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EPR-201 AULA 1 A IMPORTÂNCIA DA PESQUISA CIENTÍFICA EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO O que é ciência? É uma forma humana de apreender a realidade e de produzir novos conhecimentos, independentemente deles originarem ou não tecnologias; Ela se caracteriza pelo uso do raciocínio lógico, pela base empírica, pela busca incessante do conhecimento e pelo aceite por parte da comunidade. E, o que é a iniciação científica? É um programa que visa atender alunos dos cursos de graduação, colocando-os em contato com grupos/linhas de pesquisa; Visa proporcionar ao aluno, orientado por pesquisador experiente, a aprendizagem de técnicas e métodos científicos, bem como estimular o desenvolvimento do pensar cientificamente e da criatividade, decorrentes das condições criadas pelo confronto direto com os problemas de pesquisa. Qual a importância de se fazer iniciação científica? A Iniciação Científica é importante para o desenvolvimento do ensino de graduação, porque permite que os alunos vivenciem experiências em laboratórios e em projetos de pesquisa, coordenados por docentes da Universidade; Ela também é importante para formar profissionais com um perfil diferenciado: sistemáticos, organizados e com capacidade de resolver problemas utilizando métodos adequados; Também estimula os universitários a buscar conhecimentos para cursarem a pós-graduação. 6 Objetivo do curso de engenharia de produção Formar profissionais que, além de terem habilitação e capacitação técnica para desenvolverem trabalhos tradicionalmente realizados pela área escolhida (Engenharia Mecânica, Engenharia Elétrica ou Engenharia Civil), também estejam preparados para, adicionalmente, desempenharem funções gerenciais e de liderança administrativa em todos os níveis da organização. É sem dúvida a menos tecnológica das engenharias na medida em que é mais abrangente e genérica, englobando um conjunto maior de conhecimentos e habilidades. ABEPRO Associação Brasileira de Engenharia de Produção; www.abepro.org.br; Define 10 áreas (temas) da Engenharia de Produção. Áreas da engenharia de produção GERÊNCIA DA PRODUÇÃO: Logística; Sistemas de Produção; Projeto de Fábrica e Layout; Planejamento e Controle de Produção; Organização do Trabalho; Técnicas de Manufatura. GEPE Gestão da Produção: Profs. Dagoberto, Pinho, Fabiano, Queiroz e Favaretto Áreas da engenharia de produção ENGENHARIA DE OPERAÇÕES E PROCESSOS DA PRODUÇÃO: Projetos, operações e melhorias dos sistemas que criam e entregam os produtos (bens ou serviços) primários da empresa. Gestão de Sistemas de Produção e Operações; Planejamento, Programação e Controle da Produção; Gestão da Manutenção; Projeto de Fábrica e de Instalações Industriais: organização industrial, layout/arranjo físico; Processos Produtivos Discretos e Contínuos: procedimentos, métodos e seqüências; Engenharia de Métodos. GEPE Gestão da Produção: Profs. Dagoberto, Pinho, Fabiano, Queiroz e Favaretto Áreas da engenharia de produção LOGÍSTICA: Técnicas para o tratamento das principais questões envolvendo o transporte, a movimentação, o estoque e o armazenamento de insumos e produtos, visando a redução de custos, a garantia da disponibilidade do produto, bem como o atendimento dos níveis de exigências dos clientes. Gestão da Cadeia de Suprimentos; Gestão de Estoques; Projeto e Análise de Sistemas Logísticos; Logística Empresarial; Transporte e Distribuição Física; Logística Reversa. GEPE Gestão da Produção: Profs. Renato Lima e Dagoberto Áreas da engenharia de produção PESQUISA OPERACIONAL: Resolução de problemas reais envolvendo situações de tomada de decisão, através de modelos matemáticos habitualmente processados computacionalmente. Modelagem, Simulação e Otimização; Programação Matemática; Processos Decisórios; Processos Estocásticos; Teoria dos Jogos; Análise de Demanda; Inteligência Computacional. GEPE Gestão da Produção: Prof. José Arnaldo, Fabiano e Pinho Áreas da engenharia de produção ENGENHARIA DA QUALIDADE: Planejamento, projeto e controle de sistemas de gestão da qualidade que considerem o gerenciamento por processos, a abordagem factual para a tomada de decisão e a utilização de ferramentas da qualidade. Gestão de Sistemas da Qualidade; Planejamento e Controle da Qualidade; Normalização, Auditoria e Certificação para a Qualidade; Organização Metrológica da Qualidade; Confiabilidade de Processos e Produtos. GEPE Qualidade e Produto: Profs. Turrioni, Gonzaga e José Leonardo Áreas da engenharia de produção ENGENHARIA DO PRODUTO: Conjunto de ferramentas e processos de projeto, planejamento, organização, decisão e execução envolvidas nas atividades estratégicas e operacionais de desenvolvimento de novos produtos, compreendendo desde a concepção até o lançamento do produto e sua retirada do mercado com a participação das diversas áreas funcionais da empresa. Gestão do Desenvolvimento de Produto; Processo de Desenvolvimento do Produto; Planejamento e Projeto do Produto. GEPE Qualidade e Produto: Profs. Carlos Sanches e Carlos Mello Áreas da engenharia de produção ENGENHARIA ECONÔMICA: Formulação, estimação e avaliação de resultados econômicos para avaliar alternativas para a tomada de decisão, consistindo em um conjunto de técnicas matemáticas que simplificam a comparação econômica. Gestão Econômica; Gestão de Custos; Gestão de Investimentos; Gestão de Riscos. GEPE Finanças: Profs. Pamplona, José Arnaldo, André Medeiros, Fred e Luiz Guilherme Áreas da engenharia de produção ENGENHARIA ORGANIZACIONAL: Conjunto de conhecimentos relacionados à gestão das organizações, englobando em seus tópicos o planejamento estratégico e operacional, as estratégias de produção, a gestão empreendedora, a propriedade intelectual, a avaliação de desempenho organizacional, os sistemas de informação e sua gestão e os arranjos produtivos. Gestão Estratégica e Organizacional; Gestão de Projetos; Gestão do Desempenho Organizacional; Gestão da Informação; Redes de Empresas; Gestão da Inovação; Gestão da Tecnologia; Gestão do Conhecimento. GEPEs Gestão da Produção e Qualidade e Produto Áreas da engenharia de produção ENGENHARIA DO TRABALHO: Projeto, aperfeiçoamento, implantação e avaliação de tarefas, sistemas de trabalho, produtos, ambientes e sistemas para fazê-los compatíveis com as necessidades, habilidades e capacidades das pessoas visando a melhor qualidade e produtividade, preservando a saúde e integridade física. Seus conhecimentos são usados na compreensão das interações entre os humanos e outros elementos de um sistema. Pode-se também afirmar que esta área trata da tecnologia da interface máquina - ambiente - homem - organização. Projeto e Organização do Trabalho; Ergonomia; Sistemas de Gestão de Higiene e Segurança do Trabalho; Gestão de Riscos de Acidentes do Trabalho. Áreas da engenharia de produção ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE: Planejamento da utilização eficiente dos recursos naturais nos sistemas produtivos diversos, da destinação e tratamento dos resíduos e efluentes destes sistemas, bem como da implantação de sistema de gestão ambiental e responsabilidade social. Gestão Ambiental; Sistemas de Gestão Ambiental e Certificação; Gestão de Recursos Naturais e Energéticos; Gestão de Efluentes e Resíduos Industriais; Produção mais Limpa e Ecoeficiência; ResponsabilidadeSocial; Desenvolvimento Sustentável. Áreas da engenharia de produção EDUCAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO: Universo de inserção da educação superior em engenharia e suas áreas afins, a partir de uma abordagem sistêmica englobando a gestão dos sistemas educacionais em todos os seus aspectos: a formação de pessoas (corpo docente e técnico administrativo); a organização didático pedagógica, especialmente o projeto pedagógico de curso; as metodologias e os meios de ensino/aprendizagem. Estudo da Formação do Engenheiro de Produção; Estudo do Desenvolvimento e Aplicação da Pesquisa e da Extensão em Engenharia de Produção; Estudo da Ética e da Prática Profissional em Engenharia de Produção; Práticas Pedagógicas e Avaliação Processo de Ensino- Aprendizagem em Engenharia de Produção; Gestão e Avaliação de Sistemas Educacionais de Cursos de Engenharia de Produção. GEPE Humanas: Profs. Rita, Silvia, Pimenta e Adilson Acesse a página da disciplina no Moodle e faça a atividade Mão na Massa 1. Senso comum X Conhecimento científico O que é o senso comum? Exemplos? O senso comum surge da necessidade de resolver problemas imediatos; É adquirido através de ações não planejadas, é instintivo, espontâneo, subjetivo, acrítico, permeado pelas opiniões, emoções e valores de quem o produz; O senso comum é um conjunto de informações não sistematizadas que aprendemos por processos formais, informais e, às vezes, inconscientes, e que inclui um conjunto de valorações. É a cultura popular. Senso comum X Conhecimento científico As teorias científicas se distanciam tanto quanto possível das valorações e opiniões, gerando um conhecimento mais ou menos racional, entendendo racional como argumentativo e coerente; Este conhecimento, por sua vez, interage com o senso comum e modifica-o progressivamente, sendo absorvido parcial ou totalmente; A ciência, portanto, busca respostas através da investigação metódica e organizada da realidade, para descobrir a essência dos seres e dos fenômenos e as leis que os regem com o fim de aproveitar as propriedades das coisas e dos processos naturais em benefício do homem. Acessem a página da disciplina no Moodle e façam a atividade Mão na Massa 2. Plágio acadêmico O plágio acadêmico se configura quando um aluno retira, seja de livros ou da Internet, ideias, conceitos ou frases de outro autor (que as formulou e as publicou), sem lhe dar o devido crédito, sem citá-lo como fonte de pesquisa. Trata-se de uma violação dos direitos autorais de outrem. Isso tem implicações cíveis e penais. Tipos de plágio acadêmico Integral: quando se copia, palavra por palavra um trabalho inteiro sem citar a fonte de onde o tirou. Parcial: que ocorre quando o trabalho é um “mosaico” formado por cópias de parágrafos e frases de autores diversos, sem mencionar suas obras. Conceitual: a utilização da ideia do autor, escrevendo de outra forma porém, novamente, sem citar a fonte original. Exemplos de plágio Etapas do trabalho científico Escolha do tema Análise preliminar da literatura Definição do problema Referencial teórico Definição dos objetivos Planejamento metodológico da pesquisa Análise e discussão dos dados Coleta dos dados Definição de hipóteses Questão de pesquisa Conclusão Redação e publicação Delimitar o tema Como escolher um tema? Escolha um assunto que você goste e/ou se identifique; Entre em contato com professores orientadores e pesquisadores do assunto escolhido; Procure saber sobre as linhas de pesquisa dos professores e pesquisadores que atuam com este assunto; Leia sobre este assunto (livros e artigos). Questione!! Escolha do tema Que tema da Engenharia de Produção será abordado? Observar o cotidiano, a profissão, as pesquisas realizadas na área. O programa de pós-graduação, as linhas e os grupos de pesquisa e os respectivos projetos. A atualidade do tema, o conhecimento a respeito. Delimitação do tema Depois de escolhido o assunto de pesquisa é preciso ainda afunilá-lo, circunscrevê-lo. Para ajudar nesta etapa, podemos estabelecer alguns critérios para a delimitação do tema; Critério espacial (GIL, 2004, p. 162): por ser a pesquisa em engenharia de produção eminentemente empírica, é preciso delimitar o locus da observação, ou seja o local onde o fenômeno em estudo ocorre. Um estudo que trate de um dado processo de fabricação, por exemplo, pode comportar diversos recortes espaciais (um município, uma área metropolitana, uma região, uma empresa etc). Certo é que o parâmetro espacial escolhido implicará no resultado dos dados obtidos e nas conclusões do estudo. Delimitação do tema Critério temporal (GIL, 2004, p. 162): o período em que o fenômeno a ser estudado será circunscrito; Pode-se definir a realização da pesquisa situando nosso objeto no tempo presente, ou recuar no tempo, procurando evidenciar a série histórica de um determinado fenômeno; Uma investigação sobre microempresas, por exemplo, pode situar-se no momento corrente, durante um período abrangido por uma determinada situação econômica, ou ainda nos últimos 10 ou 15 anos; Tudo depende, é claro, do objetivo do pesquisador em elaborar o dado recorte. Delimitação do tema A delimitação deve se ater à definição do "campo de observação". Este comporta, além do local (recorte espacial) e circunstâncias (recorte temporal), a população a ser estudada; A população consiste na definição de quem será objeto da pesquisa; Este quem pode se referir a um conjunto de empresas, ou a um dado processo de fabricação de uma empresa, a um material a ser empregado na fabricação de um produto, ou a um processo de gestão específico. A população do estudo dependerá, obviamente, da área de conhecimento na qual ele se insere e no propósito de cada pesquisa. Temas sugeridos Em casa, acessem a página da disciplina no Moodle e façam a atividade Mão na Massa 3. Observem o prazo de entrega no site.
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