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DIREITO DO CONSUMIDOR M

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DIREITO DO CONSUMIDOR 
A PROTEÇÃO CONSTITUCIONAL AO CONSUMIDOR 
• Antes da CF/88 ➔as relações privadas entre consumidores e fornecedores eram reguladas 
pelo CC. 
• Inexistia qualquer privilégio da parte hipossuficiente na relação negocial . 
✓ consumidores e fornecedores eram tratados de forma similar, como se estivessem no 
mesmo patamar negocial. 
• Com a CF/88 ➔ Constituinte Originário positivou a necessidade de se proteger, até 
mesmo como um princípio da ordem econômica nacional, a defesa dos interesses do 
consumidor. 
• CDC➔ lei 8.078/90 ➔ A CF prevê a necessidade de defesa do consumidor e institui 
diversas normas, mas não regula como isso deve acontecer. É por meio do CDC que essa 
premissa é cumprida. 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988 
• Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-
se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à 
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor; 
• Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre 
iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da 
justiça social, observados os seguintes princípios: 
 V - defesa do consumidor; 
Art. 5º, XXXII CF – Direito Fundamental 
• Relação de Consumo ➔ desigual 
• Defesa do Consumidor e a consequente proteção do consumidor é tida como 
um DIREITO FUNDAMENTAL. 
• Por que? Em uma sociedade de consumo quem não consome não faz parte 
da sociedade, não tem dignidade, dai a razão do legislador constituinte 
estabelecer o direito do consumo como um direito fundamental. 
• consumir é um direito fundamental do cidadão. 
• O Direito do Consumidor é visto como direito de 3º geração, pois é tido como 
um direito da massa, direito difuso (coletivos). 
ART. 170, V, CF - ORDEM ECONÔMICA 
• Art. 170, CF - traz as regras de intervenção do Estado no domínio econômico 
➔estabelece os limites do Estado nas relações privadas. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8078.htm
• estabelece que o Brasil é um país capitalista, mas este capitalismo não pode ser 
"selvagem" (não se pode permitir que as pessoas em relações privadas sejam lesadas 
por outras pessoas). 
• o Estado vai intervir em relações privadas para garantir que essa relação seja justa, 
equilibrada, que traga existência digna ao consumidor. 
➢ FUNDAMENTO DA ORDEM ECONÔMICA 
• Valorização do trabalho humano 
• Livre iniciativa 
➢ OBJETIVOS DA ORDEM ECONÔMICA 
• EXISTÊNCIA DIGNA ➔ não se pode permitir que as pessoas não atuem nessa 
sociedade de consumo comprando coisas 
• JUSTIÇA SOCIAL ➔ é atribuir a cada um o que é seu 
CDC LEI 8.078/90 
• norma de ordem pública e interesse social e que deve ser aplicada a todas as relações 
que envolvem consumidores e fornecedores. 
✓ As normas de ordem pública e de interesse social são aquelas que interessa a toda a 
sociedade e não somente as partes. 
• Qual a abrangência destas expressões? 
✓ As decisões decorrentes das relações de consumo não se limitam as partes envolvidas 
em litígio; 
✓ As partes não poderão derrogar(abolir) os direitos de consumidor; 
✓ Juiz pode reconhecer de oficio direitos do consumidor ; 
✓ O Código de Defesa do Consumidor trata-se de uma norma de ordem pública 
portanto, cogente, imperativa➔ sua observância é obrigatória 
✓ pois tutela direitos indisponíveis das pessoas, de relevante interesse social.... 
✓ e que deve ser aplicada a todas as relações que envolvem consumidores e 
fornecedores. 
✓ Assim são serviços públicos sob a égide do CDC : água, luz, telefonia e pedágio. 
DESIGUALDADE ENTRE CONSUMIDOR E FORNECEDOR 
➢ não se pode considerar na prática que consumidores e fornecedores estão no mesmo 
patamar de conhecimento quando iniciam uma determinada contratação. 
➢ CDC Privilegia a parte mais frágil-hipossuficiente e procura equilibrar os pratos da 
balança ➔ oferecendo proteção jurídica ao consumidor ante as contratações com 
fornecedores. 
➢ CDC se reconhece a vulnerabilidade do consumidor. 
CDC – MICROSSISTEMA MULTIDISCIPLINAR 
• O direito do consumidor ➔ Para tutelar o consumidor – vulnerável – na relação 
juridica ➔ multidisciplinar pq alberga em seu conteúdo várias disciplinas: 
• Direito Constitucional ➔ ex. Principio da dignidade humana 
• Direito Civil ➔ ex. Responsabilidade do fornecedor 
• Direito Processo civil ➔ ex. Onus da prova 
• Direito Administrativo ➔ ex. proteção administrativa do consumidor 
• Direito Penal ➔ ex. Infrações e sanções penais 
 
QUESTÃO 
1. O Código de Defesa do Consumidor: 
 
A) estabelece normas de defesa e de proteção dos consumidores e fornecedores 
de produtos e serviços, de ordem pública e de interesse social. 
Justificativa: Erro proteção dos fornecedores 
B) estabelece normas de defesa e de proteção do consumidor, de ordem pública 
e de interesse social, regulamentando normas constitucionais a respeito 
 
C) prevê normas de interesse geral, dispositivas e de regulamentação 
constitucional. 
Justificativa: Inverídica, o CDC trata de normas de ordem pública, devendo ser 
seguida independente da vontade das partes, mesmo que expressamente 
estipulado. 
D) prevê normas de defesa e de proteção ao consumidor, dispositivas e de 
interesse individual, sem vinculação constitucional. 
Justificativa: Inverídica, o CDC trata de normas de ordem publica e com 
vinculação constitucional. 
E) estabelece normas de interesse coletivo geral, de ordem pública e interesse 
social, sem vinculação com normas constitucionais. 
Justificativa: inverídica, sem vinculação com normas constitucionais 
 
 
 
AULA 2 
RESUMO AULA 1: 
✓ Proteção Constitucional : 
• Art. 5º XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a 
defesa do consumidor; ( clausula pétrea) 
• Art. 170. V - defesa do consumidor; 
✓ Relação de Consumo ➔ desigual ➔ direito 
fundamental 
✓ CDC lei 8.078/90 norma de ordem pública e interesse 
social ➔ sua observância é obrigatória. 
 CDC➔ Privilegia a parte mais frágil-hipossuficiente 
 
 
RELAÇÃO DE CONSUMO 
➢ O QUE É RELAÇÃO DE CONSUMO? 
• Relação de Consumo é a aquela na qual existe um consumidor, um fornecedor e 
um produto/serviço que ligue um ao outro. 
• Se não for de consumo será uma relação civil 
• Analise das partes, apara uma relação de consumo 
 
• ➔É requisito objetivo de existência dos três elementos. 
I. Consumidor 
II. Fornecedor 
III. Produto ou serviço 
• ➔é o “tripé” formado por consumidor, fornecedor e produto/serviço. 
• não sendo relação de consumo ➔ é aplicado o que está previsto no CC. 
 
➢ CONCEITO DE CONSUMIDOR (LEI N° 8.078/90) 
• Consumidor (standard ou strictu sensu -art.2º caput CDC) 
• Art. 2º, caput, do CDC: “consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou 
utiliza produto ou serviço como destinatário final”. 
• É o consumidor final, o que retira o bem do mercado ao adquiri-lo ou 
simplesmente utilizá-lo. 
• Aquele que coloca um fim na cadeia de produção e não aquele que utiliza o bem 
para continuar a produzir. 
 
EXEMPLOS: 
Exemplo 1: um estudante que compra um computador para que possa fazer seus 
afazeres escolares em sua residência; (destinatário final) 
Exemplo 2: o pai de família que contrata junto ao banco empréstimo financeiro para 
quitar as dívidas do lar; 
CONSUMIDOR: DESTINATÁRIO FINAL (HÁ DUAS CORRENTES DOUTRINÁRIAS) 
CORRENTE FINALISTA: o produto ou serviço deve cumprir todas as etapas da cadeia 
econômica até chegar ao seu destino final, que tem como titular o consumidor. 
O consumidor é aquele que adquire o produto para uso próprio e de sua família, excluindo do 
conceito de consumidor o profissional que adquire o bem para o uso em sua profissão. 
CORRENTE MAXIMALISTA: Para os adeptos dessa teoria não importa se a pessoa física, 
jurídica ou profissional adquiriu oproduto ou serviço com o fim de lucro ou tão somente para 
consumo próprio. 
Para eles a aquisição de todo e qualquer produto ou serviço seria suficiente para enquadrar o 
adquirente como consumidor, não havendo se questionando se foi para uso próprio ou para 
fins lucrativos. 
• STJ flexibilizou o entendimento anterior para considerar destinatário final quem usa o 
bem em benefício próprio, independentemente de servir diretamente a uma atividade 
profissional. 
EXEMPLOS: 
• Exemplo 1: Uma indústria moveleira adquire matéria prima para a fabricação dos móveis, 
de acordo com a teoria maximalista, a indústria é considerada consumidora, tendo em 
vista que a mesma retirou o produto (matéria prima) do mercado, mesmo sendo com a 
finalidade de obtenção de lucro. 
• Exemplo 2: Uma pessoa adquire produtos de limpeza para realizar uma tarefa em sua 
casa. O intuito da compra foi para o seu uso pessoal e, não, com a finalidade de obter 
lucros. 
• Exemplo 3: Um estudante que adquire livros em uma livraria para estudar para uma 
disciplina. Observa-se que a finalidade da compra não é para atividades econômicas e, sim, 
para que ele possa adquirir conhecimento em um determinado assunto, portanto, ele deu 
uma destinação fática e econômica. (teoria finalista) 
OBSERVAÇÕES: 
• Mas se admite, excepcionalmente, a aplicação das normas do CDC a determinados 
consumidores profissionais, desde que demonstrada, em concreto, a vulnerabilidade 
técnica, jurídica ou econômica. 
 
• O adquirente do produto ou serviço pode ser vulnerável em relação ao fornecedor : 
▪ pela dependência do produto; 
▪ pelo monopólio da produção do bem ou sua qualidade insuperável; 
▪ pela extremada necessidade do bem ou serviço; 
▪ pelas exigências da modernidade atinentes à atividade 
• Exemplo: um estabelecimento de saúde que está vinculado ao único fornecedor de 
oxigênio do mercado; 
• Exemplo: de uma empresa de cosméticos que depende da prestadora serviços de 
informática para manutenção do seu sistema de rede. 
CONSUMIDOR POR EQUIPARAÇÃO 
O que seria esta EQUIPARAÇÃO? Estariam todas as situações de consumo amparadas pelo 
CDC? 
• Significado de Equiparação: 
o Pessoas que mesmo não sendo adquirentes diretas do produto ou serviço, 
utilizam-no, em caráter final, ou a ele se vinculem, e venham a sofrer qualquer 
dano trazido pela realização do serviço ou pelo uso do produto. 
o Pessoas físicas ou pessoas jurídicas podem ser consumidores em BYSTANDERS!! 
 
• Art. 2º, parágrafo único, CDC, ➔ consumidor por equiparação: “a coletividade de 
pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo”. 
 
 
➔ Proteção do CDC ➔ não só para quem diretamente o usa, mas para o público em 
geral. 
➔ Ex. Uma montadora vende um carro com um defeito de fábrica, todas as pessoas que 
compraram aquele modelo de veículo daquele lote são consideradas consumidoras por 
equiparação. 
• Art. 17. Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos consumidores todas as vítimas do 
evento. 
➔SEÇÃO II- Da Responsabilidade pelo Fato do Produto e do Serviço ➔ danos causados 
por defeito no produto. 
 
➢ Um acidente de consumo é configurado quando se constata um defeito no produto ou 
serviço que, além de torná-los inadequados para seu uso, também causa dano ao 
consumidor ou represente riscos à sua saúde ou segurança. 
COLETIVIDADE 
VITIMA DE ACIDENTE 
DE CONSUMO 
➢ este artigo visa proteger aqueles que, mesmo não sendo consumidores, sofrem um 
dano em virtude de um acidente de consumo. 
➢ Assim qualquer pessoa física ou jurídica que adquirir ou utilizar produtos ou serviços 
como destinatários finais, ou seja, retirando o produto do mercado e encerrando o 
processo econômico (já que a cadeia que se estabelece desde a produção até o 
consumo), serão considerados consumidores. 
EXEMPLO DE ACIDENTE DE CONSUMO 
• EXEMPLO:. uma imobiliária de uma cidade litorânea anuncia pela imprensa a venda de um 
loteamento cujos lotes ficam de frente para o mar, mas na realidade somente alguns 
poucos lotes tem essa característica, pois os demais ficam de frente para um morro”. 
➔Está claro que a imobiliária fez propaganda enganosa, assim, toda a coletividade é 
consumidora por equiparação, pois o número de pessoas atingidas por essa publicidade é 
indeterminável. 
EXEMPLO:.“ uma pessoa compra uma televisão e a dá de presente a um amigo, este 
amigo, feliz da vida, recebe a televisão e a leva pra casa, porém ao ligar o aparelho este 
não funciona”. 
➔Esse amigo que recebeu o aparelho de TV é consumidor por equiparação e pode 
pleitear junto ao fornecedor providências para que conserte o aparelho ou o substitua. 
ARTIGO 29 CDC 
SEÇÃO I - Das Disposições Gerais 
• Art. 29. Para os fins deste Capítulo e do seguinte, equiparam-se aos consumidores todas as 
pessoas determináveis ou não, expostas às práticas nele previstas. 
➔ Há a possibilidade de se tutelarem os interesses de uma coletividade de pessoas que, 
mesmo sem qualquer contato pessoal, merecem ser igualmente protegidas como 
consumidores? 
➔ estarão sujeitas às mesmas práticas elaboradas pelos fornecedores, e que poderão 
lhes causar algum tipo de dano. 
➔ as pessoas que são consumidoras em potencial, que não são parte em um contrato de 
compra e venda ou de prestação de serviços, mas que podem vir a ser. 
• Exemplo. “uma pessoa compra maionese, faz uma salada e serve para alguns amigos. 
A maionese estava estragada e todos passam mal”. 
➔Todos os amigos são consumidores por equiparação, pois foram atingidos pelo defeito 
do produto. 
 
 
 
RESUMO AULA ANTERIOR: 
➢ Conceito 
➢ consumidor – art,2 
➢ destinatário final 
➢ vulnerabilidade ( tecnica, juridica, economica) 
➢ Por equiparação 
➢ Art.2, parag.U – coletividade – pessoas indetermináveis 
➢ Art.17 – das vítimas do dano 
➢ Art.29 – consumidores em potencial ➔não parte do 
contrato, mas podem vir a ser 
 
 
CONCEITO DE FORNECEDOR 
• art. 3º, caput: Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional 
ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de 
produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, 
distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços” 
• Todo praticante de uma atividade econômica dirigida ao mercado de consumo. 
• Abrange o produtor, o fabricante, o importador, o exportador, o comerciante, o 
prestador de serviços, entre outros. 
• Abrange quem desenvolve atividade de prestação de serviço. 
 
➔ O fornecedor é gênero do qual são espécies o fabricante, o comerciante, o 
importador, etc.. 
• Pessoa física é a pessoa natural, é o ser humano. 
• Pessoa jurídica é um grupo humano, criado na forma da lei, com personalidade 
jurídica própria, para a realização de determinados fins. 
• Nacional – criada no Brasil, sob a égide das leis brasileiras, com sede no Brasil. 
• Estrangeiras – criadas em outros países, que tenha ou não sede no Brasil. 
• Pública – são os órgão públicos, de maneira geral. 
• Privada – são os comércios e as empresas particulares. 
• Entes despersonalizados – são os ambulantes - “camelôs”. 
• Habitualidade – é a principal característica do fornecedor. Fornecer produto ou 
serviço deve ser uma atividade habitual da pessoa. 
➔ quem vende de forma eventual não é considerado fornecedor. 
 
 
 
 
 
Fornecedor: figuras do artigo 12 CDC 
• Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o 
importador respondem.... 
 
• fabricante é aquele que realiza atividade econômica de transformação de 
produtos, enquadra-se neste conceito o manufaturador final, o manufaturador de 
componentes, de matérias-primas e o montador. 
 
• O produtor é quem desenvolve atividade econômica extrativa ou agropecuária, ou 
seja, no âmbito do CDC é o fornecedor de produtos não industrializados. 
 
• construtor coloca no mercado um produto imobiliário.• importador é responsável presumido e é aquele que introduz, de forma lícita ou 
ilícita, mercadorias de origem estrangeira no mercado nacional. Importador introduz 
no mercado nacional produto final como o de componente. 
 
• comerciante é aquele que realiza atividades de intermediação com o intuito lucrativo. 
• EXEMPLO. 1 “se uma loja de eletroeletrônicos vende uma TV, ela é fornecedora, pois 
faz isso com habitualidade, ou seja, esta é sua atividade”. 
Caso o aparelho apresente vício ou defeito o consumidor estará protegido pelas 
normas do CDC. 
 
• EXEMPLO. 2 “se uma pessoa vende um aparelho de TV, que tem em casa, a um amigo, 
porque adquiriu um aparelho novo, não está caracterizada a habitualidade, pois esta 
não é uma atividade de comércio que pratica com frequência”. 
Caso o aparelho apresente defeito, a proteção é dada pelo Código Civil, não haverá 
aplicação do CDC. 
 
FORNECEDOR E A HABITUALIDADE PROFISSIONAL - TJDF 
• A habitualidade profissional é imprescindível para que a parte seja considerada 
fornecedora e, dessa forma, se configure a relação de consumo, nos termos do artigo 
3º da Lei 8.078/90. 
Trecho da ementa 
• “III. (...) Contudo, em que pese constar no contrato entre o autor e o referido réu que 
este atua como 'técnico em turismo' (...), não há qualquer indicativo de que ele 
atua com habitualidade na função. (...) V. (...) Em consequência, não há habitualidade 
na atividade ofertada pelo réu (...), o que afasta a relação de consumo no caso 
concreto, eis que ausente um dos requisitos para a formação da relação 
consumerista.” (grifos) 
• Acórdão 1166583, 07076383220188070005, Relator: ALMIR ANDRADE DE FREITAS, 
2ª Turma Recursal dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais do DF, data de julgamento: 
24/04/2019, publicado no DJe: 30/04/2019. 
http://pesquisajuris.tjdft.jus.br/IndexadorAcordaos-web/sistj?visaoId=tjdf.sistj.acordaoeletronico.buscaindexada.apresentacao.VisaoBuscaAcordao&controladorId=tjdf.sistj.acordaoeletronico.buscaindexada.apresentacao.ControladorBuscaAcordao&visaoAnterior=tjdf.sistj.acordaoeletronico.buscaindexada.apresentacao.VisaoBuscaAcordao&nomeDaPagina=resultado&comando=abrirDadosDoAcordao&enderecoDoServlet=sistj&historicoDePaginas=buscaLivre&quantidadeDeRegistros=20&baseSelecionada=TURMAS_RECURSAIS&numeroDaUltimaPagina=1&buscaIndexada=1&mostrarPaginaSelecaoTipoResultado=false&totalHits=1&internet=1&numeroDoDocumento=1166583
• Habitualidade do fornecedor – relação de consumo – impossibilidade de inversão do 
ônus probatório – prova diabólica 
• “3. Conquanto a relação jurídica estabelecida entre as partes seja de consumo, uma 
vez que a autora, ora agravante, adquiriu o produto como destinatária final e o 
agravado executa os serviços com habitualidade e de forma profissional, escorreito o 
indeferimento singular da inversão do ônus probatório, aplicando-se na espécie, a 
norma ordinária descrita no art. 373 do CPC. 4. Isso porque o toldo fabricado pelo 
agravado não mais existe, dada a substituição do produto por outro, de sorte que a 
comprovação de que aquele instalado pelo recorrido estava em condições estruturais 
de uso seguro, se revela impossível de ser por ele produzida (prova diabólica).” 
• Acórdão n. 1150809, 07191502720188070000, Relator: CESAR LOYOLA, 2ª Turma 
Cível, data de julgamento: 13/02/2019, publicado no DJe: 18/02/2019. 
PRODUTO OU SERVIÇO 
• art. 3º, § 1º, do CDC: Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial. 
• art. 3º, § 2º, do CDC: Serviço é qualquer atividade fornecida no 
mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza 
bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de 
caráter trabalhista. 
• PRODUTO é todo bem móvel ou imóvel, material ou imaterial, novo ou usado, fungível 
ou infungível, colocado no mercado de consumo. 
• São todos os produtos passíveis de serem comercializados. Incluem-se, entre esses 
produtos, a eletricidade e o gás. 
• SERVIÇO é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante 
remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito ou 
securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista. 
• Atenção: Quando o CDC trata da remuneração, não quer especificamente dizer 
a remuneração direta, ou seja, o pagamento direto efetuado pelo consumidor 
ao fornecedor, mas também a remuneração indireta, aquele benefício comercial 
indireto fruto da prestação de serviços ou do fornecimento de 
produtos aparentemente gratuitos. 
as atividades do artigo 3º do CDC não são taxativas. 
• Isso quer dizer que podem abarcar situações de gratuidade na oferta de bens, como 
nas amostras grátis ou na prestação do serviço. 
Ex. o transporte de passageiros portadores de milhas fruto do programa de fidelização. 
• A expressão “mediante remuneração” não deve ser interpretado à risca, 
porque existem situações em que não há remuneração mas ainda assim, terão 
a proteção/aplicação do CDC. 
• EXEMPLO. 1 – Estacionamento gratuito em shopping center. De gratuito não 
tem nada, na verdade, é, aparentemente, gratuito, pois o fornecedor lucra com as 
compras efetuadas e os serviços utilizados pelo consumidor, assim, se houver furto do 
veículo ou no veículo, o shopping deverá reparar o prejuízo de acordo com as regras 
do CDC. 
• EXEMPLO. 2 – Nas amostras grátis o pensamento é o mesmo, pois são uma forma de 
divulgação do produto, por isso se apresentar vício ou defeito o consumidor 
estará protegido pelo CDC. 
http://pesquisajuris.tjdft.jus.br/IndexadorAcordaos-web/sistj?visaoId=tjdf.sistj.acordaoeletronico.buscaindexada.apresentacao.VisaoBuscaAcordao&controladorId=tjdf.sistj.acordaoeletronico.buscaindexada.apresentacao.ControladorBuscaAcordao&visaoAnterior=tjdf.sistj.acordaoeletronico.buscaindexada.apresentacao.VisaoBuscaAcordao&nomeDaPagina=resultado&comando=abrirDadosDoAcordao&enderecoDoServlet=sistj&historicoDePaginas=buscaLivre&quantidadeDeRegistros=20&baseSelecionada=BASE_ACORDAOS&numeroDaUltimaPagina=1&buscaIndexada=1&mostrarPaginaSelecaoTipoResultado=false&totalHits=1&internet=1&numeroDoDocumento=1150809
SERVIÇO PÚBLICO 
• Nem todos os serviços públicos estão abrangidos pelo conceito de serviço do CDC. 
• Aos serviços públicos nos quais a contratação se der por meio de tarifa, taxa ou preço 
público, como pedágio, energia elétrica, ônibus, cabe o CDC, porém aos serviços 
fornecidos por meio de impostos não cabe aplicação do CDC. 
PRODUTO — DEFINIÇÃO 
LEGAL 
PRODUTO — DEFINIÇÃO 
DOUTRINÁRIA 
 
• Bem móvel 
• Bem imóvel 
• Bem material 
• Bem imaterial 
 
• Bem móvel 
• Bem imóvel 
• Bem material 
• Bem imaterial 
• Bem consumível fisicamente 
• Bem não consumível fisicamente 
• Bem fungível 
• Bem infungível 
• Bem principal 
• Bem acessório 
• Bem novo 
• Bem usado 
• Bem durável 
• Bem não durável 
• Amostra grátis 
 
 
PRODUTO OU BENS 
• art.3, §1° do CDC : “é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial”. 
• O termo PRODUTO, que é mais abrangente, em detrimento de BENS e por isto art.3,§ 
1°do CDC deve ser interpretado da maneira mais ampla possível. 
• PRODUTO- É qualquer bem, consumível fisicamente ou não, móvel ou imóvel, 
novo ou usado, material ou imaterial, fungível ou infungível, principal ou acessório. 
• produto usado no mercado desde que os demais elementos da relação 
jurídica estejam presente: que o vendedor seja um fornecedor 
• Ex: comprar um carro usado numa concessionária de veículos. 
• Obs: no caso de bem usado e da categoria duráveis, o consumidor terá 90 dias para 
reclamar dos vícios existentes levando em consideração o critério da vida útil do bem 
BENS MÓVEIS E IMÓVEIS 
• Aplica-se o CDC aos contratos imobiliários, bem como os contratos 
de empréstimos, financiamento e seguro para a realização deste, quando 
o consumidor for adquirir a casa própria. 
• STJ Resp 804.202 “a despeito da aquisição do seguro ser fator determinante para o 
financiamento habitacional,a lei não determina que a apólice deva 
ser necessariamente contratada frente ao próprio mutuante ou seguradora por 
ele indicada. 
• procedimento caracteriza a denominada “venda casada” vedada CDC art.39, 
I : “condena qualquer tentativa do fornecedor de se beneficiar de sua 
superioridade econômica ou técnica para estipular condições negociais 
desfavoráveis ao consumidor, cercando-lhe a liberdade de escolha.” 
• SUMULA 473 DO STJ “O mutuário do SFH não pode ser compelido a contratar 
o seguro habitacional obrigatório com a instituição financeira mutuante ou com 
a segurada por ela indicada” 
BENS MATERIAS E IMATERIAIS E AS RELAÇÕES COM A INTERNET “CONTRATAÇÃO NO 
COMÉRCIO ELETRÔNICO” 
 
• Nas atividades bancárias identifica-se relações marcadas por bens imateriais: mutuo 
bancário, aplicação em renda fixa e caução de títulos. 
• uma das marcas distintivas das relações estabelecidas através da internet é 
a ubiquidade, e a desterritorialização 
✓ Ubiquidade quer dizer existência concomitante em todos os lugares. 
✓ A desterritorialização propiciada pelo meio eletrônico é que permite que os atos 
processuais sejam praticados fora do território da sua jurisdição 
CDC NOS CONTRATOS ELETRÔNICOS – DECRETO 7.692/2013 que regulamenta o CDC para 
dispor sobre a aquisição de produtos e serviços no comércio eletrônico. 
- Informações claras a respeito do produto, serviço e do fornecedor; 
- Atendimento facilitado ao consumidor; 
- Respeito ao direito de arrependimento; 
• O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias a contar de sua assinatura 
ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de 
fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento 
comercial, especialmente por telefone ou a domicílio. 
 
CDC NOS CONTRATOS ELETRÔNICOS – Decreto 7.692/2013 - que regulamenta o CDC para 
dispor sobre a aquisição de produtos e serviços no comércio eletrônico. 
• Art. 2° do Decreto 7.692/13 “os sítios eletrônicos ou demais meios eletrônicos 
utilizados para oferta ou conclusão de contrato de consumo, devem disponibilizar em 
local de destaque e de fácil visualização, as seguintes informações: 
 
• Nome empresarial e número de inscrição do fornecedor, quando houver, no cadastro 
nacional de pessoas físicas ou no cadastro nacional de pessoas jurídicas do ministério 
da fazenda. 
• Endereço físico e eletrônico e demais informações necessárias para sua localização 
e contato 
CDC NOS CONTRATOS ELETRÔNICOS – Decreto 7.692/2013 - que regulamenta o CDC 
para dispor sobre a aquisição de produtos e serviços no comércio eletrônico. 
• Características essenciais do produto ou do serviço, incluídos os riscos à saúde e a 
segurança dos consumidores 
• Discriminação, no preço, de quaisquer despesas adicionais ou acessórias, tais como as 
de entrega ou seguros. 
• Condições integrais da oferta, incluídas modalidades de pagamento, disponibilidade, 
forma e prazo da execução do serviço ou da entrega ou disponibilização do produto 
• Informações claras e ostensivas a respeito de quaisquer restrições à fruição da oferta. 
As contratações no comercio eletrônico deverão observar o cumprimento das condições de 
oferta, com a entrega dos produtos e serviços contratados, observados os prazos, quantidade, 
qualidade e adequação, sob pena de incidência das sanções administrativas constante 
do art.56 do CDC. 
Art. 56. As infrações das normas de defesa do consumidor ficam sujeitas, conforme o caso, 
às seguintes sanções administrativas, sem prejuízo das de natureza civil, penal e das definidas 
em normas específicas: 
 I - multa; 
II - apreensão do produto; 
III - inutilização do produto; 
IV - cassação do registro do produto junto ao órgão competente; 
V - proibição de fabricação do produto; 
VI - suspensão de fornecimento de produtos ou serviço; 
VII - suspensão temporária de atividade; 
 IX - cassação de licença do estabelecimento ou de atividade; 
 X - interdição, total ou parcial, de estabelecimento, de obra ou de atividade; 
XI - intervenção administrativa; 
 XII - imposição de contrapropaganda. 
 Parágrafo único. As sanções previstas neste artigo serão aplicadas pela autoridade 
administrativa, no âmbito de sua atribuição, podendo ser aplicadas cumulativamente, inclusive 
por medida cautelar, antecedente ou incidente de procedimento administrativo. 
 
BENS DURÁVEIS E NÃO DURÁVEIS 
Nenhum bem de consumo pode ser considerado eterno. A classificação é feita tendo em 
vista o grau de exaurimento em razão do uso. 
 
• BENS DURÁVEIS: são os bens tangíveis que não se extinguem após o uso regular. 
Ex: automóveis, peças de vestuário, eletrodoméstico e eletroeletrônicos. 
há o desgaste natural do uso, que não pode ser confundido com o vício. O tempo faz com que 
o bem perca seu desempenho. 
o critério de vida útil do bem de consumo e os prazos decadenciais do art. 26 do CDC: 
 Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em: 
 I – 30 dias tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não duráveis; 
II - 90 dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos duráveis. 
§ 1° Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do produto ou do 
término da execução dos serviços. 
§ 2°Obstam a decadência: 
I - a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor perante o fornecedor de 
produtos e serviços até a resposta negativa correspondente, que deve ser transmitida de 
forma inequívoca; 
II - a instauração de inquérito civil, até seu encerramento. 
§ 3° Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que ficar 
evidenciado o defeito. 
Art. 27. Prescreve em 5 anos a pretensão à reparação pelos danos causados por fato do 
produto ou do serviço, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento do dano e 
de sua autoria. 
• BENS NÃO DURÁVEIS: São aqueles cujas finalidades para as quais 
se destinam desaparecem com o seu uso regular em um curto período de tempo. 
Sempre será um prazo menor comparado com os bens duráveis 
Ex: alimentos, remédios, bebidas ( ou paulatinamente: caneta e sabonete) 
• AMOSTRA GRÁTIS: A questão se baseia em saber se o bem entregue sem 
exigir contraprestação pecuniária do consumidor está protegido pelo CDC 
Ex. Vc foi ao shopping e recebeu uma amostra grátis de xampu e ao utilizar o 
cabelo caiu. SIM aplica-se o CDC, pois o CDC não exige no art.3 que a 
aquisição seja remunerada na entrega do produto de maneira gratuita, não deixa de 
ter uma finalidade lucrativa. Trata-se de Marketing com o objetivo de conquistar 
o consumidor!!!! 
 
Portanto, A amostra grátis é objeto da relação jurídica e está submetido a todas as exigências 
legais de qualidade, garantia, durabilidade, proteção contra vícios defeitos.... 
➔ Teoria do risco que fundamenta a responsabilidade objetiva que é a regra do CDC. O 
fornecedor deve responder pelo ressarcimento independente de dolo ou culpa. 
SERVIÇO 
• Serviço: É qualquer atividade fornecida no mercado de 
consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de 
crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista. (CDC 
art. 3, §2°) 
Mas o serviço deve ser prestado por aquele que se enquadra como fornecedor e exercido para 
um consumidor. ASPECTOS: 
a) EXIGÊNCIA DE REMUNERAÇÃO: É a contraprestação imediata feita pelo consumidor ao 
utilizar um serviço no mercado de consumo. Tanto a direta como indireta 
• Exemplo: pagar o estacionamento no shopping. Pagar o conserto da máquina de lavar 
roupa.REMUNERAÇÃO INDIRETA- quando o shopping não cobra o estacionamento, mas 
oferece como serviço gratuito. Ele não deixa de ser remunerado, uma vez que o valor 
está embutido nos diversos produtos vendidos no shopping!!!! 
• STJ (RESP 566.468) “para a caracterização da relação de consumo, o serviço pode ser 
prestado pelo fornecedor mediante remuneração obtida de forma indireta.” 
• Ex.As milhas de cartão de crédito para beneficiar passagens aéreas 
“gratuitas”. Não possuem cortesia e benesse, são práticas que visam fidelizar o 
consumidor, e adquirem e contratarem cada vez mais pelos seus serviços 
(remuneração indireta). 
• A gratuidade não deixa de ser uma falácia, há sempre remuneração do fornecedor de 
maneira, direta ou indireta. 
SERVIÇO TOTALMENTE GRATUITO: 
• SERVIÇO TOTALMENTE GRATUITO: sem qualquer tipo de remuneração (nem direta, 
nem indireta) e não há ressarcimento dos custos de forma alguma. 
Quando isto ocorre? Ou de que forma? 
• em razão da natureza do serviço o seu prestador não tenha cobrado o preço. 
Ex. medico que atende alguém na rua passando mal. 
Mas atenção 
• STJ – decidiu pela não incidência do CDC ao serviço público de 
saúde por entender não ser remunerado: “o CDC exige a configuração 
necessariamente que a atividade seja prestada mediante remuneração no serviço 
médico em hospital público inexiste qualquer forma de remuneração . 
A remuneração do serviço de saúde pública é por meio de impostos (tributação) 
 
SERVIÇOS PÚBLICOS 
• SERVIÇOS PUBLICOS: Nem todos os serviços públicos estão abrangidos pelo conceito 
de serviço do CDC. 
• Não se aplica o CDC aos SERVIÇOS FORNECIDOS POR MEIO DE IMPOSTOS 
• Aplica-se o CDC aos serviços públicos nos quais a contratação se der por meio de 
tarifa, taxa ou preço público. EX. pedágio, energia elétrica, ônibus, 
• A tarifa é a remuneração do concessionário, resultado da soma de dois elementos: 
o custo da atividade e a margem de efetivo ganho (lucro) 
• A tarifa tem caráter negocial é uma espécie de preço público (ausência 
de compulsoriedadade, a administração atua como particular, sem imposição) e 
natureza negocial – natureza contratual, 
• Art. 22 do CDC. Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, 
concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra forma de empreendimento, 
são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos 
essenciais, contínuos.

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