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Germana Chaves - Contabilidade 
Curso de Contabilidade Geral 
 
Depreciação, Amortização e Exaustão 
 
Conceitos 
Depreciações, Amortizações e Exaustões: reduções de valor de ativos, em virtude de desgaste pelo uso, 
ação da natureza, superação tecnológica, exercício de direitos, ou esgotamento de reservas minerais/ 
florestais. 
 
 
Art. 183, Lei 6.404/76 
No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios: 
V - os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de aquisição, deduzido do saldo da respectiva 
conta de depreciação, amortização ou exaustão; 
VII- os direitos classificados no intangível, pelo custo incorrido na aquisição, deduzido do saldo da 
respectiva conta de amortização; 
 
§ 2º A diminuição de valor dos elementos do ativo imobilizado e intangível será registrada 
periodicamente nas contas de: 
a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto bens físicos 
sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência; 
b) amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição de direitos da 
propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou exercício de duração 
limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado; 
c) exaustão, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua exploração, de direitos cujo 
objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração. 
 
§ 3o A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos valores registrados 
no imobilizado e no intangível, a fim de que sejam: 
I – registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de interromper os 
empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando comprovado que não poderão 
produzir resultados suficientes para recuperação desse valor; ou 
 
 
 
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II – revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida útil econômica estimada e 
para cálculo da depreciação, exaustão e amortização. 
 
IMOBILIZADO (CPC 27) 
Conceito 
Ativo imobilizado é o item tangível que: 
(a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou serviços, para aluguel a outros, 
ou para fins administrativos; e 
(b) se espera utilizar por mais de um período. 
 
Lei 6.404/76: Correspondem aos direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à 
manutenção das atividades da entidade ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de 
operações que transfiram a ela os benefícios, os riscos e o controle desses bens. 
 
Reconhecimento: 
O custo de um item de ativo imobilizado deve ser reconhecido como ativo se, e apenas se: 
 a) for provável que futuros benefícios econômicos associados ao item fluirão para a entidade; e 
 b) o custo do item puder ser mensurado confiavelmente. 
 
Obs. Sobressalentes, peças de reposição, ferramentas e equipamentos de uso interno são classificados 
como ativo imobilizado quando a entidade espera usá-los por mais de um período. Da mesma forma, se 
puderem ser utilizados somente em conexão com itens do ativo imobilizado, também são 
contabilizados como ativo imobilizado. 
 
Custo de um Imobilizado 
O custo de um item do ativo imobilizado compreende: 
 a) seu preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e impostos não recuperáveis sobre a 
compra, depois de deduzidos os descontos comerciais e abatimentos; 
 b) quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local e condição necessárias para o 
mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida pela administração; 
 c) a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item e de restauração do local (sítio) 
no qual este está localizado. Tais custos representam a obrigação em que a entidade incorre quando o 
item é adquirido ou como consequência de usá-lo durante determinado período para finalidades 
diferentes da produção de estoque durante esse período. 
 
Exemplos de custos diretamente atribuíveis são: 
(a) custos de benefícios aos empregados (tal como definidos no Pronunciamento Técnico CPC 33 – 
Benefícios a Empregados) decorrentes diretamente da construção ou aquisição de item do ativo 
imobilizado; 
(b) custos de preparação do local; 
(c) custos de frete e de manuseio (para recebimento e instalação); 
(d) custos de instalação e montagem; 
(e) custos com testes para verificar se o ativo está funcionando corretamente, após dedução das 
receitas líquidas provenientes da venda de qualquer item produzido enquanto se coloca o ativo nesse 
local e condição (tais como amostras produzidas quando se testa o equipamento); 
 
 
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(f) honorários profissionais. 
 
Exemplos que não são custos de um item do ativo imobilizado são: 
(a) custos de abertura de nova instalação; 
(b) custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo propaganda e atividades 
promocionais); 
(c) custos da transferência das atividades para novo local ou para nova categoria de clientes (incluindo 
custos de treinamento); e 
(d) custos administrativos e outros custos indiretos. 
 
Legislação Fiscal permite abater como despesa operacional do período, o custo de aquisição de bens do 
Imobilizado, se o valor unitário não ultrapassar R$ 1.200,00 ou o prazo de vida útil não exceder um ano. 
(art. 301 RIR/99/ art. 15 Lei 11.973/14). 
 
Custos Subsequentes 
Manutenção e Reparo: A entidade não reconhece no valor contábil de um item do ativo imobilizado os 
custos da manutenção periódica do item. Pelo contrário, esses custos são reconhecidos no resultado 
quando incorridos. Os custos da manutenção periódica são principalmente os custos de mão-de-obra e 
de produtos consumíveis, e podem incluir o custo de pequenas peças. 
 
Custo do imobilizado: Segundo o princípio de reconhecimento, a entidade reconhece no valor contábil 
de um item do ativo imobilizado o custo da peça reposta. 
Sobressalentes, peças de reposição, ferramentas e equipamentos de uso interno são classificados como 
ativo imobilizado quando a entidade espera usá-los por mais de um período. Da mesma forma, se 
puderem ser utilizados somente em conexão com itens do ativo imobilizado, também são 
contabilizados como ativo imobilizado. 
 
Depreciação 
Quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto bens físicos sujeitos a desgaste 
ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência; 
 
CPC 27: Depreciação é a alocação sistemática do valor depreciável de um ativo ao longo de sua vida útil 
 
Lançamento Contábil 
D- Despesa (ou Custo) com Depreciação 
C- Depreciação Acumulada 
 
CPC 27: A depreciação do período deve ser normalmente reconhecida no resultado. 
No entanto, por vezes os benefícios econômicos futuros incorporados no ativo são absorvidos para a 
produção de outros ativos. Nesses casos, a depreciação faz parte do custo de outro ativo, devendo ser 
incluída no seu valor contábil. 
 
Bens depreciáveis - RIR/Art. 307. 
 Podem ser objeto de depreciação todos os bens sujeitos a desgaste pelo uso ou por causas naturais ou 
obsolescência normal, inclusive: 
 
 
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I - edifícios e construções, observando-se : 
a) a quota de depreciação é dedutível a partir da época da conclusão e início da utilização; 
b) o valor das edificações deve estar destacado do valor do custo de aquisiçãodo terreno, admitindo-se 
o destaque baseado em laudo pericial; 
II - projetos florestais destinados à exploração dos respectivos frutos 
 
Vedações a Depreciação – art. 307/RIR 
Terrenos, salvo em relação a benfeitorias e construções; 
Bens que aumentam de valor com o tempo (Ex.: como antiguidades e obra de arte); 
Bens para os quais sejam registradas quotas de amortização ou exaustão; 
Prédios ou construções não alugados, nem utilizados na produção de bens ou serviços, destinados á 
venda. 
 
Inicio da Depreciação: 
A depreciação de um bem é contada a partir do mês que o bem for instalado, posto em funcionamento 
ou em condições de produzir, independente do dia do mês, isto é, conta-se o primeiro mês 
integralmente, qualquer que seja o dia 
 
Dec. 3000/99 RIR 
Art. 309, § 2º A depreciação poderá ser apropriada em quotas mensais, dispensado o ajuste da taxa para 
os bens postos em funcionamento ou baixados no curso do mês. 
Art. 305, § 2º A quota de depreciação é dedutível a partir da época em que o bem é instalado, posto em 
serviço ou em condições de produzir. 
 
CPC 27: 
A depreciação do ativo se inicia quando este está disponível para uso, ou seja, quando está no local e 
em condição de funcionamento na forma pretendida pela administração. A depreciação de um ativo 
deve cessar na data em que o ativo é classificado como mantido para venda ou, ainda, na data em que o 
ativo é baixado, o que ocorrer primeiro. Portanto, a depreciação não cessa quando o ativo se torna 
ocioso ou é retirado do uso normal, a não ser que o ativo esteja totalmente depreciado. No entanto, de 
acordo com os métodos de depreciação pelo uso, a despesa de depreciação pode ser zero enquanto 
não houver produção. 
 
 
 
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A vida útil de um ativo é definida em termos da utilidade esperada do ativo para a entidade 
Fatores são considerados na determinação da vida útil de um ativo: 
(a) uso esperado do ativo que é avaliado com base na capacidade ou produção física esperadas do 
ativo; 
(b) desgaste físico normal esperado, que depende de fatores operacionais tais como o número de 
turnos durante os quais o ativo será usado, o programa de reparos e manutenção e o cuidado e a 
manutenção do ativo enquanto estiver ocioso; 
(c) obsolescência técnica ou comercial proveniente de mudanças ou melhorias na produção, ou de 
mudança na demanda do mercado para o produto ou serviço derivado do ativo; 
(d) limites legais ou semelhantes no uso do ativo, tais como as datas de término dos contratos de 
arrendamento mercantil relativos ao ativo. 
 
TAXAS DE DEPRECIAÇÃO (FISCO): 
 
BASE DE CALCULO DA DEPRECIAÇÃO DE UM BEM 
 
 
 
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Métodos de Depreciação (CPC 27) 
O método de depreciação utilizado reflete o padrão de consumo pela entidade dos benefícios 
econômicos futuros. 
Vários métodos de depreciação podem ser utilizados para apropriar de forma sistemática o valor 
depreciável de um ativo ao longo da sua vida útil. Tais métodos incluem: 
- o método da linha reta; 
- o método dos saldos decrescentes; 
- o método de unidades produzidas. 
A entidade seleciona o método que melhor reflita o padrão do consumo dos benefícios econômicos 
futuros esperados incorporados no ativo. Esse método é aplicado consistentemente entre períodos, a 
não ser que exista alteração nesse padrão. 
 
Método linear: resulta em despesa constante durante a vida útil do ativo, caso o seu valor residual não 
se altere. 
Saldos decrescentes: resulta em despesa decrescente durante a vida útil. 
Unidades produzidas: resulta em despesa baseada no uso ou produção esperados. 
 
METODO DAS QUOTAS CONSTANTES OU MÉTODO LINEAR 
A depreciação pode ser calculada de duas formas: 
1) Aplicando-se uma taxa constante durante o tempo de vida útil estimado para o bem. 
 
 
Depreciação = Taxa constante x valor depreciável do bem 
 
2) Dividindo-se o valor a ser depreciado pelo tempo de vida útil. 
 
 
Ex1: 
Custo do bem: R$ 60.000,00 
Tempo de uso: 3 anos 
Vida útil estimada: 5 anos 
 
1º) Qual a taxa constante? 
Taxa constante = 100% / 5 = 20% a.a 
2º) Qual o encargo de depreciação? 
Encargo de depreciação (anual) = 60.000 x 20% = 12.000 aa 
OU 
60.000 / 5 = 12.000 
 
 
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3º) Depreciação acumulada (D/ac)? 
Uso: 3 anos Taxa acumulada: 20% x 3 = 60% 
D/ac: 60.000 x 60% = 36.000 
OU 
D/Ac =60.000 x 3(uso) = 36.000 
 5 (V.U) 
 
4º) Qual o Valor Contábil? 
Custo de aquisição (-) Dep. acumulada = Valor contábil 
60.000 (-) 36.000 = 24.000,00 
 
Lançamento: 
D- Despesa com Depreciação 
C- Depreciação Acumulada---------------------------12.000 
 
Observação 1: 
A despesa com depreciação (conta de resultado) é anual. 
 
Observação 2: 
A depreciação acumulada (conta patrimonial): acumula as depreciações desde aquisição e 
funcionamento do bem. 
 
Ex2: 
Custo do bem: R$ 60.000,00 
Vida útil estimada: 5 anos ou 60 meses 
 
1º) Qual a taxa constante? 
Taxa constante anual = 100% = 20% a.a 
OU 
Taxa constante mensal = 20% a.a = 1.66% a.m 
 12 
2º) Qual o encargo de depreciação? 
Encargo de depreciação (mês) = 60.000 x 1.66% = 1000 am 
OU 
60.000 = 1000 
 60 
 
Ex3: 
Custo do bem: R$ 60.000,00 
Vida útil estimada: 5 anos ou 60 meses 
1º) Qual a taxa constante? 
Tx. anual = 100% = 20% a.a 
 5 
OU 
 
 
 
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Tx. mensal = 20% a.a = 1.66% a.m 
 12 
 
2º) Qual o encargo de depreciação no 1º ano? 
Taxa do período = 1.66% x 9 meses= 14,99% ou 15% 
Encargos no 1º ano = 60.000 x 15% = 9000 aa 
OU 
60.000 x 9 meses (uso) = 9000 
 60 meses (v.u) 
 
Ex4: 
Custo do bem: R$ 6.000,00 
Valor Residual: 10% (Não sofre depreciação) : 10% x 60.000 = 6.000 
Vida útil estimada: 5 anos 
 
1º) Qual a taxa constante? 
Taxa constante = 100% = 20% a.a 
 5 
 
2º) Qual o valor depreciável? 
Custo de Aquisição = 60.000 
(-) Valor Residual = (6.000) 
= Valor depreciável  54.000 
 
3º) Qual o encargo de depreciação? 
Despesa c/ depreciação = 54.000 x 20% = 10.800 a.a 
 
4º) Depreciação acumulada (D/ac)? 
Uso: 3 anos Taxa acumulada: 20% x 3 = 60% 
Custo de Aquisição = 60.000 
(-) Valor Residual = (6.000) 
= Valor depreciável  54.000 
 X 60% 
Depreciação 32.400 
Acumulada 
 
5º) Valor contábil 
 custo de aquisição (-) dep. acumulada = 60.000 – 32.400 
 Valor contábil= R$ 27.600,00 
 
Dec. 3000/99 RIR 
 Art. 309. A quota de depreciação registrável na escrituração como custo ou despesa operacional será 
determinada mediante a aplicação da taxa anual de depreciação sobre o custo de aquisição dos bens 
depreciáveis (Lei nº 4.506, de 1964, artigo 57, § 1º). 
 
 
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§ 1º A quota anual de depreciação será ajustada proporcionalmente no caso de período de apuração com 
prazo de duração inferior a doze meses, e de bem acrescido ao ativo, ou dele baixado, no curso do período 
de apuração. 
§ 2º A depreciação poderá ser apropriada em quotas mensais, dispensado o ajuste da taxa para os bens 
postosem funcionamento ou baixados no curso do mês. 
 
METODO DA SOMA DOS DIGITOS OU METODO DE COLE 
1º) Somam-se os algarismos que compõem o número de anos de vida útil do bem. 
2º) O valor encontrado será o denominador das taxas de depreciação, as quais serão variáveis, 
considerando o calculo em quotas crescentes ou decrescentes 
 
SUPER DICA! 
Denominador é constante e o numerador variável. 
 
 
Ex. 
Custo do bem: R$ 60.000,00 
Vida útil estimada: 5 anos 
Soma dos algarismos que compõem o número de anos da vida útil: 1 + 2 + 3 + 4 + 5= 15 (denominador da 
fração) 
Quotas Decrescentes 
 
 
 
 
 
 
 
D/Ac: 48.000,00 
 
 
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Quotas Crescentes 
 
 
MÉTODO DAS UNIDADES PRODUZIDAS OU HORAS TRABALHADAS 
Depreciação do bem em função de sua capacidade total de produção ou das horas totais estimadas. 
Ex. Custo do Bem: R$ 60.000,00 
Capacidade produtiva estimada: 1.200.000 unidades 
Produção anual: 300.000 unidades 
Taxa anual: 300.000/ 1.200.000 = 25% 
Despesa com depreciação: 60.000 x 25% = 15.000 
 
DEPRECIAÇÃO ACELERADA: Cálculo e lançamento da depreciação em período menor que o previsto. 
Consiste em atribuir coeficientes multiplicativos em função do numero de horas trabalhadas por bens 
móveis sujeitos ao desgaste pelo uso 
Nesse caso, consideram-se os seguintes coeficientes (limites admitidos pela legislação fiscal RIR/99): 
 
Cuidado! É aplicável exclusivamente a bens móveis. 
 
Dec. 3000/99- RIR 
Art. 312. Em relação aos bens móveis, poderão ser adotados, em função do número de horas diárias de 
operação, os seguintes coeficientes de depreciação acelerada (Lei nº 3.470, de 1958, artigo 69): 
I - um turno de oito horas............................1,0; 
II - dois turnos de oito horas.......................1,5; 
III - três turnos de oito horas.......................2,0. 
Parágrafo único. O encargo de que trata este artigo será registrado na escrituração comercial. 
 
Ex: Uma máquina de R$ 60.000,00 com vida útil estimada em cinco anos, operando durante 16 horas 
diárias, terá como quota de depreciação anual: 
Vida útil estimada: 5 anos 
 
D/Ac: 24.000,00 
 
 
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Taxa constante anual = 100% = 20% a.a 
 5 
Uso 16h/dia = coeficiente de depreciação acelerada = 1,5 
Taxa constante anual = 20% x 1,5 = 30% a.a 
Encargo de depreciação (anual) = 60.000 x 30% = 18.000 
 
Bens Usados 
Para a depreciação de bens adquiridos usados, a legislação fiscal estabelece que sejam considerados os 
seguintes critérios, devendo ser adotado o que apresentar maior prazo de vida útil entre eles: 
1) metade da vida útil que seria admitida para aquele bem, se adquirido novo; 
2) o restante da vida útil daquele bem, considerado o tempo decorrido desde o início de sua utilização, 
pelo primeiro proprietário. 
 
Dec. 3000/99 – RIR 
Art. 311. A taxa anual de depreciação de bens adquiridos usados será fixada tendo em vista o maior dos 
seguintes prazos: 
I - metade da vida útil admissível para o bem adquirido novo; 
II - restante da vida útil, considerada esta em relação à primeira instalação para utilização do bem. 
 
Ex.: Uma empresa adquiriu um veículo usado, no valor de R$ 60.000,00, de outra empresa que já havia 
utilizado o bem durante 2 anos. 
Cálculo: 
Teste da 1a. Hipótese  5/2 = 2,5 anos. 
Teste da 2a. Hipótese  5 – 2 = 3 anos 
Vida útil do bem usado: 3 anos (a maior dos testes) 
 
Logo: 
Encargo de depreciação: R$ 60.000/3 = R$ 20.000,00 a.a 
 
IMPORTANTE!! 
As seguintes normas devem ser observadas, com relação à depreciação de: 
Edificações e construções: 
1) A depreciação deve ser registrada a partir da conclusão da obra e do inicio da utilização do bem; 
2) O valor das edificações deve estar destacado do valor do custo de aquisição do terreno, admitindo-se 
o destaque baseado em laudo pericial. 
3) Prédios ou construções não alugados nem utilizados pelo proprietário na produção de seus 
rendimentos não sofrem depreciação. 
 
IMPORTANTE!!!! 
Benfeitorias em Imóveis de terceiros: 
Estas podem sofrer depreciação ou amortização, vai depender da vida útil do imóvel e do prazo de 
vigência do contrato de aluguel. 
 
 
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Valor depreciável e período de depreciação – CPC 27 
A depreciação é reconhecida mesmo que o valor justo do ativo exceda o seu valor contábil, desde que o 
valor residual do ativo não exceda o seu valor contábil. A reparação e a manutenção de um ativo não 
evitam a necessidade de depreciá-lo. 
 
 O valor residual de um ativo pode aumentar. A despesa de depreciação será zero enquanto o valor 
residual subsequente for igual ou superior ao seu valor contábil. 
 
EXEMPLO - PROVA RJ - FGV 
91. A Cia Barra Mansa apresentava os seguintes dados em relação ao seu Ativo Imobilizado: 
equipamentos – custo R$10.000,00. 
Esses ativos entraram em operação em 01.01.2007 e têm vida útil estimada em 5 anos, sendo 
depreciados pelo método linear. 
No início de 2010, a empresa procedeu a uma revisão dos valores, conforme previsto no CPC 27, 
aprovado pelo CFC. 
Assim, constatou as seguintes informações: 
Valor Justo R$ 4.500,00. 
Valor Residual R$ 4.800,00. 
Analisando as informações citadas, assinale a alternativa que indique corretamente o tratamento 
contábil a ser seguido, a partir de 01.01.2010. 
a) A empresa deve manter a despesa de depreciação de R$ 2.000,00 ao ano. 
b) A empresa deve acelerar a despesa de depreciação uma vez que o valor residual aumentou. 
c) A empresa deve suspender a despesa de depreciação uma vez que o valor residual está maior que o 
valor contábil. 
d) A empresa deve suspender a despesa de depreciação uma vez que o valor justo está maior que o 
valor contábil. 
e) A empresa deve acelerar a despesa de depreciação uma vez que o valor justo aumentou. 
 
Custo = 10.000 v.u.= 5anos aquisição: 01.01.2007 
D/Ac 2009: 10.000 x 3 = 6.000 
 5 
Valor Contábil: 10.000 – 6.000 = 4.000 
Valor Justo: R$ 4.500,00 
VC < VJ = depreciação é reconhecida 
 
Valor Residual: R$ 4.800,00 
VC < VR = depreciação é zero. 
Resposta: C 
 
 
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Depreciação do imobilizado com custo significativo (CPC 27) 
De acordo com CPC 27, item 43 a 49, cada componente de um item do ativo imobilizado com custo 
significativo em relação ao custo total do item deve ser depreciado separadamente. 
A entidade aloca o valor inicialmente reconhecido de um item do ativo imobilizado aos componentes 
significativos desse item e os deprecia separadamente. 
 
Por exemplo, pode ser adequado depreciar separadamente a estrutura e os motores de aeronave, seja 
ela de propriedade da entidade ou obtida por meio de operação de arrendamento mercantil financeiro. 
Um componente significativo de um item do ativo imobilizado pode ter a vida útil e o método de 
depreciação que sejam os mesmos que a vida útil e o método de depreciação de outro componente 
significativo do mesmo item. Esses componentes podem ser agrupados no cálculo da despesa de 
depreciação. 
 
Ex. A empresa Beta adquiriu em 01.01.2012 uma aeronave para transporte de seus diretores por R$ 
50.000.000,00. Sabe-se que as duas turbinas representam 25% do custo total. A aeronave possui uma 
vida útil de 20 anos e valor residual de 10%, enquanto que as turbinas tem uma vida útil de 10 anos. 
Calculo da depreciação.Custo das turbinas = 50.000.000 x 25% = 12.500.000 
Custo da Aeronave s/ turbina = 50.000.000 x 75% = 37.500.000 
 
Depreciação em 2012 
Turbinas = 12.500.000 x 10% = 1.250.000 
Aeronave s/ turbina = 37.500.000 
 VR (10%) – 3.750.000 = 
 VD 33.750.000 
 X 5% 
 Depreciação: 1.687.500 
 
Despesa c/ depreciação: 1.250.000 + 1.687.500 = 2.937.500 
 
Baixa de ANC 
Imobilizados podem ser baixados dos registros da contabilidade por terem sido vendidos, por 
obsolescência, doação, troca, sinistro ou furto. 
 
CPC 27: O valor contábil de um item do ativo imobilizado deve ser baixado: 
a) Por ocasião de sua alienação 
b) quando não há expectativas de benefícios econômicos futuros com a sua utilização ou alienação. 
 
Ex.1: baixa de uma máquina com custo histórico de R$ 10.000,00 e totalmente depreciada 
Ativo Imobilizado 
Máquina 10.000 
(-) Depreciação Acumulada 10.000 
Lançamento: 
D – Depreciação Acumulada 
 
 
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C – Máquina R$ 10.000,00 
 
Ex.2: baixa de uma máquina estragada fisicamente (obsoleta) , com custo de R$ 10.000,00 e 
depreciação acumulada de R$ 7.000,00 
Ativo Imobilizado 
Máquina 10.000 
(-) Depreciação Acumulada 7.000 
 
Lançamento: 
D – Depreciação Acumulada ----------------------- R$ 7.000,00 
D – Outras Despesa 
Prejuízos na Baixa de Imobilizado --------------- R$ 3.000,00 
C – Máquina ------------------------------------------------ R$ 10.000,00 
 
Ex.3: máquina vendida a prazo por R$ 3.200,00 com custo de R$ 10.000,00 e depreciação acumulada de 
R$ 7.000,00 
Máquina 10.000 
(-) Depreciação Acumulada 7.000 
 
Lançamento: 
D – Depreciação Acumulada -------------------- R$ 7.000,00 
D – Contas a receber/ Caixa --------------------- R$ 3.200,00 
C – Máquina -------------------------------------------- R$ 10.000,00 
C – Outras Receitas 
Lucro na venda de imobilizado ------------------------- R$ 200,00 
 
Intangíveis 
CPC 04: 
Um ativo satisfaz o critério de identificação, em termos de definição de um ativo intangível, quando: 
a) for separável, ou seja, puder ser separado da entidade e vendido, transferido, licenciado, alugado ou 
trocado, individualmente ou em conjunto com um contrato, ativo ou passivo relacionado, independente 
da intenção de uso pela entidade. 
b) resultar de direitos contratuais ou outros direitos legais, independentemente de tais direitos serem 
transferíveis ou separáveis da entidade ou de outros direitos e obrigações. 
 
Reconhecimento de um Ativo Intangível 
Um ativo intangível deve ser reconhecido apenas se: 
(a) for provável que os benefícios econômicos futuros esperados atribuíveis ao 
ativo serão gerados em favor da entidade; e 
(b) o custo do ativo possa ser mensurado com confiabilidade. 
 
OBS. A norma deixa claro que, se as condições não puderem ser atendidas, os gastos devem ser 
lançados como DESPESA. 
 
Um ativo intangível deve ser reconhecido inicialmente ao custo. 
 
 
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O custo de ativo intangível adquirido separadamente inclui: 
(a) seu preço de compra, acrescido de impostos de importação e impostos não recuperáveis sobre a 
compra, depois de Deduzidos os descontos comerciais e abatimentos; e 
(b) qualquer custo diretamente atribuível à preparação do ativo para a finalidade proposta. 
 
Vida útil 
A entidade deve avaliar se a vida útil de ativo intangível é definida ou indefinida e, no primeiro caso, a 
duração ou o volume de produção ou unidades semelhantes que formam essa vida útil. 
A entidade deve atribuir vida útil indefinida a um ativo intangível quando, com base na análise de todos 
os fatores relevantes, não existe um limite previsível para o período durante o qual o ativo deverá gerar 
fluxos de caixa líquidos positivos para a entidade 
 
A contabilização de ativo intangível baseia-se na sua vida útil. 
 
 
 
CPC 04: Fase Pesquisa x Desenvolvimento 
“Pesquisa é a investigação original e planejada realizada com a expectativa de adquirir novo 
conhecimento e entendimento científico ou técnico.” 
“Desenvolvimento é a aplicação dos resultados da pesquisa ou de outros conhecimentos em um plano 
ou projeto visando à produção de materiais, dispositivos, produtos, processos, sistemas ou serviços 
novos ou substancialmente aprimorados, antes do início da sua produção comercial ou do seu uso.” 
 
Forma de contabilização (CPC 04) : 
a) gastos de pesquisa – como despesa quando incorridos; 
b) gastos de desenvolvimento que não atendem aos critérios de reconhecimento como ativo intangível 
– como despesa quando incorridos; e 
c) gastos de desenvolvimento em conformidade com referidos critérios de reconhecimento– 
contabilizados no Ativo Intangível. 
 
 
 
 
 
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Amortização 
Corresponde à perda do valor do capital aplicado na aquisição de direitos da propriedade industrial ou 
comercial (ex. patente) e quaisquer outros com existência ou exercício de duração limitada (concessões 
obtidas), ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado 
(benfeitoria em imóvel de terceiros.). 
 
Sofrem amortização os bens imateriais , intangíveis, ou incorpóreos. 
 
Bens Intangíveis sujeitos a Amortização - ART. 325/RIR 
Poderão ser amortizados: 
I - o capital aplicado na aquisição de direitos cuja existência ou exercício tenha duração limitada, ou de 
bens cuja utilização pelo contribuinte tenha o prazo legal ou contratualmente limitado, tais como: 
a) patentes de invenção, fórmulas e processos de fabricação, direitos autorais, licenças, autorizações ou 
concessões; 
b) investimento em bens que, nos termos da lei ou contrato que regule a concessão de serviço público, 
devem reverter ao poder concedente, ao fim do prazo da concessão, sem indenização; 
c) custo de aquisição, prorrogação ou modificação de contratos e direitos de qualquer natureza, 
inclusive de exploração de fundos de comércio; 
d) custos das construções ou benfeitorias em bens locados ou arrendados, ou em bens de terceiros, 
quando não houver direito ao recebimento de seu valor; 
e) o valor dos direitos contratuais de exploração de florestas de que trata o art. 328 
 
Início da Amortização (CPC 04) 
A amortização deve ser iniciada a partir do momento em que o ativo estiver disponível para uso, ou seja, 
quando se encontrar no local e nas condições necessários para que possa funcionar da maneira 
pretendida pela administração. 
A amortização deve cessar na data em que o ativo é classificado como mantido para venda ou incluído 
em um grupo de ativos classificado como mantido para venda 
 
Método de Amortização (CPC 04) 
O valor amortizável de ativo intangível com vida útil definida deve ser apropriado de forma sistemática 
ao longo da sua vida útil estimada 
 
Podem ser utilizados vários métodos de amortização para apropriar de forma sistemática o valor 
amortizável de um ativo ao longo da sua vida útil. Tais métodos incluem o método linear, também 
conhecido como método de linha reta, o método dos saldos decrescentes e o método de unidades 
produzidas. 
 
A amortização deve normalmente ser reconhecida no resultado. No entanto, por vezes os benefícios 
econômicos futuros incorporados no ativo são absorvidos para a produção de 
outros ativos. Nesses casos, a amortização faz parte do custo de outro ativo, devendo ser incluída no 
seu valor contábil. 
D- Despesa (custo)com Amortização 
C- Amortização Acumulada 
 
 
 
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Observação 1: 
A despesa com amortização (conta de resultado) é anual. 
 
Observação 2: 
A amortização acumulada (conta patrimonial): acumula as amortizações desde aquisição do direito de 
uso. 
 
Método Linear 
A taxa de amortização é constante, fixada tendo em vista o tempo de utilização do bem intangível, 
podendo o tempo ser fixado em lei, em contrato ou ser proveniente da natureza do bem com existência 
limitada. 
 
Ex.: Em 02.01.X8 a Cia. Alfa adquiriu o direito de explorar a linha de transporte aéreo pelos 10 anos 
subsequentes. O custo para obter a concessão foi R$ 600.000,00. Já usou por 3 anos. 
 
1º) Qual a taxa constante? 
Taxa de amortização = 100% =10%a.a 
 10 
2º) Qual o encargo de amortização? 
Encargos de amortização = 600.000 x 10% = 60.000 a.a 
Ou 
600.000 = 60.000 
 10 
 
3º) Amortização acumulada (A/ac)? 
Tx. acumulada: 10% x 3 = 30% 
A/ac = 600.000 x 30% = 180.000 
A/ac = 600.000 x 3 = 180.000 
 10 
4º) Valor Contábil? 
Custo: 600.000 
(-) A/ac: ( 180.000) 
VC = 420.000 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Exaustão 
Quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua exploração, de direitos cujo objeto seja 
recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração. 
 
QUOTA DE EXAUSTÃO: 
Método das unidades Produzidas: determinada em função do volume extraído no período sobre a 
possança estimada, ou 
 
Prazo de concessão dado pela autoridade governamental, quando for o caso. 
 
Obs. A possança (potencial de exploração) estimada é avaliada por especialistas, mediante laudos que 
serão considerados para efeito da determinação da exaustão. 
 
Não deve sofrer exaustão 
Recursos minerais que não têm previsão de esgotamento; 
As florestas destinadas à exploração dos respectivos frutos, sujeitam-se à depreciação e não à exaustão; 
Florestas plantadas com a finalidade de proteção do solo ou do meio ambiente como um todo também 
não se sujeita ao cômputo dos encargos das inversões (depreciação, amortização ou exaustão); 
Os direitos contratuais para a exploração de recursos florestais por prazo determinado (inferior ao 
esgotamento dos recursos) estão sujeitos à amortização e não à exaustão, cujo critério econômico será 
o prazo de vigência do contrato. 
 
RECURSOS MINERAIS 
Exaustão em função do prazo de concessão - linear: 
Ex1: 
Custo de Concessão = R$ 150.000,00 
Prazo de concessão = 20 anos 
Taxa constante anual: 100% = 5%a.a 
 20 
Despesa de Exaustão (anual): 150.000 x 5% = 7.500 
 
 
 
 
 
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Tx. Acumulada: 5 x 9 = 45% 
E/ac: 150.000 x 45% = 67.500 
Valor Contábil: Custo = 150.000 
 (-) E/ac: = (67.500) 
 82.500 
Uso: 9 anos 
 
Exaustão em função da relação do período e da possança conhecida da mina: 
Ex. 2 
Custo de Concessão = R$ 150.000,00 
Possança conhecida = 50.000 m³ 
Produção do ano = 2.000 m³ 
Tempo previsto pra esgotamento dos recursos: 50.000/2.000 = 25 anos 
 
Taxa constante anual = 2.000 = 4% a.a 
 50.000 
 
Despesa de Exaustão (anual) = 150.000 x 4% = 6.000 
 
Importante! 
Escolha do método: 
-Se o prazo de concessão for menor do que o prazo previsto para o esgotamento dos recursos minerais, 
a exaustão será calculada em função do prazo de concessão. (RIR,330§2). 
-Se o prazo de concessão for maior do que o prazo previsto para o esgotamento dos recursos minerais, 
a exaustão será calculada em função dos recursos efetivamente extraídos. 
 
Obs. Somente se sujeitam a exaustão as minas que estiverem sob o regime de concessão. Os valores 
aplicados em minas arrendadas devem ser amortizadas, uma vez que são direitos sob propriedade de 
terceiros. 
 
Recursos Florestais: serão exauridas as florestas próprias. 
IMPORTANTE! 
1) Quando o prazo contratual for inferior ao período previsto para esgotamento dos recursos 
florestais, a perda de valor será contabilizada como amortização, e não como exaustão, visto que, antes 
do esgotamento dos recursos, o direito de exploração terá terminado. 
 
2) Quando o esgotamento dos recursos estiver previsto para ocorrer antes do fim do prazo contratual, 
a perda de valor será contabilizada como exaustão. 
 
3) Quando o prazo de exploração dos recursos for indeterminado, a perda de valor será contabilizada 
como exaustão. 
 
4) Os projetos florestais destinados a exploração dos respectivos frutos sujeitam-se a depreciação, 
calculada com base na vida útil estimada dos recursos florestais objeto da exploração. 
 
 
 
20 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 
 
Taxa Exaustão: extração ano/possança 
Bem a ser exaurido: Plantação de eucaliptos 
Valor de Aquisição: R$ 600.000,00 
Quantidade total: 400 hectares de floresta c/ eucalipto plantado 
Extração do ano: 80 hectares da floresta 
Taxa de exaustão do ano = 80 = 20% a.a 
 400 
Despesa de Exaustão (anual) = 600.000 x 20% = 120.000 
 
Lançamento Contábil 
D – Despesa de Exaustão de Recursos Minerais 
C – Exaustão Acumulada de Recursos Minerais 
 
OBSERVAÇÕES! 
A despesa com exaustão conta de resultado 
A exaustão acumulada conta patrimonial 
 
Dec. 3000/99 –RIR 
Art. 334. Poderá ser computada, como custo ou encargo, em cada período de apuração, a importância 
correspondente à diminuição do valor de recursos florestais, resultante de sua exploração (Lei nº 4.506, de 
1964, artigo 59, e Decreto-Lei nº 1.483, de 1976, artigo 4º). 
§ 1º A quota de exaustão dos recursos florestais destinados a corte terá como base de cálculo o valor das 
florestas (Decreto-Lei nº 1.483, de 1976, artigo 4º, § 1º). 
§ 2º Para o cálculo do valor da quota de exaustão será observado o seguinte critério (Decreto-Lei nº 1.483, de 
1976, artigo 4º, § 2º): 
I - apurar-se-á, inicialmente, o percentual que o volume dos recursos florestais utilizados ou a quantidade de 
árvores extraídas durante o período de apuração representa em relação ao volume ou à quantidade de 
árvores que no início do período de apuração compunham a floresta; 
II - o percentual encontrado será aplicado sobre o valor contábil da floresta, registrado no ativo, e o 
resultado será considerado como custo dos recursos florestais extraídos. 
 
CPC 23 - Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro 
Mudança na estimativa contábil é um ajuste nos saldos contábeis de ativo ou de passivo, ou nos 
montantes relativos ao consumo periódico de ativo, que decorre da avaliação da situação atual e das 
obrigações e dos benefícios futuros esperados associados aos ativos e passivos. As alterações nas 
estimativas contábeis decorrem de nova informação ou inovações e, portanto, não são retificações de 
erros. 
 
CPC 27 – Imobilizado 
O valor residual e a vida útil de um ativo são revisados pelo menos ao final de cada exercício. 
A vida útil de um ativo é definida em termos da utilidade esperada do ativo para a entidade 
 
A estimativa envolve julgamentos baseados na última informação disponível e confiável. Por exemplo, 
podem ser exigidas estimativas de: 
a)créditos de liquidação duvidosa; 
 
 
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b) obsolescência de estoque; 
c) valor justo de ativos financeiros ou passivos financeiros; 
d) vida útil de ativos depreciáveis ou o padrão esperado de consumo dos futuros benefícios 
econômicos incorporados nesses ativos; e 
e) obrigações decorrentes de garantias. 
 
O efeito de mudança na estimativa contábil deve ser reconhecido prospectivamente, incluindo-o nos 
resultados do: 
a) período da mudança, se a mudança afetar apenas esse período; ou 
b) período da mudança e futuros períodos, se a mudança afetar todos eles. 
 
O reconhecimento prospectivo do efeito de mudança na estimativa contábil significa que a mudança é 
aplicada a transações, a outros eventos e a condições a partir da data da mudança na estimativa. 
 
As alterações nas estimativas contábeis não afetam exercícios anteriores. 
 
A mudança em uma estimativa contábil pode afetar apenas os resultados do período corrente ou os 
resultados tanto do período corrente como de períodos futuros. Por exemplo, a mudança na estimativa 
de créditos de liquidação duvidosa afeta apenas os resultados do período corrente e, por isso, é 
reconhecida no período corrente. Porém, a mudança na estimativa da vida útil de ativo depreciável, ou 
no padrão esperado de consumo dos futuros benefícios desse tipo de ativo, afeta a depreciação do 
período corrente e de cada um dos futuros períodos durante a vida útil remanescente do ativo. Em 
ambos os casos, o efeito da mudança relacionada com o período corrente é reconhecido como receita 
ou despesa no período corrente. O efeito, caso exista, em períodos futuros é reconhecido como receita 
ou despesa nesses períodos futuros. 
 
Exercício de Fixação 
1. (Prova: SEFAZ RO 2010- FCC) Uma empresa adquiriu uma máquina, em 01/01/X1, pelo valor de R$ 
240.000,00 para utilização em suas operações. A vida útil econômica, estimada pela empresa, para esta 
máquina foi de 6 anos, sendo que a empresa esperava vendê-la por R$ 60.000,00 ao final deste prazo. 
No entanto, no início do segundo ano de uso, a empresa reavaliou que a vida útil remanescente da 
máquina era de três anos e o valor estimado de venda ao final deste período era R$ 45.000,00. A 
empresa utiliza o método das quotas constantes e, no final de X1, não houve ajuste no valor do ativo 
pelo teste de recuperabilidade. 
 Sendo assim, os valores das despesas de depreciação nos anos X1 e X2, em relação a essa máquina, 
foram, respectivamente, e em reais, 
a) 45.000,00 e 50.000,00 
b) 40.000,00 e 70.000,00 
c) 40.000,00 e 40.000,00 
d) 30.000,00 e 65.000,00 
e) 30.000,00 e 55.000,00 
 
2. (Prova: ATRF 2012/ ESAF) A firma Mobiliada S.A. possui móveis e utensílios adquiridos em dezembro 
de 2010 por R$ 40.000,00. Incorporados ao grupo imobilizado em janeiro de 2011, esses bens são 
depreciados com valor residual de 5%, considerando-se uma vida útil de 10 anos como é costumeiro. 
 
 
22 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 
 
No exercício de 2012, no balanço de 31 de dezembro, a empresa deverá apresentar esses móveis com 
valor contábil de 
a) R$ 40.000,00. 
b) R$ 32.400,00. 
c) R$ 32.000,00. 
d) R$ 30.400,00. 
e) R$ 30.000,00 
 
3. (Ministério do Turismo – CONTADOR – 2014) A empresa Máquinas, Móveis e Mercadorias S.A., em 
abril de 2009, adquiriu 4 máquinas de igual valor e pagou por elas, à vista, R$ 10.000,00. A vida útil foi 
estimada em 10 anos e o valor residual em 20%. Em 30 de setembro de 2013, a empresa vendeu uma 
dessas máquinas por R$ 1.000,00, a prazo. 
Uma vez realizada esta operação, pode-se dizer que a empresa contabilizou perda de capital no valor de 
a) R$ 600,00 
b) R$ 375,00 
c) R$ 500,00 
d) R$ 100,00 
e) R$ 875,00 
 
4. (Prova: MDIC 2012- ESAF) Uma máquina adquirida em abril de 2010 por R$ 3.000,00, instalada para 
funcionar em julho do mesmo ano, com expectativa de vida útil estimada em 10 anos, tem depreciação 
contabilizada, considerando-se um valor residual de 20%. 
No balanço referente ao exercício social de 2011, deverá ser computado como encargo de depreciação, 
em relação a essa máquina, o valor de 
a) R$ 450,00. 
b) R$ 360,00. 
c) R$ 300,00. 
d) R$ 240,00. 
e) R$ 180,00. 
 
5. (AFRFB – 2012) A Cia. Gráfica Firmamento adquire uma máquina copiadora, em 02/01/2008, pelo valor 
de R$ 1,2 milhões, com vida útil estimada na capacidade total de reprodução de 5 milhões de cópias. A 
expectativa é de que, após o uso total da máquina, a empresa obtenha por este bem o valor de R$ 
200.000,00, estabelecendo um prazo máximo de até 5 anos para atingir a utilização integral da 
máquina. No período de 2008/2009, a empresa executou a reprodução de 2.500.000 das cópias 
esperadas e no decorrer de 2010 foram reproduzidas mais 1.300.000 cópias. Ao final de 2010, o 
Departamento de Gestão Patrimonial da empresa determina como valor recuperável desse ativo R$ 
440.000,00. 
(AFRFB – 2012) Com base nos dados fornecidos, é possível afirmar que 
a) o valor depreciável dessa máquina é de R$ 1.000.000,00. 
b) o saldo da depreciação acumulado em 2010 é de R$ 720.000,00. 
c) em 2010 a empresa deve registrar como despesa de depreciação o valor de R$ 640.000,00. 
d) o valor líquido dessa máquina ao final de 2010 é R$ 240.000,00. 
e) ao final de 2010 a empresa deve reconhecer uma perda estimada de R$ 200.000,00. 
 
 
 
23 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 
 
6. (Prova: AFMG 2005 - ESAF) A mina Etereal, após a aquisição e instalação, custara R$ 300.000,00 aos 
cofres da nossa empresa, mas tinha capacidade estimada em 500 mil metros cúbicos de minério e foi 
instalada com capacidade de exploração em 8 anos, mantendo-se o residual de proteção de 20% da 
capacidade produtiva. Ao fim do 5º ano de exploração bem-sucedida, a mina foi alienada por R$ 
200.000,00, com quitação em vinte duplicatas mensais. 
Analisando essas informações, assinale abaixo a única assertiva que não é verdadeira. 
a) A exploração anual será de 50 mil m³ de minério. 
b) A taxa de exaustão será de 10% do custo total por ano. 
c) A taxa de exaustão será de 12,5% ao ano. 
d) Ao fim do 5º ano, a exaustão acumulada será de 50% do custo da mina. 
e) O custo a ser baixado no ato da venda será de R$ 90.000,00. 
 
7. (PROVA ICMS SP 2013 FCC) A Cia. Metais adquiriu, em 30/06/2011, uma mina de minério de ferro por 
R$ (mil) 270.000,00. A estimativa inicial era de que seriam extraídas 270.000 toneladas desse minério. 
Durante 2011, foram extraídas 50.000 toneladas. No início de 2012, os técnicos encontraram um novo 
veio de minério e reestimaram que ainda existiam 250.000 toneladas para serem extraídas. 
Durante 2012, foram extraídas mais 20.000 toneladas. Com base nestas informações, o valor da despesa 
de exaustão referente aos anos de 2011 e 2012 foram, respectivamente, em milhares de reais, 
a) 45.000 e 18.000. 
b) 50.000 e 17.600. 
c) 50.000 e 21.600. 
d) 45.000 e 21.600. 
e) 50.000 e 18.000 
 
8. (TCE PI 2014 FCC) Em 31/12/2011 a empresa Estruturada S.A. adquiriu uma máquina por R$ 500.000,00 
à vista. A empresa estimou que a vida útil econômica da máquina, na data de aquisição, era 8 anos e o 
valor residual esperado para venda da máquina no final do prazo de vida útil seria R$ 20.000,00. Sabe-se 
que a empresa adota o método das quotas constantes para o cálculo da despesa de depreciação e que, 
em 31/08/2013, vendeu esta máquina por R$ 390.000,00 à vista. Com base nessas informações, será 
evidenciado na Demonstração de Resultados um 
a) prejuízo na venda no valor de R$ 110.000,00. 
b) lucro na venda no valor de R$ 110.000,00.c) prejuízo na venda no valor de R$ 10.000,00. 
d) lucro na venda no valor de R$ 10.000,00. 
e) prejuízo na venda no valor de R$ 30.000,00. 
 
9. (FCC – ARCE – CONTADOR 2012) Determinada empresa adquiriu, em 31/12/2009, uma máquina por R$ 
119.000,00, à vista, para uso imediato. Na data de aquisição, a vida útil econômica estimada da máquina 
foi de 10 anos, o valor residual de R$ 9.000,00 e o método de depreciação definido como o das quotas 
constantes. Em 01/01/2011, a empresa reestimou a vida útil remanescente em 5 anos e o valor residual do 
ativo de R$ 5.000,00. Com base nestas informações, o valor da depreciação acumulada evidenciado no 
Balanço Patrimonial da empresa, em 31/12/2011, foi 
a) R$ 22.000,00. 
b) R$ 31.600,00. 
c) R$ 33.800,00. 
 
 
24 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 
 
d) R$ 38.000,00. 
e) R$ 45.600,00. 
 
(Prova: CESPE - 2013 –ANP) 
Com relação à depreciação e à amortização de ativos, julgue os itens a seguir. 
10. Os ativos com valor residual maior que zero estão sujeitos à redução do seu valor depreciável. Isso 
faz que o valor contábil desses ativos, ao final de sua vida útil, represente os benefícios econômicos 
futuros que a venda desses bens ainda será capaz de proporcionar à empresa que detém o seu controle. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
11. Comparativamente aos métodos dos saldos decrescentes e das unidades produzidas, o método 
linear resulta em despesas de depreciação inconstantes ao longo da vida útil do ativo, refletindo um 
padrão instável do consumo dos benefícios econômicos futuros esperados incorporados no ativo. 
 
12. (SEFAZ PE 2014) Uma entidade comprou, em 01/07/2011, numerosas máquinas para utilizar em seu 
negócio, no valor de R$ 40.000,00. O frete da entrega foi de R$ 400,00, pagos pelo fornecedor. 
Adicionalmente, a entidade incorreu em R$ 800,00 para instalar as máquinas, R$ 500,00 para 
desmontar as máquinas que já estavam na fábrica e R$ 200,00 para um caminhão levar as máquinas 
antigas até um depósito. 
Além disso, uma vez que as máquinas eram novas no mercado, a entidade contratou um especialista 
para orientar e treinar os funcionários sobre tal uso durante o primeiro mês de funcionamento. Os 
honorários foram de R$ 2.000,00. 
Na data da compra, a entidade pretendia utilizar as máquinas por cinco anos e, depois desses anos, 
doá-las. É estimado que o valor da remoção das máquinas seja de R$ 1.400,00. 
O valor contábil das máquinas em 31/12/2013 era de 
a) R$ 16.880,00. 
b) R$ 21.100,00. 
c) R$ 21.450,00. 
d) R$ 22.100,00. 
e) R$ 22.450,00 
 
13. (Prova: ATRF 2012/ ESAF) A firma Mobiliada S.A. possui móveis e utensílios adquiridos em dezembro 
de 2010 por R$ 40.000,00. Incorporados ao grupo imobilizado em janeiro de 2011, esses bens são 
depreciados com valor residual de 5%, considerando-se uma vida útil de 10 anos como é costumeiro. 
No exercício de 2012, no balanço de 31 de dezembro, a empresa deverá apresentar esses móveis com 
valor contábil de 
a) R$ 40.000,00. 
b) R$ 32.400,00. 
c) R$ 32.000,00. 
d) R$ 30.400,00. 
e) R$ 30.000,00 
 
14. (Prova: ARFB/ESAF) A Cia. Poços e Minas possui uma máquina própria de sua atividade operacional, 
adquirida por R$ 30.000,00, com vida útil estimada em 05 anos e depreciação baseada na soma dos 
dígitos dos anos em quotas crescentes. A mesma empresa possui também uma mina custeada em R$ 
 
 
25 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 
 
60.000,00, com capacidade estimada em 200.000 quilos, exaurida com base no ritmo de exploração 
anual de 25 mil quilos de minério. O usufruto dos dois itens citados teve inicio na mesma data. As contas 
jamais sofreram correção monetária. Analisando tais informações, podemos concluir que, ao fim do 
terceiro ano, essa empresa terá, no balanço patrimonial, em relação aos bens referidos, o valor contábil 
de: 
a) R$ 34.500,00 
b) R$ 40.500,00 
c) R$ 49.500,00 
d) R$ 55.500,00 
e) R$ 57.500,00 
 
 
GABARITO 
01 02 03 04 05 
E B A D A 
06 07 08 09 10 
E B C B CERTO 
11 12 13 14 
ERRADO B B D

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