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Atividade prática - Agora é com você! (envio de arquivo) ONDJAKI Nadalu de Almeida, conhecido como Ondjaki, nasceu em Luanda, Angola, em 1977. Sociólogo, poeta, roteirista e principalmente escritor. Faz parte da primeira geração de angolanos que cresceu em um país independente, embora em guerra. Sua literatura, no entanto, não é exatamente um eco dessa guerra. É um diálogo entre memórias e questões sócio-políticas. Uma história na voz de uma criança repleta de recordações. E que fala de esperança e encantamentos, vividos numa terra sofrida. Em 2000, obtém o segundo lugar no concurso literário António Jacinto realizado em Angola, e publica o primeiro livro, Actu Sanguíneu. Depois de estudar por seis meses em Nova Iorque na Universidade de Columbia, filma com Kiluanje Liberdade o documentário Oxalá cresçam pitangas - histórias da Luanda. As suas obras foram traduzidas para diversas línguas, entre elas francês, inglês, alemão, italiano, espanhol e chinês. Foi laureado pelo Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco em 2007, pelo seu livro Os da Minha Rua. Recebeu, na Etiópia, o prémio Grinzane por melhor escritor africano de 2008. Em Outubro de 2010 ganhou, no Brasil, o Prémio Jabuti, na categoria Juvenil, com o romance Avó Dezanove e o Segredo do Soviético. Outro de seus livros publicados no Brasil é Bom dia camaradas (2006). Alguns de seus livros: Quantas Madrugadas Tem A Noite (romance, 2004); E se Amanhã o Medo (contos, 2005); Os da minha rua (contos, 2007); Avó Dezanove e o segredo do soviético (romance, 2008); Materiais para confecção de um espanador de tristezas (poesia, 2009); Os vivos, o morto e o peixe-frito (ed. brasileira / teatro, 2009); O voo do Golfinho (infantil, 2009); dentro de mim faz Sul, seguido de Acto sanguíneo (poesia, 2010), Avó dezanove e o segredo soviético. Disponível em: https://www.tirodeletra.com.br/biografia/Ondjaki.htm. Acesso em 30/08/2022. Abaixo, um poema do escritor angolano sobre o silêncio, publicado em 2011, no livro “Há prendisajens com o xão (o segredo húmido da lesma & outras descoisas)”. Que sabes tu do eco do silêncio? um só olhar pode ser uma voz não dita. para acumular dores o mais das vezes bastou um desamor. sei: a solidão ecoa de modo muito silencioso. sei: muita silenciosidade pode reciprocar verdadeiros corpos num amor. um só silêncio pode ser nossa voz não dita ainda nunca dita. para ecoar um silêncio bastou gritarmo-nos para cá dentro http://pt.wikipedia.org/wiki/2000 http://pt.wikipedia.org/wiki/Nova_Iorque http://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_de_Columbia http://pt.wikipedia.org/wiki/Document%C3%A1rio http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_francesa http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_inglesa http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_alem%C3%A3 http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_italiana http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_espanhola http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_chinesa http://pt.wikipedia.org/wiki/Grande_Pr%C3%A9mio_de_Conto_Camilo_Castelo_Branco http://pt.wikipedia.org/wiki/Eti%C3%B3pia http://pt.wikipedia.org/wiki/Eti%C3%B3pia http://pt.wikipedia.org/wiki/2008 num gritar aprofundo. já silenciar um eco é missão para uma toda vida: exige repensação da própria existência. Há prendisajens com o xão (o segredo húmido da lesma & outras descoisas). Rio de Janeiro: Pallas, 2011. Como instrumento avaliativo, pedimos que você use sua criatividade e elabore uma atividade de língua portuguesa utilizando o poema acima. Não se esqueça dos aspectos abordados nesta aula, sobretudo as questões discutidas quanto ao esvaziamento de sentidos de obras literárias. O tutor fará a leitura das postagens e enviará um comentário geral sobre seu trabalho. Como forma de auxiliar a produção da atividade acima e ampliar a discussão sobre o texto literário na sala de aula e o que apresentam os documentos oficiais sobre o texto literário, propomos a leitura do artigo “O espaço do texto literário na Base Nacional Comum Curricular” das professoras Ana Paula Teixeira Porto e Luana Teixeira Porto (2018), disponível neste link. Até breve! Para saber mais: ● CANO, Márcio Rogério de Oliveira; SILVA, Luciana Soares. O ensino de literatura: uma experiência paratópica. In: Jarbas Vargas Nascimento; Micheline Mattedi Tomazi; Paulo Roberto Sodré. (Org.). Língua, literatura e ensino. 1ed. São Paulo: Editora Blucher, 2015, v. 1, p. 75-84. ● COSSON, R. Letramento literário: teoria e prática. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2014. ● GALVÃO, André Luis Machado; SILVA, António Carvalho da. O ensino de literatura no Brasil: desafios a superar em busca de práticas mais eficientes. Letras & Letras (UFU), v. 33, p. 209-228, 2017. ● PORTO, A. P. T.; PORTO, L. T. O espaço do texto literário na Base Nacional Comum Curricular. Signo, v. 43, n. 78, p. 13-23, 3 set. 2018. https://online.unisc.br/seer/index.php/signo/article/view/12180
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