXTERNAS 
FONTE: ABNT (2005) 
42 
 
o Fórmula utilizada no Schedule 1: 
IF(and(not(Transmitância Térmica > 2,5), not(CT T < 130)), "M - Desempenho Mínimo", 
"Requer Avaliação Computacional") 
 
• Coluna 21/Schedule 1 (Avaliação Z3 a Z7) – Avalia-se o desempenho térmico 
da parede em análise para regiões das zonas bioclimáticas Z3, Z4, Z5, Z6 e 
Z7 de acordo com os valores máximos admitidos para a trasmitância térmica 
de paredes externas (Tabela 13, página 27 da NBR 15575) e com os valores 
mínimos admitidos para a capacidade térmica de paredes externas (Tabela 
14, página 27 da NBR 15575). No caso de enquadramento da parede em 
questão nas faixas de valores máximos e mínimos demonstrados nestas 
tabelas, a célula está programada para retornar a mensagem “M – 
Desempenho Mínimo”. Em contrapartida, no caso de pelo menos um destes 
requisitos não ser alcançado, a célula está programada para retornar a 
mensagem “Requer Avaliação Computacional” 
 
o Fórmula utilizada no Schedule 1: 
IF(or(and(not(Absortância da camada mais externa segundo tabela B2 > 0,6), 
not(Transmitância Térmica > 3,7), not(CT T < 130)), and(Absortância da camada mais 
externa segundo tabela B2 > 0,6, not(Transmitância Térmica > 2,5), not(CT T < 130))), 
"M - Desempenho Mínimo", "Requer Avaliação Computacional") 
 
• Coluna 22/Schedule 1 (Avaliação Z8) – Avalia-se o desempenho térmico da 
parede em análise para regiões da zona bioclimática Z8 de acordo com os 
valores máximos admitidos para a trasmitância térmica de paredes externas 
(Tabela 13, página 27 da NBR 15575) e com os valores mínimos admitidos 
para a capacidade térmica de paredes externas (Tabela 14, página 27 da NBR 
15575). No caso de enquadramento da parede em questão nas faixas de 
valores máximos e mínimos demonstrados nestas tabelas, a célula está 
programada para retornar a mensagem “M – Desempenho Mínimo”. Em 
contrapartida, no caso de pelo menos um destes requisitos não ser alcançado, 
a célula está programada para retornar a mensagem “Requer Avaliação 
Computacional” 
43 
 
 
o Fórmula utilizada no Schedule 1: 
IF(or(and(not(Absortância da camada mais externa segundo tabela B2 > 0,6), 
not(Transmitância Térmica > 3,7), not(CT T < 130)), and(Absortância da camada mais 
externa segundo tabela B2 > 0,6, not(Transmitância Térmica > 2,5))), "M - Desempenho 
Mínimo", "Requer Avaliação Computacional") 
44 
 
5.1.4 Schedule 2 - Avaliação do desempenho térmico de paredes de montantes 
estruturais 
 
Paredes de montantes estruturais como o Light Steel Framing e o Woodframe 
vêm se mostrando ótimas alternativas construtivas no âmbito de construções 
eficientes e de pouco desperdício de materiais. Estas metodologias dependem de 
materiais de alta tecnologia com grandes capacidades de isolamento térmico e 
acústico que, quando dispostos em camadas, proporcionam altos níveis de 
desempenho em edificações. 
O Schedule 2 – DESEMPENHO TÉRMICO DE PAREDES DE MONTANTES 
ESTRUTURAIS do Template Revit deste projeto avalia todas as camadas de 
isolamento térmico quanto aos seus níveis de desempenho de forma a se obter um 
resultado final total para a parede. Adicionalmente, para que a avaliação do 
desempenho térmico de paredes construídas sob a ótica destes métodos construtivos 
seja de fato compatível ao que determina a norma NBR 15575, o Template Revit 
criado no presente trabalho considera a influência dos montantes estruturais no 
desempenho térmico total das paredes de montantes estruturais. 
Assim como no Schedule 1 citado anteriormente, o Schedule 2 possui seus 
próprios parâmetros de projeto e tem a mesma capacidade de filtrar e ordenar apenas 
elementos construtivos definidos como sendo do tipo “Montantes Estruturais”. O 
schedule também proporciona ao seu usuário, a possibilidade de executar projetos 
deste tipo com baixos níveis de detalhamento. Não é necessário que o projetista 
modele a estrutura de montantes das paredes para que o Schedule 2 proceda com a 
avaliação já que os parâmetros de projetos definidos nessa programação de cálculo 
permitem a definição de algumas características construtivas de maneira textual. 
Os parâmetros de projeto do Schedule 2 foram definidos da seguinte forma: 
• Espessura do perfil; 
• Largura do Montante 
• Altura da aba lateral do montante; 
• Calor específico do perfil; 
• Condutividade térmica dos montantes; 
• Densidade de massa aparente especifica do perfil; 
• Espaçamento entre montantes verticais; 
45 
 
• Número de montantes horizontais intermediários; 
• Altura da parede (calculada através do quociente da área da parede pelo 
comprimento da parede); 
 
A norma NBR 15220 não traz exemplos de cálculo de Transmitância Térmica 
(U) e Capacidade Térmica (CT) para este tipo de solução estrutural, porém, 
considerou-se neste trabalho a possibilidade de se executar rotinas de cálculo 
semelhantes àquelas destinadas às paredes de assentamento de blocos sólidos, 
partindo-se do princípio de que os assentamentos horizontal e vertical de blocos se 
comportam, geometricamente, de forma análoga aos montantes verticais e horizontais 
das paredes de montantes estruturais. 
 
5.1.4.1 Schedule 2 – Procedimento de Cálculo: 
 
• Coluna de Cálculo 1/Schedule 2 (Rt total dos elementos) – Calcula-se a resistência 
térmica das camadas da parede. 
 
o Fórmula utilizada no Schedule 2: 
(Espessura Material / 100 cm) / Material: Condutividade Térmica 
 
• Coluna de Cálculo 2/Schedule 2 (Rt dos montantes) – Calcula-se a resistência 
térmica dos montantes estruturais. 
 
o Fórmula utilizada no Schedule 2: 
(Espessura do Perfil / 100 cm) / Condutividade Térmica dos Montantes 
 
• Coluna de Cálculo 3/Schedule 2 (Área da Seção A) – Calcula-se a área total 
perpendicular ao fluxo de calor da seção A da parede definida pelas regiões 
de montantes horizontais e verticais. Esta coluna considera em seu cálculo a 
existência de no mínimo dois montantes horizontais na parede: um superior e 
outro inferior. 
 
 
46 
 
o Fórmula utilizada no Schedule 2: 
(2 + Numero de Montantes Intermediários) * Espaçamento entre Montantes * Altura da 
Aba do Montante + Altura da Parede * Largura do Montante 
 
• Coluna de Cálculo 4/Schedule 2 (Área da Seção B)– Calcula-se a área total 
perpendicular ao fluxo de calor da seção B da parede definida pela região das 
camadas de isolamento e acabamento da parede. 
 
o Fórmula utilizada no Schedule 2: 
Altura da Parede * Espaçamento entre Montantes - (2 + Numero de Montantes 
Intermediários) * Altura da Aba do Montante * Espaçamento entre Montantes 
 
• Coluna de Cálculo 5/Schedule 2

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