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SOPA (Lei de Combate à Pirataria Online): A INDÚSTRIA MIDIÁTICA COMBATE A VIOLAÇÃO ONLINE DOS DIREITOS AUTORAIS

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM COMUNICAÇÃO E MARKETING DIGITAL
Fichamento de Estudo de Caso
Nome do aluno: Isabella Garcia Galvão Pereira
Trabalho da disciplina: Direito do consumidor e propriedade intelectual.
 Tutor: Prof. Ana Cristina Augusto Pinheiro
Juiz de Fora
2017
TÍTULO: SOPA (Lei de Combate à Pirataria Online): A INDÚSTRIA MIDIÁTICA COMBATE A VIOLAÇÃO ONLINE DOS DIREITOS AUTORAIS
REFERÊNCIA: HOYT, D.; CALLANDER, S. SOPA (Lei de Combate à Pirataria Online): A INDÚSTRIA MIDIÁTICA COMBATE A VIOLAÇÃO ONLINE DOS DIREITOS AUTORAIS. Graduate School of Stanford Business, 14 de janeiro de 2013. [online]. 
O texto lido propõe uma discussão a respeito dos direitos autorais. Segundo o autor as empresas querem manter o direito autoral pelo máximo de tempo possível, evitando assim que a obra caia em domínio público. O texto também sugere uma análise sobre as leis de pirataria do ambiente digital. 
O principal assunto discutido no texto é o receio de que as obras da Walt Disney Company e de outros detentores de direitos autorais americanos, caia na pirataria do meio digital, pois a internet estava cada vez mais veloz e aumentava a facilidade para a transferência de arquivos. Além disso, o número de cópias de arquivos digitais na web só crescia mesmo os que eram protegidos por direitos autorais. E isto tudo representava uma séria ameaça à indústria do entretenimento. 
Com o aumento dos anos que cabiam aos direitos autorais, isso deixou de ser uma preocupação para os donos dos direitos. O problema é que no final de 1990, a Disney, a maior empresa de entretenimento dos EUA, notou que um de seus bonecos de maior significância, o Mickey Mouse, teria sua licença expirada depois de 2003, seguido do Bambi, Donald Duck, Dumbo e a Branca de Neve e os Sete Anões. Após o fim do período de recebimento dos direitos, a Disney não receberia mais nada em relação aos bonecos acima relacionados, tanto na venda quanto na exibição. 
Para que isso não ocorresse a Disney não poupou esforços para que o Congresso Americano conseguisse aumentar esse prazo. Algumas instituições foram contra este aumento, como por exemplo, as “bibliotecas” que ressaltaram que depois de tantos anos, os clássicos de Shakespeare, Mark Twain e outros clássicos e já pertencem ao domínio público. Porém, a Walt Disney conseguiu e o Congresso aprovou a lei que ficou conhecida como “Lei de Proteção do Mickey Mouse”, que foi estendida por mais 20 anos.
Em 1996, a Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), uma agência da ONU “dedicada a usar a propriedade intelectual...como um meio de estimular a inovação e criatividade” propôs dois tratados que envolviam a propriedade intelectual e o desenvolvimento de tecnologias para computador. O Tratado de Direito Autoral da OMPI protegeria programas de computador e base de dados. O Tratado de Performances e Fonogramas da OMPI lida com música e outros trabalhos e cobre cópia e distribuição digital. 
Os Estados Unidos assinaram ambos os tratados e os implementaram através da Lei dos Direitos Autorais do Milênio Digital (Digital Millennium Copyright Act – DMCA), que foi aprovada em 1998 e teve efeito em 2000.
Os projetos de lei abordavam o fato da DMCA (Digital Millennium Copyright Act) não obrigar empresas a evitar que obras protegidas por direitos autorais caiam na web. SOPA e PIPA procuravam combater violações online (incluindo sites estrangeiros) ao focar na relação de empresas americanas e o site infrator. 
Os projetos de lei relacionavam o fato da DMCA não obrigar empresas a prevenir que materiais protegidos de serem colocados na web. A lei americana não pode, diretamente, barrar sites estrangeiros ou suas empresas, mas a SOPA e a PIPA procuram combater violações online ao focar no relacionamento entre empresas americanas e o site infrator. Como disse Christopher Dodd, CEO da MPAA e ex-senador: “A indústria de roubo online apoia-se nas anunciantes, processadores pagos, provedores de serviço de internet e plataformas de pesquisa – negócios legítimos, que a meu ver, os corrompe quando sabiamente agem como cúmplice para o roubo digital”. 
 As leis permitiam que o Departamento de Justiça e os proprietários dos direitos autorais, que suspeitassem de violação de direitos, pedissem ajuda judicial para obrigar a todas as empresas americanas a cortar comunicações com o site acusado, efetivamente impossibilitando-o de operar. E se a empresa não parasse de interagir com o site, ela seria submetida a uma ação legal.
 O texto da SOPA descreve um site como “dedicado ao roubo da propriedade americana”, se ele “possibilitar ou facilitar” uma atividade ilegal. Isso engloba uma variedade muito além de sites cuja existência é baseada em distribuir cópias sem autorização de material protegido, como os sites de compartilhamento de arquivos. 
 O poder do governo em obrigar sites a encerrar suas atividades foi demonstrado em Novembro de 2010, quando diversos sites americanos foram considerados infratores da DMCA, depois de declarações de violação dos direitos autorais. Porém, fechar sites sem comprovação de atividade ilegal pode ser interpretado como violação dos direitos de liberdade de expressão. 
 SOPA afirma que: “Um site da Internet é dedicado ao roubo da propriedade americana se tiver ações deliberadas para evitar a confirmação que o site é ilegal”. Ou seja, SOPA fez com que se torne ilegal for projetado de forma que dificulte para o governo provar que esta fazendo alguma atividade ilegal.
 SOPA faz com que as empresas tenham responsabilidades legais que são duvidosas e caras. Uma empresa de grande, como o Google, pode defender-se facilmente de ameaças legais, mas uma empresa pequena e nova, não é capaz disso.
 Existem então questões relativas sobre seu impacto nas empresas bem intencionadas. Sites dedicados à infração podem fechar e reabrir com nomes diferentes, assim que se tornarem alvo. Os infratores de verdade podem não ser desestimulados, mas empresas legais podem sofrer danos significativos. SOPA é “um esquema compreensivo de ordem de sufocamento da inovação de tecnologia e vigilância dominante, tão absoluto como fazer o povo da China parecer com Burning Man´Julian” disse Sanchez, Assistente de Pesquisa da Cato Institute A indústria de pirataria online apoia-se nos anunciantes, processadores pagos, provedores de serviço de internet e plataformas de pesquisa – negócios legítimos, mas que os corrompe e sabidamente agem como cúmplices.
para o roubo digital” Christopher Dodd, CEO da Motion Picture Association of America 
“Pirataria digital quase destruiu completamente a profissão de compositor, e está lentamente destruindo a indústria 
da música.” Rick Carnes, Presidente do Songwriters Guild of America 
 
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