Buscar

Introducao para Iluminaçao para Vídeo e TV [ UNICAMP ]

Prévia do material em texto

I nt rodução a I lum inação para vídeo e TV 
 
 
7tWXOR�� 
Introdução à Iluminação para Vídeo e TV 
(PHQWD� 
Estudo teórico dos procedim entos básicos para criação e execução de ilum inação para 
captação de im agens internas (estúdios) e externas ( locações) ut ilizando-se 
equipam entos t radicionais. 
2EMHWLYR�JHUDO� 
Proporcionar o entendim ento técnico e estét ico dos t rabalhos que envolvem o estudo e 
realização de ilum inação para vídeo e TV e as relações existentes ent re out ras 
at ividades paralelas, tais com o: produção, roteiro, cenografia, figurino e m aquiagem . 
5HFXUVRV�PtQLPRV�QHFHVViULRV� 
Com putador Pent iun 2 ligado á rede at ravés de conexão dial-up 56 kbps. 
Software adobe acrobat 5.0 - versão free 
Software Real Player gold - versão free. 
3Up�UHTXLVLWRV� 
- Conhecim ento de navegação em internet e gerenciam ento de arquivos do 
com putador. 
�
3URJUDPD� 
�D��XQLGDGH� I nt rodução ao estudo dos elem entos técnicos de um projeto: Am bientes, 
equipam entos, est ruturas, acessórios, etc. e suas propriedades na cena. 
�D��XQLGDGH� Estudo das relações ent re os vários elem entos técnicos do projeto. 
�D��XQLGDGH� Tem peratura de cor, filt ros de correção e polarização. 
�D��XQLGDGH� Mecânica da ilum inação na cena: Luzes chave, de preenchim ento, de 
fundo, cont ra- luzes e efeitos. I lum inação em 3 pontos, balanceam ento de cor e 
gravação em estúdio. 
�D��XQLGDGH��Roteiros, locações, e resolução de problem as técnicos. 
Levantam ento dos procedim entos e est ruturas básicas para consecução dos t rabalhos 
de ilum inação em am bientes diversos 
5HVXOWDGRV�HVSHUDGRV�� 
 
Ao final do curso espera-se que os part icipantes estejam fam iliarizados com os 
processos básicos para desenvolvim ento de m ontagens de ilum inação para captação 
de im agens em vídeo e TV. 
)RUPDGRU� 
Valmir Perez 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1ª Unidade 
 
 
2ª at ividade 
Vam os falar um pouco sobre as questões relat ivas aos elem entos com posit ivos 
(paredes, m esas, pisos, cadeiras, dim ensões físicas, indum entárias, etc) de um set de 
gravação, ou seja, quais as influências que esses elem entos terão na qualidade de 
captação das im agens. Com o vocês poderão observar abaixo, isso é de ext rem a 
im portância na m edida em que eles irão interferir diretam ente no produto final. 
Com ecem os então pela est rutura física: 
Um set ou estúdio para captação de im agens deve possuir algum as característ icas que 
proporcionem um a m elhor perform ance das at ividades, assim com o os elem entos que 
o const ituem . Ent re eles podem os citar: 
a) Dim ensões com pat íveis com o ângulo de abertura focal: 
Espaços m uito pequenos dificultam tom adas panorâm icas da cena, pois, a abertura 
focal (área de beam e field de abertura de lente - onde beam é o m enor cam po de 
zoom da m áquina e ILHOG é o m aior) dos equipam entos deve conseguir abranger os 
elem entos cênicos, fundos, atores, etc. Além disso, se o que cham am os de pé direito 
(altura do set ) for m uito baixo, surgirão dificuldades nas m ontagens de est ruturas 
elét r icas e de suporte de ilum inação, ocorrerá tam bém um aum ento na tem peratura 
interna do estúdio, devido é claro, às lâm padas ali instaladas. 
 
No caso de sets pequenos, devem os ter a preocupação de ut ilizar lâm padas com 
potências m enores, até m esm o para proporcionar conforto no t rabalho dos atores, 
âncoras, etc. Na especificidade de cursos à distância, poderíam os tam bém resolver 
problem as de est rutura e de pé direito baixo com a m ontagem lateral de ilum inação 
chave (key light ) e de preenchim ento (Fill light ) em plano m édio ( lum inárias em t r ipés) 
e de lum inárias de cont ra- luzes (back light ) tam bém laterais, essas apenas um pouco 
m ais altas. 
 
b) Janelas e portas: 
Devem m anter-se preferivelm ente fechadas durante as gravações e, é claro, com 
tapum es e cort inas que evitem a ent rada de luzes externas. I sso se deve ao fato de 
que as luzes externas podem distorcer a tem peratura das cores durante as captações. 
Mas para que isso não t ransform e o estúdio em um "forno" devido as altas 
tem peraturas da ilum inação, aconselha-se tam bém a ut ilização de ar-condicionado, 
porém , com tubulação vinda de um a cent ral externa ao set . Ar-condicionado e 
captação de som não com binam , inclusive se a ligação elét r ica do som e do 
equipam ento de ar est iverem conectadas num m esm o qudro de dist r ibuição elét r ica. 
Out ro inconveniente na abertura de portas e janelas é a facilitação de ent rada de 
ruídos no estúdio que influenciam negat ivam ente um a boa captação de som . 
c) Pisos: 
Quanto aos pisos, existem dois problem as cent rais: o rebat im ento e reflexão da luz e 
problem as relacionados a âm biência ( reflexão sonora nos am bientes) . 
 
Pisos m uito claros e brilhantes podem provocar reflexos de cont ra- luzes (back light ) na 
lente das câm eras e reflexos no set , nos atores e nos elem entos. Aconselha-se a 
ut ilização de pisos de m aterial em borrachado ou carpetes de tons escuros, geralm ente 
pretos, cinzas, azuis, enfim cores fr ias. Cores vivas e quentes podem apresentar 
problem as de radiosidade ( reflexão colorida) indesejada. Já o som , se com portará 
m elhor nesses m ateriais que absorvem m ais as ondas sonoras. 
d) Mesas, cadeiras, arm ários, etc: 
Elem entos de cena fabricados com m ateriais m uito reflect ivos não são aconselháveis. 
Quanto as cores, principalm ente das m esas, devem ser de tons próxim os aos tons da 
pele, isso facilitará sobrem aneira o t rabalho de correção da luz nos atores. Mesas 
verm elhas provocarão reflexões verm elhas, averm elhando a pele de quem está no 
cam po receptor dessa reflexão. Faça um teste ut ilizando um pedaço de papel colorido 
e um a lanterna. Peça para alguém sentar em frente a m esa e coloque o papel no 
tam po, depois acione um a lanterna a m ais ou m enos 45 graus de inclinação sobre o 
papel em direção a essa pessoa e você verá o efeito da reflexão da luz em seu rosto. 
 
Out ros elem entos de cena tais com o: arm ários, livros, cadeiras, etc, podem possuir 
tons m ais fortes, porém , devem os sem pre nos preocupar com as questões estét icas, 
de com binação e cont raste de cores e reflexão da luz. 
e) I ndum entária: Com ecem a notar principalm ente em program as josnalíst icos que a 
indum entária, ou seja, o figurino do âncora e de quem m ais se apresenta em cena, 
geralm ente cont rasta com os planos de fundo e de cenários. im agine você um a 
jornalista toda vest ida de am arelo sob um fundo tam bém am arelo do m esm o tom . 
Vocês veriam que a jornalista "sum iria" de cena. Não havendo cont rastes as im agens 
perdem bastante de sua est rutura t r idim ensional. Acho inclusive que em sets de 
gravação que recebam convidados, é bastante oportuno term os em m ãos alguns 
casacos e blazers fem ininos e m asculinos de tons variados, geralm ente m ais escuros 
quando o fundo é claro e m ais claros quando o fundo é escuro. Além de poderm os 
assim cont rastar algum as cores indesejadas que possam aparecer. 
Pois bem , é isso, procure a part ir de agora observar m ais com o essas coisas funcionam 
na televisão, principalm ente na Rede Globo e Cultura. I ndico essas duas não porque 
sou fâ incondicional de televisão, m as porque essas em issoras possuem um padrão 
técnico excelente e podem com certeza ser consideradas duas das m elhores em issoras 
do m undo em term os de qualidade visual. Eles investem pesado na const rução dessa 
im agem . 
Essa at ividade é som ente de observação m as é m uito im portante. Não deixe defazer 
esse exercício, ele vai ajudá- lo bastante em seus projetos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1ª Unidade 
 
 
3ª at ividade 
Equipam entos: 
Costum o cham ar os equipam entos de ilum inação de "pincéis" por eles se com portarem 
nas cenas com o ferram entas de pintura. Com esses "pincéis" pintam os com a luz, 
porém , a pintura que fazem os com eles nos am bientes não é aquela que vem os na 
arte pictórica, t rata-se de um t ipo de pintura ext rem am ente m ais com plexa pelo seu 
caráter t r idim ensional. 
No entanto, pintores ant igos e m odernos sem pre buscaram notadam ente um a 
expressão realíst ica na pintura at ravés da com posição da luz. A luz e a som bra é que 
proporcionam nossa leitura t r idim ensional no quadro, exatam ente por isso, a 
observação e estudo da arte pictórica é m uito indicada na pesquisa de ilum inação. 
Os equipam entos de ilum inação diferenciam -se não apenas pela quant idade de luz 
em it ida (potência das lâm padas) , m as principalm ente pelas questões form ais (da 
form a) de em issão lum inosa. O conhecim ento dos com portam entos da luz em it ida por 
cada t ipo de equipam ento é prim ordial para que ilum inadores e designers de 
ilum inação possam conseguir os efeitos desejados nas cenas. 
Podem os afirm ar que ilum inação de palcos, estúdios, locações (am bientes reais) 
externas e internas possui duas funções básicas: ilum inar para que algo seja visto e 
aclim atar o am biente em busca de um a expressão poét ica/ estét ica (de sent im entos e 
sensações e estados de consciência) 
Para nós, designers de ilum inação, apenas os conhecim entos técnicos não bastam . 
I sso tam bém vale para os conhecim entos estét icos. Esses dois ram os do conhecim ento 
devem cam inhar em harm onia. 
Nessa at ividade vam os procurar desenvolver nossa capacidade de percepção estét ica e 
conhecim ento técnico da seguinte form a: 
No m aterial de apoio da unidade (1) você vai encont rar o link "equipam entos" e o link 
"Pinturas". Siga os seguintes passos: 
a) Leia com atenção as propriedades dos equipam entos e observe as im agens das 
pinturas disponibilizadas. 
b) Escolha um a pintura que você tenha gostado e faça um a análise da luz do quadro e 
dos sent im entos e em oções que essa luz provoca em você. Escreva um pequeno texto 
falando sobre isso. 
Aproveite tam bém para ler m eu art igo "Técnica e Estét ica - Opostos Com plem entares" 
e o capítulo 2.7 - "Tipologia das Fontes de Luz" - da dissertação de m est rado "Arte e 
Técnica em Harm onia" de Willians Cerozzi Balan - Prof. Ms. Unesp - FAAC - Bauru, no 
m aterial de apoio dessa unidade. 
Boa sorte! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1ª Unidade 
 
 
4ª at ividade 
Acessórios: 
Cham am os de acessórios quaisquer itens que com ponham peças com plem entares de 
equipam entos, sejam eles de ilum inação, cenografia, segurança, etc. e que favoreçam 
a execução e im plem entação de t rabalhos com esses equipam entos. 
Na ilum inação, os acessórios são essenciais em determ inados casos que favoreçam 
m ontagens, dist r ibuição de luzes, efeitos especiais e garant ias de segurança. 
Aqui falarem os apenas de alguns deles, m as você poderá consultar o link e um 
catálogo da Rosco no m aterial de apoio para saber um pouco m ais sobre os diferentes 
t ipos de acessórios e suas respect ivas ut ilizações na ilum inação. 
%DQGRRUV: Os bandoors, ou bandeiras, são colocados geralm ente na frente das lentes 
dos equipam entos e sua função principal é delim itar a em issão lum inosa em 
determ inadas áreas. Com eles podem os tam bém criar efeitos de corredores e luzes 
que ent ram em frestas e portas. 
 
*RERV: Os gobos são encont rados em lâm inas de aço ou vidros refratários e sua 
função principal é a projeção de im agens sobre atores, nos fundos e cenários. Com 
eles podem os sim ular am bientes e projetar desenhos de luzes encont radas no m undo 
real, tais com o: som bras de folhagens, portas, j anelas, fogo, nuvens, etc. 
 
7ULSpV: Esses acessórios são bastante ut ilizados em estúdios e locações para 
posicionam entos dos equipam entos de ilum inação em ângulos e alturas apropriadas. 
Além dos acessórios relacionados diretam ente à ilum inação 
tem os tam bém aqueles que fazem parte do universo cenográfico 
e de adereços de cena tais com o: Sim uladores de velas, 
espelhos, t intas, garrafas e copos feitos de substãncias não 
cortantes, enfim , um a infinidade. 
Filt ros de cor, polarização e correção tam bém são acessórios, é 
que devido a im portância deles no t rabalho de ilum inação, 
discut irem os suas propriedades separadam ente num a unidade 
m ais adiante. 
Não cabe aqui tam bém citar todos os t ipos de acessórios e suas 
respect ivas funções, isso seria ext rem am ente cansat ivo. 
 
 
Consulte o catálogo da Rosco que está disponibilizado na 
m aterial de apoio da 1ª unidade e confira a quant idade e 
diversidade desses produtos. Procure conhecer bastante sobre 
esses m ateriais, afinal de contas, é at ravés deles que m ontam os 
est ruturas, nos protegem os, criam os efeitos e aum entam os a 
qualidade do nosso t rabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 2ª Unidade 
 
1ª at ividade 
Nessa at ividade vam os colocar a cuca para funcionar! 
A m aioria das pessoas assiste aos telejornais brasileiros, algum as são até viciadas neles, 
assistem todos e ainda ficam t rocando de canais nos intervalos. Eu tam bém já fui assim . 
 
Depois de tanto assist ir esses telejornais a gente perde a 
nossa capacidade de observação, ou pelo m enos perdem os 
um pouco. Para quem deseja t rabalhar com ilum inação e 
captação de im agens, esses telejornais são um a grande 
biblioteca de inform ações úteis. Prim eiro porque todos os dias 
eles vão ao ar, faça chuva ou faça sol, e depois, é que eles 
são na m aioria das vêzes, as m eninas dos olhos das redes de 
televisão, o que faz com que o visual seja quase sem pre im pecável. 
A ilum inação desses program as, que agora tam bém ut ilizam grandes estúdios, é m uito boa e 
recebem todo um cuidado especial. Bom para a gente que quer aprender e que pretende 
principalm ente t rabalhar com ilum inação em estúdios, basta com eçar a prestar atenção. 
Vam os fazer então o seguinte exercício: 
Escolha um telejornal de sua preferência e observe o seguinte: 
a) Quantas pessoas estão em cena e em que posições? 
b) Qual o fundo ut ilizado? 
c) São projetadas im agens nesse fundo? 
 
d) Com o são feitos os cortes e m udanças de cena? 
e) Os cont ra- luzes são da m esm a cor que a ilum inação geral (para isso observe no alto da 
cabeça dos jornalistas)? 
f) Os cenários são coloridos ou são colorizados pela luz? 
g) Você nota que os jornalistas estão m aquiados? Se estão, qual a característ ica dessa 
m aquiagem ? 
h) Com o são feitas as tom adas de cena? Frontais? Laterais? 
Escreva o que você observou e se não der para fazer de um a vez só, assista novam ente 
durante dois ou t rês dias. 
Boa sorte! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2ª Unidade 
 
2ª at ividade 
Muito bem, paralelamente a 1ª atividade dessa unidade, vou pedir para que você faça um outro 
exercício de observação. 
Escolha uma revista de notícias, tipo Veja, Isto é, qualquer uma. 
Escolha uma notícia de cunho político nacional ou internacional que tenha imagens e observe o 
seguinte: 
a) Quais as cores utilizadas nessa reportagem (banners, faixas, desenhos, fotos, etc) 
b)Quais as relações entre as imagens e o texto apresentado? Eles se complementam ou estão em 
conflito de idéias? 
c) As fotos são grandes ou pequenas? Porque você acha que são desse tamanho? 
d) O que você sente quando lê a notícia e vê as imagens? Será que os redatores e editores gráficos 
conseguiram te atingir do jeito que queriam? 
Esse exercício pode parecer por hora não ter nenhuma ligação com o nosso curso, porém, não 
quero que você monte a luz de uma cena sem saber ao certo o que está expressando. Lembre-se de 
que a técnica é apenas a reunião dos conhecimentos de processos de trabalho mas não é um fim 
em si mesmo. Os fins são sempre os de informação, diversão, manipulação, etc. Por isso mesmo, 
devemos ter cuidado com o que estamos expressando através dessas linguagens visuais. 
Boa sorte! 
 
 
 3ª Unidade 
 
 
1ª at ividade 
Tem peratura de cor: 
Acredito que essa seja um a das at ividades m ais im portantes do curso. Você vai aprender 
aqui a fazer a regulagem da tem peratura de cor. 
Preste bastante atenção nesses conceitos. I sso você ut ilizará sem pre em seus t rabalhos de 
captação de im agem . Leia os m ateriais de apoio e visite os links de fabricantes. Quero que 
você aprenda o "pulo do gato" de um a boa ilum inação. 
Vam os lá então... 
Quando se fala em tem peratura de cor m uita gente confunde com sensação calorífera das 
cores. essa últ im a se refere diretam ente aos nossos sent idos físicos e tem sua explicação na 
própria evolução biológica e cultural do hom em . Nosso organism o é com provadam ente 
influenciado pelas cores, assim com o nossa m ente, intelecto e intuição. Quando por exem plo 
estam os num local de m at izes que vão do verm elho ao am arelo, passando pelos m eios- tons 
alaranjados, sent im os um a m aior sensação 
de calor. Essas cores tam bém cont ribuem 
para um aum ento da nossa at ividade 
m etabólica, elevando as taxas de 
tem peratura e pressão do corpo, 
consequente aum entando nossa ansiedade e 
est im ulando todas as out ras funções. Essa 
do espect ro lum inoso, (verm elhos, 
am arelos, laranjas) cham am os de cores 
quentes. 
Já as cores fr ias (Azuis, verdes e violetas) , 
provocam no organism o sensações de 
relaxam ento porque dim inuem o nosso 
m etabolism o. Ao cont rário das cores 
quentes, som os levados a sent ir nos 
am bientes pintados e decorados com essas 
cores, um a tem peratura m ais agradável no 
verão e m ais fr ia no inverno. Cores fr ias 
tam bém influenciam nossa form a de ver o 
m undo. 
 
 
3RU�IDYRU��QmR�FRQIXQGD�WXGR�LVVR�FRP�R�TXH�FKDPDPRV�GH� 
��WHPSHUDWXUD�GH�FRU��QD�LOXPLQDomR 
 
Enquanto o cinem a e a televisão eram em preto e branco e tons de cinza, não havia 
necessidade do equilíbrio das cores na captação de im agens. Já com o cinem a e a televisão 
coloridos ficou patente a necessidade de busca de um padrão de ilum inação para se 
conseguir equilíbrios de cores padronizados. Películas e câm eras de televisão com eçaram 
então a ut ilizar o padrão de tem peratura de cor de 3200 graus Kelvin. I sso foi conseguido 
depois de algum as experiências. Ut ilizou-se um pequeno pedaço de m aterial de tungstênio 
que foi sendo esquentado. Na m edida em que sua cor ficasse próxim a a da luz do sol 
ent rando por um a janela e projetada num a tela clara, m ediu-se a tem peratura do m aterial 
em graus Kelvin. Com 3200 graus Kelvin a barra de tungstênio apresentava a m esm a 
im pressão lum inosa que a luz na tela. A part ir daí então as películas de cinem a e as câm eras 
de tv foram fabricadas para t rabalhar esse padrão. Hoje em dia, m esm o com as câm eras 
digitais, a ilum inação em 3200 graus kelvin cont inua padrão. 
 
 
Para se conseguir, por exem plo, corrigir um a ilum inação 
de lâm pada caseira para 3200 graus kelvin, ut iliza-se o 
que se denom ina de filt ro corretor. Ele irá aum entar a 
tem peratura de cor desse t ipo de lâm pada 
(aproxim adam ente 2600 graus Kelvin) para 3200. I sso 
se faz necessário quando, por exem plo, tem os um a 
gravação ut ilizando ilum inação com um e luz do sol 
ent rando no set . Já o cont rário tam bém é possível 
quando, por exem plo, baixam os a tem peratura da luz 
do sol que ent ra por um a janela da locação para um a 
Lâm pada de tungstênio de 3200 K. 
Você vai entender m elhor esse assunto no m aterial de apoio da 3ª unidade: "Capítulo 2.4 - 
Tem peratura de Cor" e "Capítulo 2.5 - os Filt ros de Correção" da dissertação de m est rado "A 
I lum inação em Program as de TV" de Willians Cerozzi Balan - UNESP - FAAC - Bauru. 
Após ler esse m aterial, faça um resum o- lista com todos os ítens que você lem brar. 
Visite tam bém o link: ht tp: / / www.iar.unicam p.br/ lab/ luz/ video.htm do m eu site, onde falo 
algum a coisa sobre esse assunto e out ros que você verá m ais adiante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3ª Unidade 
 
 
2ª at ividade 
Filt ros polarizadores: 
São aqueles que polarizam a luz em determ inado ângulo ou direção. São ut ilizados 
principalm ente para elim inar reflexos de luz rebat idas nas lentes das câm eras, de m ateriais 
com o vidros, espelhos, papeis, e substãncias com o água, óleo, etc. 
Os filt ros polarizadores determ inam um a convergência real dos raios lum inosos em it idos por 
um a fonte, direcionando assim tam bém a reflexão em determ inada direção. 
Esses filt ros são colocados geralm ente nos equipam entos de ilum inação juntam ente com os 
filt ros de correção, m as som ente quando se fazem necessários. Diríam os até, em últ im o 
caso, quando um a ligeira m odificação do ângulo de incidência da luz não consegue resolver o 
problem a. 
Existem tam bém m ateriais ant i- reflet ivos que são ut ilizados nas cenas, tais com o óculos, 
vidros para m olduras de quadros que decoram o set , vidros de balcões, etc. Em bora m ais 
caros, são realm ente im portantes quando tem os um projeto de m édia e longa duração, por 
exem plo: um set que sirva a um program a de ent revistas sem anais. 
Filt ros difusores: 
Para conseguirm os um a ilum inação m ais soft (m ais diluída) com som bras m enos duras 
(m enos definidas) ut ilizam os os cham ados filt ros difusores. O que eles fazem ? 
Quando os raios de luz passam por esses filt ros, m udam de direção aleatoriam ente, fazendo 
com que esses raios voltem -se cada um para um "endereço" diferente. I sso provoca um 
espalham ento da luz nos am bientes, criando o que cham am os de ilum inação soft . 
Esse t ipo de luz é ideal para criar sensações de radiosidade de ilum inação que é o 
equivalente da am biência no som . As form as ganham em profundidade e volum e, pois as 
som bras são atenuadas pela interferência das penum bras da própria luz em issora. 
Podem os encont rar esses filt ros de variados índices de refração, porém , quando o dinheiro é 
curto, pdem os ut ilizar o "papel Vegetal" de boa qualidade. De gram atura m édia para m aiores 
difusões e gram atura baixa para m enores difusões. Devem os apenas tom ar alguns cuidados 
de posicionam ento dos papeis nos equipam entos, pois, o papel vegetal em bora resistente ao 
calor, não é tão resistente com o os polím eros especialm ente fabricados para isso, podendo 
ent rar em com bustão. 
Alguns filt ros coloridos tam bém são difusores e sua ut ilização é m uito grande nos teat ros, 
onde conseguim os gerais, banhos e cont ra- luzes m uito bons com esses m ateriais. 
Produtos reflet ivos ( rebatedores) : 
Já esse produtos têm a função de reflet ir a luz de um determ inado foco. São ut ilizados 
geralm ente para com plem entar a ilum inação em determ inadas situações, por exem plo, 
quando não tem os espaço suficiente num set ou locação para adequarm os um cont ra- luz. 
Nesse caso,voltam os um refletor para o teto, coberto com m aterial reflet ivo 
( rebatedor) , que reflet irá a luz do foco na direção determ inada pelo 
ângulo de incidência. Cada caso exige um a aplicação determ inada. Só 
m esm o a experiência aliada ao conhecim ento técnico pode ajudar. 
Existem m uitos t ipos de filt ros no m ercado, fiilt ros voltados para as 
m ais diferentes situações. Nesse curso báscio, não irem os discut ir 
todos eles, basta apenas entender a im portãncia desses m ateriais na 
ilum inação e ler com calm a os catálogos disponíveis no m aterial de apoio. 
 
Vá com calm a. tem m uita coisa para se conhecer nesse área. 
A gente vai aprendendo tam bém com a experiência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3ª Unidade 
 
 
3ª at ividade 
Filt ros de cores (gelat inas) 
Dependendo tam bém do que estam os ilum inando, podem os e devem os ut ilizar crom at ism os 
na ilum inação. A luz colorida reforça idéias objet ivas e subjet ivas na cena. Principalm ente 
quando t rabalham os na tela com ficção, a luz colorida ou colorizada possibilita a criação de 
"clim as" psicológicos, quando t rabalhada conjuntam ente com efeitos de projeção dão a idéia 
de am bientes diferenciados. Ou seja, com a luz colorida podem os criar universos conceituais. 
Não esquecendo que as câm eras necessitam de determ inados índices de lum inância 
(quant idade de luz) para captação de im agens, o t rabalho de ilum inação se torna m ais r ico 
com a ut ilização de filt ros coloridos. Mas todo cuidado é pouco. Para t rabalharm os com as 
cores, devem os saber m uito bem o que estam os fazendo para não desviarm os os objet ivos 
principais da cena. 
Para com eçar, sugiro que estudem os pelo m enos o básico dos sistem as de cores " luz" 
cham ados tam bém de sistem as "adit ivo" da " luz", e de "pigm entos", conhecido com o sistem a 
"subt rat ivo": 
Sistem a adit ivo: 
Quando falam os em cor, estam os na verdade falando de luz, pois, sem a luz não exist ir iam o 
que cham am os "cores". 
Na natureza encont ram os dois sistem as crom át icos: o sistem a Adit ivo e o sistem a subt rat ivo. 
O sistem a adit ivo é aquele form ado pelas t rês cores prim árias da luz 
(Azul-violeta/ verm elho e verde) , 
decom postas a part ir da luz branca solar 
que é a fonte natural de luz no planeta 
terra. 
As lâm padas elét r icas, velas e out ros 
aparatos lum inosos, nos fornecem 
ilum inação sintét ica. Cham a-se adit ivo 
porque a adição das t rês cores prim árias 
form am a luz branca. 
A decom posição das cores prim árias da luz 
branca num prism a acontece devido às 
diferenças de com prim ento de onda de cada 
cor, que vão do verm elho ao violeta. 
O olho hum ano consegue perceber cores 
que possuem com prim entos de onde que 
vão de 380 nm (nanôm et ros - que é a m ilionésim a parte do m ilím et ro) a 780 nm . Abaixo de 
380 está a luz infraverm elha e acim a de 780 nm a em anação ult ravioleta. 
Quando m isturam os essas cores prim árias ent re si tem os os seguintes resultados: 
Verm elho + azul = Magenta 
Verm elho + verde = Am arelo 
Verde + azul = Ciano 
Essas cores resultantes são cham adas de cores secundárias da luz e são ao m esm o tem po as 
cores prim árias do sistem a subt rat ivo. 
Sistem a subt rat ivo: 
Todos os objetos do m undo possuem cor. Essa cor é form ada pelos elem entos naturais ou 
sintét icos que se encont ram na sua cam ada externa. 
Os pigm entos podem tam bém ser naturais ou sintét icos. Esses pigm entos em contato com as 
cores- luz vão absorver determ inadas faixas de onda crom át ica e reflet ir out ras, que serão 
captadas pelo olho hum ano. 
O sistem a subt rat ivo leva esse nom e tendo em vista 
que a m istura de suas cores prim árias tendem ao preto, 
ou seja, ausência de luz. 
 
A m istura ent re as cores prim árias do sistem a 
subt rat ivo (ciano/ m agenta e am arelo) resultam no 
seguinte: 
Ciano + m agenta = azul 
Ciano + Am arelo = verde 
Am arelo + m agenta = verm elho 
Note bem a beleza e a harm onia natural do sistem a. As 
cores secundárias do sistem a adit ivo são as cores 
prim árias do sistem a subt rat ivo e as cores secundárias 
 
 
do sistem a subt rat ivo são as cores prim árias do sistem a adit ivo. 
O preto e o branco não são cient ificam ente consideradas cores. O branco é o resultado da 
som a de todos os com prim entos de onda e o preto é a ausência com pleta da luz, portanto da 
cor. 
O sistem a adit ivo é cham ado tam bém de sistem a RGB ( red/ green e blue) e o sistem a 
subt rat ivo de CMYK, onde "k" representa o preto que é adicionado aos pigm entos para 
obtenção de m aior ou m enor saturação, pois, não encont ram os pigm entos puros na 
natureza. 
Bem , m as o conhecim ento dos sistem as de cores, no sent ido " técnico" do term o, não é 
suficiente para um a boa ilum inação. Na ilum inação t rabalham os com conceitos expressivos, 
ou seja, conceitos ligados ao m undo das teorias art íst icas. 
Para os art istas visuais, designers, propagandistas, etc, as cores form am um universo de 
linguagem que têm suas leis próprias e que precisam ser conhecidas para que o t rabalho não 
se torne "vazio" de significados. 
Existe m uita coisa boa para ser lida sobre o assunto. quem quiser se inteirar m ais pode 
consultar algum as obras sobre o assunto. Eu indico dois livros m uito bons: 
3('526$��,VUDHO��'D�&RU�$�&RU�,QH[LVWHQWH��
%UDVtOLD���'�)��81%��5LR�GH�MDQHLUR��/LYUDULD�&KULVWLDQR������� 
.$1',16.<��:DVVLO\��'R�(VSLULWXDO�QD�$UWH��
/LVERD��'RP�4XL[RWH������ 
Você agora pode fazer o seguinte: 
 
Escolha um a dessas cores com entadas (sistem a subt rat ivo e adit ivo) e escreva um poem a 
falando sobre ela. Não se int im ide, com ece hoje m esm o a valorizar um pouco seu lado 
criat ivo. 
Se desde o prim eiro dia na escola você fosse ensinado a " ler" as form as e as cores com o 
linguagem , hoje provavelm ente você se expressaria m uito m elhor. 
Já pensou se no seu 1º dia de aula sua professora colocasse livros, j ornais e revistas na sua 
frente e lhe dissesse: "Bem , aqui está toda gram át ica crianças", podem com eçar a aprender 
a ler e escrever. Pois é, se fizessem isso com você, provavelm ente hoje você não estaria 
lendo esse parágrafo. Mas tenha certeza que fizeram isso com você em relação à linguagem 
visual e então som os todos um pouco analfabetos na form a e na cor. Com ece agora a dar a 
volta por cim a e torne-se alguém m ais criat ivo. 
Boa sorte! 
 
 
 
4ª Unidade 
 
 
1ª at ividade 
,OXPLQDomR�GH���SRQWRV� 
A ilum inação de 3 pontos é a m ais sim ples de todas e é ut ilizada com m uita frequência em 
program as jornalíst icos, onde apenas um apresentador está em cena. No caso de im agens 
captadas para EAD, acredito seja a m ais indicada para apresentação de aulas onde apenas o 
professor está em cena, isso em se t ratando de estúdios e dependendo é claro, da est rutura 
do am biente de captação. 
Cham a-se luz de 3 pontos porque é const ruída a part ir de 3 equipam entos, ou fontes de luz 
(key- light , fill- light e back- light ) . Esses equipam entos são alocados no set e conform e sua 
localização recebem um t ipo de referência ou denom inação. Falem os das t rês então: 
.H\�/LJKW��OX]�SULQFLSDO�� 
É a luz principal da cena, a que dá ao espectador a noção de luz solar. Alguns t ipos de 
equipam entos são indicados pera esse efeito, porém o m ais com um é o fresnel. Você já pôde 
conhecer algum as de suas propriedades na 1ª unidade. 
Se por acaso você já se esqueceu disso, aconselho um a visita no m aterial de apoio daquela 
unidade. A part ir de agora voc~ e vai precisar conhecer um pouco m ais as funções de cada 
"pincel" . 
Com esse equipam ento, podem os determinar um a luz m ais dura num a das laterais (esquerda 
ou direita) do apresentador. 
É a luz que fará o "papel" de luz solar. Com seus bean-
doors(bandeiras ou aletas) podem os recortar a 
ilum inação que incidirá em cenários e out ros elem entos 
da cena. 
É aconselhada um a correção dessa luz com todos os 
out ros equipam entos desligados, isso facilita um 
cont role m aior de form a e abertura. 
Essa luz pode tam bém estar posicionada ao lado da 
câm era, de frente ao ator, em plano m édio . Em 
estúdios pequenos isso não é aconselhado, porque 
dessa form a sem pre irá aparecer som bras no fundo, principalm ente se o ângulo de inclinação 
da ilum inação for m enor que 45 graus, ou seja, um a ilum inação m ais baixa. O 
posicionam ento em plano alto com inclinação ideal (45 graus) é o m ais indicado. Um a out ra 
coisa im portante de se notar, é que luzes laterais aum entam a t r idim ensionalidade dos 
elem entos, nesse caso o próprio corpo hum ano por isso, fr intalm ente, podem os obter um a 
luz m uito "chapada", dim inuindo a profundidade dos elem entos. I sso não é estet ica e 
tecnicam ente aconselhado. 
)LOO�/LJKW��OX]�GH�SUHHQFKLPHQWR� 
Essa ilum inação deve ser suave, conseguida com equipam entos e filt ros (difusores) 
apropriados. A Luz de preenchim ento vai m inim izar os efeitos da luz solar dura (key- light ) , 
am enizando o am biente e aproxim ando-o da ilum inação do m undo real, onde a radiância 
( reflexão da ilum inação pelos objetos) am eniza as 
som bras sem elim iná- las. Posicionam os essa luz 
geralm ente na posição oposta à câm era e a ilum inação 
principal. Sua altura, ou plano, depende tam bém da 
est rutura do am biente. O que se procura tam bém com 
essa luz é preencher o lado escuro do objeto ilum ionado 
pela key- light e ao m esm o tem po, na ilum inação de t rês 
pontos, suavisar as som bras de fundo. Ut ilizam os 
geralm ente a fill- light a 90% da ilum inação principal. 
%DFN�OLJKW���&RQWUD�OX]� 
A back- light caracteriza-se pela ilum inação direcionada do fundo para a frente, m antendo 
ângulos de inclinação variáveis de acordo com a est rutura do set . Seu posicionam ento pode 
ser lateral com o diretam ente frontal à câm era. No prim eiro caso as som bras dos elem entos 
serão perpendiculares ao fundo e no segundo caso diagonais. Os equipam entos m ais 
apropriados para essa luz são os de luz dura com aletas de cont role (bean-doors) . Tom a-se 
cuidado tam bém para que a ilum inação não at inja a lente da câm era. Essa luz tam bém deve 
ser m ais baixa ( fraca) que as luzes principal e de preenchim ento. 
Para alguns profissionais, a back- light não apresenta nenhum a função quando o set está 
equilibrado com as luzes acim a com entadas e os elem entos já m ost ram o seu 
 
 
contorno. Eu por exem plo concordo com out ros autores 
que afr im am que a back- l ight não possui apenas a 
característ ica e a função de aum entar o volum e dos 
elem entos m as out ras tam bém m uito im portantes na 
cena: 
a) A tela da televisão é bi-dim ensional e som ente 
som bras e nuances podem const ruir a sensação de 
profundidade. A back- light tam bém gera a separação do 
personagem e elem entos dos fundos. 
b) O personagem m uitas vêzes está posicionado sobre um fundo cujas luzes e som bras são 
cont roladas. A cena de fundo pode ser com posta de im agens de tons de cinza variadas.Nesse 
caso a back- light produz um m aior descolam ento do personagem e elem entos com o fundo, 
aum entando o cont raste e facilitando a percepção na bidim ensionalidade da tela. 
&RQFOXVmR� 
A ilum inação de 3 pontos funciona tam bém com o projeto básico de com posição dos 
inum eráveis t ipos de ilum inação para inum eráveis t ipos de am bientes. Ela nos oferece a 
est rutura básica de um a luz sintét ica m uito 
próxim a à ilum inação real. Todas as vêzes que surgem 
dúvidas de com posição interna e externa de ilum inação, 
a est rutura de 3 pontos vem em nosso auxílio. 
Bem , agora que você já sabe um pouco m ais sobre essa 
técnica, aprofunde seus conhecim entos no m aterial de 
apoio da unidade. Observe atentam ente as im agens 
disponibilizadas e tente com eçar a perceber o m undo 
real de out ra form a. Procure analisar os luzes e som bras 
em ocasiões e espaços diferentes. I sso irá ajudá- lo (a) a 
determ inar intuit ivam ente um a ilum inação bela e 
natural dent ro dos estúdios. 
Para você ter um a idéia m ais com pleta desse conceito clique aqui para assist ir um vídeo de 
sim ulação em um am biente virtual. 
 
 
 
 
 
 
 
5ª Unidade 
 
 
1ª at ividade 
5RWHLURV� 
Nesse curso abordarem os esse tem a de m aneira superficial, apenas para dar um a idéia do 
que se t rata, j á que o curso não é um curso com pleto de cinem a ou televisão. Acredito 
porém que um a idéia geral sobre o assunto pode facilitar tam bém o t rabalho de 
ilum inadores, pois essas idéias desenvolvem o conhecim ento de conceitos subjacentes ao 
t rabalho de ilum inação. 
Nas palavras de Doc Com parato um roteiro pode ser definido com o "a form a escrita de 
qualquer espetáculo, áudio e / ou visual" . 
Para ele tam bém um roteiro tem t rês qualidades essenciais: 
/RJRV� O discurso, a form a que se dá, a organização verbal, sua est rutura geral. 
3DWKRV��O dram a hum ano, a vida, a ação, os conflitos, a geração de acontecim entos. 
(WKRV� A m oral, a ét ica, o significado subjet ivo da narração. O conteúdo. 
A concepção de um roteiro obedece um processo lógico que pode ser dividido em ��HWDSDV� 
3ULPHLUD�HWDSD� I nicia-se por um a idéia, um fato ou desejo de com unicação de algo. 
6HJXQGD�HWDSD� O enredo, um a sim ples frase pode acionar um roteiro inteiro, se 
tom ássem os por exem plo um "Ham let " de Shakespeare, ele poderia caber na seguinte frase: 
"Era um a vez um príncipe cujo t io, para tom ar o t rono, m atou o rei, pai do príncipe; aí o 
príncipe ent rou num a crise existencial, m atou um a porção de gente e acabou m orto". 
7HUFHLUD�HWDSD��Desenvolvim ento da VWRU\�OLQH e criação do argum ento. O argum ento é o 
delineam ento dos personagens, da história, do espaço físico, do tem po, etc. O argum ento dá 
o perfil dos personagens e o percurso da ação. A história tem com eço, m eio e fim que são 
explicados no argum ento. 
4XDUWD�HWDSD��Const rução da est rutura; com o vam os contar a história. A fragm entação do 
argum ento em cenas. Cada cena tem tem po, espaço e ação. 
4XLQWD�HWDSD� Const rução dos personagens, das falas, dos diálogos, das abertuiras de cena. 
Nessa etapa form ulam os as em oções, o caráter da cada personagem e o clim a dessas ações. 
Esse resum o ret rata as fases de const rução de um roteiro de const rução das cenas. Existem 
paralelam ente a esse roteiro, os roteiros técnicos que são baseados no roteiro principal. Um 
roteiro de ilum inação deve possuir algum as inform ações que tem relação direta com os 
cam inhos do processo de m ontagem e operação da luz dent ro e fora dos estúdios. 
Vam os falar um pouco dessas inform ações na próxim a at ividade. 
Agora eu gostaria que você pensasse num pequeno roteiro de cena. Procure desenvolver 
um a idéia qualquer e ut ilize as cinco etapas discut idas acim a. 
Visite tam bém o m aterial de apoio da unidade. 
Boa sorte! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5ª Unidade 
 
 
2ª at ividade 
5RWHLURV�GH�LOXPLQDomR� 
Os roteiros de ilum inação se preocupam principalm ente com as nuances e m udanças de luz 
no tem po e espaço. No cinem a e na TV os roteiros fornecem um cam inho lógico nos 
processos técnicos de m ontagem e execução da luz. 
Podem os citar alguns ítens de im portância que fazem parte do roteiro da luz: 
��7LSRV�GH�HTXLSDPHQWRV�XWLOL]DGRV�HP�FDGD�FHQD���6HXV�SRVLFLRQDPHQWRV�QR�HVW~GLR�RX�HP�ORFDo}HV��H[WHUQDV��
��$QRWDo}HV�GH�VROXo}HV�HOpWULFDV�SDUD�FDGD�FHQD��HP�FDVR�GH�H[WHUQDV��
��$QRWDo}HV�GH�SURFHGLPHQWRV�GH�HIHLWRV�HVSHFLDLV�
��1XDQFHV�GH�PXGDQoDV�GD�OX]�GXUDQWH�DV�FHQDV�
��$QRWDo}HV�GH�XWOL]DomR�GH�DFHVVyULRV�HVSHFLDLV�SDUD�SURGXomR�GH�HIHLWRV 
Esse são apenas alguns elem entos e os designers e ilum inadores podem ainda incluir out ros 
que venham a ser solicitados em casos específicos. Geralm ente na TV e no cinem a os 
ilum inadores t rabalham conjuntam ente com o diretor de fotografia e m uito frequentem ente 
esses últ im os são tam bém os ilum inadores. 
Já no teat ro os roteiros de ilum inação acom panham as "deixas" de texto, de sons, de t r ilha 
sonora e out ros indicadores de m udanças. Para saber um pouco sobre o roteiro de 
ilum inação de palco acesse m eu site no endereço 
ht tp: / / www.iar.unicam p.br/ lab/ luz/ roteiro.htm 
Tente agora fazer um roteiro de luz sobre aquele roteiro da 1ª at ividade. Tenho certeza que 
você pode conseguir. 
 
 
 
5ª Unidade 
 
 
3ª at ividade 
6ROXo}HV�WpFQLFDV�� 
Seria bastante pretenção desse curso falar sobre todos os t ipos de soluções técnicas 
encont radas pelos ilum inadores; lem bre-se, esse é um curso int rodutório. 
Cham o de soluções técnicas todo procedim ento que visa um bom aproveitam ento da luz solar 
( fora dos estúdios) e dos equipam entos (dent ro dos estúdios e locações) . 
)RUD�GRV�HVW~GLRV�� 
Fora dos estúdios a prim eira preocupação é com a capacidade de rede elét r ica de suportar ou 
não os equipam entos ut ilizados para a m ontagem da luz. Em caso negat ivo existem algum as 
soluções que sem pre requerem recursos financeiros. A locação de geradores à óleo e a 
cont ratação das em presas geradoras para adaptação da rede são duas das principais 
soluções encont radas nesses casos, am bas tem custos relat ivam ente altos para pequenas 
produções. 
Outra coisa que deve ser levada em consideração é a quant idade de luz solar e o horário das 
film agens. Dias ensolarados podem nublar de repente e o aparecim ento de nuvens que 
dim inuem a quant idade de luz tam bém é com um nesses casos. Fora isso, um a tom ada m uito 
dem orada pode alterar a im agem das som bras desviando o conceito de tem po realísta da 
ilum inação. Já part icipei de tom adas onde o diretor de fotografia estava desesperado com os 
erros de interpretação. isso at rasava por dem ais as film agens, fazendo com que as som bras 
e a luz m udassem de posicionam ento. Um a das soluções encont radas foi a m udança de 
posicionam ento da câm era para evitar o aparecim ento dessas m udanças na tela. Além disso, 
durante o dia um avião estava passando por sobre a locação, dificultando a tom ada de áudio. 
Tudo isso acontece ao m esm o tem po e aí só nos resta ter m uita paciência e jogo de cintura. 
'HQWUR�GRV�HVW~GLRV� 
Dent ro de estúdios a preocupação com as soluções já é m enor m as nem por isso im previstos 
deixam de acontecer. Em casos por exem plo em que um a m esa de luz ou alguns 
equipam entos apresentem problem as, os ilum inadores e os diretores de fotografia podem 
im provisar, porém isso fica por conta da experiência de cada profissional e da quant idade de 
equipam entos e lâm padas sobressalentes. 
O m ais indicado em t rabalhos dent ro e fora dos estúdios é a presença (obrigatória) de um a 
boa equipe de elet r icistas ou, no caso de pequenas produções, um profissional bem 
capacitado para resolver problem as m enores. 
Espero que você tenha pelo m enos um a idéia de com o esses procedim entos são im portantes 
e de com o podem ser perigosos nas m ãos de pessoas sem experiência. 
Obrigado!

Continue navegando